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1 ESPAÇOS, TEMPOS E LUGARES DOS GÊNEROS NA PESCA MANEJADA DE PIRARUCUS: UMA ANÁLISE DO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DO ACORDO DE PESCA DO JARAUÁ/RESERVA DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL MAMIRAUÁ-AM Adriana Abreu 1 Edna F. Alencar 2 Resumo: O artigo analisa as relações de gênero no contexto da pesca manejada de pirarucus (Arapaima gigas) realizada pelo coletivo de pescador(a)es denominado Acordo de Pesca do Jarauá (APJ) cobrindo o período de 1999 a O objetivo é mostrar como as categorias de espaço e tempo são percebidas por homens e mulheres e a existência de espaços e tempos diferenciados de acordo com o gênero no cotidiano das atividades da pesca manejada, e como isso repercute nas percepções do papel de cada gênero. Os dados analisados foram coletados com o uso do método etnográfico, com a realização de entrevistas com pescadoras e pescadores associados ao Acordo de Pesca do Jarauá; e do banco de dados do Programa de Manejo de Pesca (PMP) do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM), que presta assessoria técnica a projetos de manejo realizados por pescadores e pescadoras que residem na RDS Mamirauá e no seu entorno. Como resultados o artigo mostra que no plano do discurso existe uma distinção dos espaços e dos tempos de homens e mulheres no âmbito da pesca manejada; as mulheres realizam principalmente as atividades de pesca que ocorrem no espaço da terra, visto como sendo um domínio naturalmente feminino, e o seu tempo completamente voltado para esse âmbito e os homens realizam atividades de pesca que ocorrem em terra, nos lagos e rios, sendo o seu tempo percebido como tempo de trabalho. Apesar desta distinção, percebemos que nas práticas cotidianas de homens e mulheres existem movimentos de articulações e cooperação que borram essas separações entre os espaços; tais movimentos muitas vezes são estimulados pelas pescadoras ao buscar uma participação mais ativa em todas as atividades da pesca manejada. Concluímos que a agência das mulheres está contribuindo para alterar os lugares e os tempos de trabalho na pesca manejada. Palavras-chave: relações de gênero; pesca manejada; pescadoras; desenvolvimento sustentável. INTRODUÇÃO As áreas de várzea do curso médio do rio Solimões abrigam vários sistemas de lagos onde, ao longo de mais de um século, grupos sociais realizam a pesca de pirarucus, sendo esta atividade um dos pilares econômicos e a uma das principais fontes de alimentação da região. Alguns estudos demonstraram a importância econômica da pesca na região amazônica desde o período colonial (Veríssimo, 1985; Furtado, 1990). Mas o aumento da exploração da pesca dessa espécie a partir dos anos 80, com o uso de tecnologias de grande impacto, levou à diminuição dos estoques de 1 Universidade Federal do Pará, Belém-Pará-Brasil. abreu.cs@gmail.com 2 Universidade Federal do Pará, Belém-Pará-Brasil. ealencar@gmail.com 1

2 peixes. Apesar disso, a pesca artesanal voltada para o mercado regional continuou a ser uma das principais atividades econômicas geradora de renda para as famílias ribeirinhas da região. Segundo dados levantados por Alencar (2014), as estimativas do IBAMA demonstram que cerca de 90% da produção pesqueira feita no Estado do Amazonas é realizada através da captura de peixe por pescadores artesanais, o que evidencia a importância econômica e social da pesca para as populações dessa região. Apesar dessa importância ainda são escassos os dados sobre as características da cadeia produtiva, sobre as condições de trabalho, as percepções e vivências dos pescadores e pescadoras, principalmente dados que discriminem as atividades e espaços de homens e mulheres nessa atividade (FAO, 2012, 2016). Na Amazônia os estudos pioneiros que abordaram a temática da divisão do trabalho na pesca artesanal são os textos de Maria Angélica Motta-Maués (1999), Maneschy et al (1995, 2002), Furtado (1990). Nos