TÍTULO: ESTUDO DAS RELAÇÕES ENTRE A BIOMASSA MICROFITOBENTÔNICA E A MORFODINÂMICA DA PRAIA DO GÓES, GUARUJÁ - SP (BRASIL) CATEGORIA: CONCLUÍDO
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1 Anais do Conic-Semesp. Volume 1, Faculdade Anhanguera de Campinas - Unidade 3. ISSN TÍTULO: ESTUDO DAS RELAÇÕES ENTRE A BIOMASSA MICROFITOBENTÔNICA E A MORFODINÂMICA DA PRAIA DO GÓES, GUARUJÁ - SP (BRASIL) CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE SANTA CECÍLIA AUTOR(ES): SERGIO OLIVEIRA ASCHE ORIENTADOR(ES): CELIA REGINA DE GOUVEIA SOUZA
2 1. RESUMO Em praias arenosas as diatomáceas bentônicas dominam o microfitobentos, desempenhando importante papel ecológico nesse ambiente dinâmico, sendo o hidrodinamismo um fator importante em sua distribuição. A Praia do Góes esteve em monitoramento, por meio de 05 perfis praiais, em diferentes estações do ano, com objetivo de verificar a distribuição da biomassa microfitobentônica e suas relações com a morfodinâmica praial. A biomassa atingiu valores para clorofila-a de até 52,58 mg/m² e não foi observado um padrão específico para relacionar a declividade, a largura e a granulometria em todos os perfis, no entanto o canto abrigado da praia (maior largura e menor declividade) apresentou os maiores valores de biomassa, com exceção da campanha de jan/2011. As microalgas fitobentônicas tiveram concentrações variáveis nos perfis durante as campanhas. Por sua importância como base da cadeia alimentar, sugere-se um estudo mais aprofundado do microfitobentos e sua relação com os componentes abióticos, visando obter outros resultados como similaridade, distância, entre outros. Palavras-chave: Microalgas Fitobentônicas; Hidrodinamismo; Morfodinâmica Praial. 2. INTRODUÇÃO Praias arenosas são ambientes costeiros muito dinâmicos e habitat de várias espécies de organismos, como a mega, a macro e a meiofauna, além do microfitobentos (MPB), sendo esta comunidade constituída principalmente por diatomáceas bentônicas (MCLACHLAN, 1983; KASIM & MUKAI 2006). As diatomáceas desempenham papel fundamental na cadeia trófica, servindo como base de alimento para herbívoros, detritívoros e suspensívoros, em uma trama alimentar que se estende aos consumidores marinhos e animais terrestres, com grande importância ecológica e econômica (MCINTYRE et al., 1996 e LUCAS et al., 2000 apud MARGEM & MACHADO, 2001). A presença do MPB pode ser avaliada através da determinação de sua biomassa, expressa pelos valores dos pigmentos presentes na sua matéria viva (pigmento por unidade de peso) e a clorofila-a é um desses pigmentos, sendo
3 utilizada como medida indireta da biomassa microfitobentônica de praias (PLANTE- CUNY, 1978). No Brasil são poucos os trabalhos sobre o MPB no entremarés, estando os mesmos concentrados em manguezais, praias e lagoas costeiras, e tratando a maioria apenas de levantamentos da flora algal (RIBEIRO et al., 2008). Em São Paulo, são referência apenas os de Sousa (1979, 1986), Sousa & David (1996) e David (1997, 2003). Esta pesquisa foi realizada no âmbito do Programa de Monitoramento do Perfil Praial para Identificação de Possíveis Impactos da Dragagem de Aprofundamento do Canal do Porto de Santos (PMPPr) e com o apoio do CNPq, da Codesp e da Secretaria Especial dos Portos. 3. OBJETIVOS O objetivo geral desta pesquisa foi estudar as relações entre a presença de microfitoalgas na zona do entremarés e a morfodinâmica da Praia do Góes. Os objetivos específicos foram: a) Obter a distribuição da biomassa microfitobentônica presente nos sedimentos do entremarés dessa praia, em 05 campanhas amostrais; b) Obter a variabilidade dessa biomassa sob diferentes condições sazonais; c) Comparar e correlacionar os resultados com a morfodinâmica praial. 4. METODOLOGIA Localizada no interior da Baía de Santos (Figura 1) a Praia do Góes está encaixada numa pequena enseada, entre as coordenadas 23º59 54,41 S / 46º18 55,06 W e 23º59 54,61 S / 46º18 48,73 W. Seu estado morfodinâmico é intermediário com tendências refletivas de baixa energia (SOUZA, 2011).
