Auditoria Prof. Rodrigo Fontenelle

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1 Auditor Fiscal do Trabalho Auditoria Prof. Rodrigo Fontenelle

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3 Auditoria Professor Rodrigo Fontenelle

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5 Edital AUDITORIA: Normas brasileiras para o exercício da auditoria interna: independência, competência profissional, âmbito do trabalho, execução do trabalho e administração do órgão de auditoria interna. Auditoria no setor público federal. Finalidades e objetivos da auditoria governamental. Abrangência de atuação. Formas e tipos. Normas relativas à execução dos trabalhos. Normas relativas à opinião do auditor. Relatórios e pareceres de auditoria. Operacionalidade. Objetivos, técnicas e procedimentos de auditoria: planejamento dos trabalhos. Programas de auditoria. Papéis de trabalho. Testes de auditoria. Amostragem estatística em auditoria. Eventos ou transações subsequentes. Revisão analítica. Entrevista. Conferência de cálculo. Confirmação. Interpretação das informações. Observação. Procedimentos de auditoria em áreas específicas das demonstrações contábeis. BANCA: Cespe CARGO: Auditor Fiscal do Trabalho

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7 Auditoria INTRODUÇÃO, CONCEITUAÇÃO E NORMAS Conceito de Auditoria "A auditoria compreende o exame de documentos, livros e registros, inspeções e obtenção de informações e confirmações, internas e externas, relacionadas com o controle do patrimônio, objetivando mensurar a exatidão desses registros e das demonstrações contábeis deles decorrentes". (Franco e Marra, 2011) A Auditoria Privada ou Independente, Externa, Empresarial, das Demonstrações Contábeis, das Demonstrações Financeiras é uma técnica contábil, constituída por um conjunto de procedimentos técnicos sistematizados, para obtenção e avaliação de evidências sobre as informações contidas nas demonstrações contábeis de uma empresa. Relembrando... Para atingir suas finalidades, a Contabilidade utiliza-se das seguintes técnicas contábeis: Escrituração (registro dos fenômenos patrimoniais); Demonstrações (balanços e outras demonstrações); Auditoria; e Análise de balanços. Normas Profissionais e Técnicas Práticas contábeis brasileiras compreendem a legislação societária brasileira, as Normas Brasileiras de Contabilidade, emitidas pelo CFC, os pronunciamentos, as interpretações e as orientações emitidos pelo CPC e homologados pelos órgãos reguladores, e as práticas adotadas pelas entidades em assuntos não regulados, desde que atendam à NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL e, por conseguinte, estejam em consonância com as normas contábeis internacionais, ao passo que a expressão normas internacionais de relatório financeiro (IFRS) refere-se às normas internacionais de contabilidade e significa as normas emitidas pelo Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade (IASB). Normas de auditoria são as regras estabelecidas pelos órgãos reguladores da profissão contábil, em todos os países, com o objetivo de regulação e apresentação de diretrizes a serem seguidas 7

8 por esses profissionais no exercício de suas funções. Elas estabelecem os conceitos básicos sobre as exigências em relação à pessoa do auditor, à execução de seu trabalho e ao parecer que deverá por ele ser emitido (Franco e Marra, 2011). As Normas Brasileiras de Contabilidade NBC, editadas pelo CFC, devem seguir os padrões internacionais e compreendem as normas propriamente ditas, as Interpretações Técnicas e os Comunicados Técnicos. Elas entraram em vigor nos exercícios iniciados em ou após 1º de janeiro de As normas de auditoria independente são aprovadas pelo CFC por meio de Resoluções, e classificadas em normas profissionais (NBC PA) e normas técnicas (NBC TA). Enquanto as NBC PA estabelecem regras e procedimentos de conduta a serem observados como requisitos para o exercício profissional contábil, as NBC TA descrevem conceitos doutrinários, princípios e procedimentos a serem aplicados quando da realização dos trabalhos. Fonte: IBRACON A adoção dessas normas é obrigatória? Sim. De acordo com a própria Resolução CFC nº 1.328/11, a inobservância às NBC constitui infração disciplinar sujeita às penalidades previstas no Decreto-Lei nº 9.295/46, alterado pela Lei nº /10, e ao Código de Ética Profissional do Contador. As Normas Brasileiras de Contabilidade compreendem: Código de Ética Profissional do Contabilista; Normas de Contabilidade, de Auditoria Independente e de Asseguração, de Auditoria Interna e de Perícia. 8

9 MTE - Auditor Fiscal do Trabalho Auditoria Prof. Rodrigo Fontenelle Conceituação e Finalidade O que é Auditoria Independente? Técnica contábil, constituída por um conjunto de procedimentos técnicos sistematizados, para obtenção e avaliação de evidências sobre as informações contidas nas demonstrações contábeis de uma empresa. Qual a finalidade de uma Auditoria Independente? O objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis por parte dos usuários. Isso é alcançado mediante a expressão de uma opinião pelo auditor sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro aplicável. (NBC TA 200) Objetivos Gerais Os objetivos gerais do auditor independente, ao conduzir a auditoria de demonstrações contábeis, são: a) obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de distorção relevante, independentemente se causadas por fraude ou erro, possibilitando assim que o auditor expresse sua opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável; e b) apresentar relatório sobre as demonstrações contábeis e comunicar-se como exigido pelas NBC TAs, em conformidade com as constatações do auditor. Vantagens A auditoria independente apresenta as seguintes vantagens aos usuários das demonstrações contábeis: Contribui para maior exatidão das demonstrações contábeis. Possibilita melhores informações sobre a real situação econômica, patrimonial e financeira das empresas. Assegura maior exatidão dos resultados apurados. 9

10 Auditoria Independente A auditoria independente, entretanto, não dispõe de meios suficientes (pessoal, tempo, recursos) para uma análise aprofundada de todos os aspectos das demonstrações financeiras, limitando-se aos mais relevantes (aqueles que têm possibilidade de influenciar na opinião do usuário quanto às demonstrações). O auditor trabalha por amostragem, dessa forma, irregularidades podem passar despercebidas pelo auditor, o que não quer dizer que seu trabalho não tenha sido bem feito. Em circunstâncias excepcionais, o auditor pode julgar necessário não considerar uma exigência relevante em uma NBC TA. Em tais circunstâncias, o auditor deve executar procedimentos de auditoria alternativos para cumprir o objetivo dessa exigência. 10

11 Questões CESPE 1. (CESPE DPF 2013) ESAF No Brasil, a convergência das normas brasileiras de auditoria aos padrões internacionais ocorre por meio da tradução e adequação das normas emanadas pela Federação Internacional de Contadores (IFAC), do CFC e do Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (IBRACON). Julgue Certo ou Errado. 2. (ESAF CVM 2010) A respeito da elaboração e divulgação das demonstrações financeiras, com base em padrões contábeis internacionais, é correto afirmar: a) A adoção de padrões internacionais de contabilidade na elaboração e divulgação das demonstrações financeiras é obrigatória para as Companhias Abertas cujo capital social seja de propriedade de companhias com sede no exterior. b) A adoção de padrões contábeis internacionais por parte das Companhias Abertas é opcional para o exercício findo em 2010 e obrigatório a partir do exercício findo em c) Somente as Companhias Abertas com ações em bolsa deverão, a partir do exercício findo em 2010, apresentar as demonstrações financeiras consolidadas de acordo com os padrões contábeis internacionais. d) É opcional às Companhias Abertas a adoção dos padrões internacionais de contabilidade, desde que cumpram com as normas da legislação societária. e) A partir do exercício findo em 2010, as Companhias Abertas deverão apresentar suas demonstrações financeiras consolidadas adotando o padrão contábil internacional. 3. (SEFAZ-CE AFRE 2007 ESAF) Na ausência de disposições específicas sobre matéria contábil, deve o auditor: a) solicitar que os órgãos competentes da profissão se manifestem formalmente sobre o assunto, aguardando posição para término do trabalho. b) somente adotar práticas consagradas pela profissão contábil formalizadas pelos órgãos da profissão. c) basear-se em práticas já consagradas pela profissão contábil, independente de estarem ou não formalizadas pelos órgãos da profissão. d) sempre emitir parecer com ressalva relatando no parecer o procedimento adotado e a irregularidade em relação aos princípios fundamentais de contabilidade. e) não emitir parecer, em virtude de não haver procedimento contábil formal para tratamento do fato. 11

12 FCC 4. (FCC CNMP 2015) A empresa Plantio de Árvores do Norte S/A, contratou a firma de auditoria Aspectos & Consultoria, para examinar as demonstrações contábeis do exercício de O objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis por parte dos usuários. Isso é alcançado mediante a: a) expressão de uma opinião pelo auditor sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro aplicável. b) natureza, a oportunidade e a extensão dos procedimentos de auditoria realizados pelo auditor, alinhados com o objetivo da auditoria. c) obtenção, pelo auditor, de segurança razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraudes ou erros de conhecimento ou não dos responsáveis pela governança. d) realização, pelo auditor, de exames nas áreas, atividades, produtos e processos, de forma a alcançar evidências adequadas e suficientes para elaboração do relatório de auditoria. e) elaboração dos programas de trabalho de forma a servir como guia e meio de controle de execução do trabalho, devendo ser revisados e atualizados sempre que as circunstâncias o exigirem. 5. (FCC TCE-RS 2014) O objetivo de uma auditoria é aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis por parte dos usuários. Isso é alcançado mediante a expressão de uma opinião pelo auditor sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro. Esta declaração identifica a auditoria: a) operacional, em conformidade com as NAT TCE. b) governamental, em conformidade com as NAT TCE. c) governamental, em conformidade com as NAG TCU. d) independente, em conformidade com as NBC TA. e) de regularidade, em conformidade com as NAG TCU. 6. (FCC TCE-RS 2014) Os manuais, de uma maneira geral, definem auditoria como um exame analítico e pericial das operações contábeis, desde o início até o balanço. Nos termos da NBC TA 200, o objetivo da auditoria é: a) levantar informações suficientes e adequadas que permitam comparar as metas fixadas com os resultados alcançados. b) controlar os procedimentos contábeis para evitar que informações de interesse da instituição auditada sejam divulgados. c) aumentar o grau de confiança das demonstrações contábeis por parte dos usuários. d) estabelecer metodologia para ação integrada de todos os setores da instituição auditada. e) apurar e consolidar irregularidades contábeis em relatório para subsidiar eventual investigação de ilícitos administrativos e penais. 7. (FCC TCE-RS 2014) As NBC TAs Normas Brasileiras de Contabilidade TAs são escritas no contexto da auditoria de demonstrações contábeis executada por um auditor. Se, durante os trabalhos de auditoria, o auditor concluir que de- 12

13 MTE - Auditor Fiscal do Trabalho Auditoria Prof. Rodrigo Fontenelle terminado procedimento estabelecido por uma NBC TA será ineficaz no cumprimento do objetivo dessa exigência, deverá: a) alterar o escopo da auditoria. b) executar procedimento alternativo. c) comunicar o fato ao Conselho Federal de Contabilidade. d) interromper imediatamente a auditoria. e) executar o procedimento, uma vez que é obrigatório. 8. (FCC TRT - 6ª Região 2012) A empresa Jaú S.A. de capital aberto, por problemas administrativos e financeiros, não efetuou a auditoria externa de suas demonstrações financeiras nos anos de 2009, 2010 e Em 2012, por determinação da CVM foi solicitada a apresentar as auditorias de todo o período, senão teria seu registro cancelado. A empresa precisando manter essa forma de captação de recursos, contratou auditoria para emitir: a) parecer de auditoria para o ano de 2009 e relatório de auditoria para os anos de 2010 e 2011, mediante aplicação das normas de auditoria vigentes a partir de b) parecer de auditoria para os anos de 2009, 2010 e 2011, mediante a aplicação das normas de auditoria vigentes a partir de c) parecer de auditoria para o ano de 2009, aplicando as normas de auditoria vigentes para o período até 2009, e relatório de auditoria para os anos de 2010 e 2011, mediante aplicação das normas de auditoria vigentes a partir de d) relatório de auditoria para os anos de 2009, 2010 e 2011, mediante a aplicação das normas de auditoria vigentes até e) relatório de auditoria para o ano de 2009, aplicando as normas de auditoria vigentes para o período até 2009 e parecer de auditoria, para os anos de 2010 e 2011, mediante a aplicação das normas de auditoria vigentes a partir de (FCC TRT - 24ª Região 2011) Ao conduzir uma auditoria de demonstrações contábeis, são objetivos gerais do auditor obter segurança: a) razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de distorção relevante, devido à fraude ou erro, possibilitando que o auditor expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável. b) razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de distorção irrelevante, devido a erros, possibilitando que o auditor expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de parecer financeiro. c) total de que as demonstrações contábeis em parte estão livres de distorção relevante, devido à fraude ou erro, possibilitando que o auditor expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável. d) total de que as demonstrações contábeis em parte estão livres de distorção irrelevante, devido à fraude, possibilitando que o auditor expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável. e) razoável de que as demonstrações contábeis em parte estão livres de distorção irrelevante, devido à fraude ou erro, possibilitando que o auditor expresse 13

14 opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos considerados, em conformidade com a estrutura de parecer financeiro consolidado do auditor independente. 10. (FCC SEFAZ-SP APOFP 2010) As normas brasileiras que estabelecem os preceitos de conduta para o exercício profissional, especificamente para aqueles que atuam como auditores independentes, são estruturadas como: a) NBC TI. b) NBC PI. c) NBC TA. d) NBC PA. e) NBC TP. Gabarito: 1. C 2. E 3. C 4. A 5. D 6. C 7. B 8. C 9. A 10. D 14

15 MTE - Auditor Fiscal do Trabalho Auditoria Prof. Rodrigo Fontenelle REQUISITOS PROFISSIONAIS DO AUDITOR Requisitos para o Exercício da Auditoria (NBC TA 200) Antes de mais nada, deve-se ressaltar que, para exercer a atividade de auditor independente o profissional deve ser bacharel em Ciências Contábeis, registrado no CRC. Caso a empresa auditada seja companhia aberta, deverá também ter registro na Comissão de Valores Mobiliários CVM. A Resolução CFC nº 803/96 aprovou o Código de Ética Profissional do Contador CEPC que tem por objetivo fixar a forma pela qual se devem conduzir os Profissionais da Contabilidade, quando no exercício profissional e nos assuntos relacionados à profissão e à classe. 1. Ética Os princípios fundamentais de ética profissional relevantes para o auditor quando da condução de auditoria de demonstrações contábeis estão implícitos no Código de Ética Profissional do Contabilista e na NBC PA 01, que trata do controle de qualidade. Esses princípios estão em linha com os princípios do Código de Ética do IFAC, cujo cumprimento é exigido dos auditores. Os princípios são: Integridade = Honestidade Objetividade = Imparcialidade Competência e zelo profissional Confidencialidade = Sigilo Comportamento (ou conduta) profissional Ética (Resolução nº 803/96) São deveres do Profissional da Contabilidade: I exercer a profissão com zelo, diligência, honestidade e capacidade técnica, observada toda a legislação vigente, em especial aos Princípios de Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade, e resguardados os interesses de seus clientes e/ou empregadores, sem prejuízo da dignidade e independência profissionais; 15

16 II guardar sigilo sobre o que souber em razão do exercício profissional lícito, inclusive no âmbito do serviço público, ressalvados os casos previstos em lei ou quando solicitado por autoridades competentes, entre estas os Conselhos Regionais de Contabilidade; III zelar pela sua competência exclusiva na orientação técnica dos serviços a seu cargo; IV manifestar, a qualquer tempo, a existência de impedimento para o exercício da profissão; V cumprir os Programas Obrigatórios de Educação Continuada estabelecidos pelo CFC; (...) Sigilo (NBC PG 100) A necessidade de cumprir o princípio do sigilo profissional permanece mesmo após o término das relações entre o profissional da contabilidade e seu cliente ou empregador. Quando o profissional da contabilidade mudar de emprego ou obtiver novo cliente, ele pode usar sua experiência anterior. Contudo, ele não deve usar ou divulgar nenhuma informação confidencial obtida ou recebida em decorrência de relacionamento profissional ou comercial. Circunstâncias nas quais os profissionais da contabilidade são ou podem ser solicitados a divulgar informações confidenciais ou nas quais essa divulgação pode ser apropriada: a) a divulgação é permitida por lei e autorizada pelo cliente ou empregador, por escrito; b) a divulgação é exigida por lei; c) há dever ou direito profissional de divulgação, quando não proibido por lei. O auditor independente, quando solicitado, por escrito e fundamentadamente, pelo Conselho Federal de Contabilidade e Conselhos Regionais de Contabilidade, deve exibir as informações obtidas durante o seu trabalho, incluindo a fase de pré-contratação dos serviços, a documentação, os papéis de trabalho e os relatórios. 2. Ceticismo Profissional Ceticismo profissional é a postura que inclui uma mente questionadora e alerta para condições que possam indicar possível distorção devido a erro ou fraude e uma avaliação crítica das evidências de auditoria. O auditor deve planejar e executar a auditoria com ceticismo profissional, reconhecendo que podem existir circunstâncias que causam distorção relevante nas demonstrações contábeis. O ceticismo profissional inclui estar alerta, por exemplo, a: evidências de auditoria que contradigam outras evidências obtidas; condições que possam indicar possível fraude; circunstâncias que sugiram a necessidade de procedimentos de auditoria além dos exigidos pelas NBC TAs. A manutenção do ceticismo profissional ao longo de toda a auditoria é necessária, por exemplo, para que o auditor reduza os riscos de: 16

17 MTE - Auditor Fiscal do Trabalho Auditoria Prof. Rodrigo Fontenelle ignorar circunstâncias não usuais; generalização excessiva ao tirar conclusões das observações de auditoria; uso inadequado de premissas ao determinar a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria e ao avaliar os resultados destes. 3. Julgamento Profissional (Soberania do Auditor) É a aplicação do treinamento, conhecimento e experiência relevantes, dentro do contexto fornecido pelas normas de auditoria, contábeis e éticas, na tomada de decisões informadas a respeito dos cursos de ação apropriados nas circunstâncias do trabalho de auditoria. O auditor deve exercer julgamento profissional ao planejar e executar a auditoria de demonstrações contábeis. O julgamento profissional é necessário, em particular, nas decisões sobre: materialidade e risco de auditoria; a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria aplicados para o cumprimento das exigências das normas de auditoria e a coleta de evidências de auditoria; avaliar se foi obtida evidência de auditoria suficiente e apropriada e se algo mais precisa ser feito para que sejam cumpridos os objetivos das NBC TAs e, com isso, os objetivos gerais do auditor; avaliação das opiniões da administração na aplicação da estrutura de relatório financeiro aplicável da entidade; extração de conclusões baseadas nas evidências de auditoria obtidas, por exemplo, pela avaliação da razoabilidade das estimativas feitas pela administração na elaboração das demonstrações contábeis. As NBC TAs exigem que o auditor exerça o julgamento profissional e mantenha o ceticismo profissional ao longo de todo o planejamento e na execução da auditoria e, entre outras coisas: Identifique e avalie os riscos de distorção relevante, independentemente se causados por fraude ou erro, com base no entendimento da entidade e de seu ambiente, inclusive o controle interno da entidade. Obtenha evidência de auditoria apropriada e suficiente para concluir se existem distorções relevantes por meio do planejamento e aplicação de respostas (procedimentos de auditoria) apropriadas aos riscos avaliados. Forme uma opinião a respeito das demonstrações contábeis com base em conclusões obtidas das evidências de auditoria. 17

18 4. Evidência de auditoria apropriada e suficiente e risco de auditoria Para obter segurança razoável, o auditor deve obter evidência de auditoria apropriada e suficiente para reduzir o risco de auditoria a um nível baixo aceitável e, com isso, possibilitar alcançar conclusões razoáveis e nelas basear a sua opinião. 5. Condução da auditoria em conformidade com NBC TAs Normas guiam o auditor na condução dos trabalhos. O auditor deve cumprir com exigências legais e regulatórias, além das NBC TAs. Conformidade com as NBC TAs relevantes + procedimentos adicionais. Limitações inerentes à auditoria O auditor não é obrigado e não pode reduzir o risco de auditoria a zero, e, portanto, não pode obter segurança absoluta de que as demonstrações contábeis estão livres de distorção relevante devido à fraude ou erro. Segundo a NBC TA 200, as limitações inerentes a uma auditoria originam-se da: natureza das informações contábeis; natureza dos procedimentos de auditoria; e necessidade de que a auditoria seja conduzida dentro de um período de tempo razoável e a um custo razoável. 18