anos 1990 Edna Alencar (1991, 1993), seguindo a esteira de estudos como o realizado por Beck (1991) na região litorânea de Santa Catarina, desenvolve estudo inédito sobre as relações de gênero na pesca artesanal em uma área litorânea do Maranhão, e posteriormente desenvolve pesquisas com sociedades pesqueiras que habitam as águas interiores da Amazônia (2000, 2011, 2013, 2014; Alencar et al 2015). A nível nacional outros estudos discutiram o papel da mulher na pesca, como de Ellen Woortman (1991), Sara Soares (2012), de Rose Mary Gerber (2013) e os estudos coordenados por Maria do Rosário Leitão (2008; 2012, 2013). Contudo, ainda são raras pesquisas que tratam sobre o tema do trabalho da mulher na pesca na região Amazônica (Soares, 2012, 2014; Scherer, 2013; Alencar, 2014, 2013, 2017; Abreu, 2015;). Sendo assim, a partir de um estudo de caso, o objetivo desse artigo é mostrar como se estabelecem as relações de gênero e o papel de homens e mulheres no contexto da pesca manejada de pirarucus, procurando destacar as percepções e tensões que marcaram o processo de construção do projeto denominado de Acordo de Pesca do Jarauá (APJ). O Acordo de Pesca do Jarauá (APJ) foi o primeiro projeto elaborado e desenvolvido por moradores da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (RDSM) 3 visando realizar a 3 A RDSM é uma unidade de conservação, de tipo sustentável, criada em 1996 e está situada na região do Médio Solimões, na confluência dos rios Solimões e Japurá, entre as Bacias do Rio Solimões e do Rio Negro, com o objetivo de conciliar o desenvolvimento econômico com a conservação dos recursos naturais e melhoria das condições de vida dos grupos sociais que residem na área (Queiroz, 2005) 2

3 gestão pesqueira de uma espécie, o pirarucu (Arapaima gigas). A coordenação do projeto é feita por uma associação de pescador(a)es manejadore(a)s, a APJ. As atividades desenvolvidas seguem normas e etapas de execução elaboradas pelo grupo estão instituídas em documentos como o Regimento Interno 4 (RI) e em Portarias e Instruções Normativas que dispõe sobre as regras para a realização da pesca dessa espécie em todo o estado do Amazonas, elaboradas pelo órgão responsável pela gestão da pesca, o IBAMA-AM. Ao longo de quase duas décadas esse projeto passou por várias mudanças em sua composição e teve várias coordenações, sendo que umas delas foi assumida por uma mulher que coordenou por vários anos. A análise procura mostrar as formas de inserção de homens e mulheres não apenas no contexto da pesca manejada de pirarucus, como também na vida social e política das comunidades, além de enfatizar o papel das mulheres enquanto sujeitos ativos, cuja atuação pode conduzir à proposição de modelos alternativos de relações de gênero e de políticas mais equitativas de acesso aos recursos naturais (Schmink 1999). Os dados analisados aqui foram obtidos por meio de pesquisa etnográfica, que consistiu em observar as práticas cotidianas, acompanhar a rotina dos pescador(a)es de modo a compreender seus modos de pensar e agir (Cardoso De Oliveira, 1996; Malinowisk, 1976); realizar entrevistas para conhecer o processo de construção do projeto e, dessa forma, compreender como se deu a participação de homens e mulheres no Acordo de Pesca do Jarauá. A pesquisa utilizou uma abordagem crítica de gênero, ao considerar que os papéis sociais são construídos a partir das categorias de homem e mulher (Rosaldo, 1979),.Diante disso, para entender as relações de gênero na pesca, se faz necessário compreender as práticas, percepções e discursos de ambos. TEMPOS E ESPAÇOS DE ATUAÇÂO DOS GENEROS No ano de 1999 moradores das comunidades São Raimundo do Jarauá, Manacabi, Nova Pirapucu e Nova Colômbia que integram o Setor Jarauá 5 da RDS Mamirauá (Fig. 01), iniciaram um trabalho de organização de uma associação para realizar a pesca e comercialização de pescados oriundos de atividades de manejo, que recebeu o nome de Projeto de Comercialização do Pescado 4 O RI é um documento produzido de forma coletiva por pescadores e pescadoras sóci(o)as de Acordo de Pesca do Jarauá que contém as normas e regras que orientam as atividades do manejo e o comportamento do(a)s manejadore(a)s na realização das atividades do projeto. 5 Organização das comunidades na RDSM, e segundo Amaral et al 2013 os setores são agrupamentos humanos organizados em comunidades, localidades e sítios que compartilham a gestão e o uso de recursos naturais de uma determinada área da reserva (pp. 16) 3

