GEOMORFOLOGIA I. Professor: Diego Alves de Oliveira 2017
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1 GEOMORFOLOGIA I Professor: Diego Alves de Oliveira 2017
2 MATERIAIS CONSTITUINTES DO RELEVO TERRESTRE
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6 Composição da crosta As rochas se dispõem irregularmente na superfície em camadas delgadas dispostas horizontalmente, dobradas ou quebradas. Este é o aspecto estrutural. A maior ou menor resistência aos agentes erosivos depende da origem e constituição das rochas (aspecto litológico). Rochas tenras tendem a formar vales enquanto as resistentes mantêm as cristas, escarpas, planaltos e divisores.
7 Composição da crosta Então, as formas do relevo refletem a forma e a constituição das massas rochosas. Para estudar a geomorfologia de um local, o primeiro passo é o conhecimento das rochas, sua composição, as propriedades físicas e químicas, formas características de ocorrência, processos de origem e idade geológica.
8 Composição da crosta As rochas ígneas e metamórficas constituem cerca de 95% do volume total da crosta, mas ocupam apenas 25% da sua superfície. As rochas sedimentares contribuem apenas com 5% do volume mas recobrem 75% da superfície da crosta. Existem vários minerais e rochas constituintes da crosta, mas são poucos os principais.
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12 Rochas magmáticas Formadas da consolidação do magma, e expressam as condições geológicas sob as quais se formou. Rochas intrusivas (plutônicas ou abissais) quando penetram corpos rochosos previamente formados, extrusivas e intermediárias. As intrusões podem provocar arqueamento, dobramento ou quebras sobre as rochas encaixantes. Quando ocorrem em massas enormes, são chamadas de batólitos.
13 Rochas magmáticas Textura equigranular (granito) desenvolvimento bom dos cristais devido ao resfriamento lento. A textura das rochas efusivas depende da maneira como ocorreu o resfriamento. Se brusco, a textura será vítrea. Será porfírica quando houver cristais bem formados nadando em massa vítrea ou de granulação fina (massa fundamental). Quando não se distinguem seus constituintes, a massa fundamental pode ser afanítica ou vítrea.
14 Rochas magmáticas A textura pode ser ainda vesicular ou esponjosa quando ocorre o desprendimento de ar. As rochas hipoabissais formam-se em diques ou sills, tendo textura microcristalina ou afanítica, podendo haver fenocristais junto à massa fundamental. Se o magma for muito fluído e com gases voláteis, ocorrerá o desenvolvimento de cristais de grande porte (decímetros), gerando os pegmatitos.
15 Rochas magmáticas Os principais minerais são: quartzo, feldspato, piroxênio, anfibólio, muscovita, biotita e nefelina. Rochas leucocráticas: rica em minerais claros (feldspato, quartzo ou muscovita). Rocha melanocrática: é escura porque nela predominam minerais como a biotita, anfibólio, piroxênio ou olivina. Rocha mesocrática: intermediária entre 30 a 60% de minerais claros.
16 Rochas magmáticas A composição química aproximada é expressa pelo teor em sílica. Acima de 65% são ácidas; Neutras vão de 52 a 65% e As básicas vão de 45 a 52% de SiO 2, e neste caso, há ausência de quartzo.
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18 Rochas sedimentares Rochas clásticas: psefitos (seixos); psamitos (clastos de areia) e pelitos (argilas e siltes). Conglomerado: seixos, grânulos e cascalhos reunidos por cimento. Brecha: fragmentos angulosos cimentados por material da mesma origem ou diferente. Brecha sedimentar: depósito de tálus. Brecha de atrito: brechas de falha (esforço mecânico).
19 Rochas sedimentares Tilito: conglomerado glacial. Argilito, argila ou folhelho. Siltito. Areia e arenitos. Sílex: quartzo fibroso ou calcedônio (compacto, rijo e duro). Margas: calcários com 50% de argilas. Dolomitos: calcários de dolomita (cálcio e magnésio) Evaporitos: precipitação de sais em águas rasas nas regiões semi-áridas, sujeitas a alta evaporação.
20 Rochas metamórficas Textura xistosa: arranjo dos minerais segundo planos paralelos. Muitas rochas são denominadas por esse nome. Normalmente são rochas mais compactas e mais duras do que seus tipos originais, exceto as ígneas. Metassedimento: rochas metamórficas originadas de estratos sedimentares. Quartzito, itacolomito e itabirito são as rochas mais resistentes, devido a dureza.
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24 Estrutura e minerais constituintes das rochas Cada tipo de rocha possui planos naturais que caracterizam sua estrutura (estratos sedimentares, lados dos diques e sills, clivagem nos xistos, juntas de granito). Raramente há planos horizontais.
25 Propriedades geomorfológicas das rochas O comportamento de uma estrutura em relação à erosão depende da natureza da rocha (propriedades físicas e químicas) em diferentes configurações climáticas. Existem várias formas de erosão: água corrente (linear ou superficial); erosão mecânica (diferentes temperaturas); decomposição química por dissolução.
26 Propriedades geomorfológicas das rochas Elas influem no escoamento superficial, desagregação mecânica e composição química. As propriedades são: grau de coesão; grau de permeabilidade e grau de plasticidade. Influem na desagregação mecânica: grau de maciez e tamanho dos grãos. Influenciam a decomposição: grau de solubilidade e grau de heterogeneidade.
27 Grau de coesão: responsável pela incisão linear. Varia com a cimentação e o tipo do cimento. Grau de permeabilidade: importante para o escoamento, dependendo da inclinação das camadas. Depende da comunicação dos poros, existência de juntas e grau de solubilidade.
