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2 literatura aula 4 No entanto, essa divisão não é absoluta nem consensual. Dessa forma, podemos dizer que as cantigas satíricas são de escárnio e maldizer, ora sendo mais explícitas e agressivas, ora sendo mais irônicas e indiretas. Ambas, porém, refletem os conflitos presentes na sociedade medieval portuguesa. Vejamos, a seguir, uma cantiga de João Garcia de Guilhade. Ai, dona fea! foste-vos queixar porque vos nunca louv en meu [trobar mais ora quero fazer um cantar en que vos loarei toda via; e vedes como vos quero loar: dona fea, velha e sandia! Ai, dona fea! se Deus mi perdon! e pois havedes tanto gran coraçon que vos eu loe en esta razon vos quero já loar toda via; e vedes qual será a loaçon: dona fea, velha e sandia! Dona fea, nunca vos eu loei en meu trobar, pero muito trobei; mais ora já un bon cantar farei, en que vos loarei toda via; e direi-vos como vos loarei: dona fea, velha e sandia! GUILHADE, João Garcia de. In: MOISÉS, Massaud. A literatura portuguesa através dos textos. 25. ed. São Paulo: Cultrix, s/d. p. 35. Embora o nome de dona fea não seja revelado, existe sarcasmo em relação à aparência da mulher. A sua bondade e sandice (loucura), para o contexto da época, eram ofensas graves, uma vez que se acreditava que as pessoas velhas eram inúteis e aquelas que tinham algum tipo de distúrbio nervoso ou psiquiátrico eram possuídas pelo demônio ou amaldiçoadas, o que, em uma sociedade teocêntrica, era algo absolutamente negativo. Portanto, podemos dizer que, nessa cantiga, estão presentes o escárnio, a ironia e, também, o maldizer. Ondas do mar de Vigo Ondas do mar de Vigo, se vistes meu amigo? Se vistes meu amigo, o por que eu sospiro? Ondas do mar levado, se vistes meu amado? Se vistes meu amado, o por que hei gram coidado? verrá: virá. Martim Codax 1. (Mackenzie-SP, adaptada) Pode-se afirmar que pertence ao mesmo tipo de poema trovadoresco de Ondas do mar de Vigo apenas o texto da alternativa: a) Dona fea, nunca vos eu loei / en meu trobar, pero muito trobei; / mais ora já un bon cantar farei, / en que vos loarei toda via; / e direi-vos como vos loarei: / dona fea, velha e sandia! (João Garcia de Guilhade) b) Quer eu en maneira provençal / fazer agora un cantar d amor / e querrei muit i loar mia senhor, a que prez nem fremusura non fal, / nem bondade, e mais vos direi en: tanto fez Deus comprida de ben / que mais que todas las do mundo val. (D. Dinis) c) A melhor dona que eu nunca vi, / per bõa fé, nem que oí dizer, / e a que Deus fez melhor parecer, / mia senhor est, e senhor das que vi, / de mui bom preço e de mui bom sem, / per bõa fé, e de tod outro bem, de quant eu nunca doutra dona oí. (Fernão Garcia Esgaravunha) d) Quantos ham gram coita d amor / eno mundo, qual hoj eu hei, / querriam morrer, eu o sei, / e haveriam en sabor; / mais, mentr eu vos vir, mia senhor, / sempre m eu querria viver / e atender e atender. (João Garcia de Guilhade) e) Que coita tamanha ei a sofrer, / por amar amigu e non o ver! / E pousarei sô lo avelanal. (Nuno Fernandes Torneol) 1. A cantiga de amigo Ondas do mar de Vigo apresenta as mesmas características do trecho transcrito na opção e: eu lírico feminino e sofrimento pela ausência do ser amado. A opção a apresenta trecho de cantiga satírica e as opções b, c e d, de cantiga de amor. 6 polisaber

3 2. No primeiro poema de d. Diniz, há versos típicos do período do Trovadorismo: a mulher amada é distante e inatingível, cabendo ao homem contentar-se em vê-la e servi-la. No caso da letra de música, tem-se o lamento de um homem que só poderá contentar-se em admirar a mulher distante. Para que a comparação caiba nos moldes do Trovadorismo, a idealização deverá ser vista como distanciamento servil, típico da vassalagem medieval. aula 4 literatura 2. (UEG-GO) Senhora, que bem pareceis! Se de mim vos recordásseis que do mal que me fazeis me fizésseis correção, quem dera, senhora, então que eu vos visse e agradasse. Ó formosura sem falha que nunca um homem viu tanto para o meu mal e meu quebranto! Senhora, que Deus vos valha! Por quanto tenho penado seja eu recompensado vendo-vos só um instante. De vossa grande beleza da qual esperei um dia grande bem e alegria, só me vem mal e tristeza. Sendo-me a mágoa sobeja, deixai que ao menos vos veja no ano, o espaço de um dia. Rei d. Dinis. CORREIA, Natália. Cantares dos trovadores galego-portugueses. Seleção, introdução, notas e adaptação de Natália Correia. 