4 (PCP) e contou com a assessoria técnica do Instituto Mamirauá. O nome atribuído à organização dos pescadores foi Associação de Produtores do Setor Jarauá (APSJ). O Programa de Comercialização do Pescado era um componente do Programa de Novas Alternativas Econômicas do Instituto Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM), e tinha como objetivo a promoção do uso racional dos recursos pesqueiros através do aperfeiçoamento das técnicas relacionadas a captura, ao manuseio e venda do pescado (Amaral et. al 2011; Queiroz e Sardinha 1999; Abreu 2015). De acordo com dados do primeiro relatório de avaliação do PCP, a escolha do Setor Jarauá para desenvolver esse programa foi propiciada pelo histórico de ações de preservação de lagos desenvolvidas pelos moradores das comunidades desse Setor (Relatório PCP/ IDSM, 2000). O Jarauá é um dos maiores sistemas de lagos da RDSM e a pesca sempre foi uma atividade importante na economia das famílias que residem nessa área, que também participaram do processo de implantação da RDSM (Relatório PCP/IDSM, 2000). Quando o PCP foi elaborado, a pesca dessa região sofria com a escassez das espécies mais valorizadas comercialmente, uma consequência da intensificação da pressão sobre os estoques pesqueiros realizada tanto pelas famílias que residiam nos pequenos povoados, quanto por pescadores urbanos, conhecidos regionalmente como peixeiros, que pescavam para empresas sediadas em Manaus e Manacapuru, no estado do Amazonas. (Alencar, 2014; Alencar e Sousa 2017). 4

5 A redução dos estoques de espécies como o pirarucu exigiu algumas ações dos órgãos ambientais para proteger essas e outras espécies. Em 1989 o IBAMA elaborou uma Portaria [IBAMA N.1534/89, de 20/12/89] que estabeleceu um tamanho mínimo de captura dos pirarucus em 150 cm de comprimento total (Amaral et. al 2011). Em 1991 elaborou novo decreto que visava proteger o período reprodutivo desta espécie, proibindo totalmente a pesca entre o dia 1 de dezembro ao dia 31 de maio [Portaria IBAMA N 480, de 04/04/1991]. No ano de 1996 o IBAMA elaborou mais um decreto que proibiu a pesca comercial de pirarucus por um período de cinco anos, o que levou a inclusão desta espécie na categoria de espécies ameaçadas de extinção (Amaral et. al 2011). A partir de então a pesca, a comercialização e o transporte desta espécie somente pode ser realizada com a autorização deste órgão, que elaborou Instruções Normativas que regulamentam a exploração comercial, mediante a elaboração de um plano de manejo que seguisse as regras estabelecidas pela agência estatal (Queiroz e Sardinha 1999; Queiroz 2000; Amaral et al. 2011; Alencar e Sousa 2017). Foi nesse contexto que os pescadores do Setor Jarauá se organizaram em torno de uma associação para desenvolver um projeto de manejo de pirarucus, se associando, também, à Colônia de Pescadores Z-23 de Alvarães. O projeto contou com a assessoria de pesquisadores e técnicos do Instituto Mamirauá (IDSM) 6, que estimulou a associação das pescadoras do Setor Jarauá nos órgãos de representação da categoria, e também a participar de um projeto de manejo de camarão (Farfantepenaeus subtilis) vinculadas à APJ. Entretanto, o modo como pescadores e pescadoras participaram desse processo se caracterizou pela distinção dos espaços de trabalho e das atividades com base nas papeis sociais atribuídos a homens e mulheres. Nos primeiros anos de organização desse coletivo foram desenvolvidas várias atividades