Palavras-chave: Água subterrânea, Efluente de suinicultura, Vulnerabilidade aquífera, DRASTIC, Susceptibilidade à poluição RESUMO

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1 UM SISTEMA DE APOIO À DECISÃO PARA A SELECÇÃO DOS MELHORES LOCAIS PARA A DEPOSIÇÃO DE EFLUENTES DE SUINICULTURAS PARA FINS AGRÍCOLAS TENDO EM CONTA OS IMPACTOS NOS RECURSOS HÍDRICOS (Santiago do Cacém, Alentejo) Isabel ARAÚJO Engª do Ambiente, IST, Av.Rovisco Pais, Lisboa, , isabel_a_araujo@aeiou.pt Susana FERREIRA Engª do Ambiente, IST, Av.Rovisco Pais, Lisboa, ,susanaferreira@hotmail.com Luís RIBEIRO Professor Auxiliar, CVRM - IST, Av.Rovisco Pais, Lisboa, Francisco CARDOSO PINTO Professor Auxiliar, Departamento de Química Agrícola e Ambiental, ISA, Tapada da Ajuda, Lisboa, , RESUMO A suinicultura ocupa um lugar de grande importância, dentro do sector da pecuária, devido ao elevado número de efectivos. Devido à intensificação desta actividade, a produção de grandes quantidades de chorumes tem aumentado significativamente, passando a constituir um problema importante, uma vez que o destino final dos chorumes é muitas vezes as linhas de água afectando assim, a qualidade dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos. Neste trabalho pretendeu-se avaliar a vulnerabilidade das águas subterrâneas face ao uso de efluentes de suinicultura para fins agrícolas, no concelho de Santiago do Cacém. Para tal, procedeu-se a uma caracterização das suiniculturas do Concelho, atendendo ao efluente produzido e às suas características principais, recorrendo para tal a inquéritos efectuados às explorações e a análises dos efluentes produzidos. Posteriormente elaborou-se um sistema de apoio à decisão, que permite a selecção dos melhores locais do Concelho para a deposição de efluentes de suinicultura, em que a selecção é sujeita a restrições de natureza ambiental e de carácter operacional, através da aplicação de metodologias, funcionando em ambiente SIG. Palavras-chave: Água subterrânea, Efluente de suinicultura, Vulnerabilidade aquífera, DRASTIC, Susceptibilidade à poluição 1

