Números-Chave do Ensino das Línguas nas Escolas da Europa Edição de 2008

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3 Números-Chave do Ensino das Línguas nas Escolas da Europa Edição de 2008 Rede Eurydice

4 Este documento é uma publicação da Agência Executiva para a Educação, Audiovisual e Cultura (EACEA P9 Eurydice). Encontra-se disponível em Inglês (Key Data on Teaching Languages at School in Europe), Francês (Chiffres clés de l enseignement des langues à l école en Europe) e Alemão (Schlüsselzahlen zum Sprachenlernen an den Schulen in Europa). ISBN DOI /12061 Este documento está igualmente disponível na Internet ( Texto concluído em Outubro de Agência Executiva para a Educação, Audiovisual e Cultura, Os conteúdos desta publicação poderão ser reproduzidos parcialmente, excepto para fins comerciais, desde que o excerto seja precedido de uma referência à Rede Eurydice, seguida da data de publicação do documento. Os pedidos de permissão para a reprodução do documento na sua totalidade deverão ser remetidos à EACEA P9 Eurydice. Agência Executiva para a Educação, Audiovisual e Cultura P9 Eurydice Avenue du Bourget 1 (BU 29) B-1140 Bruxelas Tel Fax eacea-eurydice@ec.europa.eu Website:

5 PREFÁCIO Quando a Comissão Barroso assumiu funções em 2004, designou pela primeira vez um Comissário cujo portefólio incluía a responsabilização pelo multilinguismo. Esta responsabilidade foi atribuída ao Comissário, cujo portefólio incluía igualmente a educação e a cultura, dado o papel vital das escolas na aprendizagem das línguas e também o papel central da língua na cultura foi também o ano que viu a União Europeia expandir-se de 15 para 25 países, e o número de línguas oficiais cresceu para 21. Tornou-se claro que a diversidade cultural e linguística da União constituiria uma enorme vantagem. No entanto, apresentava igualmente alguns desafios que requeriam uma resposta Europeia. Um dos aspectos desta resposta constituir-se-ia num esforço determinado para assegurar o ensino satisfatório e com qualidade das línguas nas escolas. A Comissão delineou a sua visão para a promoção do multilinguismo na sua Comunicação de 2005 A New Framework Strategy for Multilingualism («Uma Nova Estratégia de Enquadramento para o Multilinguismo») No mesmo ano, a Eurydice elaborou a primeira edição de Números-Chave do Ensino das Línguas nas Escolas da Europa, dando, pela primeira vez, uma visão abrangente das línguas leccionadas nas nossas escolas, de que forma estas são leccionadas e em que fases. Muniu os Estados Membros de uma base empírica, na qual foram baseadas as medidas políticas destinadas ao alcance do objectivo definido no Conselho Europeu de Barcelona em Junho de 2002, nomeadamente de que deveriam ser leccionadas, desde cedo, pelo menos duas línguas estrangeiras. Quando a União se alargou para incluir 27 estados membros em 2007, o multilinguismo tornou-se responsabilidade de um único Comissário, num reconhecimento inequívoco do facto da União não funcionar sem que uma política coerente de multilinguismo fosse tanto definida como implementada. O segundo Comunicado da Comissão sobre Multilinguismo, em Setembro de 2008 (1), estabelece dois objectivos centrais para a política do multilinguismo: Sensibilizar para o valor e oportunidades da diversidade linguística da UE e, em segundo lugar, proporcionar a todos os cidadãos oportunidades eficazes de aprender a comunicar em duas línguas, para além da sua língua materna. Esta segunda edição dos Números-Chave do Ensino das Línguas nas Escolas da Europa dá uma imagem clara dos sistemas de ensino das línguas em vigor nas escolas de cada Estado Membro, a Área Económica Europeia (EEA), e a Turquia. Aborda aspectos que vão desde a aprendizagem precoce de uma língua estrangeira à variedade de línguas aprendidas, à percentagem de estudantes de línguas nos vários níveis, à aprendizagem integrada de conteúdos e de línguas (AILC) até à formação inicial de professores de línguas estrangeiras. É o resultado de uma estreita colaboração entre a Unidade Europeia da Eurydice, as Unidades Nacionais da Eurydice e o Gabinete de 3

6 Números-Chave do Ensino das Línguas nas Escolas da Europa 2008 Estatística das Comunidades Europeias. Como resultado desta colaboração, foi possível relacionar informação fiável de diferentes fontes, oferecendo uma visão original e esclarecedora do ensino das línguas nas escolas. Deste modo, cremos que esta publicação será de grande utilidade para todos os responsáveis pela concepção e implementação das estratégias de ensino das línguas nas escolas europeias. O Conselho Europeu de Barcelona decidiu igualmente que se deveria desenvolver um indicador de competência linguística. Deste modo, a Comissão encetou um estudo rigoroso para medir o grau de proficiência das crianças europeias em idade escolar em duas línguas estrangeiras na fase final da educação secundária inferior (em Portugal, o 3º ciclo do Ensino Básico). Os resultados, que deverão ser disponibilizados ao público em 2012, irão, pela primeira vez, permitir observar os níveis efectivos de capacidade linguística que as nossas crianças detêm por toda a UE. Quando estes resultados estiverem disponíveis, os Números-Chave do Ensino das Línguas nas Escolas da Europa em 2008 serão vitais para a nossa compreensão dos sistemas e abordagens que têm sido mais eficientes no ensino das línguas estrangeiras nas escolas. Como tal, representa uma fonte de informação de grande valor, e recomendamo-la vivamente a todos os agentes e intervenientes que trabalham nesta área. Leonard Orban Comissário responsável pelo Multilinguismo Ján Figel Comissário Responsável pela Educação, Formação, Cultura e Juventude 4

7 ÍNDICE Prefácio 3 Introdução 7 Questões Principais 9 Códigos, Abreviaturas e Acrónimos 15 Capítulo A. CONTEXTO 17 Capítulo B. ORGANIZAÇÃO 27 Capítulo C. PARTICIPAÇÃO 55 Capítulo D. PROFESSORES 77 Capítulo E. PROCESSOS EDUCATIVOS 87 Glossário e Instrumentos Estatísticos 111 Anexo 117 Tabela de Figuras 121 Agradecimentos 125 5

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9 INTRODUÇÃO Esta segunda edição de Números-Chave do Ensino das Línguas nas Escolas da Europa contém 44 indicadores em 5 capítulos intitulados Contexto, Organização, Participação, Professores e Processos Educativos. Foi elaborado em colaboração com o Eurostat e pertence à série Números-Chave, cujo objectivo é oferecer um corpus de informação clara e concisa a partir de diversas fontes, sob a forma de comentário textual combinado com um extenso conjunto de Figuras. Dada a importância do Ensino das Línguas num espírito de cooperação europeia, a rede Eurydice tem como objectivo publicar regularmente uma actualização destes indicadores, enquanto assegura que novos poderão ser igualmente incluídos, tendo em conta a disponibilidade de dados relevantes e o interesse demonstrado em novos tópicos. A informação da Eurydice toca em muitos aspectos da formação inicial de professores e da organização do ensino das línguas. Debruça-se particularmente sobre a questão da quantidade de tempo obrigatório de ensino concedido a estas, e quais são as línguas tais como as regionais e as línguas minoritárias oferecidas no currículo. A informação também aborda métodos de avaliação de proficiência linguística, assim como os conteúdos e a Aprendizagem Integrada de Conteúdos e de Língua (CLIL), quer em termos do tipo de oferta educativa disponível ou relativamente às qualificações específicas que poderão ser exigidas aos professores. Esta informação foi recolhida de fontes oficiais e o seu de referência é 2006/07. Os dados estatísticos Eurostat recolhidos a partir da base de dados New Cronos são referentes ao ano de 2005/06. Faculta informação sobre as taxas de participação de alunos e estudantes dos ensinos primário e secundário na aprendizagem das línguas. Os dados de ambas as fontes são frequentemente cruzados para oferecer uma visão especialmente interessante do ensino das línguas. Os indicadores Eurydice e Eurostat referem-se apenas às escolas de ensino regular, escolas públicas e escolas privadas de participação estatal. Abrangem 31 países europeus, nomeadamente todos aqueles envolvidos nas actividades da rede Eurydice no âmbito do Programa de Acção Comunitária para a Aprendizagem ao Longo da Vida. Alguns indicadores foram delineados com base nas bases de dados de questionário contextual do Estudo Internacional PISA 2006 (OCDE). Referem-se aos 29 países membros da rede Eurydice que participaram neste estudo. Estes oferecem um meio de considerar o multilinguismo tal como ele realmente existe nas escolas europeias, fornecendo informação acerca da percentagem de estudantes que falam em casa uma língua diferente da língua de ensino, e indicando as áreas residenciais onde as escolas com maior índice destes alunos estão situadas. Este compêndio contém diversos intervalos de tempo. São extraídos de fontes da Eurydice e do Eurostat e são particularmente úteis para identificar tendências relacionadas com certos aspectos do ensino das línguas nos anos e décadas recentes. Por exemplo, permitem apurar se e em que medida as línguas estrangeiras estão a ser leccionadas como uma disciplina obrigatória cada vez mais cedo, e se a percentagem de alunos e estudantes a aprenderem inglês nos níveis primário e secundário está a aumentar. Um resumo intitulado Questões Principais no início deste livro oferece aos leitores um guia rápido das suas questões-chave. Os códigos, abreviaturas e acrónimos usados estão também discriminados no início do relatório. No final do volume, poderá encontrar um glossário. Como resultado das diversas fontes de informação, esta publicação considera diversas questões que estão no centro do pensamento e debate contemporâneos acerca do ensino das línguas nas escolas europeias. No entanto, outros tipos de informação seriam necessários para uma visão mais globalizante. Dado que as instituições de formação inicial de professores são detentoras de um considerável grau de autonomia, analisar o conteúdo das recomendações oficiais para a questão da formação inicial de professores seria muito limitado. Para além disto, as escolas senão os próprios professores muitas vezes são igualmente detentoras de 7

10 Números-Chave do Ensino das Línguas nas Escolas da Europa 2008 significativa autonomia no que concerne a prática lectiva, tanto na generalidade como no caso específico das línguas. Nesta perspectiva, apenas estudos empíricos poderão ser verdadeiramente imparciais no que respeita às decisões tomadas pelas escolas e a prática profissional dos professores actualmente. Esta versão dos Números-Chave do Ensino das Línguas nas Escolas da Europa está igualmente disponível em formato electrónico nos sítios da Eurydice ( e do Eurostat ( No sítio da Eurydice, o relatório poderá ser acedido para leitura e transferência por meio de diferentes pontos de entrada e modos de pesquisa, da seguinte forma: O relatório completo pode ser acedido através da lista de publicações, e os utilizadores do sítio podem efectuar a transferência da versão integral do relatório em formato PDF; O acesso pode ser efectuado através da pesquisa por tópico, dependendo do tópico ou sub-tópico seleccionado; os utilizadores podem consultar o relatório por capítulo ou secção; em qualquer dos casos, poder-se-á efectuar a transferência por capítulos; Pode aceder aos dados através da pesquisa por indicador ou Figura. Nesse caso, pode efectuar a transferência de cada Figura individualmente, juntamente com o conteúdo gráfico e respectivo comentário. 8

11 QUESTÕES PRINCIPAIS Os indicadores incluídos neste relatório são aqui analisados em relação a quatro grandes tópicos: A diversidade linguística nas escolas, A posição das línguas estrangeiras no currículo, A variedade de línguas leccionadas, A formação inicial de professores e as suas qualificações. A diversidade linguística nas escolas 7 % dos alunos de 15 anos de idade afirmam que em casa falam uma língua que não a língua de ensino Existe uma grande variação de país para país na percentagem de alunos de 15 anos que afirmam falar em casa uma língua que não a de ensino. A percentagem varia entre os 0.4 % na Polónia aos 25 % no Luxemburgo (Figura A2). Estes números contrastantes não podem ser explicados apenas em termos da presença de alunos de origem imigrante. De facto, em alguns países, os alunos falam uma língua regional em casa ou usam um dialecto da língua do estado. A tendência para este fenómeno é especialmente marcada na Bélgica (Comunidade Flamenga). Foram implementadas medidas de apoio às línguas para os alunos imigrantes de língua materna estrangeira. As medidas de apoio às línguas para alunos imigrantes de língua materna estrangeira foram implementadas em todos os países, com a excepção da Turquia (Figura E8). O apoio é, na maior parte das vezes, disponibilizado de acordo com dois tipos de procedimento: ou os alunos são directamente integrados em turmas correspondentes à sua faixa etária (ou níveis inferiores em alguns casos) e recebem apoio linguístico especial, ou são mantidos separadamente por um período de tempo limitado e recebem apoio individualizado, adaptado às suas necessidades específicas. A situação mais comum é aquela em que coexistem dos dois tipos de oferta educativa. 9

12 Números-Chave do Ensino das Línguas nas Escolas da Europa 2008 A posição das línguas estrangeiras no currículo O ensino obrigatório de uma língua estrangeira inicia-se cada vez mais cedo Os alunos necessitam de aprender uma língua estrangeira desde o ensino primário em quase todos os países (Figura B1). Em muitos destes países, são obrigados a fazê-lo logo no primeiro ano do ensino primário ou até ao nível da educação pré-escolar, como, por exemplo, na Bélgica (Comunidade Germanófona) e Espanha. De facto, a tendência para disponibilizar esta oferta educativa numa fase mais precoce do que anteriormente é evidente em quase todos os sistemas de ensino (Figura B3), e podem ser observadas, em vários países, reformas neste sentido. A percentagem de alunos do ensino primário a aprenderem pelo menos uma língua estrangeira tem aumentado em quase toda a parte nos últimos anos (Figura C3). Em 2006/07, na maior parte dos países, metade dos alunos a este nível (ou até mais em alguns países) aprenderam pelo menos uma língua estrangeira (Figura C1). Nos primeiros seis anos do ensino básico, o tempo de ensino obrigatório de uma língua estrangeira raramente ultrapassa 10 % da carga horária total. Embora o ensino da língua estrangeira tenha tendência a tornar-se uma prática geral no que respeita aos alunos dos seis primeiros anos do ensino básico, muito pouco tempo lhe é verdadeiramente dedicado ao nível secundário inferior em países que fixam o número de horas a atribuir às diversas disciplinas (Figura E3). Para mais, nestes países o ensino obrigatório de uma língua estrangeira raramente ultrapassa os 10 % da carga horária total, com a excepção do Luxemburgo (39 %), Malta (15 %), e Bélgica (Comunidade Germanófona) (14 %). De facto, em dez países, a percentagem é ainda inferior a 5 % (Figura E6). Na grande maioria dos países, o currículo permite que todos os alunos aprendam, pelo menos, duas línguas estrangeiras durante a escolaridade obrigatória Os currículos, na grande maioria dos países, obrigam os alunos a aprender, no mínimo, duas línguas estrangeiras, durante, pelo menos, um ano da escolaridade obrigatória, ou permitem-lhes fazê-lo, ao obrigar as escolas a oferecer a todos os seus alunos pelo menos duas línguas (Figura B4). Assim, a inclusão desta oferta educativa no currículo cumpre as recomendações do Chefes de Governo da União Europeia, no que respeita à importância de um esforço sustentado para melhorar a proficiência nas competências básicas, em particular pelo ensino de pelo menos duas línguas estrangeiras em idades muito precoces" (Conselho Europeu de Barcelona, 2002). No ensino secundário inferior, 58 % dos alunos aprendem duas ou mais línguas Em média, a percentagem de alunos a aprenderem pelo menos duas línguas estrangeiras no ensino secundário inferior (CITE 2) é de 58 % nos 27 países da UE que disponibilizaram informação (Figura C2). As variações de pais para país podem ser bastante consideráveis. No Luxemburgo, todos os alunos aprendem duas línguas estrangeiras (e mais de metade aprendem pelo menos três) enquanto que, por outro lado, e de acordo com as estatísticas disponíveis, na Bélgica (Comunidade Francesa), esta situação aplica-se a 0.5 % dos alunos (CITE 2). No entanto, ao nível do ensino secundário superior (CITE 3), esta percentagem ascende quase aos 80 % na Bélgica (Comunidade Francesa). 10

13 Questões principais As escolas podem igualmente tornar a aprendizagem de uma língua estrangeira obrigatória Em alguns países, são as próprias escolas que determinam parte do currículo mínimo. Deste modo, têm a possibilidade de incluir no currículo uma língua estrangeira obrigatória para todos os alunos, para além das línguas que as autoridades educativas centrais os obrigam a aprender (Figura B2). Da mesma forma, em muitos países, têm sido igualmente implementados projectos-piloto que permitem aos alunos a aprendizagem de uma língua estrangeira antes que esta se torne obrigatória para todos (Figura B5). A aprendizagem integrada de conteúdos e línguas está incluída na oferta educativa na maior parte dos sistemas educativos A oferta educativa CLIL (Aprendizagem Integrada de Conteúdos e de Línguas) reforça a aprendizagem de uma língua estrangeira. A CLIL existe na maior parte dos países (Figura B6), mesmo que apenas uma minoria dos alunos esteja realmente a experienciá-la. O estatuto e posição deste tipo de oferta educativa variam de pais para país, mas esta é frequentemente uma parte integrante do sistema educativo. Apenas uma minoria dos países está sujeita a requisitos formais de admissão (Figura B8). A maioria dos países recomenda o uso do QECRL do Concelho da Europa para avaliação Na maior parte dos países, a proficiência nas línguas estrangeiras é submetida a certificação no final da escolaridade obrigatória a tempo inteiro, (Figura E9). O uso do Quadro Europeu Comum de Referência do Conselho da Europa (QECRL) para as Línguas é igualmente recomendado para as actividades relacionadas com a avaliação na maior parte dos países (Figura E11). A variedade de línguas ensinadas O Inglês, o Francês, o Alemão, o Espanhol e o Russo representam 95 % das línguas aprendidas A vasta diversidade de línguas estrangeiras incluídas no currículo de diversos países (Figura B10) poderá ser reflexo da determinação dos decisores políticos na educação em diversificar a oferta. No entanto, os dados estatísticos desta oferta indicam que, no ensino secundário, o Inglês, o Francês, o Alemão, o Espanhol e o Russo representam mais de 95 % das línguas aprendidas na maior parte dos países (Figura C9). As percentagens de alunos a aprenderem russo são mais altas nos países bálticos. Esta língua é igualmente aprendida por muitos alunos na Bulgária. Parece, assim, que os alunos optam por aprender as línguas mais faladas. Isto pode ser atribuído quer a pressão familiar, quer à falta de professores qualificados noutras línguas. 11

14 Números-Chave do Ensino das Línguas nas Escolas da Europa 2008 O ensino do inglês está em constante expansão e predomina quase em toda a parte O inglês é a língua mais aprendida em praticamente todos os países (figuras C4 e C7). Para mais, tanto no ensino básico como secundário, a percentagem de alunos que aprendem o inglês está a aumentar, especialmente nos países da Europa central e de leste e nos países latinos do sul da Europa (Figuras C5 e C10). Nestes últimos, esta tendência é especialmente marcante nos primeiros seis anos do ensino básico, onde a aprendizagem obrigatória de uma língua estrangeira, ou do inglês como disciplina específica, ocorre numa fase cada vez mais precoce (Figura B1). Cerca de 90 % dos alunos do ensino secundário superior aprendem inglês, independentemente de ser obrigatório ou não Em 13 países europeus, todos os alunos são obrigados a aprender inglês durante a escolaridade obrigatória, ou, em certos países, por um período ainda mais alargado, estendendo-se pelo ensino secundário superior (Figura B9). Portanto, em todos estes países, a percentagem de alunos a aprenderem inglês no ensino secundário é logicamente superior a 90 %. No entanto, nos restantes países, os alunos optam por esta língua em números muito semelhantes, dado que a percentagem daqueles que a aprendem está também frequentemente perto dos 90 % (Figura C8). O alemão ou o francês estão em segundo lugar nas línguas comummente aprendidas O alemão e o francês normalmente partilham a segunda posição como língua mais comummente aprendida. O alemão ocupa esta posição nos Países Baixos, nos diversos países nórdicos e nos países da Europa central e de leste, enquanto o francês é mais popular nos países do sul da Europa e, mais particularmente, nos países latinos (Figura C7). As línguas regionais e/ou minoritárias poderão ser leccionadas tanto nas aulas de língua estrangeira ou como parte da oferta educativa CLIL Muitas línguas regionais e/ou minoritárias estão incluídas nos currículos. Em alguns países, os documentos oficiais estatais determinam que apenas os grupos minoritários correspondentes devem aprender estas línguas, enquanto, noutros, todos os alunos são envolvidos. (Figura B11). As línguas regionais e/ou minoritárias estão também incluídas na oferta educativa CLIL na maioria dos países (Figura B7). O latim está incluído em muitos currículos do ensino secundário, mas apenas em certas áreas de estudo Enquanto o latim está incluído em muitos currículos no ensino secundário, isto aplica-se sobretudo a áreas de estudo específicas (Figura B12). Em alguns países, o latim pertence à categoria das línguas estrangeiras, na qual compete directamente com as línguas modernas aquando da escolha dos alunos. 12

15 Questões principais A formação inicial de professores e as suas qualificações Os professores de línguas são muitas vezes generalistas nos seis primeiros anos de escolaridade e especialistas no ensino secundário Nos seis primeiros anos de escolaridade, as línguas estrangeiras são muitas vezes leccionadas por professores generalistas (não especialistas), que ensinam todas ou quase todas as disciplinas do currículo, incluindo as línguas estrangeiras (Figura D1). No ensino secundário, o ensino é essencialmente da responsabilidade de especialistas (Figura D2) que, dependendo do país, são qualificados para ensinar apenas línguas estrangeiras, ou duas disciplinas, uma das quais é uma língua estrangeira (Figura D3). Cada uma destas duas situações é encontrada mais ou menos na mesma percentagem de países. Os especialistas com formação para ensinar apenas línguas estrangeiras podem ser qualificados para ensinar apenas uma, duas ou mais línguas (Figura D3). Em geral, a formação inicial do professor especialista ou semiespecialista tem a duração de 4 ou 5 anos Em todos os países, a formação inicial de professores especialistas ou semiespecialistas em línguas estrangeiras implica a conclusão do ensino superior. Em geral, estes cursos têm a duração de 4 ou 5 anos (Figura D4). Este tipo de formação é semelhante à dos professores de outras disciplinas. Poucos países recomendam que futuros professores passem algum tempo num país falante da língua a ser ensinada. Na Europa, praticamente todas as instituições de formação inicial de professores são total ou parcialmente autónomas para determinar os conteúdos da sua oferta educativa. No entanto, em muitos países, as autoridades educativas centrais recomendam que as instituições disponibilizem cursos na teoria e metodologia do ensino das línguas, um ou vários cursos de línguas, e estágios em escolas. Apenas uma minoria dos países recomendam que os futuros professores passem um ou mais períodos de tempo num país falante da língua que terão de ensinar (Figura D5). Na maior parte dos países, os professores não necessitam de qualificações especiais para trabalhar com a oferta educativa CLIL Em muito poucos países, as autoridades educativas exigem que os professores tenham qualificações especiais para trabalhar na área da oferta educativa CLIL. Assim sendo, são as escolas que proporcionam esta oferta educativa que determinam os critérios de recrutamento, para assegurar que serão colocados professores competentes para este fim. (Figura D6). 13

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17 CÓDIGOS, ABREVIATURAS E ACRÓNIMOS Códigos dos Países UE/EU-27 União Europeia PL Polónia BE Bélgica PT Portugal BE fr Bélgica - Comunidade Francófona RO Roménia BE de Bélgica - Comunidade Germanófona SI Eslovénia BE nl Bélgica - Comunidade Flamenga SK Eslováquia BG Bulgária FI Finlândia CZ República Checa SE Suécia DK Dinamarca UK Reino Unido DE Alemanha UK-ENG Inglaterra EE Estónia UK-WLS País de Gales IE Irlanda UK-NIR Irlanda do Norte EL Grécia UK-SCT Escócia ES Espanha FR IT CY França Itália Chipre EFTA/EEA países Os três países da Associação Europeia de Comércio Autónoma membros da Área Económica Europeia LV Letónia IS Islândia LT Lituânia LI Listenstein LU Luxemburgo NO Noruega HU Hungria MT Malta País candidato NL Países Baixos TR Turquia AT Áustria Estatísticas (:) Dados não disponíveis ( ) Não aplicável ou desconhecido 15

18 Números-Chave do Ensino das Línguas nas Escolas da Europa 2008 Abreviaturas e Acrónimos Convenções internacionais QECRL CLIL EU-27 Eurostat FYRM CITE OCDE PISA UOE Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas Aprendizagem Integrada de Conteúdos e de Língua Os 27 Estados Membros da União Europeia Serviço de Estatística da Comunidade Europeia Antiga República Jugoslava da Macedónia Classificação Internacional do Tipo da Educação Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico Programa para a Avaliação do Aluno Internacional (OCDE) UNESCO/OCDE/EUROSTAT Abreviaturas Nacionais na sua língua de origem AHS Allgemeinbildende höhere Schule AT GCSE General Certificate of Secondary Education (Certificado do Ensino Secundário) UK (ENG/WLS/NIR) HAVO Hoger Algemeen Voortgezet Onderwijs NL VMBO Voorbereidend Middelbaar Beroepsonderwijs NL VWO Voorbereidend Wetenschappelijk Onderwijs NL 16

19 CONTEXTO AS LÍNGUAS REGIONAIS E/OU MINORITÁRIAS SÃO OFICIALMENTE RECONHECIDAS EM DOZE PAÍSES EUROPEUS Os padrões linguísticos na maior parte dos países europeus são complexos e formados a partir de uma diversidade de línguas existentes dentro das suas fronteiras. Certos países também partilham as mesmas línguas na sua zona fronteiriça, por razões que se prendem sobretudo com a sua história. O multilinguismo da Europa pode ser perspectivado de diferentes ângulos, um dos quais é, inquestionavelmente, o reconhecimento oficial das línguas pelas autoridades nacionais e regionais da Europa. Em Janeiro de 2007, a União Europeia reconheceu 23 línguas oficiais ( 1 ) com o estatuto de língua oficial nos seus diferentes países membros. Na maior parte deles, apenas uma língua é reconhecida como oficial. Seis países alargam o estatuto de língua oficial a mais do que uma língua existente dentro das suas fronteiras. Muitas vezes, as diferentes línguas oficiais são faladas pela maioria dos habitantes do país em questão. Noutros locais, são usadas por uma minoria, tal como o Sueco na Finlândia (onde o Finlandês é, obviamente, a outra língua oficial). Doze países europeus reconhecem oficialmente a existência de línguas regionais e/ou minoritárias no seu território para fins legais ou administrativos. Nesses países, as línguas são oficialmente reconhecidas, mas apenas dentro do seu espaço geográfico - muitas vezes, uma região ou região autónoma - onde são normalmente faladas. Em Espanha, por exemplo, o Basco, o Catalão, o Galego e o Valenciano são línguas oficiais - ou línguas oficiais conjuntas com o Castelhano - nas suas Comunidades Autónomas respectivas. Na maior parte dos casos, as línguas reconhecidas oficialmente são apenas uma ou duas. Este reconhecimento oficial, tanto de uma língua estatal como de outras faladas dentro do território nacional, também ocorre na Itália e na Roménia, onde diversas línguas são faladas a par com o Italiano e o Romeno, respectivamente. Em ambos os países, são oficialmente reconhecidas doze línguas regionais e/ou minoritárias. Em todas as unidades administrativas da Roménia, onde uma minoria da população ascende pelo menos a 20 % do número total de habitantes, a língua minoritária é oficialmente reconhecida e pode ser usada para fins legais e de administração pública. Nestes países, a presença de falantes de diferentes línguas resulta em situações em que o uso de duas línguas é mais ou menos marcante, dependendo em parte das políticas linguísticas adoptadas. Ensinar uma língua regional e/ou minoritária ou usá-la como língua de ensino contribui inquestionavelmente para a manter viva para as gerações vindouras (Figura B11 e Anexo). Outra característica do panorama linguístico europeu é a existência de um conjunto de línguas às quais não é concedido o estatuto oficial pelas autoridades públicas, mas que são faladas por vários grupos de pessoas em diferentes países da Europa. As línguas sem reconhecimento oficial correspondem a minorias linguísticas fixadas geograficamente. Em alguns casos, consistem em grupos que vivem longe do seu território de origem, estado ou região, assim como minorias não-territoriais, cuja língua não está associada a qualquer território em particular (como no caso dos povos Romani). Três países, a Áustria, a Roménia e a Suécia, concedem actualmente o estatuto oficial de língua regional e/ou de minoria ao Romani. Todas essas línguas foram formalmente identificadas pelo Conselho da Europa, sob o título de "Línguas regionais e/ou minoritárias" (Carta Europeia para as Línguas Regionais e/ou Minoritárias, Artigo 1º, 1992). Embora em 1988 o Parlamento Europeu tenha aprovado unanimemente uma resolução para as línguas gestuais, que solicita aos países membros da UE o reconhecimento oficial da sua língua gestual nacional, apenas ( 1 ) Búlgaro, Checo, Dinamarquês, Holandês, Inglês, Estoniano, Alemão, Finlandês, Francês, Grego, Húngaro, Irlandês, Italiano, Letão, Lituano, Maltês, Polaco, Português, Romeno, Eslovaco, Esloveno, Espanhol e Sueco. 17

20 CONTEXTO recentemente alguns países europeus iniciaram esse processo de reconhecimento. Os países onde a língua gestual nacional foi oficialmente reconhecida pelo parlamento nacional são a Áustria (2005), a Bélgica (a Comunidade Francófona em 2003 e a Comunidade Flamenga em 2006) e a Espanha em Finalmente, dever-se-á dar atenção à existência na Europa de línguas faladas por populações imigrantes, compostas por números significativos de indivíduos em alguns países. (Figura A3) ( 2 ). Figura A1: Línguas oficiais do estado e línguas regionais e/ou minoritárias com estatuto oficial na Europa, língua oficial 1 língua oficial + uma ou mais línguas regionais ou minoritárias com estatuto oficial 2 línguas oficiais 2 línguas oficiais + uma ou mais línguas regionais ou minoritárias com estatuto oficial 3 línguas oficiais Fonte: Eurydice. ( 2 ) Para mais informação acerca das populações imigrantes na Europa, consulte: A Integração das Crianças Imigrantes nas Escolas da Europa. Estudo. Bruxelas: Eurydice,

21 CONTEXTO Figura A1 (continuação): Línguas oficiais do estado e línguas regionais e/ou minoritárias com estatuto oficial na Europa, 2007 Língua oficial do estado Língua regional e/ou de minoria com estatuto oficial Língua oficial do estado Língua regional e/ou minoritária com estatuto oficial BE Alemão. Francês, Holandês MT Inglês, Maltês BG Búlgaro NL Holandês Frísio CZ Checo AT Alemão Checo, Croata, Húngaro, Eslovaco, Esloveno e Romani DK Dinamarquês Alemão PL Polaco DE Alemão Dinamarquês, Sorábio PT Português Mirandês EE Estónio RO Romeno Búlgaro, Croata, checo, Alemão, Húngaro, Polaco, IE Inglês, Irlandês Romani, Russo, Sérvio, Eslovaco, Turco, Ucraniano EL Grego SI Esloveno Húngaro, Italiano ES Espanhol Catalão, Valenciano, Basco, SK Eslovaco Galego FR Francês FI Finlandês, Sueco Sami (Lapónia) IT Italiano Catalão, Alemão, Grego, SE Sueco Sami, Finlandês, Meänkieli, Yiddish, Romani Francês, Friuliano, Croata, Ocitano, UK- Inglês Provençal, ENG/NIR Ladino, Esloveno, Sardenho, UK-WLS Inglês Galês Albanês CY Grego, Turco UK-SCT Inglês Gaélico escocês LV Letão IS Islandês LT Lituano LI Alemão LU Alemão. Francês, NO Norueguês Sami Luxemburguês HU Húngaro TR Turco Notas adicionais Bélgica (BE fr, BE nl), Espanha e Áustria: estes países (ou comunidades) concederam o estatuto de língua oficial às suas línguas gestuais nacionais. Portugal: o Parlamento Português concedeu o estatuto oficial ao mirandês em Janeiro de Noruega: Existem duas vertentes do Norueguês (o Bokmål e o Nynorsk). Ambas são oficiais. Nota explicativa Língua oficial; Língua do estado e língua regional e/ou minoritária: Ver Glossário. POUCOS ALUNOS EUROPEUS FALAM UMA LÍNGUA EM CASA DIFERENTE DA SUA LÍNGUA DE ENSINO No estudo Pisa 2006, foi solicitado a jovens de 15 anos que dissessem qual a língua ou línguas que falavam com os seus familiares. As suas respostas revelaram que a maior parte dos alunos, por quase toda a Europa, falavam a língua de ensino em casa. No entanto, existem situações contrastantes em alguns países, atribuíveis a características particulares do seu próprio contexto linguístico (Figura A1). Por exemplo, dois terços dos alunos de 15 anos no Luxemburgo afirmam que em casa falam outra língua indígena, a qual, na maior parte dos casos, é o Luxemburguês, uma língua que não é usada no ensino. A situação é semelhante na Comunidade Germanófona Belga, e aplica-se a 25 % dos alunos. Nesta comunidade, no ensino secundário, o número de estudantes francófonos e o uso de dialectos locais em casa poderão contribuir para esta percentagem. Na Espanha, Itália e Eslováquia, 14 %, 12 % e 15 % dos alunos, respectivamente, identificam-se como falantes de outras línguas do seu país. Estes são também países com diversas línguas, quer sejam oficialmente reconhecidas (como na Espanha e na Itália) quer não o sejam (como na Eslováquia). 19

