Regimes de Negociação Comercial Internacional e a atuação brasileira RNCI Prof. Diego Araujo Azzi

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1 Regimes de Negociação Comercial Internacional e a atuação brasileira RNCI Prof. Diego Araujo Azzi

2 Regime de Negociação Comercial Internacional e a Atuação Brasileira Aulas 04 (02.03) e 05 (06.03) A Rodada Uruguai e a Organização Mundial do Comércio: tomada de decisões e a formação de coalizões (o G20 comercial) HOPEWELL, Kristen. Different paths to power: the rise of Brazil, India and China at the World Trade Organization. Review of International Political Economy, v. 22, n. 2, p , JONES, Kent. Reconstructing the World Trade Organization for the 21st Century: An Institutional Approach. New York, Oxford University Press, 2015, p , 83-86, e Aula 06 (09.03) Comércio de serviços: interesses que conduzem ao GATS e a posição negociadora do Brasil CUNHA, Raphael Coutinho da. Negociações comerciais em uma economia fechada: o Brasil e o comércio de serviços na Rodada Uruguai. Revista Brasileira de Política Internacional, v. 58, n. 1, p , DRAKE, William; NICOLAÏDIS, Kalypso. Ideas, interests, and institutionalization: trade in services and the Uruguay Round. International Organization, v. 46, n. 1, p , 1992.

3 De 1947 aos anos 1980 o GATT, que era um acordo provisório, regulou o comércio internacional Neste período a regulação era somente sobre o comércio de bens industriais e as negociações tratavam sobretudo de barreiras tarifárias (impostos) Países em desenvolvimento (PED) e menos desenvolvidos (LDCs) permaneciam à margem dos processos negociadores e decisórios Fracassos seguidos em incorporar os interesses dos PEDs foi um dos maiores defeitos e inconsistências do GATT (principalmente quanto à Agricultura)

4 Exclusão da Agricultura/Pecuária das negociações do GATT era motivo de frustração dos PEDs e feriam os princípios de liberalização Desistência do GATT e fundação da UNCTAD em 1964 demandando tratamento especial e diferenciado, visando o desenvolvimento dos PEDs Rodada Tóquio (1979): PDs aceitam negociar um Sistema Geral de Preferências - SGP (incluído como o Artigo IV do GATT) aos PEDs, possibilitando concessões unilaterais por parte dos PDs (tratamento especial e diferenciado) Porém, o SGP foi criado dentro de condições que garantiram ampla margem de manobra e válvulas de escape aos PDs

5 Contexto econômico internacional: década de 1970 rupturas na ordem monetária de Bretton Woods; Emergência do Neoliberalismo; Choques do Petróleo; Choque Volker (subida unilateral dos juros pelo FED nos EUA) Choque Volker resulta na crise das dívidas dos países do Terceiro Mundo (juros variáveis nos empréstimos), debilitando o poder de barganha dos PEDs que vinha crescendo desde os anos 1960

6 Anos 1980 marcam a entrada de novos temas nas negociações comerciais multilaterais como resultado da estratégia liderada pelos EUA Novos temas: serviços, propriedade intelectual, investimentos Os novos temas correspondem a áreas da economia em que os países desenvolvidos são normalmente muito mais competitivos do que os países em desenvolvimento

7 A atuação brasileira Fatores geográficos e históricos particulares fazem do Brasil um importante ator do comércio internacional, mesmo não sendo um país desenvolvido A inserção brasileira se dá, porém, principalmente pelo comércio de commodities agro-minerais Tais produtos possuem baixo valor agregado e são sensíveis a variações nos preços do mercado Impossibilidade de atingir um desenvolvimento industrializante leva os PEDs a enxergarem o sistema internacional como um mercado de trocas desiguais e assimétricas À medida em que a indústria inova e incorpora tecnologia (capital) nos bens industriais, a deterioração dos termos de troca com os PEDs não apenas aumentaria mas se perpetuaria em relações de dependência crônica (Teoria da Dependência Prebisch; Theotonio dos Santos; FHC)

8 A atuação brasileira Já desde a década de 1940, dada a percepção sobre o sistema como assimétrico e desigual, a diplomacia brasileira tende a ser tradicionalmente cautelosa quanto à abertura comercial em acordos multilaterais Abertura comercial x Soberania nacional (política; economia; legislação) Os setor privado doméstico do Brasil, por serem pouco internacionalizados, tampouco foram favoráveis à abertura ao longo da história (interesses defensivos) A não abertura pelos PDs dos setores que o Brasil historicamente demanda nas negociações do GATT/OMC só reforça a percepção cética e as ideias do Brasil sobre a assimetria do sistema multilateral

9 A atuação brasileira Os interesses defendidos pelo Brasil nas negociações comerciais normalmente aproximam o país do conjunto mais amplo dos PEDs e LDCs Porém, por ter fortes interesses na liberalização do acesso a mercados em Agricultura, o país nem sempre permanece ao lado daqueles PEDs que tem interesses defensivos em Agricultura É complexa a montagem de coalizões do Sul nesse tema específico

10 A Rodada Uruguai ( ) Fase de preparação das negociações em si já foi longa, iniciando-se em 1981 Principais interesses dos EUA/CE em serviços estavam nos setores de informática, bancos, engenharia e construção. Os principais resultados da Rodada Uruguai correspondem justamente aos acordos sobre novos temas: Propriedade Intelectual TRIPS, Trade Related Intelectual Property Rights Serviços GATS, General Agreement on Trade in Services Investimentos TRIMS, Trade Related Investment Measures

