Endoscopia digestiva alta em crianças e adolescentes: correlação entre as indicações do exame e o diagnóstico etiológico

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1 1359 Endoscopia digestiva alta em crianças e adolescentes: correlação entre as indicações do exame e o diagnóstico etiológico Endoscopia digestiva alta en niños y adolescentes: correlación entre las indicaciones del examen y el diagnóstico etiológico Upper endoscopy in children and adolescents: correlation between indications and etiologic diagnosis Lucélia Paula Cabral Schmidt 1 *, Júlio Maria Fonseca Chebli 2 RESUMO Objetivos: As indicações e utilidades da endoscopia digestiva alta (EDA) vêm se expandindo no escopo da gastroenterologia pediátrica, permitindo uma melhor abordagem de diversas afecções gastrointestinais. Neste estudo, avaliaram-se as principais indicações da EDA com seus correlatos diagnósticos em crianças e adolescentes que se submeteram ao exame em um serviço de endoscopia especializado. Métodos: Neste estudo observacional retrospectivo, realizado entre março de 2007 a dezembro de 2014, foram extraídos os dados dos prontuários de crianças e adolescentes, entre 0 a 13 anos de 2007 a 2012, e de 0 a 17 anos de 2012 a 2014, que haviam se submetido à EDA. Resultados: O total de 426 prontuários foi inicialmente identificado como preenchendo os critérios de inclusão no estudo; destes, 16 foram mais tarde excluídos da análise e, portanto, 410 prontuários foram analisados no estudo. A idade variou de 1 mês a 17 anos com mediana de 8,8 anos, sendo 52,4% dos pacientes do sexo feminino. Epigastralgia e vômitos foram as principais indicações (52,4%) para realização da EDA. Do total de exames endoscópicos, quase metade (49%) não mostrou qualquer alteração. Esofagite de refluxo foi o diagnóstico mais observado (43,5%), seguida por nodosidade antral, estenose de esôfago, gastrite enantematosa e varizes de esôfago. Conclusões: Apesar da utilização da EDA em crianças ter aumentado drasticamente nas últimas décadas, não há, a rigor, um consenso baseado nos sintomas que ampare o médico em sua indicação desse procedimento. Isso se tornou visível com o alto percentual de exames normais observado neste estudo. Palavras-chave: Endoscopia; Crianças; Adolescentes, Indicações. ABSTRACT Background: The indications and uses of upper gastrointestinal endoscopy have been expanding in the scope of pediatric gastroenterology, allowing a better approach to several gastrointestinal disorders. In this study, it was evaluated the main indications of this procedure with its diagnostic correlates in children and adolescents who underwent the examination in a specialized endoscopy service. Methods: In this retrospective observational study, conducted between 2007 and 2014, data were extracted from the medical records of children and adolescents, between 0 and 13 years from 2007 to 2012, and from 0 to 17 years from 2012 to 2014, who was submitted to upper gastrointestinal endoscopy. Results: A total of 426 records were initially identified as fulfilling the inclusion criteria; of these, 16 were later excluded from the analysis and, therefore, 410 medical records were analyzed in the study. The age ranged from 1 month to 17 years, with a median of 8.8 years, of which 52.4% were female. Epigastralgia and vomiting were the main indications (52.4%). Of the total number of endoscopic exams, almost half (49%) showed no change. Reflux esophagitis was the most observed diagnosis (43.5%), followed by antral nodosity, esophageal stenosis, enanthematous gastritis and esophageal varices. Conclusions: Although the use of upper gastrointestinal endoscopy in children has increased in the last decades, there is, strictly speaking, no consensus based on the symptoms, which supports the physician in the, indication of this procedure. This became evident with the high percentage of normal exams observed in this study. Keywords: Endoscopy; Children; Adolescents; Indications. 1 Médica Pediatra, Mestre em Saúde pela UFJF e Professora Assistente da Faculdade de Medicina da Universidade/MG (UFJF). * lucelia.schmidt@yahoo.com.br ² Doutor em Gastroenterologia pela USP; Professor Titular da Faculdade de Medicina da UFJF. DOI: /REAS97_2017 Recebido em: 9/2017 Aceito em: 10/2017 Publicado em: 11/2017

