TRANSFERÊNCIA DE RESÍDUOS E RASTREABILIDADE Webinar sobre Resíduos, Dupla Contagem, Fraude e Fiscalização e Biocombustíveis Avançados
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1 TRANSFERÊNCIA DE RESÍDUOS E RASTREABILIDADE Webinar sobre Resíduos, Dupla Contagem, Fraude e Fiscalização e Biocombustíveis Avançados Eng.ª Cristina Carrola Diretora do Departamento de Resíduos 27 de setembro de 2016
2 Universo Resíduos Resíduos quaisquer substâncias ou objetos de que o detentor se desfaz ou tem a intenção ou a obrigação de se desfazer (Definição alínea ee) do art.º 3.º do RGGR) Definição ambígua dificuldades de delimitação da fronteira entre resíduo e não resíduo Subproduto e Fim de Estatuto de Resíduo (art.º 44.º-A e 44.º-B do RGGR) Quando as substâncias ou objetos satisfazem determinados critérios definidos a nível comunitário ou nacional não são resíduos 2
3 Universo Resíduos (cont.) Subprodutos Animais (Reg. (CE) n.º 1069/2009 do Parlamento Europeu e do Conselho de 21 outubro) não são resíduos, exceto se, tiverem como destino incineração, aterro, unidade de compostagem ou de biogás Subprodutos Animais que tenham como destino a produção de biodiesel não são geridos no âmbito do RGGR 3
4 Biodiesel - OAU Óleos alimentares usados (OAU), classificados como resíduos urbanos e equiparados (frações recolhidas seletivamente), no LER óleos e gorduras alimentares. O código LER inclui outras gorduras alimentares (gorduras de origem animal) O Decreto-Lei nº 267/2009, de 29 setembro, aplicável à gestão de OAU, não estabelece condições especificas à importação de OAU, ou à respetiva rastreabilidade, aplicando-se assim o Regulamento (CE) 1013/2006, de 14 de junho, relativo à transferência de resíduos, e a Portaria n.º 335/97, de 16 de maio, sobre o transporte rodoviário de resíduos em território nacional 4
5 Biodiesel - OAU Em sede de rastreabilidade e de gestão de OAU - A Diretiva EU 2015/1513 de 9 de setembro de 2015, estabelece que: (6.) Até 6 de abril de 2017, a Comissão apresenta um relatório ao Parlamento Europeu e ao Conselho ( ), que analisa os seguintes aspetos, entre outros: a facilidade e eficácia da aplicação de um sistema de rastreabilidade das provas de conformidade com os critérios de sustentabilidade, que o regime dá aos seus membros, destinando-se esse sistema a prevenir atividades fraudulentas, e envolvendo organismos de certificação acreditados. 5 Trata-se de um sistema de rastreabilidade de provas de conformidade. A evidência das provas de conformidade deverá recair na responsabilidade do produtor, incluindo a conformidade das matérias primas utilizadas (incluindo os OAU ou outros resíduos permitidos), com determinadas especificações técnicas
6 Biodiesel - OAU - O Decreto-Lei n.º 267/2009: 1. Não especifica requisitos específicos, ou metas para a valorização de OAU, contrariamente ao verificado para outros resíduos urbanos (resíduos de embalagem), em que são estabelecidas metas de reciclagem e o contributo para as mesmas, pressupõe o cumprimento de determinadas especificações técnicas, potenciando a adequação dos resíduos para reciclagem. 2. Prevê que os produtores dos OAU dos setores HORECA e industrial, encaminhem os OAU para o sistema de recolha seletiva municipal, após contato prévio, ou Acordo voluntário (produção diária acima dos litros) estabelecido com o Município respetivo, ou para um operador de gestão de resíduos licenciado para a respetiva gestão, devendo o respetivo transporte ser acompanhado de GAR (modelo A da Portaria n.º 335/97). 6
7 Biodiesel - OAU 3 - O Município respetivo ou o OGR licenciado, emitem um certificado de OAU, com validade anual, conforme Anexo ao DL n.º 267/2009, e enviam ao produtor que deverá divulgá-lo ao público, mediante a afixação, em local bem visível, no estabelecimento 4- Obrigatoriedade de envio anual de informação pelos produtores de OAU : Os produtores do setor industrial (independentemente da dimensão do estabelecimento ou tipologia de resíduos produzidos) obrigam-se a reportar anualmente à APA, entre outros, a quantidade de OAU produzidos e o respetivo encaminhamento Os produtores do setor HORECA, não se obrigam a reportar informação no âmbito do DL n.º 267/2009, podendo ficar isentos de reportar informação ao abrigo do disposto no RGGR (Art.º 48.º). Com a implementação das e-gar, ficarão também obrigados a reportar 7 informação
8 Transferência de resíduos - MTR Resíduos não perigosos (ex.: OAU) pertencentes à Lista verde enviados para valorização não estão sujeitos à notificação e consentimento escrito prévio da APA Estes resíduos são sujeitos aos requisitos gerais de informação, o que significa que a sua transferência é acompanhada do formulário do Anexo VII do Reg. 1013/2006, sendo obrigatória a existência de um contrato com atribuição de responsabilidades à pessoa que trata da transferência e ao destinatário Independentemente de pertencerem à Lista verde, se estes resíduos estiverem contaminados por outras matérias de uma forma que: -Aumente os riscos associados aos resíduos, tendo em consideração as características de perigosidade -Impeça a sua valorização de uma forma ambientalmente correta Devem ser sujeitos ao procedimento de notificação e consentimento escrito prévio 8
9 Classificação dos Resíduos A classificação de resíduos compete ao produtor de resíduos LER Decisão da Comissão 2014/955/UE, de 18 de dezembro de 2014 Um mesmo código LER pode apresentar composição muito variável e características muito diferentes Dificuldade em conhecer concretamente a natureza do resíduo Dificuldade na rastreabilidade dos resíduos Classificação não é linear, em especial quando o resíduo não tem correspondência direta e inequívoca com uma entrada da LER Dificuldade na classificação pode levar a erros de atribuição LER 9
10 Rastreabilidade dos resíduos 10 Artigo 21.º-A do RGGR: A produção, a recolha e o transporte de resíduos perigosos, bem como o seu armazenamento e tratamento, são realizados em condições que assegurem a protecção do ambiente e da saúde nos termos do artigo 6.º, observando medidas de garantia da rastreabilidade desde a produção até ao destino final. Mapa Integrado de Registo de Resíduos (MIRR) - Sistema eletrónico de registo dos resíduos produzidos e processados GAR - Guia de Acompanhamento de Resíduos: As GAR em papel serão brevemente substituídas pelas e-gar, tal como previsto no Decreto- Lei n.º 73/2011, de 17 de junho, que vão estar associadas à e-fatura, disponibilizada pela Autoridade Tributária e Aduaneira. Licenciamento obrigatório de Operadores de Gestão de Resíduos- art.º 2º do RGGR APA não tem competência de fiscalização, nem de inspeção em matéria de resíduos Competência atribuída às CCDR e IGAMAOT
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