ILICITUDE (ANTIJURIDICIDADE)

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "ILICITUDE (ANTIJURIDICIDADE)"

Transcrição

1 ILICITUDE (ANTIJURIDICIDADE)

2 ILICITUDE (ANTIJURIDICIDADE) Conceito: É a relação de contrariedade entre o fato humano e as exigências do ordenamento jurídico (sentido amplo), representando uma lesão ou ameaça de lesão a bens jurídicos protegidos.

3 É o juízo de valor negativo que recai sobre a conduta humana que caracteriza um fato típico. É a relação de antagonismo que se estabelece entre uma conduta humana voluntária e o ordenamento jurídico, de sorte a causar lesão ou a expor a perigo de lesão um bem jurídico tutelado.

4 Teoria da Ratio Cognoscendi A tipicidade exerce uma função indiciária de ilicitude, ou seja, encerra um juízo condicionado de ilicitude, que se verificará se não houver uma causa de justificação prevista pelo ordenamento.

5 ILICITUDE Em sentido amplo, quando se fala em antijuridicidade não se quer dizer necessariamente contrariedade a lei penal, mas sim à ordem jurídica, o que significa dizer que há fatos que são antijurídicos e que, no entanto, não são crimes. Ex.: O dano culposo é ilícito na esfera civil, porém, não é crime previsto no art. 163, do CP. Ex.: A fuga de preso, desde que não seja com violência contra a pessoa, é um fato antijurídico, mas não é crime.

6 2. CAUSAS DE EXCLUSÃO DA ILICITUDE 2.1 Requisitos das causas de exclusão da ilicitude: a) Requisito Objetivo - elementos objetivos constantes da norma permissiva b) Requisito Subjetivo - consciência de agir justificadamente, caracterizada pela relação de congruência entre a conduta do agente e a norma que permite sua prática

7 2.2 Espécies de Causas de Exclusão de ilicitude a) Causas Legais de Exclusão de ilicitude Art Não há crime quando o agente pratica o fato: I - em estado de necessidade; II - em legítima defesa; III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito. b) Causas Supralegais de exclusão da ilicitude ex.: consentimento do ofendido

8 3. ESTADO DE NECESSIDADE 3.1 CONCEITO: Art Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se. No estado de necessidade há a colisão de dois bens jurídicos amparados pelo ordenamento, o que levará, num juízo de ponderação, à prevalência de um sobre outro.

9 3.2 TEORIAS A) TEORIA UNITÁRIA (ADOTADA PELO CÓDIGO PENAL): Todo estado de necessidade é justificante, ou seja, tem a finalidade de eliminar a ilicitude do fato típico praticado pelo agente, não importando se o bem por ele protegido é de valor igual ou superior àquele que está sofrendo a ofensa.

10 B) TEORIA DIFERENCIADORA (ALEMÃ) (ADOTADA PELO CÓDIGO PENAL MILITAR - art. 39 e 43) Considerando-se os valores dos bens em conflito, distingue o estado de necessidade justificante (afasta a ilicitude, quando o bem protegido é de valor superior àquele afetado - ex.: vida x patrimônio) do estado de necessidade exculpante (elimina a culpabilidade, quando o bem protegido é de valor igual ou menor que o afetado).

11 3.3 REQUISITOS DO ESTADO DE NECESSIDADE A) AMEAÇA A DIREITO PRÓPRIO OU ALHEIO B) PERIGO ATUAL (INEVITÁVEL) C) INEXIGIBILIDADE DE SACRIFÍCIO DO BEM AMEAÇADO D) SITUAÇÃO NÃO PROVOCADA PELO AGENTE E) INEXISTÊNCIA DO DEVER LEGAL DE ENFRENTAR O PERIGO F) CONHECIMENTO DA SITUAÇÃO DE FATO G) FINALIDADE DE SALVAR DE PERIGO

12 A) AMEAÇA A DIREITO PRÓPRIO OU ALHEIO É perfeitamente possível agir em estado de necessidade de terceiros, independentemente da concordância do titular, desde que o bem em jogo seja indisponível. Ex.; art. 128, I, CP. Se o bem jurídico for disponível, cabe sua defesa ao seu titular, que diante do caso concreto, pode optar em defendê-lo ou não. Pode o titular aquiescer para que terceira pessoa atue a fim de salvaguardar seu bem, o que caracteriza o estado de necessidade de terceiro. Ex.; art. 128, II, CP.

13 B) PERIGO ATUAL (INEVITÁVEL) é necessária a ocorrência de perigo atual (prestes a concretizar-se em dano), não bastando um perigo abstrato, eventual, futuro. o perigo deve ser inevitável para o bem jurídico, ou seja, só pode ser evitado com o sacrifício de outro bem. Se houver possibilidade de fuga ou de outro modo de evitar o perigo não haverá estado de necessidade.

14 C) INEXIGIBILIDADE DE SACRIFÍCIO DO BEM AMEAÇADO Princípio da Razoabilidade: "cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se". Embora o CP tenha adotado a Teoria Unitária, mesmo que não se possa alegar o estado de necessidade, se o bem que se defende é de valor menor que o sacrificado, porque não era razoável agir dessa forma, é possível discutir o fato em sede de culpabilidade, quando da análise da exigibilidade de conduta diversa.

15 D) SITUAÇÃO NÃO PROVOCADA PELO AGENTE ("que não provocou por sua vontade") Não se pode alegar estado de necessidade quando o agente provocou o perigo voluntariamente. Parte da doutrina entende que somente a conduta dolosa que criou a situação de perigo afasta o estado de necessidade. Outra corrente sustenta que tanto o dolo quanto a culpa afastam o estado de necessidade

16 E) INEXISTÊNCIA DO DEVER LEGAL DE ENFRENTAR O PERIGO (art. 24, 1º, CP) Determinadas profissões, por sua própria natureza, são perigosas ( bombeiros, policiais, salva-vidas) e aqueles que as assumem se comprometem a tentar livrar as pessoas de situações perigosas em que se encontram. Deve-se utilizar um critério de razoabilidade. Dever legal é o dever imposto pela lei, não se permitindo extensão ao dever simplesmente resultante de contrato.

17 F) CONHECIMENTO DA SITUAÇÃO DE FATO O agente deve conhecer os elementos objetivos de justificação (perigo atual ao bem jurídico). G) FINALIDADE DE SALVAR DE PERIGO Além de conhecer os elementos, o agente deve ter a vontade de salvamento, ou seja, de agir preservando o bem jurídico.

18 A) ESTADO DE NECESSIDADE DEFENSIVO - a conduta do agente dirige-se diretamente ao produtor da situação de perigo, a fim de eliminá-la. B) ESTADO DE NECESSIDADE AGRESSIVO - a conduta do necessitado vem a sacrificar bens de um inocente, não provocador da situação de perigo.

19 C) ESTADO DE NECESSIDADE PUTATIVO A situação de perigo que ensejaria ao agente agir amparado pela causa de justificação é imaginária (falsa representação da realidade). Aplica-se a regra do art. 20, 1º, CP - descriminantes putativas: erro invencível (isenta de pena) erro vencível (culpa)

20 4. LEGÍTIMA DEFESA 4.1 CONCEITO: Art Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. A legítima defesa é constituída pela possibilidade de reação direta do agente em defesa de um interesse próprio ou de terceiro, dada a impossibilidade da intervenção tempestiva do Estado, o qual tem igualmente por fim que interesses dignos de tutela não sejam lesados.

21 4.2 BENS AMPARADOS PELA LEGÍTIMA DEFESA Em regra, todos os bens jurídicos tutelados pela lei são passíveis de defesa pelo ofendido, desde que, para sua defesa, o agente não tenha tempo suficiente ou não possa procurar o necessário amparo das autoridades constituídas para tanto. Polêmica: bens considerados comunitários (ex.: fé pública, ordem pública, o reto funcionamento da administração pública).

22 4.3 REQUISITOS DA LEGÍTIMA DEFESA A) INJUSTA AGRESSÃO B) ATUALIDADE E IMINÊNCIA DA AGRESSÃO C) DEFESA DE DIREITO PRÓPRIO OU DE TERCEIRO D) USO MODERADO DOS MEIOS NECESSÁRIOS E) ELEMENTO SUBJETIVO

23 A) INJUSTA AGRESSÃO Agressão é o ato proveniente de conduta humana lesiva a bem juridicamente protegido não autorizada pelo direito. Não é necessário que seja crime, nem fato típico. É independente da imputabilidade de seu autor. A agressão injusta do inimputável pode ser repelida por legítima defesa, devendo-se optar pela forma de repulsa que cause o menor dano possível.

24 B) ATUALIDADE E IMINÊNCIA DA AGRESSÃO atual - é a agressão em curso no momento da reação defensiva iminente - é a agressão que está para acontecer e se apresenta como possibilidade concreta, em vias de desencadear-se excluem-se: agressões passadas (já se consumaram e produziram seus efeitos) e futuras (simples ameaça, temor de agressão)

25 C) DEFESA DE DIREITO PRÓPRIO OU DE TERCEIRO Próprio - legítima defesa própria Alheio - Legítima defesa de terceiro. Se for disponível o bem de terceira pessoa, que está sendo objeto de ataque, o agente somente poderá intervir para defendê-lo com a autorização de seu titular.

26 D) USO MODERADO DOS MEIOS NECESSÁRIOS Meios necessários - dentre os meios que estavam disponíveis, são aqueles eficazes e suficientes para repelir a agressão Emprego moderado - Intensidade dada pelo agente na utilização dos meios de defesa. São avaliados no caso concreto, mediante um critério de proporcionalidade (necessidade de defesa/necessidade dos meios empregados). Não há legítima defesa quando a gravidade da lesão defendida se põe em relação de insignificância com a reação defensiva.

27 E) ELEMENTO SUBJETIVO (animus defendendi) A ação típica justificada é aquela que desde o ponto de vista material realiza todos os pressupostos da causa de justificação e cuja finalidade se orienta a essa realização. Implica um elemento subjetivo: a finalidade de atuar amparado por ela, ou, mais amplamente, de conduzir-se conforme o direito.

