ESTATÍSTICA DO SETOR
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- Otávio Palma Garrido
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1 ESTATÍSTICA DO SETOR Tendo em conta o universo dos associados da IACA, a produção de alimentos compostos para animais registou uma quebra de 2.4%, passando de milhares de tons em 2010 para milhares de toneladas em Num cenário de grave crise económico-financeira, com uma pecuária descapitalizada e uma economia em clara recessão, com perda de poder de compra da população portuguesa, registaram-se quebras na oferta de alimentos compostos em todos os segmentos de mercado, com exceção dos alimentos para suínos. Os alimentos para aves registaram uma redução de 2.8% - diretamente ligados à quebra de preços à produção, à diminuição das exportações para o Médio Oriente e à introdução das regras de bem-estar animal nas galinhas poedeiras -, os alimentos para bovinos uma redução de 8.3%, sobretudo devido à crise do setor leiteiro, e os outros animais uma diminuição de 2.1%, pelo impacto da redução nos alimentos para coelhos e pequenos ruminantes. Os alimentos para suínos registam uma subida de 3.0% mas este incremento não se ficou a dever a uma melhoria do mercado, longe disso, mas de uma transferência de produção de Auto produtores e de empresas não associadas para algumas das empresas do universo IACA. Face à profunda crise que afetou a suinicultura e à situação de desespero que a caracterizou, com o encerramento de muitas explorações e algumas unidades fabris, o mercado real não aumentou mas deverá ter registado uma quebra na ordem dos 3 a 4%, segundo as nossas estimativas. Ao nível da estrutura de produção, os alimentos para aves mantiveram a liderança do mercado, com 41.2% (41.5% em 2010), seguindo-se os alimentos para suínos, que, uma vez mais, se situaram abaixo do limiar das tons, com uma quota de 28.7% (27.1% em 2010) e os alimentos para bovinos, com 21.2% (22.5% no ano anterior). A crise do sector leiteiro, apesar dos problemas na carne foi, uma vez mais, a principal responsável pela diminuição da penetração do subsector bovino. No que respeita aos alimentos para outros animais, registam uma quota de mercado de 9.0%., o que representa um crescimento de 0.1%, apesar da quebra de Produção de Alimentos Compostos para Animais (Empresas Associadas na IACA) Toneladas Aves Bovinos Suínos Outros Var. % TOTAL Como temos vindo a afirmar repetida e publicamente, esta redução da procura de alimentos compostos, pelo quarto ano consecutivo, decorre de uma conjuntura negativa que se arrasta desde o segundo semestre de 2007, aliada a problemas de natureza estrutural que conduziram o nosso Sector para uma crise sem precedentes no seu historial. Há muito que a Indústria esgotou a sua capacidade de financiamento da Pecuária, sendo necessária a adoção de medidas urgentes não só em Portugal mas ao nível da União Europeia, que permitam promover as produções animais num perspetiva de sustentabilidade, assegurando a viabilidade da indústria da alimentação animal. IACA Relatório de Atividades de 2011 Página 36
2 Consumo de Matérias-Primas (Empresas Associadas na IACA) Toneladas Cereais Oleaginosas PSC Diversos Var. % No que respeita ao consumo de matérias-primas, com uma conjuntura particularmente desfavorável, caracterizado pela excessiva volatilidade e por uma tendência de forte subida nos preços, sobretudo ao nível dos cereais, estes registaram uma quebra de 6.5%, reduzindo a taxa de aprovisionamento de 57.7% para 55.3% em Sem grandes alternativas em termos de substituição e com variações de preço mais moderadas que nos cereais, assistimos a uma quebra na utilização de sementes e bagaços de oleaginosas (-6.3%), cuja estrutura no consumo de matérias-primas se situou nos 24.4% (25.4% em 2010). Quanto aos PSC, em 2011, apesar de toda a problemática em torno dos OGM e que afeta o consumo de derivados de milho, tivemos uma janela de oportunidade para a importação de corn glúten feed e DDGS, o que permitiu um crescimento do consumo de 90.4%, atingindo-se as tons, o que representa um peso de 4.5% no total do consumo, contra os 2.3% do ano passado. Finalmente, ao nível dos diversos, consequência da pressão da Indústria na utilização de alternativas viáveis para conter a subida dos preços das principais matérias-primas e melhorar a sua competitividade, assistimos a um aumento de consumo de 5.9%, fixando a taxa de aprovisionamento em 15.8% (14.6% em 2010). IACA Relatório de Atividades de 2011 Página 37