2 1 INTRODUÇÃO Esta comunicação tem por base um trabalho final de Curso de Licenciatura em Engenharia do Ambiente do IST intitulado: Vulnerabilidade das águas subterrâneas face ao uso de efluentes de suinicultura para fins agrícolas. O estudo é um dos resultados preliminares do Projecto de Demonstração intitulado: Aplicação de efluentes de suinicultura no solo - Demonstração da possibilidade da sua integração numa estratégia de resolução dos problemas ambientais do Litoral Alentejano financeiramente apoiado pelo programa AGRO (medida 8 acção 8.1), sendo a área de intervenção o Concelho de Santiago do Cacém. A descarga de efluentes brutos ou pré-tratados, provenientes de explorações suinícolas, nos cursos de água, nos últimos anos, tem tido como consequência problemas mais ou menos localizados de deterioração da qualidade das águas superficiais e subterrâneas (nos casos em que se verificam ligações directas com os aquíferos). Os efluentes de suinicultura constituem importantes focos de poluição, em particular no que se refere ao azoto, ao fósforo e alguns metais pesados, como o caso do Cu e do Zn. Por outro lado, a elevada densidade de explorações tem contribuído, através de práticas inadequadas de aplicação no solo de efluentes, muitas vezes sem tratamento prévio, para a contaminação dos solos, resultando, em casos mais ou menos isolados, concentrações elevadas de nitratos nas águas subterrâneas. Actualmente o destino final das lamas provenientes de suiniculturas é maioritariamente a deposição em aterro, enquanto que a fracção líquida é descarregada em cursos de água. Este cenário é desencorajado pela actual legislação, pelo que uma das alternativas passará pela sua valorização e utilização agrícola. A prática da valorização agrícola dos efluentes pode ser de grande utilidade em Portugal, particularmente no Alentejo, devido à reduzida fertilidade da maioria dos solos utilizados na agricultura, que resulta em parte do seu empobrecimento em matéria orgânica. O uso agrícola dos efluentes de pecuária apresenta as seguintes vantagens: Fornece nutrientes às plantas, reduzindo as quantidades de adubos a adquirir fora da exploração, traduzido em benefícios económicos associados à reciclagem dos nutrientes contidos no efluente; Melhora o teor de matéria orgânica do solo melhorando a estrutura do solo; Permite dar uso adequado a um produto que pode ser altamente poluente das águas superficiais e subterrâneas. O conteúdo nutricional dos efluentes de suinicultura envolve, normalmente, três macronutrientes principais: azoto (N), fósforo (P) e potássio (K). Os animais apresentam uma capacidade limitada em assimilar os nutrientes presentes nos alimentos, como o azoto e o fósforo, eliminando através das fezes e da urina aqueles que não foram utilizados no seu metabolismo. No entanto, torna-se necessário ter em conta determinadas regras gerais a fim de evitar a poluição das águas por nitratos e as perdas de azoto para a atmosfera (volatilização do amoníaco presente nos dejectos animais). Uma vez que os recursos hídricos subterrâneos têm um papel fundamental no abastecimento doméstico, industrial e agrícola, é importante ter em conta a utilização racional dos efluentes de suinicultura na agricultura, de modo a que as águas não sejam poluídas por substâncias indesejáveis, como é o caso dos nitratos e dos metais pesados. Existe já um quadro legislativo que engloba legislação comunitária e nacional sobre a aplicação agrícola de efluentes e lamas, especialmente no que se refere aos parâmetros de aplicação. Destaca- 2

3 se a Directiva 86/278/CEE do Conselho, de 12 de Junho e o Decreto Lei nº 446/91 de 22 de Novembro, que é a transposição para o Direito nacional desta directiva. Este Decreto-Lei estabelece o regime de utilização na agricultura de certas lamas provenientes de estações de tratamento de águas residuais. Pretende por um lado evitar os efeitos nocivos sobre o homem, os solos, a vegetação, os animais e o ambiente em geral e por outro encorajar a sua correcta utilização. 2 CARACTERIZAÇÃO HIDROGEOLÓGICA DO CONCELHO DE SANTIAGO DO CACÉM Como se verifica na Fig. 1, este Concelho abrange duas bacias hidrográficas distintas, a bacia do Sado e a bacia do Mira, e compreende dois sistemas aquíferos, o sistema aquífero de Alvalade e o sistema aquífero de Sines. O sistema aquífero de Alvalade situa-se na zona sul de Portugal, a sudeste de Setúbal. Este sistema é do tipo multiaquífero, complexo, apresentando em alguns locais unidades aquíferas sobrepostas, separadas por intercalações de formações menos permeáveis. O Sistema Aquífero de Sines encontra-se localizado na Orla Ocidental, na Bacia Hidrográfica de Melides (distrito de Setúbal). Este sistema é constituído por um aquífero mais profundo, que tem como suporte geológico formações carbonatadas do período Jurássico, e por outro aquífero, superficial, que de facto é um aquífero multicamada, que se encontra instalado em formações do Miocénico e Pliocénico. Figura 1 Inventário hidrogeológico do concelho de Santiago do Cacém A análise espacial da ocupação e evolução do uso de solos, no concelho de Santiago do Cacém, baseou-se em informações de imagens do satélite COS 1990, agrupadas de acordo com as principais famílias de uso do solo. 3

