A participação e o envolvimento dos alunos nas aulas de Geografia, a partir das atividades realizadas pelo PIBID

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1 A participação e o envolvimento dos alunos nas aulas de Geografia, a partir das atividades realizadas pelo PIBID Danilo do Carmo da Rocha Discente do Curso de Geografia da Universidade Federal de Uberlândia, Faculdade de Ciências Integradas do Pontal, campus Ituiutaba, MG Brasil. Bolsista CAPES/PIBID do Subprojeto de Geografia. danilodocarmorocha@hotmail.com Fernanda Teodoro Sampaio Silva Discente do Curso de Geografia da Universidade Federal de Uberlândia, Faculdade de Ciências Integradas do Pontal, campus Ituiutaba, MG Brasil. Bolsista CAPES/PIBID do Subprojeto de Geografia. fernandinha-31@live.com Jussara dos Santos Rosendo Docente do Curso de Geografia da Universidade Federal de Uberlândia, Faculdade de Ciências Integradas do Pontal, Coordenadora CAPES/PIBID do Subprojeto de Geografia e do curso de Pós-Graduação em Geografia do Pontal (PPGEP) na cidade de Ituiutaba, MG Brasil. jussara@pontal.ufu.br RESUMO O presente trabalho tem o objetivo de relatar as experiências vivenciadas no Subprojeto PIBID Geografia da FACIP/UFU, demonstrando o envolvimento dos alunos a partir das atividades trabalhadas na sala de aula de uma escola pública municipal no ano de O PIBID (Programa Institucional de Bolsistas de Iniciação à Docência) pode ser considerado de grande importância para a formação de futuros professores, de modo que a prática da docência é imprescindível para a qualificação profissional dos licenciandos em qualquer área do conhecimento. As atividades trabalhadas, até o presente momento, junto a professora supervisora da escola e a orientadora do Subprojeto, alcançaram resultados satisfatórios na fixação dos conteúdos mínimos exigidos para o ano letivos das séries contempladas. PALAVRAS-CHAVE: PIBID, experiências em sala, Geografia.

2 INTRODUÇÃO O PIBID é uma iniciativa para o aprimoramento e a valorização da profissão de docente para educação básica. Esse programa concede bolsas aos alunos de licenciatura participantes do projeto de iniciação a docência, com o desenvolvimento das atividades ligadas as instituições de Educação Superior (IES) em parceria com as escolas de ensino básico da rede pública. (CAPES,2015). Pensando nisso, Banhara (2010) afirma que: Nessa conjuntura, em que o processo de evolução das novas mídias e tecnologias representa um importante aliado para uma expressão mais didática de temas e assuntos, é possível perceber que o desempenho do aluno nas atividades de sala de aula é mais participativo e propositivo. (BANHARA, 2010, p 2) O PIBID tem intenção de unir as secretarias estaduais e municipais de educação e as universidades públicas, a favor da melhoria do ensino nas escolas públicas em que o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) esteja abaixo da média nacional, de 4,4.(CAPES, 2015) Entre as propostas do PIBID está o incentivo à carreira do magistério nas áreas da educação básica com maior carência de professores com formação específica. Objetivo do PIBID é a concessão de bolsas de iniciação à docência para alunos de cursos de licenciatura e para coordenadores e supervisores responsáveis institucionalmente pelo Programa e demais despesas a ele vinculadas. (CAPES, 2015). Atualmente o Subprojeto PIBID Geografia tem suas atividades realizadas em 4 escolas da rede pública na cidade de Ituiutaba-MG, com 24 bolsistas, 4 professores supervisores e 4 professores orientadores. O Subprojeto Geografia iniciou as atividades com esta equipe no ano do início de 2014, mas nessa escola a partir de fevereiro de O principal objetivo desse trabalho é relatar as experiências vivenciadas no Subprojeto PIBID Geografia, demonstrando o envolvimento dos alunos a partir das atividades trabalhadas na sala de aula. DESENVOLVIMENTO No início das atividades do PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência) Subprojeto Geografia, tivemos a oportunidade de conhecer o cotidiano de uma escola pública municipal situada na cidade de Ituiutaba-MG. Trabalhamos com anos diferentes e as atividades seguiram o tema incluído no plano de ensino da professora supervisora. Na escola que relataremos as atividades desenvolvidas, total foram trabalhadas com duas salas, sendo que uma refere-se ao sexto ano, e a outra ao sétimo ano, ambos do Ensino Fundamental, com aproximadamente 30 alunos em casa sala. Serão descritos nesse momento o desenvolvimento e os resultados das atividades que foram planejadas para os