2 1360 RESUMEN Objetivos: Las indicaciones y utilidades de la endoscopia digestiva alta (EDA) se han ampliado en el ámbito de la gastroenterología pediátrica, permitiendo un mejor abordaje de diversas afecciones gastrointestinales. En este estudio, se evaluaron las principales indicaciones de la EDA con sus correlatos diagnósticos en niños y adolescentes que se sometieron al examen en un servicio de endoscopia. Métodos: En este estudio observacional retrospectivo, realizado entre marzo de 2007 a diciembre de 2014, se extrajeron los datos de los prontuarios de niños y adolescentes, entre 0 a 13 años de 2007 a 2012, y de 0 a 17 años de 2012 a 2014, que se habían sometido a la EDA. Resultados: El total de 426 prontuarios fueron identificados inicialmente como cumpliendo los criterios de inclusión en el estudio; de ellos, 16 fueron más tarde excluidos del análisis y, por lo tanto, 410 prontuarios fueron analizados. Las edades oscilaron entre 1 mes y 17 años con una mediana de 8,8 años, siendo 52,4% de los pacientes femenino. La epigastralgia y los vómitos fueron las principales indicaciones (52,4%). Del total de exámenes endoscópicos, casi la mitad (49%) no mostró ningún cambio. Esofagitis de reflujo fue el diagnóstico más observado (43,5%), seguido por nodosidad antral, estenosis de esófago, gastritis enantematosa y varices de esófago. Conclusiones: A pesar de la utilización de la EDA en niños ha aumentado en las últimas décadas, no hay consenso basado en los síntomas que ampara al médico en su indicación de ese procedimiento. Esto se hizo visible con el alto porcentaje de exámenes normales observado en este estudio. Descriptores: Endoscopia, Niños, Adolescentes, Indicaciones. INTRODUÇÃO Desde a publicação do artigo seminal referente ao uso da endoscopia digestiva alta (EDA) em pacientes pediátricos em 1974 por Gleason Jr. e colegas, as indicações e utilidades deste procedimento diagnóstico e terapêutico vêm se expandindo no escopo da gastroenterologia pediátrica, permitindo uma melhor abordagem de diversas afecções gastrointestinais. Certamente, isto foi facilitado pelo desenvolvimento de aparelhos de menor calibre, os quais possibilitaram a realização do exame em lactentes e neonatos (HARGROVE et al., 1984). Por se tratar de exame invasivo, requerendo na maioria das vezes anestesia geral, a realização deste procedimento ainda apresenta grande resistência tanto entre os pediatras quanto pelos familiares dos pacientes, o que pode impedir ou retardar um diagnóstico mais precoce. As indicações e os diagnósticos da EDA em pediatria são frequentemente diferentes daquelas dos adultos (FERREIRA et al., 1998). As doenças gastrointestinais na infância representam um grande grupo de desordens inflamatórias, infecciosas, metabólicas e congênitas, na maioria das vezes de caráter benigno. Por isso, a decisão de realizar ou não o procedimento nessa faixa etária passa por raciocínio clínico diferente do que ocorre em adultos. Essa decisão depende do potencial benefício que o exame pode trazer para o diagnóstico, tratamento e prognóstico do paciente, comparado aos seus riscos e complicações. Ao contrário do que ocorre em adultos, doenças malignas e tumores do sistema digestivo são incomuns em crianças, as quais apresentam com maior frequência queixas funcionais. Assim, dentre as indicações diagnósticas citadas na literatura para a realização de EDA em pediatria destacam-se dor abdominal, epigastralgia, vômitos, disfagia, hemorragia digestiva alta e failure to thrive (THOMSON et al., 2017). Há que ressaltar algumas situações muito específicas dessa faixa etária, como a ingestão de cáusticos e a retirada de corpo estranho. Essa última condição é uma das mais frequentes indicações de endoscopia terapêutica, sendo as moedas os corpos estranhos mais ingeridos pelas crianças. No caso da ingestão de substâncias ácidas ou alcalinas, a endoscopia tem sido empregada nas primeiras 24 h para evidenciar a presença da lesão, decidir sobre o melhor tratamento e antecipar complicações (SOUZA et al., 2012). As malformações do trato gastrintestinal também são responsáveis por indicações de EDA, tendo valor diagnóstico, terapêutico e de acompanhamento neste contexto, como no caso da atresia de esôfago (THOMSON et al., 2017). Outro dado importante acerca da endoscopia pediátrica é a observação cada vez maior de pacientes dessa faixa etária com sequela neurológica, advindos do progresso tecnológico utilizado nas modernas unidades de tratamento intensivo neonatal. Com isso, há crescente demanda de endoscopia terapêutica para colocação de sonda de gastrostomia percutânea como via alternativa para alimentação (ESPGHAN, 2015). O Serviço de Endoscopia Digestiva do Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora/MG (HU/EBSERH UFJF) recebe pacientes pediátricos de toda macrorregião sudeste de Minas