de modo informal, ou seja, sem um documento escrito que contivesse as regras de funcionamento do projeto, como um Regimento Interno por exemplo. Entretanto, existiam regras e uma delas previa que a pesca era individual e só casado que podia. As mulher[es] ainda mais, porque quem tirava a 6 Promove a administração da pesca pela construção de um sistema de governança ambiental fundado na cooperação, na participação equitativa de todos e na igualdade de gênero, ao valorizar a inclusão das mulheres no acesso aos recursos pesqueiros, e na repartição dos ganhos. Uma característica dos projetos de manejo assessorados pelo IDSM é ser realizado por um coletivo de pescadores, sejam eles residente na RDS Mamirauá ou usuários que estão na área urbana ou rural (Amaral et. al 2011). 5

6 cota 7 delas era os home. A gente tirava nossa cota e a cota das nossas mulher[es]. Mulher não entrava no lago não (Pescador da APJ, 2014). Ao serem questionados sobre qual seria o papel de homens e mulheres nesses primeiros momentos do projeto de manejo, percebe-se na fala de alguns homens certo menosprezo em relação ao papel das mulheres nesse processo, colocando-as como ineficazes na pesca, sendo sua presença vista como secundária. Em contraposição, as pescadoras, em suas falas, afirmam que esse início significou um passo importante para seu reconhecimento como pescadoras pelas entidades de representação da categoria, como as colônias de pescadores, ao aceitar sua filiação enquanto pescadoras. Pesquisas realizadas a partir dos anos 1990 procuram desconstruir o modelo bipolar de divisão dos espaços e das atividades de acordo com o gênero do trabalho ao enfatizar que se deveria considerar a cadeia produtiva da pesca de forma mais ampla, ou seja, considerar as várias atividades que ocorrem em espaços e tempos distintos, nos lagos, nos rios, em terra, na casa, e não apenas aquelas que ocorrem no espaço da água para a captura do pescado e que são definidas como pesca. Várias atividades fazem parte da cadeia produtiva da pesca tais como a preparação do material para realizar a captura dos peixes, o beneficiamento do pescado, limpeza, salgagem etc. e a comercialização. São atividades que demandam esforço físico e grande investimento de tempo de trabalho, e homens e mulheres participam de maneira distinta dessas atividades, como mostram vários estudos realizados em várias regiões do Brasil e do mundo (Alencar 1991, 2001 e 2002; Soares, 2011; Di Ciommo, 2007; Kleiber, Harris, e Vincent, 2015; Frangoudes e Pascual- Fernandéz, 2005; Alonso-Población, 2014;). Atualmente o projeto conta com 104 sócios, sendo 72 pescadores e 32 pescadoras.no entanto, a participação das mulheres não estava formalizada logo nos primeiros momentos de criação do APJ. Mas tão logo foram aceitas como sócias elas tornaram-se agentes importantes para o processo de organização e execução do projeto, trabalhando no conserto dos materiais de pesca, como as redes malhadeiras, ou como sócias das entidades de representação da categoria, como a Colônia Z-23 de Alvarães. Contudo, durante muito tempo, elas foram mantidas afastadas das 7 A cota é o número de peixes que podem ser capturados solicitado pelo Programa de Pesca do IDSM e autorizado pelo IBAMA, correspondendo até 30 % do número de peixes adultos existentes na região manejada pelos pescadores. Quando a pesca é individual os pescadores dividem o número total de peixes autorizado pelo IBAMA pelos sócios do projeto de manejo para a realização da pesca; quando a pesca é coletiva a repartição se dá na divisão dos lucros com a venda do pescado. 6