2. ed. Lisboa: Estampa, p Quem te viu, quem te vê Você era a mais bonita das cabrochas dessa ala Você era a favorita onde eu era mestre-sala Hoje a gente nem se fala, mas a festa continua Suas noites são de gala, nosso samba ainda é na rua Hoje o samba saiu procurando você Quem te viu, quem te vê Quem não a conhece não pode mais ver pra crer Quem jamais a esquece não pode reconhecer [ ] Chico Buarque A cantiga do rei d. Dinis, adaptada por Natália Correia, e a canção de Chico Buarque de Holanda expressam a seguinte característica trovadoresca: a) a vassalagem do trovador diante da mulher amada que se encontra distante. b) a idealização da mulher como símbolo de um amor profundo e universal. c) a personificação do samba como um ser que busca a plenitude amorosa. d) a possibilidade de realização afetiva do trovador em razão de estar próximo da pessoa amada. 3. A poesia trovadoresca estava inseparavelmente ligada à música, uma vez que as cantigas eram escritas para serem cantadas com acompanhamento musical. 3. Assinale a alternativa que não corresponde às características do Trovadorismo em Portugal. a) Durante esse período, ocorreu a separação entre a poesia e a música. b) Muitas cantigas trovadorescas foram reunidas em coletâneas chamadas de cancioneiros. c) Nas cantigas de amor, há a representação da relação entre senhores e vassalos na sociedade feudal: distanciamento e submissão. d) Nas cantigas de amigo, o eu lírico feminino sofre pela ausência do ser amado. e) A influência do Trovadorismo é nítida em letras de canções atuais que têm o amor como tema. 4. Entre as características da música popular brasileira, a(s) que remete(m) a uma tradição inaugurada com a poesia trovadoresca é (são): a) o caráter dançante e cantante. b) o idealismo e o sentimentalismo amoroso. c) a presença da percussão e da oralidade. d) o vínculo entre a sonoridade e a religiosidade. e) a presença da temática regionalista e rural. 4. A música popular brasileira herdou da tradição trovadoresca o idealismo e o sentimentalismo amoroso presentes em várias letras de canções. polisaber 7

4 literatura aula 5 Prosa doutrinária Além das crônicas, da poesia palaciana e do teatro popular, ecoando a cultura humanista e a consolidação do absolutismo régio durante a dinastia de Avis, cultivou-se, ao longo do século XV, uma prosa doutrinária e moralista, que servia essencialmente à educação da realeza e da fidalguia. Essa prosa foi escrita, principalmente, por monarcas e tinha como fim orientar a juventude nobre e fidalga quanto ao convívio social e ao preparo para a guerra. São exaltadas as virtudes morais, a saúde do corpo e do espírito e a prática de esportes, como a caça. Sobre esse período, o professor Massaud Moisés afirma: Uma onda de realismo, de terrenalismo, de apego à natureza física eleva-se para se contrapor ao transcendentalismo anterior: as crônicas, a poesia e especialmente o teatro vicentino documentam à saciedade essa mutação histórica identificada com o fato de o acento tônico da cultura se transferir para o homem enquanto homem e não para o homem concebido à imagem e semelhança de Deus. MOISÉS, Massaud. A literatura portuguesa. São Paulo: Cultrix, p. 40. Para responder à questão leia o excerto de Auto da barca do inferno, do escritor português Gil Vicente (1465?