3 1361 Gerais e têm arquivados os laudos das endoscopias digestivas altas (EDA) realizadas nesse grupo pediátrico. A observação de um número crescente de pacientes desde a implantação do procedimento para público infantil suscitou a necessidade de um melhor entendimento acerca das principais indicações e os respectivos diagnósticos etiológicos obtidos através da realização de EDA nas crianças em nossa região. Assim, neste estudo, pretende-se avaliar as principais indicações da EDA com seus correlatos diagnósticos em crianças e adolescentes que se submeteram a este exame no Serviço de Endoscopia do HU/CAS UFJF, entre março de 2007 a dezembro de Além disso, objetivou-se identificar e comparar as diferenças nas indicações preconizadas do exame com seus respectivos diagnósticos etiológicos finais entre as diferentes faixas etárias pediátricas (lactente, pré-escolar, escolar e adolescente). MÉTODOS O HU-EBSERH/UFJF atende a uma população de aproximadamente pacientes oriundos de toda macrorregião sudeste de Minas Gerais (SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE/MG, 2017), sendo o primeiro hospital público da região a realizar EDA em crianças e adolescentes. Neste estudo observacional retrospectivo foram extraídos os dados dos prontuários de crianças e adolescentes, entre 0 a 13 anos de 2007 a 2012, e de 0 a 17 anos de 2012 a 2014, que haviam se submetido à EDA no Serviço de Endoscopia Digestiva do HU-EBSERH/UFJF. Até o ano de 2012 pela política pública de saúde vigente era considerado paciente pediátrico aquele com até 13 anos de idade. Isso servia como pré-requisito para ser internado na enfermaria de Pediatria e também para ingressar nos ambulatórios das especialidades pediátricas do hospital. A partir de 2012, houve mudança nesse paradigma, o que permitiu a inclusão dos pacientes adolescentes até 17 anos na amostra. Os dados foram extraídos dos prontuários dos pacientes através do sistema de informática do hospital (Aplicativo de Gestão para Hospitais Universitários AGHU) e também dos arquivos do Serviço de Arquivo Médico e Estatística (SAME) do HU/UFJF. Após a identificação do paciente que se submeteu à EDA no período, os seguintes dados de cada indivíduo foram registrados: sexo, idade, indicação do exame e diagnóstico endoscópico e/ou histopatológico. Aqueles pacientes que necessitaram de mais de um exame endoscópico, só tiveram o primeiro procedimento incluído no estudo. Os pacientes com registro incompleto de dados nos prontuários foram excluídos da análise. O estudo foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa do HU/UFJF e teve aprovação em outubro de 2015 (sob número ). Considerando que foi realizado um estudo retrospectivo, cuja fonte de informações foram dados provenientes dos laudos de exames referentes a um grande número de crianças e adolescentes, aos quais não se tem mais acesso, seja pela perda de seguimento ou pelo falecimento dos mesmos, não se justifica a obtenção de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido em Caso de Participação de Menor e Termo de Assentimento. As indicações da EDA foram categorizadas em variáveis, a saber: dor abdominal, suspeita de doença celíaca, disfagia, hemorragia digestiva, epigastralgia, hipertensão porta, vômitos, ingestão de cáustico ou corpo estranho, vômitos e epigastralgia concomitantes, vômitos e dor abdominal concomitante, anemia e failure to thrive. Considerou-se suspeita de doença celíaca aquele paciente que apresentasse clínica compatível e/ou alteração sorológica que justificasse o procedimento. Dentro do grupo de pacientes com epigastralgia incluiu-se aqueles que apresentavam sintomas compatíveis com doença do refluxo gastresofágico, incluindo pirose e regurgitação. As alterações encontradas na EDA também foram divididas em exame normal, esofagite de refluxo, esofagite cáustica, sugestivo de esofagite eosinofílica, gastrite enantematosa, gastrite erosiva, nodosidade antral, estenose de esôfago, duodenite erosiva, varizes de esôfago, presença de corpo estranho e outras alterações. Nessa última categoria estão incluídos achados de mucosa ectópica, pâncreas ectópico, hérnia hiato, fístula, e megaesôfago.

