Unidade: Os meios de solução dos conflitos internacionais. Unidade I:

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Unidade: Os meios de solução dos conflitos internacionais. Unidade I:"

Transcrição

1 Unidade: Os meios de solução dos conflitos internacionais Unidade I: 0

2 Unidade: Os meios de solução dos conflitos internacionais 1. Considerações iniciais A própria expressão conflitos internacionais já indica a existência de divergências de qualquer natureza entre os sujeitos de Direito Internacional. A inexistência de um Poder Judiciário com jurisdição sobre toda a comunidade internacional induz os envolvidos a buscarem soluções adequadas às suas controvérsias. Alguns documentos como a Carta das Nações Unidas, em seu artigo 33, enunciam os meios pacíficos: 1. As partes numa controvérsia, que possa vir a constituir uma ameaça à paz e à segurança internacionais, procurarão, antes de tudo, chegar a uma solução por negociação, inquérito, mediação, conciliação, arbitragem, via judicial, recurso a organizações ou acordos regionais, ou qualquer outro meio pacífico à sua escolha. 2. O Conselho de Segurança convidará, se o julgar necessário, as referidas partes a resolver por tais meios as suas controvérsias. Carta da Organização dos Estados Americanos (OEA), de 1948, artigos 25 e 26: Art. 25. São processos pacíficos: a negociação direta, os bons ofícios, a mediação, a investigação e conciliação, o processo judicial, a arbitragem e os que sejam especialmente combinados, em qualquer momento, pelas partes. Art. 26. Quando entre dois ou mais Estados americanos surgir uma controvérsia que, na opinião de um deles, não possa ser resolvida pelos meios diplomáticos comuns, as partes deverão convir em qualquer outro processo pacífico que lhes permita chegar a uma solução. Antes de enumerar as diversas formas de se solucionar as querelas entre os países, deve-se pontilhar que os mesmos possuem ingente liberdade para escolher os mecanismos que julguem mais adequados para a resolução. 1

3 O estudo dos mecanismos de solução de disputas internacionais será bifurcado em duas vertentes: meios pacíficos (ou amistosos) e não-pacíficos (ou coercitivos). 2. Meios pacíficos de solução de controvérsias internacionais A classificação dos meios de resolução dos conflitos se apresenta de acordo com o critério dos participantes no processo (casos em que participam apenas as partes envolvidas na controvérsia; e os que também participam terceiros) e da natureza dos meios utilizados (incluem-se as formas jurisdicionais e as não jurisdicionais) Meios não jurisdicionais Meios diplomáticos Negociação: tratativas diretas, envolvendo apenas as partes interessadas. Bons ofícios: um terceiro sujeito de DIP procura viabilizar canais de negociação. Ocorre quando os litigantes (Estados) não mantêm relações diplomáticas. A iniciativa parte do terceiro. Seu papel se limita à aproximação. O terceiro não intervém na resolução da disputa. Mediação: o terceiro age como autêntico mediador entre os contendores. Cabe a eles (litigantes), no entanto, compor a lide. Sistema de consultas: por meio de acordo, as partes antecipam a realização de consultas regulares, no intuito de aparar eventuais onflitos. Inquérito: uma comissão procede à investigação dos fatos relacionados a conflito, com vistas a facilitar esclarecimentos e deliberações. Conciliação: comissão (colegiado) qualificada elabora relatório com propostas de acordo não vinculativas Meios políticos ONU (Conselho de Segurança e Assembléia Geral). Emitem recomendações, não vinculativas. Apesar de não serem autoexecutórias, podem dar ensejo a sanções ou restrições por parte dos países-membros. 2

4 Órgãos regionais (semelhantes à ONU). Caso do OEA. Órgãos políticos das Nações Unidas: Referem-se a decisões políticas do Conselho de Segurança e da Assembléia Geral. Só se posicionam em conflitos os quais gerem certo grau de comprometimento à paz e segurança internacional. Podem emitir opinião acerca do assunto sem o consentimento de uma das partes ou de nenhuma delas. Ressaltem-se o caráter de recomendação e não vinculante das soluções de ambos os órgãos. Órgãos de âmbito regional ou especializado: Possuem procedimentos e órgãos semelhantes aos da ONU, os quais também emitem soluções não obrigatórias a situações de conflito Meios jurisdicionais Tribunais internacionais permanentes À semelhança do que se verifica no direito interno, o Direito Internacional conta com entidades judiciárias permanentes, integradas por magistrados independentes, tendo como principal escopo dirimir conflitos internacionais. Atribui-se a condição de Tribunal Permanente a tais Cortes quando têm atuação perene, contínua, distinguindo-se dos tribunais ad hoc, instaurados com caráter transitório e propósito de apreciar casos específicos. Como regra, os Tribunais Permanentes podem ser acionados por sujeitos de Direito Internacional Público (Estados soberanos e organizações internacionais). Significa dizer que somente Estados e organizações internacionais reconhecidos pela sociedade internacional terão legitimidade para integrar processo aforado perante órgão judiciário internacional. Tal exigência é extensível a representantes e governos. Somente aqueles reconhecidos internacionalmente poderão atuar em nome de seus Estados. Quanto à jurisdição espacial (ou territorial), os Tribunais podem ser universais ou regionais. A Corte Internacional de Justiça é exemplo de Tribunal de abrangência mundial, ao passo que a Corte Interamericana de Direitos Humanos tem sua competência circunscrita ao continente americano. 3

5 A Corte Centro-Americana de Justiça ( ) ostenta o título de primeiro Tribunal Permanente, sendo mais antiga que a Corte Permanente de Justiça Internacional Corte Internacional de Justiça A Corte Internacional de Justiça (CIJ) é um órgão permanente da ONU, dotado de dupla função jurisdicional, consultiva e contenciosa (matéria nãopenal). Surgiu depois da Segunda Guerra Mundial, por intermédio da Convenção de São Francisco. Herdou o acervo histórico e jurídico da Corte Permanente de Justiça Internacional (CPJI). Na função contenciosa, o Estatuto da CIJ só admite a jurisdição de Estados, isto é, os demais sujeitos de DIP, como as organizações internacionais não têm legitimidade para demandar lides na CIJ. Diferentemente da arbitragem, as partes litigantes não precisam firmar qualquer compromisso prévio de reconhecimento da jurisdição da CIJ. Qualquer dos Estados litigantes pode reclamar a intervenção da CIJ, independentemente da vontade da parte adversa. Os Juízes são eleitos para mandatos de nove anos, sendo franqueada uma recondução. São escolhidos independentemente de nacionalidade (não deve haver mais de nacional de cada Estado), dentre juristas com reconhecida competência e idoneidade. Sobre a nacionalidade de juízes em casos concretos, vale a pena transcrever o art. 31 do Estatuto da CIJ: 1. Os juizes da mesma nacionalidade de qualquer das partes conservam o direito de intervir numa causa julgada pela Corte. 2. Se a Corte incluir entre os seus membros um juiz de nacionalidade de uma das partes, qualquer outra parte poderá designar uma pessoa para intervir como juiz. Essa pessoa deverá, de preferência, ser escolhida de entre as que figuraram como candidatos, nos termos dos artigos 4 e Se a Corte não incluir entre os seus membros nenhum juiz de nacionalidade das partes, cada uma destas poderá proceder à escolha de um juiz, em conformidade com o nº 2 deste artigo. 4. As disposições deste artigo serão aplicadas aos casos previstos nos artigos 26 e 29. Em tais casos, o presidente 4