4 Pela análise da Carta Cos 90 verifica-se que o concelho de Santiago do Cacém é ocupado maioritariamente por floresta, do tipo folhosa. As zonas Este e Sul do concelho são ocupadas sobretudo por área agrícola, mais precisamente, terras aráveis com culturas anuais. Na zona Noroeste do concelho verifica-se a ocupação por floresta, mas neste caso, de resinosas. 3 METODOLOGIAS A caracterização das suiniculturas foi feita a partir dos dados recolhidos num inquérito realizado às suiniculturas do Concelho de Santiago do Cacém pela SAGRAN (Associação de Suinicultores dos Concelhos de Santiago do Cacém, Sines e Grândola). A caracterização dos efluentes de suinicultura do Concelho tem como base os resultados das análises fisíco-químicas efectuadas ao efluente produzido por cada uma das 57 suinculturas. As análises ao efluente bruto e tratado foram efectuadas pelo Instituto Superior de Agonomia. Na Fig. 2 é apresentado um esquema simplificado do sistema de produção com indicação dos pontos de amostragem (bruto e tratado), em cada local da exploração. Foram recolhidas amostras à saída dos pavilhões ou à entrada do separador (efluente bruto), à saída do separador, à entrada da primeira lagoa e à saída da última lagoa (efluente tratado). Figura 2 Esquema representativo dos pontos de recolha de amostras de efluente para análise nas explorações suinícolas Para a caracterização dos efluentes foi realizado um tratamento estatístico uni- e multivariado completo utilizando para o efeito os programas STATISTICA e ANDAD. Aplicou-se a Análise em Componentes Principais (ACP) para descrever as inter-relações (oposições e similitudes) entre os descritores analisados, observados em planos factoriais, e a Análise 4

5 Factorial de Correspondência (AFC) para relacionar os resultados obtidos nos inquéritos (caracterização das suiniculturas) com os descritores físico-químicos obtidos da análise dos efluentes. Para a determinação da vulnerabilidade aquífera no concelho de Santiago do Cacém foi utilizado o índice DRASTIC. Este índice é um sistema standard para determinar o potencial de poluição em águas subterrâneas em função de parâmetros hidrogeológicos. Desenvolveu-se um Sistema de Apoio à Decisão (SAD), através da utilização do programa de SIG ESRI ArcView, que permite classificar as zonas do Concelho segundo graus de susceptibilidade à poluição, possibilitando a delimitação e selecção das potenciais áreas de aplicação dos efluentes. O SAD desenvolvido neste projecto teve como informação de base os vários níveis (layers) de informação que caracterizam as respectivas condições geológicas e hidrogeológicas dos sistemas aquíferos. Numa primeira fase foi feita a identificação das zonas de proibição de aplicação do efluente, segundo as restrições impostas pelo D.L.nº 446/91 de 22 de Novembro e pelo Manual Básico de Práticas Agrícolas. Assim, considerou-se proibida a aplicação de efluente nas seguintes situações: A menos de 200 m das povoações ou tecidos urbanos (de acordo com o D.L. nº 446/91); A menos de 100 m das margens das linhas de água (Manual Básico das Práticas Agrícolas); A menos de 100 m das captações públicas ou privadas de água para consumo humano ( de acordo com o D.L. nº 446/91 ). É de notar que o D.L. nº 446/91 impõe ainda como restrições a aplicação do efluente a menos de 100 m de casas individuais e a menos de 50 m de poços ou furos para rega. Porém estas duas restrições não foram contempladas nesta fase, uma vez que não tivemos acesso a um inventário actualizado da localização destes furos e poços, bem como das casas isoladas existentes fora das povoações. Para a análise também não foram utilizadas as captações privadas uma vez que não se dispunha desta informação. Para além das restrições impostas pela legislação, decidiu-se estabelecer como proibida a aplicação do efluente nas seguintes zonas (não contempladas pela legislação): A menos de 100 m da margens de albufeiras, lagoas; A menos de 100 m de falhas geológicas ou fracturas; A menos de 100 m de arrozais; A menos de 200 m de espaços verdes artificiais (que incluem os espaços verdes urbanos florestais e não florestais, também designados por espaços verdes para desporto; A menos de 200 m de zonas designadas por Improdutivos (pedreiras e minas a céu aberto); A menos de 200 m de Infra-estruturas (zonas industriais, comerciais e vias de comunicação); A menos de 100 m de zonas classificadas por Zonas Húmidas Continentais (zonas pantanosas interiores e paúles). A razão porque se consideraram estas últimas restrições tem a ver com a existência de outras infra-estruturas fora do tecido urbano onde é prudente estabelecer uma distância entre as zonas de aplicação de efluente e as áreas consideradas. Esta informação foi obtida com base na Carta de Uso de Solos COS 90. Os valores atribuídos às distâncias estão de algumas forma associados às distâncias consideradas no Decreto-Lei nº 446/91. Assim, aplicou-se uma distância de 100m, tal como é aplicada 5