4 1362 A indicação de se realizar biópsia endoscópica dependeu do julgamento da necessidade da mesma pelo médico endoscopista que realizou o exame. Assim, nem todos os pacientes foram submetidos a biópsias endoscópicas. Quando presente, a biópsia foi dividida em: sem alterações histopatológicas significativas; presença de esofagite; presença de gastrite; compatível com esofagite eosinofílica; compatível com doença celíaca e pólipo. RESULTADOS Foi feita análise descritiva da amostra utilizando o software SPSS versão 13.0 (IBM, USA). O total de 426 prontuários de pacientes foi inicialmente identificado como preenchendo os critérios de inclusão no estudo; destes, 16 foram excluídos da análise (15 pacientes estavam com dados incompletos e 1 paciente não concluiu o exame por dificuldade técnica de sedação) e, portanto, 410 pacientes foram incluídos no estudo. A idade variou de 1 mês a 17 anos com mediana de 8,8 anos, sendo 52, 4% dos pacientes do sexo feminino. As principais indicações para realização da EDA estão sumarizadas no grafico1, sendo epigastralgia e vômitos responsáveis por 52,4% de todas as indicações para realização da EDA. Do total de 410 exames realizados, quase metade (49%) não mostrou qualquer alteração. Esofagite de refluxo foi a alteração endoscópica mais encontrada (43,5%), seguida em ordem decrescente por nodosidade antral, estenose de esôfago, gastrite enantematosa e varizes de esôfago (Gráfico 2). A tabela1 demonstra as indicações e os diagnósticos endoscópicos estratificados de acordo com a faixa etária. Considerando-se as diferentes faixas etárias pediátricas, a saber: lactente (0 a 2 anos), pré-escolar (2 a 4 anos), escolar (5-10 anos) e adolescente (11-17 anos), verificou-se que a epigastralgia e os vômitos foram as duas principais indicações para realização da EDA em todas as idades, à exceção do lactente em que predominou disfagia e ingestão de cáustico ou corpo estranho. A esofagite de refluxo foi o diagnóstico endoscópico mais frequente em pré-escolares, escolares e adolescentes. Esses três grupos etários tiveram também cerca de metade dos exames anormais (47,5%, 51,4% e 47,1%, respectivamente). No lactente, 50% das endoscopias mostraram alterações significativas, sendo a estenose de esôfago o achado mais frequente (22,4%). Nos pacientes pré-escolares, escolares e adolescentes, o principal achado endoscópico na presença de epigastralgia, como o único sintoma, foi esofagite de refluxo, observada em 40%, 30,4% e 22,1%, respectivamente. Resultado semelhante foi encontrado nos pacientes com vômitos isolados ou vômitos associado à epigastralgia, exceto na faixa etária pré-escolar que apresentou a totalidade dos exames normais quando a indicação foi vômitos e epigastralgia. Gráfico 1 Principais indicações (em %) da endoscopia digestiva alta em crianças e adolescentes entre os anos de 2007 a ,6 17,6 37,8 Epigastralgia Vômitos 6,3 Disfagia 6,6 Suspeita doença celíaca 12,4 14,6 Dor abdominal Hemorragia gigestiva Outros Fonte: Dados da pesquisa.