6 solicitará a um ou, se necessário, a dois dos membros da Corte que integrem a câmara que cedam seu lugar aos membros da Corte de nacionalidade das partes interessadas e, na falta ou impedimento destes, aos juizes especialmente designados pelas partes. 5. No caso de haver diversas partes com interesse comum na mesma causa, elas serão, para os fins das disposições precedentes, consideradas como uma só parte. Qualquer dúvida sobre este ponto será resolvida por decisão da Corte. 6. Os juizes designados em conformidade com os nº 2, 3 e 4 deste artigo deverão preencher as condições exigidas pelos artigos 2, 17 nº 2, 20 e 24 do presente Estatuto. Tomarão parte nas decisões em condições de completa igualdade com os seus colegas. Como dispõe o dispositivo acima, podem ser convocados juízes ad hoc (não permanentes), para atuar em casos pontuais, por razões de nacionalidade. Podem dirigir consultas e demandas à CIJ os órgãos das Nações Unidas, bem como seus membros. A jurisdição da Corte abrange (art. 36 do seu Estatuto): a) a interpretação de um tratado; b) qualquer ponto de direito internacional; c) a existência de qualquer fato que, se verificado, constituiria violação de um compromisso internacional; d) a natureza ou extensão da reparação devida pela ruptura de um compromisso internacional. Confiram-se outros aspectos relevantes do Estatuto da CIJ: Art. 59: A decisão da Corte só será obrigatória para as partes litigantes e a respeito do caso em questão. Art. 60: A Sentença é definitiva e inapelável. Em caso de controvérsia quanto ao sentido e ao alcance da sentença, caberá à Corte interpretá-la a pedido de qualquer das partes. Art. 65: A Corte poderá dar parecer consultivo sobre qualquer questão jurídica a pedido do órgão que, de acordo com a Carta nas Nações Unidas ou por ela autorizado, estiver em condições de fazer tal pedido. 5

7 Arbitragem A arbitragem é uma modalidade de resolução de litígios internacionais, na qual os litigantes elegem parâmetros para que uma ou mais pessoas resolvam dada querela. A arbitragem depende de prévio acordo entre as partes. Tal convenção resulta numa cláusula (ou compromisso) arbitral, na qual estão dispostas as regras para dirimir eventuais contendas. No próprio compromisso arbitral as partes indicam como serão escolhidos os árbitros e as cláusulas processuais. A arbitragem se distingue da mediação, uma vez que esta resulta em mero conselho, recomendação. A arbitragem culmina numa sentença arbitral vinculativa e irrecorrível, isto é, uma vez proferida cabem às partes necessariamente observá-la e atendê-la. A arbitragem ou a sentença arbitral pode ser anulada em casos excepcionais, tais como: quando verificado excesso por parte de árbitro ou tribunal; quando a sentença estiver fundada em fraude ou da deslealdade; quando a sentença for prolatada por árbitros incapazes, de fato ou de direito; quando houver violação a princípios fundamentais de direito, como ampla defesa e contraditório Dos conflitos resolvidos no âmbito das organizações internacionais Cada vez mais as organizações internacionais ganham projeção no cenário internacional. Aludiu-se acima às organizações de caráter político, tais como ONU e OEA. Occore que há também as organizações que orientam suas decisões por critérios técnicos. Atuam como protagonistas na solução de inúmeros litígios internacionais. Aqui serão mencionadas a OMC e o MERCOSUL OMC Quando um membro da OMC se sente prejudicado por medida de outro membro pode apresentar um pedido de consulta junto à OMC. Os litígios levados à OMC submetem-se inicialmente a uma tentativa de negociação. O Estado demandado tem dez dias para pronunciar-se. As negociações duram aproximadamente 30 dias. 6

8 A frustração nas negociações dá ensejo a um pedido de instauração de um painel, pelo Órgão de Solução de Controvérsias da OMC. O(s) grupo(s) especial(is) a apreciarem a lide conta(m), em princípio, com três integrantes, escolhidos entre uma lista de pessoas suficientemente habilitadas para a atividade, sendo vedada a participação de nacionais dos países em disputa. O painel então apreciará a lide e emitirá um posicionamento/relatório, com recomendações. No âmbito da OMC há um Órgão de Apelação das decisões tomadas pelo Órgão de Solução de Controvérsias. É composto por sete membros permanentes, com mandatos de 4 anos, de comprovada experiência no ramo do direito e comércio internacional, não podendo estar vinculados a país algum. Este posicionamento deverá ser acatado pela parte vencida. A sua inobservância dará margem a compensações/retaliações. Após a adoção do relatório, inicia-se a fase de aplicação das recomendações estipuladas, sendo o Órgão de Solução de Controvérsias responsável pelo seu monitoramento. É a fase de execução, que se inicia com a comunicação, por parte do país ao qual foi dirigida a recomendação, sobre suas intenções a respeito da adequação da política comercial tida como inadequada e sobre os prazos necessários para fazê-la, se não for possível fazê-lo de imediato. Tal prazo deve ser razoável, proposto pela parte vencida, por convenção entre os litigantes ou arbitrado. Se o país demandado agir de má fé na implementação das resoluções, pode ser penalizado através de compensações e suspensão de concessões ou outras obrigações, sendo este o último recurso do qual pode utilizar-se um membro que se veja prejudicado por outro. Esta solução não é automática, devendo ser requerida pelo país demandante e autorizada pela organização. Porém, não é tão simples conseguir esta autorização, pois a OMC dá preferência à implementação das recomendações16. A solução de discordâncias a respeito de outras, ficam a cargo de um painel de revisão, que em princípio é formado pelo mesmo grupo especial que examinou a questão. 7

9 Mercosul Sugerimos a leitura do artigo disponível no endereço eletrônico a seguir: 3. Meios coercitivos pacíficos de solução de controvérsias internacionais 3.1. Retorsão É o ato pelo qual a parte ofendida se vale das mesmas medidas tomadas pelo ofensor para replicar dano sofrido. Equipara-se ao princípio da Lei de Talião, "dente por dente, olho por olho". A nota característica da retorsão é que tanto a conduta do ofensor quanto do ofendido são legítimas do ponto de vista do Direito Internacional. Determinado sujeito de DIP pratica ato lícito que, apesar de sua licitude, resulta em prejuízo a outro sujeito. São exemplos de retorsão: fechamento de portos aos navios de certo Estado; a concessão de certos privilégios ou vantagens aos nacionais de um Estado, simultaneamente, com a recusa dos mesmos favores aos nacionais de outro Estado - aumento de tarifas de um determinado produto alfandegário. Frise-se que todas as situações ilustrativas mencionadas são legítimas sob o estrito prisma legal. Todos decorrem do regular exercício da soberania. Contudo, terminam por lesionar interesses de outro sujeito de DIP Represálias As represálias são medidas coercitivas tomadas por um sujeito de DIP em reação a atos ilícitos praticados, em seu prejuízo, por outro sujeito de DIP. Tratam-se de medidas que violam a ordem internacional. Podem ser violentas ou não. Em geral, são contrárias a regras ordinárias do Direito das Gentes e empregadas por um Estado contra outro, que viola ou violou o seu direito ou de seus nacionais. São formas de autotutela, que, apesar de tudo, têm sido justificadas por representar uma resposta a uma violação anterior ao Direito Internacional, situação similar a uma espécie de legítima defesa de interesses. 8

10 A distinção entre retorção e represália encontra-se na origem do ato combatido. Enquanto na retorção o ato repudiado é lícito, a retaliação se volta contra prática ilícita. Exemplos de represália: o seqüestro de bens e de valores pertencentes ao Estado, ou, a seus nacionais; a interrupção das relações comerciais; a expulsão de nacionais do estado que transgrediu as normas internacionais, ou a sua prisão como reféns; a recusa de executar os tratados vigentes ou sua denúncia, a retirada dos privilégios e favores concedidos aos cidadãos do estado; a ocupação do território, como medida coercitiva. As represálias, por serem reação contra um delito no plano internacional, figura dentre os meios mais violentos de solução de controvérsias e, ainda, um dos menos eficazes, pois em tempos de paz aproximam os Estados litigantes de um conflito armado, tornando ainda menos amistosa a relação entre os Estados beligerantes. Desse modo, as represálias rumam na contramão dos ideais de paz e segurança sufragados na Carta das Nações Unidas Embargo Cuida-se de variação da represália, resultante no sequestro, em momento de paz, de navios e mercadorias de nacionais de um Estado estrangeiro, ancorado nos portos ou em águas territoriais do Estado que pratica essa ação. Não se confunde com o direito de angária, no qual um Estado solicita os navios mercantes estrangeiros para o transporte de soldados e munições em troca de pagamento. Nem com o chamado embargo do príncipe, onde fica proibida a saída de navio do porto do estado ou de suas águas territoriais por problemas sanitários ou por questões judiciárias ou policiais. Nas duas Grandes Guerras, até mesmo o Brasil utilizou o embargo quando sequestrou embarcações, cargas e bens alemães, italianos e japoneses. Contudo, esse meio coercitivo foi abandonado pela prática internacional e condenado pela doutrina, pois, muitas vezes, atinge apenas simples particulares sem colaborar para o fim dos conflitos. 9