6 para as linhas de água no D.L., às margens das albufeiras, lagoas e lagos, arrozais e zonas húmidas, e uma distância de 200m aos restantes parâmetros. Na segunda fase de pré-selecção dos locais, construiu-se em ArcView, um índice de susceptibilidade à poluição devido à aplicação do efluente, com base num mapa de vulnerabilidade aquífera e numa carta de declives do Concelho, resultando numa carta de susceptibilidade à poluição dos recursos hídricos do Concelho. Assim, este índice ISE é dado por: ISE = α Índice DRASTIC + β Índice declives, (1) em que α e β são pesos tal que α+β =1. Os valores do índice de susceptibilidade ISE variam entre 1 e 5, correspondendo os maiores valores a zonas mais susceptíveis à poluição pela aplicação de efluentes no solo. 4 RESULTADOS 4.1 Caracterização das suiniculturas existentes no concelho Verifica-se que as suiniculturas do Concelho de Santiago do Cacém operam sobretudo em regime de ciclo fechado (ver Fig. 3). 2% 12% Área Florestal 33% 55% Ciclo Fechado Produção de leitões Recria e Acabamento 46% 47% Área Agrícola e/ou Pecuária Área Florestal e Agrícola e/ou Pecuária Não aplica 5% Figura 3 Distribuição das suiniculturas pelos diferentes tipos de exploração no Concelho de Santiago do Cacém Figura 4 Aplicação do efluente nas áreas florestais e agrícolas associadas às explorações no Concelho de Santiago do Cacém Quanto ao armazenamento e tratamento do efluente, a maioria das explorações dispõem de sistema de tratamento por lagunagem. Verificou-se que apenas algumas suiniculturas possuem separador sólido/líquido, e por este motivo é produzida uma reduzida quantidade de lamas de suinicultura neste concelho. As suiniculturas do concelho têm na sua maioria área agrícola associada, e um menor número de suiniculturas possui também área florestal. Das que possuem área agrícola, esta, é na maior parte dos casos, utilizada para aplicação do efluente produzido (Fig.4). Observou-se ainda que um número elevado de suiniculturas apesar de não efectuar análise ao efluente bruto, aplica-o no solo quer em áreas florestais, quer em áreas agrícolas. 6