4 Figura 1. Localização dos pontos de coleta na Praia do Góes. (Fonte: modificada de Souza et al., 2011). A metodologia de coleta é a descrita por David (1997) nos estudos do MPB, da seguinte forma: a área de amostragem é delimitada por um quadrado amostral de 1x1m com centróide mensalmente demarcado com o auxilio de GPS (Global Positioning System). Retira-se o 1º centímetro de sedimento com uma seringa plástica de 20 mm de diâmetro, num total de 6 réplicas, acondicionando cada amostra em pote preto com tampa e conservando em recipiente de isopor com gelo, até o armazenamento em freezer. Em laboratório cada amostra recebe 0,07g de MgCO³, seguido de 12 ml de acetona PA. Após 20 h sob refrigeração (4º a 7ºC), cada amostra é centrifugada a 2500 rpm por 10 min. O sobrenadante é levado ao espectrofotômetro em cubetas redondas de vidro com 2,0 cm de trajeto óptico, onde são feitas as leituras nas densidades ópticas de 750 nm, 665 nm e 430 nm. Os sedimentos restantes de cada amostra são levados à estufa por 48 h a 60ºC, para obtenção do cálculo da massa de água com as fórmulas descritas por Plante-Cuny (1978). 5. DESENVOLVIMENTO O monitoramento foi dividido em 05 campanhas nos meses de jan/2011, jul/2011, out/2011, dez/2011 e jan/2012 e ocorreram durante as marés de quadratura
5 devido à menor amplitude de variação entre a preamar e a baixamar. Os perfis, perpendiculares à linha de costa, foram inicialmente alocados segundo um espaçamento regular na praia do estudo. Com uma trena métrica foram medidas as larguras da pós-praia e do entremarés, sendo alinhados e seccionados em três partes iguais cada e a declividade da praia foi medida com trena laser. A coleta de sedimentos ocorreu em 05 pontos da praia (Figura 1) no terço inferior do entremarés e no centro da área amostral foi medida a temperatura do sedimento. Para a obtenção dos teores de clorofila-a (chl-a) e dos feopigmentos (feo) foram utilizadas as equações de Plante- Cuny (1978), conforme segue adiante: CLa1 = 26,7 (DO665o DO665a) x (vol. de água amostra, cm 3 + volume de acetona, cm 3 ) (peso da amostra seca, g) x (trajeto óptico, cm) FEO1 = 26,7 [(1,7 x DO665a) DO665o] x (vol. de água amostra, cm 3 + volume de acetona, cm 3 ) (peso da amostra seca, g) x (trajeto óptico, cm) Concentração correspondente para uma superfície: CLa2 = CLa1 x peso da amostra seca, g x MV x 10 x trajeto óptico, cm peso da amostra úmida, g FEO2 = FEO1 x peso da amostra seca, g x MV x 10 x trajeto óptico, cm peso da amostra úmida, g Onde: CLa1 = Clorofila-a (μg.g -1 ) FEO1 = Feopigmentos (µg.g -1 ) CLa2 = Clorofila-a (mg.m -2 ) FEO2 = Feopigmentos (mg.m -2 ) 26,7 = Taxa de absorção da clorofila-a. MV = Massa Volumétrica do sedimento úmido (peso - amostra úmida/π.r2.h) 10 = Fator de conversão (faz corresponder μg.g-1 a mg.m -2 ) DO665o = Densidade óptica de 665nm => 665nm 750 nm. DO665a = Densidade óptica de 665nm => 665nm 750 nm após acidificação
6 Todos os cálculos de teores de pigmentos e concentração correspondente a uma superfície foram feitos no programa Microsoft Office Excel 2007, bem como os cálculos de médias e desvios padrão. 