19 Questões CESPE 1. (CESPE AUGE-MG 2009) Se, no decorrer de seu trabalho, o auditor identificar circunstância adversa que possa influir na decisão de quem o tiver contratado ou designado, deverá fazer a comunicação somente quando do encerramento do referido trabalho. 2. (CESPE TCU 2008) ESAF As revelações acerca das demonstrações contábeis têm relação com as informações a que o auditor tem acesso pelo trabalho realizado. Desse modo, o auditor pode deixar de revelar informações, muitas vezes privilegiadas em razão da confidencialidade a ele conferida pela empresa sob auditoria, desde que o usuário não seja induzido a conclusões errôneas e prejudiciais ao seu próprio interesse. 3. (ESAF RFB 2014) No relatório de auditoria, deve ser divulgado que os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a: a) avaliação dos riscos de não conformidades nas demonstrações contábeis, sempre causadas por fraudes. b) estimativa dos riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis, exclusivamente causadas por erro, sendo de responsabilidade da administração a ocorrência de fraudes. c) identificação de todos os riscos de distorção nas demonstrações contábeis e no relatório da administração, independentemente se causada por fraude ou erro, determinando sua materialidade. d) gestão dos riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis, identificadas na matriz de riscos, causada exclusivamente por erro. e) avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis, independentemente se causada por fraude ou erro. 4. (ESAF RFB 2012) Pode-se afirmar que, para a aceitação do risco de um trabalho de auditoria externa, deve o auditor avaliar: I se os sócios e equipe são, ou podem razoavelmente tornar-se, suficientemente competentes para assumir o trabalho. II qual a atitude dos colaboradores e dos grupos de colaboradores em relação ao ambiente de controle interno e seus pontos de vista sobre interpretações agressivas ou inadequadas de normas contábeis. III se terá acesso aos especialistas necessários para a realização do trabalho. a) Todas estão corretas. b) Apenas I e II estão corretas. c) Apenas II e III estão erradas. d) Somente a III está correta. e) Todas estão erradas. 5. (ESAF CVM 2010) Assinale a opção que indica uma exceção aos princípios fundamentais de ética profissional relevantes para o auditor na condu- 19

20 ção de trabalhos de auditoria das demonstrações contábeis. a) Independência técnica. b) Confidencialidade. c) Competência e zelo profissional. d) Comportamento e conduta profissional. e) Objetividade. 6. (ESAF RECEITA FEDERAL 2009) FCC O auditor da empresa Negócios S.A. estabeleceu três procedimentos obrigatórios para emissão do parecer. O primeiro, que a empresa renovasse o contrato de auditoria para o próximo ano, o segundo, que a empresa emitisse a carta de responsabilidade da administração e o terceiro, que o parecer seria assinado por sócio do escritório de contabilidade, cuja única formação é administração de empresas. Pode-se afirmar, com relação aos procedimentos, respectivamente, que: a) é ético, não é procedimento de auditoria e atende as normas de auditoria e da pessoa do auditor. b) não é ético, não é procedimento de auditoria e não atende as normas de auditoria e da pessoa do auditor. c) é ético, não deve ser considerado para emissão do parecer e atende as normas de auditoria e da pessoa do auditor. d) é ético, considera-se apenas em alguns casos para emissão do parecer e não atende as normas de auditoria e pessoa do auditor. e) não é ético, é procedimento de auditoria e não atende as normas de auditoria e da pessoa do auditor. 7. (FCC CGM-São Luís 2015) Durante os trabalhos de auditoria, o auditor deve reduzir os riscos de ignorar circunstâncias não usuais e extrair conclusões baseadas nas evidências de auditoria. Esses objetivos podem ser alcançados, respectivamente, por meio: a) do quadro de investigação atualizado e ferramenta de feedback. b) do planejamento de auditoria e agrupamento de achados de auditoria. c) da análise de relevância e análise lógica das evidências de auditoria. d) dos riscos de auditoria e riscos de detecção. e) do ceticismo profissional e julgamento profissional. 8 (FCC SEFAZ-PE 2014) Contratado para realizar auditoria nas demonstrações contábeis da empresa Queijos Coalho S/A, o auditor para obter segurança razoável e reduzir o risco de auditoria a um nível baixo aceitável e possibilitar alcançar conclusões razoáveis e nelas basear a sua opinião deve: a) elaborar os papéis de trabalho de acordo com os procedimentos de auditoria. b) obter evidência de auditoria apropriada e suficiente. c) planejar os trabalhos de auditoria tomando por base o resultado de auditorias anteriores. d) realizar a auditoria de acordo com os procedimentos definidos. e) avaliar o controle interno. 9. (FCC TCE-GO 2014) Com relação aos requisitos éticos relacionados à auditoria de demonstrações contábeis, no caso de trabalho de auditoria ser de interesse público e, portanto, exigido pelo Código de Ética Profissional do Contabilista e pelas normas profissionais do CFC, nos termos da NBC TA 200, requer-se que o: a) auditor seja independente da entidade sujeita à auditoria. 20

21 MTE - Auditor Fiscal do Trabalho Auditoria Prof. Rodrigo Fontenelle b) trabalho de auditoria seja realizado por perito com experiência comprovada de no mínimo 5 anos e nomeado por autoridade judicial. c) auditor seja profissional competente para executar o trabalho com experiência comprovada de no mínimo 2 anos. d) trabalho de auditoria seja realizado pela auditoria interna com a supervisão de auditor independente com experiência comprovada de no mínimo 5 anos. e) auditor seja independente e não tenha realizado trabalho de auditoria na entidade nos últimos 10 anos. 10. (FCC TCE-RS 2014) O auditor está sujeito às exigências éticas e deve sempre estar alerta, por exemplo, à condição que possa indicar fraude, como informações que coloquem em dúvida a confiabilidade de documentos e respostas. Esse estado é denominado: a) alerta constante por parte do auditor. b) perfil investigativo do auditor. c) capacidade de percepção do auditor. d) ceticismo profissional do auditor. e) ética profissional do auditor. 11. (FCC TCE-RS 2014) As NBC TAs Normas Brasileiras de Contabilidade TAs são escritas no contexto da auditoria de demonstrações contábeis executada por um auditor. Se, durante os trabalhos de auditoria, o auditor concluir que determinado procedimento estabelecido por uma NBC TA será ineficaz no cumprimento do objetivo dessa exigência, deverá: a) alterar o escopo da auditoria. b) executar procedimento alternativo. c) comunicar o fato ao Conselho Federal de Contabilidade. d) interromper imediatamente a auditoria. e) executar o procedimento, uma vez que é obrigatório. 12. (FCC TCE-RS 2014) Nenhuma auditoria pode garantir segurança absoluta de que as demonstrações contábeis estão livres de distorção. Uma das fontes de limitação inerentes a uma auditoria é a: a) capacidade técnica do auditor. b) idade média dos registros contábeis. c) cumplicidade do auditado com a auditoria. d) necessidade de que seja realizada num período de tempo razoável. e) finalidade social da instituição auditada. 13. (FCC ASLEPE 2014) De acordo com as Normas Brasileiras de Auditoria, entre os princípios fundamentais de ética profissional relevantes para o auditor quando da condução de auditoria de demonstrações contábeis, figura a: a) integridade. b) publicidade. c) fidedignidade. d) legalidade. e) oportunidade. 14. (FCC TCE AM 2013) Um auditor detectou indício de irregularidade fora do escopo da auditoria, fato que foi devidamente informado ao seu superior hierárquico para a adoção das providências cabíveis. Essa medida foi tomada pelo auditor em atendimento: a) ao sigilo profissional. b) ao zelo profissional. c) à competência técnica. d) à independência profissional. e) à ética profissional. 15. (FCC MPE PE 2012) NÃO representa um requisito necessário para que o auditor possa conduzir adequadamente os trabalhos de asseguração das demonstrações contábeis: 21

22 a) ceticismo profissional. b) acesso irrestrito a todas as informações necessárias para fundamentar seu parecer. c) julgamento profissional. d) corresponsabilidade pela elaboração das demonstrações contábeis da entidade auditada. e) obtenção de evidência de auditoria apropriada e suficiente. 16. (FCC TRT - 6ª Região 2012) De acordo com as normas de auditoria externa, quando o auditor desenvolve seus trabalhos com uma postura que inclui questionamento e avaliação crítica e detalhada, e desempenhe os trabalhos com alerta para condições que possam indicar possível distorção, devido a erro ou fraude nas demonstrações financeiras, o auditor está aplicando: a) julgamento profissional. b) ceticismo profissional. c) equidade profissional. d) diligência profissional. e) neutralidade profissional. 17. (FCC TRE-CE 2012) Um auditor externo ao proceder a auditoria da empresa Grãos e Cia, constata no ano de 2010, na fase pré-operacional da unidade construída em Palmas, o custo de R$ ,00 relativos à terraplanagem do terreno da fábrica. Foram feitos os testes, que evidenciaram que o contrato de serviços de terraplanagem foi realizado com empresa devidamente constituída juridicamente e em atividade normal. O pagamento do serviço contratado foi efetuado à empresa de terraplanagem e comprovado por pagamento eletrônico constante do extrato bancário. O auditor em procedimento complementar e diante da expressividade dos valores foi até a unidade verificar os serviços. Ao indagar alguns funcionários foi informado que o serviço de terraplanagem havia sido feito pela prefeitura da cidade, a qual também doou o terreno a empresa Grãos e Cia. Os funcionários também informaram que nunca esteve na empresa Grãos e Cia qualquer funcionário da empresa de terraplanagem contratada. O procedimento do auditor mostra uma postura de: a) falta de ética profissional por desconfiar da administração. b) investigação, atitude não pertinente às atividades do auditor. c) julgamento profissional avaliando a licitude dos atos da equipe de auditores. d) representante da Governança no processo de identificação de todas as fraudes. e) ceticismo profissional adequada às normas de auditoria. 18. (FCC TRT - 20ª Região 2011) Dentre outros, são princípios fundamentais de ética profissional relevantes para o Auditor quando da condução de auditoria de demonstrações contábeis: a) formalismo e confiabilidade. b) integridade e pessoalidade. c) confidencialidade e motivação. d) formalismo e objetividade. e) integridade e objetividade. 19 (FCC INFRAERO 2011) De acordo com as Normas Técnicas de Auditoria Independente, é princípio fundamental de ética profissional a: a) interação com o auditado. b) objetividade. c) parcialidade. d) integralidade. e) subjetividade. 20. (FCC TRF 1ª Região 2011) É prática ética do auditor: a) guardar sigilo das informações que obteve para realização da auditoria das 22

23 MTE - Auditor Fiscal do Trabalho Auditoria Prof. Rodrigo Fontenelle demonstrações contábeis, dando divulgações dessas informações somente nas situações em que a lei ou as normas de auditoria permitam. b) auditar empresa na qual sua prima de segundo grau é diretora financeira e administrativa, desde que declare no relatório de auditoria a existência dessa parte relacionada. c) realizar auditoria de demonstrações contábeis de companhia aberta, desde que tenha no mínimo o registro no CRC, como contador. d) conduzir os trabalhos de auditoria de forma a não repetir os procedimentos aplicados no ano anterior, para contas nas quais não foram encontradas irregularidades, reduzindo assim o número de contas a serem auditadas. e) aviltar honorários com a justificativa de manutenção do cliente, do quadro de funcionários da firma e da sua estrutura administrativa. 21. (FCC TRT - 23ª Região 2011) Está de acordo com o código de ética dos contadores o seguinte procedimento de um profissional de auditoria: a) renunciar às funções que exerce, logo que se positive falta de confiança por parte do cliente ou empregador, a quem deverá notificar com trinta dias de antecedência, tornando públicos os motivos da renúncia. b) guardar sigilo sobre o que souber em razão do exercício profissional lícito, inclusive no âmbito do serviço público, ressalvados os casos previstos em lei ou quando solicitado por autoridades competentes, entre estas os Conselhos Regionais de Contabilidade. c) anunciar, em qualquer modalidade ou veículo de comunicação, conteúdo que resulte na diminuição do colega, da Organização Contábil ou da classe, em detrimento aos demais, sendo sempre admitida a indicação de títulos, especializações, serviços oferecidos, trabalhos realizados e relação de clientes. d) valer-se de agenciador de serviços, mediante participação desse nos honorários a receber. e) renunciar à liberdade profissional quando houver quaisquer restrições ou imposições que possam prejudicar a eficácia e a correção de seu trabalho. 22. (FCC TRT - 24ª Região 2011) O Código de Ética Profissional do Contabilista, bem como as NBC-PAs (Normas Profissionais do Auditor Independente), estabelecem princípios fundamentais de ética profissional relevantes para o auditor, quando da condução de auditoria de demonstrações contábeis, e fornece estrutura conceitual para a aplicação desses princípios, que estão em linha com os princípios fundamentais, cujo cumprimento pelo auditor é exigido pelo Código IFAC (International Federation of Accountants). Tais princípios são: a) perspicácia, objetividade, competência e zelo profissional, confidencialidade. b) perspicácia, subjetividade, competência e zelo profissional, confidencialidade, conduta profissional. c) integridade, subjetividade, zelo profissional, confidencialidade, conduta profissional. d) integridade, objetividade, competência e zelo profissional, confidencialidade, conduta profissional. e) perspicácia, competência e zelo profissional, transparência, conduta profissional. Gabarito: 1. E 2. C 3. E 4. A 5. A 6. E 7. E 8. B 9. A 10. D 11. B 12. D 13. A 14. B 15. D 16. B 17. E 18. E 19. B 20. A 21. B 22. D 23

24 INDEPENDÊNCIA A independência do auditor frente à entidade salvaguarda a capacidade do auditor de formar opinião de auditoria sem ser afetado por influências que poderiam comprometer essa opinião. A independência aprimora a capacidade do auditor de atuar com integridade, ser objetivo e manter postura de ceticismo profissional. A independência exige: a) independência de pensamento postura que permite expressar uma opinião sem ser afetado por influências que comprometem o julgamento profissional, permitindo à pessoa agir com integridade, objetividade e ceticismo profissional; b) aparência de independência evitar fatos e circunstâncias significativos a ponto de um terceiro bem informado, tendo conhecimento de todas as informações pertinentes, incluindo as salvaguardas aplicadas, concluir dentro do razoável que a integridade, a objetividade ou o ceticismo profissional da entidade de auditoria ou de membro da equipe de auditoria ficaram comprometidos. Independência Ameaça de interesse próprio É a ameaça de que interesse financeiro ou outro interesse influenciará de forma não apropriada o julgamento ou o comportamento do auditor. Ameaça de autorrevisão É a ameaça de que o auditor não avaliará apropriadamente os resultados de julgamento dado ou serviço prestado anteriormente por ele nos quais o auditor confiará para formar um julgamento como parte da prestação do serviço atual. Ameaça de defesa de interesse do cliente É a ameaça de que o auditor promoverá ou defenderá a posição de seu cliente a ponto em que a sua objetividade fique comprometida. Ameaça de familiaridade É a ameaça de que, devido ao relacionamento longo ou próximo com o cliente, o auditor tornar-se-á solidário aos interesses dele ou aceitará seu trabalho sem muito questionamento. Ameaça de intimidação É a ameaça de que o auditor será dissuadido de agir objetivamente em decorrência de pressões reais ou aparentes, incluindo tentativas de exercer influência indevida sobre o auditor. 24

25 MTE - Auditor Fiscal do Trabalho Auditoria Prof. Rodrigo Fontenelle São criadas ameaças à independência quando um familiar imediato de membro da equipe de auditoria é empregado em cargo que exerce influência significativa sobre a posição financeira, o desempenho e os fluxos de caixa do cliente. A importância das ameaças depende de fatores como: Cargo do familiar imediato. Cargo do profissional na equipe de auditoria. A importância da ameaça deve ser avaliada e salvaguardas aplicadas quando necessário para eliminar a ameaça ou reduzi-la a um nível aceitável. Exemplos dessas salvaguardas incluem: Retirada da pessoa da equipe de auditoria. Definição das responsabilidades da equipe de auditoria de modo que o profissional não trate de assuntos que sejam responsabilidade do familiar imediato. Das diversas situações que podem caracterizar a perda de independência da entidade de auditoria em relação à entidade auditada, duas são mais exploradas pelas bancas: Vínculos empregatícios ou similares por administradores, executivos ou empregados da entidade auditada, mantidos anteriormente com a entidade de auditoria. Nesse ponto, a NBC PA 290 (R1) estabelece que a independência em relação ao cliente de auditoria é requerida durante o período de contratação e o período coberto pelas demonstrações contábeis. O período de contratação começa quando a equipe de auditoria começa a executar serviços de auditoria. O período de contratação termina quando o relatório de auditoria é emitido. Membros da entidade de auditoria que, anteriormente, eram administradores, executivos ou empregados da entidade auditada. Nesse ponto, a NBC PA 290 (R1) estabelece que: Durante o período coberto pelo relatório de auditoria, se um membro da equipe de auditoria desempenhou a função de conselheiro ou diretor do cliente de auditoria, ou foi empregado em cargo que exerce influência significativa sobre a elaboração dos registros contábeis do cliente ou das demonstrações contábeis sobre as quais a firma emitirá relatório de auditoria, a ameaça criada seria tão significativa que nenhuma salvaguarda poderia reduzir a ameaça a um nível aceitável. Quando são identificadas ameaças, exceto aquelas, claramente, insignificantes, devem ser definidas e aplicadas salvaguardas adequadas para eliminar a ameaça ou reduzi-la a um nível aceitável. Essa decisão deve ser documentada. A natureza das salvaguardas a serem aplicadas varia conforme as circunstâncias. Determinadas situações caracterizam a perda de independência da entidade de auditoria em relação à entidade auditada. Dentre elas, destaca-se a perda por interesses financeiros. Interesses financeiros: Deter interesse financeiro em cliente de auditoria pode criar ameaça de interesse próprio. A existência e importância de qualquer ameaça criada depende: a) da função da pessoa que detém o interesse financeiro; b) se o interesse financeiro é direto ou indireto; e c) da materialidade do interesse financeiro. 25

26 São a propriedade de títulos e valores mobiliários e quaisquer outros tipos de investimentos adquiridos ou mantidos pela entidade de auditoria, seus sócios, membros da equipe de auditoria ou membros imediatos da família dessas pessoas, relativamente à entidade auditada, suas controladas ou integrantes de um mesmo grupo econômico, dividindo-se em diretos e indiretos: a) interesses financeiros diretos são aqueles sobre os quais o detentor tem controle, seja em ações, debêntures ou em outros títulos e valores mobiliários; e b) interesses financeiros indiretos são aqueles sobre os quais o detentor não tem controle algum. A relevância de interesse financeiro indireto deve ser considerada no contexto da entidade auditada, do trabalho e do patrimônio líquido do indivíduo em questão. Se um membro da equipe de auditoria, um familiar imediato dessa pessoa ou uma firma tiverem interesse financeiro direto ou interesse financeiro indireto relevante no cliente de auditoria, a ameaça de interesse próprio criada será tão significativa que nenhuma salvaguarda poderá reduzir a ameaça a um nível aceitável. Identificar ameaças à independência Avaliar a importância das ameaças identificadas Aplicar salvaguardas, quando necessário, para eliminar as ameaças ou reduzi-las a um nível aceitável Rotação dos Responsáveis Técnicos Objetivando impedir o risco de perda da objetividade e do ceticismo do auditor, é necessária a aplicação das seguintes ações, no caso de entidade de interesse do público: a) rotação do sócio encarregado do trabalho de auditoria e do revisor de controle de qualidade do trabalho de auditoria a intervalos menores ou iguais a cinco anos consecutivos; e b) intervalo mínimo de dois anos para o retorno desses responsáveis técnicos à equipe de auditoria. 26

27 MTE - Auditor Fiscal do Trabalho Auditoria Prof. Rodrigo Fontenelle Rotação da Firma de Auditoria De acordo com o Art. 31 da Instrução CVM nº 308/99, que dispõe sobre o registro e o exercício da atividade de auditoria independente no âmbito do mercado de valores mobiliários, o Auditor Independente Pessoa Física e o Auditor Independente Pessoa Jurídica não podem prestar serviços para um mesmo cliente, por prazo superior a cinco anos consecutivos, contados a partir da data da Instrução, exigindo-se um intervalo mínimo de três anos para a sua recontratação. Segundo a Instrução CVM nº 509/2011: "O prazo estabelecido no art. 31 desta Instrução é de até 10 (dez) anos consecutivos caso: I a companhia auditada possua Comitê de Auditoria Estatutário CAE em funcionamento permanente; e II o auditor seja pessoa jurídica. 1º Para a utilização da prerrogativa prevista no caput, o CAE deverá estar instalado no exercício social anterior à contratação do auditor independente. 2º Adotada a prerrogativa prevista no caput, o auditor independente deve proceder à rotação do responsável técnico, diretor, gerente e de qualquer outro integrante da equipe de auditoria com função de gerência, em período não superior a 5 (cinco) anos consecutivos, com intervalo mínimo de 3 (três) anos para seu retorno". Honorários Quando um cliente de auditoria é entidade de interesse do público e, por dois anos consecutivos, o total de honorários desse cliente e de suas respectivas entidades relacionadas representa mais de 15% do total de honorários recebidos pela firma, ela deve divulgar para os responsáveis pela governança o fato, discutindo quais salvaguardas ela aplicará para reduzir a ameaça a um nível aceitável e aplicar a salvaguarda selecionada (contratar outro auditor ou órgão regulador para proceder à revisão de qualidade do trabalho (pós-emissão)). Quando o total de honorários exceder significativamente 15%, a firma deve avaliar se a importância da ameaça é tal que uma revisão pós-emissão não reduziria a ameaça a um nível aceitável sendo, portanto, necessária uma revisão pré-emissão. 27