28 4.4 observações: LEGÍTIMA DEFESA RECÍPROCA Em regra, à luz do art. 25, CP, não é possível. Somente poderá ser aventada a hipótese de legítima defesa se um dos agentes agredir injustamente o outro. Admite-se a coexistência de legítima defesa putativa e legítima defesa real (autêntica).

29 LEGÍTIMA DEFESA SUCESSIVA A defesa praticada pelo agente, embora inicialmente legítima, transformou-se em agressão injusta quando incidiu no excesso doloso. Aquele que viu repelida a sua agressão, inicialmente injusta, pode agora alegar a excludente a seu favor, porque o agredido passou a ser considerado injusto agressor, em virtude de seu excesso.

30 OFENDÍCULOS São aparelhos predispostos para a defesa da propriedade ou mesmo da vida ou da integridade física (arame farpado, cacos de vidro em muros etc) visíveis e a que estão equiparados os meios mecânicos ocultos (eletrificação de fios, maçanetas de portas, instalação de armas prontas para disparar contra intrusos), admitindo-se inclusive cães ou outros animais de guarda.

31 OFENDÍCULOS Há quem entenda que os ofendículos sejam uma situação de legítima defesa preordenada, enquanto que há outros autores que sustentam que se trata de exercício regular de direito. São aceitos pelo ordenamento, mas o agente deve ter precauções na sua utilização, sob pena de responder pelos resultados dela advindos.

32 5. ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL São os atos necessários praticados para o cumprimento do dever previsto em norma jurídica (lei em sentido material) Em geral, são dirigidos àqueles que fazem parte da administração pública (policiais, oficiais de justiça).

33 5. ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL De acordo com a doutrina, em geral, compreende os deveres de intervenção do funcionário na esfera privada para assegurar o cumprimento da lei ou de ordens de superiores da administração pública, que podem determinar a realização justificada de tipos legais (coação, privação de liberdade, violação de domicílio, lesão corporal).

34 5. ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL Dever legal - previsto em norma jurídica (penal ou extrapenal), de caráter geral, podendo ser disposições jurídicas administrativas (decreto, portaria, regulamento). Não abrange dever social, moral ou religioso. Estrito - a ação deve ser executada obedecendo às condições objetivas a que esteja subordinada. Elemento Subjetivo - orientação de ânimo no sentido de cumprir o dever imposto pela norma legal.

35 6. EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO DIREITO - compreende todos os tipos de direito subjetivo (penal e extrapenal), podendo ainda tratar-se de norma codificada ou consuetudinária. REGULAR - é que se contém nos limites dispostos pelo fim econômico ou social do direito em causa, pela boa fé e pelos bons costumes. O sujeito ativo exercita uma faculdade que lhe é conferida pelo ordenamento.

36 6. EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO Responde pelo crime se houver intuito de prejudicar - abuso de direito Responde pelo excesso se houver irregular exercício ou se exceder os limites objetivos Elemento subjetivo - é necessária a vontade de agir de acordo com o ordenamento. ex.: práticas desportivas violentas praticadas de acordo com as regras da modalidade ex.: correção aplicada pelos pais

37 7. CONSENTIMENTO DO OFENDIDO Pode afastar a ilicitude do fato como causa supralegal de exclusão da ilicitude, desde que: 1. o ofendido tenha capacidade para consentir (penalmente imputável) tenha manifestado sua aquiescência livremente (sem coação, fraude ou qualquer outro vício de vontade); e em condições de compreender o significado e as consequências de sua decisão.

38 2. o bem sobre o qual recai a conduta do agente seja disponível (patrimônio, integridade física, em alguns casos) 3. o consentimento tenha sido dado anteriormente ou pelo menos numa relação de simultaneidade à conduta do agente. Se for posterior, não afastará a ilicitude da conduta praticada.

39 EXCESSO PUNÍVEL Art. 23, Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo excesso doloso ou culposo.

40 EXCESSO DOLOSO: 1) Quando o agente, mesmo depois de fazer cessar a agressão, continua o ataque porque quer causar mais lesões ou mesmo a morte do agressor inicial (excesso doloso em sentido estrito). Ele dá continuidade, sabendo que não podia prosseguir, por não ser mais necessário.

41 EXCESSO DOLOSO: 2) Quando o agente, mesmo depois de fazer cessar a agressão, pelo fato de ter sido agredido inicialmente, em virtude de erro de proibição indireto (erro sobre os limites de uma causa de justificação), acredita que possa ir até o fim, matando seu agressor, por exemplo.

42 Excesso Culposo: 1) Quando o agente, em função de sua má avaliação dos fatos, emprega uma repulsa desmedida desde o início (excesso culposo em sentido estrito). Não havia necessidade de atuar com a intensidade com que atuou.

43 Excesso Culposo: 2) O agente, em função de sua falsa representação dos fatos, acredita que ainda está sendo ou poderá vir a ser agredido e, em virtude disso, dá continuidade à repulsa (aplicando-se a regra do artigo 20, 1º, CP - descriminante putativa - se inevitável, isenta de pena; se evitável pune-se a título de culpa).

44 EXCESSO EXTENSIVO: Após fazer cessar a injusta agressão ou o perigo, o agente dá continuidade à ação defensiva, quando essa já não é mais necessária, por não estarem mais presentes os pressupostos da legítima defesa. Marco fundamental - momento em que o agente, com sua ação, faz cessar a agressão/perigo.

45 EXCESSO EXTENSIVO: O excesso propriamente dito só pode ocorrer diante dos pressupostos fáticos da causa de justificação. Não estando presentes tais pressupostos, o excesso será impróprio, eis que o sujeito atuou em erro de tipo permissivo (descriminantes putativas) ou em erro de proibição.

46 EXCESSO INTENSIVO: Ocorre quando o agente, durante a repulsa à agressão injusta, podendo fazê-lo de forma menos lesiva, desde o início, intensifica-a de forma imoderada. Pressuposto: a agressão é atual, mas a ação defensiva poderia e deveria ter sido menos gravosa.

47 EXCESSO INTENSIVO: O excesso se refere à espécie dos meios empregados ou ao grau de sua utilização. O sujeito se excede na medida requerida para a defesa ou para afastar o perigo.

48 EXCESSO EXCULPANTE: Segundo Assis Toledo, o excesso exculpante (que é intensivo) pode decorrer de perturbação mental, medo ou susto. Há uma causa supralegal de exclusão da culpabilidade do agente por inexigibilidade de conduta diversa.

49 EXCESSO EXCULPANTE: Em virtude de uma perturbação mental decorrente do pavor experimentado pelo sujeito durante a agressão ou diante do perigo, no caso concreto, lhe é suprimida a capacidade de avaliar perfeitamente o excesso. A resposta excessiva é decorrente de severa perturbação emocional do agredido ou necessitado.

50 TEORIAS DA CULPABILIDADE

51 1) TEORIA CLÁSSICA OU PSICOLÓGICA DA CULPABILIDADE (SISTEMA CAUSAL-NATURALISTA DE LISZT- BELING) Conceito analítico do delito (Aspectos): Externo (Injusto Penal) objetivo ação típica e antijurídica Interno subjetivo culpabilidade (vínculo psicológico que liga o agente ao fato praticado).

52 A CULPABILIDADE compreendia o aspecto interno do delito, nela se denunciando o vínculo psicológico que unia o agente ao fato praticado, por isso ficou conhecida como teoria psicológica da culpabilidade ou sistema clássico. Dolo e culpa eram espécies de culpabilidade. A imputabilidade era pressuposto da culpabilidade, para a indagação do elemento anímico.

53 2) TEORIA NORMATIVA (FRANK) OU PSICOLÓGICO-NORMATIVA (SISTEMA NEOCLÁSSICO METODOLOGIA NEOKANTIANA) Ante a influência de ideias neokantianas, no sistema neoclássico a CULPABILIDADE passa a ser vista como um juízo de censura ou reprovação, introduzindo-se elemento normativo ao que tinha cunho apenas psicológico. A CULPABILIDADE passa a ser o juízo de desaprovação jurídica (NORMATIVA) do ato que recai sobre o autor.

54 Assim, para a punição, não bastava a existência de vínculo subjetivo, mas era necessário que se pudesse, naquelas condições, exigir do agente uma conduta conforme o direito. Elementos: A IMPUTABILIDADE deixa de ser pressuposto da culpabilidade e passa a ser seu elemento. Imputabilidade é a possibilidade de se responder penalmente ante a real consciência da ilicitude e de se determinar conforme este entendimento

55 DOLO (vontade e consciência de realizar o fato proibido) e CULPA (vontade defeituosa) são espécies de culpabilidade. DOLUS MALUS além da vontade, exige-se o consciência da ilicitude do fato elemento normativo. O dolo é consciência e vontade de realizar uma conduta, com conhecimento da ilicitude do fato. A INEXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA era causa geral de exclusão da culpabilidade.

56 3) TEORIA DA AÇÃO FINAL (WELZEL) OU TEORIA NORMATIVA PURA (SISTEMA FINALISTA) No sistema finalista, a CULPABILIDADE passa a um juízo de censura endereçado ao agente, por não ter agido conforme a norma quando podia fazê-lo, restando-lhe apenas elementos normativos de valoração, razão pela qual é conhecida como teoria normativa pura.

57 O DOLO é transportado da culpabilidade para o fato típico e, afastado de sua carga normativa, passa a ser dolo NATURAL. Assim, a CULPABILIDADE conserva apenas os elementos de natureza NORMATIVA: IMPUTABILIDADE. POTENCIAL CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE. EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA

58 4) FUNCIONALISMO (ROXIN/JAKOBS) Abandona-se o conceito ontológico do crime e fundamenta-se nas finalidades/funções do Direito Penal (teoria dos fins da pena) AMPLIAÇÃO do conceito de culpabilidade para RESPONSABILIDADE (necessidade preventiva geral e especial da pena). A teoria funcional voltou suas atenções para os efeitos da pena sobre as pessoas que observam o Direito e que confiram na vigência efetiva de suas normas para a proteção dos bens jurídicos (prevenção geral positiva ou de integração).

