Relatório Parcial de Andamento RPA-1
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- Nicholas Fialho Domingues
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1 Relatório Parcial de Andamento RPA-1 Consultoria para a Elaboração de Estudos para o Projeto FEHIDRO-PS 181/2008 Diagnóstico dos processos erosivos na Microbacia do Ribeirão das Antas Taubaté - SP. MARÇO/2011
2 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ATIVIDADES REALIZADAS Levantamento bibliográfico Banco de Dados Refinamento do mapa de solos Refinamento do mapa geológico CONSIDERAÇÕES FINAIS /10
3 1. INTRODUÇÃO Este volume apresenta as tarefas realizadas no mês de fevereiro de 2011, entre os dias 01 e 28, para compilação de dados, informações e planejamento para desenvolvimento do projeto Diagnóstico dos Processos erosivos na Microbacia do Ribeirão das Antas, no município de Taubaté - SP - FEHIDRO PS 181/2008. A microbacia do ribeirão das Antas, com aproximadamente hectares é uma das principais responsáveis pelo processo de assoreamento do rio Una. Este trabalho tem como objetivo identificar as áreas naturalmente vulneráveis à ocorrência de perda do solo por erosão e das demais formas de movimento de massa capazes de provocar acidentes, além das áreas onde há a ocorrência simultânea dos dois processos, e que pode resultar em maiores riscos à sociedade e ao meio ambiente; estudar as áreas vulneráveis e propor mecanismos para controlar os processos erosivos na Bacia Hidrográfica do Ribeirão das Antas. 2. ATIVIDADES REALIZADAS 2.1. LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO Nesse período, foi dada continuidade aos trabalhos de compilação dos resultados obtidos através de pesquisas anteriores realizadas na bacia do Ribeirão das Antas, no município de Taubaté, SP para produção de uma página na Internet associada ao site da ONG UNAVALE para disponibilização dos resultados. Os trabalhos e publicações sobre a Bacia do Ribeirão das Antas já identificados estão sendo catalogados em fichas apropriadas (Anexo 1 - Pesquisa Bibliográfica). 3/10
4 Os dados e informações coletados já foram sistematizados e preparados para disponibilização na Internet BANCO DE DADOS O SIG selecionado para a construção do Banco de Dados foi o SPRING Sistema de Processamento de Informações Georreferenciadas, de uso livre, produzido e suportado pelo INPE Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, e sem onerar o projeto com a aquisição de licenças de software proprietário para tantas estações de trabalho quantas forem as pessoas que precisarem se utilizar dessas informações. Foi efetuado o recorte da bacia do ribeirão das Antas e criadas as layers dos mapas de declividade e do mapa de vulnerabilidades que será objeto de refinamento após conclusão dos levantamentos pedológicos e geológicos da Bacia do Ribeirão das Antas para inserção definitiva no BDG As layers são mostradas nas figuras 1 e 2. Mapa de declividade que é o resultado do fatiamento da matriz de declividade, e para a definição das classes, foram empregados intervalos variáveis Mapa de Vulnerabilidade o qual possibilita a quantificação das áreas degradadas. São importantes no sentido de haver futuras medidas de controle preventivo no uso da bacia 4/10
5 Figura 1: Mapa de Declividade da Bacia do Ribeirão das Antas. Figura 2: Mapa de Vulnerabilidade da Bacia Ribeirão das Antas REFINAMENTO DO MAPA DE SOLOS Para a execução dessa etapa dos trabalhos, foram contratados os serviços do Eng. Agr.o Dr. Julio Cesar Raposo de Almeida (CREA ) e Eng. Agr.o Dr. João Luiz Gadioli (CREA ) que já de início ao levantamento pedológico da bacia do ribeirão das Antas. Ouve um atraso no inicio da etapa das amostragens devido a dificuldade de contratação de mão de obra e condições climáticas desfavoráveis (excesso de chuvas), mas já foram iniciadas no final do mês de fevereiro de REFINAMENTO DO MAPA GEOLÓGICO Elaboração do Mapa Geológico da sub-bacia do ribeirão das Antas 5/10