7 4.2 Caracterização estatística dos parâmetros do efluente produzido Tratamento univariado Em relação ao efluente bruto pode-se concluir que a generalidade dos parâmetros apresenta concentrações elevadas (Fig. 5 e 6), características deste tipo de efluente. De notar que o ph é elevado, o que poderá ter origem no tipo de água consumida na região, facto que poderá influenciar, entre outros factores, as características do efluente final. O efluente final obtido (efluente tratado) apresenta uma redução significativa na concentração da maioria dos parâmetros (Figs. 7 e 8), principalmente nos sólidos, metais pesados e nutrientes. A redução do teor em metais pesados é extremamente importante para a aplicação do efluente no solo, uma vez que existem limites fixados para aqueles parâmetros, que ao serem aplicados no solo são susceptíveis de causar aí danos, assim como nas plantas que os absorvem, por serem fitotóxicos, e além do mais poderão contaminar as águas subterrâneas. Quanto aos macronutrientes presentes no efluente tratado, observou-se uma redução no final do tratamento das suas concentrações, excepção para a concentração do potássio e também do elemento sódio. O aumento das concentrações destes parâmetros no efluente tratado pode ser explicado por dois motivos. Uma vez que a recolha das amostras foi efectuada na Primavera (Maio/Junho) deste ano, onde no Alentejo as temperaturas foram elevadas e a precipitação reduzida, pode ter ocorrido evaporação do efluente nas lagoas, provocando um efeito de concentração dos parâmetros. Por outro lado, o aumento do teor em potássio pode também dever-se à libertação deste ião das formas orgânicas, aquando da sua decomposição, para a forma iónica, em que se encontra em solução Max = Min = % = % = Mediana: Med = Min-Max 25%-75% Mediana (mg/l) (mg/l) CBO 5 0 Cobre (Cu) Zinco (Zn) Figura 5 Diagrama de extremos e quartis para o CBO5 (efluente bruto) Figura 6 Diagrama de extremos e quartis para os metais pesados (efluente bruto) 1e5 Min-Max 25%-75% Mediana Min-Max 25%-75% Mediana ST (mg/l) N-NO 3 - (mg/l) Efluente Bruto Efluente Tratado 0 Efluente Bruto Efluente Tratado Figura 7 Comparação entre o efluente bruto e tratado (sólidos totais) Figura 8 Comparação entre o efluente bruto e tratado (azoto nítrico) 7

8 Relativamente ao azoto, observa-se redução nas concentrações de azoto orgânico, nítrico e amoniacal. O azoto orgânico deposita-se no fundo das lagoas, passando rapidamente à forma amoniacal. Por sua vez, o azoto amoniacal passa a amoniaco (NH3) dada as condições de anaerobiose na lagoa e o elevado ph, desfavoráveis para a nitrificação. A redução da concentração de azoto nítrico (ver Fig. 8) poderá dever-se à utilização deste pelas algas presentes nas lagoas, que o utilizam para realizarem a fotossíntese. Como já foi dito antes, as condições de anaerobiose e o ph elevado não favorecem a nitrificação, isto é, não favorecem a passagem do azoto amoniacal a azoto nítrico Tratamento multivariado Apresenta-se em seguida (Fig.9) o primeiro plano factorial resultante da aplicação da ACP (Análise em Componentes Principais) à matriz de concentrações de parâmetros do efluente bruto. Essa representação permite visualizar as oposições e similitudes entre os parâmetros considerados. Eixo 2 20 % K ph CE Na N-NH4+ N-NO3- N-K E 5 Cu PZn SST CBO5 Figura 9 Círculo de correlações (ACP) entre os parâmetros do efluente bruto Pela análise da figura anterior verifica-se que as variáveis CE, K e Na estão fortemente correlacionadas, bem como as variáveis CBO5, P, SST, Cu e Zn. A associação no primeiro grupo é facilmente explicada, pois o sódio e o potássio, que estão fortemente representados neste efluente, são iões monoatómicos, muito solúveis e com pouca tendência para a formação de precipitados e complexos, estando assim muito disponíveis para a condução da corrente eléctrica. Quanto ao CBO5 (mais correlacionado com o CQO), está fortemente correlacionado com os SST (e consequentemente com ST e SV), pois todos estes parâmetros traduzem a quantidade de matéria orgânica presente no efluente. Relativamente ao P, este também apresenta um comportamento semelhante ao Ca e ao Mg pois em meio básico precipita, contribuindo para a formação de matéria sólida. O Cu e o Zn estão também fortemente correlacionados, associando-se num grupo, pois são ambos metais com comportamentos idênticos, precipitando na forma de hidróxido. 8