22 CONTEXTO Figura A2: Percentagem de alunos de 15 anos de idade que afirmam falar em casa uma língua diferente da língua de ensino, 2005/06 Língua de ensino Outra língua do país, com ou sem estatuto oficial Outra língua X Países que não contribuíram para a recolha de dados EU- BE BE BE fr 27 de nl BG CZ DK DE EE IE EL ES FR IT CY LV LT LU X X X HU MT NL AT PL PT RO SI SK FI SE UK UK- ( 1 ) SCT IS LI NO TR 99.2 X X X UK ( 1 ): UK-ENG/WLS/NIR. Fonte: OCDE, base de dados PISA Notas adicionais Bélgica (BE nl): A categoria outra língua do país diz respeito sobretudo aos dialectos Flamengos. Alemanha e Portugal: Embora o dinamarquês e o Sorábio, na Alemanha, ou o Mirandês, em Portugal, sejam línguas oficiais, os alunos que falam essas línguas em casa foram incluídos na categoria "outra língua". O valor de 0 % para a categoria outra língua do País é, portanto, uma sub-estimativa, enquanto o valor para outra língua é uma sobre-estimativa. Irlanda: O questionário foi oferecido em Irlandês aos alunos que têm aulas de Ciências nesta língua. Os alunos puderam escolher entre a versão Inglesa ou Irlandesa do questionário. Espanha: O questionário foi distribuído em Basco, Catalão, Galego, Castelhano ou Valenciano, dependendo da língua utilizada para a leccionação de Ciências. Luxemburgo: O Luxemburguês não foi usado para testar os alunos, o que em parte explica a alta percentagem (67 %) da categoria outra língua do país. Para o PISA 2000, o Luxemburguês foi colocado numa categoria diferente (língua de teste), o que explica as diferenças entre a presente edição dos Números-Chave do Ensino das Línguas e a edição de

23 CONTEXTO Nota Explicativa (Figura A2) A interpretação dos dados respeitantes à questão das línguas que os alunos falam em casa, que foi colocada no estudo PISA, deverá ter em conta o facto de, em alguns países, os alunos de minorias regionais e étnicas que receberam instrução na sua língua materna não terem sido incluídos na amostra, sempre que a minoria em questão representava menos do que 0.5 % da população-alvo do país. A percentagem de alunos que em casa falam uma língua diferente da sua língua de ensino foi, em tais circunstâncias, ligeiramente sobre-estimada. Língua de ensino: Língua oficial ou outra língua do país usada para o ensino da disciplina de referência (neste caso, Ciências). Com algumas excepções, esta também foi a língua do questionário. Outra língua do país: Uma língua ou dialecto nacional ou regional, com ou sem estatuto de língua oficial. Outra língua: Qualquer língua diferente da língua do país, sem o estatuto de língua oficial. Normalmente, corresponde a uma língua falada por alunos imigrantes. É também interessante notar que, em todos os países sem excepção, uma percentagem significativa de alunos usa outra língua em casa (por exemplo, uma língua não-indígena). Esta categoria, para a qual as percentagens mais elevadas são registadas no Luxemburgo (24 %) e no Listenstein (12 %), está inquestionavelmente associada, na maior parte dos casos, às línguas faladas pelos grupos de imigrantes que se fixaram nos países em questão. A percentagem destes alunos é de % na Bélgica (Comunidades Francófona e Germanófona), Alemanha, Áustria e Suécia. Embora nem todos os países lidem da mesma forma com os grupos de alunos cuja língua materna não é a língua de ensino, quase todos os sistemas educativos estabeleceram medidas de apoio linguístico para benefício destes alunos (ver Figura E8). A PERCENTAGEM DE ALUNOS DE 15 ANOS QUE FALAM UMA LÍNGUA NÃO-INDÍGENA É MENOR DO QUE A DE ALUNOS IMIGRANTES Nos países que participaram no estudo internacional PISA 2006, é possível comparar as percentagens de alunos imigrantes de 15 anos de idade, cujos pais nasceram no estrangeiro, com as percentagens dos alunos da mesma idade que em casa falam uma língua diferente da língua de ensino, que não seja uma das línguas oficiais ou indígenas do país. Em quase metade dos países que participaram no estudo internacional, as duas percentagens estão próximas. É, portanto, razoável concluir que a maior parte dos alunos imigrantes nestes países está habituada a falar a sua língua materna nos casos em que essa língua é diferente daquela que usam na escola. No entanto, em alguns países como a Bélgica (Comunidade Francesa), França ou o Reino Unido (Inglaterra, País de Gales e Irlanda do Norte), parece que uma percentagem significativa dos imigrantes fala a(s) mesma(s) (uma ou mais) língua(s), que as usadas nos sistemas educativos, indubitavelmente devido ao grande número de imigrantes que originalmente provêm de países francófonos ou anglófonos. O mesmo se aplica ainda mais marcadamente aos países do Báltico, onde o número de crianças imigrantes é quase 20 vezes maior do que o número de crianças falantes de uma segunda língua em casa (diferente da língua indígena). Isto deve-se, em parte, ao facto de os imigrantes russos nestes países encontrarem oferta educativa para as suas crianças na sua língua materna. Por outro lado, muitas crianças na Bulgária e na Roménia falam uma língua não-indígena, embora os seus pais não tenham nascido no estrangeiro. 21

24 CONTEXTO Figura A3: Percentagem de alunos imigrantes de 15 anos de idade (cujos pais nasceram no estrangeiro) e percentagem dos alunos da mesma idade que afirmam falar em casa uma língua diferente da língua de ensino, que não uma das línguas oficiais ou indígenas do país, 2005/06. Alunos imigrantes cujos pais nasceram no estrangeiro X Países que não contribuíram para a recolha de dados Alunos que em casa falam uma língua diferente da língua de ensino, e que não é uma língua oficial ou indígena do país. EU- BE BE BE fr 27 de nl BG CZ DK DE EE IE EL ES FR IT CY LV LT LU X X LU HU MT NL AT PL PT RO SI SK FI SE UK UK- ( 1 ) SCT IS LI NO TR X X UK ( 1 ): UK-ENG/WLS/NIR. Fonte: OCDE, base de dados PISA Nota explicativa O indicador é calculado através da divisão do número de alunos de 15 anos que em casa falam uma língua diferente da língua de ensino (que não seja uma das outras línguas nacionais, oficiais ou outras) pelo número total de alunos de 15 anos. O grupo denominado imigrantes corresponde às respostas do tipo pais e alunos de 15 anos nascidos no estrangeiro" ou "pais nascidos no estrangeiro e alunos de 15 anos nascidos no país em questão. Para mais informação, consulte Instrumentos Estatísticos e Anexo. AS MAIORES CIDADES TENDEM A TER AS PERCENTAGENS MAIS ALTAS DE ALUNOS DE 15 ANOS, CUJA LÍNGUA MATERNA NÃO É A LÍNGUA DE ENSINO Os dados PISA 2006 podem ser usados para comparar a distribuição com respeito aos diferentes tipos de zonas em que os alunos frequentam a escola dos alunos de 15 anos que normalmente falam a língua de ensino (Figura A2), e a correspondente distribuição de alunos da mesma idade que em casa falam uma língua diferente da língua de ensino. Na EU-27, um quarto dos alunos de 15 anos cuja língua materna não é a língua de ensino frequenta escolas em aldeias ou vilas com populações inferiores a 15 mil habitantes, enquanto um terço (34 %) dos alunos que frequentam escolas nestas áreas falam a mesma língua, tanto em casa como nas aulas. As escolas das zonas rurais têm uma percentagem relativamente baixa de alunos, cuja língua materna não é a língua de ensino, em 22

25 CONTEXTO comparação com a distribuição geral dos alunos de 15 anos, uma situação que se aplica em particular à Estónia, Finlândia e Suécia. Por outro lado, a percentagem de alunos cuja língua materna não é a língua de ensino é mais elevada entre os alunos que frequentam escolas nas grandes cidades (14 % contra 7 %). Viena é um exemplo extraordinário de megalópolis Europeia, onde existe uma percentagem excepcionalmente elevada de alunos cuja língua materna não corresponde à sua língua de ensino (o mesmo é igualmente verdade para Londres, mas não na mesma dimensão). Na Bulgária, a situação é inversa. Os alunos de 15 anos cuja língua materna não é a língua de ensino estão subrepresentados em Sófia, enquanto estão densamente concentrados em aldeias ou vilas com menos de 15 mil habitantes, mais do que seria esperado numa distribuição aleatória pelos diferentes tipos de área. Esta situação é igualmente característica da comunidade Germanófona Belga (devido aos dialectos mais difundidos nas zonas rurais) e no Luxemburgo (dada a presença do Luxemburguês). Pelo contrário, na Bélgica (comunidade Flamenga), a percentagem de alunos de 15 anos cuja língua materna é diferente da língua de ensino mantém-se num nível semelhante, independentemente do tipo de área. Figura A4: Percentagem de alunos de 15 anos de idade que afirmam falar em casa a língua de ensino, ou uma língua diferente da língua de ensino, segundo a área da escola que frequentam, 2005/06. Aldeia/Pequena Vila Vila Cidade Grande Cidade (< habitantes) (< habitantes) (< habitantes) (> habitantes) Língua de ensino Outra língua X Países que não contribuíram para a recolha de dados Fonte: OCDE, base de dados PISA

26 CONTEXTO Dados (Figura A4) Língua de ensino EU-27 BE fr BE de BE nl BG CZ DK DE EE IE EL ES FR IT CY LV LT LU Aldeia (:) 19 X Vila (:) 51 X Cidade (:) 21 X Grande Cidade (:) 9 X HU MT NL AT PL PT RO SI SK FI SE UK ( 1 ) UK- SCT IS LI NO TR Aldeia 19 X Vila 37 X Cidade 25 X Grande Cidade 19 X Outra língua EU-27 BE fr BE de BE nl BG CZ DK DE EE IE EL ES FR IT CY LV LT LU Aldeia (:) 31 X Vila (:) 51 X Cidade (:) 12 X Grande Cidade (:) 6 X HU MT NL AT PL PT RO SI SK FI SE UK ( 1 ) UK- SCT IS LI NO TR Aldeia 16 X Vila 45 X Cidade 23 X Grande Cidade 16 X UK ( 1 ): UK-ENG/WLS/NIR. Fonte: OCDE, base de dados PISA Notas adicionais Irlanda: Os alunos das escolas em que a língua de ensino era o Irlandês puderam escolher entre a versão Inglesa ou Irlandesa do questionário. Espanha: O questionário foi distribuído em Basco, Catalão, Galego, Espanhol ou Valenciano, dependendo da língua utilizada para a leccionação de Ciências. França: O questionário aos directores das escolas não foi administrado no PISA 2006, e carece informação acerca do tipo de área onde as escolas estão situadas. Luxemburgo: O Luxemburguês não foi usado para testar os alunos, o que explica em parte a alta percentagem (67 %) na categoria outra língua do país. Para o PISA 2000, o Luxemburguês foi colocado numa categoria diferente (língua de teste), o que explica as diferenças entre a presente edição dos Números-Chave do Ensino das Línguas e a edição de Nota explicativa A Figura mostra a distribuição de alunos de 15 anos, segundo a área de localização da sua escola (aldeia/pequena vila, vila, cidade e grande cidade), para duas categorias linguísticas de alunos (aqueles que falam a língua de ensino em casa, em oposição àqueles que em casa falam uma outra língua). Estes dados estão, em grande medida, relacionados com a distribuição da população pelos diferentes tipos de área. Por exemplo, no Listenstaine, onde a população de todas estas localidades é menor do que 15 mil habitantes (isto é, todas as áreas são aldeias/pequenas vilas, de acordo com a classificação aqui utilizada), todos os alunos falantes de outra língua em casa inevitavelmente frequentam uma escola nessas aldeias/pequenas vilas. Língua de ensino: Língua oficial ou outra língua do país usada para o ensino. Língua diferente da língua de ensino: Esta categoria abrange as outras línguas do país (com ou sem estatuto oficial) e todas as outras línguas. Para mais informação, consulte Instrumentos Estatísticos e Anexo. 24

27 CONTEXTO CERTAS ESCOLAS RECEBEM GRANDE NÚMERO DE ALUNOS CUJA LÍNGUA MATERNA NÃO É A LÍNGUA DE ENSINO Na Europa, algumas escolas, mais do que outras, têm de lidar com a diversidade linguística da sua população estudantil. Uma grande percentagem dos seus alunos (pelo menos um quinto) fala em casa uma língua diferente da usada no ensino. A posição invulgar das línguas na comunidade Germanófona Belga e no Luxemburgo (Figura A2) explica o facto de praticamente todas as escolas incluírem pelo menos 20 % dos alunos que falam uma língua diferente da língua de ensino. Os dados também revelam que países como a Espanha, a Itália, a Eslováquia e o Listenstaine enfrentam uma situação muito complexa nas suas escolas no que respeita às línguas faladas pelos seus alunos. Nestes países, a situação em mais do que uma em cada quatro escolas reflecte um padrão distintivo de diversidade linguística. O mesmo fenómeno é igualmente evidente, em menor dimensão, na Bélgica (Comunidade Francesa), na Bulgária e na Alemanha. Figura A5: Percentagem de alunos de 15 anos de idade a frequentar uma escola com pelo menos 20 % de alunos que afirmam falar em casa uma língua diferente da língua de ensino, 2005/06 X Países que não contribuíram para a recolha de dados EU-27 BE fr BE de BE nl BG CZ DK DE EE IE EL ES FR IT CY LV LT LU X HU MT NL AT PL PT RO SI SK FI SE UK ( 1 ) UK-SCT IS LI NO TR 0.5 X UK ( 1 ): UK-ENG/WLS/NIR. Fonte: OCDE, base de dados PISA Notas adicionais Bélgica (BE nl): A percentagem diz respeito sobretudo aos dialectos flamengos. Nota explicativa Língua de ensino: Língua oficial ou outra língua do país usada no ensino. Língua diferente da língua de ensino: Esta categoria abrange as outras línguas do país (com ou sem estatuto oficial) e todas as outras línguas. Para mais informação, consulte Instrumentos Estatísticos e Anexo. 25

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29 ORGANIZAÇÃO A APRENDIZAGEM OBRIGATÓRIA DE UMA LÍNGUA ESTRANGEIRA INICIA-SE NOS SEIS PRIMEIROS ANOS DE ESCOLARIDADE NA GRANDE MAIORIA DOS PAÍSES EUROPEUS As Figuras B1 e B2 apresentam em conjunto uma visão global da forma como está organizado o ensino das línguas estrangeiras, no âmbito do nível mínimo da oferta educativa. A Figura B1 refere-se ao teor das regulamentações ou das recomendações emitidas pelas autoridades educativas a nível central. A Figura B2 evidencia determinadas áreas de autonomia, que permitem às escolas determinar parte do conteúdo do nível mínimo da oferta educativa. Relacionar estas Figuras com as percentagens reais dos alunos a aprender línguas estrangeiras (Capítulo C) clarifica ainda mais o panorama. A investigação é complementada com informações relativas às percentagens do tempo total de ensino dedicado às línguas estrangeiras no currículo (Capítulo E). Em 2006/07, em todos os países, excepto na Irlanda e no Reino Unido (Escócia), todos os alunos foram obrigados a aprender, pelo menos durante um ano, uma língua estrangeira no seu estabelecimento de ensino. Na Irlanda, todos os alunos aprendem o Irlandês e o Inglês, que não constituem línguas estrangeiras. No Reino Unido (Escócia), onde o currículo não é regulamentado, as escolas devem disponibilizar uma língua estrangeira, mas os alunos não são obrigados a aprendê-la. No entanto, na prática, a grande maioria deles fá-lo normalmente a partir dos 10 anos de idade, e, por vezes, ainda mais cedo. Existe regulamentação praticamente em todos os países que obriga todas as crianças dos seis primeiros anos de escolaridade a aprenderem uma língua estrangeira, sendo as excepções a Eslováquia e o Reino Unido. No entanto, nestes dois países, a aprendizagem da língua ocorre, de facto, naquele nível de ensino (Figura C4). Em muitos países, todos os alunos aprendem uma língua estrangeira como disciplina obrigatória, a partir do primeiro ano do ensino básico, ou por vezes, ainda mais cedo, conforme sucede na Bélgica (na Comunidade Germanófona) e em algumas Comunidades Autónomas em Espanha. As escolas da Estónia, da Finlândia e da Suécia são, até certo ponto, autónomas para determinar o ano no qual será introduzida a primeira língua obrigatória. Dessa forma, nem todos os alunos que iniciam o ensino primário começam logo a aprender uma língua estrangeira. Este é, no entanto, o caso da Itália, do Luxemburgo, de Malta, da Áustria e da Noruega. No quadro das reformas que estão a ser implementadas nos diversos países, a aprendizagem obrigatória de uma língua estrangeira tem que ser iniciada mais precocemente para todos. Em determinadas Comunidades Autónomas de Espanha, as crianças já são obrigadas a aprender uma língua estrangeira a partir dos 3 anos de idade, e esta prática tem sido alargada a todo o País durante o ano lectivo de 2008/09. Desde 2007, todos os alunos das escolas francesas têm que aprender uma língua estrangeira a partir dos 7 anos de idade. O mesmo se aplica aos alunos Polacos, com efeitos a partir do ano lectivo de 2008/09. Na Lituânia (a partir de 2008), a aprendizagem obrigatória de uma língua estrangeira foi antecipada para os 8 anos. Desde 2007/08, essa aprendizagem foi iniciada na Islândia pelos alunos a partir dos 9 anos. Desde o ano lectivo de 2008/09, as escolas em Portugal são obrigadas a oferecer o ensino de Inglês a alunos entre os 6 e os 10 anos. A aprendizagem precoce de uma língua estrangeira obrigatória tem-se demonstrado uma tendência claramente visível no decorrer das últimas décadas (Figura B.3). No entanto, os dados acerca da carga horária lectiva (Figura E3) revelam que, na grande maioria dos países, a carga horária atribuída à aprendizagem de uma língua é normalmente superior no ensino secundário inferior do que nos seis primeiros anos de escolaridade (CITE 1). Todos os alunos são obrigados a aprender no mínimo uma língua, pelo menos até ao final da escolaridade obrigatória, excepto na Itália e no Reino Unido (Inglaterra, País de Gales, e, desde 2007, a Irlanda do Norte). 27

30 ORGANIZAÇÃO Figura B1: Número de línguas estrangeiras ensinadas e sua duração na educação pré-escolar, ensino básico e ensino secundário geral, 2006/07 As línguas estrangeiras como disciplina obrigatória para todos os alunos em certas áreas de estudo/tipos de escolas (grupos etários relevantes) Línguas estrangeiras como opção curricular nuclear para todos os alunos (grupos etários relevantes) Número de línguas estrangeiras como disciplina obrigatória Fase de Implementação Faixa etária inicial variável Esta seta indica a situação em apenas alguns tipos de ofertas educativas ou áreas de estudo Nenhuma língua estrangeira como CS Fonte: Eurydice. Número de línguas estrangeiras que as escolas têm que oferecer como opção curricular nuclear Fase de Implementação Nenhuma língua estrangeira como disciplina obrigatória Fonte: Eurydice. 28

31 ORGANIZAÇÃO Figura B1 (continuação): Número de línguas estrangeiras ensinadas e sua duração na educação préescolar, ensino básico e ensino secundário geral, 2006/07 Os línguas estrangeiras como disciplina obrigatória para todos os alunos em certas áreas de estudo/tipos de escolas (grupos etários relevantes) Línguas estrangeiras como opção curricular nuclear para todos os alunos (grupos etários relevantes) Número de línguas estrangeiras como disciplina obrigatória Fase de Implementação Faixa etária inicial variável Esta seta indica a situação em apenas alguns tipos de ofertas educativas ou áreas de estudo Nenhuma língua estrangeira como CS Fonte: Eurydice. Número de línguas estrangeiras que as escolas têm que oferecer como opção curricular nuclear Em Fase de Implementação Nenhuma Língua Estrangeira como disciplina obrigatória Fonte: Eurydice. 29

32 ORGANIZAÇÃO Notas adicionais (Figura B1) Bélgica (BE fr): A Comunidade Francesa é responsável em (a) Bruxelas, sempre que a língua de ensino seja o Francês, e (b) na parte francófona da Região da Valónia. Bélgica (BE nl): A Comunidade Flamenga é responsável em (a) Bruxelas, sempre que a língua de ensino seja o Holandês, e (b) na Região Flamenga. Desde 2004/05, todos os alunos (excepto aqueles que pertencem a escolas da Região de Bruxelas, onde se aplicam outros regulamentos) têm que aprender uma língua estrangeira a partir dos 10 anos. República Checa: Só o currículo Základní škola (CITE 1 e 2) é aqui considerado. Alemanha: Desde 2004/05, alguns Länder reduziram o número de anos escolares atribuídos ao Gymnasium. Assim, nas escolas em questão, os alunos começaram a aprender a primeira língua estrangeira a partir dos 10 anos, a segunda aos 11 anos e a terceira aos 13 anos. Em Baden-Wurttemberg, é obrigatória a aprendizagem de uma língua estrangeira a partir dos 6 anos. Os alunos podem suspender a aprendizagem de uma língua obrigatória, quando atingirem os 17 anos de idade, caso não a tenham seleccionado como obrigatória para o Abitur. Irlanda: O ensino das línguas estrangeiras não é obrigatório. Todos os alunos aprendem as línguas oficiais Inglês e Irlandês. Espanha: Desde 2008/09, todos os alunos a partir dos 3 anos aprendem uma língua estrangeira. Com efeitos a partir de 2009/10, todos os alunos poderão escolher uma língua como opção curricular nuclear quando atingirem os 10 anos de idade. Grécia: Durante o ano lectivo 2006/07, tornou-se obrigatória a aprendizagem de uma segunda língua estrangeira a partir dos 10 anos de idade. No caso dos alunos com 11 anos, isto ocorreu em 2007/08. França: Desde o início do ano lectivo de 2007/08, tornou-se, em princípio, obrigatório para todos os alunos de 7 anos de idade a aprendizagem de uma língua estrangeira. Aos 14 anos, os alunos que escolherem a opção "découverte professionnelle" (iniciação à vida profissional) (6 horas por semana), já não aprendem duas línguas estrangeiras obrigatórias. Itália: Desde 2006/07, todos os alunos têm que aprender uma segunda língua entre os 11 e os 14 anos de idade. Lituânia: Desde 2008/09, todos os alunos com 8 anos de idade aprendem uma língua estrangeira. Em 2006/07, as escolas já puderam começar a ensinar essa língua a alunos com oito anos de idade, caso o desejassem. Luxemburgo: Na secção 'clássica, o ensino do Inglês (a terceira língua obrigatória) inicia-se quando os alunos têm 14 anos de idade e não 13. Hungria: Dado que a estrutura da oferta educativa é variável, os alunos podem começar a aprender a segunda língua obrigatória aos 10 ou 12 anos de idade. Malta: Nas duas escolas de rapazes e raparigas (uma de rapazes e uma de raparigas) ainda existentes, só é obrigatória a aprendizagem de uma língua estrangeira. As duas escolas vão encerrar em Holanda: Desde 2007/08, os alunos que seguem as unidades curriculares HAVO e VWO têm menos uma língua estrangeira obrigatória. No entanto, os alunos da HAVO ainda podem aprender a respectiva língua, caso frequentem o programa cultura e sociedade, e os alunos VWO podem seleccionar essa língua como opção curricular nuclear. Polónia: Desde 2008/09 foi introduzido o ensino obrigatório de uma língua estrangeira para alunos entre os 7 e os 10 anos de idade. A partir de 2009, todos os alunos entre os 13 e os 19 anos são obrigados a aprender duas línguas estrangeiras. Portugal: Em 2005/06, o Ministério da Educação lançou um programa de ensino do Inglês no terceiro e quarto anos da escolaridade obrigatória (alunos entre os 8 e os 10 anos). As escolas tiveram a opção de participar. Desde 2006/07, todas as escolas são obrigadas a oferecer o Inglês a alunos desta faixa etária. Desde 2008/09, esta obrigação estende-se também aos primeiro e segundo anos (alunos desde os 6 aos 8 anos). Eslovénia: Desde 2008/09, é obrigatório o ensino de uma segunda língua estrangeira a partir dos 12 anos. Suécia: As autoridades educativas locais estabeleceram um número total de horas para cada grupo de disciplinas, sem especificar a idade a partir da qual os alunos devem iniciar a sua aprendizagem. Reino Unido (ENG): As escolas têm que ensinar uma língua aos alunos entre os 14 e os 16 anos de idade. Existe um programa apoiado pelo Governo, para introduzir as línguas estrangeiras nas escolas básicas, conduzindo à introdução, em 2001, da aprendizagem de línguas estrangeiras obrigatórias para todos os alunos dos 7 aos 11 anos de idade. Reino Unido (WLS): Apesar de as escolas não serem obrigadas a leccionar uma língua estrangeira aos alunos entre os 14 e os 16 anos de idade, geralmente fazem-no. Adicionalmente, todos os alunos aprendem Galês. Reino Unido (NIR): Em Setembro de 2007 a obrigatoriedade da aprendizagem de uma língua estrangeira entre os 14 e 16 anos de idade deixou de existir. No entanto, as escolas devem oferecer a todos os alunos a opção de aprenderem uma língua estrangeira. 30

33 ORGANIZAÇÃO Notas adicionais (Figura B1) Reino Unido (SCT): O currículo não é regulamentado. Dependendo das circunstâncias particulares de cada escola, as escolas e as autoridades locais são autónomas para interpretar as orientações das autoridades centrais. Em conformidade com estas orientações, os alunos dos 10 aos 16 anos têm o direito de aprender, pelo menos, uma língua estrangeira, durante seis anos (correspondendo a cerca de 500 horas); no entanto, este direito está a ser actualmente substituído pelo novo enquadramento de aprendizagem e ensino, ao abrigo do currículo de Excelência. Islândia: Desde 2007/08, a aprendizagem obrigatória de uma língua estrangeira inicia-se aos 9 anos de idade. Esta reforma deverá estar totalmente implementada em 2009/10. No nível secundário superior, a idade na qual os alunos aprendem línguas estrangeiras pode variar de escola para escola e de um aluno para outro. Noruega: Aos 13 anos de idade, os alunos têm que escolher entre a aprendizagem do Inglês em grande profundidade, do Norueguês ou do Sami, ou de outra língua estrangeira. Esta reforma deverá ser totalmente implementada a partir de 2008/09. Nota explicativa Estes diagramas referem-se apenas às línguas descritas como estrangeiras (ou modernas ) no currículo. As línguas regionais e/ou minoritárias (Figura B11) e as línguas antigas (Figura B12), são unicamente incluídas quando o currículo as considerar como alternativas às línguas estrangeiras. Na coluna da esquerda, as barras mesmo por baixo da escala etária mostram o período total durante o qual são ensinadas línguas estrangeiras como disciplinas obrigatórias, ao passo que as cores de cada barra indicam o número de línguas estrangeiras que todos devem aprender nas idades correspondentes. As barras à direita desta seta ) referem-se exclusivamente ao número mais elevado de línguas que apenas alguns alunos têm que aprender numa ou em várias áreas de ensino, bem como as idades em que isto sucede. Em fase de implementação, língua estrangeira, língua como disciplina obrigatória, língua como opção curricular nuclear: Ver Glossário. Idade inicial variável: As autoridades educativas a nível central não estipulam a idade a partir da qual as disciplinas têm que ser ensinadas pela primeira vez, mas confinam-se na definição de objectivos para um determinado nível de educação. Assim, as escolas são autónomas para decidirem quando iniciar o ensino de uma língua estrangeira. Na maioria dos sistemas educativos, o currículo mínimo para o ensino secundário geral define que a aprendizagem de duas línguas estrangeiras é obrigatória para todos. É obrigatório nos seis primeiros anos do ensino básico em apenas alguns países, como a Estónia, a Letónia, o Luxemburgo, a Suécia, a Islândia, bem como a Grécia, onde esta obrigação foi recentemente alargada a alunos dos 10 aos 12 anos. No Luxemburgo, todos os alunos aprendem Alemão a partir do primeiro ano do ensino básico, e o Francês a partir do segundo ano do ensino básico. Apesar de ambos possuírem estatuto de língua oficial, são, apesar de tudo, consideradas como línguas estrangeiras no currículo. Em cerca de 15 países, os alunos inscritos em determinados tipos de escolas ou áreas de estudo têm que aprender um maior número de línguas estrangeiras do que o número mínimo obrigatório aplicável a todos os alunos. Este é especialmente o caso do ensino secundário superior. No entanto, os alunos que atinjam os 12 anos de idade em certos tipos de escolas da República Checa, da Alemanha, da Holanda, da Áustria e do Listenstaine, têm que aprender um número maior de línguas do que o número obrigatório para todos. Assim, os alunos de 12 anos de idade das escolas HAVO e VWO da Holanda têm que aprender três línguas estrangeiras, ao passo que os alunos inscritos em VMBO são obrigados a aprender duas. No Luxemburgo e no Listenstaine, os alunos de algumas áreas de estudo ou tipos de escola têm que aprender até quatro línguas estrangeiras. Em quase 20 países, e essencialmente no nível secundário, as autoridades centrais (ou de topo) para a educação exigem que as escolas incluam, pelo menos, uma língua estrangeira entre as suas principais opções curriculares. Esta situação permite a cada aluno de qualquer escola optar por aprender uma língua estrangeira adicional e dáse, por exemplo, na Bélgica (nas Comunidades Francófona e Germanófona), na Alemanha e em Espanha, onde os programas das escolas secundárias têm apenas uma língua estrangeira obrigatória. No ensino secundário superior do Chipre, as escolas têm que oferecer cinco línguas estrangeiras. Em Malta, no nível secundário inferior, as escolas têm que oferecer sete línguas estrangeiras, e os alunos só podem escolher um, ao passo que no nível secundário superior as escolas têm que oferecer seis, das quais os alunos podem escolher três. 31

34 ORGANIZAÇÃO A AUTONOMIA ESCOLAR ESTÁ MUITO GENERALIZADA E PODE REFORÇAR A OFERTA EDUCATIVA DAS LÍNGUAS ESTRANGEIRAS Num grande número de países, as escolas possuem um certo grau de autonomia, o que lhes permite a introdução de algumas disciplinas ao seu critério e particularmente as línguas estrangeiras como parte da oferta mínima educativa. Dependendo do país em questão, esta oferta mínima rege-se quer unicamente pelo teor de regulamentações determinadas centralmente (Figura B1), quer pelo teor destas, complementado pelo conteúdo que as escolas podem introduzir por sua própria iniciativa, em conformidade com o seu grau de autonomia. Figura B2: Âmbito de autonomia das escolas para a leccionação de línguas estrangeiras por sua própria iniciativa dentro do nível mínimo da oferta educativa na educação pré-escolar, no ensino básico, e no ensino secundário geral, 2006/07 Língua Estrangeira como alternativa Currículo flexível Sem autonomia Idades Idades Fonte: Eurydice. Língua estrangeira como alternativa Currículo flexível 32

