A UTILIZAÇÃO DO MAPEAMENTO GEOLÓGICO PARA OBTENÇÃO DE ATRIBUTOS DO MEIO FÍSICO DA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO. João Mateus de Amorim*

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1 A UTILIZAÇÃO DO MAPEAMENTO GEOLÓGICO PARA OBTENÇÃO DE ATRIBUTOS DO MEIO FÍSICO DA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO. João Mateus de Amorim* *Mestrando na Engenharia Civil - UFU Resumo Neste trabalho analisaremos algumas modificações no espaço físico (substrato geológico, a estrutura geomorfológica e geotécnica) do espaço urbano de São Paulo. As principais conseqüências do processo de uso e ocupação do espaço fruto do avanço das tecnologias e da urbanização concentrada provocaram vários impactos no espaço físico, como: os escorregamentos, inundações, assoreamentos e a erosão. Esses impactos estão relacionados aos tipos de rochas, de relevo, presença de descontinuidades (xistosidades, fratura, falhas) com as formas de ocupação urbana (supressão de vegetação, aterramento das várzeas, modificação do perfil natural da encosta pela execução de corte-aterro e impermeabilização do solo, etc.).

2 Figura 1: A Imagem de satélite mostra a enorme mancha de devastação da Mata Atlântica. Fonte: Figura 2: Mostra a evolução da cobertura vegetal de SP. Fonte:

3 Estas fotos denunciam a grande devastação da floresta atlântica para a instalação de São Paulo. Essa degradação aconteceu sem nenhuma preocupação com o meio ambiente, pois somente após a década de 1990 e que começou a ser mapeado e fotografado o possível dano a este espaço. Neste momento o que podemos fazer e tentar minizar e restaurar alguns impactos sócio-ambientais. Esse processo ocorre em várias cidades do sudeste, principalmente, aquelas localizadas nas serras da Mantiqueira e do Mar. As rochas do substrato rochoso nessa área sofrem uma ação intensa de desagregação (intemperismo) devido à forte presença de umidade, insolação, concentração populacional, retirada da vegetação, cortes para a construção da infra-estrutura e ocupação irregular de encostas e fundos de vale. Neste contexto ocorre no Brasil a cultura de ocupação do solo sem planejamento e sem mapeamento geotécnico. Sendo assim, analisamos o substrato de São Paulo que está dividido em três compartimentos, a seguir: a Bacia Sedimentar de idade terciária; o granito-xistognaíssico de falhamentos antigos do pré-cambriano e as coberturas aluviais e colúvios quaternários. O arcabouço geológico de São Paulo condiciona a morfologia da região, refletindo na existência de um relevo colinoso, com planícies aluviais e terraços dos rios Tietê e Pinheiros e afluentes, onde se encontra assentado seu núcleo urbano mais consolidado, circundado por formas de relevo mais salientes, sustentadas por corpos graníticos (Serra da Cantareira) e lentes de metassedimentos mais resistentes. CONSTITUIÇÃO LITOLÓGICA DA CROSTA TERRESTRE A crosta terrestre é constituída de rochas, isto é, agregados naturais de um ou mais minerais (incluindo vidro vulcânico e matéria orgânica). Sendo assim, distinguemse 3 grandes grupos de rochas, segundo sua gênese: rochas magmáticas, rochas metamórficas e rochas sedimentares [...] (LEINZ; AMARAL, 1989, p ). A Proporção aproximada das rochas que ocorrem na Crosta é:

4 Tabela 1: A proporção de rochas na terra SEDIMENTOS 6,2 % GRANODIORITOS, GRANITOS E GNAISSES. 38,3 % ANDESITO 0,1 % DIORITO 9,5 % BASALTOS 45,8 % Fonte: (POLDERVAART, 1955 apud LEINZ; AMARAL, 1989, p. 28). Para o mapeamento de uso e ocupação do solo são necessários a descrição e o detalhamento da rocha Local. Para isso deverá conhecer e entender as suas características físicas, para a partir daí ocupá-la. Rocha Magmática, ou ígnea, provêm da consolidação do magma e são por isto de origem primária. Delas se derivam por processos vários as rochas sedimentares e metamórficas [...] o granito é a rocha magmática mais comum de todas, ocorrendo juntamente com os gnaisses no embasamento cristalino [...] a serra do Mar, da Mantiqueira e as serras que nos separam das guianas são formadas por esta rocha [...] (LEINZ; AMARAL, 1989, p. 41). Rocha sedimentar - são formadas a partir do material originado da destruição erosiva de qualquer tipo de rocha, material que deverá ser transportado e posteriormente depositado ou precipitado na superfície do globo terrestre, tais como: arenito, argilito, folhelho, siltito, conglomerado, tilito (conglomerado), calcário e sílex (LEINZ; AMARAL, 1989, p. 46). Rocha Metamórfica Tanto as rochas magmáticas como as sedimentares podem ser levadas por processos geológicos a condições diferentes daquelas nas quais se formou a rocha [...] estas rochas sofrem então transformações sob ação destas novas condições de temperatura, pressão, presença de agentes voláteis ou fortes atritos [...] poderá ou não mudar a composição mineralógica, mas a textura muda obrigatoriamente [...] calcário passando para mármore, ou um arenito para quartzito [...] rocha argilosa [...] originando as micas ou as cloritas (LEINZ; AMARAL, 1989, p. 49).

5 Atributos físicos do solo para o uso e ocupação Zuquette e Gandolfi (2004) propõem os seguintes atributos relacionados ao substrato rochoso. ATRIBUTOS CARACTERIZAÇÃO FORMAS DE OBTENÇÃO Tipo rochoso e grupo litológico IAEG (1981) Fotointerpretação Trabalhos de Campo Litologia IAEG (1981) Trabalhos de Campo Distribuição (em área de profundidade) Zonas (unidades) Fotointerpretação Trabalhos de Campo Estruturas Geometria, distribuição, Fotointerpretação (descontinuidades) classificação IAEG (1981). Trabalhos de Campo Mineralogia Laboratório Densidade e porosidade Classes de valores Ensaios Laboratoriais Profundidade e espessuras Classes de valores Fotointerpretação Trabalhos de Campo Níveis de Intemperismo Price (1993) Trabalhos de Campo Laboratório Potencial de alteração Classificação Laboratório Condutividade Hidráulica Classes de Valores Ensaio Estimativa analogia relativa Resistência Mecânica Classes de valores Estimativa Ensaios laboratoriais Figura 3: Atributos avaliados para a ocupação do solo Fonte: (Zuquette e Gandolfi, 2004, p. 100). Em conformidade com o site Atlas Ambiental (2006) a RMSP possui três compartimentos rígidos e maciços, mas frágeis para ocupação de forma irregular e sem planejamento geotécnico. Este substrato é composto por: suítes graníticas, grupo São Roque (rochas basálticas) e sedimentos terciários e quaternários.

6 Suítes Graníticas Indiferenciadas - As ocupações desordenadas em maciços de solo originadas da alteração dos granitos apresentam como maiores problemas a instabilização de blocos e matacões e a dificuldade de escavação e cravação de estacas. Apresentam potencialidade média para escorregamentos, agravados em áreas com declividades superiores a 60% e em aterros lançados. Quando expostos, os solos podem sofrer processo de ravinamento (site Atlas Ambiental, 2006). Grupo São Roque e Grupo Serra do Itaberaba - Ocorrem nesta unidade os metassedimentos de natureza diversificada e meta vulcânica básica (site Atlas Ambiental, 2006). Os principais problemas associados à ocupação de maciços de solos desta unidade são: Escorregamentos de aterros constituídos por solos siltosos e micáceos, provenientes da alteração dos filitos e mica-xisto, por dificuldade de compactação. Instalação de processos erosivos intensos em cortes (solo exposto) e aterros lançados de filitos e xistos. Desplacamento de rocha em maciços quartzíticos e de filitos baixa capacidade de suporte de solos amolgados provenientes de mica-xisto e de anfibolitos, devido a presença de argila expandida (site Atlas Ambiental, 2006). Complexo Embu - Os quartzitos, com ocorrência restrita, a margem direita da Represa Billings (site Atlas Ambiental, 2006). Os principais problemas previstos quando da ocupação são: Escorregamentos de taludes de corte e aterro, nas áreas de gnaisses e migmatitos. Erosão intensa, baixa capacidade de suporte e dificuldade de compactação nos solos de alteração dos gnaisses e migmatitos de baixa capacidade de suporte, dificuldade de compactação de solos de alteração de micas-xistos e filitos, além de escorregamentos de aterros lançados em encosta (site Atlas Ambiental, 2006).