6. RESULTADOS 6.1 Morfométricos A Praia do Góes (Tabela 1) registrou a menor declividade em Góes-1 com 3 e a maior em Góes-5 com 7.4 em jan/2011 e out/2011, respectivamente. O perfil Góes-1 foi o que se manteve mais homogêneo durante as campanhas. Tabela 1. Dados morfométricos de cada perfil. Declividade (estirâncio) Perfil jan/2011 jul/2011 out/2011 dez/2011 jan/2012 Góes ,3 4,6 4 Góes-2 4 5,1 4,7 3,7 4 Góes-3 4 6,1 5,8 5,7 5 Góes-4 4 5,3 4,7 6,8 6 Góes-5 5,5 4,1 7,4 6,1 5 Mínimo Máximo Média Desv Padr 3 7,4 4,9 1,1 Largura praia Perfil jan/2011 jul/2011 out/2011 dez/2011 jan/2012 Góes-1 43,50 41,46 39,27 37,53 42,15 Góes-2 24,30 18,39 16,92 17,46 18,60 Góes-3 35,40 27,96 27,93 27,96 29,26 Góes-4 34,20 26,43 28,02 24,24 27,89 Góes-5 34,20 29,88 30,09 30,24 31,10 Mínimo Máximo Média Desv Padr 16,92 43,50 29,78 7,53 O perfil Góes-2 registrou as menores larguras em todas as campanhas com a mínima de 16,92 m em out/2011. As maiores larguras foram registradas em Góes-1 em jan/2011 (43,50 m) e em jan/2012 (42,15 m). 6.2 Granulometria Na tabela 2 verifica-se que o mês de dez/2011 apresentou um padrão de areias muito finas e bem selecionadas, exceto Góes-5 que apresentou areias
7 pobremente selecionadas em todas as campanhas com exceção de jan/2011. Em Góes-5 também foram registrados os maiores desvios padrões, indicando menor grau de seleção no perfil, com exceção de jan/2011, que registra alterações no padrão encontrado para Góes-5 e Góes-4, onde também estão as menores curtoses, 0, 6735 em jan/2011 e 0, 6573 em jan/2012, sendo o perfil de maior energia. O perfil de menor energia foi Góes-5, em jul/2011, com 2,1770 para curtose. Sugere-se como possível causa para essa variação, o fenômeno de rotação praial iniciado em 2010 (SOUZA, 2011a). Tabela 2. Dados Texturais das amostras do entremarés da Praia do Góes. Fonte: Programa de Monitoramento Praial (inédito). Campanha jan/2011 jul/2011 out/2011 dez/2011 jan/2012 Perfil Diâmetro Médio Praia do Góes - (Dados Texturais - Parâmetros Estatísticos de Folk e Ward ) Desvio Padrão Curtose Assimetria Descrição (grau seleção) Góes-1 2,2514 0,8051 0,7224 0,1848 Areia fina, moderadamente selecionada, platicúrtica, positiva Góes-2 2,2804 0,9777 0,7093 0,0611 Areia fina, moderadamente selecionada, platicúrtica, simétrica Góes-3 2,7230 0,8424 1,0446-0,6022 Areia fina, moderadamente selecionada, mesocúrtica, muito negativa Góes-4 2,3351 1,1503 0,6735-0,5247 Areia fina, pobremente selecionada, muito platicúrtica, muito negativa Góes-5 3,0419 0,5565 1,9227-0,5548 Areia muito fina, moderadamente selecionada, muito leptocúrtica, muito negativa Góes-1 2,7097 0,5803 0,8546-0,1823 Areia fina, moderadamente selecionada, platicúrtica, negativa Góes-2 2,2487 0,9353 0,8013-0,1156 Areia fina, moderadamente selecionada, platicúrtica, negativa Góes-3 3,1900 0,2533 1,0928-0,2115 Areia muito fina, muito bem selecionada, mesocúrtica, negativa Góes-4 3,1487 0,3194 1,2818-0,2324 Areia muito fina, muito bem selecionada, leptocúrtica, negativa Góes-5 2,4994 1,1663 2,1770-0,7419 Areia fina, pobremente selecionada, muito leptocúrtica, muito negativa Góes-1 2,7950 0,5582 1,0381-0,1388 Areia fina, moderadamente selecionada, mesocúrtica, negativa Góes-2 2,9211 0,5917 1,1829-0,5074 Areia fina, moderadamente selecionada, leptocúrtica, muito negativa Góes-3 2,7127 0,7406 1,3269-0,5140 Areia fina, moderadamente selecionada, leptocúrtica, muito negativa Góes-4 2,3679 0,9480 0,7385-0,3983 Areia fina, moderadamente selecionada, platicúrtica, muito negativa Góes-5 1,9284 1,1175 0,7526-0,0655 Areia média, pobremente selecionada, platicúrtica, simétrica Góes-1 3,0756 0,4770 1,3358-0,2808 Areia muito fina, bem selecionada, leptocúrtica, negativa Góes-2 3,1532 0,3402 1,4229-0,2318 Areia muito fina, muito bem selecionada, leptocúrtica, negativa Góes-3 3,1046 0,4088 1,5108-0,0767 Areia muito fina, bem