35 ORGANIZAÇÃO Notas adicionais (Figura B2) Bélgica (BE fr): A Comunidade Francesa é responsável em (a) Bruxelas, sempre que a língua de ensino seja o Francês, e (b) na parte francófona da Região da Valónia. Bélgica (BE nl): A Comunidade Flamenga é responsável em (a) Bruxelas, sempre que a língua de ensino seja o Holandês e (b) na Região Flamenga. República Checa: Desde 2007/08, foi permitido às escolas que introduzissem uma língua estrangeira como disciplina obrigatória no primeiro ano do ensino básico (para alunos com 6 anos de idade), desde que os alunos e os seus pais concordassem. Dinamarca: A Lei da Folkeskole encoraja as escolas a leccionarem uma língua estrangeira como disciplina opcional (desta forma perfazendo uma terceira língua), para alunos entre os 14 e os 16 anos de idade. Espanha: Até que seja obrigatório o ensino de uma língua estrangeira para todas as crianças a partir dos 3 anos de idade em diante (em 2008/09), as Comunidades Autónomas autorizam as escolas a fazê-lo. Itália: Teoricamente, as escolas têm este tipo de autonomia a partir do primeiro ano do ensino básico. Na prática, só o fazem no nível secundário superior. Letónia: As escolas que decidam estabelecer um currículo que inclua uma língua adicional, esta última será obrigatória para todos. Hungria: De acordo com a flexibilidade que lhes foi concedida, muitas escolas obrigam os seus alunos a aprender uma língua estrangeira, antes que seja obrigatório para todos os alunos (Figura B1). Holanda: O Inglês é obrigatório no ensino primário. Na prática, esta língua é ensinada quando os alunos atingem os 10 anos. As escolas podem optar por ensinar o Inglês numa fase mais precoce. Áustria: As escolas possuem um grau de autonomia que lhes permite oferecer um currículo ligeiramente diferente do determinado pelas autoridades educativas centrais. As disciplinas que as escolas podem oferecer nesta base devem, no entanto, constar de uma lista elaborada por essas autoridades. Reino Unido (ENG/WLS/NIR): Espera-se que as escolas desenvolvam o seu currículo, para além das exigências do Currículo Nacional e do Currículo da Irlanda do Norte, de acordo com as suas circunstâncias e necessidades em particular. Isto pode significar o ensino de uma língua estrangeira para além do mínimo regulamentado. Não existe um currículo central comum e obrigatório para alunos entre os 16 e os 18 anos. Islândia: Os alunos do ensino secundário superior podem de acordo com as línguas oferecidas pela suas escolas optar por alargar os seus níveis de conhecimento de uma língua que já estejam a aprender num regime obrigatório, ou por estudar outra língua. Nota explicativa Esta Figura refere-se apenas às línguas que são designadas como estrangeiras (ou modernas ) no currículo. As línguas regionais e/ou minoritárias (Figura B11) e as línguas antigas (Figura B12) são unicamente incluídas, quando o currículo as considerar como alternativas às línguas estrangeiras. A Figura indica o grau de autonomia das escolas para incluírem novas disciplinas (incluindo línguas estrangeiras) dentro da oferta mínima educativa. Língua Estrangeira, Língua estrangeira como alternativa, oferta mínima educativa, currículo flexível: Ver Glossário. Desta forma, as escolas podem oferecer um currículo mais direccionado às necessidades da população e da região onde se encontram inseridas. Como resultado, o conteúdo do nível mínimo da oferta educativa pode, de certa forma, variar de escola para escola. Quando as escolas decidem oferecer uma língua extra, todos os alunos têm que a aprender ou escolhê-la como opção curricular nuclear, pois a mesma faz parte do nível mínimo da oferta educativa. As escolas podem variar a sua oferta de línguas estrangeiras por sua própria iniciativa, quer oferecendo línguas como disciplinas alternativas, quer incluindo-as no seio de um currículo flexível. Em conformidade, a flexibilidade curricular de todos os níveis de ensino, e particularmente no ensino secundário, as escolas escolhem as disciplinas que pretendem leccionar. Desta forma, podem oferecer aos alunos a oportunidade de aprenderem mais línguas estrangeiras (do que aquelas que são indicadas na Figura B1), e, em certos casos, tornar a sua aprendizagem obrigatória. Por exemplo, os collèges, em França, podem incluir uma segunda língua no seu currículo, desde o início (para alunos com 11 e mais anos de idade). A autonomia escolar é especialmente patente em Itália (no ensino secundário) e no Reino Unido, onde os currículos definidos centralmente colocam relativamente menos ênfase no ensino das línguas estrangeiras do que noutros países (Figura B1). 33

36 ORGANIZAÇÃO Em alguns países, as escolas são autónomas num sentido mais restritivo, podendo oferecer uma língua estrangeira como disciplina alternativa. Desta forma, na Bélgica (Comunidades Flamenga e Francesa), em Espanha (em algumas Comunidades Autónomas), e em Portugal, as autoridades educativas a nível central permitem que as escolas utilizem o tempo normalmente atribuído a outras disciplinas, para o ensino de uma língua estrangeira. Esta situação ocorre, em primeiro lugar, e com maior incidência, nos 1º e 2º ciclos do ensino básico, nos casos em que ainda não é obrigatória a aprendizagem de uma língua por todos os alunos. Como resultado desta margem de manobra concedida às escolas, é possível fazer com que uma língua estrangeira seja ensinada numa fase mais precoce, como parte do nível mínimo da oferta educativa. O ENSINO OBRIGATÓRIO DE UMA LÍNGUA ESTRANGEIRA TEM INÍCIO NUMA FASE EDUCATIVA CADA VEZ MAIS PRECOCE Durante várias décadas, a Europa tem testemunhado um aumento no número de anos durante os quais é obrigatório o ensino de pelo menos uma língua estrangeira, e um decréscimo da idade em que este tem início. Estas alterações foram visíveis num grande número de países, especialmente entre 2003 e Entre 1984 e 2007, cerca de 10 países diminuíram pelo menos em três anos a idade inicial a partir da qual os alunos tinham que aprender uma língua estrangeira. Por exemplo, alguns países da Europa Meridional adoptaram políticas ambiciosas neste sentido. A Espanha e a Itália encontram-se actualmente entre os países onde os alunos são mais precocemente ensinados (quando atingem os 3 e 6 anos, respectivamente). No Luxemburgo e em Malta, onde os alunos aprendiam línguas estrangeiras numa idade muito precoce no ano de 1984, não ocorreram alterações posteriores à idade de iniciação às línguas até No Reino Unido (Inglaterra, País de Gales e Irlanda do Norte), não havia um currículo obrigatório até à publicação de legislação em 1988 (Inglaterra e País de Gales) e em 1989 (Irlanda do Norte). Ao abrigo desta legislação, as línguas tornaram-se disciplinas obrigatórias para todos os alunos a partir dos 11 anos de idade. Inicialmente, a mesma regra aplicavase até aos 16 anos de idade, mas as subsequentes alterações curriculares aumentaram a lexibilidade para os alunos entre os 14 e os 16 anos, e, actualmente, é um facto que em Inglaterra, no Pais de Gales e na Irlanda do Norte, a aprendizagem obrigatória de línguas estrangeiras inicia-se mais tarde (aos 11 anos) e termina mais cedo (aos 14 anos), do que em qualquer outro país. A par com estas mudanças no currículo do ensino secundário, ocorreram desenvolvimentos no ensino das línguas nos seis primeiros anos de escolaridade. Por exemplo, em Inglaterra, o Governo encontra-se empenhado em tornar as línguas estrangeiras disciplinas obrigatórias para os alunos entre os 7 e os 11 anos, a partir do ano de No entanto, esta tendência de diminuição da idade a partir da qual as crianças iniciam a aprendizagem de uma língua estrangeira é muito menos evidente em países da Europa Central e Oriental. Na sua grande maioria, as crianças tinham que começar a aprender a primeira língua estrangeira relativamente cedo, mesmo na década de Na maioria dos casos, essa língua era o Russo. Nos países Bálticos, a influência russa foi especialmente marcante, e, na escolaridade obrigatória, a língua era ensinada desde muito cedo. No entanto, esta língua não era considerada língua estrangeira. As alterações ocorridas na organização geral da educação desde o início de 1990 também podem contribuir para determinadas mudanças em alguns países. Entre 2003 e 2007, registaram-se alterações em cerca de dez países. Na Bélgica (Comunidade Germanófona), a legislação adoptada no ano de 2004 tornou obrigatórias as actividades lúdicas em língua estrangeira na educação pré-escolar e a aprendizagem de línguas estrangeiras a partir do primeiro ano do ensino básico estas actividades eram facultativas, embora praticadas na maioria das escolas durante várias décadas. Os países onde se verificaram as maiores alterações são também aqueles onde o ensino das línguas estrangeiras teve início numa fase mais tardia (na Comunidade Flamenga da Bélgica e da Bulgária). Desde 2008/09, foi implementado, na Polónia, o ensino obrigatório de uma língua estrangeira para alunos dos 7 aos 10 anos. Em Portugal, a partir de 2008/09, todas as escolas têm que oferecer o ensino do Inglês a alunos entre os 6 e os 10 anos. 34

37 ORGANIZAÇÃO Figura B3: Alterações à idade em que os alunos iniciam a aprendizagem da primeira língua estrangeira obrigatória, e a duração desta oferta na educação pré-escolar, no ensino básico e no ensino secundário, relativamente aos anos de 1984, 1994, 2003 e Idades Idades Uma língua estrangeira introduzida de forma faseada. Sem ensino obrigatório de língua estrangeira Fonte: Eurydice. Notas adicionais (Figura B3) Bélgica (BE fr): A Comunidade Francesa é responsável em (a) Bruxelas, sempre que a língua de ensino seja o Francês, e (b) na parte francófona da Região da Valónia. Bélgica (BE nl): A Comunidade Flamenga é responsável em (a) Bruxelas, onde a língua de ensino seja o Holandês, e (b) na Região Flamenga. 35

38 ORGANIZAÇÃO Notas adicionais (Figura B3) Alemanha: O ensino secundário superior (o Gymnasium) termina aos 18 anos de idade em alguns Länder, e noutros, aos 19 anos. Em determinados Länder, os alunos começam a aprender a primeira língua estrangeira como disciplina obrigatória aos 10 anos de idade. Em Baden-Wurttemberg, têm que o fazer a partir dos 6 anos. Se os alunos não seleccionarem esta disciplina para o Abitur, podem cessar a sua aprendizagem um ano antes do final do ensino secundário superior. Estónia, Letónia e Lituânia: Em 1984, o Russo não era considerado uma língua estrangeira. Era aprendido a partir dos 7 anos na Estónia e na Lituânia, e a partir dos 8 anos na Letónia. Estónia e Suécia: Em 2007 e 2003, as autoridades educativas não especificaram a idade na qual todos os alunos teriam que aprender uma língua estrangeira como disciplina obrigatória. O mesmo se passou na Suécia em Em 2007, os alunos puderam começar a aprender uma língua estrangeira como disciplina obrigatória entre os 7 e os 10 anos de idade nos dois países. Irlanda: O ensino das línguas estrangeiras não é obrigatório. Todos os alunos aprendem as línguas oficiais: Inglês e Irlandês. Espanha: Desde 2008/09, todos os alunos devem iniciar a aprendizagem de uma língua estrangeira a partir dos 3 anos de idade. Letónia: Em 1984, o ensino secundário geral terminava aos 17 anos nos estabelecimentos escolares onde o Russo era a língua de ensino. Holanda: A aprendizagem de uma língua estrangeira é obrigatória nos seis primeiros anos de escolaridade. Na prática, isto ocorre entre os 10 e os 12 anos. As escolas podem organizar esta oferta numa fase mais precoce. Polónia: Desde 2008/09, foi introduzida a aprendizagem obrigatória de uma língua estrangeira para alunos entre os 7 e os 10 anos. Portugal: Em 2005/06, o Ministério da Educação lançou um programa de ensino de Inglês nos terceiro e quarto anos da escolaridade obrigatória (alunos entre os 8 e os 10 anos). As escolas tiveram, então, a opção de participar. Desde 2006/07, todas as escolas são obrigadas a oferecer o ensino do Inglês aos alunos naquele grupo etário. Desde 2008/09, esta obrigação estende-se aos primeiro e segundo anos (alunos entre os 6 e 8 anos). Finlândia: O currículo mínimo nacional para 1994, 2003 e 2007 não especifica a idade na qual os alunos têm que aprender uma língua estrangeira. Podem fazê-lo entre os 7 e os 9 anos. Reino Unido (ENG/NIR/WLS): Foi apenas a partir de 1988 (1989 na Irlanda do Norte) que a legislação que definia as línguas estrangeiras como disciplinas obrigatórias entrou em vigor. Antes disso, nenhuma disciplina (a não ser a educação religiosa) era obrigatória. Em 1994, foi posta em prática a exigência das línguas modernas para os alunos mais jovens, mas não para a faixa etária entre os 14 e 16 anos. A oferta deixou de abranger os jovens entre os 14 e 16 anos no País de Gales em 1995, sem que tenha sido implementada. A oferta deixou de abranger os alunos nesta faixa etária em Inglaterra a partir de 2004, e na Irlanda do Norte a partir de Reino Unido (SCT): Apesar de não ser obrigatório, o ensino de uma língua estrangeira era considerado obrigatório pela maioria da população antes da implementação das recomendações do Grupo Ministerial de Acção para as Línguas (2000). As recomendações tornaram esta oferta mais flexível. Nota explicativa Esta Figura refere-se apenas às línguas designadas como estrangeiras (ou modernas ) no currículo. As línguas regionais e/ou minoritárias (Figura B11) e as línguas antigas (Figura B12), são unicamente incluídas quando o currículo as considera como alternativas às línguas estrangeiras. A idade a partir da qual os alunos começam a aprender uma língua estrangeira como disciplina obrigatória corresponde à idade intelectual do ano em que esta oferta se inicia. A idade a partir da qual os alunos deixam de aprender uma língua estrangeira como disciplina obrigatória corresponde à sua idade intelectual quando concluem o ano em que esta oferta termina. Para 1984, 1994 e 2003, a Figura mostra a idade a partir da qual os alunos começam a aprender uma língua estrangeira como disciplina obrigatória, em conformidade com a legislação, mesmo que esta oferta não tenha sido alargada a todas as escolas durante o ano de referência. No caso de 2003, a medida é indicada como estando em fase de implementação, se ainda não foi totalmente concretizada em Para mais informações relativamente à situação de 2006/07, veja a Figura B1. Em fase de implementação, língua estrangeira, língua como disciplina obrigatória, língua como opção curricular nuclear: Ver Glossário. 36

39 ORGANIZAÇÃO NA MAIORIA DOS PAÍSES TODOS PODEM APRENDER PELO MENOS DUAS LÍNGUAS DURANTE A ESCOLARIDADE OBRIGATÓRIA No Conselho Europeu de Barcelona (2002), os Chefes de Estado ou Governo da União Europeia solicitaram mais medidas 'com vista a melhorar o domínio das competências básicas, particularmente através do ensino de pelo menos duas línguas estrangeiras a partir de uma idade muito precoce. Esta recomendação deriva do movimento gerado pelo Conselho Europeu de Lisboa (2000), em que a União Europeia definiu o objectivo estratégico de se tornar a economia baseada no conhecimento mais competitiva e dinâmica do mundo. Em 2006/07, as políticas educativas da maioria dos países cumpriam os termos da recomendação, permitindo que todos os alunos aprendessem pelo menos duas línguas estrangeiras durante a escolaridade obrigatória. Comparativamente à situação de 2002/03 (ver Números-Chave do Ensino das Línguas Edição de 2005), deverá ser chamada a atenção para as alterações introduzidas na República Checa e em Itália, que se encontram na linha da recomendação emitida a nível Europeu. A situação na qual todos os alunos têm que aprender um mínimo de duas línguas estrangeiras durante pelo menos um ano na escolaridade obrigatória a tempo inteiro é a mais predominante (Figura B1). A segunda categoria de países corresponde àqueles em que a aprendizagem de duas línguas estrangeiras, embora não obrigatória, é possível para todos durante a escolaridade obrigatória a tempo inteiro. Nestes países, a primeira língua é obrigatória, ao passo que a segunda é oferecida por todas as escolas como opção curricular. Assim, quando os alunos escolhem as suas disciplinas opcionais, todos podem decidir aprender uma segunda língua estrangeira, independentemente da escola que frequentem. Só numa minoria de países não é possível a todos os alunos aprenderem duas línguas estrangeiras na escolaridade obrigatória. Na Alemanha, na Áustria, na Polónia e no Listenstaine, a oportunidade de aprender duas línguas só é extensível aos alunos inscritos no ensino geral pós-obrigatório (terceira categoria). Esta situação é mesmo obrigatória na Áustria, na Polónia e no Listenstaine. Na Irlanda e no Reino Unido, os alunos na escolaridade obrigatória podem ter a mesma oportunidade, dado que a estrutura curricular nestes países é suficientemente flexível para permitir que as escolas elaborem o seu currículo de acordo com os seus objectivos e valores. Isto significa que, quando é oferecida uma segunda língua, a escola poderá escolher a idade em que a mesma deve ser introduzida. Na Turquia, só os alunos em determinados tipos de ensino têm que aprender duas línguas estrangeiras, o que se aplica ao ensino pósobrigatório. 37

40 ORGANIZAÇÃO Figura B4: O ensino de duas línguas estrangeiras nos currículos da educação pré-escolar, dos ensinos básico e secundário geral, em 2006/07 Um mínimo de duas línguas obrigatórias: Obrigatório para todos Um direito de todos Durante pelo menos um ano da escolaridade obrigatória a tempo inteiro Obrigatório ou um direito de todos Obrigatório ou um direito para alguns Apenas após a escolaridade obrigatória Durante e/ou após a escolaridade obrigatória Fonte: Eurydice. Notas adicionais Irlanda: O ensino das línguas estrangeiras não é obrigatório. As línguas oficiais (Inglês e Irlandês) são ensinadas a todos os alunos, mas não são línguas estrangeiras. Polónia: Está previsto que, a partir de 2009, vão ser obrigatórias duas línguas para os alunos entre os 13 e os 19 anos. Nota explicativa Esta Figura só tem a ver com as línguas estrangeiras (ou modernas ) no currículo. As línguas regionais e/ou minoritárias (Figura B11), e as línguas antigas (Figura B12) são unicamente incluídas, quando o currículo as considerar como alternativas às línguas estrangeiras. Para obter mais informações acerca da inclusão de línguas estrangeiras no currículo, veja as Figuras B1 e B2. Um direito para todos (de aprenderem no mínimo duas línguas estrangeiras): em geral, a primeira língua é incluída no currículo como disciplina obrigatória, e a segunda como opção curricular nuclear. Obrigatória ou um direito para alguns (de aprenderem no mínimo duas línguas estrangeiras): só alguns alunos são obrigados ou têm direito a aprender duas línguas estrangeiras, quer porque as escolas têm autonomia para lhes oferecer uma oportunidade de aprenderem outra língua (Figura B2), quer porque os alunos em questão se encontram em áreas de estudo nas quais as outras línguas estrangeiras são oferecidas ou obrigatórias. Língua estrangeira, língua como disciplina obrigatória, língua como opção curricular nuclear; currículo flexível: Ver Glossário. 38

41 ORGANIZAÇÃO OS PROJECTOS-PILOTO SÃO MUITAS VEZES UTILIZADOS PARA INTRODUZIR O ENSINO DAS LÍNGUAS ESTRANGEIRAS NUMA FASE INICIAL Projectos-piloto para introduzir o ensino de uma língua estrangeira não prevista no âmbito do nível mínimo da oferta educativa (Figura B1) estão actualmente a ser implementados em 14 países. Organizados e financiados pelas autoridades educativas, a sua maioria visa essencialmente a introdução do ensino das línguas estrangeiras em níveis onde ainda não são obrigatórias, nomeadamente na educação pré-escolar e nos primeiros anos do básico. Figura B5: Idade em que os alunos iniciam a aprendizagem da primeira língua estrangeira como projectopiloto, e a duração desta oferta na educação pré-escolar, no ensino básico, ou no ensino secundário geral, 2006/07. Dados detalhados Idades Idades Projecto-piloto Sem projecto-piloto Fonte: Eurydice. Notas adicionais Espanha: Nas Comunidades Autónomas de Aragão, Castela e Leão, e Estremadura, ainda está em curso a implementação do ensino de um segunda língua estrangeira como projecto-piloto aos alunos a partir dos 10 anos, apesar de esta ser uma prática amplamente comum noutras Comunidades Autónomas. Reino Unido (ENG): O programa apoiado pelo Governo para a introdução progressiva de línguas estrangeiras nas escolas primárias passou agora além da fase piloto, conduzindo à introdução de línguas obrigatórias para todos os alunos dos 7 aos 11 anos, em Reino Unido (WLS): Desde Setembro de 2003, a Assembleia Governamental do País de Gales financia projectos-piloto para alunos dos 7 aos 11 anos. Reino Unido (NIR): Em Setembro de 2005, foi lançado um projecto-piloto apoiado pelo governo, para introduzir o ensino de línguas estrangeiras nas escolas primárias. Nota explicativa Esta Figura apenas está relacionada com as línguas designadas como estrangeiras (ou modernas ) no currículo. As línguas regionais e/ou minoritárias (Figura B11) e as línguas antigas (Figura B12), são unicamente incluídas quando o currículo as considerar como alternativas às línguas estrangeiras. Projecto-Piloto: Ver Glossário. 39

42 ORGANIZAÇÃO Em Espanha, diversas Comunidades Autónomas desenvolveram projectos-piloto para ensinar uma primeira língua estrangeira aos alunos a partir dos 3 anos, e uma segunda aos alunos a partir dos 10 anos, a par das línguas incluídas no nível mínimo da oferta educativa. No entanto, esta é agora uma prática generalizada em algumas Comunidades. Conforme acontece com os projectos-piloto em Espanha, os projectos ou as iniciativas de muitas escolas da Letónia permitem que os alunos aprendam uma língua, para além da língua obrigatória para todos. No Reino Unido (Inglaterra), existe um programa apoiado pelo governo para a introdução progressiva de línguas estrangeiras nas escolas primárias. Terminada a fase de projecto-piloto, seguir-se-á a introdução da aprendizagem obrigatória das línguas para todos os alunos dos 7 aos 11 anos em Em Malta e no Reino Unido (País de Gales), o objectivo dos projectos-piloto consiste na sensibilização dos alunos relativamente às línguas, numa idade muito precoce e no aumento do seu envolvimento na aprendizagem. Na Grécia, o projectopiloto em curso centra-se no multilinguismo e no multiculturalismo. A OFERTA EDUCATIVA DO TIPO CLIL FAZ PARTE DO ENSINO REGULAR NA MAIORIA DOS PAÍSES Na grande maioria dos países Europeus, algumas escolas oferecem um tipo de ensino, ao longo do qual os alunos aprendem pelo menos duas línguas diferentes. Esta Aprendizagem Integrada de Conteúdos e de Língua' (CLIL) normalmente existe no ensino primário e secundário, mas não está generalizada. De facto, o Luxemburgo e Malta são os únicos países onde o tipo de oferta educativa CLIL existe em todas as escolas. Comparativamente a anos anteriores, os países têm a tendência de adoptar a oferta educativa CLIL para mais pares de línguas estrangeiras (ver Anexo), e, nos países onde a CLIL não foi formalmente disponibilizada, começaram agora a implementá-la em projectos-piloto, como é o caso de Portugal e, desde 2007/08, a Comunidade Flamenga da Bélgica. A inclusão da CLIL no ensino regular depois da sua implementação bem sucedida em projectos-piloto (tal como aconteceu na Polónia e em Espanha) tem-se tornado mais frequente. Não obstante, em 2006/07, a CLIL ainda não existia em seis países. Apesar de a Dinamarca não ter introduzido a oferta tipo CLIL conforme estritamente definido, o país pondera medidas que conduzam à melhoria da capacidade linguística dos alunos. Em particular, foi proposto que algumas disciplinas pudessem ser leccionadas em línguas estrangeiras. CLIL Content and Language Integrated Learning (Aprendizagem Integrada de Conteúdos e Língua) 40

43 ORGANIZAÇÃO Figura B6: Situação da CLIL nos ensinos básicos e secundário, 2006/07 Oferta CLIL como parte da educação escolar regular Oferta CLIL no âmbito de projectos-piloto Sem oferta CLIL Fonte: Eurydice. Notas adicionais Bélgica (BE fr): A oferta CLIL tem sido implementada através de projectos-piloto desde 2007/08. Dinamarca: Apesar de não existirem regulamentações específicas, os cursos de literatura estrangeira no programa oficial de estudos sociais do ensino secundário superior podem ser dados numa língua estrangeira, oferecendo assim aos alunos que escolherem este programa a oportunidade de aprenderem duas línguas diferentes. Lituânia: Desde 2007/08, a oferta CLIL tem-se mantido em todas as escolas que a apresentaram em primeiro lugar como projecto-piloto. Actualmente pode ser adoptada por outras escolas que estejam dispostas a incluir a CLIL no ensino regular. Portugal: A oferta CLIL foi introduzida em sete escolas em 2006/07, como projecto-piloto de três anos. Algumas experiências anteriores com a CLIL foram conduzidas por iniciativa das próprias escolas sem apoio institucional por parte dos serviços centrais. Em 2007/08, este projecto incluiu 16 escolas. Listenstaine: A oferta CLIL só se encontra disponível durante o terceiro ano do ensino básico, e numa base muito limitada. A partir de 2008/09, a oferta CLIL tem sido disponibilizada no segundo ano do ensino básico. Nota explicativa A Figura actual não inclui programas de ensino em duas línguas diferentes, primeiramente para assegurar que as crianças cuja língua materna não seja um dialecto indígena possam eventualmente integrar-se com maior eficácia no sistema de ensino regular. Também não se encontram incluídas as escolas internacionais. Para obter informações detalhadas acerca das línguas e dos níveis de ensino nos quais ocorre a oferta CLIL, ver Anexo. A oferta educativa do tipo CLIL faz parte do ensino regular: A oferta não é limitada em termos de tempo, como acontece no caso do projecto-piloto. O facto de fazer parte do ensino regular não significa que esteja generalizada. CLIL, projecto-piloto: Ver Glossário. 41

44 ORGANIZAÇÃO AS LÍNGUAS REGIONAIS OU MINORITÁRIAS SÃO AMPLAMENTE UTILIZADAS NAS OFERTAS CLIL EM MUITOS PAÍSES EUROPEUS Os modelos linguísticos associados à oferta tipo CLIL na Europa, tanto como parte do ensino regular escolar convencional como no seio de projectos-piloto (Figura B6), são variáveis. É mais comum haver uma combinação de práticas dentro de um único país. Ao passo que em algumas escolas o ensino pode ser levado a cabo na língua oficial e numa língua regional ou minoritária, noutras escolas, uma destas línguas pode ser dispensada, quer seja a língua oficial ou a língua regional ou minoritária. Em quatro países (Espanha, Letónia, Holanda e Áustria), algumas escolas disponibilizam a CLIL em três línguas estrangeiras diferentes, utilizadas como línguas de ensino. Nestes países, a CLIL com três línguas estrangeiras combinam a língua nacional, uma língua não-indígena e uma língua regional ou minoritária. Esta combinação pouco frequente não é mostrada na Figura B7, a qual se refere unicamente à situação mais comum, envolvendo o ensino em duas línguas estrangeiras. No entanto, o Anexo fornece informações completas acerca das línguas e dos níveis de educação associados a este tipo de ensino. Em Itália, o Francês, o Alemão e o Espanhol são utilizados no âmbito da CLIL, quer em projectos-piloto, quer como parte da oferta educativa existente. O Francês ou o Alemão, que são línguas regionais e/ou minoritárias em determinadas regiões, são utilizados na CLIL como oferta educativa regular, apenas nas regiões onde as duas línguas sejam faladas. Figura B7: Situação das línguas principais utilizadas na CLIL nos ensinos primário e secundário, 2006/07 1 Língua oficial + 1 Língua não-indígena 1 Língua oficial + 1 Língua regional, minoritária ou não-territorial 1 Língua oficial + 1 outra Língua oficial Sem oferta CLIL Fonte: Eurydice. 42

45 ORGANIZAÇÃO Notas adicionais (Figura B7) Bélgica: As três línguas oficiais (Holandês, Francês e Alemão) são faladas em quatro regiões, nomeadamente a região francófona, a região flamenga, a região bilingue de Bruxelas (na qual o Francês e o Holandês são línguas oficiais), e a região Germanófona. Ao abrigo das leis das línguas, adoptadas em 1963, e de um decreto aprovado na Comunidade Germanófona em 2004, a língua de ensino tem que ser o Holandês na Comunidade Flamenga, o Francês na Comunidade Francesa, e o Alemão na Comunidade Germanófona. No entanto, em alguns municípios com estatuto especial nas Comunidades Francesa e Flamenga, bem como na Comunidade Germanófona, os seis primeiros anos de escolaridade podem ser disponibilizados noutra língua nacional, dentro de determinadas circunstâncias. Espanha: Ao abrigo da Constituição Espanhola de 1978, o Espanhol é a língua oficial estatal, de modo que todos os cidadãos Espanhóis são obrigados a dominá-la, e têm direito a utilizá-la. Determinadas Comunidades Autónomas possuem uma segunda língua oficial e, mais especificamente, o Catalão, o Valenciano e o Basco, que têm igualmente estatuto oficial. Espanha, Letónia, Holanda e Áustria: Algumas escolas oferecem o ensino CLIL, onde são utilizadas três línguas estrangeiras como línguas de ensino. Estas seriam a língua nacional, uma língua regional ou minoritária (as quais em determinadas regiões autónomas de Espanha, seriam igualmente a segunda língua oficial), e uma língua estrangeira. Letónia: Algumas escolas disponibilizam o ensino tipo CLIL, no qual as línguas de ensino não são línguas estatais oficiais. Estas línguas são o Russo e o Inglês, ou o Russo e o Alemão. Áustria: Uma opção alternativa, combinando a oferta em duas línguas de ensino (cada uma no mesmo patamar), é oferecida em sete escolas básicas (1º e 2º ciclos), enquanto a mesma oferta com uma língua não-indígena é disponibilizada em 13 estabelecimentos escolares do ensino secundário de Viena. Reino Unido (WLS): Uma lei de 1993 definiu que o sector público tinha como dever tratar o Galês e o Inglês no mesmo patamar de igualdade. Listenstaine: A oferta da CLIL encontra-se disponível durante o terceiro ano dos seis primeiros anos de escolaridade, mas numa base muito limitada. Nota explicativa Esta Figura não inclui programas que visem o ensino em duas línguas diferentes, em primeiro lugar para assegurar que as crianças cuja língua materna não seja uma língua indígena sejam eventualmente integradas de forma mais efectiva no sistema de ensino regular. Também não se encontram incluídas as escolas internacionais. Para obter mais informações acerca das línguas e dos níveis de ensino nos quais existe a oferta tipo CLIL, ver Anexo. Língua não-indígena: Qualquer língua que, num Estado em particular, não seja nem uma língua oficial, nem uma língua regional ou minoritária, nem uma língua não-territorial (por exemplo, o Alemão na Irlanda). CLIL, língua não territorial; língua regional ou minoritária, língua oficial, projecto-piloto: Ver Glossário. Na Bulgária, República Checa, Alemanha, Portugal, Eslováquia e no Reino Unido (Inglaterra), a oferta tipo CLIL concentra-se em línguas não-indígenas. Na Bulgária, as disciplinas escolares só são ensinadas numa língua estrangeira nas escolas orientadas para as línguas estrangeiras. Na Eslovénia, no Reino Unido (País de Gales, Irlanda do Norte e Escócia) e na Noruega, a oferta tipo CLIL é geralmente associada a uma ou mais línguas estrangeiras regionais ou minoritárias. A Bélgica (a Comunidade Francesa e a Comunidade Germanófona), a Irlanda, o Luxemburgo, Malta e a Finlândia distinguem-se neste tipo de oferta educativa, combinando a utilização de duas línguas estatais. A Comunidade Francesa da Bélgica, a Irlanda e a Finlândia oferecem a CLIL com enfoque numa ou mais línguas estrangeiras não-indígenas. No Luxemburgo, na Alemanha e na França, as línguas estatais oficiais são utilizadas como línguas de ensino, além do Luxemburguês a) Alemão no ensino básico, e Francês no ensino secundário. Uma análise detalhada realizada às línguas-alvo da CLIL, apresentada no Anexo, revela que o Inglês, o Francês e o Alemão são as línguas-alvo não-indígenas mais predominantes nos países cuja oferta inclua uma ou várias línguas. 43

46 ORGANIZAÇÃO OS REQUISITOS FORMAIS PARA ADMISSÃO À CLIL NÃO SÃO GENERALIZADOS Na maioria dos países onde a oferta tipo CLIL faz parte integrante do ensino regular (Figura B6), esta é geralmente aberta a todos os alunos. No entanto, os requisitos formais para admissão ao CLIL existem em alguns países que seleccionam os alunos em questão, particularmente quando a língua-alvo é uma língua não-indígena (Figura B7). Esta selecção no ponto de entrada pode ser baseada no seu conhecimento geral de todas as disciplinas do currículo, na sua proficiência na língua utilizada no CLIL, ou no seu conhecimento de uma ou mais disciplinas, nas quais será utilizada a língua-alvo. Figura B8: Critérios de avaliação dos conhecimentos que regulamentam a admissão ao CLIL no ensino primário e secundário geral, 2006/07 Conhecimento geral de todas as disciplinas do currículo Conhecimento da(s) disciplina(s) onde será utilizada a língua-alvo Competência linguística Sem critérios de admissão Sem oferta CLIL Fonte: Eurydice. Sete países estabeleceram critérios de acesso a certas áreas ou tipos de conhecimento, quando seleccionam alunos para admissão à oferta tipo CLIL. Seis desses sete países exigem que os alunos tenham bons conhecimentos em línguas estrangeiras. A Bulgária é o único país com critérios académicos formais de admissão que não incluem as competências linguísticas, mas que, em vez disso, se concentram no conhecimento educativo geral. A Roménia e a Polónia são os únicos países com critérios de admissão ao CLIL que envolvem apenas o conhecimento da língua. Os candidatos às escolas Polacas, onde as vagas para a oferta tipo CLIL são limitadas, têm que realizar um teste para provarem o seu conhecimento das línguas. Na Hungria, o critério básico de entrada é o conhecimento da língua, a menos que o número de alunos que desejam inscrever-se seja uma vez e meia superior ao número que pode ser aceite. Neste caso, não só para o ensino do tipo CLIL, mas na generalidade, pode haver, excepcionalmente, um exame central de matemática e de Húngaro. 44