59 Na noção de culpabilidade orientada pelos fins da pena do funcionalismo, a responsabilidade, como condição da pena, representa o somatório da culpabilidade com a necessidade de sanção no caso concreto, por razões de prevenção geral ou especial, sendo decisivo, para fundamentá-la, que se queira e deva responsabilizar o autor do fato.

60 O funcionalismo ainda legitimou a aplicação da pena na prevenção especial, que é dirigida à pessoa do condenado visando integrá-lo à sociedade (prevenção especial positiva) ou, ao menos impedir que pratique novos crimes enquanto estiver privado de sua liberdade (prevenção especial negativa). A culpabilidade, neste contexto, transforma-se em critério para a punibilidade - passando a pena a ser legítima sempre que seja socialmente útil.

61 CULPABILIDADE (SEGUNDO A TEORIA FINALISTA) CONCEITO: é o juízo de reprovação pessoal que se realiza sobre a conduta típica e ilícita praticada pelo agente. É a reprovabilidade da configuração da vontade (Welzel). CULPABILIDADE é a reprovabilidade do fato típico e antijurídico, fundada em que seu autor o executou não obstante que, na situação concreta, podia submeter-se às determinações e proibições do Direito.

62 A culpabilidade (juízo de censura que recai sobre a conduta típica e ilícita) é INDIVIDUAL. Assim, todos os fatores, internos e externos, devem ser considerados a fim de se apurar se o agente, nas condições em que se encontrava, podia agir de outro modo, ou seja, de acordo com o Direito. ELEMENTOS: IMPUTABILIDADE; POTENCIAL CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE; EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA.

63 IMPUTABILIDADE É a plena capacidade (estado ou condição) de entender e de querer - de responsabilidade criminal - o imputável responde por seus atos. É a aptidão psíquica do agente em relação à compreensão do ilícito e à sua capacidade de determinar seu comportamento. É "o conjunto das condições de maturidade e sanidade mental que permitem ao agente conhecer o caráter ilícito de seu ato e determinar-se de acordo com este entendimento". (Anibal Bruno)

64 Aspectos: 1. cognoscitivo (intelectivo) - capacidade genérica de compreender as proibições ou determinações jurídicas (caráter ilícito do fato). O agente deve poder prever as repercussões que a própria ação poderá acarretar no mundo social (percepção do significado ético-social do próprio agir). 2. volitivo (determinação da vontade) - capacidade de dirigir a conduta de acordo com o entendimento éticojurídico (de avaliar o valor do motivo e o valor inibitório da ameaça penal e atuar conforme esta compreensão).

65 Causas de exclusão da imputabilidade I. Inimputabilidade por alienação mental (art. 26, CP) 1. Doença Mental - Qualquer processo patológico degenerativo ou não que afete a integridade psíquica do agente. É a alteração mórbida da saúde mental, independentemente de sua origem. 2. Desenvolvimento mental incompleto ou retardado - oligofrenia ou retardamento mental - falta de desenvolvimento das faculdades mentais (idiotia, imbecilidade).

66 CRITÉRIO (SISTEMA) BIOPSICOLÓGICO OU MISTO (artigo 26 do Código Penal): Atende tanto às bases biológicas que produzem a inimputabilidade como às suas consequências na vida psicológica ou anímica do agente. Combinação: presença de anomalias mentais + completa incapacidade de entendimento e determinação (art. 26, caput, CP). Aplica-se medida de segurança ao inimputável - internação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico ou tratamento ambulatorial (art. 96 e 97, CP) - sist. vicariante.

67 Situações de inimputabilidade (regra do art. 26, caput, CP) Embriaguez patológica, demência alcoólica, alcoolismo crônico e delirium tremens: DEPENDÊNCIA DE DROGAS (ART. 45 DA LEI 11343/2006) -

68 II. Inimputabilidade por imaturidade natural (art. 27, CP - CRITÉRIO BIOLÓGICO PURO) Menoridade - menores de 18 anos Princípio da inimputablidade absoluta (iure et de iure) por presunção legal (art. 27, CP) - por questões de política criminal. Critério biológico da idade do agente - art 228, CRFB (somente por meio de um procedimento qualificado de emenda à Constituição, a menoridade penal pode ser reduzida)

69 O agente fica sujeito a disposições específicas do ECA (ato infracional, medidas de proteção, medidas sócio-educativas) - art. 104, ECA (lei 8069/90). Prova da menoridade - certidão de nascimento ou carteira de identidade (art. 155, CPP). Súmula 74, STJ - qualquer documento hábil. Observação: Agente com idade entre 18 a 21 anos circunstância atenuante da pena (art. 65, I, 1ª parte, CP) e redução do prazo prescricional (art. 115, CP) - não foi alterado pelo Código Civil.

70 III. Inimputabilidade por Embriaguez completa acidental (involuntária) (art. 28, 1º, CP) ou por efeito involuntário de droga (art. 45, da lei 11343/2006) Conceito de Embriaguez: distúrbio físico-mental resultante de intoxicação por álcool ou substância de efeitos análogos, afetando o sistema nervoso central, como depressivo/narcótico. Perturbação psicológica mais ou menos intensa, provocada pela ingestão do álcool ou outra substância de afeitos análogos.

71 REQUISITOS: Embriaguez involuntária: caso fortuito (evento da natureza ou do acaso ou força maior (ação humana. Embriaguez completa - deve-se combinar a embriaguez/efeito da droga com a incapacidade total de entendimento e determinação.

72 Causas de redução de pena (imputabilidade iminuída ou atenuada) SEMI-IMPUTABLIDADE PERTURBAÇÃO DA SAÚDE MENTAL OU DESENVOLVIMENTO MENTAL INCOMPLETO OU RETARDADO (art. 26, parágrafo único, CP) OU DEPENDÊNCIA DE DROGAS (art. 46 c/c art. 45 (1ª figura), ambos da Lei 11343/2006) EMBRIAGUEZ INVOLUNTÁRIA INCOMPLETA (art. 28, 2º, CP) OU POR EFEITO INVOLUNTÁRIO DE DROGA (Art. 46, c/c art. 45 (2ª figura), ambos da Lei 11343/2006)

73 "não era inteiramente capaz" - redução da capacidade de imputabilidade - afetam sem excluir a capacidade de entender e querer. causa de diminuição de pena obrigatória ("DEVE REDUZIR" "PODE" = DE 1/3 A 2/3) área intermediária, limítrofe entre a perfeita saúde mental e a insanidade/dificuldade de demarcação - fronteiriços/bipolares - estado atenuados, incipientes ou residuais de psicoses, transtornos mentais transitórios sistema vicariante - efeitos: redução da pena OU substituição por medida de segurança, caso o condenado necessite de tratamento (ART. 98, CP).

74 Situações que não excluem a imputabilidade penal I. ESTADOS EMOTIVOS OU PASSIONAIS (art. 28, I. CP) 1. EMOÇÃO - sentimento intenso e passageiro que altera o estado psicológico do indivíduo (angústia, medo, vingança, tristeza) 2. PAIXÃO - emoção-sentimento - idéia permanente ou crônica por algo. (cupidez, amor, ódio, ciúme)

75 Não têm o condão de elidir (afastar) a imputabilidade penal (art. 28, I, CP), salvo quando patológicas (art, 26, CP). Podem, em certas circunstâncias, aparecer como atenuante (art. 65, III, CP) ou causa de diminuição de pena (art. 121, 1º, CP - homicídio privilegiado "violenta emoção logo após injusta provocação ).

76 EMBRIAGUEZ NÃO ACIDENTAL (art. 28, II, CP) CULPOSA - é previsível pelo sujeito o estado de ebriedade, decorrente da ingestão da substância sem observar o dever de cuidado. VOLUNTÁRIA (em sentido estrito) - o estado de embriaguez é voluntário/desejado pelo sujeito, sem necessariamente haver intenção de praticar crimes. PREORDENADA - o sujeito, voluntariamente, coloca-se em estado de embriaguez a fim de praticar o delito - constitui circunstância agravante (art. 61, II, alínea "l" CP).

77 TEORIA DA ACTIO LIBERA IN CAUSA (AÇÃO LIVRE NA CAUSA) - art. 28, II, CP É imputável quem, no estado de embriaguez voluntária (sentido amplo), é causador, por ação ou omissão (conduta humana), de um resultado punível. A verificação da imputabilidade é transferida para o momento anterior ao da prática delitiva (antes do estado de embriaguez - voluntária ou culposa).

78 Crítica da doutrina: Configura situação de responsabilidade penal objetiva, em razão do conceito amplíssimo acolhido ao abarcar, inclusive, o delito cometido em estado de ebriedade não acidental previsível ("quando podia e devia prever") para o agente quando imputável. Evidente afronta aos princípios da responsabilidade subjetiva (culpabilidade) e da legalidade, por não estar expressamente prevista.

79 POTENCIAL CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE Art. 21, CP - O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço. Consciência da Ilicitude é a capacidade de o agente de uma conduta proibida, na situação concreta, apreender a antissocialidade, a imoralidade ou a lesividade de seu comportamento. É a consciência profana do injusto, proveniente das normas de cultura, dos princípios morais e éticos, dos conhecimentos adquiridos na vida em sociedade.

80 Potencial Consciência o direito penal não exige a real consciência. Basta a possibilidade que o agente, no caso concreto, possuía para alcançar este conhecimento. Erro: falsa representação da realidade ou o falso ou equivocado conhecimento de um objeto. Ignorância: falta de representação da realidade ou desconhecimento total do objeto.