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29 Questões FCC 1. (FCC ISS-SP 2012) A independência do auditor externo da empresa Aquisição S.A. é comprometida pelas situações: I A empresa Aquisição S.A. comprou a empresa Ágile S.A.. A firma de auditoria da adquirente é a mesma que realizou os trabalhos de due dilligence da empresa Aquisição S.A. e de consultoria tributária no ano da aquisição para a empresa Ágile. II O diretor financeiro da empresa Ágile S.A é primo em segundo grau do diretor presidente da empresa Aquisição S.A. III A firma de auditoria indica escritórios de advocacia para a empresa Aquisição S.A. em suas contingências tributárias. Afeta a independência do auditor externo o que consta em: a) III, apenas. b) II, apenas. c) I, II e III. d) I, apenas. e) II e III, apenas. 2. (FCC TRT - 4ª Região 2011) O auditor pode: a) realizar auditoria em empresa na qual seu pai exerça cargo de diretor. b) trabalhar em empresa cliente, desde que decorridos 360 dias de seu desligamento da firma de auditoria. c) exercer julgamento profissional ao planejar e executar a auditoria de demonstrações contábeis. d) executar trabalhos de auditoria, desde que tenha formação em contabilidade ou administração. e) ser responsabilizado pela não detecção de distorções, ainda que não sejam relevantes para as demonstrações contábeis como um todo. 3. (FCC TRF 1ª Região 2011) Considere as assertivas a seguir: I A auditoria é uma investigação oficial de suposto delito. Portanto, o auditor não recebe poderes legais específicos, tais como o poder de busca, que podem ser necessários para tal investigação. II Desde que o auditor assine declaração de independência, não é mais necessário que decline de trabalhos nos quais existam, na administração da empresa auditada, parentes em nível de segundo grau. III Em decorrência das limitações inerentes de uma auditoria, há um risco inevitável de que algumas distorções relevantes das demonstrações contábeis não sejam detectadas, embora a auditoria seja adequadamente planejada e executada em conformidade com as normas legais de auditoria. Está correto o que se afirma SOMENTE em: a) II e III. b) I e II. c) I. d) II. e) III. 29

30 ESAF 4. (ESAF RFB 2012) A empresa Betume S.A. é uma empresa de interesse público que vem sendo auditada pela empresa Justos Auditores Independentes, pelo mesmo sócio-principal há sete anos. Considerando a NBC PA 290, deve a firma de auditoria externa: a) ser substituída por outra, não podendo retornar a fazer a auditoria da empresa no prazo de dez anos. b) fazer a substituição desse sócio-principal, podendo o mesmo retornar a fazer trabalhos de auditoria nessa companhia somente após cinco anos. c) substituir toda a equipe de auditoria, podendo retornar aos trabalhos nessa companhia, decorridos no mínimo três anos. d) trocar o sócio-principal e demais sócios- -chave do trabalho, podendo retornar a fazer auditoria após decorrido o prazo de dois anos. e) comunicar ao cliente a manutenção do sócio-principal, ficando a cargo do órgão regulador a determinação ou não da substituição. 5. (ESAF CVM 2010) Assinale a opção que indica uma ação capaz de eliminar a perda de independência da entidade de auditoria por interesse financeiro direto. a) Fazer constar nos relatórios produzidos o tipo de interesse financeiro, a extensão desse interesse. b) Encerrar o trabalho de auditoria ou transferi-lo a outra entidade. c) Alienar o interesse financeiro direto antes de a pessoa física tornar-se membro da equipe de auditoria. d) Alienar o interesse financeiro ou transferi-lo temporariamente até a conclusão dos trabalhos. e) Comunicar às entidades de supervisão e controle a existência desse interesse e aguardar pronunciamento. 6. (ESAF CVM 2010) Visando manter a qualidade e a credibilidade do seu trabalho, ao identificar ameaças que possam comprometer a sua independência, o auditor deve tomar a seguinte providência: a) comunicar a direção da entidade auditada, para que sejam tomadas as providências necessárias à sua eliminação. b) aplicar as salvaguardas adequadas, para eliminar as ameaças ou reduzi-las a um nível aceitável, documentando-as. c) propor aos responsáveis pela entidade de auditoria a supressão das ameaças mediante acordo entre as entidades. d) documentar as ameaças e comunicá-las aos órgãos de supervisão e controle do setor em que atua a entidade auditada. e) eliminar as ameaças mediante comunicação aos responsáveis pela governança da entidade auditada e fazer constar tais providências no seu parecer. 7. (Pref. Natal AFTM 2008 ESAF) A firma de auditoria Verificações Ltda. foi convidada, pela empresa Múltiplos S.A., para elaborar proposta de auditoria para suas demonstrações contábeis relativas ao ano de O auditor, nesse período, já havia efetuado a revisão das declarações de imposto de renda da empresa e consultoria, elaborando a avaliação dos ativos de uma empresa coligada, para que a mesma fosse incorporada pela empresa Múltiplos S.A. Deve o auditor, nessa situação, a) recusar o convite de auditoria por conflito nos trabalhos já executados e os a serem desempenhados. b) participar do processo elaborando proposta que evidencie os trabalhos já executados e os honorários cobrados. 30

31 MTE - Auditor Fiscal do Trabalho Auditoria Prof. Rodrigo Fontenelle c) omitir os serviços de consultoria prestados, deixando que o cliente analise sua independência ou não para realização do trabalho. d) exigir os trabalhos como complemento das atividades já desempenhadas na empresa. e) aceitar o convite, com limitação de escopo, restringindo os trabalhos somente aos processos dos quais não tenha participado como consultor. 8. (ESAF CGU Correição 2006) Em uma Auditoria Independente, a perda de independência pode-se dar pela ocorrência dos seguintes fatos, exceto: a) operações de créditos e garantias com a entidade auditada. b) relacionamentos comerciais com a entidade auditada. c) relacionamentos familiares e pessoais com a entidade auditada. d) atuação como administrador ou diretor de entidade auditada. e) recebimento dos honorários devidos pelos serviços de auditoria prestados à entidade auditada. 9. (ESAF SEFAZ-CE 2006) É fator determinante para a recusa de um trabalho de auditoria externa: a) o auditor ser importante acionista da empresa auditada. b) o auditor ter conhecimento suficiente sobre o negócio da empresa. c) a possibilidade de o profissional contratado poder realizar o trabalho com imparcialidade. d) a necessidade de uso de especialistas para avaliação de áreas específicas. e) a existência de fraude ou erro nas demonstrações auditadas. Gabarito: 1. D 2. C 3. E 4. D 5. C 6. B 7. A 8. E 9. A 31

32 AUDITORIA INTERNA Auditoria Interna Controles Internos Auditoria Externa Camadas de Controle Organograma Empresarial 32

33 MTE - Auditor Fiscal do Trabalho Auditoria Prof. Rodrigo Fontenelle Definição: A Auditoria Interna compreende os exames, análises, avaliações, levantamentos e comprovações, metodologicamente estruturados para a avaliação da integridade, adequação, eficácia, eficiência e economicidade dos processos, dos sistemas de informações e de controles internos integrados ao ambiente, e de gerenciamento de riscos, com vistas a assistir à administração da entidade no cumprimento de seus objetivos. Finalidade PROCESSOS AGREGAR VALOR APERFEIÇOAMENTO GESTÃO CONTROLES INTERNOS Principais objetivos: Verificar se as normas relativas ao sistema contábil e de controles internos estão sendo cumpridas. Promover medidas de incentivo para o cumprimento das normas contábeis e dos controles internos. Verificar a necessidade de aperfeiçoamento e propor novas normas para o sistema contábil e de controles internos. A Auditoria Interna deve assessorar a administração da entidade no trabalho de prevenção de fraudes e erros, obrigando-se a informá-la, sempre por escrito, de maneira reservada, sobre quaisquer indícios ou confirmações de irregularidades detectadas no decorrer de seu trabalho. A Auditoria Interna é exercida nas pessoas jurídicas de direito público, interno ou externo, e de direito privado. Segundo a Resolução CFC nº 560/83, o auditor interno deve ter formação em Contabilidade. 33

34 Auditoria Interna X Externa Elementos Auditoria Interna Auditoria Externa Profissional Ação e Objetivo Finalidade Relatório Principal Funcionário da empresa (auditor interno) Exame dos processos (operacionais e contábeis) Promover melhorias nos controles da empresa de forma a assegurar a proteção ao patrimônio Recomendações de controle interno e eficiência administrativa Prestador de serviços independente Demonstrações financeiras Opinar sobre as demonstrações financeiras Relatório do Auditor Independente Grau de Independência Menor Maior Interessados no trabalho Empresa Empresa e público Intensidade dos trabalhos em cada área (Volume dos Testes) Maior Menor Continuidade do trabalho Contínuo Periódico / Pontual Planejamento de Auditoria Interna O planejamento do trabalho da Auditoria Interna compreende os exames preliminares das áreas, atividades, produtos e processos, para definir a amplitude e a época do trabalho a ser realizado, de acordo com as diretrizes estabelecidas pela administração da entidade. O planejamento deve ser documentado e os programas de trabalho formalmente preparados, detalhando-se o que for necessário à compreensão dos procedimentos que serão aplicados, em termos de natureza, oportunidade, extensão, equipe técnica e uso de especialistas. O planejamento deve considerar os fatores relevantes na execução dos trabalhos, especialmente os seguintes: o conhecimento detalhado da política e dos instrumentos de gestão de riscos da entidade; o conhecimento detalhado das atividades operacionais e dos sistemas contábil e de controles internos da entidade e seu grau de confiabilidade; a natureza, a oportunidade e a extensão dos procedimentos de auditoria interna a serem aplicados, alinhados com a política de gestão de riscos da entidade; a existência de entidades associadas, filiais e partes relacionadas que estejam no âmbito dos trabalhos da Auditoria Interna. 34

35 MTE - Auditor Fiscal do Trabalho Auditoria Prof. Rodrigo Fontenelle O planejamento deve considerar os fatores relevantes na execução dos trabalhos, especialmente os seguintes: o uso do trabalho de especialistas; os riscos de auditoria, quer pelo volume ou pela complexidade das transações e operações; o conhecimento do resultado e das providências tomadas em relação a trabalhos anteriores, semelhantes ou relacionados; as orientações e as expectativas externadas pela administração aos auditores internos; e o conhecimento da missão e objetivos estratégicos da entidade. A análise dos riscos da Auditoria Interna deve ser feita na fase de planejamento dos trabalhos; estando os riscos relacionados à possibilidade de não se atingir, de forma satisfatória, o objetivo dos trabalhos. Nesse sentido, devem ser considerados, principalmente, os seguintes aspectos: a verificação e a comunicação de eventuais limitações ao alcance dos procedimentos da Auditoria Interna, a serem aplicados, considerando o volume ou a complexidade das transações e das operações; a extensão da responsabilidade do auditor interno no uso dos trabalhos de especialistas. Evidências em Auditoria Interna Suficiente: é aquela que é factual e convincente, de tal forma que uma pessoa prudente e informada possa entendê-la da mesma forma que o auditor interno. Adequada: é aquela que, sendo confiável, propicia a melhor evidência alcançável, por meio do uso apropriado das técnicas de Auditoria Interna. Relevante: é a que dá suporte às conclusões e às recomendações da Auditoria Interna. Útil: é a que auxilia a entidade a atingir suas metas. Papéis de Trabalho em Auditoria Interna A Auditoria Interna deve ser documentada por meio de papéis de trabalho, elaborados em meio físico ou eletrônico, que devem ser organizados e arquivados de forma sistemática e racional. Os papéis de trabalho constituem documentos e registros dos fatos, informações e provas, obtidos no curso da auditoria, a fim de evidenciar os exames realizados e dar suporte à sua opinião, críticas, sugestões e recomendações. 35

36 Os papéis de trabalho devem ter abrangência e grau de detalhe suficientes para propiciarem a compreensão do planejamento, da natureza, da oportunidade e da extensão dos procedimentos de Auditoria Interna aplicados, bem como do julgamento exercido e do suporte das conclusões alcançadas. Análises, demonstrações ou quaisquer outros documentos devem ter sua integridade verificada sempre que forem anexados aos papéis de trabalho. Amostragem em Auditoria Interna Segundo a NBC TI 01, ao determinar a extensão de um teste de auditoria ou um método de seleção de itens a serem testados, podem ser empregadas técnicas de amostragem. Além disso, ao usar método de amostragem, estatística ou não, deve ser projetada e selecionada uma amostra que possa proporcionar evidência de auditoria suficiente e apropriada. Testes de Auditoria Interna Testes de observância: Visam à obtenção de razoável segurança de que os controles internos estabelecidos pela administração estão em efetivo funcionamento, inclusive quanto ao seu cumprimento pelos funcionários e administradores da entidade. Testes substantivos: Visam à obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados produzidos pelos sistemas de informação da entidade. Técnicas de Auditoria Interna Inspeção: Verificação de registros, documentos e ativos tangíveis. Observação: Acompanhamento de processo ou procedimento quando de sua execução. 36

37 MTE - Auditor Fiscal do Trabalho Auditoria Prof. Rodrigo Fontenelle Investigação e Confirmação: Obtenção de informações perante pessoas físicas ou jurídicas conhecedoras das transações e das operações, dentro ou fora da entidade. Relatório de Auditoria Interna O relatório é o documento pelo qual a Auditoria Interna apresenta o resultado dos seus trabalhos, devendo ser redigido com objetividade e imparcialidade, de forma a expressar, claramente, suas conclusões, recomendações e providências a serem tomadas pela administração da entidade. O relatório da Auditoria Interna deve abordar, no mínimo, os seguintes aspectos: o objetivo e a extensão dos trabalhos; a metodologia adotada; os principais procedimentos de auditoria aplicados e sua extensão; eventuais limitações ao alcance dos procedimentos de auditoria; a descrição dos fatos constatados e as evidências encontradas; os riscos associados aos fatos constatados; e as conclusões e as recomendações resultantes dos fatos constatados. O relatório da Auditoria Interna deve ser apresentado a quem tenha solicitado o trabalho ou a quem este autorizar, devendo ser preservada a confidencialidade do seu conteúdo. A Auditoria Interna deve avaliar a necessidade de emissão de relatório parcial, na hipótese de constatar impropriedades/irregularidades/ilegalidades que necessitem providências imediatas da administração da entidade e que não possam aguardar o final dos exames. 37

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39 Questões CESPE 1. (CESPE DPU 2016) Com base nas normas brasileiras para o exercício e a execução de trabalho da auditoria interna, julgue os itens subsequentes. O principal objetivo do auditor interno é obter achados que permitam fundamentar as evidências acerca dos procedimentos de auditoria aplicados. 2. (CESPE DPU 2016) Com base nas normas brasileiras para o exercício e a execução de trabalho da auditoria interna, julgue os itens subsequentes. Recomenda-se que haja uma relação pessoal entre o auditor interno e o gestor da entidade auditada, o que favorece a confidencialidade das informações, que não devem ser reveladas a terceiros. 3. (CESPE DPU 2016) Com base nas normas brasileiras para o exercício e a execução de trabalho da auditoria interna, julgue os itens subsequentes. Enquanto no setor privado a auditoria interna pode se limitar à verificação da economicidade e da eficiência da entidade auditada, no setor público, além dessa verificação, a auditoria interna deve avaliar também informações contábeis. 4. (CESPE DPU 2016) Os papéis de trabalho obtidos nas auditorias internas são semelhantes em suas finalidades e importância aos papéis elaborados diretamente pelos auditores internos. 5. (CESPE DPU 2016) Se, durante a avaliação dos inventários de material de consumo e permanente da unidade auditada, a auditoria interna identificar falhas, além da devida fundamentação em relação às normas legais descumpridas, os auditores devem propor possíveis soluções em seu relatório. 6. (CESPE TCDF 2014) O planejamento dos trabalhos da auditoria interna deve contemplar, entre outros fatores, o concurso de especialistas, para quem as responsabilidades são inteiramente transferidas. 7. (CESPE FUB-DF 2013) Na execução do trabalho da auditoria, o auditor interno deve analisar e documentar informação: necessária o mínimo para dar certeza sobre a suspeita; apropriada obtida sem o concurso dos responsáveis pelas operações; material contendo a maior parte dos valores; e consistente que é recorrente. 39

40 8. (CESPE FUB-DF 2013) No planejamento dos trabalhos da auditoria interna, cabe ao próprio setor definir a extensão e profundidade dos exames, mas é a administração que determina a época da realização de cada trabalho. 9. (CESPE ANP 2013) Em relação à natureza, campo de atuação e noções básicas de auditoria interna e externa, julgue os itens subsequentes. Com a evolução da atividade empresarial e o crescimento da captação de recursos de terceiros, os investidores precisam conhecer a posição financeira e patrimonial das entidades, o que ocorre por meio do parecer emitido pela auditoria interna das entidades a respeito da adequação das demonstrações contábeis. 10. (CESPE ANP 2013) Em relação à natureza, campo de atuação e noções básicas de auditoria interna e externa, julgue os itens subsequentes. Quanto à natureza dos procedimentos realizados durante a auditoria, o auditor é limitado em sua investigação pela possibilidade de distorção nas informações fornecidas pela administração da auditada 11. (CESPE AFT 2013) Um dos requisitos para assegurar a necessária independência técnica aos auditores internos é a garantia de que, no planejamento de seu trabalho, eles não serão influenciados pelas orientações emanadas da administração da entidade e, eventualmente, por suas expectativas. 12. (CESPE TCU 2013) As atribuições dos auditores internos e externos diferem, pois, no primeiro caso, estão fixadas no contrato de trabalho, como empregado da empresa, e, no segundo, no contrato de prestação de serviços com o profissional ou empresa. O auditor interno tem responsabilidade essencialmente trabalhista; o externo, responsabilidade profissional, civil e criminal. 13. (CESPE BACEN 2013) Ao suspeitar da ocorrência de fraude na entidade sob seu controle, o auditor interno deve levar o fato ao conhecimento da administração da entidade, realizando essa comunicação em conversa reservada. 14. (CESPE BACEN 2013) Os auditores internos de determinada entidade desobrigam-se de prestar ajuda ou assessoramento a equipe de auditoria independente contratada para examinar as demonstrações contábeis da referida entidade. 15. (CESPE FUB-DF 2013) Na hipótese do uso de trabalhos de especialistas, o auditor interno está isento de quaisquer responsabilidades em relação aos referidos trabalhos. 16. (CESPE FUB-DF 2013) No caso de a auditoria interna detectar indícios de irregularidades no decorrer de seus trabalhos e avaliar que a administração da 40

41 MTE - Auditor Fiscal do Trabalho Auditoria Prof. Rodrigo Fontenelle entidade deve adotar providências imediatas, a auditoria deve fazer a comunicação por escrito, em caráter reservado. 17. (CESPE FUB-DF 2013) A política e os objetivos estratégicos da entidade não devem influenciar o planejamento dos trabalhos da auditoria interna, que deve manter sua independência e objetividade. 18. (CESPE FUB-DF 2013) A auditoria interna, além de suas funções convencionais, pode ser incumbida de avaliar o processo de governança, no que diz respeito à realização de seus objetivos de ética e valores, assim como atuar na identificação e avaliação das vulnerabilidades relevantes a riscos. 19. (CESPE ANP 2013) Em relação à natureza, campo de atuação e noções básicas de auditoria interna e externa, julgue os itens subsequentes. O escopo dos trabalhos do auditor interno deve ser fixado pela gerência, contudo o trabalho do auditor externo é predefinido no contrato. 20. (CESPE FUB-DF 2013) Os auditores internos, apesar de sua subordinação à administração da empresa e do âmbito de seu trabalho, devem adotar, entre seus procedimentos, a investigação e a confirmação, que envolvem pessoas físicas ou jurídicas de dentro ou de fora da entidade. 21. (CESPE TCDF 2012) Acerca de auditoria interna, julgue o item seguinte: os serviços de auditoria interna, estabelecidos dentro dos órgãos e instituições governamentais, são, na maior medida possível, no âmbito de sua respectiva estrutura, independentes nos aspectos funcionais e de organização. 22. (CESPE TRE-ES Analista Judiciário 2011) Com base nas normas brasileiras para o exercício da auditoria interna, julgue os itens que se seguem. Sem prejuízo da fiscalização do Conselho Federal e dos conselhos regionais de contabilidade, o contador, na função de auditor, não é obrigado a disponibilizar seus papéis de trabalho, relatórios, entre outros documentos, exceto nos casos de determinação judicial. 23. (CESPE STM 2011) O trabalho realizado pelos auditores internos pode ser relevante para os auditores independentes, visto que, embora os meios utilizados por ambos, para alcançar seus objetivos, sejam, necessariamente, diferentes, os objetivos de suas respectivas funções são semelhantes. 24. (CESPE TRT - 21ª Região 2010) A investigação e a confirmação, que consistem na obtenção de informações dentro ou fora da entidade, são procedimentos a serem considerados na aplicação dos testes de observância. 41