selecionada, muito leptocúrtica, simétrica Góes-4 3,0220 0,4997 1,3789-0,4597 Areia muito fina, bem selecionada, leptocúrtica, muito negativa Góes-5 2,3107 1,0362 0,7125-0,4433 Areia fina, pobremente selecionada, platicúrtica, muito negativa Góes-1 2,8141 0,6863 1,1117-0,4376 Areia fina a muito fina, moderadamente selecionada, leptocúrtica, muito negativa Góes-2 3,0320 0,5527 1,4551-0,4059 Areia muito fina, moderadamente selecionada, leptocúrtica, muito negativa Góes-3 2,5085 0,7565 0,8108-0,2632 Areia fina, moderadamente selecionada, platicúrtica, negativa Góes-4 2,3761 0,9881 0,6573-0,4382 Areia fina, moderadamente selecionada, platicúrtica, muito negativa Góes-5 1,7365 1,1461 0,7692 0,1731 Areia média, pobremente selecioanda, platicúrtica, negativa Mínimo 1,74 0,25 0,66-0,74 Máximo 3,19 1,17 2,18 0,18 Média 2,65 0,74 1,10-0,30 Desv Padr 0,41 0,28 0,40 0,24
8 6.3 Biomassa Em jan/2011 essa praia apresentou altos valores de chl-a, sendo o maior em Góes-3 com 23,40 mg/m², seguido de 22,28 mg/m² em Góes-5. O menor foi de 13,57 mg/m² em Góes-4 e os feo variaram de -3,57 mg/m² em Góes-5 a 5,59 mg/m² em Góes-3. Na campanha de jul/2011 o maior valor para chl-a, destacando-se dos outros, foi registrado em Góes-1 com 23,19 mg/m² e o menor continuou em Góes-4 com 7,30 mg/m². Feo presentes em todos os perfis, com máximo de 12,31 mg/m² em Góes-4 e negativo em Góes-1 (-7,84 mg/m²). Em out/2011 os perfis se mantiveram homogêneos tanto para chl-a como para feopigmentos com valores máximos de chl-a praticamente iguais em Góes-2 e Góes- 3 (7,80 mg/m² e 7,77 mg/m² respectivamente) e para feo 8,17 mg/m² e 2,75 mg/m² nos mesmos perfis. O mês de dez/2011 voltou a destacar Góes-1 com maior valor de chl-a (52,58 mg/m²) seguido de Góes-2 com 24,39 mg/m² e menor em Góes-5 com 8,04 mg/m². Os feo apresentaram os maiores valores em Góes-2 com 19,94 mg/m² e em Góes-1 com 14,43 mg/m² e o menor em Góes-5 com 1,81 mg/m². Já em jan/2012 o perfil Góes-5 elevou sua biomassa chegando a 9,17 mg/m² e os máximos foram registrados em Góes-2 com 18,90 mg/m² e Góes-1 com 14,05 mg/m². Os feopigmentos tiveram máximos de 10,92 mg/m² em Góes-4 seguido de 10,03 mg/m² em Góes-2 e mínimo de 3,93 mg/m² em Góes-5. Tabela 3. Valores encontrados para clorofila-a, feopigmentos e desvios padrão. jan/2011 jul/2011 out/2011 dez/2011 jan/2012 GÓES - 1 GÓES - 2 GÓES - 3 GÓES - 4 GÓES - 5 chl-a 15,61 ±4,50 18,81 ±3,82 23,40 ±4,13 13,57 ±9,43 22,28 ±3,45 feo 2,13 ±3,91-1,72 ±3,35 5,59 ±4,87 3,75 ±10,12-3,57 ±3,52 chl-a 23,19 ±9,52 7,99 ±6,68 10,47 ±5,26 7,30 ±2,91 9,76 ±3,28 feo -7,84 ±12,75 9,30 ±8,66 5,24 ±6,31 12,31 ±4,15 5,23 ±1,59 chl-a 6,52 ±2,39 7,80 ±3,36 7,77 ±1,82 5,52 ±3,34 4,78 ±2,57 feo 5,99 ±2,97 8,17 ±2,04 2,75 ±4,56 5,05 ±5,96 3,07 ±3,32 chl-a 52,58 ±8,18 24,39 ±8,50 11,29 ±5,69 9,27 ±5,99 8,04 ±3,15 feo 14,43 ±2,04 19,94 ±5,01 8,42 ±3,51 9,56 ±8,60 1,81 ±4,71 chl-a 14,05 ±1,91 18,90 ±4,73 9,66 ±2,80 5,49 ±2,18 9,17 ±4,65 feo 6,55 ±3,52 10,03 ±3,15 6,07 ±2,60 10,92 ±4,74 3,93 ±5,35