81 ERRO DE PROIBIÇÃO DIRETO (ART. 21, CP) - o erro recai sobre o conteúdo proibitivo da norma penal. Ex.: alguém mantém relações sexuais com uma mulher doente mental, sem compreender que tal conduta era proibida. (estupro de vulnerável - art. 217-A, CP). ERRO MANDAMENTAL - incide sobre o mandamento contido nos crimes omissivos próprios ou impróprios (norma mandamental).

82 ERRO DE PROIBIÇÃO INDIRETO (ERRO DE PERMISSÃO) - há uma suposição errônea sobre a existência ou os limites de uma causa de justificação (à luz da teoria limitada da culpabilidade). ex.: legítima defesa da honra.

83 TEORIA LIMITADA DA CULPABILIDADE 1) Se o erro for sobre a situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima é Erro de Tipo Permisssivo (art. 20, 1º, CP). Erro escusável - isenta de pena. Erro inescusável, responde a título de culpa, se houver previsão legal.

84 2) Se o erro for sobre a existência ou os limites da causa de justificação - Erro de Proibição Indireto (art. 21, CP) Consequências: Se escusável, é isento de pena, pois afasta a culpabilidade (potencial consciência da ilicitude do fato). Se inescusável, a pena será diminuída de 1/6 a 1/3.

85 TEORIA EXTREMADA (ESTRITA) DA CULPABILIDADE Todo e qualquer erro sobre causa de justificação é ERRO DE PROIBIÇÃO, não importando se o erro recai sobre a situação fática ou sobre a própria existência da causa de justificação ou seu limite..

86 EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA É a possibilidade que tinha o agente de, no momento da ação ou omissão, comportar-se de acordo com o Direito, considerando a sua particular condição de pessoa humana. Na inexigibilidade de conduta diversa, há uma impossibilidade de determinar-se conforme o Direito, apesar de presente a imputabilidade e consciência da ilicitude.

87 COAÇÃO (MORAL) IRRESISTÍVEL - VIS COMPULSIVA (ART. 22, CP): À luz da teoria finalista, coação moral não se confunde com a coação física (vis absoluta). Esta afasta a conduta - não há vontade - (não há fato típico). Naquela, o agente pratica conduta típica e ilícita, mas é inculpável, por inexigibilidade de conduta diversa.

88 A irresistibilidade é medida pela gravidade do mal ameaçado de acordo com o poder do coator em produzi-lo. Deve estar na disponibilidade/domínio do coator realizar o mal (grave e iminente) ameaçado. Se a coação moral for resistível, funciona como circunstância atenuante para o coagido (art. 65, III, c, 1ª parte, CP). Aqui, há concurso de pessoas e o coator sofrerá a incidência da agravante do art. 62, II, CP.

89 ESTRITA OBEDIÊNCIA HIERÁRQUICA (ART.22, CP) Requisitos: 1º - ordem proferida por superior hierárquico (relação de direito público) - é necessário que o executor tenha dependência funcional com aquele que deu a ordem. Obs.: A hieraquia privada não é abrangida pela excludente de culpabilidade, pois não há relação hierárquica entre particulares. 2º - ordem não manifestamente ilegal - decorre do Princípio da legalidade da administração pública e presunção de legalidade dos atos administrativos.

90 3º - o sujeito se atém estritamente aos limites da ordem - se o agente extrapola esses limites, não pode ser beneficiado com a causa de exclusão da culpabilidade). O crime cometido em cumprimento de ordem de autoridade superior pode funcionar como circunstância atenuante (art. 65, III, c, 2ª parte, CP).

91 INEXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA COMO CAUSA SUPRALEGAL DE EXCLUSÃO DA CULPABILIDADE As causas supralegais de exclusão da culpabilidade, embora não previstas expressamente no texto legal, decorrem da aplicação dos princípios informadores do ordenamento jurídico. Não há proibição na legislação penal de utilização do argumento da inexigibilidade de conduta diversa como causa supralegal de exclusão da culpabilidade.

92 EXCESSO EXCULPANTE: Segundo Assis Toledo, o excesso exculpante (que é intensivo) pode decorrer de perturbação mental, medo ou susto. Há uma causa supralegal de exclusão da culpabilidade do agente por inexigibilidade de conduta diversa.

93 EXCESSO EXCULPANTE: Em virtude de uma perturbação mental decorrente do pavor experimentado pelo sujeito durante a agressão, no caso concreto, lhe é suprimida a capacidade de avaliar perfeitamente o excesso. Não há que se falar em uma resposta excessiva devido a uma postura dolosa ou culposa, mas, sim, decorrente de severa perturbação emocional do agredido.

94 TEORIA DA COCULPABILIDADE A coculpabilidade decorre de princípio constitucional implícito (art. 5º, 2º, CR/88), pois identifica a inadimplência estatal em promover o bem comum. A sociedade tem sua parcela de responsabilidade quando seus cidadãos praticam alguma infração penal. Considerando que o Estado e a sociedade não brindam a todos com as mesmas oportunidades, há pessoas que possuem um âmbito de auto-determinação menor e mais condicionado por causas sociais.

95 TEORIA DA COCULPABILIDADE Há, portanto, uma coculpabilidade com a qual a própria sociedade deve arcar. Segundo o conceito de coculpabilidade, é necessário considerar-se a convergência entre o comportamento reprovável do autor e a diversidade de possibilidades de realização que se vivencia entre as diversas pessoas que vivem em sociedade, de forma que o juízo de censura ou de reprovação não poderá ignorar

96 Pode-se utilizar da teoria da coculpabilidade como causa supralegal de exclusão da culpabilidade (inexigibilidade de conduta diversa). Também pode ser aplicada como atenuante genérica do artigo 66, CP.

ILICITUDE (ANTIJURIDICIDADE)

ILICITUDE (ANTIJURIDICIDADE) ILICITUDE (ANTIJURIDICIDADE) ILICITUDE (ANTIJURIDICIDADE) Conceito: É a relação de contrariedade entre o fato humano e as exigências do ordenamento jurídico (sentido amplo), representando uma lesão ou

Leia mais

Aula Culpabilidade Imputabilidade

Aula Culpabilidade Imputabilidade Turma e Ano: Master A 2015 Matéria / Aula: Direito Penal Aula 20 Professor: Marcelo Uzêda Monitor: Yasmin Tavares Aula 20 10 Culpabilidade Conceito de culpabilidade (segundo a teoria finalista): é o juízo

Leia mais

CRIME = FT + A + C AULA 16. Vamos agora dar prosseguimento, já que falamos do primeiro elemento que foi

CRIME = FT + A + C AULA 16. Vamos agora dar prosseguimento, já que falamos do primeiro elemento que foi Turma e Ano: Master A (2015) 13/05/2015 Matéria / Aula: Direito Penal / Aula 16 Professor: Marcelo Uzeda de Farias Monitor: Alexandre Paiol AULA 16 CONTEÚDO DA AULA: - Ilicitude, exclusão de ilicitude

Leia mais

Aula 19. O sujeito ativo exercita uma faculdade que lhe é conferida pelo ordenamento.

Aula 19. O sujeito ativo exercita uma faculdade que lhe é conferida pelo ordenamento. Turma e Ano: Master A 2015 Matéria / Aula: Direito Penal Aula 19 Professor: Marcelo Uzêda Monitor: Yasmin Tavares Aula 19 6 - Exercício regular do direito Não existe um conceito legal. Direito compreende

Leia mais

DIREITO PENAL Professor: Eduardo Fernandes - Dudu

DIREITO PENAL Professor: Eduardo Fernandes - Dudu DIREITO PENAL Professor: Eduardo Fernandes - Dudu www.eduardofernandesadv.jur.adv.br CONCEITO: ANTIJURIDICIDADE OU ILICITUDE é a relação de antagonismo, de contrariedade entre a conduta do agente e o ordenamento

Leia mais

Direito Penal. Erro de Tipo, Erro de Proibição e Erro sobre a Pessoa. Professor Joerberth Nunes.

Direito Penal. Erro de Tipo, Erro de Proibição e Erro sobre a Pessoa. Professor Joerberth Nunes. Direito Penal Erro de Tipo, Erro de Proibição e Erro sobre a Pessoa Professor Joerberth Nunes www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Penal ERRO DE TIPO, ERRO DE PROIBIÇÃO E ERRO SOBRE A PESSOA TÍTULO II

Leia mais

Ilicitude, ou antijuridicidade, é a relação de antagonismo, de contrariedade entre a conduta do agente e o ordenamento jurídico.

Ilicitude, ou antijuridicidade, é a relação de antagonismo, de contrariedade entre a conduta do agente e o ordenamento jurídico. 2) Ilicitude ou Antijuridicidade Ilicitude, ou antijuridicidade, é a relação de antagonismo, de contrariedade entre a conduta do agente e o ordenamento jurídico. Todo fato típico, em princípio, contraria

Leia mais

Conteúdo Edital PMGO

Conteúdo Edital PMGO Direito Penal Parte Geral Professor Samuel Silva Conteúdo Edital PMGO 1. Princípios constitucionais do Direito Penal. 2. A lei penal no tempo. A lei penal no espaço. Interpretação da lei penal. 3. Infração

Leia mais

Evolução do Conceito

Evolução do Conceito CULPABILIDADE Evolução do Conceito Período Primitivo- basta nexo causal entre conduta e resultado. Lei de Talião vingança privada. Direito Romano atentado contra a ordem pública. Idade Média livre-arbítrio

Leia mais

ILICITUDE PROFESSOR: LEONARDO DE MORAES

ILICITUDE PROFESSOR: LEONARDO DE MORAES ILICITUDE PROFESSOR: LEONARDO DE MORAES 1 Ilicitude ou antijuridicidade? Conceito. Há doutrina ensinando que os termos são sinônimos. Ocorre que o CP apenas fala em ilicitude. Isto se dá, pois o FT é um

Leia mais

Direito Penal. Tipicidade. Professor Adriano Kot.