11 A Rodada Uruguai Formatos de negociação: estratégias lista positiva x lista negativa formato de lista positiva favorece os PEDs (menos liberalizante) Estratégia brasileira foi de obstrução total no início, mas acabou se consolidando como aberta a assumir compromissos mínimos durante as negociações O Brasil buscou separar as negociações de serviços das regras já existentes sobre o comércio de bens para evitar: que regras como tratamento nacional e solução de controvérsias fossem automaticamente aplicadas ao novo tema e podendo, assim, começar a negociação do zero demanda de concessões cruzadas por parte dos PDs

12 A Rodada Uruguai Não havia apoio à abertura comercial aos novos temas entre as instituições domésticas brasileiras (agências governamentais, ministérios, empresas) exceto Min. Fazenda que defendia o apoio aos EUA como forma de favorecer a concessão de empréstimos no contexto da crise da dívida externa coincidência de visões entre agentes governamentais e privados Por isso, o Brasil conseguiu resistir à abertura do seu setor financeiro, de telecomunicações e informática Interesses ofensivos do Brasil: serviços audiovisuais, serviços profissionais, turismo e principalmente, engenharia e construção exportações se dirigiam principalmente a outros países em desenvolvimento

13 A Rodada Uruguai Dos 11 grandes setores de serviços negociados no GATS (General Agreement on Trade in Services), o Brasil incluiu apenas 7 na sua Lista de Compromissos Específicos Do total de 54 subsetores de serviços, o Brasil incluiu compromissos em apenas 17 O Brasil fez compromissos sem restrições em apenas 3% das suas ofertas Grande autonomia relativa do Itamaraty nas decisões Em geral, a percepção dos PED foi de que a Rodada Uruguai foi negativa, pois ganharam muito pouco ao mesmo tempo em que aceitaram a inclusão dos novos temas na agenda negociadora

14 A OMC Rodada do Milênio: primeira cúpula Ministerial da OMC em Seattle, EUA, em 1999 fracassa sem chegar a qualquer acordo (single undertaking; NMF; protestos da sociedade civil) Funcionamento por consenso na OMC é entendido na prática diplomática como ausência de desacordo explícito, o que significa a possibilidade de um acordo mesmo sem unanimidade Consenso visa (em tese) preservar a soberania nacional mas ao mesmo tempo favorece as nações mais fortes Uma nova Rodada é lançada em 2001, a chamada Rodada Doha (Qatar) também nomeada como rodada do desenvolvimento

15 A OMC Dada a crescente complexidade das negociações comerciais, as regras formais de negociação da OMC se mostraram insuficientes para produzir o consenso por si Negociações informais e secretas ganham importância estratégica (negociadores não gostam de ser vistos fazendo concessões em negociações) Ganhos: maior acesso a mercados estrangeiros Perdas: concessões de acesso ao mercado nacional

16 A OMC O Diretor Geral tem o papel de facilitar as negociações. Uma das suas estratégias são as reuniões de Green Room pequenas reuniões do DG com as principais partes envolvidas (Quad) Rodada Doha modifica pela primeira vez a composição do Quad, com a inclusão de Brasil e Índia (G20) Green room é uma prática bastante criticada pelos PEDs pois reduz muito a transparência das negociações

17 A OMC A geração de consensos através dos círculos concêntricos estratégia que favorece as potências dominantes O Multilateralismo é assimétrico, tanto na sua estrutura quanto na sua dinâmica Agricultura: opõe países que defendem a liberalização comercial e aqueles que argumentam a favor da sua proteção por questões de segurança alimentar de suas populações Não há consenso entre países em desenvolvimento sobre o tema agrícola (G20 x Grupo de Cairns) Aliança Índia-Brasil a princípio improvável

18 A OMC A geração de consensos através dos círculos concêntricos estratégia que favorece as potências dominantes O Multilateralismo é assimétrico, tanto na sua estrutura quanto na sua dinâmica Agricultura: opõe países que defendem a liberalização comercial e aqueles que argumentam a favor da sua proteção por questões de segurança alimentar de suas populações Não há consenso entre países em desenvolvimento sobre o tema agrícola (G20 x Grupo de Cairns) Aliança Índia-Brasil a princípio improvável

19 A OMC A literatura tradicionalmente aborda a emergência de novas potências no sistema internacional como um resultado do aumento no seu poder econômico Essa interpretação pode ser aplicar facilmente à China, mas não ao Brasil e à Índia Quais são então as fontes de poder de barganha de ambos? A emergência de Brasil e Índia ocorre basicamente pela sua mobilização e liderança junto a coalizões de países em desenvolvimento ou seja, pela sua atuação política

20 A OMC Brasil e Índia exercem um poder político dentro da OMC muito maior do que o seu peso econômico (R. Azevêdo) Exercem uma postura mais vocal e agressiva nas negociações buscando influenciar o agenda-setting Enquanto a China permanece mais em silêncio, adotando uma estratégia de veto quando seus interesses são contrariados China more a follower than a leader

21 A OMC Rodada Doha, Ministerial de Cancun, 2003: EUA e UE fecham um acordo sobre Agricultura e esperam ser capazes de impor aos demais países durante as negociações (assim como fizeram na Rodada Uruguai) Brasil e Índia (G20) se unem em oposição à proposta do Quad adotando não apenas uma postura defensiva Pareceres técnicos bem fundamentados embasavam uma estratégia agressiva de confrontar as contradições das políticas agrícolas do Quad em face aos próprios objetivos de liberalização comercial

22 A OMC EUA tenta envolver a China nas negociações com o G20 para tentar dividir os PEDs mas a China não aceita os posicionamentos de EUA e UE, apoiando o G20 G20 propiciou uma modificação histórica no equilíbrio de poder interno da OMC e nas barganhas do comércio internacional

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