7 Somado a esse processo temos a ocupação clandestina, ou seja, a construção moradias em condições técnicas e sanitárias de forma precária (favelas), predominantemente em áreas públicas situadas em margens de córregos, terrenos de alta declividade e de grande fragilidade do ponto de vista geológico geotécnico. Este quadro é bastante favorável à proliferação das denominadas áreas de risco, à proporção da instalação e consolidação da miséria nas porções mais periféricas da cidade, desprovidas de condições mínimas de infra-estrutura urbana. As favelas, em São Paulo, ocupam áreas frágeis do ponto de vista geológicogeotécnico, predominantemente relevos de alta declividade constituídos predominantemente por gnaisses e migmatitos, conforme se observa no mapa geológico. São verificados nessa região, a cada ano, ocorrências de escorregamentos, resultantes da construção e ocupação precária aliada a condições desfavoráveis do meio físico (site Atlas Ambiental, 2006). E também ocorrem favelas em áreas com risco de enchentes e solapamentos, as quais se situam às margens, e por vezes dentro de leitos de córregos (site Atlas Ambiental, 2006). Junto a serra da Cantareira aparecem rochas granitóides acompanhadas de ocupações ilegais favorecendo os risco de queda/atingimento de blocos (blocos e matacões de rocha, com superfície arredondada e formas sub-arredondadas de tamanhos variados, sendo comuns diâmetros que variam de 1 a 3 m) (site Atlas Ambiental, 2006). Muitas favelas estão localizadas em áreas de várzeas sujeitas à enchente, como a favela Santa Rita de Cássia, na Penha. O Jardim Pantanal, área situada na várzea do Rio Tietê, é considerado uma das áreas mais críticas desta região. A partir do final da década de 60, enquanto se esgotavam as terras mais próprias para a ocupação urbana (bacia sedimentar terciária) de São Paulo, os arruamentos penetraram áreas de solos frágeis, de alta declividade e com condições impróprias para urbanização, introduzindo-se assim situações catastróficas no parcelamento irregular (site Atlas Ambiental, 2006). Para agravar mais a situação ocorreu uma perda significativa de vegetação, protegida por legislação, associada à implantação de loteamentos clandestinos na

8 Zona Norte, área também, de expressiva ocupação por parcelamento irregular. Pois, além dos processos naturais de erosão, escorregamentos, inundações há um aumento considerável dessa variável fruto da ocupação desordenada, criminosa, irregular e altamente concentrada (site Atlas Ambiental, 2006). Áreas de nascente dos afluentes do rio Tietê. Represa de Billings, Guarapiranga e áreas de várzeas. Figura 4: concentração de Favelas próxima às áreas hidromórficas e de declividades acentuadas Fonte:

9 A solução destes fatos está no conhecimento através do levantamento de dados do espaço a ser ocupado, principalmente através do mapeamento geotécnico. A elaboração de mapeamentos geotécnicos no Brasil deu-se início em 1965/1966 com o Professor Haberlehner, na UFRJ, no 2º congresso de Porto Alegre. Mas foi a partir de 1988 e que ocorreu um nível mais intenso de trabalhos geotécnicos no Brasil, como: IPT, USP, UFRJ, UNB, UFMG, UFPE, UFAL, UFPR, UFGS e CPRM e outros. A partir do levantamento de dados contidos no mapa geológico e geomorfológico do espaço urbano de São Paulo construiremos um mapa geotécnico das potencialidades e limitações do uso e ocupação neste espaço. Então, Zuquette (1993) deixa claro em seu estudo a importância das informações sobre o meio físico para implementar os diferentes tipos de ocupações, para isso, é preciso haver um planejamento para evitar riscos em áreas instáveis. Mas ocorre no Brasil o contrário disso, que é o não conhecimento do meio físico na sua totalidade, e sim, de forma pontual (obras de engenharia e correção dos problemas). Zuquette (1993) apresenta alguns pontos da não realização do mapeamento geotécnico no Brasil, que são: Ocupação imediatista de um local pelo poder público; técnicos dos órgãos públicos são coniventes e os particulares não tem dados reais para avaliar os custos de suas obras; falta de documentos topográficos em escala adequada para alguns lugares; falta conhecimento do meio físico a ser ocupado; falta um banco de dados para uso no futuro e sua localização por coordenadas geográficas; falta estudo prévio de uso e ocupação; falta de um corpo de fiscalização de projeto e obras; implementação de ocupação em locais impróprios e sob condições desfavoráveis pro profissionais despreparados; falta de uma decisão de natureza técnica para a contratação de obras públicas; falta de profissionalismo em projetos de obra, sem investigação do meio físico; falta de conhecimento dos administradores públicos acerca do planejamento e desenvolvimento de médio e longo prazo; falta de análise abrangente dos diversos componentes do meio físico.