Direito Penal. Tipicidade.  Professor Adriano Kot. Direito Penal Tipicidade Professor Adriano Kot www.acasadoconcurseiro.com.br www.estudaquepassa.com.br DIREITO PENAL TEORIA GERAL DO DELITO CONCEITO ANALÍTICO DIVIDE O CRIME EM TRÊS ELEMENTOS. SISTEMA

Leia mais

1. TEORIA CONSTITUCIONALISTA DO DELITO FATO TÍPICO

1. TEORIA CONSTITUCIONALISTA DO DELITO FATO TÍPICO 1 DIREITO PENAL PONTO 1: Teoria Constitucionalista do Delito PONTO 2: Legítima Defesa PONTO 3: Exercício Regular de Direito PONTO 4: Estrito Cumprimento do Dever Legal 1. TEORIA CONSTITUCIONALISTA DO DELITO

Leia mais

PONTO 1: Excesso Punível PONTO 2: Culpabilidade PONTO 3: Institutos da emoção e da paixão PONTO 4: 1. EXCESSO PUNÍVEL. Art. 23, parágrafo único do CP.

PONTO 1: Excesso Punível PONTO 2: Culpabilidade PONTO 3: Institutos da emoção e da paixão PONTO 4: 1. EXCESSO PUNÍVEL. Art. 23, parágrafo único do CP. 1 DIREITO PENAL PONTO 1: Excesso Punível PONTO 2: Culpabilidade PONTO 3: Institutos da emoção e da paixão PONTO 4: 1. EXCESSO PUNÍVEL Art. 23, parágrafo único do CP. Cabe em quaisquer das quatro excludentes.

Leia mais

PONTO 1: Ilicitude PONTO 2: Das Causas Legais de Exclusão da Ilicitude

PONTO 1: Ilicitude PONTO 2: Das Causas Legais de Exclusão da Ilicitude 1 DIREITO PENAL PONTO 1: Ilicitude PONTO 2: Das Causas Legais de Exclusão da Ilicitude OBS: ADPF 130 revogou totalmente a Lei 5.250/67 (Lei de Imprensa). Hoje aplica-se o CC e o CP nesses casos. STF, HC

Leia mais

Questão 1. Em relação às situações de exculpação, é incorreto afirmar:

Questão 1. Em relação às situações de exculpação, é incorreto afirmar: PROVA DAS DISCIPLINAS CORRELATAS DIREITO PENAL P á g i n a 1 Questão 1. Em relação às situações de exculpação, é incorreto afirmar: a) O fato punível praticado sob coação irresistível é capaz de excluir

Leia mais

ILICITUDE PENAL. 1. Exclusão da ilicitude

ILICITUDE PENAL. 1. Exclusão da ilicitude ILICITUDE PENAL Ilicitude ou antijuridicidade é a relação de contrariedade entre o fato típico e o ordenamento jurídico, de modo a causar lesão a um bem jurídico. Essa definição abrange dois aspectos:

Leia mais

ERRO DE TIPO E ERRO DE PROIBIÇÃO

ERRO DE TIPO E ERRO DE PROIBIÇÃO ERRO DE TIPO E ERRO DE PROIBIÇÃO Erro de tipo é o que incide sobre s elementares ou circunstâncias da figura típica, sobre os pressupostos de fato de uma causa de justificação ou dados secundários da norma

Leia mais

TÍTULO I DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL(arts. 1º a 12) Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.

TÍTULO I DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL(arts. 1º a 12) Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal. Anterioridade da lei TÍTULO I DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL(arts. 1º a 12) Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal. Lei penal no tempo Art. 2º - Ninguém

Leia mais

Direito Penal é o ramo de Direito Público que define as infrações penais, estabelecendo as penas e as medidas de segurança.

Direito Penal é o ramo de Direito Público que define as infrações penais, estabelecendo as penas e as medidas de segurança. DIREITO PENAL Direito Penal é o ramo de Direito Público que define as infrações penais, estabelecendo as penas e as medidas de segurança. I N F R A Ç Ã O P E N A L INFRAÇÃO PENAL Existe diferença entre

Leia mais

Provas escritas individuais ou provas escritas individuais e trabalho(s)

Provas escritas individuais ou provas escritas individuais e trabalho(s) Programa de DIREITO PENAL I 2º período: 80 h/a Aula: Teórica EMENTA Introdução ao direito penal. Aplicação da lei penal. Fato típico. Antijuridicidade. Culpabilidade. Concurso de pessoas. OBJETIVOS Habilitar

Leia mais

DUCTOR ONLINE DIREITO PENAL

DUCTOR ONLINE DIREITO PENAL ONLINE CONCURSO PARA CARTÓRIOS EXTRAJUDICIAIS DIREITO PENAL DO (CP, artigos 13 a 25) O QUE É? Conceito analítico ANTIJURÍDICO ou ILÍCITO CULPÁVEL TIPICIDADE ANTIJURIDICIDADE ou ILICITUDE CULPABILIDADE

Leia mais

CULPABILIDADE. 1. CONCEITO não foi conceituada no CP. Doutrina Majoritária crime = fato típico, antijurídico e culpável

CULPABILIDADE. 1. CONCEITO não foi conceituada no CP. Doutrina Majoritária crime = fato típico, antijurídico e culpável CULPABILIDADE 1. CONCEITO não foi conceituada no CP Doutrina Majoritária crime = fato típico, antijurídico e culpável A culpabilidade pode ser conceituada então como a reprovação pessoal pela realização

Leia mais

ANTIJURIDICIDADE 2. FORMAS DA ANTIJURIDICIDADE (ILICITUDE): 2.1 Antijuridicidade formal. 2.2 Antijuridicidade material

ANTIJURIDICIDADE 2. FORMAS DA ANTIJURIDICIDADE (ILICITUDE): 2.1 Antijuridicidade formal. 2.2 Antijuridicidade material ANTIJURIDICIDADE 1. CONCEITO a antijuridicidade ou ilicitude deve ser entendida como um juízo de desvalor objetivo que recai sobre a conduta típica e se realiza com base em um critério geral: o ordenamento

Leia mais

SUMÁRIO I TEORIA GERAL DO DIREITO PENAL

SUMÁRIO I TEORIA GERAL DO DIREITO PENAL SUMÁRIO I TEORIA GERAL DO DIREITO PENAL CAPÍTULO 1 DIREITO PENAL: NOÇÕES INTRODUTÓRIAS PARTE 1 Noções introdutórias 1 PARTE 2 Noções introdutórias 2 PARTE 3 Noções introdutórias 3 CAPÍTULO 2 PRINCÍPIOS

Leia mais

Sumário PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL NORMA PENAL... 33

Sumário PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL NORMA PENAL... 33 CAPÍTULO 1 PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL... 13 1. Noções preliminares...13 2. Peculiaridades dos princípios do Direito Penal...13 3. Princípio da legalidade ou da reserva legal...14 3.1 Abrangência do princípio

Leia mais

CURSO PREPARATÓRIO. RIO Polícia Rodoviária Federal DIREITO PENAL CONCEITO DE CRIME EXCLUDENTES DE CONDUTA. b) Vis absoluta

CURSO PREPARATÓRIO. RIO Polícia Rodoviária Federal DIREITO PENAL CONCEITO DE CRIME EXCLUDENTES DE CONDUTA. b) Vis absoluta CURSO PREPARATÓRIO RIO Polícia Rodoviária Federal CONCEITO DE CRIME CH DIREITO PENAL T A Professora Lidiane Portella C EXCLUDENTES DE CONDUTA a) Coação física f irresistível b) Vis absoluta c) Movimentos

Leia mais

Conceito de Erro. Falsa representação da realidade.

Conceito de Erro. Falsa representação da realidade. ERRO DE TIPO Conceito de Erro Falsa representação da realidade. Existem dois tipos de erros: ERRO DE TIPO art. 2O (exclui a tipicidade) ERRO DE PROIBIÇÃO art. 21 (exclui a culpabilidade) ERRO DE TIPO O

Leia mais

3- Qual das seguintes condutas não constitui crime impossível?

3- Qual das seguintes condutas não constitui crime impossível? 1- Maria de Souza devia R$ 500,00 (quinhentos reais) a José da Silva e vinha se recusando a fazer o pagamento havia meses. Cansado de cobrar a dívida de Maria pelos meios amistosos, José decide obter a

Leia mais

1 - Conceito de Crime

1 - Conceito de Crime 1 - Conceito de Crime A doutrina do Direito Penal tem procurado definir o ilícito penal sob três aspectos diversos. Atendendo-se ao Aspecto Externo, puramente nominal do fato, obtém-se um Conceito Formal;

Leia mais

1 TIPICIDADE CONCEITO RESUMO DA AULA. DIREITO PENAL Tipicidade, Antijuridicidade e Culpabilidade. Profº Lenildo Márcio da Silva

1 TIPICIDADE CONCEITO RESUMO DA AULA. DIREITO PENAL Tipicidade, Antijuridicidade e Culpabilidade. Profº Lenildo Márcio da Silva DIREITO PENAL Tipicidade, Antijuridicidade e Culpabilidade Profº Lenildo Márcio da Silva lenildoadvogado@hotmail.com RESUMO DA AULA 1 TIPICIDADE; 2 ANTIJURIDICIDADE; 3 CULPABILIDADE; 4 - QUESTÕES COMENTADAS.