47 ORGANIZAÇÃO A admissão de alunos em Portugal e na Eslováquia é regida pelo seu conhecimento de uma ou mais disciplinas nas quais a língua-alvo será utilizada, e pela sua competência linguística. Na Holanda, onde existe uma forte exigência na oferta CLIL do ensino secundário, quase todas as escolas utilizam critérios de selecção. Geralmente, estes critérios baseiam-se nos resultados obtidos pelos alunos em testes levados a cabo no final do CITE 1 (1º e 2º ciclos do ensino básico) na maioria das escolas. A motivação dos alunos também detém uma importância considerável. Na Eslovénia, onde não existem critérios académicos de elegibilidade para ofertas educativas do tipo CLIL, aqueles que se candidatem têm que residir numa área em que o Esloveno e a língua-alvo em questão sejam falados. O INGLÊS É UMA LÍNGUA ESTRANGEIRA OBRIGATÓRIA EM 13 PAÍSES Em mais de metade dos países da antiga União Europeia dos 15 Estados Membros, a primeira língua que os alunos estudam como disciplina obrigatória é uma língua obrigatória específica. Dessa forma, não pode ser escolhida outra língua. Alguns países insistem que duas ou no caso do Luxemburgo mesmo três dessas línguas estrangeiras específicas têm que ser aprendidas. Esta tendência não é característica da Europa central e oriental, onde durante muitos anos (e até agora) nenhum país definiu a obrigatoriedade de uma língua específica. Na grande maioria dos casos, o Inglês é a língua que todos os alunos têm que aprender. O Francês é mais usual como segunda língua estrangeira obrigatória. Além disso, em três dos quatro países/comunidades nos quais tem que ser ensinado, constitui uma das três principais línguas estrangeiras. Na maioria dos sistemas educativos, a primeira língua é introduzida nos seis primeiros anos do ensino básico (CITE 1), e a segunda no ensino secundário (CITE 2 ou 3) (Figura B1). Em muitos países, o estudo de determinadas línguas é obrigatório por motivos históricos ou políticos, como, por exemplo, na Bélgica, no Luxemburgo, na Finlândia e na Islândia. A maioria dos países, nos quais a aprendizagem do Inglês era obrigatória numa fase particular da escolaridade obrigatória em 2006/07, já adoptou esta política em 1982/83. No entanto, a Grécia, o Listenstaine e a Itália são excepções. Em Itália, a reforma é relativamente recente, pois entrou em vigor em 2003/04. Desde 2008/09, todas as escolas em Portugal são obrigadas a oferecer aulas de Inglês às crianças entre os 6 e os 10 anos. A partir dos 10 anos, as línguas estrangeiras tornaram-se obrigatórias para todos, e, desta forma, os alunos têm que escolher entre o Inglês e o Francês como primeira língua estrangeira. Geralmente, estas novas medidas apontam para uma tendência crescente na Europa em impor a aprendizagem do Inglês. No entanto, a Letónia, que em 2002/03 recomendou que o Inglês fosse ensinado como disciplina obrigatória, abandonou esta política, e actualmente deixa a escolha da língua ao critério das escolas e dos pais dos alunos. 45

48 ORGANIZAÇÃO 2006/07 Figura B9: As línguas estrangeiras obrigatórias definidas pelas autoridades educativas centrais (escolaridade obrigatória a tempo inteiro), 1982/83, 1992/93, 2002/03 e 2006/07 BE fr BE de BE nl BG CZ DK DE EE IE EL ES FR IT CY LV LT LU 2002/ / /83 UK-ENG/ UK- HU MT NL AT PL PT RO SI SK FI SE WLS/NIR SCT IS LI NO TR 2006/07 fi/sv da 2002/03 fi/sv da 1992/93 fi/sv da 1982/83 fi/sv da Inglês Francês Alemão Russo Sem língua estrangeira obrigatória específica Sem Língua estrangeira como disciplina obrigatória Fonte: Eurydice. Notas adicionais Bélgica (BE fr): Em 1982/83, 1992/93, 2002/03 e 2006/07, o Holandês era uma língua obrigatória em Bruxelas, sempre que o Francês era a língua de ensino. Bélgica (BE de): Em 1982/83, 1992/93, 2002/03 e 2006/07, o Alemão era uma língua obrigatória nas escolas onde o Francês era a língua de ensino para as minorias de Língua Francesa residentes na região Germanófona. Alemanha: O Francês é obrigatório em Saarland, em vez do Inglês. Estónia, Letónia e Lituânia: O Russo era a língua obrigatória em 1982/83, mas não era considerada língua estrangeira. Portugal: Desde 2008/09 todas as escolas são obrigadas a oferecer aulas de Inglês a crianças entre os 6 e os 10 anos. Aos 10 anos de idade, a aprendizagem de línguas estrangeiras é obrigatória, e os alunos podem escolher entre o Francês e o Inglês como primeira língua estrangeira. Finlândia: A segunda língua oficial (Sueco ou Finlandês, dependendo da língua materna dos alunos) era assumida como disciplina obrigatória. Islândia: Os alunos podem escolher o Sueco ou o Norueguês em vez do Dinamarquês, tendo em conta determinadas condições. Nota explicativa Só são indicadas as situações que afectam todos os alunos, independentemente da sua área de estudo. Quando existem muitas línguas específicas obrigatórias, a sua posição nas células acima corresponde à ordem pela qual são aprendidas. Língua estrangeira; Língua obrigatória específica: Ver Glossário: 46

49 ORGANIZAÇÃO AS LÍNGUAS MENOS UTILIZADAS SÃO SOBRETUDO ENSINADAS NO ENSINO SECUNDÁRIO A Figura seguinte apresenta uma visão geral das línguas integradas como línguas estrangeiras no currículo dos ensinos básico e secundário. Não contém informações sobre as línguas oferecidas efectivamente pelas escolas, ou sobre as línguas obrigatórias específicas (Figura B9). No entanto, a partir de dados estatísticos (no Capítulo C), é possível determinar a percentagem de alunos que aprendem determinadas línguas estrangeiras. Listadas verticalmente, as línguas são classificadas em termos da frequência com que são incluídas nos currículos de todos os países. As mais frequentemente incluídas aparecem no topo da lista. As línguas mais amplamente utilizadas na União Europeia, juntamente com o Russo, são, assim, referidas mais vezes no currículo. São também as línguas mais aprendidas pelos alunos (Figura C7). Na maioria dos países, estas línguas são oferecidas nos ensinos básicos e secundário geral. Isto aplica-se, acima de tudo, ao Inglês, ao Alemão e ao Francês. Em seis países, nomeadamente na Bulgária, na Espanha, na Hungria, na Polónia e no Reino Unido (Escócia), o currículo ou a legislação não contêm listas de línguas estrangeiras. Desta forma, na prática, as escolas podem oferecer as línguas que pretenderem, de acordo com as preferências dos alunos e dos seus pais, e com a disponibilidade de professores qualificados. Em certos casos, isto pode reflectir uma política de diversidade na aprendizagem de línguas estrangeiras, desde que nenhuma prioridade esteja associada a qualquer uma das línguas, e os alunos possam, em princípio, escolher as línguas que desejam estudar. O leque relativamente alargado das línguas que podem ser oferecidas em alguns países, como a França, a Letónia, a Áustria e o Reino Unido (Inglaterra e País de Gales), pode também sugerir a existência de uma política de diversidade linguística. No entanto, nestes países, bem como em todos os outros, a oferta de outras línguas além daquelas mais amplamente utilizadas na Europa peca por escassa. (Figura C9). Embora as orientações para o ensino secundário na Holanda se refiram a oito línguas, as escolas podem ensinar outras. No entanto, têm que obter permissão por parte do Ministério de Educação caso os alunos tenham que realizar exames nessas outras línguas, como é o caso actualmente do Chinês e do Hebreus moderno. As línguas Europeias menos utilizadas, bem como as línguas não-europeias, são principalmente oferecidas no nível secundário, como no caso do Holandês, do Chinês, do Turco, do Polaco, do Árabe e do Japonês. Quando algumas destas línguas estrangeiras são também previstas no nível da CITE 1 (1º e 2º ciclo do ensino básico), isto geralmente ocorre em países que oferecem uma variedade muito ampla de línguas, como a Letónia, ou por motivos históricos e linguísticos combinados, como na Islândia, onde o Dinamarquês é a língua específica obrigatória (Figura B9). Em alguns países, as línguas antigas (Figura B12) e as línguas com estatuto regional e/ou minoritário são oferecidas em cursos de línguas estrangeiras. Isto aplica-se, por exemplo, às línguas regionais e/ou minoritárias, bem como ao Latim e ao Grego antigo na Áustria. 47

50 ORGANIZAÇÃO Figura B10: Línguas estrangeiras específicas no ensino básico ou secundário, de acordo com os documentos emitidos pelas autoridades educativas a nível central, 2006/07. Fonte: Eurydice. 48

51 ORGANIZAÇÃO Notas adicionais (Figura B10) Bélgica (BE fr): Em Bruxelas, nas escolas onde se fala o Francês, só o Holandês (uma língua obrigatória, ver Figura B9) pode ser oferecido nos níveis da CITE 1 e 2. Bulgária, Espanha, Hungria, Polónia e Reino Unido (SCT): O currículo ou a legislação não especificam as línguas que as escolas podem oferecer. República Checa: No programa escolar Základní škola, para classes que disponibilizem o ensino mais avançado de línguas estrangeiras, é oficialmente recomendado que o Inglês ou o Alemão sejam ensinados como primeiras línguas estrangeiras, e o Francês, o Russo e o Espanhol como segundas línguas estrangeiras. O enquadramento educativo do ensino básico (que foi primeiramente introduzido em 2007/08) define que as escolas devem oferecer o Inglês prioritariamente a qualquer outra língua, para encorajar a continuidade da aprendizagem. No entanto, as escolas podem disponibilizar outras línguas. Dinamarca: As escolas podem ensinar o Alemão a alunos entre os 13 e os 16 anos, mas também podem ensinar o Francês. Grécia: O Espanhol, o Italiano e o Turco (em apenas algumas escolas na Prefeitura da Trácia) são leccionados como segundas línguas no âmbito de um projecto-piloto. Itália: Só o Inglês consta na legislação. Lituânia: Todas as escolas têm que ensinar o Inglês, o Francês e o Alemão (mas também podem oferecer outras línguas). Os alunos são obrigados a seleccionar uma destas três línguas estrangeiras como a sua primeira língua estrangeira obrigatória. Holanda: As escolas básicas do nível CITE 1 só podem ensinar o Inglês (que é obrigatório), o Francês e o Alemão. Têm que obter autorização, caso queiram leccionar outras línguas, ao passo que as escolas secundárias podem, em princípio, ensinar as línguas que quiserem. Contudo, têm que obter a permissão do Ministério, caso os alunos desejem realizar exames noutras línguas que não o Inglês, o Francês, o Alemão, o Espanhol, o Turco, o Russo, o Italiano e o Árabe. Áustria: Nos níveis CITE 2 e 3, o Romani só pode ser leccionado na província de Burgenland. No nível 2 da CITE, o Turco só é leccionado na Hauptschule, enquanto o Eslovaco é apenas leccionado na Allgemeinbildende Höhere Schule. Eslovénia: No currículo, a língua da Antiga República da Macedónia era mencionada como makedonščina. O Grego antigo pode ser considerado uma língua estrangeira, em determinadas circunstâncias. Finlândia: Com excepção do Finlandês e do Sueco, que são disciplinas obrigatórias para todos os alunos, as escolas podem leccionar as línguas que desejarem. O currículo define objectivos especiais para o Inglês, o Sami e o Latim, e objectivos comuns para todas as outras línguas. Suécia: As escolas podem escolher as línguas a disponibilizar, mas, em aditamento ao Inglês, têm que propor pelo menos duas línguas estrangeiras entre o Francês, o Espanhol ou o Alemão. Reino Unido (ENG): Até Setembro de 2008, as escolas eram obrigadas a oferecer pelo menos uma língua oficial da União Europeia. Esta regra foi substituída pela exigência de oferecer qualquer Língua moderna estrangeira, complementada por uma orientação para a promoção da escolha entre as maiores línguas estrangeiras Europeias ou Mundiais, como o Árabe, o Francês, o Alemão, o Italiano, o Japonês, o Mandarim, o Russo, o Espanhol e o Urdu. Reino Unido (WLS): Até Agosto de 2008, as escolas eram obrigadas a oferecer pelo menos uma língua oficial da União Europeia a alunos entre os 11 e os 14 anos. Esta restrição foi levantada. As escolas podem agora escolher as línguas estrangeiras Europeias ou internacionais, como o Árabe, o Francês, o Alemão, o Japonês, o Mandarim, o Russo, o Espanhol e o Urdu. Reino Unido (NIR): Desde Setembro de 2007, foram levantadas as restrições a línguas estrangeiras específicas, mas o currículo para alunos dos 11 aos 14 anos inclui uma língua oficial da UE (sem ser o Inglês, e nas escolas onde se fala o Irlandês, o Irlandês). Reino Unido (ENG/WLS/NIR): No ensino básico do nível CITE 1 não existem restrições às línguas que podem ser leccionadas. No nível secundário existe a restrição geral em que apenas qualificações aprovadas podem ser oferecidas. Existem qualificações aprovadas na grande maioria das línguas Europeias e internacionais, e em algumas línguas estrangeiras menos utilizadas. Noruega: No ensino secundário inferior (CITE 2), as escolas oferecem pelo menos uma de quatro línguas - Francês, Alemão, Espanhol ou Russo. Também são autónomas para leccionar outras línguas. Nota explicativa Esta Figura refere-se exclusivamente às línguas descritas como estrangeiras no currículo ou documentos oficiais. As línguas regionais e/ou minoritárias, bem como as línguas antigas, são unicamente incluídas, quando o currículo as considerar como alternativas às línguas estrangeiras. Não são indicadas possíveis variações entre tipos de escolas ou de áreas de estudo. As línguas foram colocadas na tabela, mesmo que não tenham sido oferecidas em todos os planos curriculares em todos os tipos de escolas. As línguas são listadas de acordo com a frequência da sua ocorrência nos planos curriculares de todos os países. Aquelas que foram incluídas em grande parte dos planos curriculares encontram-se no topo da lista, e a sua posição permanece idêntica, independentemente do nível educativo em questão. Há informação acerca das línguas obrigatórias específicas na Figura B9. 49

52 ORGANIZAÇÃO AS LÍNGUAS REGIONAIS OU MINORITÁRIAS SÃO INCLUÍDAS EM MUITOS CURRÍCULOS Em muitos Estados Membros da UE, são faladas muitas línguas regionais ou minoritárias, bem como línguas nãoterritoriais. Em alguns dos países em questão, estas línguas possuem estatuto oficial (Figura A1). Quando isto acontece, a sua oferta faz parte do currículo estabelecido pelas autoridades centrais (ou de topo) para a educação, excepto na Itália. Neste País, além do Inglês, que é obrigatório (Figura B9), a escolha das línguas a leccionar é deixada ao critério das escolas. Além disso, as escolas de áreas onde são faladas línguas regionais ou minoritárias podem decidir incluir estas línguas estrangeiras no currículo. No entanto, o ensino destas línguas não pode constituir mais de 20 % do currículo oficial. Em geral, as línguas regionais ou minoritárias são disponibilizadas nos ensinos básicos e secundário. No entanto, o currículo de alguns países oferece estas línguas apenas nos ensino básico (níveis CITE 1 e 2). Na Letónia, o Romani só é disponibilizado no nível CITE 1. Em alguns países, estas línguas só são incluídas nas regiões onde são faladas. Por exemplo, na Letónia, existem planos curriculares específicos no ensino básico para oito minorias diferentes, fixadas ao longo do país. Noutros países, as línguas em questão podem em princípio ser leccionadas a todos os alunos, em qualquer lugar dentro das suas fronteiras (países em itálico e negrito na Figura B11). Desta forma, em França, o Bretão poderia teoricamente ser oferecido como disciplina aos alunos que residissem fora da Bretanha. Nenhuma situação parece depender das línguas em si, mas sim de uma política geral de oferta de línguas estrangeiras. Em certos países, as línguas regionais ou minoritárias também podem ser leccionadas como línguas estrangeiras (Figura B10), como acontece por exemplo, na Hungria e na Áustria. Em todos os países, excepto na Alemanha e em Portugal, a maioria das línguas regionais ou minoritárias também são utilizadas como línguas de ensino na oferta tipo CLIL (Figuras B6, B/ e B8). Isto aplica-se a todas as línguas em Espanha, na Letónia, na Holanda, na Polónia, na Finlândia, no Reino Unido e na Noruega. Em contraste, na Lituânia, por exemplo, só o Russo é utilizado como língua de ensino, enquanto na Eslovénia só as línguas com estatuto oficial (Húngaro e Italiano) são também línguas de ensino. No Reino Unido (País de Gales), o Galês é obrigatório para todos os alunos da escolaridade obrigatória. O enquadramento curricular permite dois modelos alternativos de ensino do Galês; quer como primeira língua, a par do Inglês (no enquadramento da oferta tipo CLIL de Inglês/Galês), ou como segunda língua obrigatória. 50

53 ORGANIZAÇÃO Figura B11: Línguas estrangeiras específicas e regionais no ensino básico ou secundário geral, de acordo com os documentos emitidos pelas autoridades educativas a nível central, 2006/07. Fonte: Eurydice. 51

54 ORGANIZAÇÃO Notas adicionais (Figura B11) Espanha: O Basco, o Catalão, o Galego e o Valenciano são obrigatórios nas respectivas Comunidades Autónomas. Hungria e Roménia: As escolas da Roménia têm que receber um pedido de, pelo menos, sete alunos ou dos seus pais, e de oito alunos ou dos seus pais, no caso da Hungria, para que sejam organizados cursos numa das línguas regionais ou minoritárias (e a sua cultura). Holanda: O Frísio tornou-se obrigatório na província de Friesland desde1980. Áustria: No nível 2 da CITE, o Eslovaco só é leccionado na Allgemeinbildende Höhere Schule. Eslovénia: No currículo, a língua da Antiga República da Macedónia era mencionada como makedonšcina. Reino Unido (SCT): A lei de 1980 especifica que o currículo tem que incluir o Gaélico nas regiões onde esta língua é falada. Noruega: Em algumas regiões, os alunos podem aprender o Finlandês como uma segunda língua. Nas regiões onde se fala o Sami, este pode ser oferecido como primeira língua (e, desta forma, antes do Inglês, que constitui uma língua específica obrigatória) ou como segunda língua. Nota explicativa Esta Figura refere-se apenas às línguas descritas como regionais ou minoritárias, bem como às línguas não-territoriais, tenham ou não estatuto oficial. Em alguns casos, o currículo pode considerar estas línguas como línguas estrangeiras (Figura B10). Os países são incluídos na Figura apenas se os seus planos curriculares ou legislação se referirem a línguas regionais ou minoritárias, bem como a línguas não-territoriais, que podem ser ensinadas na escola. Os planos curriculares de países cujos códigos se apresentem a negrito e em itálico oferecem estas línguas estrangeiras a todos os alunos de qualquer território. As línguas são classificadas por ordem alfabética do seu código (norma ISO de três letras). Língua regional ou minoritária, não-territorial, língua oficial: veja o Glossário. O LATIM É INCLUÍDO EM MUITOS CURRÍCULOS, MAS APENAS EM DETERMINADAS ÁREAS DE ESTUDO O Latim, o Grego antigo e o Hebreu Bíblico são unicamente leccionados nos planos curriculares do ensino secundário, excepto no Chipre, onde todos os alunos aprendem o Grego antigo a partir do nível CITE 1. Destas três línguas estrangeiras, o Latim é a língua antiga mais amplamente ensinada. De facto, os alunos têm a possibilidade de aprender esta língua em quase todos os países, e, na maioria dos casos, no ensino secundário inferior (CITE 2) e secundário superior. No entanto, na grande maioria dos casos, esta oportunidade limita-se a determinadas áreas de estudo. Entre os países ou regiões que oferecem o Latim a todos os alunos, pode mencionar-se a Finlândia, bem como Malta e Roménia (unicamente no ensino secundário inferior), e o Chipre e a Eslováquia (unicamente ensino secundário superior). Apesar de o Latim constituir a proposta educativa apresentada a todos os alunos, isto não implica que a língua seja actualmente ensinada a um significativo número de alunos. Embora o Grego antigo seja muito menos vezes incluído nos planos curriculares do que o Latim, a maioria, no entanto, proporciona a sua aprendizagem. O ensino do Grego antigo é dirigido, em grande medida, a alunos do ensino secundário superior, mais do que acontece no caso do Latim. O Hebreu Bíblico é unicamente incluído no currículo para alguns alunos no ensino secundário superior na Alemanha e na Irlanda, onde, em princípio, é acessível a todos os alunos. Além da oferta destas línguas, alguns curricula impõem a sua aprendizagem obrigatória. Desta forma, por motivos históricos e linguísticos, o Grego antigo é obrigatório para todos os alunos do Chipre, no ensino básico (níveis CITE 1 e 2), e na Grécia, nos níveis secundário inferior (CITE 2) e secundário superior. Da mesma forma, em Itália, o Latim é ensinado aos alunos do ensino secundário superior, em todos os tipos de escolas secundárias, com excepção das escolas orientadas para as artes. Na Roménia, todos os alunos no último ano da escolaridade obrigatória têm que aprender Latim. 52

55 ORGANIZAÇÃO Em muitos países, o Latim ou o Grego antigo são obrigatórios para os alunos inscritos nas chamadas áreas 'clássicas' de estudo. O mesmo se aplica aos lycées de ensino secundário inferior do Listenstaine, e nível secundário superior na Bélgica (Comunidades de Língua Francesa e Alemã), na República Checa, na Grécia (no caso do Latim), na Espanha, em Portugal, na Roménia e na Eslovénia. Na Bélgica, (Comunidade Flamenga) e na Holanda, os alunos que escolhem a área de estudos clássicos também têm que aprender Latim e/ou Grego antigo, mas apenas nos níveis secundário inferior e secundário superior. Na Polónia, só alguns alunos são sujeitos a esta obrigação em ambos os níveis. Nos currículos da maioria dos países Germanófonos, bem como na Bulgária e em Malta, as línguas antigas são consideradas como línguas estrangeiras (Figura B10). Todas estas línguas competem, assim, umas com as outras. Na prática, isto significa que, por exemplo, na Áustria, os alunos do Gymnasium obrigados a aprender três línguas estrangeiras, podem escolher entre o Latim e uma língua moderna para segunda língua, e entre o Grego antigo e uma língua moderna para terceira língua. Figura B12: Línguas antigas incluídas no currículo no ensino secundário geral 2006/07 Grego Antigo Latim Hebreu Bíblico CITE 2 CITE 3 Em apenas algumas áreas de estudo Em todos os currículos Fonte: Eurydice. Notas adicionais Bulgária, Alemanha, Malta, Áustria e Listenstaine: Estas línguas estrangeiras possuem estatuto de língua estrangeira nos currículos. República Checa: O novo currículo introduzido no ensino básico em 2007/08 e no gymnázium em 2009/10 já não se refere especificamente ao Latim e ao Grego antigo. No entanto, estas línguas podem ser incluídas nos curricula elaborados a nível escolar, desde que o currículo oficial o permita. Alemanha: O Hebreu Bíblico não tem estatuto de língua estrangeira. Irlanda: É possível para as escolas oferecerem as três línguas antigas, mas, na realidade, muito poucas o fazem. Espanha: A partir de 2008/09, o Latim tem sido oferecido como uma língua aos alunos da CITE do nível 2. Em 2006/07, fez parte da disciplina conhecida como 'cultura clássica', que se centrava mais em aspectos culturais do que em aspectos linguísticos. Itália: O Latim é leccionado na maioria dos programas do ensino secundário superior. Hungria: O currículo mínimo central estabelece que as escolas podem oferecer línguas antigas (não individualmente especificadas), mas que, em primeiro lugar, tem que ser aprendida uma língua estrangeira moderna. Eslovénia: O Grego antigo pode, em determinadas circunstâncias, ser considerado como uma língua estrangeira. Reino Unido (ENG/WLS/NIR): O Latim é oferecido numa pequena minoria de escolas. Existem qualificações reconhecidas para o Latim, para o Grego antigo, e para o Hebreu Bíblico, mas os dois últimos apenas são leccionados num número muito reduzido de estabelecimentos de ensino. 53

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57 PARTICIPAÇÃO NA MAIORIA DOS PAÍSES, MAIS DE METADE DA POPULAÇÃO ESTUDANTIL A FREQUENTAR O NÍVEL DA CITE 1 APRENDEU UMA LÍNGUA ESTRANGEIRA NO ANO DE 2006 Em quase todos os países europeus, o ensino obrigatório de uma língua estrangeira tem início durante os seis primeiros anos de escolaridade (Figura B1). Como resultado, praticamente todos os alunos que iniciaram o ensino secundário já começaram a estudar pelo menos uma língua estrangeira. No entanto, dependendo do país, o ensino das línguas estrangeiras pode ser iniciado numa idade muito precoce, ou, pelo contrário, tornar-se parte do currículo apenas nos últimos anos do nível CITE 1. As taxas de participação na aprendizagem de línguas estrangeiras por parte da totalidade dos alunos nos seis primeiros anos de escolaridade podem, desta forma, variar consideravelmente de país para país, de acordo com o respectivo currículo. Assim sendo, em alguns países, uma determinada percentagem dos alunos do nível CITE 1 não estará a aprender uma língua estrangeira num dado momento (neste caso, em 2006), no entanto todos terão aprendido uma ou várias línguas estrangeiras no final do nível CITE 1. Assim, em 2006, em muitos países (19 na Europa dos 27 e também na Noruega e na Turquia), 50 % ou mais dos alunos do nível da CITE 1 aprenderam pelo menos uma língua estrangeira. Estas percentagens têm sofrido constantes alterações desde 2001/02 (Figura C3). No Luxemburgo, 83,1 % de todos os alunos deste nível aprenderam duas ou mais línguas estrangeiras. Na Estónia, na Finlândia, na Suécia, e na Islândia, pelo menos 13 % dos alunos encontravam-se nesta situação. Figura C1: Distribuição em percentagem de alunos, de acordo com o número de línguas estrangeiras aprendidas (CITE 1), 2005/06 1 línguas 2 línguas 0 línguas EU-27 BE fr BE de BE nl BG CZ DK DE EE IE EL ES FR IT CY LV LT : : : : : : : : LU HU MT NL AT PL PT RO SI SK FI SE UK IS LI NO TR 16.9 : : : : : : : : : : Fonte: Eurostat, UOE. 55

58 PARTICIPAÇÃO Notas adicionais (Figura C1) EU-27: O valor agregado EU-27 é calculado com base nos dados disponíveis. Bélgica: Não estão incluídos os alunos com necessidades educativas especiais que estejam inscritos em escolas especiais. Bélgica (BE de): Não foram recolhidos dados acerca das línguas estrangeiras. Bélgica (BE nl): Só foram incluídos nos dados os alunos para os quais é obrigatória a aprendizagem do Francês. Bulgária, Lituânia e Roménia: Os alunos que tenham alguma incapacidade ao nível do desenvolvimento cognitivo não estão incluídos no número total de alunos. Estónia e Áustria: Estimativas. Estónia e Finlândia: A língua nacional ensinada nas escolas que não seja a língua de ensino é contabilizada como língua estrangeira. Irlanda: O Irlandês não está incluído. Todos os alunos aprendem o Irlandês nos seis primeiros anos de escolaridade e no ensino secundário. França: Os dados referem-se exclusivamente à área Metropolitana Francesa. Itália: Ao abrigo da nova legislação, é obrigatório aprender Inglês. Chipre: Uma língua inclui os alunos que aprendem pelo menos uma língua estrangeira. Luxemburgo: O Luxemburguês, que é aprendido por todos os alunos dos seis primeiros anos de escolaridade e do secundário, não está incluído. Eslovénia: Dados relativos ao final do ano lectivo. Não são considerados os alunos que aprendem uma segunda língua em regiões que incluam minorias linguísticas. Eslováquia: Os dados referem-se exclusivamente a alunos a tempo inteiro. Suécia: Os dados não incluem a educação/formação de adultos. Reino Unido: (0 línguas 33.8 %; 1 língua: 66.2 %). Os dados são estimativas da taxa de participação de alunos com 10 anos de idade (que se aproximam do final do nível da CITE 1), em vez da totalidade da população do nível da CITE 1 (que abrange as idades dos 4/5 anos aos 10/11 anos). Apesar de o Galês não estar incluído, todos os alunos do País de Gales aprendem o Galês. Nota explicativa Só estão incluídas as línguas estrangeiras consideradas línguas estrangeiras no currículo definido pelas autoridades educativas a nível central. As línguas regionais só são incluídas quando o currículo as considerar como alternativas às línguas estrangeiras. As línguas estrangeiras ensinadas fora do currículo como disciplinas opcionais não estão incluídas. A percentagem dos alunos que aprendem 0, 1, 2 (ou mais) línguas estrangeiras é calculada tendo por base todos os alunos de todos os anos do ensino primário, mesmo que essa aprendizagem não tenha início nos primeiros anos deste nível. O número de alunos que aprendem 0, 1, 2 (ou mais) línguas estrangeiras é dividido pelo número correspondente de alunos inscritos no nível CITE em questão. Em quase todos os países, nos quais mais de 80 % dos alunos aprendem pelo menos uma língua nos seis primeiros anos de escolaridade, estes são obrigados a fazê-lo a partir do segundo ou até do primeiro ano desse nível (Figura B1). Por outro lado, na maioria dos países em que a percentagem de alunos que aprendem uma língua estrangeira é inferior a 50 %, a aprendizagem de línguas estrangeiras não é obrigatória nos seis primeiros anos de escolaridade (Irlanda) ou torna-se obrigatória nos últimos anos (Comunidade Flamenga da Bélgica, Eslovénia e Islândia). Na Holanda, onde o ensino do Inglês é obrigatório nos seis primeiros anos de escolaridade, as próprias escolas decidem a idade a partir da qual os alunos devem iniciar a sua aprendizagem. Na Bulgária, os alunos têm o direito a aprender mais do que uma língua estrangeira e a maioria deles beneficia desta condição, apesar de esta não ser obrigatória. A situação pouco comum da Islândia poderá dever-se ao facto de a primeira língua estrangeira ser introduzida relativamente tarde como disciplina obrigatória (quando os alunos tinham já 10 anos) em 2005/06, e a partir dos 9 anos, desde 2007/08, ao passo que a aprendizagem de uma segunda língua estrangeira é obrigatória no nível CITE 1 relativamente cedo (aos 12 anos). 56

59 PARTICIPAÇÃO OS ALUNOS APRENDEM MAIS LÍNGUAS ESTRANGEIRAS NO ENSINO SECUNDÁRIO SUPERIOR GERAL Contrastando com a situação dos seis primeiros anos de escolaridade (CITE 1) mostrada na Figura C1, nenhum país apresenta uma percentagem significativa de alunos que não aprendam uma língua estrangeira no ensino secundário inferior geral (CITE nível 2). Só na Irlanda é que a percentagem permanece acima dos 10 %, mais exactamente nos 12.4 %. Na Irlanda, aprender uma língua estrangeira não é obrigatório, nem no ensino secundário superior nem no inferior. Num grande número de países, que inclui todos os países Nórdicos e os três países Bálticos, bem como a Grécia, a França, a Itália, o Luxemburgo, Malta, Portugal e a Roménia, pelo menos 50 % dos alunos aprendem duas ou mais línguas estrangeiras. E na Estónia, no Luxemburgo, em Malta, na Holanda e na Finlândia, a percentagem dos alunos que aprendem três ou mesmo mais línguas estrangeiras é superior a 15 %. Figura C2: Distribuição em percentagem dos alunos, de acordo com o número de línguas estrangeiras aprendidas, ensino secundário geral (CITE 2 e 3), 2005/ Número de línguas CITE 2 CITE 3 Fonte: Eurostat, UOE. 57

60 PARTICIPAÇÃO Dados (Figura C2) EU- 27 BE fr BE de BE nl BG CZ DK DE EE IE EL ES FR IT CY LV LT CITE : : CITE : : CITE : : CITE : : CITE : : : CITE : : : CITE 2 >=3 3.2 : : : : : CITE 3 >= : : : LU HU MT NL AT PL PT RO SI SK FI SE UK IS LI NO TR CITE : 0.0 : 0.3 : : - : CITE : 16.7 : 1.5 : : CITE : : : 90.4 : : 22.4 : CITE : 56.7 : 22.4 : : CITE : : ; 89.1 : 77.6 : CITE : : : CITE 2 >= : : : ; 9.5 : - : CITE 3 >= : : : : - : Fonte: Eurostat, UOE. Notas adicionais EU-27: O valor agregado EU-27 é calculado com base nos dados disponíveis. Bélgica: Não estão incluídos os alunos com necessidades educativas especiais que estejam inscritos em escolas especiais. Bélgica (BE de): Não foram recolhidos dados acerca das línguas estrangeiras. Bulgária, Lituânia e Roménia: Os alunos que tenham alguma incapacidade ao nível do desenvolvimento cognitivo não estão incluídos no número total de alunos. Estónia: A língua nacional ensinada nas escolas que não seja a língua de ensino é contabilizada como língua estrangeira. Estónia e Áustria: Estimativas. Irlanda: O Irlandês não está incluído. Todos os alunos aprendem o Irlandês nos seis primeiros anos de escolaridade e no ensino secundário. França: Dados relacionados com a França metropolitana. Os dados relativos à aprendizagem de línguas estrangeiras só cobrem os alunos inscritos nas escolas administradas pelo Ministério da Educação. A cobertura estimada situa-se entre os % do total das inscrições no nível da CITE 3. Itália: Ao abrigo da nova legislação, aprender duas línguas estrangeiras é obrigatório no ensino secundário inferior (CITE 2). Chipre: Os dados 100 % dizem respeito ao número de alunos que aprendem pelo menos uma língua estrangeira. Luxemburgo: O Luxemburguês, que é aprendido por todos os alunos dos seis primeiros anos de escolaridade e do secundário, não está incluído. Eslovénia: Dados relativos ao final do ano lectivo. Não são considerados os alunos que aprendem uma segunda língua em regiões que incluam minorias linguísticas (CITE 1 e 2). Eslovénia: Os dados referem-se exclusivamente a alunos a tempo inteiro. Finlândia: O ensino secundário superior inclui a educação/formação de adultos. A língua nacional ensinada nas escolas que não seja a língua de ensino é contabilizada como língua estrangeira. Suécia: O ensino secundário superior inclui unicamente os alunos que receberam uma qualificação pela conclusão deste nível. Os dados não incluem a educação/formação de adultos. Reino Unido: Apesar de o Galês não estar incluído, todos os alunos do País de Gales aprendem o Galês. CITE 2: Estimativas com base em 100 % de participação em Inglaterra, País de Gales e Irlanda do Norte, onde a aprendizagem de uma língua estrangeira é obrigatória dos 11 aos 14 anos, com estimativas de participação na Escócia (onde aprender uma língua é um direito, mas não é obrigatório). CITE 3: estimativas baseadas em inscrições para exames no final do ensino obrigatório. 58