-1536?). A peça prefigura o destino das almas que chegam a um braço de mar onde se encontram duas barcas (embarcações): uma destinada ao Paraíso, comandada pelo anjo, e outra destinada ao Inferno, comandada pelo diabo. Vem um Frade com uma Moça pela mão [ ]; e ele mesmo fazendo a 1 baixa começou a dançar, dizendo: Tai-rai-rai-ra-rã ta-ri-ri-rã; tai-rai-rai-ra-rã ta-ri-ri-rã; tã-tã-ta-ri-rim-rim-rã, huha! Que é isso, padre? Quem vai lá? 2 Deo gratias! Sou cortesão. Danças também o 3 tordião? Por que não? Vê como sei. Pois entrai, eu 4 tangerei e faremos um serão. e essa dama, porventura? Por minha a tenho eu, e sempre a tive de meu. Fizestes bem, que é lindura! Não vos punham lá censura no vosso convento santo? E eles fazem outro tanto! Que preciosa 5 clausura! entrai, padre reverendo! Para onde levais gente? Para aquele fogo ardente que não temestes vivendo. Juro a Deus que não te entendo! e este 6 hábito não me 7 val? Gentil padre 8 mundanal, a Belzebu vos encomendo! Corpo de Deus consagrado! Pela fé de Jesus Cristo, que eu não posso entender isto! eu hei de ser condenado? um padre tão namorado e tanto dado à virtude? assim Deus me dê saúde, que eu estou maravilhado! Não façamos mais 9 detença, embarcai e partiremos; tomareis um par de remos. Não ficou isso na 10 avença. Pois dada está já a sentença! Por Deus! Essa seria ela? Não vai em tal caravela minha senhora Florença? como? Por ser namorado e folgar c uma mulher? Se há um frade de perder, com tanto salmo rezado?! Ora estás bem arranjado! Mas estás tu bem servido. Devoto padre e marido, haveis de ser cá 11 pingado Auto da barca do inferno. 18 polisaber 1. O excerto remete, sobretudo, ao comportamento do frade, que é retratado como alguém dado às coisas mundanas, como os divertimentos populares e o envolvimento com mulheres. Tudo isso, como indica a alternativa e, é sinal do relaxamento dos costumes do clero que, na crítica do autor, levaria os membros da Igreja ao Inferno.

5 3. Nos poemas palacianos, a mulher deixa de ser idealizada, como acontecia na poesia trovadoresca, pois ela passa a conviver em sociedade e os casamentos entre nobres e burgueses começam a se tornar comuns, mudando a imagem platônica da mulher, que passa a ter suas características físicas exaltadas. aula 5 literatura 1 baixa: dança popular no século XVI. 2 Deo gratias: graças a Deus. 3 tordião: outra dança popular no século XVI. 4 tanger: fazer soar um instrumento. 5 clausura: convento. 6 hábito: traje religioso. 7 val: vale. 8 mundanal: mundano. 9 detença: demora. 10 avença: acordo. 11 ser pingado: ser pingado com gotas de gordura fervendo (segundo o imaginário popular, processo de tortura que ocorreria no inferno). 1. (Vunesp) No excerto, o escritor satiriza, sobretudo: a) a compra do perdão para os pecados cometidos. b) a preocupação do clero com a riqueza material. c) o desmantelamento da hierarquia eclesiástica. d) a concessão do perdão a almas pecadoras. e) o relaxamento dos costumes do clero. 2. (Uepa) Analise os trechos abaixo, retirados da peça Pranto de Maria Parda, de Gil Vicente, e assinale aquele que comunica ao leitor uma visão preconceituosa de caráter racial. a) Eu só quero prantear este mal que a muitos toca; que estou já como minhoca que puseram a secar. d) Ó Rua da Mouraria, quem vos fez matar a sede pela lei de Mafamede com a triste da água fria? b) Ó bebedores irmãos que nos presta ser cristãos, pois nos Deus tirou o vinho? e) Devoto João Cavaleiro que pareceis Isaías, dai-me de beber três dias, c) Martim Alho, amigo meu, e far-vos-ei meu herdeiro. Martim Alho, meu amigo, tão seco trago o umbigo como nariz de Judeu. 2. Na alternativa c, Maria Parda dirige-se a Martim Alho, implorando que lhe dê de beber. Como justificativa, diz que tem o estômago tão seco como o nariz de um judeu ( tão seco trago o umbigo / como nariz de Judeu ), comparação que demonstra uma visão preconceituosa de caráter racial. 3. Sobre a poesia palaciana, assinale a alternativa incorreta: a) A poesia, que no Trovadorismo era canto, separa-se da música, destina-se à leitura individual ou à recitação, sem o apoio de instrumentos musicais. b) A diversidade formal da poesia trovadoresca foi reduzida a duas medidas: as redondilhas menores e as maiores. c) A mulher passa a ser representada de forma idealizada e inalcançável, em oposição à imagem da mulher das cantigas trovadorescas. d) A separação da música deu à poesia maior liberdade de escrita, ao mesmo tempo que aumentou o rigor formal. e) De caráter lúdico e circunstancial, tratava dos costumes, do amor e da vida nas cidades e no cotidiano palaciano. 