VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DAS DDA. Patrícia A.F. De Almeida Outubro
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1 VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DAS DDA Patrícia A.F. De Almeida Outubro
2 INTRODUÇÃO DDA Síndrome causada por vários agentes etiológicos (bactérias, vírus e parasitos) 03 ou mais episódios com fezes líquidas ou semi-líquidas. Manifestação principal: aumento do nº de evacuações ou de pouca consistência Freqüentemente acompanhada de vômito, febre e dor abdominal Autolimitada (2 a 14 dias) depende do agente etiológico) Formas variam desde leves até graves
3 Aspectos Clínicos Os episódios diarréicos agudos podem ser divididos, de maneira geral, em dois grandes grupos: Diarréia aquosa: perda de grande quantidade de água durante a evacuação (pode estabelecer rapidamente um quadro de desidratação) Diarréia sanguinolenta: presença de sangue nas fezes, podendo haver presença de muco ou pus (sugere inflamação ou infecção intestinal)
4 Aspectos Clínicos Antes de avaliar conhecer o padrão de evacuação da criança Criança menor de 03 anos tem padrão de evacuação variado. Geralmente casos de diarréia com vômitos em crianças são causados por vírus.
5 Agentes Etiológicos Bactérias: S. aureus, E. coli, salmonelas, Shigella sp, V. cholerae e outras Vírus: rotavírus, norovírus, adenovírus e outros Parasitos: Cryptosporidium, Giardia lamblia, e outros
6 Complicações 1.Quando não tratadas adequada e precocemente, podem levar à óbito 2. Nos casos crônicos ou com episódios repetidos, acarretam desnutrição crônica, com retardo do desenvolvimento 3. Geralmente decorrentes da desidratação e do desequilíbrio eletrolítico
7 Modo de Transmissão Por via fecal-oral de forma: Indireta: ingestão de água e alimentos contaminados e contato com objetos contaminados. Direta: pessoa a pessoa (ex: mãos contaminadas) e de animais para as pessoas
8 Diagnóstico Laboratorial: exames parasitológicos de fezes e culturas de bactérias e vírus Clínico-epidemiológico: quando ocorrem vários casos associados entre si (surto)
9 Diagnóstico Laboratorial Na solicitação de exames informar: 1. pesquisa de bactérias 2. pesquisa de vírus 3. pesquisa de parasitos
10 Bactérias Coprocultura: através de Swab retal ou fecal em meio de transporte Cary-Blair
11 Swab retal Umedecer o swab em solução fisiológica ou em água destilada esterilizada; Introduzir a extremidade umedecida do swab (2 cm) na ampola retal do paciente, comprimindo-o, em movimentos rotatórios suaves, por toda a extensão da ampola; Colocar em meio Cary-Blair (encaminhar de 24 a 72 h em TA, ou sob refrigeração de 4º a 8º, de 04 a 7 dias)
12 Swab fecal O swab fecal se diferencia do swab retal porque se introduz a ponta do swab diretamente no frasco coletor sem formol com fezes do paciente. Esse procedimento deve ser feito até 2 hrs após a coleta no frasco.
13 Importante!!! Coletar 2 a 3 amostras por paciente As fezes devem ser coletadas antes da administração de antibióticos Evitar coletar amostras fecais contidas nas roupas dos pacientes, na superfície de camas, no chão e de fraldas
14 Vírus Coletar em torno de 5 grs de fezes in natura e colocar em um frasco coletor de fezes sem formol, com tampa rosqueada; Identificar o frasco (nome do paciente) e acondicioná-lo em saco plástico; Conservar em geladeira por até 03 dias de 6º a 8º; após isto conservar em freezer (-20º)
15 Parasitos Coletar uma quantidade mínima de 20 a 30g de fezes, em frasco coletor de fezes, com tampa rosqueada; Em neonatos,colocar o coletor para crianças na própria fralda, evitando o contato das fezes com a urina; De preferência coletar as fezes antes da administração de qualquer medicamento, uma vez que alguns prejudicam a pesquisa dos parasitos.
