9 Referências bibliográficas
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- Angélica Silveira de Sintra
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5 10 Apêndices 10.1 Apêndice 1: Método de Newton-Raphson Em análise numérica, o método de Newton-Raphson, atribuído a Sir Isaac Newton e Joseph Raphson, tem o objetivo de estimar as raízes de uma função (Kelley 2003). Este é considerado por muitos autores o melhor método para encontrar sucessivas e melhores aproximações de raízes (ou zeros) de uma determinada função real. A convergência frequentemente é rápida, em especial se a estimativa inicial está "suficientemente próximo" da raiz da função. Algoritmo: Trabalha-se com uma expansão da função f(y) em torno da raiz, onde essa expansão em torno de um ponto y=x é dada pela Eq. (43): F(y) = f(x) + (y - x) f'(x) + (y - x) 2 f"(x)/2 Eq. (43) Pode-se usar esta aproximação para calcular o valor da função para a raiz α. Desprezando-se os termos a partir de segunda ordem, obtém-se a Eq. (44): f(α) = f(x) + (α - x) f'(x) Eq. (44) Como f(α)= 0, tem-se a seguinte aproximação, Eq. (45): Eq. (45) Com o método de Newton-Raphson, usando esta equação de forma iterativa, se obtêm aproximações sucessivas da raiz (Figura 48). Eq. (46)
6 114 A Eq. (46) também é chamada de "forma tangente". Se a forma algébrica de f(x) for conhecida, f'(x) também pode ser conhecida a priori, permitindo o uso deste método. Quando a derivação se torna muito complicada, pode-se usar uma aproximação da derivada, como a Eq. (47): Eq. (47) A "forma secante" de Newton-Raphson é obtida substituindo esta aproximação, obtendo a Eq. (48) : Eq. (48) A diferença entre ambas as equações é que para a primeira iteração, na Eq.(48), são necessários dois valores iniciais. Figura 48 Exemplo das iterações do Método de Newton
7 Apêndice 2: Moneyness de uma opção financeira Em finanças, moneyness é uma medida da probabilidade de que um derivativo tem de ter algum valor financeiro na data do seu vencimento. Ele pode ser medido em percentual de probabilidade, ou em desvios-padrão. (Bessada, Barbedo e Araujo, 2007) Pode-se definir moneyness então da seguinte forma, Eq. (49): Eq. (49) Onde: S é o preço atual do ativo K é o preço de exercício da opção r é a taxa de juros livre de risco T é o tempo para o exercício σ é a volatilidade Opções At-the-money (no dinheiro): Uma opção é dita no dinheiro quando o seu preço de exercício é o mesmo que o preço atual do ativo (Hull, 1997). Essa opção não tem nenhum valor intrínseco, somente temporal. O moneyness de uma opção no dinheiro é zero. Opções In-the-money (dentro do dinheiro): Uma opção é dita dentro do dinheiro quando o seu preço de exercício é menor que o valor atual do ativo para uma CALL (a relação para a PUT é inversa). Essa opção tem alta probabilidade de ter valor financeiro no seu vencimento. O moneyness é positivo para uma CALL dentro do dinheiro (negativo para PUT). Opções Out-of-the-money (fora do dinheiro): Uma opção é dita fora do dinheiro quando o seu preço de exercício é maior que o valor atual do ativo para uma CALL (a relação para a PUT é inversa). Essa opção tem baixa probabilidade de ter valor financeiro no seu vencimento. O moneyness é negativo para uma CALL dentro do dinheiro (positivo para PUT).
