BRIC A EMERGÊNCIA OU INSURGÊNCIA DA PERIFERIA?
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- Linda Lopes Prada
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1 BRIC A EMERGÊNCIA OU INSURGÊNCIA DA PERIFERIA?
2 Ontem, Brasília foi realmente o foco das atenções mundiais. No Brasil, um pouco menos. Não foi o Brasil que inventou isso, mas a gente registrou o fenômeno e contribuiu para uma nova geografia mundial. A reunião dos BRIC chama mais atenção hoje do que uma do G7" Ministro Celso Amorim (Brasília, 16/04/2010)
3 QUANDO OS EMERGENTES SE INSURGIRAM Durante a reunião da OMC em Cancún (em 2003), notamos que os países emergentes capitaneados por Índia, Brasil e África do Sul bloquearam a possibilidade de fixar a liberdade para os fluxos comerciais em nível planetário a partir da Rodada de Doha. A Rodada de Doha significa uma espécie de abertura econômica global sem nenhum tipo de restrição. Contudo a EU, EUA e Japão manteriam restrições aos fluxos de determinados produtos vindos de países emergentes.
4 É importante ressaltar a posição ativa e de liderança do Brasil em um tipo de relação internacional no qual o país sempre se posicionou passivamente. Juntamente com Índia e África do Sul o Brasil liderou o G-21, grupo dos 21 países emergentes que ameaçaram formar um bloco com fortes medidas protecionistas aos produtos dos países centrais (EU, EUA, Japão). Os riscos desta associação dos emergentes possibilitou uma nova configuração de poder no cenário econômico mundial, visto os seguintes fatores:
5 FATORES PARA UMA NOVA ESTRUTURA DE PODER CONTINGENTE POPULACIONAL (MERCADO CONSUMIDOR). EXTENSÃO TERRITORIAL (RECURSOS). CAPACIDADE PRODUTIVA CRESCENTE. BALANÇAS COMERCIAIS POSITIVAS E CRESCENTE INVESTIMENTO EM TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO. CONTROLE DO ESTADO SOBRE SETORES ESTRATÉGICOS. FORTE CONTROLE SOBRE O MERCADO FINANCEIRO EM FUNÇÃO DAS CRISES DA DÉCADA DE 1990.
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7 A DIFERENÇA ESTRATÉGICA DO BRASIL ENTRE OS DEMAIS O BRASIL É O ÚNICO PAÍS DENTRE OS EMERGENTES QUE NÃO POSSUI ARMAS NUCLEARES (DECLARADAS) OU DEMONSTRE INTENÇÃO EM CONSTRUIR UM ARSENAL DESTE TIPO NO MOMENTO (ASSINOU O PROTOCOLO DE NÃO-PROLIFERAÇÃO DE ARMAS NUCLEARES - TNP). CONTUDO NOTAMOS UMA RETOMADA DO PROJETO ESPACIAL BRASILEIRO QUE SERÁ REVISÃO PELA AGENCIA ESPACIAL RUSSA. OS PAÍSES DO IBAS FECHARAM UMA ACORDO PARA A COLOCADA EM ÓRBITA DE SATÉLITES DE TECNOLOGIA PRÓPRIA, SAINDO DA DOMINAÇÃO TECNOLÓGICA DOS EUA E UE.
8 IBAS: O INÍCIO DA RELAÇÃO DOS EMERGENTES A PARCERIA ENTRE ESTES PAÍSES BUSCA A QUEBRA DOS SUBSÍDIOS E DO PROTECIONISMO DOS PAÍSES CENTRAIS E ASSIM RETOMAR A RODADA DE DOHA. A QUESTÃO ESTRATÉGICA TAMBÉM ESTÁ PRESENTE, EM ESPECIAL AS VAGAS PERMANENTES PARA OS TRÊS PAÍSES NO CONSELHO DE SEGURANÇA DA ONU. AS PARCERIAS ESTÃO PRESENTES TAMBÉM NAS TROCAS COMERCIAIS E ASSUNTOS ESTRATÉGICOS ENTRE OS PAÍSES COMO O DESENVOLVIMENTO DE CAÇAS (PAK- 50 ENTRE ÍNDIA E RÚSSIA), SATÉLITES E PESQUISA ALIMENTAR.
9 BRIC: OS GIGANTES AS TROCAS COMERCIAIS ESTÃO ENTRE AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA BRIC. ATUALMENTE OS PRINCIPAIS PARCEIROS COMERCIAIS DO BRASIL SÃO OS PAÍSES MEMBROS DA BRIC, COMO: CHINA MINÉRIOS, SOJA, PETRÓLEO, ETANOL RÚSSIA CARNE, SOJA, MILHO, AUTOMÓVEIS, ETANOL A FORTE RELAÇÃO ENTRE BRASIL COM A RÚSSIA E A CHINA TEM COMO FINALIDADE BUSCAR APOIO À UMA VAGA PERMANENTE NO CONSELHO DE SEGURANÇA DA ONU. ESTA RELAÇÃO TAMBÉM FACILITOU AO BRASIL UMA BAIXA VULNERABILIDADE FRENTE A CRISE INICIADA EM 2008.