16 Tratamento O tratamento das doenças diarréicas agudas consiste em quatro medidas: 1. Correção da desidratação e do desequilíbrio eletrolítico (Planos A, B ou C) Obs: O teste da sede não deve ser feito perguntando à mãe. Deve-se observar dando o soro (não água), avaliando como ela bebe. Não se observa mais a fontanela, pois se a criança estiver hipertônica a mesma não vai estar alterada.
17 Tratamento 2. Combate à desnutrição 3. Uso adequado de medicamento 4. Prevenção das complicações
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19 Uso adequado de medicamentos A indicação de antimicrobianos deve ocorrer só quando o benefício for inquestionável, pois a DDA, de forma geral, é auto-limitada.
20 Bactérias Para as diarréias bacterianas podem ser utilizados alguns antimicrobianos,como:eritromicina,azitromicina,sulfametoxazol+trimetoprima Vírus Não há tratamento etiológico para doença diarréica causada por vírus, apenas tratamento de suporte, como correção da desidratação e do desequilíbrio eletrolítico e tratamento de outros sintomas apresentados, como náuseas e vômitos Parasitos Quando há identificação de parasitos utilizam-se medicamentos como: Mebendazol, Albendazol e, no caso de protozoários de G. lamblia ou E. hystolitica, é recomendado Metronidazol.
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26 Como avaliar o estado de hidratação do paciente
27 PLANO DE TRATAMENTO Plano A: Pacientes com diarréia sem sinais de desidratação: Tratamento domiciliar, com solução de sais de reidratação, soro caseiro, líquidos em geral. Orientar os pacientes para reconhecimento de sinais de desidratação Plano B: Pacientes com diarréia e sinais de desidratação: Se houver capacidade de ingerir líquidos, devem ser tratados com SRO, e permanecer na US até reidratação. Plano C: Pacientes com diarréia e desidratação grave: Hidratação venosa e oral assim que possível.
28 Prevenção das complicações Tratar convenientemente a desidratação, ter uma dieta adequada e usar os antimicrobianos quando indicados Importante intervir prontamente Os procedimentos adequados irão depender do conhecimento da fisiopatogenia e das complicações de cada agente etiológico
29 Medidas de Controle Melhoria da qualidade da água Destino adequado de lixo e dejetos Controle de vetores Higiene pessoal e alimentar Educação em saúde Incentivo à prorrogação do aleitamento materno
30 Como se prevenir? 1. Lavar sempre as mãos antes e depois de utilizar o banheiro, trocar fraldas, manipular/preparar alimentos, amamentar e tocar em animais 2. Lavar e desinfetar as superfícies, utensílios e equipamentos usados na preparação de alimentos; proteger os alimentos e as áreas da cozinha contra insetos, animais de estimação e outros animais (guardar os alimentos em recipientes fechados) 3. Tratar a água para beber (por fervura e/ou cloração com hipoclorito de sódio à 2,5%); e guardar a água tratada em vasilhas limpas e de boca estreita para evitar a recontaminação 4. Não utilizar água de riachos, rios, cacimbas ou poços contaminados 5. Ensacar e manter a tampa do lixo sempre fechada (quando não houver coleta de lixo, este deve ser enterrado) 6. Usar sempre a privada, mas se isso não for possível, enterrar as fezes sempre longe dos cursos de água
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32 Tratamento da Água O tratamento da água para consumo humano, para famílias sem acesso à água tratada, é garantido pelo MS através do Programa de distribuição de Hipoclorito de sódio à 2,5%. Programa fornece trimestralmente às UF s, de acordo com o quantitativo por eles solicitado anualmente, 06 frascos de 50 ml de hipoclorito de sódio à 2,5% para cada família (de até 04 pessoa) sem acesso água tratada
33 Dosagem e tempo de contato do Hipoclorito de Sódio à 2,5% para tratamento da água para consumo humano
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