8 Apêndice 3: Cone de Volatilidade O objetivo de um cone de volatilidade é ilustrar as faixas de volatilidade verificadas no passado para diferentes períodos de análise (Burghart, Lane, 1990). Cones de volatilidade servem como benchmark para visualizar se a volatilidade atual do ativo está alta ou baixa em relação ao seu histórico. Pode-se ver abaixo na Figura 49 um exemplo de um cone de volatilidade do ativo BBDC4 formado no dia 20/09/2007. Para a construção do cone abaixo utilizou-se as volatilidades máximas, mínimas e médias realizadas nos 6 meses anteriores para períodos de cálculo de 15 dias, 30 dias, 45 dias e 60 dias. Figura 49 Exemplo de Cone de volatilidade para o ativo BBDC4 no dia 20/09/2007 Quando ilustrado graficamente pode-se ver porque esse método é chamado de cone, alguns estudos traçam também certos percentis da volatilidade para cada período de cálculo. O cone mostra a tendência que volatilidades de curto prazo têm de oscilar mais do que volatilidades de longo prazo. O cone de volatilidade dá mais informação do que uma previsão de um simples ponto específico de volatilidade no tempo, quando se compara com a volatilidade implícita de uma opção. Achar que a volatilidade implícita de uma opção a 17% está sobre-avaliada quando se têm uma previsão por GARCH de 13% pode não fazer tanto sentido quando se constrói um cone e verifica-se que a volatilidade histórica variou entre 10% e 25% nos últimos 6 meses. Considerando
9 117 a característica de reversão a média da volatilidade, uma estratégia mais sensata seria considerar uma volatilidade implícita sobre-avaliada quando a mesma está acima do 80% percentil e sub-avaliada quando está abaixo do 20% percentil do cone de volatilidade, por exemplo Apêndice 4: Gregas das Opções A seguir apresentamos as diversas medidas de sensibilidade das opções, as letras gregas, de acordo com Bessada, Barbedo e Araujo (2007). Delta: Variação no preço da opção dada uma variação de R$1,00 no preço do ativo objeto. O delta também é a probabilidade de exercício da opção, logo quanto mais dentro do dinheiro maior o delta. Gamma: Mede a variação do Delta em relação à variação de R$1,00 no preço do ativo-objeto. Vega: Mede a variação do preço da opção dada uma variação de 1% na volatilidade. Theta: Mede quanto o preço da opção perde por dia com o decorrer do tempo até o vencimento (um dia). Rho: Mede a variação do prêmio da opção em relação a variação de 1% na taxa de juros Apêndice 5: Curvas de Evolução das Otimizações Nas figuras 50, 51 e 52 podemos ver as curvas de evolução das otimizações das carteiras por algoritmos genéticos, com as três funções objetivo diferentes, para o estudo de caso 2 com custos operacionais. As otimizações são pausadas quando se alcança o número máximo de ciclos, mesmo se uma convergência total não for alcançada.
10 118 Figura 50 Evolução do resultado da carteira otimizada pela função Probabilidade Máxima Figura 51 Evolução do resultado da carteira otimizada pela função Probabilidade Área Total
11 119 Figura 52 Evolução do resultado da carteira otimizada pela função Omega 10.6 Apêndice 6: Histórico do IBOVESPA Na figura 53 temos o gráfico do histórico de fechamentos diários do IBOVESPA de Janeiro de 2005 até Julho de 2010, período utilizado para o desenvolvimento deste trabalho.
12 Figura 53 Histórico de Fechamento Diário do IBOVESPA. 120
13 Apêndice 7: Estatística da Regressão Quadrática Na Tabela 34 a seguir podemos ver as estatísticas da regressão quadrática realizada entre as 49 cestas de volatilidade histórica, com um período de cálculo de 30 dias, e a volatilidade futura resultante. Pode-se ver pelo Stat T que os coeficientes da regressão são significantes. Tabela 34 Estatísticas da Regressão Estatística de regressão R múltiplo 0, R Quadrado 0, R quadrado ajustado 0, Erro padrão 0, Observações 49 ANOVA gl SQ MQ F F de significação Regressão 2 3, , , ,24656E 36 Resíduo 46 0, , Total 48 3, Coeficientes Erro padrão Stat t valor P 95% inferiores 95% superiores Inferior 95,0% Superior 95,0% Interseção 0, , , , , , , , Variável X 1 0, , , ,93764E 15 0, , , , Variável X 2 0, , , , , , , ,
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