11 3.4. Bloqueio pacífico O Bloqueio pacífico constitui modalidade de represália. Consiste em impedir, por meio de força armada, as comunicações de um país com os demais membros da sociedade internacional, objetivando coagir um Estado a proceder de determinado modo. Trata-se de um dos meios de solução de controvérsias conferido a o Conselho de Segurança da ONU. Existem algumas condições exigidas para o bloqueio pacífico: só deve ser empregado depois do fracasso das negociações; que seja efetivo; notificação oficial prévia; só obrigatório entre os navios dos estados em litígio, e não para terceiros; e, os navios apreendidos no litígio devem ser devolvidos após o bloqueio. É um meio muito pouco utilizado atualmente, sendo, também muito criticado pela doutrina, tendo muitos Estados se mostrado desfavoráveis aos seu emprego, alicerçados na pouca eficácia do instituto que em casos como o referente ao bloqueio do porto do Rio de Janeiro de 31/12/1862 a 06/01/1863, pelos navios britânicos - sendo aprisionados os navios mercantes que demandavam àquele porto, medida de reparação em conseqüência da questão Christie motivada pelo naufrágio do Prince of Wales e da prisão de oficiais ingleses à paisana, pertencentes à fragata forte, que haviam agredido autoridades brasileiras que apenas serviu para prejudicar ainda mais as relações diplomáticas entre os estados em litígio, acirrando mais o conflito ao invés de solucioná-lo Boicotagem Mais uma modalidade de represália, voltada para as relações comerciais, econômicas ou financeiras com um Estado considerado ofensr dos nacionais ou dos interesses do Estado que aplica a medida. Consiste na vedação das relações comerciais com os nacionais de Estado que violou as regras de Direito Internacional, levada a efeito contra particulares, como, por exemplo, empresas. Também pode compreender a interrupção de eventual assistência financeira e das relações comerciais. O boicote pode ser estabelecido por ato oficial ou por particulares. Tal medida tanto pode ser empregada em tempo de paz como em tempo de guerra, sendo utilizada, no primeiro caso, como processo coercitivo e, no 10

12 segundo, como forma de impedir o comércio neutral com outras potências inimigas. A maioria dos autores entende que o boicote, sendo obra de particulares não gera responsabilidade do Estado; a menos que tenha sido forçada pelo governo, nesse caso é um ato ilegítimo pelo qual o Estado deve responder. A Carta da ONU, em seu artigo 41, prevê a boicotagem como uma das medidas a serem tomadas para tornar efetivas as decisões do Conselho de segurança. A ONU utilizou a boicotagem no combate ao Apartheid, na África do Sul em 1984, impondo sanções econômicas como forma de pressão para que cessasse a política de segregação racial constante naquele momento, na África do Sul Ruptura das relações diplomáticas Uma derradeira conseqüência de um conflito internacional consiste no rompimento de relações diplomáticas. A cessação das tratativas diplomáticas implica no retorno dos agentes diplomáticos. É, acima de tudo, um gesto simbólico. Nada obstante traz repercussões em várias áreas, políticas, sociais e econômicas. O corte das relações amistosas vai dificultar a manutenção de canais de comunicação e, por vezes, inviabilizar o intercâmbio comercial. No campo social, apesar de essa ruptura não implicar, necessariamente, no rompimento de relações consulares e econômicas pode atingir a concessão de vistos e prestação de outros serviços consulares e diplomáticos. A inviolabilidade dos locais da missão e a imunidade dos agentes diplomáticos é assegurada até que deixem o país. Um terceiro, chamado de potência protetora, passa a representar os interesses do estado com o qual foram rompidas as relações. 11

13 4. O uso da força como recurso O recurso à força (o jus ad bellum) foi encarado ao longo da História como uma prerrogativa natural da soberania dos Estados. Destarte, o Estado tinha o direito de vindicar, a fórceps, aquilo que reputava justo. Depois da Primeira Guerra Mundial, em 1918, nasceu a primeira tentativa de implementação de um órgão internacional para fins de preservação da segurança e da paz entre as nações. O Pacto da Sociedade das Nações afirmava, em seu artigo 10, que os Estados-membros daquele órgão deveriam se comprometer a respeitar e manter contra toda agressão externa a integridade territorial e a independência política de todos os membros, entretanto este pacto não proibiu expressamente a intervenção humanitária. Em 1928, foi assinado, em Paris, o Pacto de Briand-Kellog. Nesta ocasião, os quinze Estados participantes deste pacto proibiram a guerra como forma de solução de conflitos, tornando-a ilegal. A consolidação do princípio da não intervenção no Direito Internacional ocorreu após a Segunda Guerra Mundial, com a criação das Nações Unidas. Desde a Carta de São Francisco, de 1945, o emprego da força para apaziguar conflitos encontra-se banido (artigo 2º, parágrafo 4º da Carta das Nações Unidas). Excepcionalmente, a Carta da ONU autoriza mecanismos militares para dirimir conflitos. As medidas do artigo 42 que implicam o uso da força armada devem constituir a última possibilidade de uma sucessão de medidas destinadas a manter a paz e a segurança internacionais Do direito ao uso da força Admitem-se duas exceções ao exercício da força no cenário internacional. São elas: a) legítima defesa individual ou coletiva; e b) a intervenção precedida de autorização expressa da ONU. O direito à legítima defesa encontra-se contemplado na Carta da ONU. Carece de ameaça concreta. 12

14 Em algumas situações o princípio da legítima defesa dá ensejo a incursões preventivas (guerra preventiva). A corrida armamentista NÃO constitui causa justa para a guerra preventiva Da neutralidade A neutralidade é a posição de um Estado que não participa de uma dada guerra ou certo conflito. Na ordem internacional há leis de neutralidade. Eis alguns dos preceitos consagrados: a) Passagem de unidades militares beligerantes e material de guerra: a região de guerra não inclui o território de Estados neutros. Nenhuma hostilidade é admitida no limite de suas fronteiras. O movimento de tropas, comboios, munição ou suprimentos de guerra no território de Estado neutro é vedado. É admitido o simples trânsito de navios de guerra em águas territoriais do Estado neutro; b) A Convenção de Haia não permite a formação de corpos ombatentes em solo neutro; c) O Estado neutro deve abster-se de fornecer suprimentos militares a qualquer dos beligerantes. 13

15 Referências MAZUOLI, Valerio de Oliveira. Curso de Direito Internacional Público. 3. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, MELLO, Celso de Albuquerque. Curso de Direito Internacional Público. 13. ed. Rio de Janeiro: Renovar, v. REZEK, Francisco. Direito internacional público: curso elementar. 12. ed. São Paulo: Saraiva, SILVA, Geraldo Eulálio do Nascimento e ACCIOLY, Hildebrando. Direito internacional público. 15. ed. São Paulo: Saraiva,

16 15 Responsável pelo Conteúdo: Prof. Ms. Marcio Morena Revisão Textual: Prof. Ms. João Paulo Feliciano Magalhães Campus Liberdade Rua Galvão Bueno, São Paulo SP Brasil Tel: (55 11)

Formas de solução Tribunal Penal Internacional

Formas de solução Tribunal Penal Internacional Formas de solução Tribunal Penal Internacional CONCEITO: todo desacordo existente sobre determinado ponto de fato ou de direito, ou seja, toda oposição de interesses entre dois Estados ou Organizações