61 PARTICIPAÇÃO Nota explicativa (Figura C2) Só estão incluídas as línguas estrangeiras consideradas línguas estrangeiras no currículo definido pelas autoridades educativas a nível central. As línguas regionais só são incluídas quando o currículo as considerar como alternativas às línguas estrangeiras. As línguas estrangeiras ensinadas fora do currículo como disciplinas opcionais não estão incluídas. A percentagem dos alunos que aprendem 0, 1, 2 (ou mais) línguas estrangeiras é calculada tendo por base todos os alunos de todos os anos do ensino secundário geral. O número de alunos que aprendem 0, 1, 2, 3 (ou mais) línguas estrangeiras é dividido pelo número correspondente de alunos inscritos no nível da CITE em questão. O número de países onde, pelo menos, metade dos alunos aprendem duas ou mais línguas estrangeiras é mais elevado no ensino secundário superior (CITE 3), do que no ensino secundário inferior (CITE 2). Da mesma forma, pelo menos 15 % dos alunos aprendem três ou mais línguas estrangeiras no nível da CITE 3 em mais países do que no nível da CITE 2. No nível da CITE 3, a percentagem dos alunos que aprendem pelo menos uma língua estrangeira não atinge os 70 % em Portugal, no Reino Unido ou na Turquia. Nestes três países, este fenómeno pode ser em parte explicado através do facto de as línguas estrangeiras já não serem obrigatórias nos últimos anos de estudo no nível da CITE 3 (Figura B1). Na Roménia, a oferta obrigatória também termina um ano antes do final do ensino secundário superior, no entanto todos os alunos aprenderam já, pelo menos, uma língua estrangeira. Certos países mostram uma percentagem de alunos do ensino secundário que não aprenderam uma língua estrangeira num dado momento (neste caso, 2006), apesar de todos já terem aprendido uma ou várias línguas estrangeiras no final do seu ensino secundário. A PERCENTAGEM DOS ALUNOS DO ENSINO PRIMÁRIO A APRENDER UMA LÍNGUA ESTRANGEIRA ESTÁ A AUMENTAR Desde o ano lectivo de 2001/02 que na Bulgária, na Dinamarca, na Grécia, em Itália, em Portugal e na Eslovénia se tornou evidente um aumento particularmente elevado na percentagem total de alunos do DA CITE 1 que aprendem, pelo menos, uma língua estrangeira. Estes países encontram-se entre aqueles onde o aumento é o resultado das reformas com vista à introdução da aprendizagem de uma língua estrangeira como disciplina obrigatória numa fase mais precoce (Figura B1). Noutros locais, o aumento não é tão elevado. Pelo contrário, na Estónia e na Letónia, a percentagem dos alunos que não aprendem línguas estrangeiras aumentou. No entanto, esta tendência pode ser atribuída a alterações demográficas nas inscrições no ensino primário, como um aumento de inscrições nesse nível de ensino em anos onde o ensino das línguas estrangeiras não existe, afectando, naturalmente, o indicador. Este é o caso da Letónia, onde as inscrições de alunos no ensino primário aumentaram nos anos lectivos anteriores, nos quais as línguas estrangeiras obrigatórias ainda não eram ensinadas (por exemplo, antes de as crianças atingirem os 9 anos). A percentagem dos alunos que aprendem pelo menos duas línguas estrangeiras nos seis primeiros anos de escolaridade sofreu poucas alterações durante o período em consideração. No entanto, na Grécia nota-se um aumento mais acentuado, bem como em Espanha, Itália, Luxemburgo, Finlândia, Suécia e Islândia. 59

62 PARTICIPAÇÃO Figura C3: Tendências na distribuição percentual dos alunos, de acordo com o número de línguas estrangeiras aprendidos (CITE 1), 2001/02, 2003/04 e 2005/06 0 línguas 1 língua 2 ou mais línguas Fonte: Eurostat, UOE. 2001/ / /06 60

63 PARTICIPAÇÃO Dados (Figura C3) (n) EU-27 BE fr BE de BE nl BG CZ DK DE EE IE EL ES FR IT CY LV LT LU HU MT NL AT PL PT RO SI SK FI SE UK IS LI NO TR : : : : : : : - : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : 100 : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : - : : : : : - - : : : : : : : : : : - - (n): Número de línguas estrangeiras Fonte: Eurostat, UOE. Notas adicionais EU-27: O valor agregado EU-27 é calculado com base nos dados disponíveis. Bélgica: Não estão incluídos os alunos com necessidades educativas especiais que estejam inscritos em escolas especiais. Bélgica (BE de): Não foram recolhidos dados acerca das línguas estrangeiras. Bélgica (BE nl): 2006: Apenas os alunos para os quais é obrigatória a aprendizagem do Francês são cobertos pelos dados recolhidos. Bulgária, Lituânia e Roménia: Os alunos com incapacidade ao nível do desenvolvimento cognitivo não foram incluídos no número total de alunos (desde 2006 no caso da Roménia, em 2005 no caso da Bulgária, e 2003 no caso da Lituânia). Estónia e Áustria: Os dados relativos a 2006 são estimativas. Estónia e Finlândia: A língua nacional ensinada nas escolas que não seja a língua de ensino é contabilizada como língua estrangeira. Irlanda: O Irlandês não está incluído. Todos os alunos aprendem o Irlandês nos seis primeiros anos de escolaridade e no ensino secundário. Itália: Ao abrigo da nova legislação, é obrigatório aprender Inglês. Chipre: As percentagens relativas a uma língua dizem respeito ao número de alunos que aprendem pelo menos uma língua estrangeira. Luxemburgo: O Luxemburguês, que é aprendido por todos os alunos dos seis primeiros anos de escolaridade e do secundário, não está incluído. Eslovénia: Dados relativos ao final do ano lectivo. Alunos que aprendem uma segunda língua em regiões com minorias linguísticas não são tidos em consideração (CITE 1 e 2). O novo currículo obrigatório de nove anos, que prevê a aprendizagem de línguas estrangeiras numa fase mais precoce, ainda não entrou totalmente em vigor no ano lectivo de 2006/07. No currículo anterior (oito anos corresponderiam ao nível CITE 1), os alunos apenas iniciavam a aprendizagem das línguas estrangeiras no ensino secundário inferior. Eslovénia: Os dados referem-se exclusivamente a alunos a tempo inteiro. Suécia: Os dados não incluem a educação/formação de adultos. Reino Unido: Dados obtidos a partir de pesquisas revelam que as percentagens de alunos que não aprendem uma língua estrangeira eram de 79.3 em 2002, 59.8 em 2004 e 33.8 em As percentagens daqueles que aprenderam 1 língua estrangeira eram 20.7 em 2002, 40.2 em 2004 e 66.2 em Apesar de o Galês não estar incluído, todos os alunos do País de Gales aprendem o Galês. Nota explicativa Só estão incluídas as línguas estrangeiras consideradas línguas estrangeiras no currículo definido pelas autoridades educativas a nível central. As línguas regionais só são incluídas quando o currículo as considerar como alternativas às línguas estrangeiras. As línguas estrangeiras ensinadas fora do currículo como disciplinas opcionais não estão incluídas. A percentagem dos alunos que aprendem 0, 1, 2 (ou mais) línguas estrangeiras é calculada tendo por base todos os alunos de todos os anos do ensino secundário geral. O número de alunos que aprendem 0, 1, 2, 3 (ou mais) línguas estrangeiras é dividido pelo número correspondente de alunos inscritos no nível da CITE em questão. 61

64 PARTICIPAÇÃO O INGLÊS É A LÍNGUA ESTRANGEIRA MAIS AMPLAMENTE ENSINADA NOS SEIS PRIMEIROS ANOS DE ESCOLARIDADE Em todos os países Europeus, com excepção da Bélgica e do Luxemburgo, o Inglês é a língua estrangeira mais ensinada nos seis primeiros anos de escolaridade e esta tem sido a tendência crescente durante os últimos anos. Em 17 países, o Inglês é ensinado a 50 % ou mais dos alunos deste nível. O Alemão é o idioma mais amplamente leccionado no Luxemburgo. Em outros três países da Europa central e oriental, nomeadamente na República Checa, na Hungria e na Polónia, a percentagem de alunos dos seis primeiros anos de escolaridade que aprendem Alemão é superior a 10 %. O Francês é a língua estrangeira mais leccionada na Bélgica (Comunidades Flamenga e Germanófona) e na Irlanda. Na Bélgica (Comunidade Germanófona), todos os alunos do nível da CITE 1 têm que aprender o Francês como sua primeira língua estrangeira (ou Alemão, caso eles pertençam à minoria de língua Francesa) (Figura B9). A percentagem dos alunos que aprendem o Francês nos seis primeiros anos de escolaridade é superior a 60 % no Luxemburgo. Na Roménia, mais de 20 % dos alunos dos seis primeiros anos de escolaridade aprendem o Francês, que constitui a segunda língua estrangeira. Figura C4: Percentagem dos alunos do nível CITE 1 que aprendem Inglês, Alemão e/ou Francês Países onde uma destas línguas é a mais amplamente aprendida, 2005/06 Alemão Inglês Francês língua aprendida língua mais amplamente aprendida EU- BE BE BE BG CZ DK DE EE IE EL ES FR IT CY LV LT LU HU MT NL AT PL PT RO SI SK FI SE UK IS LI NO TR 27 fr de nl A 4,0 0,9 : : 3,7 11, ,7 1,0 3,3 0,5 : 1,9-1,7 1, , ,0 0,0 1,7 1,3 7,7 5,4 3,3 - : - 0,2 B 59,0 10,5 : : 68,0 35,1 67,2 52,3 68,8-93,6 91,9 : 97,4 55,4 54,1 59,1-29, ,3 97,4 48,4 58,8 38,7 19,7 38,6 68,9 80,5 49,4 : ,2 C 6,1 - : 33,5 2,5 0,5-4,4 1,3 2,6 3,8 4,4-2,3 1,8 0,5 0,5 83,1 0, ,1 0,5 0,2 22,6 : 0,1 2,1 2,8 - : - 0,0 A Alemão B Inglês C Francês Fonte: Eurostat, UOE. 62

65 PARTICIPAÇÃO Notas adicionais (Figura C4) EU-27: O valor agregado EU-27 é calculado com base nos dados disponíveis. Bélgica: Não estão incluídos os alunos com necessidades educativas especiais que estejam inscritos em escolas especiais. Bélgica (BE de): Não foram recolhidos dados acerca das línguas estrangeiras. Bélgica (BE nl): Só os alunos para os quais é obrigatória a aprendizagem do Francês são cobertos pelos dados recolhidos. Bulgária, Lituânia e Roménia: Os alunos com incapacidade ao nível do desenvolvimento cognitivo não foram incluídos no número total de alunos (desde 2006 no caso da Roménia, 2005 no caso da Bulgária e 2003 no caso da Lituânia). Estónia e Áustria: Estimativas. Irlanda: Os dados referem-se exclusivamente aos alunos inscritos em escolas de financiamento público. Itália: Ao abrigo da nova legislação, é obrigatório aprender inglês. Hungria: Os alunos que tenham alguma incapacidade ao nível do desenvolvimento cognitivo não estão incluídos no número total de alunos. Polónia e Eslováquia: Os dados referem-se exclusivamente a alunos a tempo inteiro. Eslovénia: Dados relativos ao final do ano lectivo. Alunos que aprendem uma segunda língua em regiões com minorias linguísticas não são tidos em consideração (CITE 1 e 2). Suécia: Os dados não incluem a educação/formação de adultos. Reino Unido: Os dados de uma pesquisa revelam que 60.5 % dos alunos aprendem Francês e 7.6 % aprendem Alemão. Apesar de o Galês não estar incluído, todos os alunos do País de Gales aprendem o Galês. Nota explicativa Só estão incluídas as línguas estrangeiras consideradas línguas estrangeiras no currículo definido pelas autoridades educativas a nível central. As línguas regionais só são incluídas quando o currículo as considerar como alternativas às línguas estrangeiras. As línguas estrangeiras ensinadas fora do currículo como disciplinas opcionais não estão incluídas. A percentagem dos alunos que aprendem 0, 1, 2 (ou mais) línguas estrangeiras é calculada tendo por base todos os alunos de todos os anos do ensino secundário geral. O número de alunos que aprendem 0, 1, 2, 3 (ou mais) línguas estrangeiras é dividido pelo número correspondente de alunos inscritos no nível da CITE em questão. Algumas percentagens podem ser atribuídas à idade em que os alunos iniciaram a aprendizagem de uma língua (Figura B8), bem como ao facto de terem ou não que aprender especificamente o Inglês (Figura B9). Quanto mais precoce é o início da aprendizagem de línguas estrangeiras nos seis primeiros anos de escolaridade, ou quanto mais tempo dura, maiores são as percentagens. Desta forma, em Malta e na Noruega, o Inglês é uma disciplina obrigatória desde o início do nível da CITE 1. O Francês é obrigatório no Luxemburgo a partir do segundo ano do nível CITE 1. Contrastando, na Bélgica (Comunidade Flamenga), onde a aprendizagem de línguas estrangeiras só é obrigatória nos dois últimos anos do nível CITE 1, 33.5 % dos alunos deste nível aprendem o Francês. Da mesma forma, na Holanda, onde todos os alunos têm que aprender Inglês a partir dos 10 anos (nos dois anos finais), apesar de as escolas poderem decidir leccionar o Inglês numa fase mais precoce, cerca de 33 % da população total do nível da CITE 1 estava a aprender o Inglês em 2006, e 100 % dos alunos terão aprendido o Inglês ao completarem os seis primeiros anos de escolaridade. UM AUMENTO NA PERCENTAGEM DOS ALUNOS A APRENDER INGLÊS NOS SEIS PRIMEIROS ANOS DE ESCOLARIDADE Entre 2002 e 2006, a percentagem dos alunos dos seis primeiros anos de escolaridade que aprendiam Inglês aumentou de forma significativa, mas com variações consideráveis, dependendo dos países em questão. A percentagem dos alunos a aprender Inglês decresceu muito levemente na Letónia e na Polónia. Na Letónia, isto pode, em parte, dever-se a factores demográficos (o número de alunos no nível CITE 1 aumentou nas idades em que a aprendizagem de línguas estrangeiras ainda não se iniciou), bem como ao nivele exacto (precoce ou tardio) em que o ensino das línguas estrangeiras tem início. Apesar de, em 2002, a percentagem ser superior a 85 % na Espanha e na Áustria, em Espanha, esta aumentou novamente 6 pontos percentuais. O aumento do ensino do Inglês foi especialmente acentuado na Bulgária, na Alemanha, na Grécia, na Itália e em Portugal, ultrapassando os 20 pontos percentuais. Assim, a percentagem de 63

66 PARTICIPAÇÃO alunos que aprende Inglês nos seis primeiros anos de escolaridade duplicou na Bulgária e na Grécia e triplicou na Alemanha. Esta percentagem também aumentou mas de forma menos significativa na Dinamarca, na Lituânia, em Portugal, na Roménia e na Eslováquia. Figura C5: Tendências na percentagem dos alunos que aprendem Inglês CITE 1, 2001/02, 2002/03, 2003/04, 2004/05 e 2005/06 EU- BE BE BE nl BG CZ DK DE EE IE EL ES FR IT CY LV LT LU HU MT NL AT PL PT RO SI SK FI SE UK IS LI NO TR 27 fr de ,9 10,1 : - 24,8 29,5 48,8 16,0 65,6-44,3 85,2 : 75,1 52,1 54,2 46,0-26, ,3 96,7 49,2 31,6 31,0 : 24,7 65,4 78,8-41,9 : 100 : ,4 9,8 : - 28,0 30,3 49,1 21,7 68,5 - : 86,9 : 76,5 53,6 55,8 51,0-27, ,3 : 52,7 34,2 32,1 1,6 28,2 66,2 79,8-44,5 : 100 : ,1 10,3 : - 40,3 32,7 66,4 36,8 68,5-90,7 88,7 : 92,0 54,4 55,7 54,9-27, ,0 : 54,1 34,2 32,9 5,1 30,6 67,1 80,2-45,4 : , ,4 10,7 : - 53,5 34,8 67,2 47,1 68,8-88,7 90,9 : 95,9 55,4 55,0 57,8-28, ,3 97,4 50,7 34,2 35,2 11,1 35,6 68,1 80,6-47,0 : 100 : ,0 10,5 : - 68,0 35,1 67,2 52,3 68,8-93,6 91,9 : 97,4 55,4 54,1 59,1-29, ,3 97,4 48,4 58,8 38,7 19,7 38,6 68,9 80,5-49,4 : ,2 Fonte: Eurostat, UOE. Notas adicionais EU-27: O valor agregado EU-27 é calculado com base nos dados disponíveis. Bélgica: Não estão incluídos os alunos com necessidades educativas especiais que estejam inscritos em escolas especiais. Bélgica (BE de): Não foram recolhidos dados acerca das línguas estrangeiras. Bélgica (BE nl): Só os alunos para os quais é obrigatória a aprendizagem do Francês são cobertos pelos dados recolhidos. Bulgária, Lituânia e Roménia: Os alunos com incapacidade ao nível do desenvolvimento cognitivo não foram incluídos no número total de alunos (desde 2006 no caso da Roménia, 2005 no caso da Bulgária e 2003 no caso da Lituânia). Estónia e Áustria: Os dados relativos a 2006 são estimativas. Itália: Ao abrigo da nova legislação, o ensino do Inglês é obrigatório. Hungria: Os alunos que tenham alguma incapacidade ao nível do desenvolvimento cognitivo não estão incluídos no número total de alunos. Polónia e Eslováquia: Os dados referem-se exclusivamente a alunos a tempo inteiro. Eslovénia: Dados relativos ao final do ano lectivo. Alunos que aprendem uma segunda língua em regiões com minorias linguísticas não são tidos em consideração (CITE 1 e 2). O novo currículo obrigatório de nove anos, o qual prevê o ensino de línguas estrangeiras numa fase mais precoce, ainda não entrou totalmente em vigor no ano lectivo de 2006/07. No currículo anterior (que compreendia oito anos do nível CITE 1), os alunos só começavam a aprender línguas estrangeiras no ensino secundário inferior. Suécia: Os dados não incluem a educação/formação de adultos. Nota explicativa A percentagem dos alunos que aprendem línguas estrangeiras é calculada com base na totalidade dos alunos de todos os anos do ensino primário, mesmo se essa aprendizagem não for iniciada nos primeiros anos desse nível. Não estão incluídas as línguas estrangeiras ensinadas como disciplinas opcionais fora do currículo. São incluídos os alunos do ensino especial, excepto nos casos em que eles padeçam de incapacidade ao nível do desenvolvimento cognitivo. 64

67 PARTICIPAÇÃO QUASE TODOS OS ALUNOS DO ENSINO SECUNDÁRIO GERAL APRENDEM PELO MENOS UMA LÍNGUA ESTRANGEIRA No ensino secundário inferior (CITE 2), o número médio de línguas estrangeiras estudadas pelos alunos situa-se entre 1 e 1.9, na maioria dos países. Esta média é mais elevada no Luxemburgo e na Holanda, de 2.5 ou mais. No seu todo, o número médio de línguas estrangeiras estudadas pelos alunos é mais elevado no ensino secundário superior (CITE 3) do que no ensino secundário inferior. Neste último nível, oito países apresentam um número médio igual ou superior a 2. No ensino secundário superior, 11 países alcançaram esta média, não sendo necessariamente os mesmos. Só no Luxemburgo, a média é superior a 3. Na Holanda, o número médio de línguas estrangeiras estudadas por aluno no ensino secundário superior geral (CITE 3) é quase exactamente a mesma apresentada no ensino secundário inferior (CITE 2), e corresponde a mais de 2.6 línguas por aluno. Na Bélgica e na República Checa, a média no nível CITE 3 é duas vezes maior do que no nível da CITE 2. Na República Checa, os alunos são obrigados a aprender uma língua estrangeira adicional a partir do início do ensino secundário superior, quando têm 16 e 15 anos, respectivamente (Figura B1). Nas Comunidades de Germanófona e Flamenga da Bélgica, foi introduzido um terceiro idioma obrigatório em determinados ramos do ensino secundário superior quando os alunos atingem os 16 anos. Na Islândia, é obrigatória uma terceira língua estrangeira no ensino secundário superior geral e, normalmente, é introduzida no primeiro ano deste nível. Da mesma forma, em Malta, a queda da média nesse nível pode dever-se em parte ao facto de, na altura, o ensino das línguas estrangeiras já não ser obrigatório. Na Grécia e em Portugal, o decréscimo substancial deve-se provavelmente ao decréscimo do número de línguas obrigatórias no currículo regular, na transição do nível da CITE 2 para o CITE 3, o que não é compensado pela obrigatoriedade de um número elevado de línguas em alguns ramos de estudo. 65

68 PARTICIPAÇÃO Figura C6: Número médio de línguas estrangeiras aprendidas por aluno, ensino secundário geral (CITE 2 e 3), 2005/06 CITE 2 CITE 3 EU- BE BE fr BE nl BG CZ DK DE EE IE EL ES FR IT CY LV LT LU HU MT NL AT PL PT RO SI SK FI SE UK IS LI NO TR 27 de CITE : : 1.6 : CITE : : Fonte: Eurostat, UOE. Notas adicionais EU-27: O valor agregado EU-27 é calculado com base nos dados disponíveis. Bélgica: Não estão incluídos os alunos com necessidades educativas especiais que estejam inscritos em escolas especiais. Bélgica (BE de): Não foram recolhidos dados acerca das línguas estrangeiras. Bulgária e Roménia: Os alunos que tenham alguma incapacidade ao nível do desenvolvimento cognitivo não estão incluídos no número total de alunos. Estónia e Áustria: Estimativas. Estónia e Finlândia: A língua nacional ensinada nas escolas que não seja a língua de ensino é contabilizada como língua estrangeira. Irlanda: O Irlandês não está incluído. Todos os alunos aprendem o Irlandês nos seis primeiros anos de escolaridade e no ensino secundário. França: Dados relacionados com a França metropolitana. Os dados relativos à aprendizagem de línguas estrangeiras só cobrem os alunos inscritos nas escolas administradas pelo Ministério da Educação. A cobertura estimada situa-se entre os % do total das inscrições no nível da CITE 3. Itália: Ao abrigo da nova legislação, aprender duas línguas estrangeiras é obrigatório no ensino secundário inferior (CITE 2). Luxemburgo: O Luxemburguês, que é aprendido por todos os alunos do ensino primário e secundário, não está incluído. Hungria: Os alunos que tenham alguma incapacidade ao nível do desenvolvimento cognitivo não estão incluídos no número total de alunos. Polónia: Os dados referem-se exclusivamente a alunos a tempo inteiro. Eslovénia: Dados relativos ao final do ano lectivo. Alunos que aprendem uma segunda língua em regiões com minorias linguísticas não são tidos em consideração (CITE 1 e 2). Suécia: O ensino secundário superior inclui unicamente os alunos que receberam uma qualificação pela conclusão deste nível. Os dados não incluem a educação/formação de adultos. Reino Unido: Apesar de o Galês não estar incluído, todos os alunos do País de Gales aprendem o Galês. CITE 2: Estimativas baseadas em 100 % de participação em Inglaterra, País de Gales e Irlanda do Norte, onde aprender uma língua estrangeira é obrigatório entre os 11 e os 14 anos, com estimativas de pesquisa de participação na Escócia (onde aprender uma língua é um direito, mas não é obrigatório). CITE 3: estimativas baseadas em inscrições para exame no final do ensino obrigatório. Nota explicativa Só são incluídas as línguas estrangeiras consideradas línguas estrangeiras no currículo definido pelas autoridades educativas a nível central. As línguas regionais só são incluídas quando o currículo as considerar como alternativas às línguas estrangeiras. As línguas ensinadas fora do currículo como disciplinas opcionais não são incluídas. No numerador, cada aluno que aprender uma língua estrangeira moderna é contabilizado uma vez por cada idioma aprendido. Por outras palavras, os alunos que aprendem mais do que uma língua serão contabilizados tantas vezes quantas o número de línguas estrangeiras aprendidas. O Grego antigo, o Latim, o Esperanto e as línguas gestuais não são considerados. Da mesma forma, foram excluídos os dados relativos aos alunos de nacionalidade estrangeira que aprendem a sua língua materna em turmas especiais e aqueles que aprendem a língua do seu país anfitrião.a soma das línguas é dividida pelo número total dos alunos inscritos no nível da CITE em questão. 66

69 PARTICIPAÇÃO NA MAIORIA DOS PAÍSES, A SEGUNDA LÍNGUA MAIS ENSINADA NO ENSINO SECUNDÁRIO GERAL É O ALEMÃO OU O FRANCÊS Em praticamente todos os países com dados disponíveis, o Inglês é a língua estrangeira mais amplamente leccionada no ensino secundário geral e esta tendência tem-se vindo a acentuar há já vários anos (Figura C10). As duas únicas excepções são a Bélgica, onde o Holandês (Comunidade Francesa) e o Francês (nas Comunidades Flamenga e Germanófona) são as línguas estrangeiras mais comummente ensinadas, e o Luxemburgo, onde o Alemão e o Francês são as mais leccionadas e na mesma percentagem de alunos. O Alemão é a segunda língua mais ensinada em mais de um terço dos países considerados. Este facto aplica-se particularmente aos Países Nórdicos e aos países da Europa central e oriental. Nos países da Europa meridional e especialmente nos países Latinos (Espanha, Itália e Portugal), mas também na Grécia e na Roménia, bem como nos países de língua Alemã, o Francês é a segunda língua mais amplamente ensinada. O Russo ocupa esta posição nos três países Bálticos e na Bulgária. Na Bulgária, o Russo é muitas vezes ensinado como segunda língua quando os alunos o escolhem como disciplina opcional, ao passo que o Inglês, o Alemão e o Francês são, na maioria, ensinados como disciplinas obrigatórias. Apenas em cinco países constitui a segunda língua mais amplamente ensinada, à semelhança de outras línguas estrangeiras, nomeadamente o Espanhol na França e Suécia, o Italiano em Malta, o Sueco (Finlandês para os alunos que falem Sueco) na Finlândia, e o Dinamarquês na Islândia. Nos dois últimos países, as línguas estrangeiras em questão são obrigatórias (Figura B9). O Espanhol e o Italiano ocupam a terceira e a quarta posições num número significativo de países. O Russo também se encontra presente nestas posições em três países (Alemanha, Polónia e Roménia). Figura C7: As línguas estrangeiras mais amplamente ensinadas e a percentagem de alunos que as aprendem, ensino secundário geral (CITE 2 e 3), 2005/06 1 re 2 e 3 e 4 e 1 re 2 e 3 e 4 e 1 re 2 e 3 e 4 e BE fr NL 71,7 67,1 4,0 3,8 FR 97,5 43,5 17,1 4,9 PT 80,2 63,1 1,6 0,9 BE de : : : : : : : : IT 96,3 46,1 7,2 6,9 RO 95,0 86,5 10,9 1,9 BE nl 96,8 70,7 23,3 1,1 CY 93,9 67,6 14,3 3,7 SI 96,4 47,8 5,3 5,1 BG 75,4 28,0 25,9 12,2 LV 96,5 47,7 22,4 1,9 SK 74,2 42,6 SK 6,2 4,5 CZ 81,4 34,5 6,2 2,0 LT 90,1 55,4 24,3 4,3 FI 99,3 SE 92,0 22,0 11,6 DK 100,4 84,0 15,3 8,6 LU 99,2 99,2 64,0 1,9 SE ,4 25,6 17,6 DE 96,0 25,1 4,5 1,8 HU 64,2 44,4 3,2 1,7 UK : : : Ot he r : EE 92,9 59,6 30,0 EE 25,1 MT 93,9 57,6 37,1 8,2 IS 87,3 DA 70,1 17,9 10,5 IE 65,3 20,9 8,3 1,0 NL 45,1 38,9 31,6 : : LI : : : : : : : : EL 96,9 37,2 23,1 AT 98,8 12,9 5,7 2,2 NO ,3 18,6 9,5 ES 97,5 35,6 2,1 0,1 PL 80,3 42,8 7,3 5,0 TR 67,3 6,5 0,7 0,0 Inglês Francês Alemão Espanhol Italiano Russo Incidência dos rankings 1-4 para cada uma das seis línguas dos 31 países/regiões, para os quais há informação disponível (determinada relativamente à percentagem de alunos que aprendem a língua estrangeira em questão) Posição/Ranking Inglês Francês Alemão Espanhol Italiano Russo Fonte: Eurostat, UOE. 67

70 PARTICIPAÇÃO Notas adicionais (Figura C7) EU-27: O valor agregado EU-27 é calculado com base nos dados disponíveis. Bélgica: Não estão incluídos os alunos com necessidades educativas especiais que estejam inscritos em escolas especiais. Bélgica (BE de): Não foram recolhidos dados acerca das línguas estrangeiras. Bulgária e Roménia: Os alunos que tenham alguma incapacidade ao nível do desenvolvimento cognitivo não estão incluídos no número total de alunos. Estónia e Áustria: Estimativas. Grécia: A partir do ano lectivo de 2005/06, o idioma Italiano foi introduzido (como projecto-piloto) num determinado número de unidades escolares do ensino secundário inferior. O mesmo foi feito para o Espanhol em 2006/07. Mais recentemente, o Ministério da Educação introduziu como projecto-piloto o ensino do Russo, no ano lectivo de 2008/09, em cinco unidades escolares do ensino secundário inferior. França: Dados relacionados com a França metropolitana. Os dados relativos à aprendizagem de línguas estrangeiras só abrangem os alunos inscritos nas escolas administradas pelo Ministério da Educação. A cobertura estimada situa-se entre os % do total das inscrições no nível CITE 3. Itália: Ao abrigo da nova legislação, aprender duas línguas estrangeiras é obrigatório no ensino secundário inferior (CITE 2). Hungria: Os alunos que tenham alguma incapacidade ao nível do desenvolvimento cognitivo não estão incluídos no número total de alunos. Holanda: Os dados respeitantes ao ensino secundário inferior não podem ser discriminados por língua. No ensino secundário superior, a percentagem dos alunos que aprendem Inglês, Alemão e Francês é de 100 %, 86.2 % e 70.1 %, respectivamente. Polónia: Os dados referem-se exclusivamente a alunos a tempo inteiro. Eslovénia: Dados relativos ao final do ano lectivo. Alunos que aprendem uma segunda língua em regiões com minorias linguísticas não são tidos em consideração (CITE 1 e 2). Finlândia: O ensino secundário superior inclui a educação/formação de adultos. Suécia: O ensino secundário superior inclui unicamente os alunos que receberam uma qualificação pela conclusão deste nível. Os dados não incluem a educação/formação de adultos. Reino Unido: Apesar de o Galês não estar incluído, todos os alunos do País de Gales aprendem o Galês. CITE 2: Estimativas baseadas em 100 % de participação em Inglaterra, País de Gales e Irlanda do Norte, onde aprender uma língua estrangeira é obrigatório entre os 11 e os 14 anos, com estimativas de pesquisa de participação na Escócia (onde aprender uma língua é um direito, mas não é obrigatório). CITE 3: estimativas baseadas em inscrições para exames no final do ensino obrigatório. Nota explicativa Só são incluídas as línguas estrangeiras consideradas línguas estrangeiras no currículo definido pelas autoridades educativas a nível central. As línguas regionais só são incluídas, quando o currículo as considera como alternativas às línguas estrangeiras. Não são incluídas como disciplinas opcionais as línguas estrangeiras ensinadas fora do currículo. O número de alunos que aprendem Inglês, Francês, Alemão, Espanhol, Russo, Holandês, Italiano, Sueco e Dinamarquês nos níveis gerais secundários, é dividido pelo número correspondente de alunos inscritos no nível do nível da CITE em questão. A Figura apresenta as quatro das nove línguas estrangeiras mais amplamente ensinadas acima mencionadas. São classificadas por ordem decrescente, de acordo com a percentagem dos alunos que as aprendem. A categoria não especificada refere-se a línguas estrangeiras diferentes das acima mencionadas. Para os códigos das línguas estrangeiras, veja Códigos, abreviaturas e acrónimos. 68