9 Verifica-se, também, que os azotos se encontram correlacionados como seria de esperar, uns com outros, uma vez que as diferentes formas são originadas por sequências de transformações, dependendo uma das outras, isto é, o azoto orgânico passa a azoto amoniacal e este à forma nítrica. Na Fig. 10 apresenta-se a projecção simultânea das variáveis activas e suplementares no primeiro plano factorial obtidas por Análise Factorial de Correspondências (AFC). Eixo 2 14 % FA Grupo II pe3 AE2 N2 l1 RA pr1 GA1 P3 NH3 S2 pe2 N3 Na3 CF ph3 Ca1 Na2 Zn1 P1 K3 ph2 SV1 L1 CBO2 NO3 Cu1 CBO1 AE3 NO2 Cu3 K2 Ca3 FA2 NH1 pe1 SV3 K1 NO1 NH2 Zn3 Zn2 l2 Na1 Grupo I N1 AE1 L2 E i x o 1 19 % CBO3 GA2 Cu2 ph1 SV2 Ca2 PL Grupo III S1 P pr2 l3-2 pr Figura 10 Projecção das variáveis activas e suplementares no primeiro plano factorial A análise detalhada da Fig. 10 permite identificar dois grupos de características semelhantes. No grupo I, no qual está contido o tipo de exploração de recria e acabamento (RA), encontra-se a classe mais baixa de número de efectivos de porcas reprodutoras (pr1) e de leitões (l1). Aquele tipo de exploração associa-se ainda a explorações que não possuem separador sólido/líquido (S2) mas possuem sistema de lagunagem com número de lagoas superior a 5 (N3) e aplicam o efluente na área agrícola e/ou pecuária associada (GA1). Esta associação explica-se já que este tipo de exploração caracteriza-se por possuir alguns leitões e porcos de engorda, e daí a sua boa correlação com a classe mais baixa de leitões e porcas reprodutoras. O grupo II, que inclui as explorações do tipo ciclo fechado (CF), é constituído pela classe média de porcos de engorda (pe2) e pela classe média de leitões (l2). Este grupo inclui também as explorações com tipo de armazenamento com poço, tanque ou fossa (AE3) e também as explorações 9

10 com sistema de lagunagem com 3 a 5 lagoas (N2). Uma vez que se trata de um tipo de exploração com elevado número de efectivos, ela produz grandes cargas poluentes, daí a existência, na maior parte das explorações deste tipo, de um sistema de lagunagem com mais de 2 lagoas. Verifica-se ainda que ao grupo I, que inclui o tipo de exploração de Recria e Acabamento (RA), se encontram associadas a classe alta de sódio (Na3), azoto amoniacal (NH3) e ph (ph3). 4.3 Avaliação da vulnerabilidade das águas subterrâneas Como resultado final do cruzamento dos mapas correspondentes a cada parâmetro do índice DRASTIC obteve-se o mapa de vulnerabilidade aquífera do concelho, que se apresenta na Fig. 11. Figura 11 Mapa de vulnerabilidade aquífera para o concelho do Santiago do Cacém obtida pelo índice DRASTIC Cerca de 45% da área do concelho está classificada dentro de uma classe de vulnerabilidade média-baixa ( ), localizando-se estas zonas na sua maioria na faixa central do concelho, constituída maioritariamente por xistos. As áreas do concelho a que correspondem as classes de vulnerabilidade mais elevadas, correspondêm às zonas que abrangem os sistemas aquíferos da região (rochas menos consolidadas e consequentemente mais permeáveis). 4.4 Pré-selecção dos locais para aplicação do efluente Desenvolveu-se um Sistema de Apoio à Decisão que permitiu com base numa classificação das áreas mais susceptíveis à poluição, identificar as potenciais áreas de aplicação dos efluentes tendo em conta diversas restrições, quer ambientais quer sócio-económicas. Assim, o Sistema de Apoio à Decisão baseou-se em normas legais de proibição e deposição de efluentes, nos resultados do índice DRASTIC e na carta de declives (para identificar as áreas onde é expectável um maior escoamento superficial do efluente). Uma vez que o índice DRASTIC representa a vulnerabilidade dos sistemas aquíferos face ao potencial de poluição, ele terá maior importância do ponto de vista hidrogeológico do que o de 10