42 ESAF 25. (ESAF SUSEP 2010) O auditor interno, ao realizar seus testes, efetuou o acompanhamento dos inventários físicos, confrontou as notas fiscais do período com os registros e realizou a circularização dos advogados internos e externos. Esses procedimentos correspondem respectivamente a: a) investigação, inspeção e observação. b) inspeção, observação e investigação. c) confirmação, investigação e observação. d) circularização, observação e inspeção. e) observação, Inspeção e investigação. 26. (ESAF SEFAZ PRJ 2010) Para a obtenção de informações junto a pessoas ou entidades conhecedoras da transação, dentro ou fora da entidade, o procedimento de auditoria a ser aplicado é: a) inspeção. b) observação. c) revisão analítica. d) confirmação. e) solicitação de informações. 27. (ESAF Fiscal de Rendas-RJ 2010) A respeito dos objetivos da auditoria interna e da auditoria independente, é correto afirmar que: a) o objetivo da auditoria interna é apoiar a administração da entidade no cumprimento dos seus objetivos, enquanto o da auditoria independente é a emissão de parecer sobre as demonstrações contábeis. b) a auditoria interna se preocupa em avaliar os métodos e as técnicas utilizadas pela contabilidade, enquanto a auditoria externa cuida de revisar os lançamentos e demonstrações contábeis. c) a atuação de ambas não difere na essência uma vez que os objetivos da avaliação é sempre a contabilidade. d) a auditoria interna cuida em verificar os aspectos financeiros da entidade, enquanto a auditoria externa se preocupa com os pareceres a respeito das demonstrações contábeis. e) o objetivo da auditoria interna é produzir relatórios demonstrando as falhas e deficiências dos processos administrativos e os da auditoria externa é emitir parecer sobre a execução contábil e financeira da entidade. 28. (ESAF RECEITA FEDERAL 2009) Com relação aos relatórios de auditoria interna, pode-se afirmar que: a) podem considerar posições de interesse da administração e dos gestores, sendo conduzidos aos interesses desses. b) devem estar disponíveis a qualquer administrador da empresa, sem restrição. c) podem relatar parcialmente os riscos associados aos possíveis pontos a serem levantados pela auditoria externa. d) somente devem ser emitidos antes do final dos trabalhos, quando houver irregularidades que requeiram ações imediatas. e) não devem ser emitidos antes do final dos trabalhos, por não possuírem informações completas. 29. (ESAF SEFAZ-SP APOFP 2009) Sobre a auditoria independente, é correto afirmar que tem por objetivo: a) auxiliar a administração da entidade no cumprimento de seus objetivos. b) apresentar subsídios para o aperfeiçoamento da gestão e dos controles internos. c) emitir parecer sobre a adequação das demonstrações contábeis. 42

43 MTE - Auditor Fiscal do Trabalho Auditoria Prof. Rodrigo Fontenelle d) levar à instância decisória elementos de prova necessários a subsidiar a justa solução do litígio. e) recomendar soluções para as não-conformidades apontadas nos relatórios. 30. (ESAF ANA 2009) Entre as Normas Brasileiras de Contabilidade, a NBC-T-12 trata da atividade e dos procedimentos da Auditoria Interna. Nesse contexto, é correto afirmar: a) o relatório do auditor interno deve ser redigido com objetividade e imparcialidade. b) o termo erro aplica-se a atos voluntários de omissão e manipulação de transações e operações, adulteração de documentos, registros, relatórios e demonstrações contábeis. c) para dar suporte aos resultados de seu trabalho, o auditor interno deve se valer, unicamente, da análise e interpretação das informações contábeis. d) o termo fraude aplica-se a atos involuntários de omissão, desatenção, desconhecimento ou má interpretação de fatos na elaboração de registros e demonstrações contábeis. e) o uso de técnicas de amostragem estatística é vedado na auditoria interna. Gabarito: 1. E 2. E 3. C 4. C 5. C 6. E 7. E 8. E 9. E 10. C 11. E 12. C 13. E 14. C 15. E 16. C 17. E 18. C 19. E 20. C 21. C 22. E 23. E 24. C 25. E 26. D 27. A 28. D 29. C 30. A 43

44 PLANEJAMENTO DE AUDITORIA Fluxo de Auditoria Procedimentos Substan=vos Relatório de Auditoria Testes de Controle Planejamento (Avaliação Inicial de Riscos) Planejamento de Auditoria A"vidades Preliminares Estratégia Global Plano de Auditoria Programas de Auditoria 44

45 MTE - Auditor Fiscal do Trabalho Auditoria Prof. Rodrigo Fontenelle Atividades preliminares do trabalho de auditoria: Realizar as atividades preliminares do trabalho de auditoria auxilia o auditor na identificação e avaliação de eventos ou situações que possam afetar adversamente a capacidade do auditor de planejar e realizar o trabalho de auditoria. A realização dessas atividades preliminares permite ao auditor planejar o trabalho de auditoria para o qual, por exemplo: a) o auditor mantém a necessária independência e capacidade para realizar o trabalho; b) não há problemas de integridade da administração que possam afetar a disposição do auditor de continuar o trabalho; c) não há desentendimentos com o cliente em relação aos termos do trabalho. Planejamento não é uma fase isolada da auditoria, mas um processo contínuo e iterativo, que muitas vezes começa logo após (ou em conexão com) a conclusão da auditoria anterior, continuando até a conclusão do trabalho de auditoria atual. O envolvimento do sócio do trabalho e de outros membros-chave da equipe de trabalho no planejamento da auditoria incorpora a sua experiência e seus pontos de vista, otimizando assim a eficácia e a eficiência do processo de planejamento. Planejamento de Auditoria O planejamento da auditoria envolve a definição de estratégia global para o trabalho e o desenvolvimento de plano de auditoria. Um planejamento adequado é benéfico para a auditoria das demonstrações contábeis de várias maneiras, inclusive para: auxiliar o auditor a dedicar atenção apropriada às áreas importantes da auditoria; auxiliar o auditor a organizar adequadamente o trabalho de auditoria para que seja realizado de forma eficaz e eficiente; auxiliar na seleção dos membros da equipe de trabalho com níveis apropriados de capacidade e competência para responderem aos riscos esperados e na alocação apropriada de tarefas. O auditor deve estabelecer uma estratégia global de auditoria que defina o alcance, a época e a direção da auditoria, para orientar o desenvolvimento do plano de auditoria. Ao definir a estratégia global, o auditor deve: a) identificar as características do trabalho para definir o seu alcance; b) definir os objetivos do relatório do trabalho de forma a planejar a época da auditoria e a natureza das comunicações requeridas; c) considerar os fatores que no julgamento profissional do auditor são significativos para orientar os esforços da equipe do trabalho; 45

46 d) considerar os resultados das atividades preliminares do trabalho de auditoria e, quando aplicável, se é relevante o conhecimento obtido em outros trabalhos realizados pelo sócio do trabalho para a entidade; e e) determinar a natureza, a época e a extensão dos recursos necessários para realizar o trabalho. O plano de auditoria é mais detalhado que a estratégia global de auditoria visto que inclui a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria a serem realizados pelos membros da equipe de trabalho. O planejamento desses procedimentos de auditoria ocorre no decurso da auditoria, à medida que o plano de auditoria para o trabalho é desenvolvido. Exemplo: o planejamento dos procedimentos de avaliação de riscos ocorre na fase inicial de auditoria. Entretanto, o planejamento da natureza, da época e da extensão de procedimentos específicos adicionais de auditoria depende do resultado dessa avaliação de riscos. O auditor deve desenvolver o plano de auditoria, que deve incluir a descrição de: a) natureza, época e extensão dos procedimentos planejados de avaliação de risco; b) natureza, época e extensão dos procedimentos adicionais de auditoria planejados no nível de afirmação; c) outros procedimentos de auditoria planejados e necessários para que o trabalho esteja em conformidade com as normas de auditoria. Trabalho de Auditoria Inicial (a) As demonstrações contábeis do período anterior não foram auditadas; ou (b) As demonstrações contábeis do período anterior foram auditadas por auditor independente antecessor. Planejamento em Auditoria Inicial: Para a auditoria inicial, o auditor pode considerar os seguintes temas adicionais na definição da estratégia global e do plano de auditoria: exceto se for proibido por lei ou norma, manter contato com o auditor antecessor, por exemplo, para conduzir a revisão de seus papéis de trabalho; os procedimentos de auditoria necessários para obter evidência de auditoria suficiente e apropriada relativa aos saldos; outros procedimentos exigidos pelo sistema de controle de qualidade da firma para trabalhos de auditoria inicial. 46

47 MTE - Auditor Fiscal do Trabalho Auditoria Prof. Rodrigo Fontenelle O auditor deve documentar: Estratégia Global Plano de Auditoria Alterações significa8vas e razões para essas alterações Direcionamento, supervisão e revisão A natureza, a época e a extensão do direcionamento e da supervisão dos membros da equipe e a revisão do seu trabalho podem variar dependendo de diversos fatores, incluindo: O porte e a complexidade da entidade; A área da auditoria; Os riscos de distorções relevantes; A capacidade e a competência dos membros individuais da equipe que realiza o trabalho de auditoria. Programa de Auditoria Constitui-se no desenvolvimento do Plano de Auditoria, executado previamente aos trabalhos de campo, embasado em objetivos definidos e nas informações disponíveis sobre as atividades da entidade auditada. É o plano de ação detalhado, é um guia, destinado a orientar adequadamente o trabalho do auditor, permitindo-lhe, ainda, complementá-lo quando circunstâncias imprevistas lhe recomendarem. O programa de auditoria deverá contemplar todas as informações disponíveis e necessárias ao desenvolvimento de cada trabalho a ser realizado, com vistas a determinar a extensão e a profundidade deste, e deverá ser estruturado de forma que possa ser: Específico: um plano para cada trabalho; Padronizado: destinado à aplicação em trabalhos locais ou em épocas diferentes, com pequenas alterações. Escopo de Auditoria Escopo é a profundidade e a amplitude do trabalho para alcançar o objetivo da fiscalização, é definido em função do tempo e dos recursos humanos e materiais disponíveis. O escopo da auditoria deve ser estabelecido de modo suficiente a satisfazer os objetivos do trabalho. 47

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49 Questões FCC 1. (FCC TCE-GO 2014) Nas atividades de planejamento de auditoria independente, deve o auditor estabelecer uma estratégia global que defina o alcance, a época e a direção da auditoria. Assim, ao definir a estratégia global, deve o auditor, entre outros, nos termos da NBC TA 300: I elaborar o plano de auditoria, para definir o tipo de técnica e os procedimentos aplicáveis na revisão de seu trabalho. II definir os objetivos do relatório do trabalho de forma a planejar a época da auditoria e a natureza das comunicações requeridas. III identificar as características do trabalho para definir o seu alcance. IV considerar os fatores que no julgamento profissional do auditor são significativos para orientar os esforços da equipe do trabalho. V determinar a natureza, a época e a extensão dos recursos necessários para realizar o trabalho. Está correto o que consta APENAS em: a) I e III. b) I, II e III. c) IV e V. d) III, IV e V. e) II, III, IV e V. 2. (FCC TCE-PI 2014) O planejamento da auditoria é a fase na qual são fixadas as ações a serem executadas no trabalho de campo. Entre os principais conceitos sobre os quais está fundamentada esta atividade figura a: a) objetividade. b) publicidade. c) legalidade. d) relevância. e) impessoalidade. 3. (FCC ASLEPE 2014) Em relação ao Planejamento de Auditoria, considere: I No início dos seus trabalhos, o auditor deve considerar se existe uniformidade nas práticas contábeis adotadas pela entidade. II Na determinação dos fatos relevantes que serão examinados, não cabe ao auditor determinar a partir de que valor estes fatos serão considerados. III o Planejamento da Auditoria é um processo que se inicia logo após a contratação dos serviços. Está correto o que se afirma APENAS em: a) I e III. b) III. c) II e III. d) I. e) II. 4. (FCC TRT - 13ªRegião 2014) A execução dos trabalhos de auditoria é dividida em fases. O conhecimento detalhado da política e dos instrumentos de gestão de riscos do ente auditado é elemento que deve ser verificado na fase de: a) testes de auditoria. b) conclusão dos trabalhos de auditoria. c) planejamento de auditoria. 49

50 d) triagem de achados de auditoria. e) avaliação de resultados de auditoria. 5. (FCC TCE-AM 2013) A fase de identificação e averiguação de eventos ou situações que possam afetar adversamente a capacidade do auditor de preparar e realizar o trabalho de auditoria é denominada: a) achados de auditoria. b) avaliação dos riscos de distorção. c) controle de auditoria. d) controle de qualidade. e) preparação da auditoria. 6. (FCC TCE-PR 2011) A fase da auditoria em que se determina o momento da realização de cada uma das tarefas é chamada de: a) planejamento. b) análise de risco. c) estudo de caso. d) evidenciação. e) seleção de programa de trabalho. 7. (FCC SEFAZ-SP APOFP 2010) NÃO é objetivo de um programa de auditoria: a) traçar o roteiro de execução de um ponto de auditoria. b) conduzir o auditor na aplicação dos procedimentos técnicos de auditoria. c) propiciar o controle e progresso a ser alcançado no decorrer da execução das tarefas de auditoria. d) evitar que alguma tarefa de auditoria deixe de ser executada. e) estimar o tempo necessário para realização da auditoria. ESAF 8. (ESAF CVM 2010) A respeito de planejamento na realização de auditorias é correto afirmar: a) é a fase inicial dos trabalhos e deve ser concluída antes que as equipes específicas e/ou especializadas iniciem suas avaliações. b) constitui-se nos trabalhos iniciais de coleta de informações a respeito da entidade a ser auditada e dos mecanismos de controle existentes. c) não é uma fase isolada da auditoria, mas um processo contínuo e iterativo, que muitas vezes começa logo após (ou em conexão com) a conclusão da auditoria anterior, continuando até a conclusão do trabalho de auditoria atual. d) é a fase em que participa, além da equipe de auditoria, toda a área de gestão e governança da entidade, em especial, a área responsável pela elaboração das demonstrações contábeis. e) consiste em definir as estratégias gerais e o plano de trabalho antes do início de qualquer atividade de avaliação e revisão das demonstrações. 9. (ESAF TCE-GO 2007) Todas as opções abaixo são importantes recomendações acerca do planejamento da auditoria, exceto uma. Aponte a única opção falsa. a) O planejamento e os programas de trabalho não devem ser revisados mesmo que novos fatos o recomendarem. b) O programa de auditoria deve ser detalhado de forma a servir como guia e meio de controle do progresso dos trabalhos. c) O planejamento pressupõe adequado nível de conhecimento sobre o ramo de atividade, negócios e práticas operacionais da entidade. 50

51 MTE - Auditor Fiscal do Trabalho Auditoria Prof. Rodrigo Fontenelle d) O auditor deve documentar seu planejamento geral e preparar programa de trabalho por escrito, detalhando o que for necessário à compreensão dos procedimentos que serão aplicados. e) O planejamento da auditoria, quando incluir a designação de equipe técnica, deve prever a orientação e supervisão do auditor, que assumirá total responsabilidade pelos trabalhos executados. 10. (ESAF SUSEP 2006) O auditor externo ao aceitar um novo trabalho de auditoria em uma entidade que tenha tido suas demonstrações contábeis, do ano anterior, auditadas por outra firma de auditoria, deve: a) eximir-se de qualquer responsabilidade sobre as demonstrações financeiras e saldos comparativos do período anterior, mencionando que não foram revisadas por ele. b) realizar procedimentos que evidenciem possíveis fraudes ou não conformidades nas demonstrações anteriores, mencionando-as em notas explicativas. c) certificar que todas as transações praticadas pela empresa nas demonstrações contábeis, do período anterior ao Balanço, a ser auditado, estão em conformidade com os princípios contábeis geralmente aceitos, emitindo parecer sobre estas demonstrações comparativas. d) limitar seus trabalhos à execução da auditoria no período para o qual ele foi contratado, visto que não cabe à nova firma de auditoria avaliar os trabalhos executados no período anterior, isentando-se da responsabilidade sobre os saldos anteriores. e) obter evidências suficientes de que os saldos de abertura das demonstrações, a serem auditadas, não se apresentem com saldos errôneos ou inconsistentes e que os princípios contábeis estejam uniformes. 11. (ESAF CGU 2006) Quando for realizada uma auditoria, pela primeira vez, na entidade, ou quando as Demonstrações Contábeis do exercício anterior tenham sido examinadas por outro auditor independente, o planejamento da auditoria deve contemplar os seguintes procedimentos, exceto: a) a obtenção de evidências suficientes de que os saldos de abertura do exercício não contenham representações errôneas ou inconsistentes que, de alguma maneira, distorçam as Demonstrações Contábeis do exercício atual. b) o exame da adequação dos saldos de abertura do exercício anterior com os saldos de encerramento do exercício atual. c) a verificação se as práticas contábeis adotadas no atual exercício são uniformes com as adotadas no exercício anterior. d) a identificação de fatos relevantes que possam afetar as atividades da entidade e sua situação patrimonial e financeira. e) a identificação de relevantes eventos subsequentes ao exercício anterior, revelados ou não-revelados. CESPE 12. (CESPE DPU 2016) No planejamento dos trabalhos de auditoria a ser realizada na DPU, além da observância das normas de auditoria, o auditor deve considerar as normas específicas relativas ao objeto da auditoria, ainda que tais normas não sejam consideradas na avaliação da materialidade de distorções encontradas. 51

52 13. (CESPE BACEN 2013) Antes de iniciar uma auditoria, o auditor independente deve avaliar os níveis de inflação, crescimento, recessão, deflação, desemprego e a situação política do setor econômico da entidade a ser auditada. 14. (CESPE FUB-DF 2013) Os procedimentos de auditoria são definidos no próprio programa. Nessa ocasião, descreve-se o que deve ser feito e como devem ser realizados os exames. As averiguações e verificações devem permitir que os auditores formem uma opinião que fundamente sua manifestação. 15. (CESPE UNIPAMPA 2009) O programa de auditoria deve ser estruturado de forma que possa ser específico ou padronizado. O programa específico é mais apropriado para atividades que não se alterem ao longo do tempo ou para situações que contenham dados e informações similares. Julgue CERTO ou ERRADO. 16. (CESPE TCU 2008) Segundo orientação do TCU, na fase de planejamento, a equipe de auditoria deve construir uma visão geral do objeto a ser auditado. Entre as fontes de informação disponíveis, recomenda-se que notícias veiculadas pela mídia não sejam levadas em conta, a fim de evitar a contaminação ou o direcionamento dos trabalhos, que devem caracterizar-se pela isenção e pela objetividade. Julgue CERTO ou ERRADO. 17. (CESPE MC 2008) O programa de auditoria, elaborado pelo auditor interno, é um plano de ação detalhado, pois define os objetivos, determina o escopo e o roteiro de procedimentos. Além de orientar a equipe de auditoria, configura- -se na essência operacional do trabalho de auditagem relativamente a uma área específica da companhia ou à gestão de determinado sistema organizacional, estabelecendo os procedimentos para a identificação, análise, avaliação e registro da informação durante a execução do trabalho. Julgue CERTO ou ERRADO. 18. (CESPE TCE-AC 2008) A elaboração do trabalho de auditoria deve ser planejado de forma a prever a natureza, a extensão e a profundidade dos procedimentos que nele serão empregados, sendo dispensáveis os exames preliminares. Julgue CERTO ou ERRADO. 19. (CESPE STF 2008) Sempre que novos fatos recomendarem, o planejamento e os programas de trabalho devem ser revisados e atualizados. Julgue CERTO ou ERRADO. Gabarito: 1. E 2. D 3. D 4. C 5. E 6. A 7. E 8. C 9. A 10. E 11. B 12. E 13. C 14. C 15. E 16. E 17. C 18. E 19. C 52