71 PARTICIPAÇÃO UMA PERCENTAGEM MUITO ELEVADA DE ALUNOS APRENDE INGLÊS SEJA ESTA OU NÃO UMA LÍNGUA OBRIGATÓRIA Na grande maioria dos países, pelo menos 90 % dos alunos aprendem Inglês no ensino secundário inferior ou secundário superior (níveis CITE 2 ou 3) ou em ambos. A diferença nas percentagens destes dois níveis é particularmente elevada na Bélgica, na República Checa, no Luxemburgo e na Eslováquia, podendo dever-se, em parte, à combinação de dois factores, nomeadamente a existência de uma percentagem relativamente elevada de alunos que aprendem outra língua que não o Inglês (Figura C4) nos seis primeiros anos de escolaridade, e a presença de uma segunda língua estrangeira como disciplina obrigatória ou opção curricular nuclear no ensino secundário superior. Os alunos que aprendem uma língua diferente nos seis primeiros anos de escolaridade podem optar pelo Inglês no ensino secundário superior geral, o que poderá explicar o aumento da percentagem a este nível. Em Malta, todos os alunos do ensino secundário inferior (CITE 2) aprendem Inglês, mas só dois terços o fazem no ensino secundário superior (CITE 3). Em todos os países da Europa central e oriental, excepto na Lituânia e na Roménia, cerca de 40 % ou mais dos alunos aprendem o Alemão no ensino secundário geral. Isto também se aplica com menor amplitude à Bélgica (Comunidade Flamenga), à maioria dos países Nórdicos e ao Luxemburgo, nos quais o Alemão é uma língua obrigatória (Figura B9), o que contribui para a sua percentagem relativamente elevada nos dois níveis de ensino. Desta forma, as percentagens também são especialmente acentuadas na República Checa (72.2 % no nível da CITE 3), na Dinamarca (89.4 % e 71.9 % no nível da CITE 2 e 3, respectivamente), na Eslovénia (77 % no nível da CITE 3) e na Eslováquia (72.6 % no nível da 3). Os países onde menos de 10 % dos alunos aprendem Alemão são aqueles onde as línguas românicas são faladas ou então são países localizados na Europa meridional. Todos os países onde cerca de 30 % ou mais alunos do ensino secundário inferior (CITE 2) e/ou do ensino secundário superior aprendem o Francês entram numa das três categorias seguintes. A primeira consiste nos países de língua Inglesa ou Alemã (Irlanda, Áustria e Reino Unido). A segunda consiste nos países com uma língua românica como língua oficial, juntamente com outros países da Europa meridional (Grécia, Espanha, Itália, Malta, Portugal e Roménia). A categoria final consiste naqueles onde o Francês é uma língua obrigatória, como na Bélgica (Comunidades Flamenga e de língua Alemã), no Chipre e no Luxemburgo. De facto, é nestes países que as percentagens são mais elevadas (mais de 90 %). No Chipre, onde a aprendizagem do Francês deixou de ser obrigatória nos últimos dois anos do ensino secundário superior geral, a percentagem não é superior a 38.3 %. A percentagem dos alunos que aprendem Inglês no ensino secundário geral é, assim, muito elevada em todos os países, seja esta ou não uma língua obrigatória. Pelo contrário, tornar o Alemão ou o Francês obrigatórios tem um impacto bem definido na percentagem dos alunos que os aprendem. De facto, só nos países onde estas línguas estrangeiras são obrigatórias é que esta percentagem é igual ou superior a 90 %. No entanto, Portugal e Roménia, onde o Francês não é uma língua obrigatória, apresentam uma percentagem comparável. O Espanhol é essencialmente leccionado no ensino secundário superior geral (CITE 3). Na maior parte dos casos, a percentagem de alunos que o aprenderam é inferior a 20 % (e muitas vezes até a 10 %). Alguns países da EU-27 são excepções, nomeadamente a Dinamarca (27.9 %), a França (62.4 %) e a Suécia (40.6 %). Finalmente, o Russo é essencialmente leccionado nos países da Europa central e oriental (os três Estados Bálticos e, num grau inferior, a Bulgária e a Polónia). Nos restantes países, é muito pouco ou nada leccionado. É evidente que o leque de línguas estrangeiras leccionadas é mais vasto em muitos países (Figura C9), mas, na generalidade, estas são aprendidas por percentagens menores de alunos. 69

72 PARTICIPAÇÃO Figura C8: Percentagem de alunos que aprendem Inglês, Francês, Alemão, Espanhol e Russo, ensino secundário geral (CITE 2 e 3), 2005/06 Alemão Inglês Francês Espanhol Russo CITE 2 CITE 3 Fonte: Eurostat, UOE. 70

73 PARTICIPAÇÃO Dados (Figura C8) CITE níveis EU- 27 BE fr BE de BE nl BG CZ DK DE EE IE EL ES FR IT CY LV LT LU HU MT NL AT PL PT RO SI SK FI SE UK IS LI NO TR DE 2 11,4 1,7 : : 17,4 26,7 89,4-19,9 22,4 37,8 2,4 14,4 6,8 0,9 16,4 23, ,6 9,5 : - 27,9 0,5 10,6 33,0 35,4 14,1 24,9-4,2 : 28,3 : 3 24,3 5,8 : 52,3 40,3 72,2 71,9-44,1 18,2 2,9 1,1 22,8 7,7 2, ,2 97,0 49,9 1,7 86,2-64,0 1,6 11,6 77,0 72,6 35,4 32,4 13,1 30,7 : 31,3 6,5 EN 2 86,4 38,9 : 47,9 69,1 77, ,4 93,2-98,9 98,5 96,7 96,0 99,1 97,2 92,3 52, : 99,1 73,5 98,8 95,1 95,1 68,6 99, ,3 : 100 : 3 84,1 90,0 : 99,1 86, ,9 94,3 92,6-94,0 94,6 99,4 96,9 88,1 94,9 82,3 97,0 73,3 63, ,9 90,0 50,7 94,8 98,9 97,7 99,5 99,9-76,1 : ,3 FR 2 24,5 - : 94,8 10,4 2,3 12,1 24,3 2,0 67,9 57,9 38,4-61,3 93,6 0,8 4, ,0 : 5,2 1,5 93,3 87,6 2,6 1,7 6,8 17,1-1,9 : 17,8 : 3 22,2 - : 99,1 15,3 25,0 22,6 28,7 6,1 60,5 8,6 27,1-21,4 38,3 4,1 5,4 97,0 6,2 7,9 70,1 54,1 10,0 15,1 83,6 10,2 16,0 19,7 22,4 34,8 17,1 : 20,3 0,7 ES 2 7,6 : : : 1,4 0,6-2,1 0,1 8, ,7 8,0 0,2 0,0 0,0-0,1 3,0 : 0,4 0,2 2,0 0,5 0,8 0,2 : 31,6-3,4 : 7,9-3 15,4 6,9 : 2,4 7,6 8,8 27,9 15,1 0,3 8, ,4 5,0 7,7 0,5 0,3 7,6 1,3 1,3 : 12,0 1,0 0,9 2,2 5,7 4,7 10,3 40,6 7,8 17,2 : 12,8 - RU 2 2,7 : : : 28,7 1,1-1,6 61,3 : - - 0,1-0,2 48,1 59,1-0,2 0,2 : 0,5 2,7 : 2,2 : 3,7 0,8 0,0 : - : 0,0-3 4,0 : : : 26,8 5,2 0,5 2,8 57,1 0, ,7-1,2 46,8 42,6-0,6 : : 2,3 13,8 : 1,0 0,4 3,4 5,6 1,2 : 0,4 : 0,1 - Fonte: Eurostat, UOE. Notas adicionais EU-27: O valor agregado EU-27 é calculado com base nos dados disponíveis. Bélgica: Não estão incluídos os alunos com necessidades educativas especiais que estejam inscritos em escolas especiais. Bélgica (BE de): Não foram recolhidos dados acerca das línguas estrangeiras. Bulgária e Roménia: Os alunos que tenham alguma incapacidade ao nível do desenvolvimento cognitivo não estão incluídos no número total de alunos. Estónia e Áustria: Estimativas. Irlanda: Os dados referem-se exclusivamente aos alunos inscritos em escolas de financiamento público. França: Dados relacionados com a França metropolitana. Os dados relativos à aprendizagem de línguas estrangeiras só abrangem os alunos inscritos nas escolas administradas pelo Ministério da Educação. A cobertura estimada situa-se entre os % do total das inscrições no nível CITE 3. Itália: Ao abrigo da nova legislação, aprender duas línguas estrangeiras é obrigatório no ensino secundário inferior (CITE 2). Hungria: Os alunos que tenham alguma incapacidade ao nível do desenvolvimento cognitivo não estão incluídos no número total de alunos. Polónia: Os dados referem-se exclusivamente a alunos a tempo inteiro. Eslovénia: Dados relativos ao final do ano lectivo. Alunos que aprendem uma segunda língua em regiões com minorias linguísticas não são tidos em consideração (CITE 1 e 2). Finlândia: O ensino secundário superior inclui a educação/formação de adultos. Suécia: O ensino secundário superior apenas inclui alunos que tenham recebido uma qualificação após conclusão deste nível. Os dados não incluem a educação/formação de adultos. Reino Unido: Apesar de o Galês não estar incluído, todos os alunos do País de Gales aprendem o Galês. CITE 2: Estimativas baseadas em 100 % de participação em Inglaterra, País de Gales e Irlanda do Norte, onde aprender uma língua estrangeira é obrigatório entre os 11 e os 14 anos, com estimativas de pesquisa de participação na Escócia (onde aprender uma língua é um direito, mas não é obrigatório). CITE 3: estimativas baseadas em inscrições para exames no final do ensino obrigatório. Nota explicativa O número de alunos que aprendem Inglês, Francês, Alemão, Espanhol, Russo, Holandês, Italiano, Sueco e Dinamarquês nos níveis secundários gerais é dividido pelo número correspondente de alunos inscritos no nível da CITE em questão. Não são incluídas as línguas estrangeiras ensinadas como disciplinas opcionais fora do currículo. 71

74 PARTICIPAÇÃO NA MAIORIA DOS PAÍSES EUROPEUS, OUTRAS LÍNGUAS ESTRANGEIRAS QUE NÃO O INGLÊS, O FRANCÊS, O ALEMÃO, O ESPANHOL E O RUSSO NÃO SÃO HABITUALMENTE APRENDIDAS Na maioria dos países, outras línguas estrangeiras, que não o Inglês, o Francês, o Alemão, o Espanhol e o Russo, representam uma percentagem muito pequena do total das línguas estrangeiras aprendidas. Por outras palavras, na grande maioria dos países Europeus, os alunos aprendem primeiro e antes de tudo de facto, quase em exclusivo as principais línguas estrangeiras mais utilizadas em larga escala. Na Estónia, na Finlândia e na Islândia, a percentagem dos alunos que aprendem outras línguas é superior a 10 % e reflecte uma situação na qual os alunos aprendem uma língua obrigatória específica (Figura B9). Este idioma é o Estoniano, no caso de alunos que falam o Russo na Estónia, o Sueco (Finlandês para alunos que falem Sueco) na Finlândia e o Dinamarquês na Islândia. Na Bélgica (Comunidades Francesa e Germanófona), um número considerável de alunos aprende o Holandês, uma das três línguas estrangeiras oficiais estatais da Bélgica (Figura A1). Em Malta, onde a influência cultural italiana é altamente significativa, muitos alunos aprendem o Italiano. Figura C9: Percentagem de línguas estrangeiras, à parte de Alemão, Inglês, Espanhol, Francês e do Russo, que são aprendidas pelos alunos do ensino secundário geral (CITE 2 e 3), em relação a todas as línguas estrangeiras aprendidas a este nível, 2005/09 EU- 27 BE fr BE de BE nl BG CZ DK DE EE IE EL ES FR IT CY LV LT LU HU MT NL AT PL PT RO SI SK FI SE UK IS LI NO TR 2,7 49,0 : - 1,0 0,1 0,3 1,2 12,6 1,5-0,2 4,0 0,1 8,6 0,4 0,1 0,4 2,1 29,7 : 5,6 0,4-0,4 3,6 4,8 41,9 1,2 : 36,4 : 3,5 0,1 Fonte: Eurostat, UOE. Notas adicionais EU-27: O valor agregado EU-27 é calculado com base nos dados disponíveis. Bélgica: Não estão incluídos os alunos com necessidades educativas especiais que estejam inscritos em escolas especiais. Bélgica (BE de): Não foram recolhidos dados acerca das línguas estrangeiras. Um determinado número de alunos aprendem o Holandês, mas os dados não se encontram disponíveis. Bulgária e Roménia: Os alunos que tenham alguma incapacidade ao nível do desenvolvimento cognitivo não estão incluídos no número total de alunos. Estónia e Áustria: Estimativas. Irlanda: Os dados referem-se exclusivamente aos alunos inscritos em escolas de financiamento público. França: Dados relacionados com a França metropolitana. Os dados relativos à aprendizagem de línguas estrangeiras só abrangem os alunos inscritos nas escolas administradas pelo Ministério da Educação. A cobertura estimada situa-se entre os % do total das inscrições no nível da CITE 3. Itália: Ao abrigo da nova legislação, aprender duas línguas estrangeiras é obrigatório no ensino secundário inferior (CITE 2). Hungria: Os alunos que tenham alguma incapacidade ao nível do desenvolvimento cognitivo não estão incluídos no número total de alunos. Polónia: Os dados referem-se exclusivamente a alunos a tempo inteiro. 72

75 PARTICIPAÇÃO Notas adicionais (Figura C9 continuação) Suécia: O ensino secundário superior apenas inclui alunos que tenham recebido uma qualificação após conclusão deste nível. Os dados não incluem a educação/formação de adultos. Reino Unido: Apesar de o Galês não estar incluído, todos os alunos do País de Gales aprendem o Galês. CITE 2: Estimativas baseadas em 100 % de participação em Inglaterra, no País de Gales e na Irlanda do Norte, onde aprender uma língua estrangeira é obrigatório entre os 11 e os 14 anos, com estimativas de pesquisa de participação na Escócia (onde aprender uma língua é um direito, mas não é obrigatório). CITE 3: estimativas baseadas em inscrições para exames no final do ensino obrigatório. Nota explicativa Só são incluídas as línguas consideradas línguas estrangeiras no currículo definido pelas autoridades educativas a nível central. As línguas regionais são unicamente incluídas quando o currículo as considera como alternativas às línguas estrangeiras. Não são incluídas as línguas ensinadas fora do currículo como disciplinas opcionais. Não são considerados o Grego antigo, o Latim, o Esperanto e as línguas gestuais. Da mesma forma, foram excluídos os dados relativos a alunos de nacionalidade estrangeira que aprendem a sua língua materna em turmas especiais e aqueles que aprendem a língua do seu país anfitrião. No numerador, cada aluno que aprende Inglês, Francês, Alemão, Espanhol e Russo é contabilizado uma vez para cada uma das línguas estrangeiras aprendidos. No denominador, cada aluno que aprende uma língua estrangeira moderna é contabilizado uma vez para cada idioma aprendido. Por outras palavras, os alunos que aprendem mais do que uma língua são contabilizados tantas vezes quanto o número de línguas estrangeiras estudadas. CADA VEZ MAIS ALUNOS DO ENSINO SECUNDÁRIO APRENDEM INGLÊS, PRINCIPALMENTE NA EUROPA CENTRAL E ORIENTAL A percentagem dos alunos que aprendem Inglês tem vindo a aumentar notoriamente desde 2002, principalmente nos países da Europa central e oriental. Esta tendência verifica-se particularmente na Bulgária, na República Checa, na Hungria e Eslováquia, mas também em Portugal. As variações no Alemão e no Francês durante o período em consideração não são tão notórias a nível global. Em muitos países, a percentagem dos alunos que aprendem o Francês tem diminuído ligeiramente. Pode ser observado um aumento de mais de 10 pontos percentuais unicamente em Itália e Portugal. Em Itália, este é o resultado da nova legislação de 2005, que tornou obrigatória a aprendizagem de duas línguas estrangeiras. A percentagem dos alunos que aprendem o Alemão também sofreu um decréscimo na maioria dos países. Na Suécia, evidencia-se um decréscimo de 10 pontos percentuais. Só a Eslovénia apresentou um aumento marcante entre 2002 e

76 PARTICIPAÇÃO Figura C10: Tendências na percentagem dos alunos que aprendem o Inglês, o Alemão e o Francês no ensino secundário geral (CITE 2 e 3), relativamente a 2001/02, 2002/03, 2003/04, 2004/05 e 2005/06 Fonte: Eurostat, UOE. 74

77 PARTICIPAÇÃO Dados (Figura C10) Inglês Francês Alemão 2001/ / / / / / / / / / / / / / /2006 EU-27 73,6 74,0 83,1 83,3 85,7 23,4 22,8 22,2 24,4 23,8 15,0 15,7 16,3 15,2 15,4 BE fr 68,2 65,0 68,5 66,7 67, ,3 4,7 5,1 4,0 4,0 BE de : : : : : : : : : : : : : : : BE nl 70,6 69,0 70,4 70,4 70,7 98,0 96,0 97,5 97,0 96,8 24,0 22,2 23,3 23,0 23,3 BG 64,8 67,0 69,3 71,8 75,4 14,6 13,6 13,0 12,6 12,2 21,2 22,2 23,4 25,1 25,9 CZ 67,4 72,1 75,8 77,6 81,4 4,2 4,5 4,8 5,5 6,2 42,7 40,9 38,2 34,8 34,5 DK 98,1 99,0 99,1 98,9 100,0 13,7 13,1 14,9 14,8 15,3 78,0 78,0 84,5 83,7 84,0 DE 93,9 94,1 94,2 94,6 96,0 22,9 23,4 23,3 24,4 25, IE 89,8 90,6 92,3 93,0 92,9 2,8 3,0 3,7 3,6 3,7 33,9 32,8 30,2 29,6 30,0 EE ,3 69,3 67,6 66,3 65,3 22,0 22,0 21,0 21,6 20,9 EL 97,6 : 96,9 97,1 96,9 44,1 : 39,1 38,0 37,2 17,0 : 20,2 21,7 23,1 ES 97,1 97,5 97,3 97,6 97,5 36,3 37,4 36,6 36,1 35,6 1,7 1,9 2,0 2,1 2,1 FR 96,0 96,7 96,5 96,0 97, ,4 19,6 18,4 14,7 17,1 IT 84,3 84,8 88,4 87,6 96,3 31,3 30,5 30,5 35,9 46,1 5,7 5,7 5,4 5,5 7,2 CY 99,8 88,7 88,4 94,2 93,9 78,2 65,6 63,7 65,8 67,6 1,1 1,6 2,6 2,2 1,6 LV 92,6 92,3 95,2 96,0 96,5 1,4 1,4 1,5 1,6 1,9 27,5 25,2 24,6 23,9 22,4 LT 78,6 82,4 85,3 87,8 90,1 6,2 5,5 5,0 4,8 4,3 31,2 29,5 27,8 26,3 24,3 LU 62,5 62,6 63,2 63,7 64,0 99,1 99,2 99,1 99,2 99,2 99,1 99,2 99,1 99,2 99,2 HU 51,4 56,8 60,8 62,8 64,2 4,6 3,2 3,2 3,1 3,2 43,3 46,2 47,0 45,9 44,4 MT 96,8 89,0 88,8 94,0 93,9 40,3 37,8 36,9 36,2 37,1 6,5 6,8 7,0 7,3 8,2 NL : : : : : : : : : : : : : : : AT 98,6 : : 98,8 98,8 12,8 : : 13,3 12, PL 77,8 79,5 79,6 81,2 80,3 6,9 6,7 5,8 5,6 5,0 48,5 48,8 46,0 46,2 42,8 PT 52,9 : 49,9 78,5 80,2 32,0 : 22,7 60,8 63,1 0,3 : 3,9 1,4 0,9 RO 86,4 89,2 91,7 93,4 95,0 87,0 86,8 86,0 85,6 86,5 11,4 11,3 11,3 11,1 10,9 SI 90,5 91,2 93,2 94,9 96,4 2,6 2,9 3,6 4,6 5,1 32,8 32,7 38,5 43,8 47,8 SK 61,8 65,0 68,9 71,6 74,2 3,7 3,8 4,2 4,1 4,5 48,4 47,2 46,7 44,6 42,6 FI 99,0 99,0 99,1 99,4 99,3 13,3 12,8 12,8 12,0 11,6 28,3 27,3 26,3 24,1 22,0 SE ,5 20,4 19,1 18,3 17,6 35,6 32,5 29,7 27,3 25,6 UK : : : : : : : : : : IS 82,4 83,2 86,6 88,1 87,3 8,2 8,8 8,4 9,4 9,7 21,6 20,1 19,6 19,0 17,9 LI : : : : : : : : : : : : : : : NO : : : : 100 : : : : 18.6 : : : : 29.3 TR : : 66,1 : 67,3 : : 0,8 : 0,7 : : 3,8 : 6, Fonte: Eurostat, UOE. 75

78 PARTICIPAÇÃO Notas adicionais (Figura C10) EU-27: O valor agregado EU-27 é calculado com base nos dados disponíveis. Bélgica: Não estão incluídos os alunos com necessidades educativas especiais que estejam inscritos em escolas especiais. Bélgica (BE de): Não foram recolhidos dados acerca das línguas estrangeiras. Bulgária, Lituânia e Roménia: Os alunos com incapacidade ao nível do desenvolvimento cognitivo não foram incluídos no número total de alunos (desde 2006 no caso da Roménia, 2005 no caso da Bulgária e 2003 no caso da Lituânia). Estónia e Áustria: Estimativas. Irlanda: Os dados referem-se exclusivamente aos alunos inscritos em escolas de financiamento público. França: Dados relacionados com a França metropolitana. Os dados relativos à aprendizagem de línguas estrangeiras só abrangem os alunos inscritos nas escolas administradas pelo Ministério da Educação. A cobertura estimada situa-se entre os % do total das inscrições no nível da CITE 3. Itália: Ao abrigo da nova legislação, aprender duas línguas estrangeiras é obrigatório no ensino secundário inferior (CITE 2). Polónia e Eslováquia: Os dados referem-se exclusivamente a alunos a tempo inteiro. Eslovénia: Dados relativos ao final do ano lectivo. Alunos que aprendem uma segunda língua em regiões com minorias linguísticas não são tidos em consideração (CITE 1 e 2). Finlândia: O ensino secundário superior inclui a educação/formação de adultos. Suécia: O ensino secundário superior apenas inclui alunos que tenham recebido uma qualificação após conclusão deste nível. Os dados não incluem a educação/formação de adultos. Nota explicativa O número de alunos que aprendem Inglês, Francês e Alemão no ensino secundário geral é dividido pelo número correspondente de alunos inscritos no nível da CITE em questão. Não são incluídas as línguas estrangeiras ensinadas como disciplinas opcionais fora do currículo. 76

79 PROFESSORES NA EDUCAÇÃO PRIMÁRIA, AS LÍNGUAS ESTRANGEIRAS SÃO MUITAS VEZES ENSINADAS POR PROFESSORES GENERALISTAS Em quase todos os países europeus, existe regulamentação oficial no que respeita às qualificações necessárias para o ensino das línguas estrangeiras nos seis primeiros anos de escolaridade. Na maioria dos países, estas são ensinadas a este nível por professores generalistas qualificados para leccionarem todas (ou quase todas) as disciplinas do currículo. Isto aplica-se quer a língua estrangeira em causa seja uma disciplina obrigatória quer seja uma opção do currículo nuclear. Os professores de língua estrangeira são semi-especialistas no Chipre, em Malta e no Reino Unido (Escócia), assim como na Estónia e na Suécia. Nestes dois últimos países, também podem ter outra qualificação. Em 11 países, as línguas estrangeiras são ensinadas nos seis primeiros anos de escolaridade por professores especialistas. Em três desses países, nomeadamente na Bélgica (a Comunidade Francesa), em França e na Lituânia, os professores generalistas também podem ensinar línguas. Figura D1: Recomendações respeitantes à qualificação de professores de língua estrangeira nos seis primeiros anos de escolaridade, 2006/07 Professor Generalista Especialista Semi-especialista Nenhuma recomendação respeitante à especialidade nas disciplinas Fonte: Eurydice. Notas adicionais Bélgica (BE de): Um decreto relativo a medidas de melhoria da profissão de docência cria, com efeito a partir de Setembro de 2008, o cargo de professor especial para a primeira língua estrangeira nos seis primeiros anos de escolaridade. Os professores generalistas indigitados para este cargo terão de demonstrar um conhecimento profundo da língua em questão (de acordo com o Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas) e provas de formação especializada em metodologia do ensino da língua estrangeira. 77

80 PROFESSORES Notas adicionais (Figura D1 - Continuação) Alemanha: Os professores semi-especialistas estão gradualmente a substituir os professores generalistas. Eslovénia: Os professores de língua especializados são recrutados do quarto ao nono ano da escola de estrutura única. Suécia: As línguas podem ser ensinadas por professores semi-especializados no sexto ano da grundskola. Reino Unido (ENG/WLS/NIR): Na Inglaterra, um pequeno número de programas de formação de professores para os seis primeiros anos de escolaridade inclui uma especialização em língua estrangeira a par da formação para o ensino de todas as disciplinas do currículo básico. No entanto, a regulamentação especifica apenas que os professores necessitam de ter a categoria singular de Estatuto de Professor Qualificado (elegibilidade para o ensino na Irlanda do Norte). Nota explicativa Professor Generalista (não-especialista); professor semi-especialista (em língua estrangeira); professor especialista (em língua estrangeira): Ver Glossário. Enquanto a Letónia, a Finlândia e o Reino Unido não possuem regulamentação detalhada no âmbito das qualificações exigidas aos professores de língua estrangeira no ensino primário, existem normas aplicáveis a todos os professores. Na Letónia, por exemplo, os professores deste nível são generalistas. Na prática, contudo, as aulas de língua estrangeira são geralmente da responsabilidade dos professores especialistas. Na Finlândia, os professores de línguas estrangeiras podem ser semi-especialistas, especialistas e generalistas. No Reino Unido (Inglaterra, País de Gales e Irlanda do Norte), os professores que trabalham nos seis primeiros anos de escolaridade recebem formação para leccionar todas as disciplinas do currículo. Apesar de a oferta educativa em línguas estrangeiras não ser obrigatória a este nível (Figura B1), algumas escolas oferecem-na. Nas escolas em que isto acontece, as aulas são leccionadas por professores generalistas com uma responsabilidade global por uma determinada turma, ou por professores especialistas recrutados para este propósito. Na República Checa, desde a nova lei de 2005 sobre o estatuto dos profissionais da educação, os professores generalistas são responsáveis pelo ensino das línguas nos seis primeiros anos de escolaridade. Os programas de formação inicial de professores incluem a aprendizagem da língua estrangeira, para que os futuros professores tenham as competências necessárias. Nos locais onde os professores, que já desempenham as suas funções há largos anos, não as possuam, as aulas de língua estrangeira são leccionadas por professores especialistas. O governo Polaco está actualmente a considerar se deverá recrutar generalistas para o ensino das línguas no ensino primário. Neste país, assim como na República Checa, estas alterações resultam do facto de as crianças, actualmente, aprenderem línguas estrangeiras cada vez mais precocemente (Figuras B1 e B3). NA EDUCAÇÃO SECUNDÁRIA INFERIOR, OS PROFESSORES DE LINGUA ESTRANGEIRA SÃO GERALMENTE ESPECIALISTAS DA DISCIPLINA Tal como no caso dos seis primeiros anos de escolaridade (Figura D1), há regulamentação oficial em quase todos os países europeus no que respeita às qualificações exigidas para o ensino das línguas estrangeiras na educação secundária inferior (correspondente ao 3º ciclo do ensino básico). Na maior parte dos países considerados, são necessários professores especialistas para o ensino das línguas a este nível. Na Bélgica (Comunidade Flamenga), Dinamarca e Listenstaine, os professores de língua estrangeira são formados na qualidade de semi-especialistas. Na Estónia, os professores de língua estrangeira podem ser tanto semi-especialistas como especialistas. O mesmo se aplica à Alemanha, onde a qualificação necessária para os professores depende do tipo de escola em questão. Na Suécia, os semi-especialistas estão habilitados a ensinar uma língua estrangeira, mas é mais frequente encontrar professores especialistas. A Islândia é o único país onde os professores de língua podem ser generalistas por toda a escolaridade obrigatória organizada numa única estrutura contínua (níveis da CITE 1 e 2). No entanto, os professores especialistas frequentemente leccionam as línguas estrangeiras nas classes mais avançadas dessa estrutura única, correspondente ao nível 2 da CITE. 78

81 PROFESSORES Os professores especialistas de língua estrangeira podem ter formação para leccionar duas disciplinas diferentes, incluindo uma língua estrangeira, ou apenas línguas estrangeiras (Figura D3). Figura D2: Recomendações respeitantes à qualificação de professores de língua estrangeira na educação secundária inferior, 2006/07 Professor Generalista Especialista Semi-Especialista Fonte: Eurydice. Notas adicionais Irlanda: A maior parte dos professores na educação secundária inferior são semi-especialistas ou especialistas. No entanto, devido à autonomia concedida às escolas no que respeita à distribuição do serviço docente, existem alguns professores sem formação específica em metodologia do ensino da língua estrangeira. A documentação oficial não exclui esta hipótese. Reino Unido (ENG/WLS/NIR): Embora a regulamentação especifique apenas que os professores tenham a categoria única de estatuto de professor qualificado (elegibilidade para leccionar na Irlanda do Norte), os programas de formação inicial de professores são específicos para um nível em particular e, no caso dos programas para o ensino secundário, uma ou duas disciplinas específicas. Muitas instituições com programas de ensino das línguas ao nível do secundário, assim como muitas escolas, preferem candidatos que possam ensinar duas línguas. Turquia: Não existe um nível 2 da CITE. Toda a estrutura única (para alunos dos 6 aos 14 anos) é considerada como CITE 1. O mapa ilustra a organização desta estrutura única. Nota explicativa Professor Generalista (não-especialista); professor semi-especialista (em língua estrangeira); professor especialista (em língua estrangeira): Ver Glossário. 79

82 PROFESSORES EM METADE DOS PAÍSES, OS ESPECIALISTAS EM LÍNGUA ESTRANGEIRA ESTÃO QUALIFICADOS PARA LECCIONAR UMA OUTRA DISCIPLINA Os professores de língua estrangeira podem ser generalistas ou especialistas. No nível 1 da CITE, as línguas estrangeiras são muitas vezes ensinadas por generalistas (não-especialistas), que ensinam todas ou quase todas as disciplinas do currículo, incluindo as línguas estrangeiras (Figura D1). No nível 2 da CITE, o ensino é da responsabilidade de especialistas ou, por vezes, de semi-especialistas (Figura D2). A Figura seguinte mostra o nível de especialização por disciplina, apenas entre os professores especialistas de língua estrangeira na educação primária ou secundária inferior que, dependendo do país, estão qualificados para leccionar apenas línguas estrangeiras, ou duas disciplinas em que uma delas é uma língua estrangeira. Os padrões normais de formação e a sua duração não são tomados em conta nesta Figura 3. Figura D3: Nível de especialização dos professores especialistas em língua estrangeira na educação primária e/ou secundária inferior, 2006/07 Professores qualificados para o ensino: Duas disciplinas diferentes incluindo uma língua estrangeira Apenas Línguas estrangeiras Sem professores de língua especializados Sem recomendações específicas acerca do tipo de qualificação Professor qualificado para leccionar APENAS línguas estrangeiras: BE BE BE BG CZ DK DE EE IE EL ES FR IT CY LV LT LU HU MT NL AT PL PT RO SI SK FI SE UK- UK- UK- UKfr de nl ENG WLS NIR SCT IS LI NO TR A B Fonte: Eurydice. A Apenas uma língua estrangeira B Duas ou mais línguas estrangeiras 3 Informação adicional relativamente a todas as categorias de professores será fornecida no volume geral de Números-chave da Educação na Europa