3 seguintes temas: As principais características das 5 regiões do Brasil e curiosidades (no sétimo ano) de O sistema solar (para o sexto ano). A primeira etapa consistiu na exposição dos conteúdos, as dificuldades notadas nas duas séries foi à inquietação dos alunos e a falta de interesse, o que a princípio impediu o andamento das aulas. Contudo, foi necessário observar e avaliar o nível de conhecimento sobre o assunto abordado, para que pudéssemos identificar as metodologias a serem empregadas em ambas às salas. Allessandrini (2002), aponta que: Trabalhar com aprendizagem envolve um contínuo movimento de reflexão, um reajuste cotidiano de nossos próprios processos. Para que possamos ensinar nossos alunos, precisamos rever nosso próprio modo de aprender, nosso modo de construir a experiência. Um processo que se desenvolve e resulta em aprendizagem. (ALLESSANDRINI, 2002 p. 166) Depois de analisar os níveis de conhecimento dos alunos, foi possível perceber que as aulas expositivas são de grande importância, mas tinha que permitir a participação e a interação dos alunos possibilitando a reflexão sobre as questões dos temas apresentados, facilitando a compreensão/assimilação da matéria. Logo após as aulas expositivas foi pedido aos alunos que se organizassem em grupo de 5 integrantes e fizessem uma breve pesquisa, durante o horário da aula, com auxílio de revistas, jornais e livros fornecidos pela escola, com o objetivo da confecção de um cartaz contendo todas as informações das pesquisas e posteriormente os grupos apresentaram para os outros alunos, conforme fotografia 1. Fotografia: 1 Bolsista auxiliando os alunos na pesquisa e na elaboração dos cartazes. Autor: ROCHA, Outro ponto verificado foi à necessidade de levar a esses alunos materiais que facilitam a compreensão dos conteúdos, já que os dois temas são de difícil compreensão por

4 parte deles. Para finalizar a dinâmica, propusemos uma competição entre eles, ao qual foram feitas perguntas e respostas tratando do conteúdo trabalhando anteriormente. Todos esses recursos e ações contribuíram satisfatoriamente para o bom andamento das aulas de Geografia, e confirmaram a importância da criatividade do professor ao ministrar uma aula. Esse acontecimento é descrito nas palavras de Cavalcanti (2004), quando afirma que: Para superar o formalismo didático no ensino da Geografia é preciso, entre outras coisas, que seus agentes professor e alunos estejam realmente envolvidos no processo de ensino o que requer do professor a organização de atividades levando em conta as necessidades individuais e sociais dos alunos, as condições concretas em que o ensino se realiza e os modos mais adequados de tratamento dos conteúdos para que os alunos estejam em atividade intelectual permanente e possam, assim, construir seu conhecimento. (CAVALCANTI, 2004, p.133) Quando os temas As principais características das 5 regiões do Brasil e curiosidades e o O sistema solar foram apresentados para os sétimos e os sextos anos, respectivamente, poucos alunos manifestaram interesse ou empolgação com o desenvolvimento. Com base nisso, podemos considerar que o auxílio dos bolsistas PIBID em sala de aula é muito importante, pois um dos objetivos do PIBID é inserir os licenciandos no cotidiano de escolas da rede pública de educação, proporcionando-lhes oportunidades de criação e participação em experiências metodológicas, tecnológicas e práticas docentes de caráter inovador e interdisciplinar que busquem a superação de problemas identificados no processo de ensino-aprendizagem. (CAPES, 2015) Para que os alunos tivessem uma maior participação nas aulas expositivas notamos que quando a professora usava uma linguagem mais próxima à realidade daquele aluno, ele logo mostrava interesse sobre assunto. Em ralação aos materiais didáticos para os sétimos anos, para uma melhor compreensão da matéria, a solução alcançada foi levar algo que visualizasse melhor o que estava sendo trabalho em sala, com isso veio à ideia de montar um quebra-cabeça do Brasil com a definição das regiões. Esse material foi elaborado pelos bolsistas PIBID, pela professora supervisora e auxílio da coordenadora, com isopor e tinta, adquiridos com recursos do PIBID durante a carga horária cumprida nas dependências da Faculdade de Ciências Integradas do Pontal (FACIP/UFU) (fotografia 2). Fotografia: 2: Elaboração do quebra-cabeça didático.