11 declives. Dessa forma ele terá uma maior contribuição na construção do índice de susceptibilidade ISE, isto é, o valor atribuído a α deverá ser maior do que β. A soma dos pesos (α+β) é sempre 1, mantendo assim os valores obtidos entre 1 e 5. Assim, fizeram-se 7 análises de sensibilidade variando os valores de α e β (α=0.2 e β=0.8, α=0.4 e β=0.6, α=0.5 e β=0.5, α=0.6 e β=0.4, α=0.7 e β=0.3, α=0.8 e β=0.2, α=0.9 e β=0.1). No Quadro seguinte apresentam-se, para cada valor de α e β utilizado na análise de sensibilidade, as percentagens da área total do Concelho correspondentes a cada classe de susceptibilidade à poluição devido à aplicação agrícola de efluentes de suinicultura. Quadro 1 Percentagem da área total do Concelho correspondente às diferentes classes de susceptibilidade para cada valor de α e β utilizado Percentagem da área total do Concelho correspondente α / β às diferentes classes de susceptibilidade Muito baixa Baixa Média Alta Muito alta O gráfico da figura 12 permite visualizar os resultados obtidos na análise de sensibilidade, já apresentados no Quadro anterior. Percentagem da área total do Concelho Muito Baixa Baixa Média Alta a/b Figura 12 Evolução da percentagem da área total do Concelho para classe de susceptibilidade em função dos valores dos ponderadores Verifica-se que quando α aumenta, isto é, quando é atribuída mais relevância aos parâmetros hidrogeológicos, a percentagem da área total do Concelho pertencente à classe de susceptibilidade Muito Baixa diminui, enquanto que aumenta a percentagem de áreas com susceptibilidade Média. 11

12 Verifica-se que para valores de α=0.8 e β=0.2 o resultado obtido é mais coerente, atribuindo às zonas correspondentes aos sistemas aquíferos uma vulnerabilidade Média. Na Fig. 13 apresenta-se a carta final que delimita as zonas de aplicação proibida e zonas com diferentes aptidões para a aplicação de efluentes, consoante o grau de vulnerabilidade das mesmas. Figura 13 Carta de aptidão à aplicação de efluentes de suinicultura no solo, no concelho de Santiago do Cacém Quadro 2 Distribuição das áreas de diferente aptidão quanto à aplicação dos efluente de suinicultura no Concelho Aptidão à aplicação do efluente Área (ha) Área (%) Zona excluída (0) Boa (1) Média (2) Pouco recomendável (3) Não recomendável (4) Não aplicável (5) 0 0 Verifica-se que a zona mais favorável a esta prática é a faixa central do Concelho, que é composta principalmente por xistos (cerca de 50% da área total do concelho), englobando as áreas classificadas como de aptidão Boa e Média. As zonas correspondentes aos sistemas aquíferos são classificadas maioritariamente, como pouco recomendável à aplicação do efluente. 12