5 1363 Gráfico 2 Principais resultados (em %) da endoscopia digestiva alta em crianças e adolescentes entre os anos de 2007 a , ,7 6,2 20,7 Fonte: Dados da pesquisa. Tabela 1 Diagnósticos endoscópicos em crianças e adolescentes no período de 2007 a 2014 estratificado pela faixa etária. Diagnóstico Lactente Faixas Etárias Pré-Escolar Escolar Adolescente Normal 50,0 47,5 51,4 47,1 Esofagite de refluxo 6,9 23,7 28,6 21,6 Sugestiva de esofagite eosinofílica - 1,7 2,9 0,7 Gastrite enantematosa 1,7-2,9 5,9 Gastrite erosiva - 3,4 4,3 2,0 Nodosidade antral - 1,7 5,0 11,1 Estenose esôfago 22,4 8,5 2,1 1,3 Duodenite erosiva 1,7-1,4 1,3 Varizes de esôfago 6,9 5,1-3,9 Corpo estranho 5,2 1,7 - - Esofagite cáustica 1, ,7 Outros 3,4 6,8 1,4 4,6 Total 100,0 100,0 100,0 100,0 Fonte: Dados da pesquisa.

6 1364 Foram realizadas biópsias em 199 (48,5%) pacientes, sendo que 50,3% mostravam-se alterações significativas. Gastrite foi o achado histopatológico mais frequente (79%), seguido por esofagite eosinofílica e doença celíaca (Tabela 2). Vinte e três pacientes (5,6%) necessitaram de algum procedimento endoscópico durante a realização do exame. A dilatação endoscópica foi realizada em 13 pacientes (3,2%), seguida pela gastrostomia endoscópica percutânea como o segundo procedimento mais frequente (2,4%). Nenhum óbito ou complicação grave foi registrado como consequência do procedimento. DISCUSSÃO A partir do momento em que a gastroenterologia se tornou uma subespecialidade pediátrica houve o crescimento da experiência em endoscopia em crianças, tanto diagnóstica quanto terapêutica. Esse aumento na experiência se traduziu num incremento no número de exames realizados que vêm aumentando paulatinamente nas últimas décadas (FRANCIOSI et al., 2010). Atualmente, a EDA é o procedimento endoscópico mais frequentemente realizado em crianças (SOUZA et al., 2008). A idade dos pacientes submetidos à EDA no HU-EBSERH/UFJF teve grande variação, de um mês a 17 anos, sem diferença entre os gêneros, confirmando a segurança do exame mesmo em lactentes, desde que realizado por profissionais experientes (HARGROVE et al., 1984). Quando a EDA começou a ser realizada em crianças e adolescentes não havia ainda indicações claras para seu uso, sendo que os primeiros artigos publicados foram relatos de casos que descreviam o emprego da técnica. Mas, a hemorragia digestiva alta sempre foi uma das primeiras indicações para realização de EDA em pediatria visando à identificação de possíveis sítios de sangramento digestivo (FREEMAN, 1973; GLEASON JÚNIOR et al., 1974; GANS et al., 1975). No passado, dor abdominal foi a principal indicação para a realização de endoscopia em crianças (FERREIRA et al., 1998), mas pelo alto índice de causas funcionais nessa faixa etária, a mesma foi perdendo espaço. Aos poucos, outras situações clínicas foram necessitando desse exame para seu esclarecimento diagnóstico. Assim, vômitos, epigastralgia e disfagia permanecem como importantes indicações para realização do exame, seguidos de anemia e failure to thrive (ESPGHAN, 2017). Tabela 2 Resultados das biópsias endoscópicas realizadas em crianças e adolescentes no período de 2007 a Indicação Normal Alterada Resultados das Biopsias Gastrite Esofagite Esofagite Eosinofílica Doença Suspeita doença celíaca 77,8 22, ,7 50 Disfagia ,3 33,3 22,2 Hemorragia digestiva alta Epigastralgia 40,9 59,1 94,2 1,9 3,8 Dor abdominal 36,4 63, Anemia Vômitos 51,9 48,1 69,2 7,7 15,4 - Vômitos + Epigastralgia 45,5 54,5 83,3-16,7 - Fonte: Dados da pesquisa. Celíaca

7 1365 No estudo corrente, epigastralgia e vômitos corresponderam a mais da metade de todas as indicações (52,4%), seguidos pela disfagia. Todos os pacientes com suspeita clínica de doença celíaca ou que já apresentavam alteração nas sorologias para screening de doença celíaca (anticorpos antigliadina das classes IgA e IgG e/ou antitransglutaminase tecidual classe IgA, além da dosagem de IgA sérica) foram encaminhados à EDA para que fosse realizada a biópsia duodenal para confirmação desta afecção, conforme preconiza a Sociedade Europeia de Gastroenterologia Pediátrica (ESPGHAN, 2012). Apesar do crescimento no número de endoscopias pediátricas nas últimas décadas, a