4. A obra de Fernão Lopes tem um caráter: a) científico-linguístico, em virtude da linguagem objetiva e da oralidade. b) estético-histórico, dado o predomínio do elemento ficcional e do regiocentrismo. c) histórico-estético, verificado pela fidelidade aos relatos orais e pela dramaticidade. d) literário-científico, caracterizado pela fusão do real com o imaginário e pelo descritivismo. e) histórico-literário, pela riqueza da pesquisa documental e pelos elementos de estilo. 4. As crônicas historiográficas de Fernão Lopes foram caracterizadas pelo caráter histórico-literário, pois o autor fez uma rica pesquisa histórica e, para escrevê-las, recorreu a elementos literários como a descrição pormenorizada de espaços e ações, valorizando os aspectos visuais e a dramaticidade. polisaber 19

6 aulas 6 e 7 literatura Além de sua centralidade na história de Portugal como obra literária, Os lusíadas são uma rica e interessante narrativa ficcional, apresentando quadros de extraordinária elevação artística. Há batalhas medievais, a interferência sobrenatural dos deuses pagãos, drama amoroso, crítica ao descaso português para com a poesia, recriação de lendas, além das inigualáveis referências ao mar e às estrelas, formando um imaginário poético instigante, que impressiona o leitor sensível. Como se vê, há muitas razões pelas quais Camões é considerado o poeta da língua portuguesa, pois logrou agregar em sua obra os ideais guerreiros de conquista e os interesses comerciais, políticos, religiosos, sentimentais e artísticos de seu povo e de seu tempo. Leia a Roda de Leitura desta aula e saiba um pouco mais sobre a estrutura do poema épico Os lusíadas. 1. (Unicamp-SP) Leia o soneto abaixo, de Luís de Camões. Enquanto quis Fortuna que tivesse esperança de algum contentamento, o gosto de um suave pensamento me fez que seus efeitos escrevesse. Porém, temendo Amor que aviso desse minha escritura a algum juízo isento, escureceu-me o engenho com tormento, para que seus enganos não dissesse. b) Um soneto é uma composição poética composta de 14 versos. Sua forma é fixa e seus últimos versos encerram o núcleo temático ou a ideia principal do poema. Qual é a ideia formulada nos dois últimos versos desse soneto de Camões, levando-se em consideração o conjunto do poema? Os dois últimos versos do soneto são uma advertência do eu lírico às vítimas do Amor para que entendam que os seus poemas terão tanto mais sentido para os leitores, quanto mais profunda tiver sido a sua experiência amorosa. Leia o texto a seguir para responder à questão. O dia em que nasci moura e pereça, Não o queira jamais o tempo dar; Não torne mais ao mundo, e, se tornar, Eclipse nesse passo o Sol padeça. A luz lhe falte, o Sol se [lhe] escureça, Mostre o Mundo sinais de se acabar, Nasçam-lhe monstros, sangue chova o ar, A mãe ao próprio filho não conheça. As pessoas pasmadas, de ignorantes, As lágrimas no rosto, a cor perdida, Cuidem que o mundo já se destruiu. Ó gente temerosa, não te espantes, Que este dia deitou ao Mundo a vida Mais desgraçada que jamais se viu! CAMÕES, Luis Vaz de. 200 sonetos. Porto Alegre: L&PM, Ó vós, que Amor obriga a ser sujeitos a diversas vontades! Quando lerdes num breve livro casos tão diversos, verdades puras são, e não defeitos E sabei que, segundo o amor tiverdes, Tereis o entendimento de meus versos! Disponível em: < download/texto/bv pdf>. Acesso em: 2 ago a) Nos dois quartetos do soneto anterior, duas divindades são contrapostas por exercerem um poder sobre o eu lírico. Identifique as duas divindades e explique o poder que elas exercem sobre a experiência amorosa do eu lírico. Nos dois quartetos do soneto Enquanto quis Fortuna que tivesse, o eu lírico menciona duas divindades, Fortuna e Amor, que irão interferir na sua experiência amorosa. Enquanto Fortuna (destino) permitiu que mantivesse esperanças de vir a ser feliz, o eu lírico teve inspiração para compor poemas, o que lhe foi negado assim que o Amor se instalou nele e, por temer que alguma revelação negativa sobre ele pudesse ser divulgada, lhe tirou a capacidade de inspiração. 2. (UFJF-MG / PISM) No poema de Camões a visão de mundo expressa pelo eu lírico está baseada na ideia de: a) alegria de viver. b) valorização da natureza. c) sentimento órfico. d) manifestação divina. e) desconcerto do mundo. 