5 Autor: ROCHA, A dinâmica ocorreu em sala de aula, de modo que os próprios alunos deveriam unir as peças formando cada estado, e na forma de um jogo de perguntas e respostas, distinguindo uma região da outra. É importante ressaltar que as perguntas foram elaboradas pelos próprios alunos, pela professora supervisora e os bolsistas do projeto, pensadas a partir do conteúdo que estava sendo trabalhado. Para facilitar essa dinâmica a sala foi dividida em dois grupos, de modo que cada grupo questionava o outro, assim, ao acertarem a resposta teriam o direito de pegar uma peca do quebra-cabeça e tentar montá-lo. Depois do quebra-cabeça montado, o desafio seria identificar cada região e falar sobre suas características. Toda essa dinâmica teve o objetivo aumentar a competitividade entres os mesmos e estimular o interesse pelo conteúdo, tornando a aprendizagem mais prazerosa. Com os alunos dos sextos anos a atividade seguiu a mesma estratégia, foi levado a eles material didático que possibilitasse maior compreensão, de modo que utilizamos uma maquete do sistema solar. Foi então explicada para toda turma a dinâmica do sistema solar, caracterizando os planetas e dando ênfase para o Planeta Terra, movimentos de rotação, translação, dentre outras particularidades (fotografia 3). Fotografia: 3: Aula pratica com a maquete do Sistema Solar.

6 Autor: ROCHA, Depois de toda a explicação do conteúdo, foi proposta uma dinâmica de perguntas e respostas sobre o tema, de forma que todos os alunos deveriam participar, a fim de conhecermos se realmente as atividades estavam sendo produtivas para aqueles alunos. Com isso a aula se tornou bastante interessante, pois, todos os alunos queriam demonstrar que tinham conhecimento sobre o assunto e a todo momento faziam intervenções para responder as perguntas, que foram elaboradas pelos próprios alunos, junto a professora e aos bolsistas do projeto A atividade demonstrou que o conteúdo trabalho de forma lúdica e divertida permitiu a participação praticamente todos os alunos da sala. Acreditamos que as atividades realizadas tiveram total participação dos alunos, todos interagiram à medida de sua capacidade e assimilaram o conteúdo proposto. Também notamos que alguns alunos demonstraram interesse em aprofundar os conteúdos, extrapolando aquilo que fora planejado e discutido em sala de aula. CONSIDERAÇÕES FINAIS Sabemos que educação pública no Brasil tem seus problemas, por vários fatores, podemos apontar que alguns destes associados à inexistência de políticas públicas eficientes. Diante do exposto, consideramos o PIBID como uma possibilidade de mudança dessa realidade, contribuindo para o desenvolvimento de alunos da rede pública e de futuros docentes.

7 Podemos concluir que os futuros docentes constroem sua profissão a partir da prática do ensino, sendo de fundamental importância que os mesmos tenham contato com os alunos em seu âmbito escolar para assim poder diagnosticar, intervir e minimizar possíveis problemas e/ou falhas no ensino, desde a sua formação, a partir de sua inserção durante a graduação em projetos que proporcionam a convivência com o dia a dia escolar. Com isso o PIBID vem nos proporcionando experiências no âmbito escolar bastante satisfatórias. AGRADECIMENTOS À CAPES, pelo financiamento das bolsas pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) e pelo apoio à divulgação deste trabalho. REFERÊNCIAS ALLESSANDRINI, C. D. O desenvolvimento de competências e a participação pessoal na construção de um novo modelo educacional. Porto Alegre p 166. BANHARA Geraldo Donizete. A Utilização das Novas Tecnologias no Ensino de Geografia p. Disponível em: Acessado em 15/08/2015. ALMEIDA, Rosangela Doin. Atlas municipais elaborados por professores: a experiência conjunta de Limeira, Rio Claro e Ipeúna. Cad. Cedes, Campinas, v. 23, n. 60, p , CAVALCANTI, Clóvis. Uma tentativa de caracterização da economia ecológica. Ambient. soc., Campinas, v. 7, n. 1, jun Disponível em. Acesso em 21 maio Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES, Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência PIBID. Disponível em: acessado em 15/08/2015. LIMA, Diógenes Cândido. Ensino e Aprendizagem de Língua Inglesa: conversas com especialistas. São Paulo: Parábola Editorial, 2009.