percentagem de exames normais observadas neste estudo foi relativamente alta (49%), em concordância com outros pesquisadores (NOBLE et al., 2008). Esse achado se manteve quando foram avaliadas as diversas faixas etárias pediátricas. Os pacientes que realizaram a EDA no HU-EBSERH/UFJF tinham como porta de entrada não só os ambulatórios específicos de Gastroenterologia Pediátrica, mas também eram encaminhados diretamente da rede pública de assistência municipal ou estadual. Nossos achados sugerem que, além de exames endoscópicos estarem sendo realizados desnecessariamente, em muitos casos, esse elevado percentual de exames normais acarreta também um alto impacto nos custos da saúde pública. Para reduzir esse impacto, uma medida a ser adotada seria que todos os pacientes fossem encaminhados ao ambulatório da especialidade antes de serem referendados ao exame, para que sejam eliminados alguns vieses de indicação. Essa medida já foi apontada em estudo francês publicado em 2007 para melhor adequação do exame à prática clínica (JANTCHOU et al., 2007). Outra importante medida seria o desenvolvimento de outros estudos em endoscopia pediátrica baseados nos últimos consensos publicados, que poderiam interligar melhor suas indicações e seus resultados. Quando separamos as indicações por faixa etária, observamos que epigastralgia foi responsável pela maioria dos exames realizados em adolescentes (56,2%) e escolares (40%). Além do fato dos sintomas dispépticos serem mais prevalentes nessas faixas etárias, é também nessas idades que o paciente consegue definir melhor sua queixa, podendo caracterizá-la mais acuradamente. Os vômitos representaram a segunda indicação mais encontrada em crianças maiores de 5 anos e adolescentes. No pré-escolar houve uma inversão, com maior número de pacientes com vômitos (30,5%) em relação à epigastralgia (17%). Entre os lactentes, disfagia foi a indicação mais observada (34,5%). É nesse grupo etário onde são diagnosticados os defeitos anatômicos congênitos do trato gastrointestinal como atresia esôfago, membrana duodenal ou estenose congênita de esôfago. Outra característica dessa faixa etária é o risco aumentado de ingestão de corpo estranho ou de substâncias cáusticas, sendo essa a segunda indicação mais encontrada no nosso estudo (19%). A ingestão acidental de substâncias corrosivas pode causar sérios danos ao trato digestivo e tem um pico de incidência aos dois anos de idade. Em estudo realizado em Belo Horizonte entre março de 1993 e julho de 2011 com dados de três centros de endoscopia pediátrica (total = exames), foram encontrados 120 casos de ingestão de substâncias cáusticas e 103 de ingestão de corpo estranho (FRANCO NETO et al., 2012). Em países desenvolvidos existe legislação protetora da criança que exige que fabricantes de materiais potencialmente corrosivos tenham um lacre de segurança que impedem sua fácil abertura. É necessário educação da população brasileira e a regulamentação da venda desses produtos para diminuirmos essa elevada taxa. Dentre todos os exames alterados, o achado endoscópico mais comum foi a esofagite de refluxo (43,5%), seguida por nodosidade antral (12%) e estenose de esôfago (11%). Quando se avaliou alteração endoscópica entre as diversas faixas etárias pediátricas, notou-se que esofagite de refluxo também foi a principal alteração endoscópica entre adolescentes, escolares e pré-escolares. Estes resultados sugerem fortemente que em pacientes apresentando epigastralgia com ou sem vômitos, o teste terapêutico com um dos inibidores de bomba de prótons pode ser uma estratégia custo-efetiva, visto a elevada probabilidade do diagnóstico de esofagite de refluxo subjacente. Tal estratégia pode reduzir o número de endoscopias nestas faixas etárias sem aumentar a morbidade, permitindo o direcionamento de exames endoscópicos para pacientes que apresentam maior risco de apresentarem afecções potencialmente mais graves. Por outro