53 MTE - Auditor Fiscal do Trabalho Auditoria Prof. Rodrigo Fontenelle DOCUMENTAÇÃO DE AUDITORIA Documentação de Auditoria (Papéis de Trabalho) Definições: Documentação de auditoria é o registro dos procedimentos de auditoria executados, da evidência de auditoria relevante obtida e conclusões alcançadas pelo auditor (usualmente, também é utilizada a expressão papéis de trabalho ). Arquivo de auditoria compreende uma ou mais pastas ou outras formas de armazenamento, em forma física ou eletrônica, as quais contêm os registros que constituem a documentação de trabalho específico. Auditor experiente é um indivíduo (interno ou externo à firma de auditoria) que possui experiência prática de auditoria e conhecimento razoável de: (i) processos de auditoria; (ii) normas de auditoria e exigências legais e regulamentares aplicáveis; (iii) ambiente de negócios em que opera a entidade; e (iv) assuntos de auditoria e de relatório financeiro relevantes ao setor de atividade da entidade. Objetivo: O objetivo do auditor é preparar documentação que forneça: a) registro suficiente e apropriado do embasamento do relatório do auditor; e b) evidências de que a auditoria foi planejada e executada em conformidade com as normas e as exigências legais e regulamentares aplicáveis. Natureza e Finalidade: A documentação de auditoria fornece: a) evidência da base do auditor para uma conclusão quanto ao cumprimento do objetivo global do auditor; e b) evidência de que a auditoria foi planejada e executada em conformidade com as normas de auditoria e exigências legais e regulamentares aplicáveis. 53

54 A documentação de auditoria serve ainda para: assistir à equipe de trabalho no planejamento e execução da auditoria; assistir aos membros da equipe de trabalho responsáveis pela direção e supervisão do trabalho de auditoria no cumprimento de suas responsabilidades de revisão; permitir que a equipe de trabalho possa ser responsabilizada por seu trabalho; manter um registro de assuntos de importância recorrente para auditorias futuras; permitir a condução de revisões e inspeções de controle de qualidade; e permitir a condução de inspeções externas em conformidade com as exigências legais, regulamentares e outras exigências aplicáveis. O auditor deve preparar documentação de auditoria que seja suficiente para permitir que um auditor experiente, sem nenhum envolvimento anterior com a auditoria, entenda: a) a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria executados para cumprir com as normas de auditoria e exigências legais e regulamentares aplicáveis; b) os resultados dos procedimentos de auditoria executados e a evidência de auditoria obtida; e c) assuntos significativos identificados durante a auditoria, as conclusões obtidas a respeito deles e os julgamentos profissionais significativos exercidos para chegar a essas conclusões. A forma, o conteúdo e a extensão da documentação de auditoria dependem de fatores como: a) tamanho e complexidade da entidade; b) riscos identificados de distorção relevante; c) importância da evidência de auditoria obtida; d) metodologia e ferramentas de auditoria usadas; e) natureza dos procedimentos de auditoria a serem executados. Ao documentar a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria executados, o auditor deve registrar: a) as características que identificam os itens ou assuntos específicos testados; b) quem executou o trabalho de auditoria e a data em que foi concluído; e c) quem revisou o trabalho de auditoria executado e a data e extensão de tal revisão. Se, em circunstâncias excepcionais, o auditor executar procedimentos novos ou adicionais ou chegar a outras conclusões após a data do relatório, o auditor deve documentar: a) as circunstâncias identificadas; b) os procedimentos novos ou adicionais executados, a evidência de auditoria obtida e as novas conclusões alcançadas, e seu efeito sobre o relatório do auditor; e 54

55 MTE - Auditor Fiscal do Trabalho Auditoria Prof. Rodrigo Fontenelle c) quando e por quem as modificações resultantes da documentação de auditoria foram executadas e revisadas. A documentação de auditoria pode ser registrada em papel, em formatos eletrônicos ou outros. Exemplos de documentação de auditoria incluem: a) programas de auditoria; b) análises; c) memorandos de assuntos do trabalho; d) resumos de assuntos significativos; e) cartas de confirmação e representação; f) listas de verificação; g) correspondências (inclusive correio eletrônico) referentes a assuntos significativos. Classificação quanto à natureza*: Os papéis de trabalho, podem ser classificados, quanto à sua natureza em: a) Correntes: Utilizados apenas no exercício social objeto da auditoria. Ex.: Extratos bancários, plano de trabalho. b) Permanentes: Utilizados em mais de um período. Ex.: Estatuto Social, Manuais, Contratos de Financiamento de longo prazo. A documentação de auditoria é do auditor, não da empresa auditada. Entretanto, o conteúdo se refere à auditada. Por essa razão, o auditor só pode disponibilizar seus papéis de trabalho a terceiros se: Houver autorização formal prévia da empresa auditada. Nos casos previstos em lei ou normas de auditoria. Técnicas de elaboração*: Tiques (símbolos) são utilizados para evidenciar o serviço executado. Devem ser identificados com o nome do auditor, data-base da auditoria e indicação do processo auditado, procedimentos efetuados, documentos analisados e conclusão do auditor. 55

56 Referência Cruzada é uma técnica utilizada para evidenciar trabalhos realizados em uma área que tenha influência em outras áreas de trabalho, por meio da utilização de letras codificadoras dos papéis de trabalho. Essas codificações devem ser inscritas ao lado da informação que se quer amarrar. Lançamento de ajuste e/ou reclassificação: Serve para registrar distorções encontradas nos dados contábeis sob exame, que no entendimento do auditor requererão correções por parte da companhia auditada. Durante o trabalho, o auditor prepara os lançamentos em um papel de trabalho, de forma resumida, evidenciando com um breve histórico quais as contas e o valor envolvido. Ao final do trabalho, o auditor submete à apreciação da empresa, que resolverá a respeito. Caso os lançamentos propostos não sejam aceitos, dependendo da materialidade, isso poderá acarretar em uma opinião com ressalva. Arquivamento: O auditor deve montar a documentação em arquivo de auditoria tempestivamente após a data do relatório do auditor. Após a montagem do arquivo final de auditoria ter sido completada, o auditor não apaga nem descarta documentação de auditoria de qualquer natureza antes do fim do seu período de guarda dessa documentação. A NBC PA 01, que trata do controle de qualidade para Firmas de Auditores Independentes, determina que um limite de tempo apropriado para concluir a montagem do arquivo final de auditoria geralmente não ultrapassa 60 dias após a data do relatório do auditor. O período de retenção para trabalhos de auditoria geralmente não é inferior a cinco anos, a contar da data do relatório do auditor!!! 56

57 MTE - Auditor Fiscal do Trabalho Auditoria Prof. Rodrigo Fontenelle Se o auditor julgar necessário modificar a documentação de auditoria existente ou acrescentar nova documentação de auditoria após a montagem do arquivo final de auditoria, deverá documentar as razões específicas para fazê-lo, quando e por quem foram executados e revisados. Modificações podem ser feitas na documentação de auditoria durante o processo final de montagem se estas forem de natureza administrativa. Por exemplo: apagar ou descartar documentação superada; selecionar, conferir e acrescentar referências aos documentos; conferir itens das listas de verificação evidenciando ter cumprido os passos relativos ao processo de montagem do arquivo; documentar evidência de auditoria que o auditor obteve, discutiu e com a qual concordou junto à equipe, antes da data do relatório de auditoria. 57

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59 Questões CESPE 1. (CESPE FUB-DF 2013) Os papéis de trabalho podem referir-se à fase de planejamento ou de execução da auditoria. Entre os primeiros, destacam-se os da avaliação dos controles internos e de revisão contábil. 2. (CESPE FUB-DF 2013) Os papéis de trabalho usualmente são arquivados em duas categorias de arquivos: corrente e permanente. No arquivo permanente, são, em geral, arquivados documentos do tipo contratos de descontos de duplicatas e demonstrações contábeis do último exercício. 3. (CESPE FUB-DF 2013) Uma das recomendações que os auditores devem observar no preenchimento dos papéis de trabalho é não revelar o critério adotado para determinar o valor a partir do qual as operações foram consideradas relevantes. 4. (CESPE TELEBRAS 2013) Com relação a pontos essenciais, técnicas de elaboração e demais aspectos inerentes à documentação de auditoria, julgue os itens seguintes. Todas as instruções aos membros de equipes de auditorias devem fazer parte da documentação da auditoria (papéis de trabalho). 5. (CESPE TELEBRAS 2013) Com relação a pontos essenciais, técnicas de elaboração e demais aspectos inerentes à documentação de auditoria, julgue os itens seguintes. A documentação de auditoria possibilita que a equipe de trabalho seja responsabilizada por suas atividades. 6. (CESPE TELEBRAS 2013) Com relação a pontos essenciais, técnicas de elaboração e demais aspectos inerentes à documentação de auditoria, julgue os itens seguintes. Na documentação de auditoria, o auditor deve registrar os procedimentos executados, suas conclusões e os resultados do seu trabalho. Essas conclusões irão compor os relatórios e pareceres finais da atividade realizada. 7. (CESPE TCE-ES 2012) A documentação de conteúdo corrente das auditorias de regularidade abrange, em geral, apenas um exercício. Julgue CERTO ou ERRADO. 59

60 8. (CESPE TCE-ES 2012) A natureza do conteúdo da documentação de auditoria caracteriza-se como corrente ou permanente, sendo o plano de contas um exemplo de documento de natureza permanente. Julgue CERTO ou ERRADO. 9. (CESPE TCE-ES 2012) A documentação de auditoria é um registro que pode ser utilizado na avaliação do desempenho dos profissionais de auditoria e de provas, caso haja processos administrativos e judiciais contra esses profissionais. Julgue CERTO ou ERRADO. 10. (CESPE PREVIC 2011) Julgue os próximos itens, referentes aos diversos aspectos do trabalho de auditoria no setor público. Os papéis de trabalho são de propriedade exclusiva do departamento de auditoria que os elaborou, não podendo, em nenhuma hipótese, ser apresentados a terceiros. 11. (CESPE TRE-BA 2010) Desde que sejam atualizados, alguns papéis de trabalho podem ser reutilizados, quando estiverem relacionados a auditorias realizadas em vários períodos consecutivos. 12. (CESPE TCE-TO 2009) Os papéis de trabalho podem ser de natureza corrente ou permanente. São exemplos de papéis de trabalho correntes: ESAF a) as legislações específicas aplicáveis à empresa auditada. b) os manuais de procedimentos internos. c) o questionário de controle interno. d) os cartões de assinaturas e rubricas dos responsáveis pela aprovação das transações. e) as cópias de contratos de financiamento para capital de giro. 13. (ESAF RFB 2014) São características do auditor experiente possuir experiência prática de auditoria e conhecimento razoável de: a) processos de auditoria, normas de auditoria e exigências legais aplicáveis. b) normas de auditoria e exigências legais aplicáveis e processos judiciais cíveis dos diretores. c) ambiente de negócios em que opera a entidade e negócios estratégicos realizados pelos seus concorrentes. d) assuntos de auditoria e de relatório financeiro relevantes à atividade da entidade e das atividades dos conselheiros em outras empresas. e) processos sigilosos e fórmulas dos produtos registradas pela empresa e pelos seus concorrentes. 14. (ESAF RFB 2014) É permitido ao auditor externo, durante o processo final de montagem dos arquivos da auditoria concluída, modificar os documentos de auditoria. Não se inclui como modificação possível: a) apagar, descartar ou destruir documentação superada. b) acrescentar referências cruzadas aos documentos de trabalho. 60

61 MTE - Auditor Fiscal do Trabalho Auditoria Prof. Rodrigo Fontenelle c) substituir carta de circularização dos advogados, com nova posição das contingências. d) conferir itens das listas de verificação, evidenciando ter cumprido os passos pertinentes à montagem do arquivo. e) documentar evidência de auditoria que o auditor obteve antes da data do relatório de auditoria. 15. (ESAF CVM 2010) Na elaboração da documentação de auditoria (Papéis de Trabalho), no que se refere à forma, ao conteúdo e a extensão, o auditor deve levar em conta os seguintes fatores, exceto: a) importância da evidência de auditoria obtida. b) tamanho e complexidade da entidade auditada. c) riscos identificados de distorções relevantes nas demonstrações contábeis. d) natureza dos procedimentos de auditoria a serem executados. e) volume dos recursos das transações auditadas. 16. (ESAF SEFAZ-SP APOFP 2009) Compostos pela documentação preparada pelo auditor ou a ele fornecida na execução da auditoria, os papéis de trabalho possuem as seguintes características, exceto: a) sua disponibilização a terceiros é permitida, desde que formalmente autorizada pela entidade auditada. b) apenas abrigam informações em papel, sendo vedadas as evidências obtidas por meios eletrônicos. c) sua confidencialidade é dever permanente do auditor. d) devem ser mantidos sob a custódia do auditor por um prazo de cinco anos, a partir da data de emissão do parecer. e) sua padronização não é obrigatória. 17. (ESAF ANAC 2016) FCC Leia o seguinte texto: "Todo trabalho de Auditoria deve ser documentado de modo a assegurar sua revisão e a manutenção das informações obtidas. Os denominados "papeis de trabalho" constituem a documentação que evidencia todo o trabalho desenvolvido pelo Auditor". Avalie as sentenças abaixo, no que se refere ao conceito de "papel de trabalho", e assinale a opção correta. I Pode ter sido preparado por terceiros. II Pode ser classificado como transitório ou permanente. III Pode ter sido armazenado em meio óptico (CD-rom). a) I, apenas. b) I, II, apenas. c) I, II, III estão corretas. d) II, III, apenas. e) I, III, apenas. 18. (FCC TRT-MT 2016) Sobre entidade auditada, considere: I Complexidade. II Localização. III Finalidade social. IV Tamanho. Nos termos da NBC TA 230, a forma, o conteúdo e a extensão da documentação de auditoria dependem dos fatores que constam em a) I, II e III, apenas. b) I, II e IV, apenas. c) I, II, III e IV. d) II, III e IV, apenas. e) I e IV, apenas. 61

62 19. (FCC TRF 3ª Região 2016) Nos termos da NBC TA 230, considere: I Identificação de quem revisou o trabalho de auditoria executado. II Discussões de assuntos significativos com a administração. III Informações referentes a um assunto significativo que são inconsistentes com sua conclusão final. IV Não atendimento pelo auditor de um requisito relevante de uma norma. V Circunstâncias identificadas após a data do relatório do auditor. Deve ser objeto de documentação pelo auditor o que consta em a) II, IV e V, apenas. b) I, III e IV, apenas. c) II, III e V, apenas. d) I, II, III e IV, apenas. e) I, II, III, IV e V. 20. (FCC TJ-PI 2015) Os papéis de trabalho devem ser organizados conforme sua finalidade. São consideradas comuns: I Pasta permanente; II Pasta corrente; III Pasta de análise das contas; IV Pasta de correspondência. Constitui um exemplo de papel de trabalho que compõe a pasta corrente: a) análise da evolução do capital social; b) controles do fluxo de informações; c) descrição do sistema em escrituração contábil; d) estatuto da entidade auditada e suas alterações; e planejamento do trabalho. 21. (FCC TJ-PI 2015) Os papéis de trabalho constituem a documentação preparada pelo auditor ou fornecida a este na execução da auditoria; sua guarda é responsabilidade do (a): a) auditor responsável; b) auditoria interna; c) administração da entidade auditada; d) contador da entidade auditada; e) conselho fiscal. 22. (FCC TCE-CE 2015) Com base na documentação de auditoria normatizada pela NBC TA 230, a) o auditor deve documentar todos os assuntos considerados ou todos os julgamentos exercidos na auditoria. b) é necessário que o auditor documente separadamente a conformidade em assuntos, ainda que já demonstrada por documentos incluídos no arquivo de auditoria. c) explicações verbais do auditor, por si só, não representam documentação adequada para o trabalho executado pelo auditor ou para conclusões obtidas, mas podem ser usadas para explicar ou esclarecer informações obtidas na documentação de auditoria. d) a documentação de auditoria deve sempre ser registrada em papel, condição necessária para comprovar os fundamentos da conclusão do auditor. e) a precisão da documentação elaborada pelo auditor independe se foi feita de forma tempestiva ou após a realização do trabalho de auditoria. 23. (FCC TCE-GO 2014) No decorrer dos trabalhos de auditoria das demonstrações contábeis da empresa Distribuidora de Aços Rígidos do Brasil S/A, o auditor independente constatou que o valor do saldo da conta duplicatas a receber, em , apresentava uma diferença 62

63 MTE - Auditor Fiscal do Trabalho Auditoria Prof. Rodrigo Fontenelle de R$ ,00, referente a três duplicatas, de um mesmo cliente, pagas no mês de novembro de 2013, não baixadas do saldo. Quanto à evidência de auditoria, nos termos da NBC TA 230, o auditor deve registrá-la: a) no relatório da auditoria, expressando uma opinião com ressalvas. b) no livro de ocorrências de achados de auditoria. c) no relatório da auditoria, expressando uma opinião sem ressalvas. d) em documentação de Auditoria (papéis de trabalho). e) no relatório da auditoria, com abstenção de opinião. 24. (FCC TCE-GO 2014) O auditor independente, durante a execução dos trabalhos de auditoria nas Demonstrações Contábeis do exercício de 2014 da empresa Abacaxi Doce S/A, constatou que o valor de duas notas fiscais referentes à venda à vista, após o recebimento em dinheiro do valor da venda, foram adulterados, possibilitando ao tesoureiro da empresa desviar R$ ,00 para sua conta bancária. Em consequência, as duas notas fiscais foram contabilizadas por um valor a menor do que o recebido. Com relação à constatação (evidência de auditoria), deve o Auditor, nos termos da NBC TA 230, a) recomendar ao contador que realize a conciliação bancária mensalmente. b) registrar no relatório de auditoria. c) registrar no livro de anotações de achados de auditoria. d) solicitar ao chefe da tesouraria devolução do valor apropriado. e) registrar em documentação de auditoria (papéis de trabalho). 25. (FCC ASLEPE 2014) Os papéis de trabalho: I devem conter o registro dos procedimentos de auditoria executados, da evidência de auditoria relevante obtida e das conclusões alcançadas pelo auditor. II devem ser preparados de forma suficiente para que sejam compreendidos por qualquer usuário da informação contábil. III têm como objetivo auxiliar a execução dos exames, servir de suporte aos relatórios e como prova em questões judiciais. Está correto o que se afirma APENAS em: a) II e III. b) I. c) II. d) I e III. e) I e II. 26. (FCC ASLEPE 2014) Os papéis de trabalho devem ter abrangência e detalhamento para propiciar a compreensão do planejamento de auditoria em grau: a) relativo. b) suficiente. c) adequado. d) relevante. e) exato. 27. (FCC ICMS-RJ 2014) A Companhia de Calçados Impróprios do Brasil S. A. contratou determinada empresa de auditoria independente para executar a auditoria das demonstrações contábeis relativas ao exercício encerrado em 31/12/2012. O documento preparado pelo auditor contendo o registro dos procedimentos de auditoria executados, das evidências obtidas e das conclusões alcançadas é denominado: a) programa de auditoria. b) papeis de trabalho. c) relatório de auditoria. d) parecer de auditoria. e) certificado de auditoria. 63

64 28. (FCC TRT - 12ª Região 2013) Os documentos que têm por finalidade o registro das informações e fatos verificados durante a auditoria e que servem de suporte para conclusões, ações e recomendações denominam-se: a) papéis de trabalho. b) resumos dos testes de auditoria. c) documentos de evidenciação. d) relatórios de aspectos relevantes. e) pareceres prévios. 29. (FCC TCE-AM 2013) No contexto dos procedimentos e métodos de auditoria, os papéis de trabalho são: a) documentos que comprovam a realização de trabalhos de auditoria e não se confundem com a documentação de auditoria. b) um retrato fiel da fiscalização, contendo a documentação de todas as questões que a auditoria aborde em seu relatório. c) preparados pelo auditado e conferidos pelo auditor, que tem o dever de atestar a regularidade dos atos. d) registros de procedimentos de auditoria executados, de evidências relevantes obtidas e de conclusões alcançadas pelo auditor. e) documentos físicos e não eletrônicos, uma vez que têm que ser assinados pelo auditor. 30. (FCC TCE-PR 2011) Sobre os papéis de trabalho é correto afirmar que são: a) de propriedade da empresa ou órgão auditado. b) documentos elaborados pelo auditor na fase que antecede o planejamento da auditoria. c) o conjunto de formulários que contém os apontamentos obtidos pelo auditor durante o seu exame. d) as atividades desempenhadas por cada integrante do grupo de auditoria. e) os documentos, selecionados pelo auditor, que devem ficar arquivados por, pelo menos, dez anos após a emissão do parecer de auditoria. 31. (FCC INFRAERO 2011) Ao conjunto de formulários que contém os apontamentos obtidos pelo auditor durante o seu exame dá-se o nome de: a) papéis-espelho. b) registros de riscos de auditoria. c) papéis de trabalho. d) registros de planejamento de auditoria. e) quadro sinótico de auditoria. 32. (FCC TRT - 20ª Região 2011) No que se refere à guarda da documentação, o Auditor, para fins de fiscalização do exercício profissional, deve conservar a boa guarda pelo prazo de: a) dezoito meses, a partir da data de emissão do relatório e parecer relacionado com os serviços realizados. b) dois anos, a partir da data do término dos serviços realizados. c) três anos, a partir da data do início dos serviços realizados. d) cinco anos, a partir da data de emissão do seu parecer, de toda a documentação, papéis de trabalho, relatórios e pareceres relacionados com os serviços realizados. e) dez anos, a partir da data de entrega ou publicação do seu parecer relacionado com os serviços realizados. Gabarito: 1. E 2. E 3. E 4. E 5. C 6. C 7. C 8. C 9. C 10. E 11. C 12. C 13. A 14. C 15. E 16. B 17. C 18. E 19. E 20. E 21. A 22. C 23. D 24. E 25. D 26. B 27. B 28. A 29. D 30. C 31. C 32. D 64