83 PROFESSORES Notas Adicionais (Figura D3) República Checa: Não existe qualquer regulamentação ou recomendação acerca do número de línguas estrangeiras que um professor poderá leccionar. As faculdades/escolas superiores de educação oferecem aos professores do ensino secundário inferior um programa de estudos com uma combinação de duas línguas, ou de uma língua estrangeira mais uma outra disciplina. Reino Unido (ENG/WLS/NIR): Embora a regulamentação exija apenas que os professores tenham a categoria única de estatuto de professor qualificado (elegibilidade para leccionar na Irlanda do Norte), os programas de formação inicial de professores são específicos para um nível em particular e, no caso dos programas para o ensino secundário, uma ou duas disciplinas específicas. Muitas instituições com programas de ensino das línguas ao nível do, assim como muitas escolas, preferem candidatos que possam ensinar duas línguas.. Turquia: Os professores com horário incompleto podem dar aulas de gramática Turca e técnicas de oralidade em Turco. Em alguns países, nomeadamente na Bélgica (Comunidade Flamenga), na Alemanha e no Listenstaine, não existem professores especialistas em língua estrangeira nos níveis CITE 1 e 2. Os professores em causa estão qualificados para leccionar pelo menos três disciplinas diferentes, das quais uma ou mais são línguas estrangeiras, portanto, a figura não os inclui. Os professores especialistas podem ter dois tipos de perfil de qualificações. Poderão estar qualificados para ensinar duas disciplinas diferentes, uma das quais uma língua estrangeira, ou qualificados para ensinar apenas línguas estrangeiras. Ambas as situações são igualmente frequentes. Os especialistas com formação para ensinar apenas línguas estrangeiras podem estar qualificados para ensinar apenas uma, duas ou mais línguas. Em vários países, os professores especialistas em língua estrangeira podem, até certo ponto, escolher as combinações de disciplinas a leccionar. Isto aplica-se à maior parte dos países nórdicos (Finlândia, Suécia, Islândia e Noruega), Hungria, Portugal e Eslováquia. EM METADE DOS PAÍSES, A FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES DE LÍNGUA ESTRANGEIRA TEM A DURAÇÃO DE QUATRO ANOS Em quase todos os países, a formação inicial de professores de língua estrangeira para a educação primária consiste na formação geral e profissional em paralelo (o modelo de formação simultâneo). No entanto, na formação inicial daqueles que pretendem trabalhar ao nível do secundário inferior, a formação geral é dada numa primeira fase, e é, então, seguida pela formação profissional (modelo de formação sequencial). Ao nível secundário inferior, ambos os modelos coexistem em metade dos países considerados 4. Em todos os países, a formação inicial dos especialistas e semi-especialistas em língua estrangeira, que são as únicas categorias abordadas na figura abaixo, é ministrada no ensino superior. Embora em vários países, e maioritariamente ao nível básico, os professores generalistas estejam qualificados para leccionar línguas estrangeiras (Figuras D1 e D2), os padrões típicos de formação para esta categoria e a sua duração não são tidos em conta na figura. Por quase toda a parte, as recomendações respeitantes à duração mínima e nível CITE da formação inicial de professores para especialistas e semi-especialistas em língua estrangeira são idênticas às dos outros professores. Em todos os países, a duração mínima dos estudos varia entre os três (Bélgica, Áustria, Polónia e Roménia) e os seis anos (Itália e Luxemburgo), sendo o período de quatro anos o mais comum. Regra geral, a formação inicial dos professores ocorre no nível CITE 5A, embora na Irlanda, na Lituânia, na Áustria, na Polónia e na Roménia, tenha lugar em ambos os níveis CITE 5A e 5B. Apenas na Bélgica, esta ocorre exclusivamente no nível da CITE 5B, para exercer funções tanto nos seis primeiros anos de escolaridade como no ensino secundário inferior. 4 Informação adicional relativamente a todas as categorias de professores será fornecida no volume geral de Números-chave da Educação na Europa 2009, a ser publicado brevemente. 81

84 PROFESSORES Figura D4: Duração mínima e nível da formação inicial de professores de especialistas e semiespecialistas em línguas estrangeiras nos seis primeiros anos de escolaridade ou/e ensino secundário inferior, 2006/07 Anos Anos CITE 5A CITE 5B Ensino de professores no estrangeiro Fonte: Eurydice. Notas adicionais Bélgica (BE de): A maior parte dos professores que leccionam no nível secundário inferior (CITE 2) são formados na Comunidade Francesa da Bélgica. Alemanha, França, Luxemburgo e Áustria: A fase final de qualificação "em estágio pedagógico" é considerada uma parte integrante da formação inicial de professores e está, portanto, incluída na duração total da formação. Normalmente, marca o período obrigatório de transição da formação inicial de professores para a prática profissional. Durante este período, os professores não se consideram como totalmente qualificados, e são normalmente tidos como "candidatos" ou "estagiários". Desempenham total ou parcialmente as funções de professores qualificados e são remunerados pela sua actividade. No final deste período e após satisfazerem um conjunto de critérios de avaliação formal, os candidatos a professores tornam-se professores totalmente qualificados. Áustria: Dados para o nível da CITE 5A e 5B aplicam-se aos professores da allgemein bildende höhere Schule e da Hauptschule, respectivamente. Eslovénia: A partir do ano académico 2008/09, a duração da formação inicial de professores é alargada para cinco anos. Reino Unido (ENG/WLS/NIR): Não existem requisitos regulamentados para que os professores sejam detentores de qualificações específicas para a leccionação de uma disciplina. A figura mostra o percurso regular seguido por um professor especialista em línguas do nível secundário. Listenstaine: Os futuros professores são formados no estrangeiro, sobretudo na Áustria ou na Suíça. Nota explicativa A formação inicial dos professores geralmente consiste na formação geral e na formação profissional. A componente de formação geral fornece um conhecimento rigoroso de uma ou mais disciplinas, enquanto a formação profissional faculta as competências teóricas e práticas necessárias ao ensino. Podem ser facultdas em simultâneo ou uma após outra. No modelo de formação simultâneo, a formação profissional é ministrada ao mesmo tempo que a formação geral. No modelo da formação sequencial, a formação profissional segue-se à formação geral. Neste modelo, os estudantes que tenham frequentado o ensino superior numa área em particular transitam para a formação profissional numa fase distinta. 82

85 PROFESSORES APENAS UMA MINORIA DOS PAÍSES RECOMENDA QUE OS FUTUROS PROFESSORES PASSEM UM PERÍODO DE FORMAÇÃO NUM PAÍS FALANTE DA LÍNGUA-ALVO Em mais de metade dos países considerados, as autoridades educativas a nível central recomendam que as instituições para a formação inicial de professores ofereçam certos cursos ou actividades que permitam aos futuros professores adquirirem as competências necessárias para leccionar as línguas estrangeiras. Nos restantes países, não existem recomendações oficiais e as escolas/centros de formação são totalmente autónomas para decidir o tipo de formação a oferecer. Figura D5: Recomendações respeitantes ao conteúdo da formação inicial de professores qualificados para o ensino das línguas estrangeiras nos seis primeiros anos de escolaridade ou/e ensino secundário inferior, 2006/07 CITE 1 Sem recomendações Recomendações para: Especialistas ou semi-especialistas professores generalistas Formação inicial de professores no estrangeiro Aprender uma ou várias línguas Curso (s) teórico (s) em ensino de língua estrangeira Vagas para colocações em língua estrangeira Período despendido num país da língua alvo Fonte: Eurydice. Recomendações respeitantes ao conteúdo da formação inicial de professores para: Professores generalistas e especialistas e/ou Semiespecialistas Especialistas e/ou Semi-especialistas BE BE BG IE FR LT HU AT SI NO DE EL ES IT LV MT PL PT FI UK fr de 83

86 PROFESSORES Notas Adicionais (Figura D5) Bélgica (BE de): A informação diz respeito apenas ao conteúdo da formação inicial de professores de língua estrangeira para os seis primeiros anos de escolaridade. Na maioria dos casos, os professores especialistas a exercer funções na educação secundária inferior recebem a sua formação inicial de professores na Comunidade Francesa da Bélgica. Alemanha: Os professores generalistas (não-especialistas) das escolas dos seis primeiros anos de escolaridade não recebem formação inicial em línguas estrangeiras, mas participam em actividades de formação em serviço. Itália: Os professores generalistas das escolas básicas não recebem formação inicial em línguas estrangeiras mas participam em actividades de formação em serviço. Reino Unido (ENG/WLS/NIR): A formação profissional para os professores de língua no ensino secundário inclui a formação teórica em ensino da(s) língua(s) e estágios pedagógicos. Os requisitos para o conhecimento de uma disciplina são satisfeitos pelos requisitos de entrada para o programa de pós-graduação, que estipula um nível de conhecimento equivalente àquele obtido num curso de língua de quatro anos, com um no estrangeiro. Listenstaine: Os futuros professores são formados no estrangeiro, sobretudo na Áustria ou na Suíça. Noruega: As recomendações para os professores generalistas não referem as colocações nas escolas para o ensino da língua estrangeira. Nota explicativa Em todos os países, as recomendações respeitantes ao conteúdo da formação inicial de professores são idênticas para os níveis da CITE 1 e 2, excepto na Bélgica (Comunidade Germanófona), na Alemanha e em Itália. Para estes países, a situação no nível da CITE 2 está representada no mapa grande, enquanto a situação para o nível DA CITE 1 está descrita no canto superior direito. Tempo passado num país falante da língua-alvo: Período passado num país ou região onde a língua a ser ensinada é falada. Este período de tempo poderá envolver um período lectivo numa escola (como assistente), numa universidade (frequentando cursos), ou até no sector empresarial. O objectivo é oferecer aos professores em formação um contacto directo com a língua e cultura que irão leccionar. Para os países com recomendações acerca do programa de formação inicial, a Figura acima centra-se em quatro componentes de formação: a aprendizagem de uma ou várias línguas estrangeiras, cursos teóricos de ensino da língua estrangeira, vagas para colocação no ensino de língua estrangeira e um período de tempo num país da língua-alvo. A primeira categoria permite aos professores em formação adquirirem um conhecimento rigoroso e proficiência numa ou várias línguas estrangeiras. Os cursos teóricos de ensino da língua estrangeira podem incluir cursos de metodologia específica de ensino e teorias da aprendizagem da língua, etc. As colocações numa escola permitem aos futuros professores ganhar experiência para enfrentar o mundo real do trabalho. O período de tempo passado num país falante da língua-alvo coloca-os em contacto com a língua e com a cultura que irão leccionar. Na maioria dos casos, as três primeiras componentes são prescritas, independentemente das intenções dos estudantes em tornar-se professores generalistas, semi-especialistas ou especialistas. Apenas em oito países encontramos o período de tempo num país falante da língua-alvo no conjunto das actividades recomendadas para os professores de língua em formação. NA MAIORIA DOS PAÍSES, NÃO SÃO EXIGIDAS AOS PROFESSORES QUALIFICAÇÕES ESPECIFICAS PARA A CLIL Na grande maioria dos países, algumas escolas disponibilizam a oferta educativa CLIL, na qual os alunos são ensinados em pelo menos duas línguas diferentes (Figura B6). Nestas circunstâncias, as combinações linguísticas são essencialmente de três naturezas: a língua oficial do estado é complementada por outra língua não-indígena ou por uma língua regional e/ou minoritária, ou por ambas (Figura B7). Em quase todos os países, as qualificações normalmente exigidas para o ensino são adequadas para trabalhar com a CLIL. Consequentemente, são as escolas que realmente disponibilizam este tipo de oferta educativa que determinam os requisitos ou estratégias para o recrutamento de profissionais competentes ou para a sua formação, se necessário. Apenas seis países estipulam que os professores a actuarem no campo do CLIL têm de 84

87 PROFESSORES ter qualificações especiais que atestem a sua proficiência neste campo. Estas qualificações dizem respeito essencialmente à competência e ao conhecimento respeitante às línguas. Os professores têm, assim, de provar que são capazes de ensinar disciplinas do currículo numa língua que não a(s) língua(s) oficial(ais) do estado. Figura D6: Qualificações exigidas para trabalhar no âmbito do CLIL nos seis primeiros anos de escolaridade (CITE 1) e no ensino secundário (CITE 2 e 3), 2006/07 Apenas a qualificação básica de um professor totalmente qualificado Qualificações-base + qualificações especiais Sem oferta educativa CLIL Fonte: Eurydice. Detalhes acerca do tipo de qualificações adicionais/especiais exigidas: BE fr Qualificação obtida na língua-alvo ou um certificado (obtido através de exame) atestando o conhecimento rigoroso dessa mesma língua. BE de Qualificação obtida na língua-alvo ou um certificado de ensino secundário superior nessa língua ou um certificado (obtido através de exame) atestando o conhecimento rigoroso dessa mesma língua. BG Qualificação adicional/certificado em língua estrangeira atestando a proficiência mínima adquirida, quer na universidade quer numa escola de ensino secundário com formação intensiva em língua estrangeira. CZ Nível C1 na língua-alvo, na escala de proficiência do Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (Conselho da Europa). ES Certificado atestando o conhecimento da língua-alvo. LV Os professores cuja língua materna não é o Letão e que leccionam em programas para as minorias linguísticas têm de alcançar o nível C2 em Letão, na escala de proficiência do Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (Conselho da Europa). Os que exercem funções noutras categorias do CLIL têm de estar qualificados numa ou mais disciplinas e fazer prova oficial de que são competentes na língua-alvo. HU Qualificações em duas disciplinas, incluindo uma língua. SI Os professores não necessitam de qualificações adicionais, mas podem ser-lhes exigidos mais exames, se necessário. São normalmente falantes nativos. Não há qualquer instituição do ensino superior na Eslovénia que ofereça Húngaro (uma línguaalvo do CLIL na Eslovénia), portanto, não é possível obter qualificação adicional. Fonte: Eurydice. 85

88 PROFESSORES Diversos factores poderão estar na origem da exigência de qualificações adicionais certificadas para trabalhar no âmbito CLIL. Em muitos sistemas educativos, a oferta educativa CLIL não está muito desenvolvida, ou existe apenas há algum tempo, sob a forma de projecto-piloto. Isto aplica-se, por exemplo, à Itália e a Portugal. Pelo contrário, encontra-se difundida em diversos países ou universalmente implementada, no Luxemburgo ou em Malta. Em tais casos, a oferta educativa não é tida como uma excepção e não é exigida nenhuma qualificação adicional. Finalmente, onde existe oferta CLIL às comunidades que falam uma língua regional ou minoritária, os professores são geralmente competentes em ambas as línguas, nomeadamente a língua regional ou a língua minoritária, que é a sua língua materna, e a outra língua que é a língua oficial do estado (ou uma das línguas oficiais do estado, no caso de existirem várias). Desde 2005 que existe, em França, uma qualificação complementar certificada para o ensino de uma disciplina que não uma língua em língua estrangeira. No entanto, até hoje, esta qualificação não é obrigatória para o recrutamento de professores para as sections européennes ou sections internationales (as secções europeias ou internacionais) ambas disponibilizando a oferta educativa CLIL. De acordo com a nova regulamentação (2004) respeitante às normas da formação inicial de professores na Polónia, todos os licenciados têm de ser competentes numa língua estrangeira e alcançar o nível B2 ou B2+, do Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (Conselho da Europa). Além disso, os professores são agora obrigados a especializar-se noutra disciplina. Se optarem pela combinação de uma disciplina (que não uma língua) + língua estrangeira, têm de alcançar - no caso da língua estrangeira - o nível C2 do Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (Conselho da Europa). Estas regulamentações gerais respeitantes à formação de todos os professores poderão ter um impacto significativo na competência dos sistemas educativos em disponibilizar maior oferta CLIL. De facto, uma vez que a falta de professores qualificados se constitui como um dos entraves ao desenvolvimento do CLIL, tais resoluções só podem ajudar a promovê-la. 86

89 PROCESSOS EDUCATIVOS NO FINAL DA ESCOLARIDADE OBRIGATÓRIA A TEMPO INTEIRO AS QUATRO MACRO-COMPETÊNCIAS LINGUÍSTICAS SÃO IGUALMENTE IMPORTANTES Comunicar numa língua estrangeira requer o domínio de todo um conjunto de competências. Os currículos oficiais das línguas estrangeiras referem os objectivos relacionados com essas competências como as quatro macro-competências da comunicação, que são Ouvir, Falar, Ler e Escrever, e, na maioria dos países, a prioridade que deve ser dada a cada uma das quatro. Só na Finlândia é que o currículo não se refere especificamente à questão da prioridade, embora tal referência também não exista nos currículos da escolaridade obrigatória a tempo inteiro na República Checa, na Irlanda e em Malta. Nos seis primeiros anos de escolaridade, em cerca de metade dos países, as quatro macro-competências da comunicação são consideradas igualmente importantes. Ao atribuir prioridades, normalmente coloca-se a tónica nas competências do Ouvir e Falar. A estas duas competências, três países, nomeadamente a Bélgica (Comunidade Francesa e Flamenga), os Países Baixos e a Roménia, acrescentam também a Leitura. Figura E1: Prioridade relativa atribuída aos objectivos associados às quatro macro-competências de comunicação nos currículos das línguas estrangeiras obrigatórias, escolaridade obrigatória a tempo inteiro, 2006/07 Figura E1a: Quando se inicia o ensino obrigatório da PRIMEIRA língua estrangeira Prioridade Explícita Ouvir Falar Ler Escrever As principais competências são todas Figura E1b: Quando termina o ensino obrigatório a tempo inteiro Prioridade Explícita As principais competências são todas igualmente Sem referência à questão da prioridade igualmente Sem referência à questão da prioridade BE fr Ouvir Falar Ler Escrever BE de BE nl BG CZ DK DE EE IE EL ES FR IT CY LV LT LU HU MT Currículo sem línguas estrangeiras Fonte: Eurydice. 87

90 PROCESSOS EDUCATIVOS Figura E1 (continuação): Prioridade relativa atribuída aos objectivos relacionados com as quatro macrocompetências nos currículos das línguas estrangeiras obrigatórias, na escolaridade obrigatória a tempo inteiro (CITE 1 e 2), 2006/07 Figura E1a: Quando se inicia o ensino obrigatório da PRIMEIRA língua estrangeira Prioridade explícita Ouvir Falar Ler Escrever As principais competências são todas igualmente importantes Sem referência à questão da prioridade Figura E1b: Quando termina o ensino obrigatório a tempo inteiro Prioridade explícita Ouvir Falar Ler Escrever As principais competências são todas igualmente importantes Sem referência à questão da prioridade NL AT PL PT RO SI SK FI SE UK-ENG/ WLS/NIR UK-SCT IS LI NO TR Currículo sem línguas estrangeiras Fonte: Eurydice. Notas Adicionais República Checa: Para cada fase de ensino, o Programa de Enquadramento Educativo para o ensino básico (CITE 1 e 2), que está em fase de implementação no ano lectivo de 2007/08, define os resultados esperados em termos de competências receptivas, produtivas e interactivas, sem prioridade entre si. Irlanda: O ensino das línguas estrangeiras não é obrigatório, e não faz parte do currículo oficial do ensino básico qualquer língua estrangeira. Os dados para a Figura E1b foram retirados dos currículos de línguas estrangeiras utilizados para o Junior Certificate (Certificado Júnior, atribuído aos 15 anos de idade). Reino Unido (ENG/WLS/NIR): Os currículos nacionais estabelecem os objectivos a atingir para cada uma das quatro macrocompetências, demonstrando, dessa forma, que todas elas são vistas como igualmente importantes. Reino Unido (SCT): O ensino das línguas estrangeiras não é obrigatório. No âmbito do Currículo para a Excelência, o novo currículo 3-18 actualmente a ser desenvolvido na Escócia, embora as experiências e resultados do currículo provisório descreva o domínio das quatro macro-competências linguísticas, o equilíbrio entre Ler, Escrever, e Falar e Ouvir será diferente de acordo com os níveis de aprendizagem. Nota Explicativa Quatro macro-competências de comunicação: Ver Glossário. Prioridade explícita atribuída a uma ou mais macro-competências: O currículo oficial das línguas estrangeiras afirma clara e explicitamente que é atribuída maior relevância aos objectivos de uma ou mais competências em todo o processo de ensino/aprendizagem. As quatro macro-competências de comunicação são todas igualmente importantes: Os currículos oficiais das línguas estrangeiras afirmam claramente que, no que diz respeito aos objectivos, não deve ser dada prioridade a qualquer uma ou mais das quatro macro-competências de comunicação. Sem referência à questão da prioridade: Os currículos oficiais das línguas estrangeiras não abordam a questão de se dever ou não dar prioridade a uma ou mais competências de comunicação em detrimento das outras. 88

91 PROCESSOS EDUCATIVOS No ensino básico (CITE 1 e 2), os países cujo currículo estabelece que deve ser atribuída igual importância a cada uma das macro-competências da comunicação são sobretudo aqueles em que os alunos começam a estudar a primeira língua estrangeira obrigatória numa fase relativamente tardia, com 9 anos ou mais (Figura B1). No entanto, no final da escolaridade obrigatória a tempo inteiro, a grande maioria dos países recomendam que seja dado o mesmo ênfase às quatro macro-competências de comunicação. O Luxemburgo é o único país onde o currículo atribui prioridade à competência específica do Escrever a nível do ensino secundário. EM CINCO ANOS, O TEMPO DESTINADO ÀS LÍNGUAS ESTRANGEIRAS AUMENTOU EM MUITOS PAÍSES Entre 2002 e 2006, o número de horas dedicado ao ensino das línguas estrangeiras, como disciplinas obrigatórias no ensino básico, aumentou ou permaneceu inalterada em todos os países Europeus. Num primeiro grupo, constituído pela maioria dos países, o tempo de ensino recomendado para o ensino das línguas estrangeiras como disciplinas obrigatórias num dado ano lectivo aumentou e, por vezes, substancialmente. Em seis destes países, nomeadamente Bulgária, República Checa, França, Letónia, Eslovénia e Noruega, o aumento teve lugar quer no nível CITE 1 quer no nível CITE 2 do ensino básico como do ensino secundário inferior. Apenas três países do grupo, Bélgica (Comunidade Germanófona), Dinamarca e Grécia, privilegiaram um aumento ao nível do ensino básico, enquanto os outros Alemanha (na Hauptschule e na Realschule), Itália, Chipre e Listenstein atribuíram maior carga horária às línguas estrangeiras apenas ao nível CITE 2. O aumento da carga horária atribuído ao ensino das línguas deriva muitas vezes de uma alteração na forma como o ensino das línguas está organizado (Figura B3). Por exemplo, o ensino de uma língua estrangeira pode ter sido incluído pela primeira vez no currículo do ensino básico, como na Bulgária; por outro lado, pode ter passado a ser obrigatório o ensino de uma segunda língua no mesmo nível de ensino. Dinamarca, Grécia e França decidiram introduzir as línguas estrangeiras numa fase mais inicial do ensino básico, atribuindo-lhes tempo adicional. No entanto, nem sempre é esse o caso a Itália agora também começa mais cedo o ensino das línguas no ensino básico mas sem aumentar a carga horária total que lhe é atribuída. Num segundo grupo de países, o tempo destinado ao ensino das línguas estrangeiras num dado ano lectivo permaneceu inalterado nos últimos cinco anos. Esta tendência foi vista no ensino básico na Alemanha, Itália, Chipre, Polónia e Roménia, e no ensino secundário na Dinamarca. Estónia, Malta, Áustria, Finlândia e Islândia não alteraram a carga horária anual atribuída ao ensino das línguas em qualquer dos níveis de ensino desde o ano lectivo de 2002/03. Em dois países, Bélgica (Comunidade Francesa) e Espanha, a situação mantém-se inalterada a este respeito há cerca de 15 anos ( 5 ). Finalmente, alguns países reduziram o tempo lectivo anual atribuído às línguas estrangeiras. Esta tendência é marcante especialmente no ensino secundário inferior (CITE 2), na Alemanha (no Gymnasium), Grécia e Lituânia. Desde o inicio do ano lectivo de 2005/06 que, na Grécia, o ensino da primeira língua estrangeira no ensino básico (CITE 1)começa um ano mais cedo, ao passo que a segunda língua estrangeira é ensinada a partir do final do mesmo nível de ensino, resultando na atribuição de menor carga horária para essa língua no ensino secundário inferior (CITE 2). ( 5 ) Para informação mais detalhada sobre os anos lectivos de 1992/93 e 1997/98, ver Eurydice Key Data on Teaching Languages at School in Europe 2005 Edition. 89

92 PROCESSOS EDUCATIVOS Figura E2: Tendências do tempo total recomendado para o ensino das línguas estrangeiras como disciplina obrigatória por ano lectivo no ensino básico e secundário geral obrigatório a tempo inteiro, 2002/03 e 2006/ /03 CITE 1 Sem tracejado: CITE 2 Não aplicável 2006/07 a, b e c : CITE 2: Tipos diferentes de ensino (ver notas) Disciplina obrigatória com carga horária flexível As línguas estrangeiras não são uma disciplina obrigatória X Y X a b X Y X X Y X a b X Y X X Y X a b 2002/ / IE EL ES FR IT CY LV LT LU HU X Y X Y X Y X Y X Y X Y X Y X Y X a b X Y 2002/ : : / MT NL AT PL PT RO SI SK FI X a, b X a, b, c X a b X X X Y X a b X Y X Y X Y 2002/ / SE UK-ENG/WLS/NIR UK-SCT IS LI NO TR X Y X Y X Y X Y X a b c Y Y Y X 2002/ : : 2006/ : : X CITE 1 Y CITE 2 a, b ou c CITE 2: Tipos diferentes de ensino (ver notas) Não aplicável Disciplina obrigatória com carga horária flexível As línguas estrangeiras não são uma disciplina obrigatória Fonte: Eurydice. 90

93 PROCESSOS EDUCATIVOS Notas adicionais (Figura E2) Bélgica (BE fr): O ensino das línguas estrangeiras obrigatórias é significativamente diferente na Região de Bruxelas. Onde o francês é a língua de ensino, o ensino das línguas estrangeiras obrigatórias começa no terceiro ano do ensino básico e tem maior número de períodos escolares ensinados a esse nível. A carga horária recomendada para o ensino das línguas como disciplina obrigatória num ano lectivo do ensino básico é de 81 horas. Bélgica (BE de): a) escolas do sector público; b) escolas privadas de participação estatal. Bélgica (BE nl): A partir do quinto ano do ensino básico, o ensino do Francês é obrigatório. República Checa: a) Základní škola (sistema anterior); b) Základní škola (novo sistema incluindo um programa de enquadramento educativo); c) Základní + Gymnázium (sistema anterior). Alemanha: a) Hauptschule; b) Realschule; c) Gymnasium. No nível CITE 1 em 2002/03, a carga horária mínima para o ensino das línguas estrangeiras obrigatórias incluiu as horas recomendadas para os primeiros dois anos (para alunos dos 8 aos 10 anos), que algumas escolas ainda estavam a implementar por fases. Os dados para a faixa etária dos 5 aos 10 anos baseiamse num acordo entre Länder, que estabelece o número total de tempos lectivos para cada disciplina a partir do número total para o ensino secundário inferior (CITE 2). Foi calculada uma média anual, em resultado da qual os dados poderão não corresponder completamente à distribuição do tempo para cada ano nos 16 Länder. França: Em 2002/03, a carga horária mínima para o ensino das línguas estrangeiras obrigatórias inclui as horas atribuídas aos dois primeiros anos (para alunos entre os 8 e 10 anos), que algumas escolas ainda estavam a implementar por fases. Itália: No nível CITE 2 em 2002/03, a) Scuola media seguida pelo primeiro ano de Liceo scientifico; b) Scuola media seguida pelo primeiro ano de Liceo classico; c) Scuola media seguida pelo primeiro ano de Liceo artistico. Luxemburgo: a) área clássica ; b) área moderna. Hungria: O currículo nuclear nacional determina a distribuição da carga horária por disciplina como uma percentagem da carga horária total atribuída ao ensino. Corresponde a 2-6 % para os anos de escolaridade 1-4, % para os anos 5-6, 7-8 e 9-10 e 13 % para os anos As escolas com um elevado grau de autonomia na preparação dos seus currículos escolares locais podem decidir qual a percentagem de carga horária atribuída a cada disciplina dentro do número de horas recomendado ou superior, pois as instituições públicas de ensino podem iniciar o ensino das línguas estrangeiras antes do 4º ano de escolaridade, sempre que existirem condições para tal. A partir de 2004, as escolas secundárias têm a possibilidade de introduzir um Ano de Ensino Intensivo de Línguas, em que, pelo menos 40 % do total das horas de ensino (pelo menos 11 horas presenciais) são de dedicada ao ensino intensivo de línguas. Malta: a) Junior Lyceum; b) Escolas secundárias. Holanda: a) VMBO; b) HAVO; c) VWO. Todos os alunos no quarto e quinto anos do HAVO (ensino secundário superior) têm um mínimo de 360 horas de Inglês em dois anos, enquanto os do quarto, quinto e sexto ano do VWO (também ensino secundário) têm 400 horas de Inglês durante esses três anos. Áustria: No nível CITE 2: a) Hauptschule e Polytechnische Schule; b) Realgymnasium subtipo do Allgemeinbildende Höhere Schule (AHS). Portugal: A carga horária atribuída ao ensino das línguas no segundo ciclo do ensino básico (5º e 6º anos de escolaridade) é de 80 horas. Desde 2005/06, foram também atribuídas 80 tempos lectivos ao ensino das línguas estrangeiras no 3º e 4º anos de escolaridade (alunos dos 8 aos 10 anos) do programa nacional de ensino do inglês no primeiro ciclo do ensino básico (correspondente aos primeiros quatro anos da escolaridade obrigatória). Roménia: a) Gimnaziu + Liceu; b) Gimnaziu + Şcoala de arte şi meserii. Suécia: As escolas podem reduzir o tempo atribuído a uma determinada disciplina até 20 % e atribuí-lo a outra quando estabelecem as suas opções curriculares. Isto permite-lhes programar uma oferta educativa especializada, em que os alunos podem escolher como distribuir as 600 horas pelas suas disciplinas de eleição, de entre o tempo total atribuído à escolaridade obrigatória. Desta forma, cada aluno pode optar por estudar mais aprofundadamente uma ou mais disciplinas. Reino Unido (SCT): Embora não sendo obrigatório, o ensino de uma língua estrangeira foi considerado como tal antes da implementação das recomendações do grupo de acção ministerial para as línguas (2000). As recomendações tornaram esta oferta educativa ainda mais flexível. Em 2002/03, todos os alunos tinham direito a aprender uma língua moderna a partir do sexto ano do ensino básico e durante um mínimo de seis anos ou o equivalente a um total de 500 horas. Listenstaine: a) Oberschule; b) Realschule; c) Gymnasium. Turquia: Sendo este um país com um sistema de ensino de estrutura única, não existe uma carga horária diferente para os níveis CITE 1 e 2. 91

94 PROCESSOS EDUCATIVOS Nota explicativa (Figura E2) A carga horária para o ensino das línguas estrangeiras mencionado nesta Figura baseia-se nas recomendações nacionais do currículo para cada ano de referência. Para cada ano de ensino geral obrigatório a tempo inteiro, a carga lectiva foi calculada multiplicando a média da carga horária diária pelo número de dias de aulas por ano. Os recreios e outros intervalos, bem como o tempo reservado para aulas opcionais, não foram incluídos. Os tempos lectivos totais por cada ano são somados para obter a carga lectiva total em horas para o ensino geral obrigatório a tempo inteiro. Para o ano lectivo de referência, estes valores foram divididos pelo número de anos de oferta lectiva correspondente a cada um dos dois níveis de ensino. A escolaridade obrigatória a tempo inteiro termina normalmente com a conclusão do ensino secundário inferior geral (CITE 2) ou da estrutura única (CITE 1 e 2), excepto na Bélgica, Bulgária, França, Hungria, Holanda (VWO e HAVO), Eslováquia, e Reino Unido (Inglaterra, País de Gales e Irlanda do Norte), onde o ensino secundário geral obrigatório a tempo inteiro acaba mais tarde, incluindo parte ou todo o nível CITE 3 (Key Data on Education in Europe 2009, Figura B1, com publicação agendada para breve). Carga horária flexível: ver Glossário. Tais alterações podem também ocorrer em resultado de desenvolvimentos que não estejam ligados directamente com o ensino das línguas. Certas reformas na organização do tempo escolar (tais como alteração do número de dias do ano lectivo ou da duração dos períodos escolares, etc.) podem ter impacto na carga horária das línguas. Por exemplo, o número de blocos semanais de aulas de línguas permaneceu inalterado na Lituânia mas estas foram encurtadas de 45 para 35 minutos nos seis primeiros anos de escolaridade. Em alguns países, os regulamentos ou recomendações especificam apenas o tempo total de ensino em cada ano lectivo, como na Bélgica (Comunidade Flamenga), ou o tempo total mínimo de ensino, como no Reino Unido, dando às escolas liberdade para o distribuir ou, no caso do Reino Unido, para o aumentar pelas disciplinas conforme desejarem. Não é, portanto, possível indicar a carga horária atribuída ao ensino das línguas estrangeiras. Em Portugal, a flexibilidade dos currículos transversais é relativa, no sentido em que a carga horária total é atribuída a áreas curriculares, sendo cada escola responsável pela divisão dos tempos lectivos entre as duas ou três disciplinas que integram a respectiva área. Na Suécia e na Turquia, o número total de horas a atribuir a cada disciplina em toda a escolaridade obrigatória é especificada. Isto aplica-se também ao ensino secundário (HAVO e VWO) na Holanda, enquanto no ensino secundário inferior é estabelecido o número total de horas para todas as disciplinas em conjunto. Não é, portanto, possível indicar nem o tempo total anual, nem o total por nível de escolaridade que é atribuído ao ensino das línguas estrangeiras. Nos países em que o ensino das línguas estrangeiras é obrigatório em ambos os níveis de ensino, é dedicado mais tempo ao ensino secundário inferior do que nos primeiros anos de escolaridade (CITE 1), excepto na Grécia e Luxemburgo. Há, deste modo, uma maior aprendizagem de línguas no ensino secundário inferior (CITE 2) do que no nível CITE 1, quer comparando os dois níveis em termos da carga horária total (ver Figura E3), quer analisando a percentagem de tempo total de ensino atribuída às línguas estrangeiras (Figura E6). Todos os países em que as autoridades educativas centrais (ou de topo) fixam o número de horas lectivas, os alunos raramente têm que ter mais do que, em média, 60 horas de aprendizagem de línguas estrangeiras por ano nos seis primeiros anos de escolaridade; isto muitas vezes sobe para mais de 90 horas por ano durante o ensino secundário inferior (CITE 2). No entanto, mantêm-se diferenças substanciais entre os países no que respeita ao ensino secundário. Quatro países (i.e. mais um do que em 2002/03) oferecem 200 horas ou mais de ensino de línguas estrangeiras num dado ano lectivo, nomeadamente, a Dinamarca, Luxemburgo e Malta, enquanto quatro países República Checa, Grécia, Polónia e Roménia (Şcoala de arte şi meserii) recomendam menos de 100 horas. 92