Leia mais

Disciplina: Direito Internacional Público

Disciplina: Direito Internacional Público Disciplina: Direito Internacional Público Tema: Órgãos do Estado nas relações internacionais, imunidades diplomáticas e consulares e meios de solução de conflitos internacionais Prof. Rodrigo de Victor

Leia mais

DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO

DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Meios diplomáticos. Meios políticos. Meios jurisdicionais. Parte 2 Prof. Renata Menezes - Conciliação: método mais formal e solene de solução. Comissão de conciliadores (e

Leia mais

Unidade: Órgãos do Estado nas relações internacionais, imunidades diplomáticas e consulares e meios de solução de conflitos internacionais

Unidade: Órgãos do Estado nas relações internacionais, imunidades diplomáticas e consulares e meios de solução de conflitos internacionais Unidade: Órgãos do Estado nas relações internacionais, imunidades diplomáticas e consulares e meios de solução de conflitos internacionais Unidade I: 0 Unidade: Órgãos do Estado nas relações internacionais,

Leia mais

MECANISMOS DE SOLUÇÃO DE CONTROVÉRSIAS ENTRE ESTADOS

MECANISMOS DE SOLUÇÃO DE CONTROVÉRSIAS ENTRE ESTADOS MECANISMOS DE SOLUÇÃO DE CONTROVÉRSIAS ENTRE ESTADOS Direito Internacional Público OS MECANISMOS DE SOLUÇÃO DE CONTROVÉRSIAS Meios Pacíficos Meios Diplomáticos Negociação direta Bons ofícios Mediação e

Leia mais

Conselho de Segurança, Corte Internacional de Justiça e o Direito Internacional Público. Projeto Universitários pela Paz- UFRJ e UNIC-ONU

Conselho de Segurança, Corte Internacional de Justiça e o Direito Internacional Público. Projeto Universitários pela Paz- UFRJ e UNIC-ONU Conselho de Segurança, Corte Internacional de Justiça e o Direito Internacional Público Projeto Universitários pela Paz- UFRJ e UNIC-ONU Apresentação- Resumo I- Conselho de Segurança II- Corte Internacional

Leia mais

DIREITOS HUMANOS. Sistema Global de Proteção dos Direitos Humanos: Instituições e Mecanismos. Corte Internacional de Justiça. Profª.

DIREITOS HUMANOS. Sistema Global de Proteção dos Direitos Humanos: Instituições e Mecanismos. Corte Internacional de Justiça. Profª. DIREITOS HUMANOS Sistema Global de Proteção dos Direitos Humanos: Instituições e Mecanismos Corte Internacional de Justiça. Profª. Liz Rodrigues - A Corte Internacional de Justiça (CIJ) é o principal órgão

Leia mais

Direito Internacional Público

Direito Internacional Público 128 - MEIOS POLÍTICOS - ATUAÇÃO da ONU ASSEMBLÉIA GERAL CONSELHO DE SEGURANÇA DEVE SER UTILIZADA APENAS CONFLITOS GRAVES AMEAÇA A PAZ 129 - MEIOS POLÍTICOS - ATUAÇÃO da ONU PROVOCADA PELOS LITIGANTES OU

Leia mais

SUMÁRIO. 3. TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL 3.1 Introdução 3.2 Competência 3.3 Composição do tribunal 3.4 Órgãos do tribunal

SUMÁRIO. 3. TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL 3.1 Introdução 3.2 Competência 3.3 Composição do tribunal 3.4 Órgãos do tribunal SUMÁRIO 1. SUJEITOS DE DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO 1.1 Introdução 1.2 Coletividades estatais (Estados) 1.2.1 Reconhecimento de Estado 1.2.2 Reconhecimento de governo 1.3 Coletividades não estatais 1.3.1

Leia mais

Manual de Negociação

Manual de Negociação Disciplina: Processo Decisório Prof. Gustavo Nogueira Manual de Negociação Organizador: Gilberto Sarfati 1º Edição 2010 Clarissa Brandão Clarissa Brandão é advogada, mestre em Direito Internacional e Integração

Leia mais

Parte 5 Prof. Renata Menezes

Parte 5 Prof. Renata Menezes DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Sujeitos de Direito Internacional Público: O sistema das Nações Unidas. Organizações internacionais especializadas da ONU. Parte 5 Prof. Renata Menezes Veja: segundo o Estatuto,

Leia mais

DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA

DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA Curso preparatório para o concurso: Polícia Rodoviária Federal Professor : Gustavo de Lima Pereira Contato: gustavo.pereira@pucrs.br AULA 2 PROTEÇÃO GLOBAL DOS DIREITOS HUMANOS

Leia mais

PROTOCOLO ADICIONAL AO TRATADO CONSTITUTIVO DA COMISSÃO DO GOLFO DA GUINÉ (CGG) RELATIVO AO MECANISMO ARBITRAL AD HOC

PROTOCOLO ADICIONAL AO TRATADO CONSTITUTIVO DA COMISSÃO DO GOLFO DA GUINÉ (CGG) RELATIVO AO MECANISMO ARBITRAL AD HOC PROTOCOLO ADICIONAL AO TRATADO CONSTITUTIVO DA COMISSÃO DO GOLFO DA GUINÉ (CGG) RELATIVO AO MECANISMO ARBITRAL AD HOC PREÂMBULO Considerando a Carta das Nações Unidas e o Estatuto do Tribunal Internacional

Leia mais

Solução Pacífica de Litígios internacionais

Solução Pacífica de Litígios internacionais BuscaLegis.ccj.ufsc.br EDER MENEZES Solução Pacífica de Litígios internacionais Trabalho solicitado pelo professor Nelson Passos, da disciplina de Direito aplicado ao Turismo. FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ DE

Leia mais

Direito Internacional Público. D. Freire e Almeida

Direito Internacional Público. D. Freire e Almeida Direito Internacional Público 2011 D. Freire e Almeida Conflitos Internacionais A Corte de Haia, define um conflito como sendo todo desacordo sobre certo ponto de direito ou de fato; toda contradição ou

Leia mais

ARRESTO DE EMBARCAÇÕES

ARRESTO DE EMBARCAÇÕES ARRESTO DE EMBARCAÇÕES VII CONGRESSO NACIONAL DE DIREITO MARÍTIMO, PORTUÁRIO E ADUANEIRO IV SIMPÓSIO DE DIREITO MARÍTIMO E PORTUÁRIO Alessander Lopes Pinto alessander@lplaw.com.br O ARRESTO DE EMBARCAÇÕES

Leia mais

Direito Internacional Público Mag. Federal 6ª fase Solução de Litígios Internacionais e Direito Comunitário

Direito Internacional Público Mag. Federal 6ª fase Solução de Litígios Internacionais e Direito Comunitário CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER Direito Internacional Público Mag. Federal 6ª fase Solução de Litígios Internacionais e Direito Comunitário Período 2009 2013 1) CESPE Juiz Federal TRF 2ª Região (2013)

Leia mais

Sumário. Capítulo I INTRODUÇÃO AO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO... 17

Sumário. Capítulo I INTRODUÇÃO AO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO... 17 Sumário Capítulo I INTRODUÇÃO AO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO... 17 1. Conceito de Direito Internacional Público.... 17 2. Objeto do Direito Internacional Público.... 17 3. Características do Direito

Leia mais

FACULDADE DE DIREITO DE FRANCA

FACULDADE DE DIREITO DE FRANCA FACULDADE DE DIREITO DE FRANCA DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E PRIVADO DOCENTE: Prof. Dr. Manoel Ilson Cordeiro Rocha ANO: 2017 EMENTA: Sociedade internacional e o Direito Internacional. Tratados internacionais

Leia mais

DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO

DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Parte 1 Prof. Renata Menezes Guerra: nos termos da Carta das NU, meio ilícito de solução de controvérsias internacionais e não direito do Estado. Considerações importantes:.

