ANO XXIV ª SEMANA DE ABRIL DE 2013 BOLETIM INFORMARE Nº 16/2013
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- Lavínia Marques Peres
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1 ANO XXIV ª SEMANA DE ABRIL DE 2013 BOLETIM INFORMARE Nº 16/2013 IPI CLASSIFICAÇÃO FISCAL DE MERCADORIAS PARTE II - PROCEDIMENTOS PARA CONSULTA... Pág. 119 ICMS - PR OPERAÇÕES COM IMPRESSOS PERSONALIZADOS - TRATAMENTO FISCAL... Pág. 121 LEGISLAÇÃO PR NORMA DE PROCEDIMENTO FISCAL Nº 30, de (DOE de ) - ICMS - Base De Cálculo Alterações... Pág. 123 NORMA DE PROCEDIMENTO FISCAL Nº 31, de (DOE de ) - ICMS - Base De Cálculo - Café Cru... Pág. 123
2 IPI CLASSIFICAÇÃO FISCAL DE MERCADORIAS PARTE II Procedimentos para Consulta Sumário 1. Introdução 2. Preparo do Processo de Consulta 3. Competência Para Solucionar Consulta 4. Requisitos para a Solução de Consulta 1. INTRODUÇÃO Seguindo do disposto na matéria anterior, continuaremos a abordagem acerca do processo de consulta relativo à classificação de mercadorias no âmbito da Secretaria da Receita Federal do Brasil, disciplinados pela Instrução Normativa 740/ PREPARO DO PROCESSO DE CONSULTA Incumbe à autoridade da RFB do domicílio tributário do consulente em que foi apresentada a consulta: a) verificar se na formulação da consulta foram observados, conforme o caso, os requisitos formais estabelecidos pela legislação B) orientar o interessado quanto à maneira correta de formular a consulta, no caso de inobservância de alguns dos requisitos exigidos; c) organizar o processo e encaminhar à Superintendência Regional da Receita Federal do Brasil (SRRF) a que estiver subordinado, desde que tenham sido atendidas as formalidades previstas; d) - dar ciência ao consulente da decisão da autoridade competente e adotar as medidas adequadas à sua observância; e e) - receber os recursos de divergência interpostos contra decisões proferidas nos processos de consulta e encaminhá-los à Divisão de Controle Aduaneiro (Diana) da SRRF, quando se tratar de classificação de mercadorias, ou à Divisão de Tributação (Disit) da SRRF, nos demais casos. Ainda, também compete à autoridade da RFB do domicílio tributário do consulente receber e encaminhar à Disit da SRRF a representação ao chefe do órgão que solucionou a consulta caso aja conhecimento de Soluções de Consulta divergentes sobre a mesma matéria. Compete à Divisão de Tributação (Disit) da SRRF, depois de adotado do procedimento acima narrado: a) proceder ao exame do processo e adotar as providências necessárias ao seu saneamento; b) preparar a minuta da Solução de Consulta ou do Despacho Decisório que declarar sua ineficácia, quando a solução da consulta for de competência da SRRF; c) encaminhar o processo à Coordenação-Geral de Tributação (Cosit), quando se tratar de consulta cuja solução seja de competência dessa Coordenação-Geral; IPI ICMS E OUTROS TRIBUTOS PARANÁ Abril - 16/
3 d) encaminhar à Cosit os processos relativos a recursos de divergência e a representação contra soluções de consulta sobre interpretação da legislação tributária. Na hipótese de consulta sobre classificação de mercadorias, os procedimentos de preparo administrativo, exame e demais atos relacionados ao trâmite do processo de Consulta, serão de competência, respectivamente, da Diana e da Divisão de Nomenclatura e Classificação Fiscal de Mercadorias (Dinom) da Coordenação-Geral de Administração Aduaneira (Coana). 3. COMPETÊNCIA PARA SOLUCIONAR CONSULTA A solução da consulta ou a declaração de sua ineficácia compete à: a) Cosit, no caso de consulta sobre interpretação da legislação tributária formulada por órgão central da administração pública federal ou por entidade representativa de categoria econômica ou profissional de âmbito nacional, em nome de seus associados ou filiados e sobre preços de transferência de que tratam os arts. 18 a 24 da Lei n 9.430, de 27 de dezembro de 1996; b) Coana, no caso de consulta sobre classificação de mercadorias formulada por órgão central da administração pública federal ou por entidade representativa de categoria econômica ou profissional de âmbito nacional, em nome de seus associados ou filiados; e c) - SRRF, nos demais casos. Ressalta-se que a declaração de ineficácia da consulta será formalizada em Despacho Decisório, que poderá ser fundamentado em parecer proferido no respectivo processo, não estando sujeito à publicação. 4. REQUISITOS PARA A SOLUÇÃO DE CONSULTA Na solução de consulta deverão ser observados os atos normativos expedidos pelas autoridades competentes, bem como as Soluções de Consulta e de Divergência sobre a matéria consultada, proferidas pela Cosit e Coana. Diante de consulta idônea e sem falhas formais será proferida Solução de Consulta que deverá conter os seguintes requisitos: a) - identificação do órgão expedidor, número do processo, nome, CNPJ ou CEI, ou CPF, e domicílio tributário do interessado; b)- número da Solução de Consulta, assunto e ementa; c) - relatório da consulta; d) - fundamentos legais; e)- conclusão; e f) - ordem de intimação. Diante da analise e apreciação da consulta pelo órgão competente será publicado no Diário Oficial da União extrato das ementas das Soluções de Consulta e das Soluções de Divergência. Fundamento Legal: Os citados no texto. IPI ICMS E OUTROS TRIBUTOS PARANÁ Abril - 16/