65 MTE - Auditor Fiscal do Trabalho Auditoria Prof. Rodrigo Fontenelle TESTES E PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA Testes de Auditoria Os testes (procedimentos) de auditoria permitem ao auditor obter evidências ou provas suficientes e adequadas para fundamentar sua opinião sobre as demonstrações contábeis auditadas e podem ser divididos em dois grandes grupos: testes de controle e procedimentos substantivos, dependendo de sua finalidade. O primeiro grupo tenta obter razoável segurança de que o controle interno da empresa funciona corretamente. Mede a eficácia do controle interno. Já o segundo objetiva obter evidências de que os valores constantes nos sistemas contábeis da entidade são suficientes, exatos e válidos. PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA AVALIAÇÃO DE RISCO ADICIONAIS TESTES DE CONTROLE PROCEDIMENTOS SUBSTANTIVOS TESTE DE DETALHES PROCEDIMENTOS ANALÍTICOS SUBSTANTIVOS Teste de controle é o procedimento de auditoria planejado para avaliar a efetividade operacional dos controles na prevenção ou detecção e correção de distorções relevantes no nível de afirmações. Procedimento substantivo é o procedimento de auditoria planejado para detectar distorções relevantes no nível de afirmações. Os procedimentos substantivos incluem: a) testes de detalhes (de classes de transações, de saldos de contas e de divulgações); e b) procedimentos analíticos substantivos. 65

66 Testes de controle Ao avaliar a efetividade operacional dos controles relevantes, o auditor deve avaliar se as distorções que foram detectadas pelos procedimentos substantivos indicam que os controles não estão operando efetivamente. A ausência de detecção de distorções por procedimentos substantivos, entretanto, não fornece evidência de auditoria de que os controles relacionados com a afirmação que está sendo testada são efetivos. Procedimentos Substantivos Conforme verificado anteriormente, divide-se em: a) Testes de Detalhes: Fornece evidências quanto à adequação dos registros dos fatos contábeis. b) Procedimentos analíticos substantivos: Verifica o comportamento de valores significativos, por meio da aplicação de índices, quocientes, quantidades absolutas e outros meios. Objetiva detectar e analisar situações anormais/atípicas e relevantes constatadas nas demonstrações contábeis. O auditor deve planejar e executar procedimentos substantivos para cada classe de transações, saldo de contas e divulgações relevantes, independentemente dos riscos avaliados de distorção relevante. Essa exigência reflete os fatos de que: (i) a avaliação de risco do auditor é questão de julgamento e, portanto, pode não identificar todos os riscos de distorção relevante; e (ii) há limitações inerentes ao controle interno, incluindo a burla dos controles pela administração. Dependendo das circunstâncias, o auditor pode determinar que: executar somente procedimentos analíticos substantivos é suficiente para reduzir o risco de auditoria para um nível baixo aceitável; somente os testes de detalhes são apropriados; a combinação de procedimentos substantivos analíticos e testes de detalhes responde melhor aos riscos identificados. Os procedimentos básicos de auditoria descritos a seguir, também chamados de técnicas de auditoria, podem ser utilizados como procedimentos de avaliação de riscos, testes de controles ou procedimentos substantivos, dependendo do contexto em que sejam aplicados pelo auditor. Podem incluir inspeção, observação, confirmação, recálculo, reexecução e procedimentos analíticos, muitas vezes em combinação, além da indagação. 66

67 MTE - Auditor Fiscal do Trabalho Auditoria Prof. Rodrigo Fontenelle Inspeção A inspeção envolve o exame de registros ou documentos, internos ou externos, em forma de papel, em forma eletrônica ou em outras mídias, ou o exame físico de um ativo. A inspeção de ativos tangíveis pode fornecer evidência de auditoria confiável quanto à sua existência, mas não necessariamente quanto aos direitos e obrigações da entidade ou à avaliação dos ativos. Observação A observação consiste no exame do processo ou procedimento executado por outros, por exemplo, a observação pelo auditor da contagem do estoque pelos empregados da entidade ou da execução de atividades de controle. A observação fornece evidência de auditoria a respeito da execução de processo ou procedimento, mas é limitada ao ponto no tempo em que a observação ocorre e pelo fato de que o ato de observar pode afetar a maneira como o processo ou o procedimento é executado. Confirmação Externa Confirmação externa é a evidência de auditoria obtida como resposta por escrito, direta para o auditor, de um terceiro (a parte que confirma), em papel, no formato eletrônico ou outro meio. (NBC TA 505) Solicitação de confirmação positiva é a solicitação em que a parte que confirma responde diretamente ao auditor indicando se concorda ou discorda das informações na solicitação (positiva em preto), ou forneçe as informações solicitadas (positiva em branco). A indagação consiste na busca de informações junto a pessoas com conhecimento, financeiro e não financeiro, dentro ou fora da entidade. A indagação é utilizada extensamente em toda a auditoria, além de outros procedimentos de auditoria. As indagações podem incluir desde indagações escritas formais até indagações orais informais. A avaliação das respostas às indagações é parte integral do processo de indagação. As respostas às indagações podem fornecer ao auditor informações não obtidas anteriormente ou evidência de auditoria comprobatória. Alternativamente, as respostas podem fornecer informações significativamente divergentes das informações que o auditor obteve. Recálculo O recálculo consiste na verificação da exatidão matemática de documentos ou registros. Reexecução A reexecução envolve a execução independente pelo auditor de procedimentos ou controles que foram originalmente realizados como parte do controle interno da entidade. 67

68 Procedimentos analíticos Os procedimentos analíticos consistem em avaliação das informações feitas por meio de estudo das relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros. Os procedimentos analíticos incluem também a investigação de flutuações e relações identificadas que sejam inconsistentes com outras informações relevantes ou que se desviem significativamente dos valores previstos. 68

69 Questões CESPE 1. (CESPE CGE-PI 2015) No planejamento da auditoria, devem estar previstos instrumentos de controle interno, como a aplicação de testes de observância e de testes de transações e saldos. Além disso, deve-se realizar a verificação dos dados produzidos pelo sistema contábil da entidade para a avaliação dos riscos envolvidos na atividade de controle. 2. (CESPE CGE-PI 2015) Os procedimentos de revisão analítica são realizados durante a aplicação dos testes substantivos. 3. (CESPE TCDF 2014) O pedido de confirmação positivo, considerado uma evidência de qualidade melhor que o negativo, é mais indicado para as contas de clientes e fornecedores cujo saldo seja de grande valor ou que apresentem maiores indícios de erros. Julgue os próximos itens com base no manual de auditoria do TCDF. 4. (CESPE TCDF 2014) A reexecução é uma técnica que consiste na simulação, pela equipe de auditoria, de todas as etapas de realização da operação que está sendo objeto de exame. 5. (CESPE AFT 2013) Se houver dúvidas sobre créditos registrados no ativo de uma entidade, o auditor agirá de modo apropriado caso recomende ao dirigente do órgão que expeça um pedido de confirmação negativo em branco ao suposto devedor. 6. (CESPE AFT 2013) Os testes de aderência ou observância, cujo objetivo é identificar a existência, a efetividade e a continuidade dos controles internos, consistem em um conjunto de procedimentos de auditoria destinado a confirmar se as funções críticas de controle interno estão sendo efetivamente executadas. 7. (CESPE TELEBRAS 2013) Com relação aos testes e procedimentos de auditoria, julgue o item seguinte. Para expressar uma opinião de forma positiva, o auditor deve executar procedimentos relacionados aos riscos identificados, sendo esses procedimentos uma combinação de testes ou sua reexecução, procedimentos analíticos, indagação e(ou) testes de eficácia operacional de controle. 8. (CESPE TELEBRAS 2013) Com relação aos testes e procedimentos de auditoria, julgue o item seguinte. 69

70 Os testes de observância são aplicados pelo auditor quando ele deseja obter provas suficientes e convincentes sobre transações, de maneira a lhe proporcionar fundamentação para a opinião acerca de determinados fatos e para avaliar a funcionalidade do sistema contábil da empresa auditada. 9. (CESPE TELEBRAS 2013) Com relação aos testes e procedimentos de auditoria, julgue os itens subsecutivos. Quando o auditor detecta inconsistência entre evidências oriundas de fontes diferentes, o julgamento profissional é o parâmetro para decidir qual a fonte mais confiável. 10. (CESPE TELEBRAS 2013) Com relação aos testes e procedimentos de auditoria, julgue os itens subsecutivos. Para expressar uma conclusão de forma positiva em trabalho de asseguração razoável, é necessário que o auditor independente obtenha evidência apropriada e suficiente, com aplicação de testes substantivos e de observância. 11. (CESPE TELEBRAS 2013) A respeito de conceitos, princípios, origens e classificações de auditoria, julgue os itens que se seguem. Caso um auditor pretenda emitir à entidade auditada cartas de confirmação externa para avaliar as informações obtidas internamente, ele estará justificando seu ceticismo profissional. No que concerne aos testes e procedimentos de auditoria e à revisão analítica, julgue os itens que se seguem. 12. (CESPE FUB-DF 2013) O auditor, ao examinar as rotinas adotadas pelos servidores de um órgão e as comparar com os manuais da organização e as suas normas de funcionamento, estará efetuando um teste de observância. 13. (CESPE FUB-DF 2013) Uma das características da revisão analítica consiste na fixação de uma diferença máxima aceitável entre os valores observados e os esperados, que pode ser expressa em valor monetário, percentual, uma combinação de ambos ou, mais raramente, mediante o resultado de modelos estatísticos mais sofisticados. 14. (CESPE FUB-DF 2013) Os procedimentos de auditoria são definidos no próprio programa. Nessa ocasião, descreve-se o que deve ser feito e como devem ser realizados os exames. As averiguações e verificações devem permitir que os auditores formem uma opinião que fundamente sua manifestação. 15. (CESPE TCU 2011) Considere a seguinte situação hipotética. Durante a execução de seu trabalho, um auditor constatou que o órgão auditado disponibilizou bens a uma instituição privada por conta da realização de determinado convênio. Por desconfiança em relação à operação, esse auditor resolveu, apropriadamente, efetuar um pedido de confirmação, sem 70

71 MTE - Auditor Fiscal do Trabalho Auditoria Prof. Rodrigo Fontenelle especificar os bens e respectivos valores, mas dos quais julgou não poder abrir mão da confirmação formal. Nessa situação hipotética, a técnica utilizada é denominada confirmação ou circularização positiva em branco. Julgue CERTO ou ERRADO. 16. (CESPE TCU 2011) Se a simples verificação de um lançamento contábil não for suficiente para fornecer ao auditor elementos de convicção sobre determinada transação, poderá ele proceder ao exame da documentação correspondente. Atendidos os requisitos formais quanto ao tipo e preenchimento do documento, deverá ele ainda avaliar a pertinência da operação com os objetivos do órgão auditado e a autorização para a sua realização. Julgue CERTO ou ERRADO. 17. (CESPE TCU 2008) A circularização de ativos sempre se revela mais eficaz, pois o credor tem mais interesse em confirmar seu crédito ou, até mesmo, em apontar possíveis irregularidades. 18. (CESPE TCU 2008) Na verificação de eventuais ônus sobre imóveis de propriedade da entidade auditada, consultam-se, entre outros documentos, certidões atualizadas do registro de imóveis, contratos de compra e venda ou de financiamento desses bens, assim como contratos de financiamento ou parcelamento de dívidas. Julgue CERTO ou ERRADO. ESAF 19. (ESAF RFB 2014) A empresa Orion S.A. realizou a contagem de seus estoques (inventário físico), em 31 de outubro de O auditor foi contratado para realizar a auditoria das Demonstrações Contábeis de 31 de dezembro de Em relação ao inventário, deve o auditor: a) validar a posição apresentada nas demonstrações contábeis de 31 de dezembro de 2013, uma vez que foi atendida a exigência de inventariar os estoques, uma vez ao ano. b) solicitar nova contagem de inventário em 31 de dezembro de 2013 ou na data do início dos trabalhos de auditoria, sendo sempre obrigatória sua presença e participação na contagem física e aprovação dos procedimentos de inventário. c) exigir que seja elaborada nota explicativa evidenciando a posição do inventário em 31 de outubro de 2013, ressalvando a posição do inventário em 31 de dezembro de 2013, esclarecendo que não houve contagem das posições de estoques entre 31 de outubro e 31 de dezembro de d) executar procedimentos para obter evidência de auditoria de que as variações no estoque, entre 31 de outubro de 2013 e 31 de dezembro de 2013, estão adequadamente registradas. e) limitar sua avaliação a posição de estoques apresentada em 31 de outubro de 2013, restringindo o escopo de seu trabalho na área de estoques, aos saldos apresentados nesta data. 20. (ESAF MTUR 2014) A empresa Infinitive Ltda., empresa de auditoria independente, recebeu uma resposta verbal a uma solicitação de confirmação. Após obter essa confirmação, o auditor so- 71

72 licitou à parte que formalizasse por escrito diretamente para ele e não obteve resposta. Nesta situação o auditor: a) descarta definitivamente o procedimento, porque o mesmo não se enquadra na definição de confirmação externa direta. b) aceita o procedimento, uma vez que adotou procedimento de confirmação suficiente. c) classifica como confirmação negativa e valida a área auditada. d) procura outra evidência de auditoria para suportar as informações da resposta verbal. e) ressalva o relatório de auditoria, evidenciando a falta de sucesso na circularização. 21. (ESAF SUSEP 2010) O auditor externo, ao realizar os procedimentos para avaliação de três processos da empresa a ser auditada, constatou a seguinte situação: Área 1: Baixo nível de risco, com baixa probabilidade de ocorrência de erros e/ou fraudes. Área 2: Alto nível de risco, com média probabilidade de ocorrência de erros e/ou fraudes. Área 3: Alto nível de risco, com alta probabilidade de ocorrência de erros e/ou fraudes. Com base nas conclusões acima, pode-se afirmar que o auditor: a) não deverá realizar testes para a área 1, visto que o risco e a probabilidade de ocorrência de erros é baixa. b) deverá aplicar testes considerando grandes amostragens para todas as áreas. c) somente deverá realizar testes nas áreas 2 e 3, as quais apresentam risco alto. d) em decorrência da probabilidade baixa e média nos itens 1 e 2, os testes de auditoria poderão ser suportados por relatórios de confirmação feitos pela administração da empresa. e) deverá efetuar testes em todas as áreas, conforme estabelece as normas de auditoria. 22. (ESAF RECEITA FEDERAL 2009) A empresa Agrotoxics S.A. tem seus produtos espalhados por diversos representantes, em todas as regiões do Brasil. Seu processo de vendas é por consignação, recebendo somente após a venda. O procedimento de auditoria que garantiria confirmar a quantidade de produtos existentes em seus representantes seria: a) inventário físico. b) custeio ponderado. c) circularização. d) custeio integrado. e) amostragem. 23. (ESAF RECEITA FEDERAL 2009) A auditoria externa realizou na empresa Avalia S.A. o cálculo do índice de rotatividade dos estoques para verificar se apresentava índice correspondente às operações praticadas pela empresa. Esse procedimento técnico básico corresponde a: a) inspeção. b) revisão analítica. c) investigação. d) observação. e) confronto. 24. (ESAF RECEITA FEDERAL 2009) A empresa Grandes Resultados S.A. possui prejuízos fiscais apurados nos últimos três anos. A empresa estava em fase pré-operacional e agora passou a operar em plena atividade. As projeções para os próximos cinco anos evidenciam lucros. O procedimento técnico básico que aplicado pelo auditor constataria esse evento seria: a) ocorrência. 72

73 MTE - Auditor Fiscal do Trabalho Auditoria Prof. Rodrigo Fontenelle b) circularização. c) cálculo. d) inspeção. e) inventário físico. 25. (ESAF SEFAZ-SP APOFP 2009) Os testes de observância têm por objeto de análise: a) as contas patrimoniais e de resultado. b) os procedimentos de controle de custos adotados pela administração. c) as contas patrimoniais, apenas. d) os procedimentos de controle interno estabelecidos pela administração. e) as contas de resultado, apenas. 26. (ESAF SEFAZ-SP APOFP 2009) Assinale a opção que preenche corretamente a lacuna da seguinte frase: Considerado um procedimento técnico básico a ser aplicado em testes de observância e substantivos, consiste(m) na verificação do comportamento de valores significativos, mediante índices, quocientes, quantidades absolutas ou outros meios, com vistas à identificação de situação ou tendências atípicas. a) a inspeção b) a observação c) a investigação e a confirmação d) o cálculo e) a revisão analítica 27. (ESAF SEFAZ-SP APOFP 2009) A inspeção física, por meio da contagem de numerário, é procedimento básico de auditoria aplicável à verificação em conta do: a) Ativo Circulante. b) Ativo Realizável a Longo Prazo. c) Ativo Permanente. d) Passivo Circulante. e) Patrimônio Líquido. 28. (ESAF ISS-Natal-RN 2008) A Companhia Legal tem estabelecido, em seu manual de normas e procedimentos, que o processo de autorização dos pagamentos seja feito de forma eletrônica, devendo o supervisor da área revisar todas as autorizações dos analistas. Para isso, o supervisor tem obrigatoriamente que entrar na área de aprovações do sistema, digitar sua senha, passar o seu cartão no leitor óptico e marcar um espaço com "X", autorizando. O auditor, ao visitar a área, presencia um analista de posse do cartão e senha do supervisor executando sua função. Esse procedimento técnico adotado pelo auditor é considerado uma: a) investigação b) revisão analítica c) mensuração d) avaliação e) observação 29. (AFRF 2001 ESAF) O pedido de confirmação (circularização) no qual o auditor solicita que o destinatário responda apenas se a informação está errada é usualmente denominado na atividade de auditoria independente: a) positivo. b) em branco. c) negativo. d) em preto. e) com divergência. Gabarito: 1. E 2. C 3. C 4. E 5. E 6. C 7. C 8. E 9. E 10. C 11. C 12. C 13. C 14. C 15. C 16. C 17. E 18. C 19. D 20. D 21. E 22. A 23. B 24. D 25. D 26. E 27. A 28. E 29. C 73

74 TESTES ESPECÍFICOS Para cada tipo de conta das demonstrações contábeis, devemos aplicar testes e procedimentos específicos, em busca de evidências de distorções relevantes que possam justificar a existência de não conformidades porventura existentes. Essa não conformidades ou distorções, podem ser de quatro tipos: saldo superavaliado (valor maior que o real); saldo subavaliado (valor menor que o real); saldo fictício (valor inexistente ou irreal); ou saldo oculto (omissão de valor). Os testes principais de superavaliação para as contas devedoras (ativo, despesas) e os de subavaliação para as contas credoras (passivo, receitas). Em linhas gerais, o auditor confere os cálculos dos grupos de contas apresentados nas DC, para depois conferir os saldos iniciais com os saldos finais da auditoria do exercício anterior. Adicionalmente, verifica se os saldos informados batem com os registrados nos livros contábeis (principalmente no Livro-razão). Se julgar conveniente, em vista do necessário ceticismo que deve possuir, estende as verificações aos registros contábeis. Exemplo: Se, durante o exame das demonstrações contábeis de uma empresa para o ano findo em 31/12/2015, o auditor descobre que as despesas de pessoal estão superavaliadas, em função de os salários do mês de janeiro de 2016 terem sido provisionados erroneamente em 2015, é evidente que a conta credora de salários a pagar, classificada no passivo circulante, também está superavaliada. Teste para superavaliação: No teste para superavaliação, o auditor parte do valor registrado no livro-razão geral para o documento-suporte da transação, conforme demonstrado na figura a seguir. Razão Geral Registro Final Registro Intermediário Documento Registro Inicial 74