7 pescarias que ocorriam nos lagos, e esse fato aos poucos despertou a resistência delas que passaram a reivindicar maior participação no projeto e direitos iguais, conforme mostraremos adiante. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO NA PESCA MANEJADA No período de 2009 a 2010 houve a reorganização do coletivo de manejadores e a elaboração de um Regimento Interno (RI) que define o território onde as atividades serão realizadas, definindo os ambientes e os tipos de ambientes, e a época de realizar as pescarias nos lagos. O Regimento Interno é elaborado de acordo com as normas estabelecidas na Instrução Normativa Nº 29 de 2002, do IBAMA-AM, que autoriza somente a captura de 30% dos animais adultos contados nos lagos. Além disso, o RI estabelece critérios para a comercialização do pescado e para a repartição dos lucros obtidos com a venda. No ano de 2011 o Regimento Interno do APJ foi reelaborado e posteriormente revisto em Nesse RI as regras elaboradas de forma coletiva e as atividades que compõem o cronograma do projeto ao longo do ano foram divididas em algumas categorias: 1) assembleias para elaborar o planejamento de atividades e definir estratégias de ação ao longo do ano. As assembleias são periódicas e servem também para discutir problemas que surgem e que podem prejudicar o andamento do projeto; 2) a vigilância dos ambientes, lagos, que estão situadas no território do manejo; que é uma atividade permanente; 3) a contagem dos animais nos ambientes, com indicação de dados sobre tamanho, sexo, etc. A contagem é feita uma vez ao ano e usa uma metodologia própria 8 ; 4) a captura dos peixes, que ocorre uma vez ao ano; 5) O monitoramento (pesagem, medição, colocação do lacre etc.); 6) beneficiamento do pescado (evisceração; retirada das vísceras e escamas); 7) a comercialização da produção e repartição dos lucros; e 8) assembleia de avaliação do trabalho ao longo do ano. ESTRATÉGIAS DE TRABALHO: RESISTÊNCIA E RESSIGNIFICAÇÃO A equidade de gênero está garantida no RI tanto no que diz respeito à participação quanto na repartição dos lucros, pois todos o(a)s manejador(a)es sócios do APJ têm as mesmas oportunidades 8 O biólogo Leandro Castello (2004) desenvolveu o método de contagem de pirarucus a partir de pesquisas com pescadores tradicionais da região, principalmente de S. R. do Jarauá, que utilizavam o método para organizar suas pescarias. O método consiste na observação de (...) quando um pirarucu vem à superfície para respirar, pescadores experientes são capazes, através da visão e audição, obter informações fundamentais para o manejo como quantidade de indivíduos existentes em um determinado corpo d água e tamanho aproximado do peixe. (...) Atualmente o método de contagem é exigido pelo IBAMA-AM como ferramenta fundamental para o manejo nas diversas localidades onde ele ocorre (...). (Amaral Et al 2013, pp 16) 7

8 e os mesmo deveres, podendo participar de todas as etapas e desenvolver todas as atividades que ocorrem ao longo de um ano. Entretanto, as mulheres enfrentam vários obstáculos para se colocarem enquanto um sujeito ativo na pesca nos lagos, pois para isso precisam vencer as barreiras culturais e sociais impostas ao seu gênero, principalmente a ideia de que o ambiente e as atividades domésticas lhes são naturais e obrigatórias. Na maioria das vezes as pescadoras participam apenas das atividades realizadas nos espaços mais próximos de suas casas. Elas enfrentavam, e algumas ainda enfrentam, a resistência dos homens, especialmente de seus maridos, com relação a sua participação em certas atividades do manejo, como a vigilância dos ambientes e a pesca de pirarucus que ocorre durante vários dias. A justificativa para a não participação das mulheres na captura dos peixes nos lagos é que esses ambientes ficam muito distantes da comunidade o que torna a viagem e o trabalho cansativo para as mulheres fazerem essa pescaria; também alegam que é um trabalho perigoso e que estão sempre correndo riscos de ataques de animais. Assim, eles demarcam os espaços e os tempos de atuação dos gêneros, quando argumentam que elas devem realizar atividades que ocorrem em terra, perto das casas. Estudos têm demonstrado que o tempo social da mulher é um tempo fragmentado, sendo um tempo que vai depender e sustentar outros tempos. Suas atividades são variadas na esfera doméstica, tendo