4 ICMS - PR OPERAÇÕES COM IMPRESSOS PERSONALIZADOS Tratamento fiscal Sumário 1. Introdução 2. Conceito de Impresso Personalizado 3. Tratamento Fiscal Não Incidência de ICMS Não Incidência do IPI Incidência do ISS 1. INTRODUÇÃO O conflito tributário gerado pela prestação de serviço oferecida através de empresas gráficas não é recente, uma vez que este ramo de atividade sempre foi alvo de grandes discussões quanto ao fato gerador de ICMS, IPI e ISS. Assim, é possível afirmar que uma empresa gráfica poderá ser contribuinte do ICMS ou do ISS, ou, ainda, de ambos, dependendo da natureza dos impressos que confecciona (personalizados ou não). O presente boletim tem por objetivo apresentar o tratamento fiscal aplicado às saídas de impressos personalizados promovidas por estabelecimentos da indústria gráfica. 2. CONCEITO DE IMPRESSO PERSONALIZADO Sob a ótica da legislação ICMS, consideram-se impressos personalizados os papéis ou formulários de uso ou consumo exclusivo do encomendante, cuja impressão inclua o nome, firma ou razão social, marca de comércio, de indústria ou de serviço, tais como talonários de documentos fiscais, faturas, duplicatas, cartões de visita e papéis para correspondência. Destarte, o impresso personalizado é aquele que é contratado a uma gráfica para uso exclusivo do encomendante, e que não será revendido ou parte integrante de um produto, mas consumido pelo próprio encomendante em sua atividade, reveste a forma de um serviço. Vale dizer que a Lei Complementar 116/2003 traz a sua previsão no item de sua lista anexa, conforme será indicado na presente matéria. 3. TRATAMENTO FISCAL Não Incidência de ICMS Nos termos do disposto da LC 84/1996 e na Lei Complementar 116/2003 é possível afirmar que não incide o ICMS nas saídas, a usuários ou consumidores finais, de impressos personalizados produzidos mediante encomenda, promovidas por estabelecimentos da indústria gráfica. Entende-se por usuário ou consumidor final, a pessoa física ou jurídica encomendante dos impressos personalizados. Outrossim, a não incidência mencionada não se aplica a impressos de qualquer tipo ou natureza destinados à industrialização, comercialização ou posterior distribuição a título gratuito pelo encomendante, tais como rótulos, etiquetas e material de embalagem, bem como qualquer outro produto que, por sua natureza e/ou forma, seja suscetível de utilização específica, independente da mensagem nele contida (agendas, calendários, etc.). A título de exemplificação, os impressos destinados à comercialização ou à industrialização, isto é, aqueles não classificados como personalizados, estão sujeitos à incidência do ICMS. Tais como: IPI ICMS E OUTROS TRIBUTOS PARANÁ Abril - 16/
5 a) os impressos que constituem material de propaganda e que acompanham os produtos; b) os impressos de caráter explicativos, bulas de remédios, guias, certificados de garantia e outros; c) materiais para rotulagem, etiquetagem e os demais destinados a embalagem; d) os produtos que veiculem mensagem publicitária, tais como cadernos, agendas, fichários, fichas e registros de escrituração. O fato gerador para estes casos é a saída da mercadoria dos estabelecimentos industriais, comerciais ou produtores. A sua base de cálculo corresponderá ao valor da operação que decorrer a saída, incluindo-se, se houver, o valor do frete e as demais despesas agregadas ao produto e, também, o próprio ICMS Não Incidência do IPI Afim de analisarmos a não incidência do IPI na impressão de material gráfico personalizado, se faz necessário definir a destinação de tais materiais. A destinação do material é o critério que define a incidência do IPI ou do ISS: quando se realiza o conserto de um objeto de propriedade de seu usuário, sem que tal objeto se destine ao comércio, tem-se presente, a prestação de serviços (ISS). Por outro lado se o mesmo conserto de um objeto idêntico o deixe apto a sua comercialização, estar-se-á diante de uma operação de industrialização (IPI). Abaixo, transcreve-se a solução de consulta 348/2008, que ratifica o exposto nesta matéria e fixa o entendimento da RFB acerca do