95 PROCESSOS EDUCATIVOS O TEMPO DESPENDIDO NO ENSINO DAS LÍNGUAS DURANTE A ESCOLARIDADE OBRIGATÓRIA ESTÁ CONCENTRADO NO ENSINO SECUNDÁRIO INFERIOR O número de horas dedicadas ao ensino das línguas estrangeiras durante a escolaridade obrigatória dá-nos uma base para avaliar a quantidade total mínima de tempos lectivos que todos os jovens num determinado país despendem a aprender línguas. A nível internacional, o número total de horas atribuído às línguas permite identificar diferenças na oferta educativa, ainda que seja necessário ter cuidado ao estabelecer comparações, em resultado de diferenças estruturais, tais como variações na duração da escolaridade obrigatória ou no número de anos que uma ou mais línguas estrangeiras são ensinadas (Figura B1), a existência de várias línguas nacionais (Figure A1) e a posição de línguas estrangeiras relativamente a outras disciplinas do currículo. Figura E3: Número total mínimo de horas recomendado para o ensino de línguas estrangeiras como disciplina obrigatória no ensino geral obrigatório a tempo inteiro, 2006/07 BE fr BE de BE CZ DE LU BG DK EE IE EL ES FR IT CY LV LT nl a b a b c A b c MT AT RO UK UK- LI HU NL PL PT SI SK FI SE IS NO TR a b a b a B ( 1 ) SCT a b c CITE 1 CITE 2 Total CITE 1 + CITE 2 Disciplina obrigatória com carga horária flexível As línguas estrangeiras não são uma disciplina obrigatória UK ( 1 ): UK-ENG/WLS/NIR Fonte: Eurydice. 93

96 PROCESSOS EDUCATIVOS Notas adicionais (Figura E3) Bélgica (BE fr): Na região de Bruxelas, o tempo total mínimo recomendado para o ensino das línguas estrangeiras como disciplina obrigatória no nível CITE 1 é de 485 horas. No ensino secundário inferior (CITE 2) é de 364 horas. Bélgica (BE de): a) escolas do sector público; b) escolas privadas com participação estatal. Bélgica (BE nl): A partir do quinto ano do ensino básico, o ensino do Francês é obrigatório. República Checa: a) Základní škola (sistema anterior); b) Základní škola (novo sistema incluindo um programa de enquadramento educativo); c) Základní + Gymnázium (sistema anterior). Alemanha: a) Hauptschule; b) Realschule; c) Gymnasium. Os dados para os anos 5 a 10 baseiam-se num acordo entre os Länder, que estabelece o número total de tempos lectivos para cada disciplina entre a carga horária total para o ensino secundário inferior. Luxemburgo: a) área clássica ; b) área moderna. Hungria: O currículo nuclear nacional determina a distribuição do tempo por cada disciplina como uma percentagem do tempo total atribuído ao ensino. Corresponde a 2-6 % para os anos 1-4, % para os anos 5-6, 7-8 e 9-10, e 13 % para os anos Malta: a) Junior Lyceum; b) Escolas secundárias. Holanda: a) VMBO; b) HAVO; c) VWO. Todos os alunos no quarto e quinto anos do HAVO (ensino secundário) têm um mínimo de 360 horas de Inglês em dois anos, enquanto os do quarto, quinto e sexto anos do VWO (também ensino secundário) têm 400 horas de Inglês durante esses três anos. Áustria: Para o nível CITE 1, o número mínimo de horas de ensino obrigatório de línguas estrangeiras inclui as horas recomendadas para os dois primeiros anos (dos 6 aos 8 anos). a) Hauptschule e Polytechnische Schule; b) Realgymnasium subtipo do Allgemeinbildende Höhere Schule (AHS). Portugal: A carga horária atribuída ao ensino das línguas no segundo ciclo do ensino básico (5º e 6º anos de escolaridade) é de 80 horas. Desde 2005/06, foram também atribuídas 80 tempos lectivos ao ensino das línguas estrangeiras nos 3º e 4º anos de escolaridade (alunos dos 8 aos 10 anos) do programa nacional de ensino do inglês no primeiro ciclo do ensino básico (correspondente aos primeiros quatro anos da escolaridade obrigatória). Roménia: a) Gimnaziu + Liceu; b) Gimnaziu + Şcoala de arte şi meserii. Suécia: As escolas podem reduzir o tempo atribuído a uma determinada disciplina até 20 % e atribuí-lo a outra quando estabelecem as suas opções curriculares. Isto permite-lhes programar uma oferta educativa especializada, em que os alunos podem escolher como distribuir as 600 horas pelas suas disciplinas de eleição, de entre o tempo total atribuído à escolaridade obrigatória. Desta forma, cada aluno pode optar por estudar mais aprofundadamente uma ou mais disciplinas. Listenstaine: a) Oberschule; b) Realschule; c) Gymnasium. Turquia: Sendo este um país com um sistema de ensino de estrutura única, não existe uma atribuição de carga horária diferente para os níveis CITE 1 e 2. Nota explicativa (Figura E2) A carga horária para o ensino das línguas estrangeiras mencionado nesta Figura baseia-se nas recomendações nacionais do currículo para cada ano de referência. Para cada ano de ensino obrigatório a tempo inteiro, a carga lectiva foi calculada multiplicando a média da carga horária diária pelo número de dias de aulas por ano. Os recreios e outros intervalos, bem como o tempo reservado para aulas opcionais, não foram incluídos. Os tempos lectivos totais por cada ano são somados para obter a carga lectiva total em horas para o ensino geral obrigatório a tempo inteiro. Para obter o ano lectivo de referência, estes valores foram divididos pelo número de anos de oferta lectiva correspondente a cada um dos dois níveis de ensino. A escolaridade obrigatória a tempo inteiro termina normalmente com a conclusão do ensino secundário inferior geral (CITE 2) ou da estrutura única (CITE 1 e 2), excepto na Bélgica, Bulgária, França, Hungria, Holanda (VWO e HAVO), Eslováquia, e Reino Unido (Inglaterra, País de Gales e Irlanda do Norte), onde o ensino secundário geral obrigatório a tempo inteiro acaba mais tarde, incluindo parte ou todo o nível CITE 3 (Key Data on Education in Europe 2009, Figura B1, com publicação agendada para breve). Carga horária flexível: ver Glossário. Apenas seis países atribuem uma carga lectiva superior a 1000 horas ao ensino das línguas estrangeiras durante a escolaridade obrigatória. São estes: a Bélgica (Comunidade Germanófona), Bulgária, Alemanha (para os alunos cujo ensino secundário inferior é no Gymnasium), Luxemburgo, Hungria e Malta. Esta carga horária total é superior no Luxemburgo (ligeiramente mais de 3700 horas) onde todos os alunos aprendem Alemão desde o primeiro ano do ensino básico e Francês desde o segundo ano. Neste país, ambas as línguas são vistas como 94

97 PROCESSOS EDUCATIVOS línguas estrangeiras no currículo, apesar do seu estatuto de língua oficial. A um nível ligeiramente inferior, Malta (com pouco mais de 1800 horas) também é um pouco atípico, visto que o Inglês (uma língua oficial juntamente com o Maltês) é ensinado desde o primeiro ano do ensino básico. Em resultado de reformas recentes em vários países, o ensino obrigatório de uma língua estrangeira tende a ocorrer numa idade mais precoce (Figura B3). No entanto, aparentemente, o ensino secundário inferior (CITE 2) é o nível em que as línguas estrangeiras são mais aprendidas durante a escolaridade obrigatória. Assim sendo, em todos os países, excepto na Grécia e no Luxemburgo, a carga horária atribuída ao ensino das línguas estrangeiras como disciplinas obrigatórias é mais elevado neste nível do que no nível CITE 1. Na Suécia, a carga horária total para o ensino das línguas estrangeiras é estabelecida para toda a escolaridade obrigatória, e as escolas distribuem-na conforme desejam. Na Bélgica (Comunidade Flamenga), Holanda, Portugal e Reino Unido (Inglaterra, País de Gales e Irlanda do Norte), o currículo é flexível o suficiente para permitir às escolas decidir como irão distribuir os tempos lectivos a ser utilizados no ensino das línguas estrangeiras. MODELOS MUITO DIFERENTES PARA A DISTIBUIÇÃO DE HORAS DESTINADAS AO ENSINO DAS LÍNGUAS PELOS ANOS EM QUE ESTAS SÃO ENSINADAS O número total de horas atribuídas ao ensino obrigatório da primeira língua estrangeira e o número de anos durante os quais este é leccionado (Figura B1) na escolaridade obrigatória são duas variáveis que afectam a oferta educativa das línguas estrangeiras. Quando ambas são consideradas relativamente uma à outra, surgem situações altamente contrastantes entre países. Os países em que o ensino das línguas estrangeiras decorre durante o mesmo número de anos são muito diferentes em termos de tempo total dedicado às línguas. O tempo total dedicado à primeira língua varia em mais de 50 % na Eslováquia em comparação com a Alemanha (o Gymnasium), na Dinamarca (ou Finlândia) em comparação com a Bulgária, ou ainda na Roménia em comparação com a Espanha, por intervalos de tempo que totalizam 5, 7 e 8 anos respectivamente em cada par de países. Ao mesmo tempo, países que oferecem um número total de horas semelhante poderão fazê-lo ao longo de um número marcadamente diferente de anos. Polónia, Roménia, Finlândia e Suécia oferecem entre 455 e 470 horas para a primeira língua estrangeira ao longo de períodos de 6, 8, 7 e 9 anos, respectivamente. No Luxemburgo e em Malta (dada a sua invulgar situação no que respeita às línguas), os totais correspondentes (i.e. o intervalo de tempo em anos e o número de horas) são ambos elevados. Estas diferenças podem também derivar do facto de apenas o ensino da primeira língua ser aqui demonstrado. Por exemplo, na Noruega a primeira língua estrangeira é ensinada por um período de dez anos, durante os quais são distribuídas 550 horas como as próprias escolas desejarem. Contudo, a segunda língua é ensinada por um período de três anos para um total de cerca de 220 horas. 95

98 PROCESSOS EDUCATIVOS Figura E4: Relação entre o número total mínimo de horas recomendado para o ensino da primeira língua estrangeira obrigatória e o número de anos durante os quais esta oferta educativa é disponibilizada pela escolaridade obrigatória a tempo inteiro, 2006/07 Número de anos dedicado ao ensino da primeira língua estrangeira obrigatória Carga horária total prevista para a primeira língua estrangeira obrigatória (em horas) Carga horária total prevista para a primeira língua estrangeira obrigatória (em horas) Número de anos dedicados ao ensino da primeira língua estrangeira obrigatória BE fr BE de CZ DE BE nl BG DK a b a b c a b c EE IE EL Carga horária mínima total prevista Número de anos ES FR IT CY LV LT LU MT AT HU NL a b a b a b PL Carga horária mínima total prevista Número de anos até RO UK- UK- LI PT SI SK FI SE a b ( 1 IS NO TR ) SCT a b c Carga horária mínima total prevista Número de anos (NIR: 5) As línguas estrangeiras não são uma disciplina obrigatória Disciplina obrigatória com carga horária flexível UK ( 1 ): UK-ENG/WLS/NIR. Fonte: Eurydice. Notas adicionais Bélgica (BE fr): Na região de Bruxelas, a carga horária total mínima recomendada é de 849, mantendo-se durante 7 anos. Bélgica (BE de): a) escolas do sector público; b) escolas privadas com participação estatal. República Checa: a) Základní škola (sistema anterior); b) Základní škola (novo sistema incluindo um programa quadro educativo); c) Základní + Gymnázium (sistema anterior). Alemanha: a) Hauptschule; b) Realschule; c) Gymnasium. Estónia, Finlândia e Suécia: Uma vez que a idade em que os alunos começam a aprender a primeira língua estrangeira obrigatória varia, é indicada a idade mínima possível. Itália: No caso do último ano da escolaridade obrigatória (que termina com a idade de 15 anos), a situação demonstrada é a do primeiro ano do Liceo classico. Lituânia: O 'Programa de Implementação do Ensino Precoce Obrigatório de Línguas Estrangeiras', em que todos os alunos no segundo ano do ensino básico terão que aprender uma língua estrangeira, entrará em vigor a partir do ano lectivo de 2009/10. Luxemburgo: a) área clássica ; b) área moderna. Hungria: O currículo nuclear nacional determina a distribuição do tempo por cada disciplina como uma percentagem da carga horária total atribuída ao ensino. Corresponde a 2-6 % para os anos 1-4, % para os anos 5-6, 7-8 e 9-10, e 13 % para os anos

99 PROCESSOS EDUCATIVOS Notas adicionais (Figura E4 continuação) Malta: a) Junior Lyceum; b) Escolas secundárias. Áustria: Para o ensino básico, a carga horária mínima de ensino obrigatório de línguas estrangeiras inclui as horas recomendadas para os dois primeiros anos (dos 6 aos 8 anos). a) Hauptschule e Polytechnische Schule; b) Realgymnasium subtipo do Allgemeinbildende Höhere Schule (AHS). Roménia: a) Gimnaziu + Liceu; b)gimnaziu + Şcoala de arte şi meserii. Suécia: As escolas podem reduzir o tempo atribuído a uma determinada disciplina até 20 % e atribuí-lo a outra quando estabelecem as suas opções curriculares. Isto permite-lhes programar uma oferta educativa especializada, em que os alunos podem escolher como distribuir as 600 horas pelas suas disciplinas de eleição, de entre o tempo total atribuído à escolaridade obrigatória. Desta forma, cada aluno pode optar por estudar mais aprofundadamente uma ou mais disciplinas. Reino Unido (ENG/WLS/NIR): O currículo obrigatório estabelece as disciplinas que devem ser ensinadas, mas não o tempo a ser atribuído a cada disciplina. Listenstaine: a) Oberschule; b) Realschule; c) Gymnasium. Nota explicativa A escolaridade obrigatória a tempo inteiro termina normalmente com a conclusão do ensino secundário inferior geral (CITE 2) ou da estrutura única (CITE 1 e 2), excepto na Bélgica, Bulgária, França, Hungria, Holanda (VWO e HAVO), Eslováquia, e Reino Unido (Inglaterra, País de Gales e Irlanda do Norte), onde o ensino secundário geral obrigatório a tempo inteiro acaba mais tarde, incluindo parte ou todo o nível CITE 3 (Key Data on Education in Europe 2009, Figura B1, com publicação agendada para breve). Carga horária flexível: ver Glossário. A MAIOR QUOTA DA CARGA HORÁRIA DESTINADA AO ENSINO DAS LÍNGUAS ESTRANGEIRAS É NORMALMENTE ATRIBUÍDA À PRIMEIRA LÍNGUA O ensino de mais de uma língua estrangeira ainda é pouco comum no nível CITE 1 (Figura B1), ao passo que, no ensino secundário inferior, esta prática se encontra muito mais disseminada. Cerca de metade dos países considerados incluem uma segunda língua estrangeira no currículo do ensino secundário inferior. A terceira língua estrangeira obrigatória é apenas ensinada no Luxemburgo, Holanda (HAVO e VWO) e Listenstaine (no Gymnasium). Nos países onde são ensinadas duas línguas como disciplinas obrigatórias, o tempo total dedicado à segunda língua num ano lectivo é muitas vezes menor do que no caso da primeira. A diferença em termos de horas entre as duas é, por vezes, significativa, como na Alemanha (na Realschule), na França, na Áustria (na Allgemeinbildende Höhere Schule), na Hungria, na Eslováquia e no Listenstein (na Realschule). Em França e na Áustria, esta diferença pode em parte dever-se ao facto de o ensino da segunda língua estrangeira começar durante o terceiro ano do ensino secundário inferior (i.e. pouco mais de dois anos antes do fim da escolaridade obrigatória). Este número total de horas lectivas por ano para ambas as línguas é idêntico para a Estónia, Letónia, Roménia (gimnaziu e liceu) e Noruega. Nos últimos dois países, o facto de o número de horas dedicado ao ensino da primeira e da segunda língua estrangeira ser exactamente a mesma no ensino secundário pode explicar o menor número de horas atribuído à primeira língua na Roménia e na Noruega em comparação com outros países (Figura E4). Por outro lado, Dinamarca, Luxemburgo, Islândia e Listenstein (no Gymnasium) atribuem mais horas à segunda língua do que à primeira num dado ano lectivo do ensino secundário obrigatório. 97

100 PROCESSOS EDUCATIVOS Figura E5: Número total mínimo de horas recomendado num ano lectivo para o ensino das primeira, segunda e terceira línguas estrangeiras como disciplinas obrigatórias no ensino secundário geral obrigatório a tempo inteiro, 2006/07 Carga Horária atribuída a: primeira língua segunda língua terceira língua Não é uma disciplina obrigatória (1ª, 2ª e/ou 3ª língua) Disciplina obrigatória com carga horária flexível (1ª, 2ª e/ou 3ª língua) BE BE de BE CZ DE LU BG DK EE IE EL ES FR IT CY LV LT fr a b nl a b c a b c a b 1ª língua ª língua ª língua HU MT AT RO UK UK- LI NL PL PT SI SK FI SE a b a b a b ( 1 IS ) SCT a b c NO TR 1ª língua ª língua ª língua 30 UK (1): UK-ENG/WLS/NIR. Fonte: Eurydice. Notas adicionais Bélgica (BE de): a) escolas do sector público; b) escolas privadas com participação estatal. República Checa: a) Základní škola (sistema anterior); b) Základní škola (novo sistema incluindo um programa quadro educativo); c) Základní + Gymnázium (sistema anterior). Alemanha: a) Hauptschule; b) Realschule; c) Gymnasium. Luxemburgo: a) área clássica ; b) área moderna. Hungria: O currículo nuclear nacional expressa a distribuição do tempo por cada disciplina como uma percentagem da carga horária total atribuída ao ensino. Corresponde a 2-6 % para os anos 1-4, % para os anos 5-6, 7-8 e 9-10, e 13 % para os anos Malta: a) Junior Lyceum; b) Escolas secundárias. Holanda: a) VMBO; b) HAVO; c) VWO. No ensino básico, é obrigatória uma primeira língua e a distribuição do tempo é flexível. 98

101 PROCESSOS EDUCATIVOS Notas adicionais (Figura E5 continuação) Áustria: a) Hauptschule e Polytechnische Schule; b) Realgymnasium subtipo do Allgemeinbildende Höhere Schule (AHS). Portugal: No total, são atribuídas 435 horas ao ensino de duas línguas estrangeiras, mas cada instituição escolhe a carga horária a atribuir a cada língua. Roménia: a) Gimnaziu + Liceu; b) Gimnaziu + Şcoala de arte şi meserii. Suécia: As escolas podem reduzir o tempo atribuído a uma determinada disciplina até 20 % e atribuí-lo a outra quando estabelecem as suas opções curriculares. Isto permite-lhes programar uma oferta educativa especializada, em que os alunos podem escolher como distribuir as 600 horas pelas suas disciplinas de eleição, de entre o tempo total atribuído à escolaridade obrigatória. Desta forma, cada aluno pode optar por estudar mais aprofundadamente uma ou mais disciplinas.. Listenstein: a) Oberschule; b) Realschule; c) Gymnasium. Turquia: Sendo este um país com um sistema de ensino com uma estrutura única, não existe uma atribuição de tempo diferente para o nível CITE 1 e 2. Nota explicativa O tempo para o ensino das línguas estrangeiras mencionado nesta Figura baseia-se nas recomendações mínimas nacionais do currículo para cada ano de referência. Para cada ano de ensino básico ou de ensino secundário geral obrigatório a tempo inteiro, a carga lectiva foi calculada multiplicando a média da carga horária diária pelo número de dias de aulas por ano. Os recreios e outros intervalos, bem como o tempo reservado para aulas opcionais, não foram incluídos. Os tempos lectivos totais por cada ano são somados para obter a carga lectiva total em horas para o ensino básico e para o ensino secundário geral obrigatório a tempo inteiro. Para obter o ano lectivo de referência, estes valores foram divididos pelo número de anos de atribuição correspondentes a cada um dos dois níveis de ensino. A escolaridade obrigatória a tempo inteiro termina normalmente com a conclusão do ensino secundário geral inferior (CITE 2) ou da estrutura única (CITE 1 e 2), excepto na Bélgica, Bulgária, França, Hungria, Holanda (VWO e HAVO), Eslováquia, e Reino Unido (Inglaterra, País de Gales e Irlanda do Norte), onde o ensino secundário geral obrigatório a tempo inteiro acaba mais tarde, incluindo parte ou todo o nível CITE 3 (Key Data on Education in Europe 2009, Figura B1, com publicação agendada para breve). Carga horária flexível: ver Glossário. Para mais informação relativamente à questão do intervalo de tempo de leccionação da primeira, segunda e terceira línguas estrangeiras, ver Figura B1. NO ENSINO SECUNDÁRIO, AS LÍNGUAS ESTRANGEIRAS REPRESENTAM ENTRE 9 % E 20 % DA CARGA LECTIVA TOTAL Uma análise da distribuição da carga lectiva total por disciplina confirma que apenas uma pequena parte dos seis primeiros anos de escolaridade é dedicada às línguas estrangeiras (Figura E3). No entanto, na Bélgica (Comunidade Flamenga), na Holanda, em Portugal e no Reino Unido (Inglaterra, País de Gales e Irlanda do Norte), a carga horária atribuída ao ensino das línguas estrangeiras fica ao critério das escolas, portanto, não é possível estabelecer uma comparação. Nos países com um número mínimo de horas estabelecido, a percentagem de tempo atribuído ao ensino das línguas estrangeiras relativamente ao tempo lectivo total, é maior no ensino secundário geral obrigatório a tempo inteiro do que nos seis primeiros anos de escolaridade. Esta diferença pode ser atribuída a factores estruturais já que o número de línguas previstas em cada um dos dois níveis é muitas vezes diferente (o ensino de uma segunda língua muitas vezes começa apenas no início do ensino secundário). Mais ainda, o ensino da primeira língua estrangeira não se inicia efectivamente a partir do primeiro ano dos seis primeiros anos de escolaridade (Figura B1). No nível CITE1, o ensino obrigatório de línguas estrangeiras nunca representa mais de 10 % da carga lectiva total, excepto na Bélgica (Comunidade Germanófona), no Luxemburgo e em Malta (onde representa 14 %, 39 % e 15 %, respectivamente). Mais ainda, o Luxemburgo é um dos poucos países onde se ensina uma segunda 99

102 PROCESSOS EDUCATIVOS língua estrangeira a partir do nível CITE 1. Em 10 países, nomeadamente Bélgica (Comunidade Francesa), Alemanha, França, Chipre, Lituânia, Hungria, Áustria, Roménia, Islândia e Listenstaine, a percentagem da carga lectiva total dedicada ao ensino das línguas estrangeiras é inferior a 5 %. A percentagem de carga horária atribuída às línguas estrangeiras no ensino secundário geral obrigatório varia entre 9 % e 20 % dependendo do país. No entanto, há dois grupos de países que sobressaem. Os alunos na Bélgica (Comunidade Francesa), na República Checa, na Alemanha (na Hauptschule e Realschule), na Grécia, na Espanha, na Hungria, na Áustria (na Hauptschule), na Polónia, em Portugal, na Roménia (na Scoala de arte şi meserii), na Eslovénia e na Eslováquia aprendem uma língua estrangeira durante pelo menos 10 % da carga lectiva total, ao passo que na Bulgária, na Dinamarca, na Estónia, na Letónia, na Islândia, no Listenstaine (no Gymnasium) e na Noruega, as línguas estrangeiras ocupam cerca de um quinto ou mais do tempo lectivo. Esta percentagem atinge um quarto do tempo lectivo total em Malta e quase metade no Luxemburgo. Figura E6: Carga horária mínima atribuída às línguas estrangeiras como disciplinas obrigatórias, em proporção ao tempo mínimo de ensino no ensino obrigatório a tempo inteiro (CITE 1 e 2), 2006/07 CITE 1 CITE 2 CITE 1 + CITE 2 As línguas estrangeiras não são uma disciplina obrigatória Disciplina obrigatória com horário flexível BE de CZ DE LU BE fr BE nl BG DK EE IE EL ES FR IT CY LV LT a b a b c a b c a b Seis primeiros anos de escolaridade 2,4 14,3 14,3 7,3 7,7 7,6 7,7 6,6 3,5 3,5 3,5 9,9 8,6 6,5 4,3 8,9 2,9 9,2 2,3 39,3 39,3 Ensino secundário geral obrigatório 12,5 14,6 16,7 17,1 9,9 9,8 10,7 21,5 10,1 11,5 17,4 18,8 12,4 10,7 16,3 17,2 14,0 18,0 14,9 47,2 46,1 HU MT AT RO UK UK- LI NL PL PT SI SK FI SE a b a b a b ( 1 IS ) SCT a b c NO Seis primeiros anos de escolaridade 3,6 15,1 15,1 4,3 4,3 5,0 x 4,7 4,7 6,5 6,2 7,2 4,0 3,6 3,6 3,6 6,7 Ensino secundário geral obrigatório 16,1 24,3 25,7 11,2 13,2 9,6 13,0 13,5 11,1 11,2 12,8 15,2 18,9 11,2 16,8 20,0 17,7 UK ( 1 ): UK-ENG/WLS/NIR. Fonte: Eurydice. TR 6,7 100

103 PROCESSOS EDUCATIVOS Notas adicionais (Figura E6) Bélgica (BE fr): Na região de Bruxelas, a percentagem relativa do tempo mínimo atribuído ao ensino das línguas estrangeiras como disciplinas obrigatórias no ensino básico é de 9.6 %. No ensino secundário obrigatório é de 12.5 %. Bélgica (BE de): a) escolas do sector público; b) escolas privadas com participação estatal. República Checa: a) Základní škola (sistema anterior); b) Základní škola (novo sistema incluindo um programa de enquadramento educativo); c) Základní + Gymnázium (sistema anterior). No sistema novo, o horário é flexível. Os directores das escolas têm um certo número de aulas que podem utilizar ou para reforçar as aulas já existentes de línguas estrangeiras, ou para introduzir uma língua estrangeira logo a partir do primeiro ano. Alemanha: a) Hauptschule; b) Realschule; c) Gymnasium. Luxemburgo: a) área clássica ; b) área moderna. Hungria: O currículo nuclear nacional determina a distribuição da carga horária por disciplina como uma percentagem do tempo total atribuído. Corresponde a 2-6 % para os anos de escolaridade1-4, % para os anos 5-6, 7-8 e 9-10, e 13 % para os anos Malta: a) Junior Lyceum; b) Escolas secundárias. Holanda: Ensino secundário obrigatório: a) VMBO; b) HAVO; c) VWO. Áustria: Para o nível CITE 1, a carga horária mínima de ensino obrigatório de línguas estrangeiras inclui as horas recomendadas para os dois primeiros anos (alunos dos 6 aos 8 anos). Para o ensino secundário, a) Hauptschule e Polytechnische Schule e b) Realgymnasium subtipo do AHS. Roménia: a) Gimnaziu + Liceu; b) Gimnaziu + Şcoala de arte şi meserii. Suécia: As escolas podem reduzir o tempo atribuído a uma determinada disciplina até 20 % e atribuí-lo a outra quando estabelecem as suas opções curriculares. Isto permite-lhes programar uma oferta educativa especializada, em que os alunos podem escolher como distribuir as 600 horas pelas suas disciplinas de eleição, de entre o tempo total atribuído à escolaridade obrigatória. Desta forma, cada aluno pode optar por estudar mais aprofundadamente uma ou mais disciplinas.. Listenstaine: a) Oberschule; b) Realschule; c) Gymnasium. Turquia: Sendo este um país com um sistema de ensino de estrutura única, não existe uma carga horária diferente para os níveis CITE 1 e 2. Nota explicativa A Figura E6 mostra a relação entre o tempo destinado ao ensino das línguas estrangeiras como disciplinas obrigatórias e o tempo lectivo total, durante toda a escolaridade obrigatória a tempo inteiro. O cálculo baseou-se nas recomendações nacionais ou na carga horária mínima recomendada a nível nacional. No caso dos países onde a escolaridade obrigatória a tempo inteiro inclui um ou vários anos de ensino secundário organizado por diferentes ramos, o cálculo baseou-se no número de horas no ramo específico durante aquele ano ou anos. A escolaridade obrigatória a tempo inteiro termina normalmente com a conclusão do ensino secundário inferior geral (CITE 2) ou da estrutura única (CITE 1 e 2), excepto na Bélgica, Bulgária, França, Hungria, Holanda (VWO e HAVO), Eslováquia, e Reino Unido (Inglaterra, País de Gales e Irlanda do Norte), onde o ensino secundário geral obrigatório a tempo inteiro acaba mais tarde, incluindo parte ou todo o nível da CITE 3 (Key Data on Education in Europe 2009, Figura B1, com publicação agendada para breve). Carga horária flexível: ver Glossário. APENAS ALGUNS PAÍSES ESTABELECEM NORMAS RELATIVAMENTE À DIMENSÃO DAS TURMAS ESPECIFICAMENTE PARA O ENSINO DAS LÍNGUAS ESTRANGEIRAS Cerca de um terço dos países não têm quaisquer normas ou recomendações oficiais relativamente ao número máximo de alunos por turma, independentemente da disciplina leccionada ou do nível de ensino. Nos restantes países, as autoridades centrais (ou de topo) determinaram limites máximos e/ou mínimos para a dimensão das turmas. Estas especificações oficiais não correspondem necessariamente à dimensão média real das turmas que podem, por exemplo, ser menores do que o máximo recomendado. As normas para a dimensão máxima dos grupos ou turmas para o ensino da maioria das disciplinas, incluindo as línguas estrangeiras, podem variar significativamente de um país para outro, mas nunca ultrapassam os

104 PROCESSOS EDUCATIVOS alunos, o máximo para o ensino secundário na Bulgária e na Estónia. Numa dúzia de países, as normas para a dimensão das turmas no ensino obrigatório são idênticas. Nos sete países em que diferem, os números máximos são superiores no nível CITE 2, observando-se as maiores diferenças entre os diferentes níveis de ensino na Bulgária e Estónia. Em geral, os requisitos que ditam a dimensão das turmas não são diferentes para cada disciplina do currículo. No entanto, um pequeno grupo de países aconselha turmas menores para as línguas estrangeiras. Tanto no nível CITE 1 como no CITE 2, na República Checa, na Espanha, na Letónia e na Lituânia, o número máximo de alunos recomendado para as aulas de línguas estrangeiras é 30 % inferior ao máximo recomendado para as outras disciplinas do currículo. Na Eslováquia, isto aplica-se apenas ao ensino secundário geral obrigatório (CITE 2), em que as turmas de línguas estrangeiras têm que ter metade da dimensão das turmas das outras disciplinas. Na Polónia, só existem recomendações para a dimensão máxima das turmas no caso do ensino das línguas estrangeiras e não para as outras disciplinas. Figura E7: Normas ou recomendações relativas à dimensão máxima das turmas no ensino a tempo inteiro (CITE 1 e 2), 2006/07 Dimensão máxima geral Normas relativas à Ensino básico Sem dimensão máxima das turmas Ensino secundário recomendações BE BE de/ Seis primeiros anos de escolaridade (CITE 1) UK UKfr BE nl BG CZ DK DE EE IE EL ES FR IT CY LV LT LU HU MT NL AT PL PT RO SI SK FI SE ( 1 ) SCT IS LI NO TR BE BE de/ Ensino secundário geral obrigatório a tempo inteiro (CITE 2) UK UKfr BE nl BG CZ DK DE EE IE EL ES FR IT CY LV LT LU HU MT NL AT PL PT RO SI SK FI SE ( 1 ) SCT IS LI NO TR UK (1): UK-ENG/WLS/NIR. Fonte: Eurydice. Notas adicionais Bélgica (BE fr): A Figura mostra a situação no nível CITE 2. No CITE 3 a dimensão máxima da turma é de 27/30 alunos. Bulgária: A dimensão máxima da turma para o ensino secundário geral é de 26 alunos. Alemanha: Média dos limites determinados para a dimensão das turmas nos diferentes Länder. Irlanda: Embora não haja normas aplicadas a nível central relativamente à dimensão máxima da turma, o Ministério da Educação e Ciência solicita às autoridades escolares que mantenham o número de alunos das turmas o mais baixo possível e recomenda uma dimensão média de 28 alunos. Letónia: Estas normas de dimensão máxima das turmas dizem respeito às escolas financiadas pelo Estado. Os municípios podem estabelecer dimensões mais reduzidas para as turmas quando têm recursos financeiros para o fazer. Hungria: Em todas as disciplinas, as turmas podem ser divididas em grupos, cada um dos quais com não mais de metade do número máximo autorizado para a dimensão de uma turma. Nos anos de escolaridade 9-12 do ensino secundário, a dimensão máxima de uma turma é de 35 alunos. 102

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