Leia mais

Direito Penal. Teoria do Erro no

Direito Penal. Teoria do Erro no Direito Penal Teoria do Erro no Direito Penal Noção Geral: Erro: Falsa representação da realidade; Introdução Distinção: Irrelevante distinção conceitual entre erro e ignorância (no direito penal); Espécies

Leia mais

PONTO 1: Introdução. PONTO 2: Culpabilidade continuação. 1. Introdução:

PONTO 1: Introdução. PONTO 2: Culpabilidade continuação. 1. Introdução: 1 PONTO 1: Introdução. PONTO 2: Culpabilidade continuação. 1. Introdução: - Informativo 625 STF, H.C. 104286, J.03-05-11: admite a utilização do princípio da insignificância no caso do ex-prefeito que

Leia mais

Teorias da Conduta/Omissão

Teorias da Conduta/Omissão Teorias da Conduta/Omissão Teoria Normativa juizo post facto Teoria Finalista (Não) fazer com um fim a ser atingido (Johannes Welzel e Francisco Muñoz Conde) Dever/Poder de agir AUSÊNCIA DE CONDUTA - Movimentos

Leia mais

1. CRIMES QUALIFICADOS OU AGRAVADOS PELO RESULTADO. Art. 19 do CP Agente deve causar pelo menos culposamente.

1. CRIMES QUALIFICADOS OU AGRAVADOS PELO RESULTADO. Art. 19 do CP Agente deve causar pelo menos culposamente. 1 DIREITO PENAL PONTO 1: Crimes Qualificados ou Agravados pelo Resultado PONTO 2: Erro de Tipo PONTO 3: Erro de Tipo Essencial PONTO 4: Erro determinado por Terceiro PONTO 5: Discriminantes Putativas PONTO

Leia mais

TEORIA GERAL DO ERRO NO DIREITO PENAL

TEORIA GERAL DO ERRO NO DIREITO PENAL Sumário Nota explicativa da 6ª edição... 13 Parte I TEORIA GERAL DO ERRO NO DIREITO PENAL Considerações iniciais... 17 Capítulo I Erro de tipo... 23 1. Conceito... 23 2. Espécies de erro de tipo... 25

Leia mais

CAPACIDADE CRIMINAL E IMPUTABILIDADE PENAL.

CAPACIDADE CRIMINAL E IMPUTABILIDADE PENAL. CAPACIDADE CRIMINAL E IMPUTABILIDADE PENAL. Imputabilidade penal é a condição ou qualidade que possui o agente de sofrer a aplicação de pena. E, por sua vez, só sofrerá pena aquele que tinha ao tempo da

Leia mais

Culpabilidade. Aula 7

Culpabilidade. Aula 7 Culpabilidade Aula 7 CONCEITO DE CULPABILIDADE Culpabilidade é o juízo de reprovação pessoal que se realiza sobre a conduta típica e ilícita praticada pelo agente. A culpabilidade é reprovabilidade do

Leia mais

Direito Penal. Tentativa. Professor Joerberth Nunes.

Direito Penal. Tentativa. Professor Joerberth Nunes. Direito Penal Tentativa Professor Joerberth Nunes www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Penal TENTATIVA Art. 14. Diz-se o crime: Crime consumado TÍTULO II Do Crime I consumado, quando nele se reúnem todos

Leia mais

SUMÁRIO. Capítulo 1 Princípios do direito penal... 19

SUMÁRIO. Capítulo 1 Princípios do direito penal... 19 SUMÁRIO Apresentação da Coleção... 5 Capítulo 1 Princípios do direito penal... 19 1. Noções preliminares... 19 2. Peculiaridades dos princípios do direito penal... 20 3. Princípio da legalidade ou da reserva

Leia mais

ENCONTRO 04. Ocorrência de ato ilícito. Que este ato tenha causado dano à alguém

ENCONTRO 04. Ocorrência de ato ilícito. Que este ato tenha causado dano à alguém ENCONTRO 04 1.4. Imputabilidade - A responsabilidade decorre apenas da conduta? - A reprovabilidade depende da capacidade psíquica de entendimento do agente? (Sim. - Que significa imputar? - Há como responsabilizar

Leia mais

LEIS MARCADAS COM OS PRINCIPAIS PONTOS JÁ COBRADOS! Entenda as marcações deste material. Tomamos por base a prova de ANALISTA JUDICIAL!

LEIS MARCADAS COM OS PRINCIPAIS PONTOS JÁ COBRADOS! Entenda as marcações deste material. Tomamos por base a prova de ANALISTA JUDICIAL! LEIS MARCADAS COM OS PRINCIPAIS PONTOS JÁ COBRADOS! Entenda as marcações deste material. Tomamos por base a prova de ANALISTA JUDICIAL! Todo artigo que estiver de vermelho representa temática que mais

Leia mais

AULA 05. Dando prosseguimento a Teoria do Crime. Breve explicação extraclasse. Culpabilidade. Ilícitude. Tipicidade. Ação

AULA 05. Dando prosseguimento a Teoria do Crime. Breve explicação extraclasse. Culpabilidade. Ilícitude. Tipicidade. Ação Turma e Ano: Master A (2015) 04/03/2015 Matéria / Aula: Direito Penal / Aula 05 Professor: Marcelo Uzeda de Farias Monitor: Alexandre Paiol AULA 05 CONTEÚDO DA AULA: - Teoria do crime Dando prosseguimento

Leia mais

Interpretação e integração da lei penal Interpretação...11

Interpretação e integração da lei penal Interpretação...11 Sumário Notas Preliminares Finalidade do Direito Penal...2 Bens que podem ser protegidos pelo Direito Penal...2 Códigos do Brasil...3 Código Penal atual...3 Direito Penal...3 Garantismo...3 Garantias...4

Leia mais

Polícia Legislativa Senado Federal

Polícia Legislativa Senado Federal CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER Direito Penal Polícia Legislativa Senado Federal Período: 2008-2017 Sumário Direito Penal... 3 Princípios Modernos de Direito Penal... 3 Nexo de Causalidade... 3 Arrependimento

Leia mais

A CULPABILIDADE Teorias: Elementos da culpabilidade

A CULPABILIDADE Teorias:  Elementos da culpabilidade A CULPABILIDADE Para que o crime ocorra é necessário apenas a existência do fato típico e antijurídico, não sendo imprescindível a existência da culpabilidade. É o Juízo de censura que recai sobre a formação

Leia mais

CULPABILIDADE A IMPORTÂNCIA DESTE, COMO ELEMENTO DO CRIME, E A TEORIA DA CO-CULPABILIDADE

CULPABILIDADE A IMPORTÂNCIA DESTE, COMO ELEMENTO DO CRIME, E A TEORIA DA CO-CULPABILIDADE CULPABILIDADE A IMPORTÂNCIA DESTE, COMO ELEMENTO DO CRIME, E A TEORIA DA CO-CULPABILIDADE Natália Agostinho Bomfim ROCHA 1 RESUMO: esse artigo pretende elaborar sobre a Culpabilidade, dentre seus diversos

Leia mais

Relatório - Plano de Aula 14/03/ :54

Relatório - Plano de Aula 14/03/ :54 Página: 1/8 Disciplina: CCJ0101 - TÓPICOS INTERDISCIPLINARES Semana Aula: 7 Direito Penal e Processual Penal (Aula 1/5) Ao final da aula, o aluno deverá ser capaz de: DESCRIÇÃO DO PLANO DE AULA OBJETIVO

Leia mais

Princípio da intervenção mínima Conflito aparente de normas 3.3 Sujeito ativo do crime Sujeito ativo Capacidade penal do

Princípio da intervenção mínima Conflito aparente de normas 3.3 Sujeito ativo do crime Sujeito ativo Capacidade penal do Sumário 1 Introdução 1.1 Conceito de Direito Penal 1.1.1 Nota introdutória 1.1.2 Denominação 1.1.3 Conceito de Direito Penal 1.1.4 Caracteres do Direito Penal 1.1.5 Posição enciclopédica 1.1.6 Direito

Leia mais

Direito Penal. Crime Doloso

Direito Penal. Crime Doloso Direito Penal Crime Doloso Conceito Doutrinário: dolo como a vontade livre e consciente de realizar a conduta objetiva descrita no tipo penal, desejando ou assumindo o risco de produzir certo resultado.

Leia mais

Direito Penal Militar

Direito Penal Militar Fabiano Caetano Prestes Ricardo Henrique Alves Giuliani Mariana Lucena Nascimento 36 Direito Penal Militar Parte Geral e Especial 3ª edição revista e atualizada 2017 SUMÁRIO INTRODUÇÃO... 13 PARTE GERAL...

Leia mais

Regência: Professor Doutor Paulo de Sousa Mendes Colaboração: Catarina Abegão Alves, David Silva Ramalho e Tiago Geraldo. Grelha de correção

Regência: Professor Doutor Paulo de Sousa Mendes Colaboração: Catarina Abegão Alves, David Silva Ramalho e Tiago Geraldo. Grelha de correção Grelha de correção 1. Responsabilidade criminal de Alfredo (6 vls.) 1.1 Crime de coação [art. 154.º/1 CP], contra Beatriz. Crime comum, de execução vinculada, pois realiza-se por meio de violência ou de

Leia mais

(D) extinguem a punibilidade. (E) excluem a tipicidade.

(D) extinguem a punibilidade. (E) excluem a tipicidade. Maratona Fiscal ISS Direito penal 1. A regra que veda a interpretação extensiva das normas penais incriminadoras decorre do princípio constitucional da (A) culpabilidade. (B) igualdade. (C) legalidade.