assunto: MINISTÉRIO DA FAZENDA SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 348 de 29 de Setembro de 2008 ASSUNTO: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI EMENTA: ATIVIDADE GRÁFICA. IMPRESSOS PERSONALIZADOS. INDUSTRIALIZAÇÃO. A produção de impressos personalizados, sob encomenda de terceiros, caracteriza-se como industrialização, salvo se se tratar de impressão por encomenda direta do consumidor ou usuário, na residência do preparador ou em oficina, desde que, em qualquer caso, seja preponderante o trabalho profissional. O fato de operações caracterizadas como industrialização, pela legislação do IPI, se identificarem com quaisquer dos serviços relacionados na lista anexa à LC nº 116, de 2003, sujeitos ao ISS, não impede a incidência do IPI sobre os produtos resultantes dessas industrializações Incidência do ISS Com a publicação da Lei Complementar nº 116/2003, prevaleceu o entendimento de que o ISS é aplicável nas saídas somente de impressos personalizados de uso do encomendante. O fato gerador do ISS nos fornecimentos de impressos personalizados compreende a própria prestação dos serviços gráficos referente à confecção de tais impressos. Devendo sua remessa estar acobertada pela nota fiscal de serviço com o destaque do referido tributo. Lembrando que a sua base de cálculo corresponde ao valor dos serviços prestados e alíquota vigente no Código Tributário Municipal. A fundamentação legal está compreendida ao item da Lei Complementar nº 116/2003, conforme segue: Item Composição gráfica, fotocomposição, clicheria, zincografia, litografia e fotolitografia. Esse posicionamento foi firmado pelo STJ na Súmula 156, senão vejamos: A prestação de serviço de composição gráfica, personalizada e sob encomenda, ainda que envolva fornecimento de mercadorias, esta sujeita, apenas, ao ISS." Fundamentos Legais: Os citados no texto. IPI ICMS E OUTROS TRIBUTOS PARANÁ Abril - 16/
6 LEGISLAÇÃO PR ICMS BASE DE CÁLCULO - ALTERAÇÕES NORMA DE PROCEDIMENTO FISCAL Nº 30, de (DOE de ) Trata dos percentuais para fins de exclusão dos acréscimos financeiros da base de cálculo do ICMS nas vendas a prazo realizadas por estabelecimento varejista, para consumidor final, pessoa física, para o mês de abril de O SECRETÁRIO DE ESTADO DA FAZENDA, no uso de suas atribuições legais, considerando o disposto no inciso I do artigo 45 da Lei n , de 3 de junho de 1987, e artigo 6º, parágrafo 2º, inciso III, alínea b, do Regulamento do ICMS aprovado pelo Decreto n , de 28 de setembro de 2012, RESOLVE: 1 - Considerando que não houve variação da taxa utilizada pelo mercado financeiro, não haverá taxa referencial para exclusão da base de cálculo do ICMS dos acréscimos financeiros cobrados nas vendas a prazo realizadas por estabelecimento varejista, para consumidor final, pessoa física, no mês de abril de Esta Norma de Procedimento Fiscal entrará em vigor na data da sua publicação, surtindo efeitos a partir de 1º abril de Secretaria de Estado da Fazenda, Curitiba, 27 de março de Luiz Carlos Hauly Secretário de Estado da Fazenda ICMS BASE DE CÁLCULO - CAFÉ CRU NORMA DE PROCEDIMENTO FISCAL Nº 31, de (DOE de ) Tabela de valores por saca de café para cobrança de crédito do ICMS (operações interestaduais). O SECRETÁRIO DE ESTADO DA FAZENDA, no uso de suas atribuições legais, CONSIDERANDO o disposto no inciso I do art. 45 da Lei nº 8.485, de 3 de junho e 1987, e o art. 530 do Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto nº 6.080, de 28 de setembro de 2012, RESOLVE: Para fins de cobrança e crédito do ICMS, em operações interestaduais, o valor por saca de café cru em grãos, no período de "0" (zero) hora do dia 1º de abril 2013 até às 24:00 horas do dia 7 de abril de 2013 será: Valor em dólar por saca de café (1) ARÁBICA 166,5000 CONILLONº 137,0000 Valor do US$ Valor Base de Cálculo R$ (2) (3) (1) Valor resultante da média ponderada nas exportações efetuadas, do primeiro ao último dia da segunda semana imediatamente anterior, nos Portos de Santos, Rio de Janeiro, Vitória, Varginha e Paranaguá, relativamente aos cafés arábica e conillon; (2) Deverá ser atualizada a taxa cambial do dólar dos Estados Unidos da América, divulgada pelo Banco Central do Brasil no fechamento do câmbio livre, do 2º dia anterior ao dia da saída de mercadorias; (3) Valor base de cálculo convertido em reais, resultante do valor campo (1) multiplicado pelo campo (2). Esta norma entrará em vigor na data da sua publicação, produzindo efeitos a partir do dia 1º de abril de Secretaria de Estado da Fazenda, Curitiba, 1º de abril de Luiz Carlos Hauly Secretário de Estado da Fazenda IPI ICMS E OUTROS TRIBUTOS PARANÁ Abril - 16/
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