8 1366 lado, entre os lactentes, estenose esofágica foi mais prevalente, correspondendo a 22,4% de todas as EDA alteradas. No nosso estudo, em 48,5% das endoscopias digestivas altas foram realizadas biópsias, sendo gastrite a alteração histológica mais encontrada (79%). Essa prevalência se manteve quando foram analisadas as principais indicações separadamente. É importante notar que esofagite eosinofílica e suspeita clínica ou sorológica de doença celíaca necessitam da biópsia para confirmação de seu diagnóstico. Assim, quando considerado disfagia, principal sintoma de esofagite eosinofílica, 50% das biópsias realizadas foram alteradas, sendo que em 22,2% das amostras houve a confirmação diagnóstica. Já nos casos suspeitos de doença celíaca, somente 22,2% das biópsias foram alteradas, sendo que houve confirmação dessa condição em 50% das amostras. Em outros 16,7% havia alteração histológica compatível com esofagite eosinofílica. Isso mostra a importância da realização da biópsia durante a EDA, pois há doenças que terão seu diagnóstico confirmado somente com essa estratégia. Apesar de pouca evidência científica, a Sociedade Europeia de Gastroenterologia Pediátrica sugere biópsias seriadas de rotina para todos os exames realizados, independente se há alteração endoscópica visível ou não (ESPGHAN, 2017). Somente 5,6% dos pacientes foram submetidos a algum procedimento durante a EDA, sendo a dilatação esofágica o mais executado. Dez pacientes se beneficiaram da colocação endoscópica de sonda de gastrostomia, seja como via alternativa de alimentação seja para proteção de vias aéreas superiores em pacientes com sequela neurológica. Algumas das limitações do presente estudo estão relacionadas a seu desenho clínico. Trata-se de estudo retrospectivo, envolvendo observação por longo período de tempo e com informações extraídas de prontuários médicos. Assim, é inevitável que algumas das indicações da EDA tenham sido modificadas ao longo do período de observação. Também, os exames endoscópicos foram solicitados por diversos médicos que trabalhavam em locais distintos do sistema público de saúde e, em grande parte, não especialistas, justificando, pelo menos parcialmente, a elevada taxa de exames normais encontrados, possivelmente por indicação excessiva da EDA em alguns cenários clínicos onde a EDA poderia ser prescindível. Adicionalmente, a realização de biopsias endoscópicas dependeu da decisão do endoscopista não tendo seguido um protocolo padronizado. Este fato pode ter levado a omissão de alguns diagnósticos que dependem fundamentalmente da realização de biopsias, como por exemplo, esofagite eosinofílica e doença celíaca. Por outro lado, uma importante força de nosso estudo refere-se ao número considerável de crianças e adolescentes submetidos à EDA e que tiveram seus dados analisados, sendo todos os exames realizados no mesmo serviço especializado e com profissionais qualificados para a realização de endoscopia digestiva. CONCLUSÕES A EDA tornou-se uma ferramenta primordial para a prática da gastroenterologia pediátrica. A epigastralgia, vômitos e disfagia foram as principais indicações para realização do exame nesse estudo. Em lactentes com disfagia, a EDA foi útil para descartar anomalias anatômicas e ingestão de corpo estranho ou cáustico, muito prevalentes nessa faixa etária. Por outro lado, em crianças maiores de 2 anos e adolescentes, especialmente que apresentavam epigastralgia e/ou vômitos, esofagite de refluxo foi a alteração endoscópica mais encontrada, sugerindo fortemente que o teste terapêutico prévio com inibidores de bomba de prótons pode ser seguramente realizado nesta população precedendo ou mesmo dispensando a realização de EDA neste cenário clínico. Em pacientes pediátricos, mesmo em vigência de mucosa normal, as biópsias endoscópicas devem ser rotineiramente realizadas, pois há importantes afecções que podem ser detectadas apesar da aparência endoscópica normal da mucosa (por exemplo, esofagite eosinofílica e doença celíaca), ou que necessitam da confirmação histológica. Apesar da utilização da EDA em crianças ter aumentado drasticamente nas últimas décadas, não há, a rigor, um consenso baseado nos sintomas que ampare o médico em sua indicação desse procedimento. Isso se tornou visível com o alto percentual de exames normais observado neste estudo. Novos estudos devem ser encorajados evitando, assim, exames desnecessários na população pediátrica.

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