Leia mais

TEORIA GERAL DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO

TEORIA GERAL DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO SUMÁRIO Capítulo I TEORIA GERAL DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO... 19 1.1. Conceito. A sociedade internacional e suas características... 19 1.2. Terminologia... 21 1.3. Desenvolvimento histórico do Direito

Leia mais

Organização das Nações Unidas - ONU

Organização das Nações Unidas - ONU Organização das Nações Unidas - ONU Profa. Alice Rocha Contextualização Os vitoriosos da 2GM (EUA, Reino Unido, União Soviética e China) buscavam um sistema de defesa coletiva multinacional. ONU criada

Leia mais

ACORDO ENTRE A REPÚBLICA PORTUGUESA E A REPÚBLICA DA ÁFRICA DO SUL SOBRE A COOPERAÇÃO NO DOMÍNIO POLICIAL

ACORDO ENTRE A REPÚBLICA PORTUGUESA E A REPÚBLICA DA ÁFRICA DO SUL SOBRE A COOPERAÇÃO NO DOMÍNIO POLICIAL ACORDO ENTRE A REPÚBLICA PORTUGUESA E A REPÚBLICA DA ÁFRICA DO SUL Preâmbulo SOBRE A COOPERAÇÃO NO DOMÍNIO POLICIAL A República Portuguesa e a República da África do Sul, nos termos do presente Acordo

Leia mais

Do Conselho Nacional de Justiça e Dos Tribunais e Juízes dos Estados

Do Conselho Nacional de Justiça e Dos Tribunais e Juízes dos Estados Direito Constitucional Do Conselho Nacional de Justiça e Dos Tribunais e Juízes dos Estados Art. 103-B: O Conselho Nacional de Justiça compõe-se de 15 (quinze) membros com mandato de 2 (dois) anos, admitida

Leia mais

CURSO EXTENSIVO ONLINE DE DIREITO INTERNACIONAL PARA A PROVA DE JUIZ SUBSTITUTO TRF - 4

CURSO EXTENSIVO ONLINE DE DIREITO INTERNACIONAL PARA A PROVA DE JUIZ SUBSTITUTO TRF - 4 INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO E ESTUDOS DE GOVERNO DIREITO INTERNACIONAL PROF. PEDRO SLOBODA CURSO EXTENSIVO ONLINE DE DIREITO INTERNACIONAL PARA A PROVA DE JUIZ SUBSTITUTO TRF - 4 Estrutura do curso: 12

Leia mais

PROTEÇÃO INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS

PROTEÇÃO INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS PROTEÇÃO INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS Aula 02 REALMENTE VALE TUDO EM NOME DO PODER? 1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES A construção dos direitos humanos está associada em sua origem ao reconhecimento da

Leia mais

CONTENCIOSO INTERNACIONAL: MEIOS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS (JUDICIAIS, SEMIJUDICIAIS E DIPLOMÁTICOS). SANÇÕES, MEIOS COERCITIVOS E GUERRA.

CONTENCIOSO INTERNACIONAL: MEIOS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS (JUDICIAIS, SEMIJUDICIAIS E DIPLOMÁTICOS). SANÇÕES, MEIOS COERCITIVOS E GUERRA. CONTENCIOSO INTERNACIONAL: MEIOS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS (JUDICIAIS, SEMIJUDICIAIS E DIPLOMÁTICOS). SANÇÕES, MEIOS COERCITIVOS E GUERRA. PROFA. ME. ÉRICA RIOS ERICA.CARVALHO@UCSAL.BR SISTEMA JURÍDICO DE

Leia mais

REGIME JURÍDICO DA ARBITRAGEM SOCIETÁRIA. Artigo 1.º. (Objeto)

REGIME JURÍDICO DA ARBITRAGEM SOCIETÁRIA. Artigo 1.º. (Objeto) REGIME JURÍDICO DA ARBITRAGEM SOCIETÁRIA Artigo 1.º (Objeto) 1 O presente diploma estabelece o regime aplicável à resolução de litígios em matéria societária com recurso à arbitragem. 2 Podem ser submetidos

Leia mais

Resumo Aula-tema 03: O Estado em Direito Internacional

Resumo Aula-tema 03: O Estado em Direito Internacional Resumo Aula-tema 03: O Estado em Direito Internacional 1. Estado: conceito, elementos e classificação O conceito de Estado veiculado no livro-texto da disciplina é propugnado por Casella (2009), como agrupamento

Leia mais

DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO

DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Parte 2 Prof. Renata Menezes Força: qualquer meio de agressão art. 1º, Resolução 3.314 da AGNU: Agressão é o uso da força armada por um Estado contra a soberania, integridade

Leia mais

DIREITO INTERNACIONAL PUBLICO CACD Blenda Lara

DIREITO INTERNACIONAL PUBLICO CACD Blenda Lara DIREITO INTERNACIONAL PUBLICO CACD 2016 Blenda Lara A prova de Noções de Direito e Direito Internacional Público Qual o peso das duas matérias? O que efetivamente é o Direito Internacional SOCIEDADE INTERNACIONAL

Leia mais

PODER NORMATIVO DA JUSTIÇA DO TRABALHO. Davi Furtado Meirelles

PODER NORMATIVO DA JUSTIÇA DO TRABALHO. Davi Furtado Meirelles PODER NORMATIVO DA JUSTIÇA DO TRABALHO Davi Furtado Meirelles Resultado Negativo da Negociação - Mediação - é mais uma tentativa de conciliação, após o insucesso da negociação direta, porém, desta feita,

Leia mais

Provas escritas individuais ou provas escritas individuais e trabalho(s)

Provas escritas individuais ou provas escritas individuais e trabalho(s) Programa de DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO 7º período: 2h/s Aula: Teórica EMENTA Aspectos preliminares. Relações entre o sistema interno e o externo de Direito. A sociedade internacional. O Estado. Organizações

Leia mais

TABELA 1 Protocolos do Mercosul

TABELA 1 Protocolos do Mercosul Protocolo Protocolo para Solução de Controvérsias Protocolo de Brasília (promulgado no Brasil pelo Decreto n. 922, publicado em 13-09-1993) Protocolo de Cooperação Jurisdicional em Matéria Civil, Comercial,

Leia mais

NISC 2018 Aula 1 7/3/2018

NISC 2018 Aula 1 7/3/2018 NISC 2018 Aula 1 7/3/2018 Apresentação do programa, da bibliografia, da metodologia e da avaliação da disciplina Meios diplomáticos e jurídicos de solução de controvérsias a obrigação de negociar SOLUÇÃO

Leia mais

TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL

TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL Aula 03 NOS CAPÍTULOS ANTERIORES... Surgimento dos Direitos Humanos Internacionalização dos Direitos Humanos Sistemas Globais de Proteção dos Direitos Humanos 1 ASPECTOS INTRODUTÓRIOS Contextualização

Leia mais

DISSÍDIOS COLETIVOS E PROCEDIMENTOS ESPECIAIS

DISSÍDIOS COLETIVOS E PROCEDIMENTOS ESPECIAIS DISSÍDIOS COLETIVOS E PROCEDIMENTOS ESPECIAIS www.trilhante.com.br ÍNDICE 1. DISSÍDIOS COLETIVOS... 4 Definição...4 Fundamentos do Dissídio Coletivo... 5 Fundamentos para a Instauração de um Dissídio Coletivo...

Leia mais

Solução de Controvérsias na Área de Propriedade Intelectual Tatiana Campello Lopes Todos os Direitos Reservados.

Solução de Controvérsias na Área de Propriedade Intelectual Tatiana Campello Lopes Todos os Direitos Reservados. Solução de Controvérsias na Área de Propriedade Intelectual Todos os Direitos Reservados. QUANDO AS CONTROVÉRSIAS OCORREM? Numa visão bem abrangente: Quando as expectativas da contratação não prosperaram

Leia mais

DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO

DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Turma/Ano: Direito Internacional Público (2015) Matéria/Data: Denominação. Existência. Relação com o Direito Interno (05/08/15) Professor: Luiz Oliveira Castro Jungstedt Monitora: Márcia Beatriz Aula 01

Leia mais

Aula 06 SOLUÇÃO DE LITÍGIOS INTERNACIONAIS

Aula 06 SOLUÇÃO DE LITÍGIOS INTERNACIONAIS Turma/Ano: Direito Internacional Público (2015) Matéria/Data: Solução de Litígios Internacionais por Meios Políticos e Jurisdicionais (09/09/15) Professor: Luiz Oliveira Castro Jungstedt Monitora: Márcia

Leia mais

DIREITOS HUMANOS. Sistema Global de Proteção dos Direitos Humanos: Instituições e Mecanismos. Assembleia Geral das Nações Unidas. Profª.