10 Para que haja um conhecimento consistente acerca destes fatos será necessário um conhecimento prévio do substrato rochoso, dos materiais inconsolidados, da vegetação, do clima, dos processos tecnógeno e da geomorfologia. O mapeamento do substrato rochoso, dos materiais inconsolidados e dos outros atributos (vegetação, solo, relevo, clima, água, insolação) são de extremamente necessários para qualquer tipo de ocupação seja a mesma legal (infra-estruturas) ou ilegal (favelas). INTERVENÇÕES NO ESPAÇO FÍSICO A construção de obras civis, bem como os estudos do meio ambiente que não envolvem, necessariamente, construções de obras, devem ser precedidos de estudos para caracterização geológico-geotécnica da área de interesse que indicarão: distribuição dos diversos materiais que compõe o local, parâmetros físicos dos materiais, técnicas mais adequadas para investigação nos terrenos, volumes necessários para remoção ou escavação, necessidade de tratamento de estabilização dos maciços e, finalmente, se for o caso, indicação do melhor local para o posicionamento das estruturas das obras civis. È muito importante que desde o inicio das atividades, já estejam bem definidas as características geológicas da área, para orientar o projeto segundo as aptidões naturais do local, propiciando a elaboração de um empreendimento harmônico com a natureza do terreno, econômico e seguro. As principais ferramentas utilizadas com estes objetivos são: o sensoriamento remoto, o mapeamento geológico, os ensaios geofísicos e as sondagens mecânicas (métodos diretos). O mapeamento possibilita o acesso direto aos materiais que estão expostos na superfície. Permite identificar os litotipos e delimitar os diferentes corpos presentes na área, caracterizar qualitativamente ou quantitativamente as feições estruturais e coletar amostras para ensaios de laboratório. Zuquette e Gandolfi (2004) apontam que o meio ambiente está dividido em meio antrópico, meio abiótico e meio físico com seus respectivos componentes.

11 Meio antrópico - uso e ocupação Meio Biótico atributo - vegetação Meio Físico atributos - rochas, materiais inconsolidados, relevo, águas e clima. Já em termos sócio-econômicos temos os seguintes atributos: A densidade populacional, saúde, escola, necessidade da população (água e serviços) e usos atuais do solo, indústrias e tipos de rejeitos, postos de gasolina e dutos. Segundo Zuquette e Gandolfi (2004) estes atributos são extremamente importantes para avaliar os riscos de determinadas ocupações e também avaliar os passivos ambientais das empresas, das indústrias e da sociedade como um todo, principalmente, a ocupação irregular de favelas em locais de vertente e de áreas próximas ao leito de drenagens. UNIDADE GEOTÉCNICA CAMADAS PRINCIPAIS PROPRIEDADES ESPERADAS Colúvios (CLV) Superior: argila; Inferior: Silte. Relevo suave com rampas médias não superiores a 15%, de amplitudes variáveis; horizonte superficial poroso, susceptível a recalques por colapso estrutural do solo; nível de água (NA) e impenetrável relativamente profundo, com pequenas dificuldades de escavação; Boa homogeneidade do solo.

12 Baixada aluvionares (ALV) Presença aleatória de camada mole; Areia e pedregulho intercalados. Presença de todos os tipos de solos (argilas, siltes, areias, pedregulhos) com sucessão indefinida; NA relativamente superficial; relevo praticamente plano; alta probabilidades de recalques; pequena previsibilidade de comportamento da capacidade de carga. solos profundos e bem drenados (latossolo). Solos derivados de rochas cristalinas, como: Gnaisse. Granito, quartzo. Solos derivados de rochas ferríferas (RFE) Itabirito e hematita Superior: argila; Inferior: silte. Superior: argila ou silte; Inferior: Silte ou cascalho. A camada superior de argila tem grande variabilidade na espessura; A camada de solo residual (silte) poderá reter traços de estrutura das rochas de origem em planos subhorizontais; relevo bastante movimentado, com taludes naturais em colinas variando de suave a íngreme; NA relativamente profundo; boa capacidade de suporte para fundações de pequeno porte. tem a presença de um litossolo. Relevo com altas declividades; Solo raso (litossolo); NA errático; dificuldade de escavação; pouca susceptibilidade ao colapso e a recalque por adensamento; alta capacidade de carga. Solos derivados de Filitos. Superior: argila Inferior: silte ou areia siltosa. Solos rasos; NA variável; alta capacidade de carga; Susceptibilidade de escorregamentos quando os planos de corte interceptarem superfícies de