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11 BRIC, CRIB, CIRB, CIBR ou BCIR? (Brasil, China, Índia e Rússia...em ordem alfabética...) Nova York (EUA) - O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, com os chanceleres do Brics - grupo formado pelos principais países emergentes (Brasil, Rússia, Índia e China), na sede das Nações Unidas
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13 BRIC IBAS: QUEBRANDO A NOVA DIT - (1 momento) OS PAÍSES DA BRIC ESTÃO SE DIFERENCIANDO DOS DEMAIS PAÍSES PERIFÉRICOS, VISTO O FORTE INVESTIMENTO EM EDUCAÇÃO. GRANDE PARTE DOS POSTOS DE TRABALHO ATÉ ENTÃO EXCLUSIVOS DOS PAÍSES CENTRAIS, AS CORPORAÇÕES TRANSNACIONAIS PASSAM A ENCONTRAR GRANDES VANTAGENS EM PAÍSES COMO ÍNDIA, BRASIL, RÚSSIA E CHINA. AS CARACTERÍSTICAS DOS MERCADOS CONSUMIDORES DESTES PAÍSES OBRIGOU A UMA INOVAÇÃO NA GESTÃO. A PROPAGAÇÃO DE TECNOPOLOS NOS PAÍSES DA BRIC ESTÁ POSSIBILITANDO UMA RETRAÇÃO DESTES POSTOS EM PAÍSES CENTRAIS.
14 BANGALORE O TECNOPÓLO INDIANO
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17 BRIC IBAS: QUEBRANDO A NOVA DIT (1 momento) ATUALMENTE A MÃO-DE-OBRA QUALIFICADA DOS PAÍSES DA BRIC MOSTRA-SE MAIS QUALIFICADA E BARATA SE COMPARADA A DOS PAÍSES CENTRAIS. AS DISPARIDADES ENTRE OS BRICs E ECONOMIAS COMO A ARGENTINA, MÉXICO E CHILE TORNAM-SE INDISCUTÍVEIS.
18 NOVA DIT (REVISADA) CENTRAIS BRIC - IBAS SEMIPERIFÉRICOS PERIFÉRICOS 4º MUNDO Desenvolvimento tecnológico e Investimento (perdendo espaço) Potencial detentor De commodities e forte expansão em setores de alta tecnologia Forte atividade Industrial e forte Produção de commodities Exportador de commodities Isolamento Econômico (setor formal)
19 BRIC IBAS: QUEBRANDO A NOVA DIT (2 momento) BRASIL E ÍNDIA SÃO OS PRINCIPAIS RESPONSÁVEIS POR PRESSÕES QUANTO UMA REFORMULAÇÃO DA ESTRUTURA DE PODER DA ONU, EM ESPECIAL QUANTO AO CONSELHO DE SEGURANÇA. A REESTRUTURAÇÃO DO CENÁRIO ECONÔMICO MUNDIAL, EM ESPECIAL O FMI E O FIM DO PADRÃO DÓLAR COMO MOEDA PARA AS TROCAS COMERCIAIS INTEGRA TODOS OS PAÍSES DO BRIC.
20 BRIC IBAS: QUEBRANDO A NOVA DIT (3 momento) A partir de 2008 notamos que os países da BRIC, retirando Rússia e China que já possuem cadeiras permanentes no Conselho de Segurança, em especial o Brasil e a Índia passaram a estabelecer uma forte pressão sobre as antigas potências do ponto de vista econômico e político. Associado a Turquia notamos que o Brasil passa a atuar no tabuleiro geopolítico do Oriente Médio conseguindo um acordo com o Irã sobre o enriquecimento de seu urânio com fins energéticos. O acordo e suas exigências cobradas pelas agências internacionais e os países centrais tinham por finalidade ferir a soberania do Irã, levando este a não assinar o acordo. 20
21 O acordo Brasil - Irã - Turquia 21
22 BRIC IBAS: QUEBRANDO A NOVA DIT (3 momento) O fechamento do acordo com o Irã gerou duras críticas dos EUA contra a iniciativa brasileira. Este fato prova que as condições impostas pelas agências internacionais e países centrais buscavam a não ratificação de um acordo. Esta posição dos EUA contra a conquista diplomática do Brasil, Turquia e Irã mostra que os países emergentes não tem direito de interferir em questões estratégicas internacionais, segundo as grande potências. A posição do Brasil, frente a este acordo, buscava uma afirmação diplomática do país como uma Global Player, desprovido de armas nucleares, ampliando seu marketing para uma vaga permanente no CS. 22
23 Vocês não podem brincar aqui!!!!!!!! ai ai ai!!!! 23
24 Problema e Dificuldades para o BRIC Brasil Corrupção Juros infra-estrutura educação/qualificação da M-D-O Concentração de riquezas e meios de produção / manutenção da pobreza 24
25 Problema e Dificuldades para o BRIC Rússia Instabilidade política (crise da democracia inexistente - Putin/Medvedev/Putin). Economia sustentada na exportação de Commodities energéticos. Gazprom e Estado (limites pouco definidos) Movimentos separatistas no Cáucaso. Queda brutal da natalidade associada a perda de qualidade de vida da população. Questões relativas a territorialidade sobre o Ártico 25
26 Problema e Dificuldades para o BRIC Índia Alta taxa de natalidade associada a manutenção dos sistema de castas (desculpa para a escravidão). Falta de infra-estrutura voltada para a população (saneamento/lixo/hospitais). Propagação de doenças como a AIDS. Fluxos migratórios intensos do campo para as cidades (colapso urbano). A instabilidade interna derivada da diversidade cultural/religiosa (islamismo - Sikismo). Instabilidade político-territorial com Paquistão e 26 China
27 Problema e Dificuldades para o BRIC China A dualidade entre capitalismo/socialismo pode potencializar uma instabilidade política. O ritmo de crescimento baseado na exportação de bens manufaturados pode ser impactada por medidas protecionistas e a atual crise dos países centrais. A diversidade étnico-cultural associada a supremacia da etnia Han pode promover movimentos separatistas. Endividamento público da país a partir do financiamento de empreendimentos internos. Propagação da AIDS, visto a forte repressão sobre os homossexuais. A manutenção do filho único como elemento de instabilidade demográfica 27
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