Formação Políticas Públicas Paulo Daniel
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- Isaque Vilaverde Eger
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1 Formação Políticas Públicas Paulo Daniel Data: 16/03/2014 Local: FEAC Horário: das 14hrs às 17hrs. Conceito de Economia: uma ciência social aplicada. Forma de como os indivíduos organizam a sua produção e como a distribuem (relação de produção e distribuição). Por que tem pobre? Resposta: Porque tem rico (e vice e versa). No entanto, a compreensão desse conceito, não pode ser visto de forma isolada, outros quatro pontos devem ser levados em consideração: o Estado, a Política, as Relações de classes sociais e a História. Essas relações resultam no interesse político (estão ligadas). Exemplo: No congresso nacional lei de redução da jornada de trabalho, que beneficia diretamente as pessoas que trabalham em turnos (escalas) no comércio. Que interesse está em jogo? Interesse Econômico. Se reduzir a carga horário, aumenta o salário dos trabalhadores e reduzem o lucro do empresário. Nesse caso a política (feita no congresso) está diretamente ligada a interesses econômicos. Conceito de Política: Relação de poder, o que é feito todos os dias, por todos. Exemplo. A mãe no shopping, não quer ir no cinema com o filho, para convencê-lo a não ir, diz que irá comprar um lanche do MC, isso é uma forma de corromper o menino. No entanto, corrupção não é sinônimo de política. Política: (conceituar) como uma relação de poder, todos fazem e todos os dias se faz política. A corrupção faz parte, mas não é política. Exemplo: mãe corrompe o menino a não ir no cinema e compra MC. Obs. A política e a economia são irmãs, é difícil separar a política da economia principalmente quando tem um interesse econômico envolvido. Importante observar o interesse envolvido. Conceito de Estado: É um ente federativo que oferece políticas públicas (que não significa políticas sociais). E o Estado é público? (PERGUNTA). O Estado não é obrigado a oferecer políticas públicas (Exemplo de países que executam políticas públicas além do Brasil, França, Alemanha. Exemplo de não EUA). O Estado brasileiro está dividido em Executivo, Legislativo e Judiciário (art. 3 da constituição descreve esses poderes, que são autônomos). Colocar a economia no Estado, como que fica? O executivo precisa executar, faz isso através do orçamento público (diz o valor que vai para cada área) a constituição diz o quanto vai para cada área, faz o orçamento e manda para o legislativo (que aprova ou não). Obs. No Brasil o Estado deve oferecer política públicas, pois garante na CF alguns direitos sociais: educação, saúde e assistência social. Então para estes direitos assegurados o Estado é sim obrigado a pensar políticas públicas para colocar a garantia desses direitos em prática. Mas os demais (cultura, esporte, lazer, por exemplo) não é obrigatório.