Leia mais

7/4/2014. Multa Qualificada. Paulo Caliendo. Multa Qualificada. Paulo Caliendo. + Sumário. Multa Qualificada. Responsabilidade dos Sócios

7/4/2014. Multa Qualificada. Paulo Caliendo. Multa Qualificada. Paulo Caliendo. + Sumário. Multa Qualificada. Responsabilidade dos Sócios + Multa Qualificada Paulo Caliendo Multa Qualificada Paulo Caliendo + Sumário Multa Qualificada Responsabilidade dos Sócios 1 + Importância da Definição: mudança de contexto Modelo Anterior Sentido Arrecadatório

Leia mais

CONHECIMENTOS DE LEGISLAÇÃO

CONHECIMENTOS DE LEGISLAÇÃO CONHECIMENTOS DE LEGISLAÇÃO TEORIA, LEGISLAÇÕES E 243 QUESTÕES POR TÓPICOS DIREITO PENAL Ricardo S. Pereira ( 76 Questões) DIREITO ADMINISTRATIVO Vítor Alves (167 Questões) Coordenação e Organização: Mariane

Leia mais

Culpabilidade É PRESSUPOSTO DE IMPOSIÇÃO DA PENA

Culpabilidade É PRESSUPOSTO DE IMPOSIÇÃO DA PENA Culpabilidade 1 Culpabilidade Culpa idéia que remete a um conceito de reprovação; Culpabilidade possibilidade de se considerar alguém culpado pela pática de uma infração. Juízo de censurabilidade, reprovação

Leia mais

4.8 Comunicabilidade das condições, elementares e circunstâncias 4.9 Agravantes no concurso de agentes 4.10 Cabeças 4.11 Casos de impunibilidade

4.8 Comunicabilidade das condições, elementares e circunstâncias 4.9 Agravantes no concurso de agentes 4.10 Cabeças 4.11 Casos de impunibilidade Sumário NDICE SISTEMÁTICO EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS DO CÓDIGO PENAL MILITAR 1. DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL MILITAR 1.1 O princípio da legalidade e suas funções de garantia 1.2 Abolitio criminis e novatio legis

Leia mais

Super Receita 2013 Direito Penal Teoria Geral do Crime Emerson Castelo Branco

Super Receita 2013 Direito Penal Teoria Geral do Crime Emerson Castelo Branco Super Receita 2013 Direito Penal Teoria Geral do Crime Emerson Castelo Branco 2013 Copyright. Curso Agora eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor. TEORIA GERAL DO CRIME CONCEITO DE CRIME O conceito

Leia mais

PLANO DE ENSINO EMENTA

PLANO DE ENSINO EMENTA PLANO DE ENSINO FACULDADE: Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais CURSO: DIREITO Período: 2º DEPARTAMENTO: DIREITO PÚBLICO Ano:2016 DISCIPLINA: DIREITO PENAL I (Parte Geral) CARGA HORÁRIA:80 HORAS SEMANAL:

Leia mais

07/09/2012 DIREITO PENAL III. Direito penal III

07/09/2012 DIREITO PENAL III. Direito penal III DIREITO PENAL III LEGISLAÇÃO ESPECIAL 11ª - Parte Professor: Rubens Correia Junior 1 Direito penal III 2 1 Art 129 Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem: Pena - detenção, de três meses a

Leia mais

Multa Qualificada. Paulo Caliendo. Paulo Caliendo

Multa Qualificada. Paulo Caliendo. Paulo Caliendo + Multa Qualificada Paulo Caliendo Multa Qualificada Paulo Caliendo + Importância da Definição: mudança de contexto Modelo Anterior Sentido Arrecadatório Modelo Atual Sentido repressor e punitivo Última

Leia mais

PONTO 1: TEORIA DO CRIME...CONTINUAÇÃO PONTO a): CULPABILIDADE PONTO b): CONSEQUENCIAS E REFLEXOS

PONTO 1: TEORIA DO CRIME...CONTINUAÇÃO PONTO a): CULPABILIDADE PONTO b): CONSEQUENCIAS E REFLEXOS 1 DIREITO PENAL PONTO 1: TEORIA DO CRIME...CONTINUAÇÃO PONTO a): CULPABILIDADE PONTO b): CONSEQUENCIAS E REFLEXOS TEORIA DO CRIME CONTINUAÇÃO - CRIME = FATO _ TÍPICO _ILÍCITO _CULPÁVEL 8. CULPABILIDADE

Leia mais

TEORIA DO CRIME. Prof: Luís Roberto Zagonel. Pós-graduado em Direito Penal e Processo Penal Academia Brasileira de Direito Constitucional

TEORIA DO CRIME. Prof: Luís Roberto Zagonel. Pós-graduado em Direito Penal e Processo Penal Academia Brasileira de Direito Constitucional TEORIA DO CRIME Advogado Criminalista Prof: Luís Roberto Zagonel Pós-graduado em Direito Penal e Processo Penal Academia Brasileira de Direito Constitucional Bacharel em Direito Universidade Tuiuti do

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br BuscaLegis.ccj.ufsc.Br Inimputabilidade Penal e a Teoria da "actio libera in causa" Leonardo Marcondes Machado* Sumário: I. Imputabilidade Penal. Noções Gerais. 2. Elementos Estruturais da Inimputabilidade

Leia mais

Direito Penal. Consumação e Tentativa

Direito Penal. Consumação e Tentativa Direito Penal Consumação e Tentativa Crime Consumado Quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal (art. 14, I, CP); Realização plena dos elementos constantes do tipo legal; Crime Consumado

Leia mais

Direito Penal. Infração Penal: Teoria geral

Direito Penal. Infração Penal: Teoria geral Direito Penal Infração Penal: Teoria geral Sistemas de Classificação a) Sistema tripartido: Crimes, delitos e contravenções. Ex: França e Espanha. b) Sistema bipartido: Crimes ou delitos e contravenções.

Leia mais

1. Sobre a aplicação da lei penal, assinale a alternativa correta: a) b) c)

1. Sobre a aplicação da lei penal, assinale a alternativa correta: a) b) c) 1. Sobre a aplicação da lei penal, assinale a alternativa correta: Tanto o local da conduta como o local do resultado são considerados local do crime. A lei penal pode retroagir independente de beneficiar

Leia mais

CULPABILIDADE DIREITO PENAL. Cléber Masson + Rogério Sanches + Rogério Greco

CULPABILIDADE DIREITO PENAL. Cléber Masson + Rogério Sanches + Rogério Greco CULPABILIDADE DIREITO PENAL Cléber Masson + Rogério Sanches + Rogério Greco ASPECTOS GERAIS - Culpabilidade é o JUÍZO DE REPROVABILIDADE OU CENSURA QUE INCIDE SOBRE A FORMAÇÃO E A EXTERIORIZAÇÃO DA VONTADE

Leia mais

Material de Apoio Prof. Fernando Tadeu Marques Apontamentos de Direito Penal

Material de Apoio Prof. Fernando Tadeu Marques Apontamentos de Direito Penal O Erro e suas espécies Erro sobre elementos do tipo (art. 20, CP) Há o erro de tipo evitável e inevitável. Caso se trate de erro de tipo inevitável, exclui-se o dolo e a culpa. No entanto, se o erro for

Leia mais

Sumário FUNDAMENTAIS DO DIREITO ... PENAL ...

Sumário FUNDAMENTAIS DO DIREITO ... PENAL ... Sumário CAPITULO 1 - PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO DIREITO PENAL... 1 1.1. Princípio da Legalidade - art. l fi do CP e art. 5 Q, inc. XXXIX, CF... 1 1.1.1. Funções e princípios decorrentes da legalidade ou

Leia mais

TEORIA RELAÇÃO ADOÇÃO NO BRASIL Tipicidade não tem qualquer relação com a. NÃO ilicitude. Se há fato típico presume-se relativamente a ilicitude

TEORIA RELAÇÃO ADOÇÃO NO BRASIL Tipicidade não tem qualquer relação com a. NÃO ilicitude. Se há fato típico presume-se relativamente a ilicitude ILICITUDE É a relação de contrariedade entre o fato típico e o ordenamento como um todo inexistindo qualquer exceção determinando, incentivando ou permitindo a conduta típica. Relações entre TIPICIDADE

Leia mais

Capítulo 1 Noções Preliminares... 1 Capítulo 2 Aplicação da Lei Penal... 29

Capítulo 1 Noções Preliminares... 1 Capítulo 2 Aplicação da Lei Penal... 29 Sumário Capítulo 1 Noções Preliminares... 1 1. Introdução... 1 2. Princípios... 4 2.1. Princípio da legalidade... 5 2.2. Princípio da anterioridade da lei penal... 5 2.3. Princípio da irretroatividade

Leia mais

RESUMO DE DIREITO PENAL PARA OAB. consentimento do ofendido

RESUMO DE DIREITO PENAL PARA OAB. consentimento do ofendido RESUMO DE DIREITO PENAL PARA OAB CULPABILIDADE fato típico ilicitude culpabilidade Conduta. estado de necessidade imputabilidade resultado nexo causal tipicidade legítima defesa estrito cumprimento do

Leia mais

Ponto 8 do plano de ensino. Medidas de segurança:

Ponto 8 do plano de ensino. Medidas de segurança: Ponto 8 do plano de ensino Medidas de segurança: Conceito, natureza, sistemas, pressupostos, espécies, duração, locais de internação e tratamento, duração, exame de verificação de cessação de periculosidade,

Leia mais

Grupo CERS ONLINE.

Grupo CERS ONLINE. 1 APRESENTAÇÃO Caro(a) Aluno(a), A preparação para concursos públicos exige profissionalismo, métrica e estratégia. Cada minuto despendido deve ser bem gasto! Por isso, uma preparação direcionada, focada

Leia mais

POLÍCIA FEDERAL. Agente da Polícia Federal

POLÍCIA FEDERAL. Agente da Polícia Federal POLÍCIA FEDERAL Agente da Polícia Federal Noções de Dto. Penal Prof. Guilherme Rittel DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL LEI PENAL NO ESPAÇO A pena cumprida no estrangeiro pode atenuar a pena no Brasil, se diversas,

Leia mais

CONDUTA INTRODUÇÃO (TEORIA GERAL DO CRIME) INTRODUÇÃO (TEORIA GERAL DO CRIME)

CONDUTA INTRODUÇÃO (TEORIA GERAL DO CRIME) INTRODUÇÃO (TEORIA GERAL DO CRIME) TEORIA GERAL DO CRIME TEORIA GERAL DO CRIME DIREITO PENAL Prof. Marcelo André de Azevedo INTRODUÇÃO FATO TÍPICO RESULTADO TEORIAS a) causal b) causal valorativa (neoclássica) c) finalista d) social e)

Leia mais

REINALDO ROSSANO DIREITO PENAL

REINALDO ROSSANO DIREITO PENAL REINALDO ROSSANO DIREITO PENAL Prova Objetiva (Extraído do Edital) 8.3 A prova objetiva será composta de 60 (sessenta) questões distribuídas por áreas de conhecimento. Cada questão da prova objetiva terá

Leia mais

A)Dolo direto ou determinado: quando o agente visa certo e determinado resultado.