DIREITOS HUMANOS. Sistema Global de Proteção dos Direitos Humanos: Instituições e Mecanismos. Assembleia Geral das Nações Unidas. Profª. DIREITOS HUMANOS Sistema Global de Proteção dos Direitos Humanos: Instituições e Mecanismos Assembleia Geral das Nações Unidas. Profª. Liz Rodrigues - Órgão plenário da ONU, reúne representantes de todos

Leia mais

ACORDO ENTRE A REPÚBLICA PORTUGUESA E A REPÚBLICA DA ÁFRICA DO SUL SOBRE A COOPERAÇÃO NO DOMÍNIO POLICIAL. Preâmbulo

ACORDO ENTRE A REPÚBLICA PORTUGUESA E A REPÚBLICA DA ÁFRICA DO SUL SOBRE A COOPERAÇÃO NO DOMÍNIO POLICIAL. Preâmbulo Decreto n.º 23/2002 de 10 de Julho Acordo entre a República Portuguesa e a República da África do Sul sobre a Cooperação no Domínio Policial, assinado em Pretória em 22 de Abril de 2002 Considerando a

Leia mais

PRINCÍPIO = começo; ideia-síntese

PRINCÍPIO = começo; ideia-síntese PRINCÍPIOS INFORMADORES DO DIREITO PROCESSUAL PENAL PRINCÍPIO = começo; ideia-síntese os princípios da política processual de uma nação não são outra coisa senão os segmentos de sua política (ética) estatal

Leia mais

JURISDIÇÃO.

JURISDIÇÃO. JURISDIÇÃO www.trilhante.com.br ÍNDICE 1. CONCEITO DE JURISDIÇÃO... 4 2. EQUIVALENTES JURISDICIONAIS...6 3. ESCOPOS DA JURISDIÇÃO...9 4. CARACTERÍSTICAS DA JURISDIÇÃO...11 5. PRINCÍPIOS DA JURISDIÇÃO...

Leia mais

CARTA DO COLEGIADO MICRONACIONAL LUSÓFONO CML PREÂMBULO

CARTA DO COLEGIADO MICRONACIONAL LUSÓFONO CML PREÂMBULO CARTA DO COLEGIADO MICRONACIONAL LUSÓFONO CML PREÂMBULO EM NOME DE SEUS POVOS, AS MICRONAÇÕES REPRESENTADAS NA PRIMEIRA CONFERÊNCIA INTERMICRONACIONAL DE NAÇÕES LUSÓFONAS, Convencidas que a missão histórica

Leia mais

DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO

DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Sujeitos de Direito Internacional Público: Estados. Imunidade à jurisdição estatal: imunidade do Estado estrangeiro, diplomacia e serviço consular, imunidade penal e renúncia

Leia mais

INTRODUÇÃO 1 ARBITRAGEM E TUTELA JURISDICIONAL

INTRODUÇÃO 1 ARBITRAGEM E TUTELA JURISDICIONAL Sumário INTRODUÇÃO Capítulo 1 ARBITRAGEM E TUTELA JURISDICIONAL 1.1. Conflito de interesses 1.2. Métodos de resolução de conflitos 1.3. Direito de ação, tutela jurisdicional e arbitragem Capítulo 2 ASPECTOS

Leia mais

Direito Internacional Público

Direito Internacional Público 98 SISTEMA BRASILEIRO DE DEFESA COMERCIAL atuando de acordo com as regras da OMC VISA MANTER A BALANÇA COMERCIAL BRASILEIRA EQUILIBRADA PROTEGENDO A INDÚSTRIA NACIONAL COMPETÊNCIA MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO

Leia mais

DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto

DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto DIREITOS HUMANOS Professor Luis Alberto Documentos do Sistema ONU, Sistema Global Geral e Especial de Proteção dos Direitos Humanos Sistema global e Regional de proteção dos Direitos Humanos 2 Compõem

Leia mais

DECLARAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS DOS INDIVÍDUOS QUE NÃO SÃO NACIONAIS DO PAÍS ONDE VIVEM

DECLARAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS DOS INDIVÍDUOS QUE NÃO SÃO NACIONAIS DO PAÍS ONDE VIVEM DECLARAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS DOS INDIVÍDUOS QUE NÃO SÃO NACIONAIS DO PAÍS ONDE VIVEM Adotada pela resolução 40/144 da Assembleia Geral das Nações Unidas, de 13 de dezembro de 1985 DECLARAÇÃO DOS DIREITOS

Leia mais

Visão geral da arbitragem no Brasil. Giovanni Ettore Nanni

Visão geral da arbitragem no Brasil. Giovanni Ettore Nanni Visão geral da arbitragem no Brasil Giovanni Ettore Nanni gnanni@tozzinifreire.com.br Visão Geral da Arbitragem no Brasil Arbitrabilidade Arbitragem Doméstica e Internacional Cláusula Compromissória Compromisso

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL CIVIL

DIREITO PROCESSUAL CIVIL DIREITO PROCESSUAL CIVIL Demais Legislações Extravagantes Parte 3 Profª. Tatiana Constancio Da Confidencialidade e suas Exceções Art. 30. Toda e qualquer informação relativa ao procedimento de mediação

Leia mais

Direito Processual Civil CERT Regular 4ª fase

Direito Processual Civil CERT Regular 4ª fase CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER Direito Processual Civil CERT Regular 4ª fase Autotutela, Autocomposição, Mediação e arbitragem Período 2012-2016 1) FEMPERJ Técnico de Notificações - TCE RJ (2012) A solução

Leia mais

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N o 2.379, DE 2006 (MENSAGEM N o 20, de 2006) Aprova o texto do Tratado sobre Extradição entre o Governo da República Federativa

Leia mais

Organizações Internacionais

Organizações Internacionais Organizações Internacionais Profa. Alice Rocha Contextualização Institucionalização do DIP Motivação dos Estados: institucionalizar o controle de determinados temas; criar instituições independentes da

Leia mais

PROTOCOLO (n. o 7) RELATIVO AOS PRIVILÉGIOS E IMUNIDADES DA UNIÃO EUROPEIA

PROTOCOLO (n. o 7) RELATIVO AOS PRIVILÉGIOS E IMUNIDADES DA UNIÃO EUROPEIA C 202/266 Jornal Oficial da União Europeia 7.6.2016 PROTOCOLO (n. o 7) RELATIVO AOS PRIVILÉGIOS E IMUNIDADES DA UNIÃO EUROPEIA AS ALTAS PARTES CONTRATANTES, CONSIDERANDO que, nos termos do artigo 343.

Leia mais

ARBITRAGEM. TIRE SUAS DÚVIDAS

ARBITRAGEM. TIRE SUAS DÚVIDAS ARBITRAGEM. TIRE SUAS DÚVIDAS 1. O que é arbitragem? A arbitragem é uma forma de solução de conflitos, prevista em lei, que pode ser utilizada quando estamos diante de um impasse decorrente de um contrato.