75 MTE - Auditor Fiscal do Trabalho Auditoria Prof. Rodrigo Fontenelle Teste para subavaliação: Já no teste para subavaliação, o auditor parte do documento para o valor registrado no livrorazão geral, conforme demonstrado na figura a seguir. Documento Registro Inicial Registro Intermediário Registro Final Razão Geral Ativos e passivos ocultos e fictícios Os testes (superavaliação e subavaliação de contas) podem constatar que foi registrado um ativo fictício ou que há um passivo oculto naquele balanço. Ativo fictício é quando bens e direitos existem apenas no Balanço Patrimonial, mas de fato não constam no patrimônio da empresa, não existem na vida real. Já Passivo fictício seria uma obrigação que somente consta nas demonstrações contábeis, mas já foi quitada ou de fato não existe. Por outro lado, podem existir direitos e obrigações que de fato existem, mas não estão registrados na contabilidade da empresa. Nesse caso, dá-se o nome de Ativos ocultos e Passivos ocultos, respectivamente. Situação Definição Exemplo Saldo superavaliado Saldo subavaliado O saldo constante de uma conta da DC é superior ao saldo da mesma conta no livro-razão. O saldo constante de uma conta da DC é inferior ao saldo da mesma conta no livro-razão. Superavaliação em conta de despesa: despesa de 100 paga em $ (valor deixa de compor caixa ), mas escriturada como 120. Para haver compensação, ou o caixa será subavaliado em 20 ou o passivo será superavaliado com a inclusão de um saldo fictício (conta inexistente). Subavaliação em conta de receita: receita de 500 recebida em $ (valor passa a compor caixa ), mas escriturada como 400. Acarretará subavaliação na conta de receita e, em contrapartida, subavaliação no saldo da conta caixa, que será menor que o real. 75

76 Situação Definição Exemplo Saldo fictício Saldo oculto O saldo constante de uma conta da DC não existe no livro-razão. O saldo de uma conta constante do livro-razão não foi informado nem sequer contabilizado. Para compensar desfalque de 50 no caixa, o contador intencionalmente lança o respectivo valor na conta duplicatas a receber. Nota fiscal de venda de mercadorias a prazo, no valor de 80, não escriturada no livro diário. Essa omissão provocou uma subavaliação no saldo da conta duplicatas a receber e a consequente subavaliação da conta de receitas com vendas. Contas do Ativo São objetivos da aplicação de programas de auditoria em contas do Ativo: Integridade: tem como função a verificação de operações existentes e não registradas. Existência: identificar se houve operações registradas e não existentes. Propriedade: identificar operações registradas e não pertencentes à entidade. Precisão: identificar operações registradas com dados errados. Valorização: identificar operações calculadas erroneamente. Apresentação: identificar informações imprecisas nas Demonstrações Financeiras. Caixas e Bancos Os testes de auditoria são dirigidos para superavaliação e o principal objetivo é verificar a existência do ativo. Entre os objetivos específicos, estão a verificação da existência, da propriedade, da exatidão dos valores, a descoberta de restrições e a apresentação exata nas DC. Principais técnicas utilizadas: Contagem de caixa; Confirmação de saldos bancários; Testes de conciliações bancárias. 76

77 MTE - Auditor Fiscal do Trabalho Auditoria Prof. Rodrigo Fontenelle Desfalques no Caixa Basicamente, existem dois tipos de desfalques de caixa: o desfalque encoberto e o desfalque não coberto. Desfalque encoberto é aquele feito por meio de um lançamento de compensação nos registros contábeis, de modo que a falta do bem não seja notada. O desfalque não encoberto é aquele que não é acompanhado de lançamento contábil em contrapartida. Portanto, as faltas resultantes de desfalques não encobertos podem ser escondidas apenas por determinado tempo. Há dois tipos comuns de desfalques não encobertos, que são o lapping e o kiting. 1. O lapping geralmente se faz com cobranças de contas a receber e consiste em desviar os resultados de cobranças, substituindo-se o montante desviado por cobranças posteriores. 2. O kiting é um tipo de desfalque de caixa que envolve os desembolsos ali realizados. É, essencialmente, um sistema de encobrir faltas de dinheiro com transferências, em cheques não registrados. Os itens mais comuns de reconciliação e os procedimentos de verificação para conferência de saldos em bancos mais usualmente utilizados pelos auditores são: Depósito em trânsito Podem-se encobrir, temporariamente, certas faltas de dinheiro no caixa, simplesmente apresentando a maior os depósitos em trânsito. Na data da verificação, o auditor deve ter contato e, se necessário, controlado todo dinheiro em caixa, até este ser depositado no banco. Cheques em circulação Omitir da lista de cheques em circulação um item qualquer constitui outro meio de ocultar, ainda que temporariamente, qualquer falta de dinheiro no caixa. O extrato bancário é usado pelo auditor para garantir a exatidão da lista de cheques em circulação. A existência de cheques antigos, lançados como em circulação, assim permanecendo por longos períodos, propicia o encobrimento de desfalques. Clientes O principal objetivo do auditor na auditoria dos valores a receber é cobrir a existência, a avaliação e a classificação das contas. Por serem de natureza intangível, exigem procedimentos diferentes daqueles aplicados na auditoria de caixa e bancos, tendo o auditor que aplicar critérios de julgamento não só quantitativos, mas qualitativos, por meio de evidências indiretas. Os procedimentos de auditoria usados no exame de contas a receber podem ser classificados da seguinte maneira: 77

78 coleta e exame de evidências externas; exame de evidências internas da firma; procedimentos analíticos referentes a saldos de contas a receber e Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa. Estoques A importância dada a esse item, na auditoria das DC, deve-se ao fato de que os resultados da empresa podem ser facilmente manipulados pela superavaliação ou subavaliação dos estoques. Os principais objetivos da auditoria de estoques são: verificar se as quantidades de bens declaradas realmente existem; verificar se os bens foram custeados e avaliados de acordo com os princípios de contabilidade; verificar se as informações referentes aos estoques foram adequadamente divulgadas nas DC. Os principais procedimentos de auditoria nos estoques são a inspeção física (verificação da existência física) e os testes de avaliação (sistema de alocação de custos aos estoques). A verificação da existência física ocorre por meio da observação e da contagem física, confrontando os resultados com os registros contábeis. O corte das operações (cut-off) consiste em determinar o momento em que os registros contábeis auxiliares, bem como os documentos a ele relacionados, refletem o levantamento do inventário. Assim, o que estiver registrado até aquele momento será incluído, o que vier a ser registrado depois será excluído. Investimentos Os procedimentos usados pelo auditor para atingir o objetivo referente à existência e à propriedade dos investimentos, normalmente, compreendem exame ou confirmação. Quando há títulos envolvidos, considera-se boa prática examiná-los e confrontá-los com a contagem realizada pelo cliente. Se esse procedimento for impraticável, uma alternativa pode ser a confirmação com o encarregado externo da custódia dos bens, ponderando sobre a reputação e os antecedentes financeiros de quem faz a confirmação. 78

79 MTE - Auditor Fiscal do Trabalho Auditoria Prof. Rodrigo Fontenelle Os principais procedimentos utilizados são: 1. Verificação física (exame documental) dos títulos de investimento: verificação física, caso os títulos, contratos ou certificados estejam em posse da empresa; ou circularização, em caso negativo. 2. Verificação da contabilização do investimento: quando de sua aquisição e das variações ocorridas, para assegurar-se da adequação dos valores mencionados no BP. 3. Avaliações dos investimentos em coligadas e controladas (investimento relevante): deve ser feito por meio do Método de Equivalência Patrimonial MEP, por determinação legal. Imobilizado Na auditoria do imobilizado, alguns procedimentos são comuns à auditoria de outras áreas do BP, como a conferência de cálculos, a checagem de saldos do BP com saldos constantes dos livros contábeis e da documentação comprobatória. Uma característica importante, tendo em vista a sujeição ao desgaste pelo uso, ação da natureza e obsolescência, é avaliação dos planos e cálculos de depreciação. De acordo com Crepaldi (2012), a auditoria do imobilizado tem os seguintes objetivos: determinar sua existência física e a permanência em uso; determinar se pertence à empresa; determinar se foram utilizados os princípios de contabilidade, em bases uniformes. Com base nesses objetivos, conclui-se pelas ações mais comuns: avaliação dos bens, inclusive correção; existência, propriedade e posse; eventual ônus sobre os bens; critérios e extensão das depreciações e amortizações. Contas do Passivo Segundo Attie (2010), a auditoria dos passivos tem como finalidade determinar: Se são pertencentes à empresa. Se foram utilizados os princípios de contabilidade. A existência dos ativos dados em garantia ou vinculados aos passivos. Se estão corretamente classificados no BP e se as divulgações cabíveis foram expostas em notas explicativas. 79

80 Fornecedores Em geral, o maior volume de testes recai sobre as obrigações com fornecedores. A conta fornecedores (componente do contas a pagar ) representa uma obrigação da empresa auditada, uma dívida com fornecedores, devido às aquisições de bens ou serviços, e deve ser reconhecida quando a empresa recebe a prestação do serviço ou quando o ativo passa para sua propriedade. Os procedimentos de auditoria são semelhantes aos utilizados nas contas a receber e podem ser identificados da seguinte forma: Inspeção física; Circularização; Recálculo; Investigação. Advogados A circularização dos advogados é uma forma de o auditor obter confirmação independente das informações fornecidas pela administração, referentes a situações relacionadas a litígios, pedidos de indenização ou questões tributárias. As respostas servem de evidência para que o auditor avalie se a administração adotou os procedimentos adequados para a contabilização e/ou divulgação dos passivos não registrados e/ou das contingências (ativas ou passivas). Seguros Para verificação desse item, além do exame atento das apólices vigentes, é recomendável a circularização, com o objetivo principal de constatar qual a cobertura existente para os ativos da empresa, se é suficiente e adequada, e se existem outros tipos de seguros para contingências. Folha de Pagamentos Os procedimentos são orientados sobre a razoabilidade do saldo final a pagar. Para tanto, deve-se pesquisar o movimento durante o exercício, a fim de verificar possíveis lançamentos extraordinários. Almeida (2010) sugere as seguintes ações: análise de composição do saldo da conta; 80

81 MTE - Auditor Fiscal do Trabalho Auditoria Prof. Rodrigo Fontenelle conferência do valor da análise com a respectiva conta do Razão da contabilidade; verificação de que não existam itens antigos ou anormais na análise; confrontação dos valores com a folha de pagamentos. Passivo em geral Procedimento Exame físico (inspeção) Circularização (confirmação) Inspeção de documentos Cálculo (recálculo) Observação Aplicação Contagem das contas a pagar Contagem dos títulos a pagar Dos fornecedores Dos empréstimos a pagar Das contas a pagar Exame documental das faturas / notas fiscais Exame documental dos contratos de empréstimos Exame das atas e assembleias Exame documental das guias de recolhimento de impostos Dos impostos a pagar Dos juros a pagar Da composição dos fornecedores Das provisões de férias, 13º salário Dos royalties a pagar Classificação adequada das contas Observação aos princípios de contabilidade Observação de ativos dados em garantia Auditoria do PL Segundo Attie (2010), a auditoria do PL tem como objetivo determinar: Se as ações ou títulos de propriedades do capital social foram adequadamente autorizados e emitidos. Se todas as normas descritas nos estatutos sociais, as obrigações legais e sociais foram cumpridas. Se foram utilizados os princípios de contabilidade. A existência de restrições de uso das contas patrimoniais. Se o PL está corretamente classificado no BP e se as divulgações cabíveis foram expostas por notas explicativas. 81

82 Auditoria de Contas de Resultado Segundo Ferreira (2008), a auditoria das contas de resultado tem como objetivo verificar se: 1. As receitas e despesas foram apropriadas de acordo com os Princípios de Contabilidade, aplicados uniformemente em relação ao exercício anterior. 2. As despesas e receitas antecipadas ou diferidas estão corretamente apresentadas em contas patrimoniais. 3. As notas explicativas esclarecem os principais critérios adotados em relação à apropriação das receitas e despesas. 4. Foram apropriadas todas as despesas correspondentes às receitas realizadas no período. Receitas O teste dessas transações consiste em o auditor verificar se os valores foram registrados dentro do regime de competência, se foram aprovados, se estão de acordo com a natureza dos negócios da empresa, se existe documentação suportando a operação e se a classificação contábil foi adequada. Presunção de Omissão de Receitas Segundo o Regulamento do Imposto de Renda (RIR), presume-se omissão no registro de receita, ressalvada ao contribuinte a prova da improcedência da presunção, a ocorrência das seguintes hipóteses: 1. A indicação na escrituração de saldo credor de caixa. 2. A falta de escrituração de pagamentos efetuados. 3. A manutenção no passivo de obrigações já pagas ou cuja exigibilidade não seja comprovada. A omissão de receita nada mais é do que o popular caixa 2, ou seja, não se escritura contabilmente créditos da empresa. A intenção do contribuinte, nesse caso, é a burla do pagamento de impostos, razão pela qual o tema está disciplinado no regulamento supracitado. Saldo credor de caixa Por se tratar de uma conta do Ativo Circulante (e não sendo uma conta retificadora), o Caixa deve se apresentar sempre com saldo devedor ou, na pior das hipóteses, com saldo nulo. Um saldo credor nessa conta significaria dizer que houve pagamentos em montante superior ao que a empresa tinha disponível. Dessa forma, se isso ocorrer e não se tratar de uma falha na contabilidade, resta comprovado que a empresa utilizou numerário que não havia sido contabilizado, ou seja, omissão de receita. 82

83 MTE - Auditor Fiscal do Trabalho Auditoria Prof. Rodrigo Fontenelle Esse fenômeno também é chamado de estouro de caixa e indica um saldo anormal, algo atípico à natureza da conta. Suprimentos de Caixa Quando os recursos da empresa são insuficientes para cumprir suas necessidades, esta deve optar por obter capital de fontes externas, seja a partir de uma instituição financeira ou até mesmo junto aos proprietários da empresa, via aumento de capital ou empréstimos. Esse aporte realizado pelos sócios também é chamado de suprimento de caixa. Isso tudo é legal. Quando não se comprova o efetivo ingresso desse recurso na empresa, tem-se caracterizado o ingresso de valores oriundos do caixa 2, devido ao estouro do caixa oficial. Nesse caso, utiliza-se como contrapartida contábil uma operação fictícia, por exemplo, algum empréstimo a pagar. 83

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85 Questões CESPE Com relação a métodos, técnicas e procedimentos de auditoria, julgue os itens subsecutivos. 1. (CESPE TCDF 2014 adaptada) Para a verificação, de eventuais passivos omitidos, com fornecedores, recomenda-se, entre outros procedimentos, a verificação dos pagamentos efetuados em determinado período. 2. (CESPE TCU 2013) O auditor constata que uma conciliação bancária preparada pelo auditado está correta se, a partir do saldo presente nos livros contábeis, chega ao saldo do extrato bancário mediante a soma dos depósitos em trânsito e dos cheques sem fundos e a subtração dos cheques ainda não descontados. 3. (CESPE FUB-DF 2013) A auditoria para apuração do valor real do patrimônio líquido de uma empresa é essencial em circunstâncias tais como a transferência de seu controle acionário. Nessa ocasião, devem ser considerados não apenas os valores patrimoniais contabilizados, mas também os intangíveis. 4. (CESPE SEAD-SE 2009) Com base nos conceitos e aplicações da auditoria, julgue o item a seguir. Entre os testes a serem efetuados pela auditoria de pessoal em um órgão da administração, é pertinente a verificação da compatibilidade dos cargos dos servidores com o regimento do referido órgão, bem como do nível exigido dos servidores com a natureza das funções exercidas. 5. (CESPE TJ-CE 2008) Julgue os itens a seguir, relativos à auditoria em geral, suas normas, métodos, técnicas e procedimentos. A revisão analítica é um procedimento técnico básico aplicado na realização dos testes de observância e substantivos, em que o auditor procura verificar a regularidade, a normalidade ou a atipicidade de situações, comparando quantidades, valores, indicadores ou outros parâmetros. 6. (CESPE TJ-CE 2008) Julgue os itens a seguir, relativos à auditoria em geral, suas normas, métodos, técnicas e procedimentos. A circularização de passivos é considerada muito eficaz para detectar a omissão de passivos. O auditor não deve restringir o pedido de confirmação aos credores em aberto, mas incluir, também, outros com os quais a empresa tenha transacionado, pelo menos mais recentemente. A circularização deve abranger o maior percentual possível 85

86 de credores combinado com o menor percentual possível dos valores correspondentes a esses credores. 7. (CESPE TJ-CE 2008) Julgue os itens a seguir, relativos à auditoria em geral, suas normas, métodos, técnicas e procedimentos. Na hipótese da existência de baixas em valores a receber sem o recebimento correspondente, o programa de auditoria deverá prever a realização de procedimentos tais como o que permite a verificação das respectivas autorizações, bem como a existência de normas internas e de legislação que respaldem o reconhecimento dessas perdas, além da constatação das providências adotadas para a cobrança e execução tempestiva dos valores devidos. 8. (CESPE TJ-CE 2008) Julgue os itens a seguir, relativos à auditoria em geral, suas normas, métodos, técnicas e procedimentos. Em relação às aquisições de bens e serviços em geral, entre os procedimentos de auditoria a serem efetuados, deve-se verificar se os encargos incorridos com os financiamentos para tais aquisições estão sendo apropriados de acordo com os períodos de sua incorrência, ou seja, segundo o regime de competência. 9. (CESPE TJ-CE 2008) Julgue os itens a seguir, relativos à auditoria em geral, suas normas, métodos, técnicas e procedimentos. ESAF Se, ao examinar a movimentação das entradas e saídas de mercadorias para venda em uma empresa, o auditor constatar que as despesas com transporte e seguro são segregadas em sua totalidade e, posteriormente, lançadas diretamente no resultado, e o estoque é registrado pelo valor líquido da aquisição, os testes conjugando contas de ativo e de despesa apurarão, consequentemente, superavaliação de ativo e subavaliação de despesa. 10. (ESAF SUSEP 2010) O auditor externo, ao realizar testes no cálculo do valor recuperável de um ativo imobilizado, feito pelo método do fluxo de caixa descontado, identificou que a taxa utilizada para descontar o fluxo de caixa estava maior que a recomendada para aquela atividade. Dessa forma, pode-se afirmar que a conta: a) de ajuste especial no Patrimônio Líquido, está subavaliada. b) de despesa de depreciação, do imobilizado, está superavaliada. c) do ajuste especial no Resultado do Exercício, está subavaliada. d) de depreciação acumulada do imobilizado, está superavaliada. e) do ativo imobilizado está subavaliada. 11. (ESAF RECEITA FEDERAL 2009) O auditor externo, ao realizar auditoria na empresa Participações S.A., constatou contrato de mútuo entre companhias coligadas, com taxas de juros de 4% a.m. e sem o recolhimento do IOF sobre a operação. Considerando que a taxa de juros praticada no mercado, no período do contrato, era de 2% a.m., o auditor pode afirmar que a transação: 86

87 MTE - Auditor Fiscal do Trabalho Auditoria Prof. Rodrigo Fontenelle a) é normal e está dentro das práticas estabelecidas pelo mercado para operações dessa natureza. b) é normal, exceto quanto ao não recolhimento do IOF, que é obrigatório nas operações de crédito. c) está irregular, por ter condições superiores às praticadas pelo mercado, bem como sem a retenção do IOF, obrigatório em todas as transações financeiras. d) é normal, visto que operações feitas entre companhias do mesmo grupo devem praticar taxas de juros superiores às praticadas pelo mercado. e) é irregular por não ser permitido empréstimos entre companhias do grupo, mas que está correta sobre o não recolhimento do IOF, o qual não incide em operações feitas entre empresas não financeiras. 12. (ESAF RECEITA FEDERAL 2009) A empresa de prestação de serviços NBA Informática S.A. tem seus processos integrados sistemicamente. A folha de salários é integrada à contabilidade mensalmente. No mês de julho de 2009, não foi feita a parametrização no sistema, para contabilização de uma nova verba de horas extras a pagar, de 100% de acréscimo. A folha de pagamentos apresentava remuneração de R$ ,00 nessa verba. Dessa forma, pode- -se afirmar que: a) o passivo está superavaliado e o resultado está subavaliado. b) o ativo está subavaliado e o passivo está superavaliado. c) o passivo está subavaliado e o resultado está subavaliado. d) os saldos estão adequados sem subavaliação ou superavaliação. e) o passivo está superavaliado e o resultado está superavaliado. 13. (Pref. Natal-RN AFTM ESAF 2008) No processo de acompanhamento do inventário físico de estoques de matéria-prima, o auditor constatou a existência de quantidades relevantes de itens que não constavam dos registros físico-financeiros e contábeis. Neste caso, o auditor pode ter descoberto: a) ativos e passivos fictícios b) ativos e passivos ocultos c) ativos ocultos e passivos fictícios d) ativos fictícios e passivos ocultos e) ativos obsoletos e passivos a descoberto 14. (ESAF SEFAZ-CE 2007) Ao analisar a contabilização em uma imobiliária, de um terreno destinado à construção da sede da empresa, percebeu-se que o mesmo tinha sido contabilizado nos Estoques. Pode-se afirmar que: a) ao executar o teste primário de superavaliação na conta de Terrenos no Imobilizado, esta conta estará sub-avaliada e a conta Estoques de Terrenos estará superavaliada. b) ao praticar o teste primário de superavaliação na conta de Estoques, a mesma estará com seu saldo sub-avaliado e o Contas a Pagar superavaliado. c) independentemente da atividade da empresa, terrenos devem ser sempre contabilizados no Imobilizado, por se tratar de bem imóvel. d) ao proceder o teste primário de superavaliação do Contas a Receber, este apresentará saldo sub-avaliado. e) o referido procedimento está adequado, em virtude de a atividade da empresa ser de comercialização de imóveis. Gabarito: 1. C 2. E 3. C 4. C 5. C 6. E 7. C 8. C 9. E 10. E 11. C 12. Anulada 13. B 14. A 87