2. No soneto O dia em que nasci moura e pereça, o eu poético lamenta o acontecimento fortuito e totalmente alheio à sua vontade de ter nascido no dia aziago que só lhe trouxe amarguras. Desse modo, atribui a origem do seu mal-estar ao destino adverso que o pôs no mundo no dia errado, ou seja, justifica o fato pelas contingências da própria existência humana, obrigada a conviver com a instabilidade e o desconcerto do mundo, como se afirma em e. 3. (Unicamp-SP) Leia este soneto, de Luís de Camões: Cá nesta Babilônia, donde mana matéria a quanto mal o mundo cria; cá donde o puro Amor não tem valia, que a Mãe, que manda mais, tudo profana; cá, onde o mal se afina e o bem se dana, e pode mais que a honra a tirania; polisaber 31

7 literatura aulas 6 e 7 cá, onde a errada e cega Monarquia cuida que um nome vão a desengana; cá, neste labirinto, onde a nobreza, com esforço e saber pedindo vão às portas da cobiça e da vileza; cá neste escuro caos de confusão, cumprindo o curso estou da natureza. Vê se me esquecerei de ti, Sião! Disponível em: < download/texto/bv pdf>. Acesso em: 8 set a) Uma oposição espacial configura o tema e o significado desse poema de Camões. Identifique essa oposição, indicando o seu significado para o conjunto dos versos. O eu lírico manifesta a sensação de exílio das terras do Sião, local sagrado e associado ao Bem que já habitou, e a Babilônia, local em que se encontra no momento e onde imperam o caos, a cobiça e a tirania. b) Identifique nos tercetos duas expressões que contemplam a noção de desconcerto, fundamental para a compreensão do tema do soneto e da lírica camoniana. O tema do soneto remete à filosofia platônica, pois o eu lírico, circunscrito ao mundo sensível (concebido por Platão como o local onde o homem habita), expressa desconforto ao perceber que está à mercê do materialismo e do mundo em desconcerto. Nos dois quartetos, expressões como o puro Amor não tem valia, pode mais que a honra a tirania, onde a errada e cega Monarquia / cuida que um nome vão a desengana refletem a sensação de desconcerto, muito presente na lírica camoniana de vertente clássica. A anáfora, constituída pela repetição do advérbio cá, enfatiza os aspectos negativos do plano material (Babilônia) em oposição às lembranças do mundo racional, o plano inteligível (Sião) tão desejado pelo eu lírico e, por extensão, pelos artistas do Renascimento: cá neste escuro caos de confusão, / cumprindo o curso estou da natureza. / Vê se me esquecerei de ti, Sião!. Leia o texto a seguir para responder à questão. Soneto 168 O tempo acaba o ano, o mês e a hora, A força, a arte, a manha, a fortaleza; O tempo acaba a fama e a riqueza, O tempo o mesmo tempo de si chora; O tempo busca e acaba o onde mora Qualquer ingratidão, qualquer dureza; Mas não pode acabar minha tristeza, Enquanto não quiserdes vós, Senhora. O tempo o claro dia torna escuro E o mais ledo prazer em choro triste; O tempo, a tempestade em grão bonança. Mas de abrandar o tempo estou seguro O peito de diamante, onde consiste A pena e o prazer desta esperança. CAMÕES, Luís de. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, p (UFJF-MG / PISM) A posição da mulher em relação ao eu lírico, no Soneto 168, de Camões, baseia-se em uma tradição poética que também encontra ecos no Romantismo. Explique, com base nessa afirmação, como a figura feminina é retratada no texto. Na lírica de Camões, vemos a mulher retratada de maneira idealizada e distante. O eu lírico chora pelo seu amor não correspondido, mas sonha com o dia em que ela poderá corresponder-lhe. No Romantismo, também observamos essa idealização da figura feminina, que é tida como musa distante de um amor muitas vezes impedido. Estudo orientado Releia o soneto Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, do poeta português Luís Vaz de Camões (1525?- 1580), para responder à questão. Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, muda-se o ser, muda-se a confiança; todo o mundo é composto de mudança, tomando sempre novas qualidades. 32 polisaber

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