13 descontinuidades com ângulos menores. facilidade de escavação Solos derivados composição Solo profundo (latossolo) vermelho e amarelado, do basalto da variável com ou sem a presença de ferro; formação Serra bem drenados e alta friabilidade; Geral Nível de água profundo; solo ácido a básico. Solo Composição NA superficial; hidromórfico e argilosa ou Muita matéria orgânica; planossolo. siltosa Solo mal drenado; Solos de várzea de cor acinzentada. Figura 5: Unidades geotécnicas, tipos e solos e propriedades esperadas. Fonte: Adaptado de Teixeira (2003) LEVANTAMENTO DOS ATRIBUTOS DO MEIO FÍSICO Básicos -Dentre os componentes do meio ambiente, o meio físico é a base onde serão desenvolvidos todas as atividades antrópicas e eventos perigosos. Trata-se da parcela do meio ambiente constituída pelos materiais rochosos e inconsolidados, as águas e o relevo que estão combinados e arranjados de diversas maneiras em espaços tridimensionais. As diversidades, em termos de consolidação e arranjo, são originadas pela ação de dois grupos de processos naturais: Primários - são os responsáveis pela origem dos materiais rochosos e feições estruturais geológicas (falhas, fraturas, foliações, dobras, etc.). Secundário tem seu inicio imediatamente após cessarem os primários e são os responsáveis pelo comportamento dinâmico do meio físico e pela origem do perfil de alteração, erosões e deposições, comportamento das águas e as características do relevo. Estes processos são muito intensos e o produto final (arranjo tridimensional) é resultado da interação de diversos aspectos, tais como: Materiais rochosos e suas susceptibilidade ao intemperismo químico e físico e biológico;

14 condições climáticas ( pluviosidade, temperatura, ventos, etc.) e níveis de encaixe dos sistemas de drenagens. O meio físico, portanto é constituído pela repetição de arranjos tridimensionais com deferentes níveis de heterogeneidade em uma região e sempre associado a uma unidade típica de relevo. Desta forma, o mapeamento geotécnico, do meio físico tem como objetivo identificá-lo, caracterizá-lo e classificá-lo de forma qualitativa e quantitativa a feição de cada arranjo, assim como a sua distribuição na região, sempre respeitando o limite de escala. O meio físico, no Brasil, apresenta características particulares que são resultantes das condições climáticas, dos materiais rochosos e do tempo de atuação dos processos secundários. Assim, é possível encontrar variações significativas, tais como: Materiais inconsolidados (residuais ou retrabalhados) porosos (índices de vazios maiores que 1); O equilíbrio atual pode ser modificado rapidamente por ações antrópicas produzindo eventos como os escorregamentos, as erosões; minerais argilosos do tipo caulinita e gipsita podem ser encontrados na porção superficial dos materiais inconsolidados de regiões extensas e são encontradas áreas íngremes associadas as planas; A seguir encontram-se alguns atributos que devem ser objeto de estudos para o planejamento regional e urbano, aproveitamento de recursos naturais, etc. Componentes Tipo/aspecto Grupos de atributos ÁGUAS Superficiais Atributos 1-escoamento superficial 2-infiltração (infiltração potencial) 3-áreas de acúmulos de águas (drenabilidade) 4-Características físico-quimicas 5-densidades canais 6-bacias hidrográficas de 3ª ordem 7-tempo de concentração 8-interferência de lentes salgadas 9- aqüíferos 10-áreas de recargas