9 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS As microalgas fitobentônicas se apresentaram em concentrações de forma variável em todos os perfis e campanhas. A clorofila-a atingiu pico de 52,58 mg/m², valor quase 6 x maior que o encontrado por Oliveira (2011) em dezembro de 2010 no perfil Góes-3 (9,15 mg/m²), porém dentro da faixa registrada por David (2003) com valores oscilando entre 1 e 78 mg/m² registrados para a região do entremarés na Baixada Santista. Foram registrados alguns valores negativos para feopigmentos nos meses de jan/2011 e jul/2011 (leituras abaixo da resolução do espectrofotômetro) o que pode indicar a presença de carotenoides, clorofilas degradadas ou de origem alóctone, com provável influência do hidrodinamismo. Os resultados sugerem não ter havido influência da sazonalidade, no entanto houve diferença entre as campanhas, o que é compatível com o verificado por David (2003). Não foi observado um padrão específico para relacionar a declividade, a largura e a granulometria em todos os perfis, no entanto o canto abrigado da praia (maior largura e menor declividade) apresentou as maiores larguras e declividades. Nesta praia, com variabilidade textural expressiva, a granulometria e as concentrações de biomassa sugerem possíveis relações com o diâmetro médio, o desvio padrão e a curtose, apenas em poucos perfis e campanhas. Devido a grande importância do microfitobentos como base da cadeia alimentar, sugere-se um estudo mais aprofundado visando obter resultados de similaridade e distância, entre outros para essas variáveis. 8. FONTES CONSULTADAS DAVID, C.J Contribuição para o estudo da distribuição do microfitobentos da região entremarés de praias da Baixada Santista, Estado de São Paulo. (Dissertação de Mestrado). Instituto Oceanográfico USP. 155p. DAVID, C.J Distribuição da biomassa microfitobentônica na Baía de Santos (SP, Brasil) com ênfase para região do emissário submarino. Aspectos da produção primária e da florística. (Tese de Doutorado) Instituto Oceanográfico-USP. 203p.
10 FOLK, R.L., & WARD, W.C Brazos river bar: a study in the significance of grain size parameters. Journal of Sedimentary Petrology, vol. 27, pp KASIM, M & MUKAI, H Contribution of benthic and epiphytic diatoms to clam and oyster production in the Akkeshi-ko Estuary. Journal of Oceanography, 62: MARGEM, H. & MACHADO, M.C Abundância das clorofilas a, b e c e feopigmentos do microfitobentos da areia de duas praias expostas do litoral do rio de janeiro (Brasil). IX COLACMAR, San Andrés Isla, Colômbia. Resumo expandido. MCLACHLAN, A Sandy Beach Ecology: A Review. In: A. McLachlan & T. Erasmus (eds.). Sandy Beaches as Ecosystems. Netherland, W. Junk Publishers, p OLIVEIRA, G.C.G Análise da biomassa clorofiliana no segmento praial Emissário-Ponta da Praia (município de Santos) e Praia do Góes (município do Guarujá), Baixada Santista (SP). Monografia (Pós-graduação Lato Sensu em Gestão Ambiental). Universidade Estadual Paulista, CLP-SV. p.63. PLANTE-CUNY, M.R Pigments photosynthétiques et production primare des fours meubles néritiques d une region tropicale (nosy-bé, Madagascar) Travaux et Documents de ORSTOM, 96: RIBEIRO, F.C.P.; SENNA, C.S.F. & TORGAN, L.C Diatomáceas em sedimentos superficiais na planície de maré da praia de Itupanema, Estado do Pará, Amazônia. Parte de Dissertação de Mestrado. MPEG/UFRA. P. 16. SOUSA, E.C.P.M Produção primária bentônica da zona entre marés em praias da Baixada Santista. Dissertação (Mestrado em Oceanografia Biológica) - Instituto Oceanográfico Universidade de São Paulo, São Paulo. SOUSA, E.C.P.M Estudos sobre a variação da produção primária bentônica da região entremarés de praias da Baixada Santista Tese (Doutorado em Ciências) Instituto Oceanográfico Universidade de São Paulo, São Paulo. SOUSA, E.C.P.M.; DAVID, C.J Variação diária dos pigmentos fotossintetizantes do microfitobentos da Praia de Aparecida, Santos, (23 58'48S-
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