88 EVENTOS SUBSEQUENTES Definições: Data das demonstrações contábeis é a data de encerramento do último período coberto pelas demonstrações contábeis. Data de aprovação das demonstrações contábeis é a data em que todos os quadros que compõem as demonstrações contábeis foram elaborados e em que aqueles com autoridade reconhecida afirmam que assumem a responsabilidade por essas demonstrações contábeis. Data do relatório do auditor independente é a data do relatório do auditor independente sobre as demonstrações contábeis de acordo com a NBC TA 700. Data de divulgação das demonstrações contábeis é a data em que o relatório do auditor independente e as demonstrações contábeis auditadas são disponibilizados para terceiros. Eventos subsequentes são eventos ocorridos entre a data das demonstrações contábeis e a data do relatório do auditor independente e fatos que chegaram ao conhecimento do auditor independente após a data do seu relatório. Os objetivos do auditor em relação aos eventos subsequentes são: a) obter evidência sobre se os eventos ocorridos entre a data das demonstrações contábeis e a data do relatório do auditor independente, que precisam ser ajustados ou divulgados nas demonstrações contábeis, estão adequadamente refletidos; e b) responder adequadamente aos fatos que chegaram ao conhecimento do auditor independente após a data de seu relatório, que, se fossem do seu conhecimento naquela data (do relatório), poderiam ter levado o auditor a alterá-lo. Término do Exercício Social Emissão do Relatório de Auditoria Divulgação das Demonstrações Eventos ocorridos entre a data das demonstrações contábeis e a data do relatório do auditor independente O auditor independente deve executar procedimentos de auditoria desenhados para obter evidência de auditoria apropriada e suficiente de que todos os eventos ocorridos entre a data das demonstrações contábeis e a data do relatório do auditor independente que precisam ser ajustados ou divulgados nas demonstrações contábeis foram identificados. 88

89 MTE - Auditor Fiscal do Trabalho Auditoria Prof. Rodrigo Fontenelle O auditor independente deve executar tais procedimentos de forma a cobrir o período entre a data das demonstrações contábeis e a data do seu relatório, ou o mais próximo possível dessa data. Se, em decorrência dos procedimentos aplicados, o auditor identificar eventos que requeiram ajuste ou divulgação nas demonstrações contábeis, o auditor independente deve determinar se cada um desses eventos está refletido de maneira apropriada nas referidas demonstrações contábeis, de acordo com a estrutura conceitual aplicável. O auditor independente deve solicitar à administração e, quando apropriado, aos responsáveis pela governança, uma representação formal de que todos os eventos subsequentes à data das demonstrações contábeis e que, segundo a estrutura de relatório financeiro aplicável, requeiram ajuste ou divulgação foram ajustados ou divulgados. 2. Fatos que chegaram ao conhecimento do auditor independente após a data do seu relatório, mas antes da data de divulgação das demonstrações contábeis O auditor independente não tem obrigação de executar nenhum procedimento de auditoria em relação às demonstrações contábeis após a data do seu relatório. Entretanto, se, após a data do seu relatório, mas antes da data de divulgação das demonstrações contábeis, o auditor tomar conhecimento de fato que, se fosse do seu conhecimento na data do relatório, poderia ter levado o auditor a alterar seu relatório, ele deve: a) discutir o assunto com a administração e, quando apropriado, com os responsáveis pela governança; b) determinar se as demonstrações contábeis precisam ser alteradas e, caso afirmativo; c) indagar como a administração pretende tratar o assunto nas demonstrações contábeis. Caso a administração altere as demonstrações contábeis, o auditor independente deve: a) aplicar os procedimentos de auditoria necessários nas circunstâncias da alteração; b) estender os procedimentos de auditoria até a data do novo relatório do auditor independente; e c) fornecer novo relatório de auditoria sobre as demonstrações contábeis alteradas. O novo relatório do auditor independente não deve ter data anterior à data de aprovação das demonstrações contábeis alteradas. Entretanto, se a legislação não proíbe a administração de restringir a alteração das demonstrações contábeis aos efeitos do evento ou dos eventos subsequentes que causaram esta, o auditor pode limitar os procedimentos de auditoria aos eventos subsequentes a essa alteração. Nesses casos, o auditor independente deve alterar o relatório para incluir data adicional restrita a essa alteração que indique que os procedimentos do auditor independente sobre os eventos subsequentes estão restritos unicamente às alterações das demonstrações contábeis descritas na respectiva nota explicativa. 89

90 Exemplo de dupla data (Data do relatório do auditor independente), exceto para a Nota Y, que é de (data da conclusão dos procedimentos de auditoria restritos à alteração descrita na Nota Y). Eventos Subsequentes Momento 2 Auditor fica sabendo de fato que não sabia Questiona a administração Define se as DC devem ser alteradas Se a administração altera as demonstrações... Auditor passa a ter responsabilidade novamente em auditar o que foi alterado Auditor emite nova opinião ou emite relatório com dupla data DC e relatório do auditor são publicados 3. Fatos que chegaram ao conhecimento do auditor independente após a divulgação das demonstrações contábeis Após a divulgação das demonstrações contábeis, o auditor independente não tem obrigação de executar nenhum procedimento de auditoria em relação às demonstrações contábeis. Entretanto, se, após a divulgação das demonstrações contábeis, o auditor independente tomar conhecimento de fato que, se fosse do seu conhecimento na data do relatório do auditor independente, poderia tê-lo levado a alterar seu relatório, o auditor independente deve: a) discutir o assunto com a administração e, quando apropriado, com os responsáveis pela governança; b) determinar se as demonstrações contábeis precisam ser alteradas e, caso afirmativo, indagar como a administração pretende tratar do assunto nas demonstrações contábeis. Caso a administração altere as demonstrações contábeis, o auditor independente deve: a) aplicar os procedimentos de auditoria necessários nas circunstâncias das alterações e revisar as providências tomadas pela administração para garantir que todos os que receberam as demonstrações contábeis juntamente com o respectivo relatório do auditor independente sejam informados da situação; b) quando a legislação proibir a administração de restringir a alteração das DCs aos efeitos dos eventos subsequentes que causaram essa alteração: 90

91 MTE - Auditor Fiscal do Trabalho Auditoria Prof. Rodrigo Fontenelle (i) estender os procedimentos de auditoria até a data do novo relatório do auditor independente e datar o novo relatório com data posterior à data de aprovação das demonstrações contábeis reapresentadas; e (ii) fornecer novo relatório do auditor independente sobre as demonstrações contábeis reapresentadas; c) quando a legislação não proibir a administração de restringir a alteração das DCs aos efeitos dos eventos subsequentes que causaram essa alteração, alterar o relatório do auditor independente no que se refere às alterações realizadas nas DCs pela administração. O auditor independente deve incluir no seu relatório, novo ou reemitido, Parágrafo de Ênfase com referência à nota explicativa que esclarece mais detalhadamente a razão da alteração das demonstrações contábeis emitidas anteriormente e do relatório anterior fornecido pelo auditor independente. Caso a administração não tome as providências necessárias para garantir que todos os que receberam as demonstrações contábeis emitidas anteriormente sejam informados da situação e não altere as demonstrações contábeis nas circunstâncias em que o auditor considere necessário alterar, o auditor independente deve notificar a administração e os responsáveis pela governança, de que procurará evitar o uso por terceiros daquele relatório no futuro. Se, apesar dessa notificação, a administração ou os responsáveis pela governança não tomarem as referidas providências necessárias, o auditor independente deve tomar as medidas apropriadas para tentar evitar o uso por terceiros daquele relatório de auditoria. Eventos Subsequentes Momento 3 Auditor fica sabendo de fato que não sabia Questiona a administração Define se as alterações devem ser alteradas Se a administração altera as demonstrações... Auditor passa a ter responsabilidade novamente em auditar o que foi alterado Auditor emite nova opinião ou emite relatório com dupla data DC e relatório do auditor, com parágrafo de ênfase, são republicados Auditor deve verificar providências adotadas pela empresa 91

92

93 Questões CESPE 1. (CESPE TRE-ES Analista Judiciário 2011) ESAF No período entre a conclusão do trabalho de auditoria e a emissão do parecer, podem ocorrer eventos subsequentes relevantes. Se houver necessidade de ajuste nas demonstrações como de revelação em nota explicativa e a administração os efetuar, o parecer não precisará conter ressalva, devendo o auditor alterar a data do parecer para a da ocorrência do evento em questão ou, então, manter a data original e fazer referência à data de ocorrência do evento subsequente. 2. (ESAF RFB 2014) A administração da empresa Elevação S.A. restringiu a alteração das demonstrações contábeis aos efeitos do evento subsequente que causou a alteração. A legislação vigente, à qual a empresa está subordinada, não proíbe a empresa de proceder desta forma. Nesta situação, o auditor deve alterar o relatório de auditoria para: a) retificar a data definitiva em que a empresa deverá fazer a publicação, ressalvando essa alteração nas demonstrações contábeis, sem emitir posição sobre o evento subsequente. b) incluir data adicional restrita a essa alteração que indique que os procedimentos do auditor independente, sobre os eventos subsequentes, estão restritos unicamente às alterações das demonstrações contábeis descritas na respectiva nota explicativa. c) substituir a data do término dos trabalhos, ressalvando o evento subsequente, mencionando a impossibilidade de avaliação dos impactos. d) adicionar parágrafo de outros assuntos, evidenciando o evento subsequente, mencionando a responsabilidade dos administradores sobre os efeitos desse novo evento. e) determinar a data de término dos trabalhos, evidenciando a reavaliação das demonstrações contábeis de forma completa e evidenciando que não há impactos nas demonstrações anteriormente apresentadas. 3. (ESAF SEFAZ-SP APOFP 2009) As seguintes opções constituem exemplos de transações e eventos subsequentes, exceto: a) perda em contas a receber decorrente de falência do devedor. b) alteração do controle societário. c) aporte de recursos, inclusive como aumento de capital. d) variação sazonal dos custos com insumos. e) destruição de estoques em decorrência de sinistro. 4. (ESAF RECEITA FEDERAL 2009) A empresa Grandes Negócios S.A. adquiriu a principal concorrente, após o encerramento do balanço e a emissão do parecer pelos auditores. No entanto, a empresa ainda não havia publicado suas demonstrações com o parecer. Nessa situação, a firma de auditoria deve: 93

94 a) manter o parecer com data anterior ao evento, dando encerramento aos trabalhos. b) obrigatoriamente, rever o parecer considerando o fato relevante. c) estabelecer que a empresa inclua o evento relevante nas notas explicativas. d) refazer o parecer considerando as novas informações, determinando nova data para publicação das demonstrações contábeis. e) decidir se as demonstrações devem ser ajustadas, discutir o assunto com a administração e tomar as medidas apropriadas às circunstâncias. 5. (ESAF Pref. Natal ATM 2008) FCC Não corresponde a um evento subsequente que gera ajuste nas demonstrações financeiras: a) decisão definitiva de processo judicial, dando ganho ou perda da causa que represente valor relevante. b) perda de valor de investimentos, em decorrência do declínio do valor de mercado das ações. c) descoberta de erros ou fraudes posteriores, que afetam o resultado da empresa. d) determinação de valores referentes a pagamento de participação nos lucros ou referente a gratificações assumidas legalmente e não formalizadas. e) ativos deteriorados, que constavam com valor significativo e que não foram ajustados. 6. (FCC ICMS-PI 2015) Entre os principais métodos de seleção de amostras citados nas Normas Brasileiras de Contabilidade Técnicas de Auditoria, aquela em que o tamanho, a seleção e a avaliação da amostra resultam em uma conclusão em quantias de dinheiro é a amostragem a) ao acaso. b) estatística. c) em bloco. d) aleatória. e) de unidades monetárias. 7. (FCC TCE-RS 2014) Segundo as Normas Brasileiras de Contabilidade Técnicas de Auditoria NBC TA, a amostragem em auditoria destina-se a possibilitar conclusões a serem tiradas de uma população inteira com base no teste de amostragem dela extraída (NBC TA 500). Existem muitos métodos para selecionar amostras (NBC TA 530), entre os principais citados nas normas. Aquela em que a quantidade de unidades de amostragem na população é dividida pelo tamanho da amostra para dar um intervalo de amostragem é a seleção: a) em bloco. b) estatística. c) aleatória. d) ao acaso. e) sistemática. 8. (FCC TRT - 15ª Região 2013) O auditor da empresa Seringueira S.A. elaborou exame seletivo nas notas fiscais emitidas, para confirmação do saldo de Contas a Receber e da Receita do período. Referido procedimento: a) é suficiente para confirmação dos saldos, por expressar o perfil da população inteira. b) é um meio eficiente de constituir uma amostragem em auditoria. c) não é um meio eficiente de obter evidência de auditoria. d) é um meio eficiente de obter evidência de auditoria, mas não podem ser projetados para a população inteira. e) não é um meio de evidências previsto nas normas de auditoria, sendo vedada a utilização. 94

95 MTE - Auditor Fiscal do Trabalho Auditoria Prof. Rodrigo Fontenelle 9. (FCC TRT - 12ª Região 2013) A técnica utilizada para que, estatisticamente, seja possível formar um conceito mais seguro do todo a ser auditado é chamada de: a) seleção objetiva. b) inspeção por pontos relevantes. c) auditoria especializada. d) exame qualitativo. e) amostragem. 10. (FCC ICMS-SP 2013) É correto afirmar, em relação ao fator de confiança na seleção da amostra, que quanto: a) maior o fator de confiança, maior o tamanho da amostra e menor o nível de segurança obtido. b) menor o fator de confiança, maior o tamanho da amostra e da estratificação permitida. c) maior o fator de confiança, menor o tamanho da amostra e menor o nível de segurança obtido. d) menor o fator de confiança, menor o tamanho da amostra e da estratificação permitida. e) maior o fator de confiança, maior o tamanho da amostra e o nível de segurança obtido. 11. (FCC ISS-SP 2012) O aumento no uso de procedimentos substantivos no processo de auditoria para confirmação dos saldos do contas a receber da empresa Financia S.A.: a) exige a estratificação da amostra. b) obriga que a amostra seja aleatória. c) possibilita um aumento da amostra. d) causa uma diminuição da amostra. e) não influencia no tamanho da amostra. 12. (FCC ISS-SP 2012) A estratificação da amostra pode ser útil quando: a) superar a 100 unidades a quantidade de itens que compõe a amostra. b) existir risco de mais de 10% da amostra conter erros. c) houver uma grande amplitude nos valores dos itens a serem selecionados. d) for identificada uma linearidade nos valores dos itens a serem selecionados. e) for pequeno o número de itens que compõe a amostra. 13. (FCC TRE-SP 2012) A técnica de amostragem que consiste em dividir uma população em subpopulações, cada uma sendo um grupo de unidades de amostragem com características semelhantes é denominada amostragem: a) randômica. b) estratificada. c) de seleção em bloco. d) aleatória. e) de seleção com base na experiência do auditor. 14. (FCC INFRAERO 2011) Em relação à utilização de amostragem na auditoria, é correto afirmar: a) A amostragem utilizada em auditoria é necessariamente probabilística, sob pena de ocorrerem riscos decorrentes da utilização do julgamento pessoal do auditor sobre os itens a serem selecionados. b) A estratificação é o processo de dividir uma população em subpopulações, cada qual contendo um grupo de unidades de amostragem com características heterogêneas. c) O tamanho da amostra a ser determinada pelo auditor deve considerar o risco de amostragem, bem como os erros toleráveis e os esperados. d) O erro tolerável é o erro mínimo na população que o auditor está disposto a aceitar e, ainda assim, concluir que o resultado da amostra atingiu o objetivo da auditoria. 95

96 e) Quando o erro projetado for inferior ao erro tolerável, o auditor deve reconsiderar sua avaliação anterior do risco de amostragem e, se esse risco for inaceitável, considerar a possibilidade de ampliar o procedimento de auditoria ou executar procedimentos de auditoria alternativos. 15. (FCC TCE-SE 2011) Segundo a NBC TA 530, que versa sobre a utilização de amostragem em auditoria, é correto afirmar: a) O objetivo da estratificação da amostra é o de aumentar a variabilidade dos itens de cada estrato e permitir que o tamanho da amostra seja aumentado. b) Quanto menor o risco de amostragem que o auditor está disposto a aceitar, menor deve ser o tamanho da amostra. c) Anomalia é a distorção ou o desvio comprovadamente representativo de distorção ou desvio em uma população. d) O método de seleção da amostra em que o auditor não segue nenhuma técnica estruturada é denominado método de seleção aleatório. e) Quanto maior a confiança do auditor em procedimentos substantivos (testes de detalhes ou procedimentos analíticos substantivos), menor pode ser o tamanho da amostra. 16. (FCC SEFAZ-SP APOFP 2010) Para propiciar representatividade da população contábil aplicada nos testes de auditoria, o auditor pode estipular intervalos uniformes entre os itens a serem selecionados como um método de seleção de amostras denominado: a) números aleatórios. b) amostragem de atributos. c) amostragem sistêmica. d) amostragem por bloco. e) amostragem ao acaso. 17. (FCC TCM-CE ACE 2010) Conforme normas técnicas de auditoria independente, NÃO se refere à definição de uma amostragem de auditoria: a) a possibilidade de existência de fraude. b) os fins específicos da auditoria. c) a população da qual o auditor deseja extrair a amostra. d) as condições de desvio ou distorção. e) a natureza da evidência da auditoria. 18. (FCC SEFAZ-SP Fiscal de Rendas 2009) O auditor, ao escolher as notas fiscais a serem examinadas, determinou que fossem separadas as notas com último dígito representado pelo número cinco. Esse procedimento representa uma seleção: a) casual. b) sistemática. c) aleatória. d) direcionada. e) geométrica. 19. (FCC TJ-PI Auditor 2009) Seleção casual da amostragem é o tipo de seleção: a) aleatória, a ser utilizada quando os valores do componente patrimonial apresentam grande índice de dispersão. b) randômica, com o objetivo de aumentar o risco de detecção. c) estratificada, a ser utilizada quando os valores do componente patrimonial apresentam grande índice de dispersão. d) baseada na experiência profissional do auditor. e) com o objetivo de aprofundar riscos de fraude ou de erro nos controles internos. Gabarito: 1. C 2. B 3. D 4. E 5. B 6. E 7. E 8. D 9. E 10. E 11. D 12. C 13. B 14. C 15. E 16. C 17. A 18. B 19. D 96

97 MTE - Auditor Fiscal do Trabalho Auditoria Prof. Rodrigo Fontenelle AMOSTRAGEM Um teste eficaz fornece evidência de auditoria apropriada e suficiente quando, considerada com outra evidência de auditoria obtida ou a ser obtida, for suficiente para as finalidades do auditor. Os meios à disposição do auditor para a seleção de itens a serem testados são: a) seleção de todos os itens (exame de 100%); b) seleção de itens específicos; e c) amostragem de auditoria. Quando utilizar censo População pequena. Há um risco significativo e outros meios não fornecem evidência de auditoria suficiente e adequada. Características são de fácil mensuração. Necessidade de alta precisão. Custo não é alto. Objetivo O objetivo do auditor, ao usar a amostragem em auditoria, é o de proporcionar uma base razoável para ele concluir quanto à população da qual a amostra é selecionada. Fonte: Barbetta (2006) 97

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