28 Grau de plasticidade: facilita a incisão linear rápida dos canais, dificulta da infiltração, aumenta o escoamento superficial. Ex: argilas. Grau de maciez: Não é o grau de coesão. Ex: calcário é muito coerente, mas pouco maciço devido a rede de diáclases. É a ausência dos planos de descontinuidade. Nas rochas sedimentares, podem ser: Planos de sedimentação (estratificação); planos de clivagem ou planos de diáclases.
29 Tamanho dos grãos: rochas de granulação fina resistem melhor à decomposição do que as de grãos mais grossos. Grau de solubilidade: dependem da natureza química dos minerais, do fissuramento da rocha e do grau de heterogeneidade. Grau de heterogeneidade: determina a velocidade do ataque químico.
30 Tipos de rochas que compõem o relevo da Terra Cristalinas: (granitos) coerentes e impermeáveis, não plásticos, mas com planos de descontinuidade e são heterogêneos. O tamanho dos grãos varia. Arenitos: se assemelham aos granitos, mas são rochas sedimentares, com planos de diaclasamento, planos de estratificação. São mais homogêneos e quando não silicificados, são permeáveis.
31 Tipos de rochas que compõem o relevo da Terra Calcários: coerentes, pouco plásticos e homogêneos, sendo muito permeáveis devido ao fissuramento e a sua solubilidade. Argilas, xistos e areias: tem fraca resistência à erosão por escoamento superficial. Argilas, xistos tem grande plasticidade, sendo mais sujeitos a erosão mecânica. Areias e arenitos tem muita permeabilidade, sendo mais resistentes à erosão, especialmente a química.
32 Grande resistência, salvo certas condições climáticas, à desagregação por escoamento superficial rochas cristalinas e arenitos Devido à plasticidade ou à fraca coesão, são sujeitas ao ataque pelo escoamento: argilas, xistos e areias. Devido à permeabilidade, são imunes à erosão pelas águas superficiais, mas que dão um modelado explicado pela decomposição química: calcários
33 Rochas iguais podem dar formas diferentes sob climas diferentes.
34 Influência das rochas no relevo: importância do clima A temperatura influencia a velocidade de decomposição química das rochas. É mais rápida em clima quente do que em temperados e frios. Temperaturas negativas também favorecem o intemperismo mecânico. A quantidade de precipitação também é importante para o intemperismo.
35 Influência das rochas no relevo: importância do clima A distribuição da precipitação ao longo do ano é importante para esculturar o relevo. Regiões sob climas secos são mais sujeitas ao escoamento superficial e erosão mecânica. Os processos, dependendo do clima, levam à diferenciação das formas de relevo. O comportamento das rochas será função da quantidade, intensidade e distribuição dos elementos do clima.
36 Influência das rochas no relevo: rochas graníticas Ricas em sílica (dioritos ou micas) são menos sensíveis à decomposição química. Quanto maiores os cristais constituídos de elementos solúveis, mais rapidamente os granitos perdem coesão, quando alterados. Granitos de grãos finos tem maior resistência à erosão, devido à granulação fina ou ausência de biotita.
37 Influência das rochas no relevo: rochas graníticas Gnaisses em climas quentes e úmidos são menos resistentes que os granitos à erosão vertical, devido a textura foliada. Os vales dos gnaisses são mais profundos e mais abruptos que nos granitos. Nos climas secos, os gnaisses permanecem como cristas, pois os planos do metamorfismo tornam ele mais resistente à erosão mecânica.
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39 Influência das rochas no relevo: rochas quartizíticas São muito resistentes devido a homogeneidade, natureza dos cristais e o fissuramento que reduz o escoamento superficial. Devido a sílica, são menos solúveis. Compõem as cristas e as arestas mais elevadas entre regiões graníticas ou calcárias.
40 Influência das rochas no relevo: rochas areníticas Nítida transição entre os planaltos e os vales, que são fortemente encaixados e com paredes íngremes. Baixa densidade de drenagem, com rios longos e retilíneos, acompanhando as fissuras. Presença de formas residuais. Se o arenito for silicificado, seu comportamento será semelhante ao dos granitos.
41 Influência das rochas no relevo: argilas, margas e xistos Composição a base de silicatos e alumina; Elementos pouco solúveis e organização micrométrica dos grãos; Alta impermeabilidade e grande plasticidade, que torna a rocha pouco resistente. Portanto, são rochas pouco resistentes ao intemperismo mecânico, mas resistentes ao intemperismo químico. Os componentes químicos são pouco solúveis, a impermeabilidade resulta em alto coeficiente de escoamento superficial que juntamente com a plasticidade, facilitam o escorregamento, que pode ser agravado pelos planos de acamamento dos xistos.
42 Influência das rochas no relevo: argilas, margas e xistos A evolução do relevo é rápida nos vales, com vertentes reduzidas em formas suavemente onduladas. No clima úmido o escoamento superficial é intenso e a erosão vertical aumenta junto a erosão das vertentes. Nos climas secos, a decomposição química é insuficiente, sendo que o escoamento após as tempestades é concentrado, formando ravinas, tornando as vertentes bem inclinadas e fundamente recortadas.
43 Influência das rochas no relevo: calcários Devido a sua alta solubilidade e o fissuramento, permitem o escoamento subterrâneo e a dissolução, criando as formas típicas do relevo cárstico. Não há rede de drenagem organizada. Ocorre o desenvolvimento de cavernas e galerias.
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