Leia mais

Prof. Daniel Sica da Cunha

Prof. Daniel Sica da Cunha Prof. Daniel Sica da Cunha Sistemas de Proteção aos Direitos Humanos Sistema global (internacional ou universal): administrado pelas Nações Unidas [Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos

Leia mais

MEDIAÇÃO, CONCILIAÇÃO E ARBITRAGEM

MEDIAÇÃO, CONCILIAÇÃO E ARBITRAGEM Faculdade de Direito do Vale do Rio Doce - FADIVALE MEDIAÇÃO, CONCILIAÇÃO E ARBITRAGEM Profª. Teodolina B. S. C. Vitório 2018 1 Entre em acordo sem demora com o teu adversário, enquanto estás com ele a

Leia mais

Direito Internacional Público

Direito Internacional Público Direito Internacional Público CORTE INTERNACIONAL DE JUSTIÇA 2011 D. Freire e Almeida A Solução Judiciária Corte da Haia jurisdição permanente profissionalizada tradicional sólida. a ordem jurídica internacional

Leia mais

DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E PRIVADO. POPULAÇÃO: Soberania Direitos e Deveres do Estado

DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E PRIVADO. POPULAÇÃO: Soberania Direitos e Deveres do Estado DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E PRIVADO POPULAÇÃO: Soberania Direitos e Deveres do Estado Rosinete Cavalcante da costa Mestre em Direito: Relações Privadas e Constituição Profa. da Faculdade Batista de

Leia mais

DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO

DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Sujeitos de Direito Internacional Público: Estados. Direitos e deveres fundamentais dos Estados. Responsabilidade dos Estados. Parte 1 Profa. Renata Menezes . Estados como

Leia mais

POLÍTICA DE ANTICORRUPÇÃO E SUBORNO

POLÍTICA DE ANTICORRUPÇÃO E SUBORNO POLÍTICA DE ANTICORRUPÇÃO E SUBORNO 1. OBJETIVO Estabelecer os princípios de combate à corrupção no relacionamento da Cantoplex com seus Fornecedores, Clientes e Órgãos Públicos. 2. ABRANGÊNCIA Aplica-se

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO CONSTITUCIONAL Direitos Individuais e Garantias Processuais -habeas corpus, habeas data, mandado de segurança, mandado de injunção e ação popular Parte 8 Profª. Liz Rodrigues - Art. 5º, LXXIII:

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL

DIREITO PROCESSUAL PENAL DIREITO PROCESSUAL PENAL Procedimento Penal Procedimento comum sumaríssimo - Lei nº 9.099 de 1995 - Lei dos Juizados Especiais Criminais JECRIM Parte 2 Prof. Gisela Esposel - Artigo 62 da lei 9099/95.

Leia mais

CARLOS MENDONÇA DIREITO CONSTITUCIONAL

CARLOS MENDONÇA DIREITO CONSTITUCIONAL CARLOS MENDONÇA DIREITO CONSTITUCIONAL 1- (CONSULPLAN 2017 TJ-MG TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS) A Constituição da República Federativa do Brasil/1988 previu diversos remédios constitucionais

Leia mais

PROPOSTA DE GUIA LEGISLATIVO: ELEMENTOS BÁSICOS SOBRE ASSISTÊNCIA RECÍPROCA

PROPOSTA DE GUIA LEGISLATIVO: ELEMENTOS BÁSICOS SOBRE ASSISTÊNCIA RECÍPROCA PROPOSTA DE GUIA LEGISLATIVO: ELEMENTOS BÁSICOS SOBRE ASSISTÊNCIA RECÍPROCA INTRODUÇÃO...1 1. ASSISTÊNCIA RECÍPROCA...2 1.1. Alcance...2 1.2. Disposições gerais...2 1.2.1. Inexistência de tratado ou convenção...2

Leia mais

Estatutos do Centro de Arbitragem Comercial 1

Estatutos do Centro de Arbitragem Comercial 1 Estatutos do Centro de Arbitragem Comercial 1 Artigo 1.º 1 O Centro de Arbitragem da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa é a instituição de arbitragem através da qual a Câmara de Comércio e Indústria

Leia mais

ARBITRAGEM Lei 9.307/96 SOLUÇÃO MODERNA DE CONFLITOS

ARBITRAGEM Lei 9.307/96 SOLUÇÃO MODERNA DE CONFLITOS 1 ARBITRAGEM Lei 9.307/96 SOLUÇÃO MODERNA DE CONFLITOS 2 O QUE SE BUSCA COM ESTA APRESENTAÇÃO: a) Desmistificar o instituto da arbitragem; b) Desenvolver um espírito crítico dos contadores em relação ao

Leia mais

Organização da justiça Bélgica

Organização da justiça Bélgica Organização da justiça Bélgica c) Explicações sobre os tribunais 1. Julgados de paz O juiz de paz é o juiz mais próximo do cidadão. É nomeado pelo Rei, em conformidade com a Constituição. A Bélgica conta

Leia mais

PLANO DE ENSINO. Promover o desenvolvimento das competências e habilidades definidas no perfil do egresso, quais sejam:

PLANO DE ENSINO. Promover o desenvolvimento das competências e habilidades definidas no perfil do egresso, quais sejam: PLANO DE ENSINO CURSO: Direito PERÍODO: 8º Semestre DISCIPLINA: Direito Internacional Público CARGA HORÁRIA SEMANAL: 1,5 horas/aula CARGA HORÁRIA SEMESTRAL: 30 horas/aula I EMENTA Evolução histórica do

Leia mais

CONSTITUIÇÂO DA REPÚBLICA PORTUGUESA. (texto integral) Tribunais SECÇÃO V CAPÍTULO I. Princípios gerais. Artigo 202. (Função jurisdicional)

CONSTITUIÇÂO DA REPÚBLICA PORTUGUESA. (texto integral) Tribunais SECÇÃO V CAPÍTULO I. Princípios gerais. Artigo 202. (Função jurisdicional) CONSTITUIÇÂO DA REPÚBLICA PORTUGUESA (texto integral) Tribunais SECÇÃO V CAPÍTULO I Princípios gerais Artigo 202. (Função jurisdicional) 1. Os tribunais são os órgãos de soberania com competência para

Leia mais

Textos, filmes e outros materiais. Categorias/ Questões. Habilidades e Competências. Conteúdos/ Matéria. Tipo de aula.

Textos, filmes e outros materiais. Categorias/ Questões. Habilidades e Competências. Conteúdos/ Matéria. Tipo de aula. PLANO DE CURSO DISCIPLINA: ORGANIZAÇÕES E TRATADOS INTERNACIONAIS (CÓD. ENEX 60146) ETAPA: 9ª TOTAL DE ENCONTROS: 15 SEMANAS Semana Conteúdos/ Matéria Categorias/ Questões Tipo de aula Habilidades e Competências

Leia mais

PROCESSO CIVIL BRASILEIRO

PROCESSO CIVIL BRASILEIRO Jurisdição PROCESSO CIVIL BRASILEIRO PRINCÍPIOS Isonomia (tratamento igualitário às partes) Art. 7 o É assegurada às partes paridade de tratamento em relação ao exercício de direitos e faculdades processuais,

Leia mais

REGULAMENTO DE ARBITRAGEM SOCIETÁRIA. Capítulo I - Princípios Gerais. Artigo 1.º. (Objeto da arbitragem)

REGULAMENTO DE ARBITRAGEM SOCIETÁRIA. Capítulo I - Princípios Gerais. Artigo 1.º. (Objeto da arbitragem) REGULAMENTO DE ARBITRAGEM SOCIETÁRIA Capítulo I - Princípios Gerais Artigo 1.º (Objeto da arbitragem) 1 O presente Regulamento aplica-se aos litígios em matéria societária submetidos a decisão por tribunal

Leia mais

Sumário DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO. Capítulo 1 Fundamentos do Direito Internacional Público... 15

Sumário DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO. Capítulo 1 Fundamentos do Direito Internacional Público... 15 Sumário DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Capítulo 1 Fundamentos do Direito Internacional Público... 15 1. Introdução... 15 2. A sociedade internacional... 16 3. Conceito... 18 4. Objeto... 18 5. Fundamentos

Leia mais

PRINCÍPIOS RELATIVOS AO ESTATUTO DAS INSTITUIÇÕES NACIONAIS DE DIREITOS HUMANOS (PRINCÍPIOS DE PARIS)

PRINCÍPIOS RELATIVOS AO ESTATUTO DAS INSTITUIÇÕES NACIONAIS DE DIREITOS HUMANOS (PRINCÍPIOS DE PARIS) PRINCÍPIOS RELATIVOS AO ESTATUTO DAS INSTITUIÇÕES NACIONAIS DE DIREITOS HUMANOS (PRINCÍPIOS DE PARIS) Adotados pela resolução 48/134 da Assembleia Geral das Nações Unidas, de 20 de dezembro de 1993. PRINCÍPIOS