15 Geomorfologia Geologia Feições do Tecnógeno Climáticos Socioeconômico s Subterrâneas Morfometria Morfologia Unidades básicas 11-profundidade/espessura 12-poços 13-sensibilidade 14-características físico-quimicas 15-altitudes (amplitudes) 16-declividade e sentido 17-landforms 18-formas de encostas 19-comprimento das encostas ou dos landforms Substrato Rochoso Materiais 20-tipo rochoso ou grupo litológico 21-litologia 22-mineralogia 23-densidade 24-resistência mecânica 25-permeabilidade 26-Estruturas (descontinuidades e atitudes) 27-Distribuição (em áreas e profundidade) 28-Profundidade 29-Alterabilidade (resistência) 30-Potencial para material de construção 31-erosão (ocorrência de feições) [...] [...] 58Áreas desaterros e entulhos 59-Áreas utilizadas para exploração materiais p/ construção civil 60-áreas de empréstimos 61-antigos depósitos de rejeitos e resíduos 62-Pluviosidade 63-Temperatura 64-Umidade relativa 65-Ventos 66-Insolação 67-Evapotranspiração 68-Intensidades pluviométricas Sociais Educacionais Econômicos GFG 69-População, saúde, escolas. Necessidade da população 70-uso do solo, industrias e tipos de rejeitos, postos de gasolina, dutos. Figura 6: Adaptação de Atributos para o planejamento ambiental e Urbano Fonte: (ZUQUETE, 1993).

16 CONSIDERAÇÕES FINAIS Nas parcelas da cidade produzida informalmente, onde predominam os assentamentos populares e a ocupação desordenada, somado a combinação destes processos de construção do espaço, com as condições precárias de vida urbana gera problemas sócio-ambientais e situações de risco, que afetam tanto o espaço físico quanto a saúde pública: desastres provocados por erosão; enchentes; deslizamentos; destruição indiscriminada de florestas e áreas protegidas; contaminação do lençol freático ou das represas de abastecimento de água; epidemias e doenças provocadas por umidade e falta de ventilação nas moradias improvisadas, ou por esgoto e águas servidas que correm a céu aberto, entre outros. A escala e a freqüência com que estes fenômenos se multiplicam nas cidades revelam a relação estrutural entre os processos e padrões de expansão urbana da cidade informal e o agravamento dos problemas sócio-ambientais (GROSTEIN, 2001). Na cidade formal temos uma urbanização com melhores equipamentos públicos para o atendimento da população, como: hospitais, escolas e outros. A população da periferia, na maioria das vezes, tem que deslocar do seu espaço de convivência para ser atendido em áreas centrais. Pois falta infra-estrutura adequada e saneamento para a cidade informal (favelas). Por falta de condições econômicas essa parcela da sociedade, que está empobrecida, sem cidadania e favelizada construirá seus barracos em locais insalubres e perigosos, ou seja, próximo aos locais úmidos e de encostas sujeitos aos perigos de escorregamentos e corridas de massa. Os problemas ambientais urbanos dizem respeito tanto aos processos de construção da cidade e, portanto, às diferentes opções políticas e econômicas que influenciam as configurações do espaço, quanto às condições de vida urbana e aos aspectos culturais que informam os modos de vida e as relações interclasses.

17 REFERÊNCIAS ANDRADE, Homero Xavier. Hidrologia Aplicada. Científica. Rio de Janeiro, DNIT. Manual de Hidrologia Básica para Estruturas de Drenagens. Publicação IPR 715, GROSTEIN, Marta Dora. METRÓPOLE E EXPANSÃO URBANA: A PERSISTÊNCIA DE PROCESSOS "INSUSTENTÁVEIS". São Paulo: Perspectiva, v. 15, n. 1, Disponível em: < >. Acesso em: 14 Out LEINZ, Viktor; AMARAL, Sérgio Estanislau do. Geologia Geral. São Paulo: Ed. Nacional, 1989, p ROLIM, Eloísa Raymundo Holanda. Disponível em: >. Acesso em: 1 out TEIXEIRA, Cornélio Zampier. Um estudo de viabilidade para fundações rasas de construções de pequeno porte na região de Belo Horizonte usando ferramentas de SIG. Belo Horizonte: VI Curso de especialização em geoprocessamento (2003) no departamento de cartografia da UFMG. Disponível em: < f > Acesso em: 14 out ZUQUETTE, Lázaro V; GANDOLFI, Nilson. Cartografia geotécnica. São Paulo: Oficina de Textos, ZUQUETTE, Lázaro V. Importância do mapeamento geotécnico no uso e ocupação do meio físico: fundamentos e guia para elaboração tese de livre docência EESC/USP, São Carlos, Cap. 4 e 6. Referências eletrônicas /0004/capitulo2.pdf>. Acesso em: 14 Out

18 Acesso em: 1 out em: 1 out físicos>. Acesso em: 1 out Acesso em: 1 out

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