que cuidar da reprodução e desenvolvimento do grupo familiar; desta forma, o seu tempo de trabalho na pesca fica reduzido e fragmentado (Alencar, 1991; Sorj, 2010 Gerber; 2013). O tempo de trabalho da mulher tem que ser organizado a partir da gestão da casa, da roça, dos filhos, do marido e da ajuda, leia-se trabalho, que ela realiza no processo da pesca. O trabalho da mulher como pescadora é invisibilizado no plano do discurso, pois ainda persiste a divisão do trabalho onde homens e mulheres ocupam polos opostos, com a mulher sendo vista mais pelo papel de reprodutora da família, e o homem como provedor da família. Entretanto, as pescadoras paulatinamente estão encontrando meios e estratégias para vencer esses obstáculos e provar que pode fazer atividades em um terreno que historicamente é dominado pela presença dos homens, o da pesca do pirarucu. Dentre elas destacamos a participação em equipes de vigilância junto com os maridos, ocupar cargos nas diretorias do APJ, e assim poder fazer pressão para ampliar sua participação, usando o planejamento prévio com o respaldo do Regimento Interno. As lideranças femininas também estão convocando e estimulando as pescadoras do APJ para ter uma participação mais ativa em todas as atividades. CONCLUSÃO 8

9 Este artigo teve o objetivo de reconstruir o histórico de um projeto de manejo de recursos pesqueiros, com ênfase nas relações de gênero e nos espaços e tempos de atuação de cada gênero nas atividades relacionadas à cadeia produtiva da pesca manejada. A análise mostrou que apesar de enfrentar a resistência dos pescadores, as pescadoras conseguem se organizar e criar condições para sua participação de forma mais ativa em todas as atividades do projeto de manejo. Uma das conquistas foi conseguir inserir no Regimento Interno a participação das mulheres com compensação financeira, descaracterizando assim seu trabalho como sendo apenas ajuda. A partir de então, as pescadoras reivindicaram cada vez mais espaço e participação plena em atividades que antes eram vistas apenas como de espaço de atuação masculina. Apesar de enfrentar muitas dificuldades e desafios, essas mulheres manejadoras se percebem como coparticipes do projeto de manejo de pirarucu e conseguem provar para os homens- e para si mesmas- que são capazes de realizar todas atividades, inclusive aquelas que lhes eram interditas como a vigilância dos lagos, a contagem, e a pesca nos lagos. Contudo, essa luta teve custos para algumas mulheres, que vivenciaram situações de ameaça, de agressão física ou verbal por parte de seus companheiros. Ressaltamos que o projeto de manejo de pirarucus estimulou as mulheres a ter uma posição mais ativa e, aos poucos, estão conseguindo romper a resistência dos homens, especialmente seus maridos, ocupando espaço nas diferentes atividades e assumindo cargos importantes na direção da APJ. A agência das pescadoras está contribuindo para ressignificar os espaços e tempos de trabalho no contexto da pesca, e embora encontrem resistências e dificuldades históricas devido à sua condição de gênero, elas conseguem lançar mão de estratégias para participar mais ativamente de toda a cadeia produtiva da pesca manejada. Concluímos que as resistências encontradas persistem devido às ideologias de gênero que distinguem, separam, segmentam os espaços e os tempos de trabalho, dividindo as atividades de acordo com as características atribuídas social e culturalmente a cada gênero. AGRADECIMENTOS Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico CNPq - e ao Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM-OS/MCTI); aos pescadores e pescadoras do Acordo de Pesca do Jarauá; aos técnicos do Programa de Manejo de Pesca do IDSM. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABREU, Adriana G. As relações de gênero no contexto da pesca manejada de pirarucu de São Raimundo do Jarauá, RDS Mamirauá, AM. 2015, 45 p, UFPA, Belém. 9

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