Leia mais

Curso de Arbitragem 1 FRANCISCO JOSÉ CAHALI

Curso de Arbitragem 1 FRANCISCO JOSÉ CAHALI Curso de Arbitragem 1 Curso de Arbitragem 10 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO... 11 1. INTRODUÇÃO... 23 1.1 Introdução às alternativas adequadas de resolução de disputas... 25 1.2 Breve histórico... 30 1.3 Bibliografia

Leia mais

CARTILHA DE ARBITRAGEM

CARTILHA DE ARBITRAGEM CARTILHA DE ARBITRAGEM Apoio: A sentença arbitral deve ser proferida no prazo ajustado pelas partes ou, na ausência deste, no prazo de seis meses da instauração da arbitragem. As sentenças arbitrais são

Leia mais

Capítulo 3 - Ação Conceito e natureza jurídica do direito de ação... 61

Capítulo 3 - Ação Conceito e natureza jurídica do direito de ação... 61 Sumário Capítulo 1 - Noções básicas do Direito Processual.. 1.1. Conceito, autonomia e instrumentalidade. 1.2. Relações do Direito Processual com outros ramos do Direito 2 1.3. A teoria geral do processo,

Leia mais

SUMÁRIO PREFÁCIO APRESENTAÇÃO CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE A AÇÃO CIVIL PÚBLICA... 19

SUMÁRIO PREFÁCIO APRESENTAÇÃO CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE A AÇÃO CIVIL PÚBLICA... 19 SUMÁRIO PREFÁCIO... 11 APRESENTAÇÃO... 13 Capítulo I CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE A AÇÃO CIVIL PÚBLICA... 19 1. Previsão normativa...19 1.1. A tradição individualista na tutela dos direitos...19 1.2. Surgimento

Leia mais

CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE A AÇÃO CIVIL PÚBLICA... 23

CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE A AÇÃO CIVIL PÚBLICA... 23 SUMÁRIO Capítulo I CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE A AÇÃO CIVIL PÚBLICA... 23 1. Previsão normativa... 23 1.1. A tradição individualista na tutela dos direitos... 23 1.2. Surgimento e consolidação da tutela

Leia mais

Tribunal Penal Internacional. Carlos Eduardo Adriano Japiassú

Tribunal Penal Internacional. Carlos Eduardo Adriano Japiassú Tribunal Penal Internacional Carlos Eduardo Adriano Japiassú ABORDAGEM ῆ Introdução ao Direito Penal Internacional Justiça transicional ῆ Jurisdição internacional ῆ O Tribunal Penal Internacional O Estatuto

Leia mais

Tribunal do Contencioso e os Litígios Administrativos na Constituição da República do Uruguai.

Tribunal do Contencioso e os Litígios Administrativos na Constituição da República do Uruguai. 1 Tribunal do Contencioso e os Litígios Administrativos na Constituição da República do Uruguai. Francisco de Salles Almeida Mafra Filho. 1 Sumário: Resumo. Palavras-chaves. Abstract. Key-words. Bibliografia.

Leia mais

22/10/2013. O que estudar? Dinâmica dos conflitos. Tema 6: O Envolvimento de uma Terceira Parte no Conflito. Profª Msc.

22/10/2013. O que estudar? Dinâmica dos conflitos. Tema 6: O Envolvimento de uma Terceira Parte no Conflito. Profª Msc. Tema 6: O Envolvimento de uma Terceira Parte no Conflito Profª Msc. Mônica Satolani O que estudar? O envolvimento de uma terceira parte no conflito e a sua importância para a solução do conflito. As visões

Leia mais

COMPETÊNCIA PROCESSUAL

COMPETÊNCIA PROCESSUAL COMPETÊNCIA PROCESSUAL www.trilhante.com.br ÍNDICE 1. JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA... 4 2. JURISDIÇÃO NACIONAL E INTERNACIONAL...6 Jurisdição Nacional Exclusiva...6 Jurisdição Nacional Concorrente...7 3. CRITÉRIOS

Leia mais

Sumário DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO. Capítulo 1 Fundamentos do Direito Internacional Público... 17

Sumário DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO. Capítulo 1 Fundamentos do Direito Internacional Público... 17 Sumário DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Capítulo 1 Fundamentos do Direito Internacional Público... 17 1. Introdução... 17 2. A sociedade internacional... 18 3. Conceito... 20 4. Objeto... 20 5. Fundamentos

Leia mais

Arbitragem no Chile. Uma visão geral _1.docx

Arbitragem no Chile. Uma visão geral _1.docx Arbitragem no Chile Uma visão geral 22451167_1.docx LEI DE ARBITRAGEM No Chile, existe uma dualidade quanto à legislação arbitral, já que a regulação da arbitragem não adota um sistema monista. As arbitragens

Leia mais

sobre o papel do Ministério Público fora do sistema de justiça penal

sobre o papel do Ministério Público fora do sistema de justiça penal TRADUÇÃO da versão em francês CONSELHO DA EUROPA Recomendação CM/Rec(2012)11 do Comité de Ministros aos Estados Membros sobre o papel do Ministério Público fora do sistema de justiça penal (adoptada pelo

Leia mais

CONVENÇÃO SOBRE A PARTICIPAÇÃO DE ESTRANGEIROS NA VIDA PÚBLICA A NÍVEL LOCAL

CONVENÇÃO SOBRE A PARTICIPAÇÃO DE ESTRANGEIROS NA VIDA PÚBLICA A NÍVEL LOCAL CONVENÇÃO SOBRE A PARTICIPAÇÃO DE ESTRANGEIROS NA VIDA PÚBLICA A NÍVEL LOCAL Aberta à assinatura em Estrasburgo, a 5 de fevereiro de 1992 (Série de Tratados Europeus, n.º 144). Entrada em vigor na ordem

Leia mais

DIREITO DA NACIONALIDADE. TORRES, Hélio Darlan Martins¹ MELO, Ariane Marques de²

DIREITO DA NACIONALIDADE. TORRES, Hélio Darlan Martins¹ MELO, Ariane Marques de² DIREITO DA NACIONALIDADE TORRES, Hélio Darlan Martins¹ MELO, Ariane Marques de² RESUMO Nacionalidade é o vínculo jurídico-político que liga um indivíduo a determinado Estado; é a qualidade de nacional,

Leia mais

DIREITO INTERNACIONAL

DIREITO INTERNACIONAL Prof. Thaysa Prado DIREITO INTERNACIONAL - Introdução e fontes Características da Sociedade Internacional - Universal: abrange todos os entes/sujeitos do direito internacional - Paritária: igualdade jurídica

Leia mais

SUMÁRIO AGRADECIMENTOS APRESENTAÇÃO... 13

SUMÁRIO AGRADECIMENTOS APRESENTAÇÃO... 13 SUMÁRIO AGRADECIMENTOS... 11 APRESENTAÇÃO... 13 1. INTRODUÇÃO... 25 1.1. Introdução às alternativas adequadas de resolução de disputas... 27 1.2. Breve histórico... 33 1.3. Bibliografia recomendada...

Leia mais

Da Função Jurisdicional

Da Função Jurisdicional Direito Processual Civil Da Função Jurisdicional Da Jurisdição e da Ação Art. 16 A jurisdição civil é exercida pelos juízes e pelos tribunais em todo o território nacional, conforme as disposições deste

Leia mais

Resolução 53/144 da Assembleia Geral das Nações Unidas, de 9 de dezembro de 1998.

Resolução 53/144 da Assembleia Geral das Nações Unidas, de 9 de dezembro de 1998. DECLARAÇÃO SOBRE O DIREITO E A RESPONSABILIDADE DOS INDIVÍDUOS, GRUPOS OU ÓRGÃOS DA SOCIEDADE DE PROMOVER E PROTEGER OS DIREITOS HUMANOS E LIBERDADES FUNDAMENTAIS UNIVERSALMENTE RECONHECIDOS (DEFENSORES

Leia mais