13 5 CONCLUSÕES Relativamente às suiniculturas existentes no Concelho de Santiago do Cacém, verifica-se que a maioria delas possui área agrícola associada à exploração, dispondo assim de terreno para aplicação dos efluentes produzidos no solo. Cerca de 67% dos suinicultores já aplicam ao solo o efluente produzido. Quanto às características do efluente produzido no concelho de Santiago do Cacém é de referir que o efluente de suinicultura apresenta valores elevados de matéria orgânica e sólidos suspensos, embora com um baixo valor fertilizante, uma vez que a quantidade de azoto amoniacal, e consequentemente de azoto nítrico é muito baixa. Após a análise de vulnerabilidade das formações hidrogeológicas realizadas pelo método DRASTIC, verifica-se que cerca de 45% da área total do concelho é classificada como de vulnerabilidade Média a Baixa. As zonas de maior vulnerabilidade coincidem com as áreas abrangidas pelos dois sistemas aquíferos de Sines e Alvalade. Utilizando os critérios da legislação actual aplicada e outros critérios ambientais, verificou-se que cerca de 13% da área total do concelho, que correspondem a ha, é classificada como zona de aplicação proibida e cerca de 50% apresenta uma aptidão favorável à aplicação agrícola deste tipo de efluente. O SAD desenvolvido pode ser aplicado de modo idêntico a outras zonas de Portugal. Este sistema pode também ser aplicado no contexto da valorização de outros efluentes, como seja o caso das lamas de ETAR, uma vez que se trata de um sistema suficientemente flexível, onde poderão ser facilmente adicionados outros modelos e introduzidos outros critérios de utilização e implementação. Em resumo, podemos dizer que o SAD é uma ferramenta importante na selecção dos locais, uma vez que toma em consideração, além dos requesitos legais, a vulnerabilidade dos meios hídricos subterrâneos e superficiais, bem como critérios de carácter operacional dado que a topografia do terreno poderá ser um factor limitante quanto à aplicação do efluente (dificuldade de acesso ao local e aplicação do efluente). É importante referir que este sistema não está restringido de maneira nehuma ao Índice DRASTIC como método de avaliação da vulnerabilidade aquífera, podendo-se utilizar outro tipo de índices de vulnerabilidade tais como o AVI e GOD. Nunca é demais referir a importância do desenvolvimento de ferramentas de gestão e de apoio à decisão nas políticas do ordenamento do território, como a que se apresenta neste trabalho, que integrem a protecção da componente de recursos hídricos (subterrâneos e superficiais). Estas ferramentas serão igualmente importantes nos planos de gestão das bacias hidrográficas a realizar a médio prazo, como está estipulado na Directiva-Quadro da Água. AGRADECIMENTOS Este trabalho realizou-se no quadro do projecto intitulado: Aplicação de efluentes de suinicultura no solo - Demonstração da possibilidade da sua integração numa estratégia de resolução dos problemas ambientais do Litoral Alentejano apoiado financeiramente pelo Programa Operacional Agricultura e Desenvolvimento Rural (AGRO) - Medida 8 - Acção 8.1 do Instituto Nacional de Investigação Agrária e das Pescas 13

14 6 BIBLIOGRAFIA ALLER, L.; BENNET, T.; LEHR, J.H. & PETTY, R. J. (1987), DRASTIC: A Standardized System for Evaluating Groundwater Pollution Potencial Using Hydrogeologic Settings, U.S.EPA/ /035, Junho ALMEIDA, C., MENDONÇA, J.J. L., JESUS, M.R., GOMES, A.J., Sistemas Aquíferos de Portugal Continental Bacia de Alvalade e Bacia de Sines, INAG, Dezembro de ARAÚJO, Isabel., FERREIRA, Susana, Vulnerabilidade das águas subterrâneas face ao uso de efluentes de suinicultura para fins agrícolas Santiago do Cacém, Trabalho Final de Curso, IST, Outubro de BICUDO, José Roberto P. W., et al., LNEC, Caracterização do Sector da Suinicultura relativamente ao estado de adequação à Legislação Ambiental, Lisboa, Agosto de BICUDO, José Roberto P. W., et al., LNEC, Plano de Adaptação à Legislação Ambiental pelo Sector da Suinicultura, Volume I, Lisboa, Março de ERHSA Estudos dos Recursos Hídricos Subterrâneos do Alentejo (Relatório Técnico) ( ) Sistema Aquífero Sedimentar Sado-Alvalade, Anexo II.2, Sistema Aquífero da Bacia de Sines, Anexo II.4, CCDR Alentejo, Évora. IGEO, Carta de Uso de Solos COS 1990, (SNIG). IGM, Carta Geológica de Portugal à escala 1: , (legenda geológica extraída da 5ª edição da Carta Geológica de Portugal publicada pelos Serviços Geológicos de Portugal em 1992), QUELHAS DOS SANTOS, J., Fertilização & Ambiente - Reciclagem Agro-Florestal de Resíduos e Efluentes, Publicações Europa-América, Abril de RIBEIRO, L. Vulnerabilidade de aquíferos e medidas de protecção das águas subterrâneas em Portugal Continental, in actas do Seminário de Geotecnia Ambiental, Porto,2001,29 pp. U. S. EPA/832-B Guide to Field Storage of Biosolids and Other Organic By-Products Used in Agriculture and For Soil Resource Management, EPA/USDA,

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