2 Executivo: Responsável pela execução, através do orçamento público. Porém, o executivo, antes de executar, precisa encaminhar a proposta para o legislativo aprovar. No legislativo, surge emendas, que não necessariamente estão aliadas com a necessidade que tem a execução da proposta, pois interesses econômicos (a partir da política) estão envolvidos. Sendo assim, se surge uma necessidade (para atender uma demanda) o executivo não pode fazer, pois não está previsto na lei. Existe uma contradição nessa relação, uma vez que o executivo é quem executa, mas não pode executar pois o legislativo precisa aprovar a execução, dessa forma, essa relação é engessada, pois existe uma relação de poder entre o executivo e legislativo. Obs. A constituição de 88 ampliou a participação do legislativo, em 1992 deveria acontecer um plebiscito para decidir qual tipo de governo: presidencialismo, monarca ou parlamentarismo? Deduziram que teria uma continuidade do parlamentarismo (tudo que o executivo quer fazer, teria que passar para o legislativo). Porém, foi aprovado o presidencialismo, mas a constituição de 88 é parlamentarista. Sendo assim para execução deve criar medidas provisórias, para poder fazer. Mudou o orçamento público, ex. tirou do esporte e colocou na educação, transferindo o dinheiro, precisa fazer uma medida provisória (vale por 60 dias, promulgada por mais 60 dias tempo para ser aprovada) para executar essa ação. Começa a surgir emendas, mas quem executa o executivo. Ofertar políticas públicas não é responsabilidade do estado. O Estado é para o capital. O capital não seria nada se não fosse o Estado. Conceito de História: Passado e futuro não é presente. Exemplo: as políticas de cota (sentindo de forçar a entrada de uma determinada parte da sociedade, com objetivo de promover a equidade, uma vez que as condições não são iguais para todos). Esse processo resgata a história, e isso interfere na economia, sendo assim tem um interesse econômico envolvido. Obs. Quando se leva em conta essas quatro esferas (Estado, história, relações de classes sociais e política) identifica-se um conflito muito grande, pois todos estão envolvidos e amarrados com interesses econômicos. O que nos aponta que não existe uma solução para isso, pois estamos em um sistema capitalista. Dessa forma, quem está no governo (Estado) deve dar o tom da política, governar é tomar posição. Estado, Orçamento Público e Política fiscal Artigo: Era uma vez no oeste, Luiz G. Belluzzo ( Traz um conceito interessante em relação à economia: O Estado não saiu de cena, apenas mudou de agenda, em sua obra maior o historiador escreveu: o erro mais grave dos economistas é sustentar que o capitalismo é um sistema econômico, o Estado e capital companheiros inseparáveis. (Não está na integra o texto)
3 Comparativo entre esses Estados: Brasil, EUA e França em comum são nações. Indicações de filmes que retrata a realidade vivida nos EUA - SICKO/ A beleza Americana/ Inside Job BRASIL EUA França Estado público Constituição de 88 escola pública, universal. Vivemos uma República (tornar a coisa pública) estamos falando de universalização (para todos) República Federativa do Brasil. Nossa constituição tem similaridade com a França. Nossa constituição deriva da França. O Estado é para o capital, e não para o Estado de bem estar social (o Estado não precisa fazer isso). Que Estado nós queremos? O Estado está para ser disputado, dentro de um sistema capitalista. O Estado que está hoje é muito mais para o capital do que nosso. Não é republica, não é para todos, é para quem trabalhar. Se reuniram em forma de estados que se chamam de nação (organização de estados), tem uma constituição(curta), não tem políticas sociais. É um salve-se quem puder. República universalização. Essa forma de Estado desde 1789 (revolução francesa). Tiraram os nobres no poder (guilhotina). Monarquia (rei), mas quem manda é o congresso. Para isso falouse com a burguesia (donos de meio de produção capital) e trabalhadores (vende a força de trabalho). Criaram uma constituição. Até então não existia políticas sociais. Existe após 2ª GM (bem estar social) após Obs. Para se construir e chegar onde chegou a França, teve muita conversa entre as partes envolvidas (no caso burguesia e proletário). As políticas públicas são construções que levam tempo para se concretizar, pois geralmente existe dois ou mais interesses nessa prática. Exemplo as ciclovias em Amsterdã, as bicicletas competem com os carros (Plano Marshall, potencializou a comercialização de veículos), por isso para construir as ciclovias que existem hoje, demorou, pois tinham interesses econômicos envolvidos.