A)Dolo direto ou determinado: quando o agente visa certo e determinado resultado. CRIME DOLOSO Conceito: considera-se doloso o crime quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo. Na primeira hipótese temos, o dolo direto e, na segunda, o dolo eventual. No dolo direto,

Leia mais

Aula 18. Excludentes de Ilicitude

Aula 18. Excludentes de Ilicitude Turma e Ano: Direito Penal 2015 Matéria / Aula: Direito Penal 18 Professor: Marcelo Uzeda (Defensor Público da União) Monitor: Aula 18 Excludentes de Ilicitude 1. Considerações iniciais acerca da legítima

Leia mais

A CULPABILIDADE NO NôVOCóDIGO~:~

A CULPABILIDADE NO NôVOCóDIGO~:~ A CULPABILIDADE NO NôVOCóDIGO~:~ PROF. ALCIDES MUNHOZ NETTO (Titular de Direito Penal) Sumário: I - Premissas: 1 - Conceito e função da culpabilidade. 2 - A grave perturbação da consciência como fator

Leia mais

Direito Penal Princípios Emerson Castelo Branco Copyright. Curso Agora Eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor.

Direito Penal Princípios Emerson Castelo Branco Copyright. Curso Agora Eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor. Direito Penal Princípios Emerson Castelo Branco 2012 Copyright. Curso Agora Eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor. PRINCÍPIOS E CARACTERÍSTICAS DO DIREITO PENAL Reserva legal - Art. 1.º do CP

Leia mais

DA IMPUTABILIDADE PENAL

DA IMPUTABILIDADE PENAL 1 DA IMPUTABILIDADE PENAL Renata CONSTANTINO 1 Resumo: O que se pretende buscar com o presente trabalho é a discussão que gira em torno da redução menoridade penal, em virtude do aumento da criminalidade

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA ESTE DOCUMENTO NÃO SUBSTITUI O ORIGINAL

UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA ESTE DOCUMENTO NÃO SUBSTITUI O ORIGINAL 0 Programa Analítico de Disciplina Departamento de Direito - Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes Número de créditos: Teóricas Práticas Total Duração em semanas: 15 Carga horária semanal 0 Períodos

Leia mais

RELAÇÃO ENTRE TIPICIDADE E ILICITUDE: TEORIAS

RELAÇÃO ENTRE TIPICIDADE E ILICITUDE: TEORIAS RELAÇÃO ENTRE TIPICIDADE E ILICITUDE: TEORIAS Existem 4 teorias discutindo essa relação: 1. Teoria da Autonomia ou Absoluta Independência 2. Teoria da Indiciariedade ou "Ratio Cognoscendi" 3. Teoria da

Leia mais

A Reforma do Código Penal Brasileiro ACRIERGS 2012

A Reforma do Código Penal Brasileiro ACRIERGS 2012 A Reforma do Código Penal Brasileiro ACRIERGS 2012 Reforma e Consolidação de Leis Os Ganhos da Consolidação e Atualização das Leis Penais Os riscos do açodamento Omissão de Socorro Art. 394. Deixar de

Leia mais

PROFESSOR: LEONARDO DE MORAES

PROFESSOR: LEONARDO DE MORAES PROFESSOR: LEONARDO DE MORAES 2.2 CIRCUNSTÂNCIAS ATENUANTES (art. 65 e 66 do CP) Circunstâncias Atenuantes Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena: I - ser o agente menor de 21 (vinte e

Leia mais

TJ - SP Direito Penal Dos Crimes Praticados Por Funcionários Públicos Emerson Castelo Branco

TJ - SP Direito Penal Dos Crimes Praticados Por Funcionários Públicos Emerson Castelo Branco TJ - SP Direito Penal Dos Crimes Praticados Por Funcionários Públicos Emerson Castelo Branco 2012 Copyright. Curso Agora eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor. DOS CRIMES PRATICADOS POR FUNCIONÁRIO

Leia mais

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE EXCLUDENTES DA ILICITUDE NO CÓDIGO PENAL BRASILEIRO Por: GUILHERME COTECCHIA PORTO Orientadora. Profª. Valesca Rodrigues.

Leia mais

Resumo de Direito Penal para OAB Professor Lúcio Valente

Resumo de Direito Penal para OAB Professor Lúcio Valente fato típico ilicitude culpabilidade Conduta. estado de necessidade imputabilidade resultado nexo causal tipicidade legítima defesa estrito cumprimento do dever legal exercício regular do direito potencial

Leia mais

LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL

LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL - LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL - - Lei nº 9.455/1997 - Lei Antitortura - Professor: Marcos Girão - A TORTURA E A CF/88 1 - CF/88 - CF/88 O STF também já decidiu que o condenado por crime de tortura também

Leia mais

PLANO DE ENSINO. Promover o desenvolvimento das competências e habilidades definidas no perfil do egresso, quais sejam:

PLANO DE ENSINO. Promover o desenvolvimento das competências e habilidades definidas no perfil do egresso, quais sejam: PLANO DE ENSINO CURSO: Direito SÉRIE: 3º Semestre DISCIPLINA: Ilicitude e Culpabilidade CARGA HORÁRIA SEMANAL: 03 horas/aula CARGA HORÁRIA SEMESTRAL: 60 horas/aula I EMENTA Tipo e tipicidade. Antijuricidade.

Leia mais

Exercício da Medicina e Direito Penal

Exercício da Medicina e Direito Penal Exercício da Medicina e Direito Penal Prof. Dr. Alexandre Wunderlich Disciplina de Bioética, Medicina e Direito/PPGCM-UFRGS HCPA, 10 de agosto de 2016. Direito Penal Clássico Direito Penal na Sociedade

Leia mais

Legislação Penal Especial Lei de Tortura Liana Ximenes

Legislação Penal Especial Lei de Tortura Liana Ximenes Lei de Tortura Liana Ximenes 2014 Copyright. Curso Agora eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor. Lei de Tortura -A Lei não define o que é Tortura, mas explicita o que constitui tortura. -Equiparação

Leia mais

Sumário PARTE GERAL. Capítulo I DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL Normas penais em branco... 44

Sumário PARTE GERAL. Capítulo I DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL Normas penais em branco... 44 Sumário PARTE GERAL Capítulo I DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL... 25 1. Princípio da legalidade penal... 25 2. Outros princípios penais... 26 2.1. Princípio da fragmentariedade... 26 2.2. Princípio da subsidiariedade...

Leia mais

1. REQUISITOS DO CONCURSO DE PESSOAS 2) RELEVÂNCIA CAUSAL DE CADA UMA DAS AÇÕES 3) LIAME SUBJETIVO ENTRE OS AGENTES

1. REQUISITOS DO CONCURSO DE PESSOAS 2) RELEVÂNCIA CAUSAL DE CADA UMA DAS AÇÕES 3) LIAME SUBJETIVO ENTRE OS AGENTES 1 DIREITO PENAL PONTO 1: Requisitos do Concurso de Pessoas PONTO 2: Autoria PONTO 3: Autoria Mediata ou Indireta PONTO 4: Formas de Concurso de Pessoas PONTO 5: Punibilidade no Concurso de Pessoas PONTO

Leia mais

TIPOS CULPOSOS. Culpa conduta humana que realiza tipo penal através da inobservância de um resultado não querido, objetivamente previsível.

TIPOS CULPOSOS. Culpa conduta humana que realiza tipo penal através da inobservância de um resultado não querido, objetivamente previsível. TIPOS CULPOSOS Culpa conduta humana que realiza tipo penal através da inobservância de um resultado não querido, objetivamente previsível. Tipicidade a tipicidade do crime culposo decorre da realização

Leia mais

CAUSAS DE EXCLUSÃO DA ANTIJURIDICIDADE

CAUSAS DE EXCLUSÃO DA ANTIJURIDICIDADE CAUSAS DE EXCLUSÃO DA ANTIJURIDICIDADE FERNANDA CURY DE FARIA 1 RESUMO Objetivamos, com o presente trabalho, abordar aspectos das causas de exclusão da antijuridicidade no Direito Penal brasileiro. Iniciaremos

Leia mais

Direito Penal. Introdução aos Crimes Contra a Dignidade Sexual e Delito de Estupro

Direito Penal. Introdução aos Crimes Contra a Dignidade Sexual e Delito de Estupro Direito Penal Introdução aos Crimes Contra a Dignidade Sexual e Delito de Estupro Crimes Contra a Dignidade Sexual Nomenclatura Título VI do Código Penal: antes Crimes Contra os Costumes, atualmente Crimes

Leia mais

MODELO DE RAZÕES DE RECURSO - QUESTÃO n CADERNO A - PROVA - Soldado PMMG

MODELO DE RAZÕES DE RECURSO - QUESTÃO n CADERNO A - PROVA - Soldado PMMG MODELO DE RAZÕES DE RECURSO - QUESTÃO n. 16 - CADERNO A - PROVA - Soldado PMMG À DIRETORIA DE RECURSOS HUMANOS CENTRO DE RECRUTAMENTO E SELEÇÃO Recurso relativo a questão n. 16 (caderno A ) da prova de

Leia mais

PONTO 1: Introdução PONTO 2: Ilicitude continuação PONTO 3: Culpabilidade INTRODUÇÃO: ILICITUDE- CONTINUAÇÃO:

PONTO 1: Introdução PONTO 2: Ilicitude continuação PONTO 3: Culpabilidade INTRODUÇÃO: ILICITUDE- CONTINUAÇÃO: 1 PONTO 1: Introdução PONTO 2: Ilicitude continuação PONTO 3: Culpabilidade INTRODUÇÃO: - Informativo 624, STF. H.C. 107370, J. 26-04-11. - Informativo 470, STJ. H.C. 156.384. J. 26-4-11. ILICITUDE- CONTINUAÇÃO:

Leia mais