3 2011 PRODUÇÃO DE ALIMENTOS COMPOSTOS PARA ANIMAIS Por Grupos de Referência (Tons) AVES SUINOS Pintos para Carne - Iniciação Leitões Iniciação Pintos para Carne - Crescimento Leitões - Recria Frangos para Carne - Acabamento Porcos - Crescimento Frangos para Carne - Retirada Porcos - Engorda Pintos - Cria Porcos - Acabamento Frangas - Recria Porcas Reprodutoras Futuras Reprodutoras Galinhas Poedeiras Porcas Reprodutoras - Gestação Galinhas Reprodutoras Porcas Reprodutoras - Lactação Patos para Carne Porcas Reprodutoras Gestação Lactação Patos Reprodutores Outros Perús - Iniciação Complementares 3 Perús - Crescimento Total SUINOS Perús - Engorda Perús - Retirada DIVERSOS Perus Reprodutores Ovinos de Carne Outros Ovelhas Leiteiras Complementares 11 Caprinos de Carne Total AVES Cabras Leiteiras Equídeos BOVINOS Coelhos Vitelos em Aleitamento Cães Vitelos - Cria Gatos Novilhas em Recria Outros Novilhos de Engorda - Crescimento Total DIVERSOS Novilhos de Engorda - Acabamento Vacas Leiteiras TOTAL GERAL Vacas Aleitantes Complementares Proteicos 0 Outros Total BOVINOS IACA Relatório de Atividades de 2011 Página 38
4 2011 MATÉRIAS-PRIMAS UTILIZADAS (Tons.) GRÃOS DE CEREAIS SEMENTES E FRUTOS OLEAGINOSOS Aveia Soja integral Centeio Sementes de algodão Arroz Sementes de girassol Cevada Sementes de linho 3 Milho Sementes de colza 678 Sorgo Trigo Triticale 128 Cereais processados pelo calor Concentrados proteicos de cereais PRODUTOS E SUBPRODUTOS DE GRÃOS DE CEREAIS PRODUTOS E SUBPRODUTOS DE SEMENTES E FRUTOS OLEAGINOSOS Alimpadura de trigo 484 Bagaço de amendoim 0 Trincas de arroz 178 Bagaço de cártamo 0 Bagaço de arroz 0 Bagaço de colza Bagaço de gérmen de milho Drèches e solúveis de destilação de trigo Bagaço de copra (coco) Bagaço de girassol Drèches de cevada 820 Bagaço de linhaça 198 Gritz de milho 255 Bagaço de palmiste Drèches e solúveis de destilação de milho Bagaço de azeitona 319 Farinha forrageira de milho Bagaço de sésamo 0 Farinha forrageira de trigo 40 Bagaço de soja Gluten de milho Bagaço de soja, descascada Gluten feed de milho Cascas de sementes de soja Gluten feed de trigo Concentrado proteico de soja 238 Radículas de malte Óleo vegetal Sêmea de arroz Sêmea de centeio 107 Sêmea de trigo Sêmea de milho 689 Casca de arroz IACA Relatório de Atividades de 2011 Página 39
5 SEMENTES DE LEGUMINOSAS, SEUS PRODUTOS E SUBPRODUTOS PRODUTOS E SUBPRODUTOS LÁCTEOS Ervilhas Leite em pó 424 Fava forrageira 702 Soro de leite ácido, em pó 837 TUBÉRCULOS E RAÍZES, RESPECTIVOS PRODUTOS E SUBPRODUTOS Soro de leite doce, em pó 718 Caseína 539 PRODUTOS DE ANIMAIS TERRESTRES Mandioca Farinha de aves de capoeira Polpa de batata 211 Farinha de carne e osso Concentrado proteico de 45 Farinha de ossos batata 0 Polpa de beterraba Farinha de penas (sacarina) 939 Melaço de beterraba Farinha de sangue 162 Sacarose de beterraba 261 Gorduras animais PRODUTOS E SUBPRODUTOS DE OUTRAS SEMENTES E FRUTOS Manteiga 40 Hidrolisados proteicos de porco Plasma sanguíneo de porco 484 PRODUTOS DO PESCADO Farinha de alfarroba Farinha de peixe Concentrados proteicos e Gérmen de alfarroba solúveis de peixe 150 Folhelho de uva Bagaço de grainha de uva Polpa de citrinos Repiso de tomate 34 OUTRAS PLANTAS, RESPECTIVOS PRODUTOS E SUBPRODUTOS MINERAIS Melaço de cana-de-açúcar Carbonato de cálcio Sacarose de cana 0 Fosfato dicálcico FORRAGENS E OUTROS ALIMENTOS GROSSEIROS Luzerna Palha de cereais tratada Fosfato monocálcico Bicabornato de sódio Cloreto de sódio Óxido de magnésio IACA Relatório de Atividades de 2011 Página 40
6 DIVERSOS ADITIVOS Gorduras vegetais sabões cálcicos Gorduras vegetais hidrogenadas Coccidiostáticos Aglutinantes Oleínas 494 Ureia e derivados Produtos e subprodutos das indústrias de panificação e Aminoácidos sintéticos massas Produtos e subprodutos de pastelaria e da indústria dos gelados 557 Conservantes 717 Leveduras 103 Antioxidantes Corantes 568 PRÉ-MISTURAS Aromatizantes 132 Vitaminas, pró-vitaminas e substâncias de efeito semelhante 333 Oligoelementos 343 Melhoradores da digestibilidade Estabilizadores da flora intestinal 268 Aves Adsorventes de micotoxinas 295 Bovinos Outros Suínos Ovinos e caprinos 237 Coelhos 288 Equinos 288 Peixes 189 Cães e gatos 151 Outros IACA Relatório de Atividades de 2011 Página 41
7 IACA Relatório de Atividades de 2011 Página 42
8 IACA Relatório de Atividades de 2011 Página 43
9 IACA Relatório de Atividades de 2011 Página 44
10 IACA Relatório de Atividades de 2011 Página 45
11 PRODUÇÃO DE ALIMENTOS COMPOSTOS PARA ANIMAIS (Milhares de Tons.) ANOS PRODUÇÃO POR ESPÉCIES OUTROS AVES BOVINOS SUINOS ANIMAIS TOTAIS / ANO VARIAÇÃO ANUAL ,61% ,83% ,04% ,11% ,46% ,26% ,56% ,01% ,41% ,56% ,06% ,37% ,52% ,99% ,08% ,66% ,14% ,46% ,93% ,74% ,23% ,68% ,89% ,00% ,37% ,92% ,63% ,31% ,59% ,40% IACA Relatório de Atividades de 2011 Página 46
12 CONSUMO DE MATÉRIAS -PRIMAS (Milhares de Tons) ANOS CEREAIS SEMENTES E BAGAÇOS PROD. SUBSTITUTOS CEREAIS DIVERSOS TOTAIS /ANO IACA Relatório de Atividades de 2011 Página 47
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