4 Bem Estar Social: Criado para alimentar o capital, dentro e fora. Justamente por causa da dinâmica do capital. Resgate histórico - A Europa estava destruída, não tinha nada (indústria, moradia, higiene, etc). Os EUA estavam inteiros e por isso ajudam a Europa (Plano Marshall) pois dessa forma eles criam incentivos para a Europa se estabilizar novamente, construindo um espaço de distribuição dos serviços deles (interesses econômicos). O Estado de Bem estar Social foi criado, porque as forças dos trabalhadores foram maiores, mesmo assim a burguesia não perdeu sua influência no Estado. O papel do Estado é regular, induzir e estabilizar o processo econômico (Inflação perda do poder aquisitivo de todos) Orçamento público: Como é feito? Receitas: Impostos diretos (renda e patrimônio) e Impostos Indiretos (bens e serviços). Despesas: Custeio (manutenção da máquina pública) e Investimento (avanço das políticas públicas não necessariamente social). Todo investimento aumenta o seu custeio (se quiser mais saúde aumenta o custo, sendo assim aumenta imposto). Quando arrecadação é maior do que a despesa = superávit primário, e quando arrecadação é menor do que a despesa = déficit primário. Não tínhamos que ter superávit primário, pois o Estado não ter que lucro, pois tem o poder de impressão de moeda, a impressão de título pública muda o cenário econômico. Obs. Receitas imposto diretos = imposto de renda. Ex. IPVA para quem tem carro. Lancha, avião não paga IPVA. Os nossos impostos diretos são baixos em média 20% dos impostos totais. Os impostos indiretos incidem sobre bens de serviço (IPI- federal, ICMS estadual, e municipal) 70% dos impostos totais. A maior parte dos impostos são indiretos. A questão é que a nossa carga tributária é regressiva e injusta (quem tem menos paga mais, quem tem mais paga menos), e não progressiva (sobre quem ganha mais), é o mesmo imposto 27,5% (imposto parou no 6 mil e quem ganha 10mil paga a mesma coisa). Obs. Os impostos indiretos são maiores, vem da ditadura militar, quem promoveu o golpe foi o Capital, para mudar a carga tributária, porque é sobre bens e serviços, porque o Capital não é taxado. Quem está na ponta que paga imposto. Cadê imposto sobre renda e patrimônio? Como reverter essa situação (reforma tributária), essa forma de tributação interessa o Capital, pois ele repassa, não interfere no lucro. Essa relação precisa ser invertida, para isso precisa de política. O que garante a política social? A constituição, porem para ter política social precisa ter receita, precisa pagar mais imposto. Ex. construir uma escola aumenta o custo, precisa pagar mais imposto, e por isso inverter a lógica tributária. Não há política social sem imposto e sem crescimento econômico, sem reforma tributária (deve-se pagar mais, mas cobrar mais de quem têm mais). Brasil EUA França Suécia Alemanha PIB 36% 27% 45% 56% 50%
5 Apresentação do gráfico de PPA Nacional Plano Plurianual ( ) Área Social 2,6 trilhões. Isso significa o processo de investimento e não o quanto vai gastar (quanto eu quero aumentar além do que está na constituição). Se queremos transformar a sociedade, discutir alguns pontos: Desigualdade de renda e riqueza (renda, reforma agrária e urbana, justiça fiscal, mercado de trabalho) Exemplo: Porque a pessoa vai morar no Campo Belo? La não tem educação, saúde, transporte discutir uma reforma urbana, discutir o território (discussão município estatuto da cidade). Universalização da Cidadania Social discutir o papel do Estado (queremos ou não cumprir a constituição, tirar da constituição saúde para todos) o Pós Bolsa Família transformar os brasileiros pobres em cidadãos portadores de direitos de cidadania. As reformas para ampliar a cidadania social financiamento; pacto federativo; mercantilização (pacto federativo) - a mercantilização da saúde, quem disse que o privado é melhor? Gestão Pública tornar as ações do Estado mais pública e mais transparente. OBS. O SUS é referência em qualidade no atendimento de procedimentos de alta complexidade. A questão é o trabalho em atendimentos de baixa (proteção), sendo esse a porta de entrada no SUS. Necessário compreender os pontos abaixo. Os novos desafios colocados pela transição demográfica Papel Estado Gestão Macroeconômica política de juros, taxação de impostos. A mídia faz uma análise. Reforma Política discutir financiamento de campanha, financiamento público não pode ser privado.
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