6 Procedimento No dia o Geólogo Prof. Dr. Silvio Jorge Coelho Simões realizou uma visita de campo à Bacia do Ribeirão das Antas para um primeiro reconhecimento do meio físico com ênfase para a caracterização dos aspectos geológicos da sub-bacia do ribeirão das Antas. Desta forma, foram realizados perfis longitudinais (de montante para jusante) no sentido de fazer uma primeira identificação das características litológicas (tipos de rochas) assim como um primeiro reconhecimento das feições de movimento de massa existentes. Neste reconhecimento foram observados diversos pontos, a maioria deles situados em cortes de estradas e no leito dos cursos da água. Algumas amostras de rocha foram coletadas ainda que não tenha sido realizada coleta sistemática as quais ocorrerão na segunda excursão de campo. Caracterização geológica regional A região deste projeto situa-se em um contexto geológico formado por rochas de idade precambriana, mais especificamente proterozóica/eoproterozóica. Isto significa idades entre dois bilhões e 500 milhões de ano. A região do Vale do Paraíba é formada por um diversificado conjunto de rochas com grande variedade litoestratigráfica. Entretanto, de acordo com o levantamento geológico em escala 1: realizado pelo INPE (projeto Mavale) a região é formada por duas unidades precambrianas as quais serão descritas abaixo: Unidade 73a" constituída de granada-silimanita-xistos por vezes feldspático e/ou migmatizados localmente podem ser intercalados com biotita gnaisses; Unidade 74 constituída de granada-silimanita-biotita-gnaisses, migmatizados com quartzitos, anfibolitos lentes de xistos e mármores restritos. 6/10
7 Além das rochas precambrianas ocorrem depósitos Quaternários que incluem aluviões e colúvios de idade bem recente. Estes depósitos se concentram em terraços fluviais acompanhando a drenagem. Descrição local Nos cortes de estrada dificilmente se observa a rocha sã; na maior parte das vezes a rocha se encontra em elevado grau de alteração seja evidenciando o horizonte C (onde se observa relíquias da rocha original) seja evidenciando o horizonte B (os minerais encontram-se quase totalmente alterados se constituindo apenas em frações de argila, silte e areia). Neste sentido, a caracterização da rocha original fica dificultada ainda que, no caso de estar exposto o horizonte C, seja possível identificar, com muita freqüência, planos de xistosidade oriundos da rocha original (Figura 3). Figura 3 Solo de alteração com fragmentos de rocha e planos de foliação No caso dos afloramentos de rocha próximos ao leito dos cursos d água, estes encontram-se geralmente bem preservados, sendo um melhor local para se avaliar os diferentes tipos litológicos; em alguns lugares estes afloramentos 7/10
8 ocorrem em grandes extensões podendo ser possível observar tanto a composição mineralógica quanto a presença de estruturas dúcteis (como foliação e dobramento) e estruturas frágeis (fraturamento). A figura 4 mostra extenso afloramento nas regiões próximas ao ribeirão das Antas. Figura 4 Afloramento de rocha com planos de foliação evidentes e estruturas dobradas Ainda que seja precipitado fazer qualquer caracterização geológica, a avaliação preliminar evidenciou uma significante presença de rochas foliadas e solos onde estas estruturas ainda estão preservadas. A análise preliminar indica, portanto, uma predominância de rochas gnáissicas com uma variedade e uma quantidade diferenciada de minerais máficos (escuros) como biotita e hornblenda. Entretanto, além das rochas foliadas, é comum a presença de corpos graníticos intercalados. Isto pode ser evidenciado quando se observa solos de cores diferenciadas. Os solos oriundos das rochas gnáissicas teriam coloração mais avermelhada (devido a presença de minerais máficos) e os solos oriundos das rochas graníticas teriam coloração mais esbranquiçada (devido a presença de maior quantidade de quartzo e feldspato). 8/10
9 Além da geologia básica, foram observadas as feições mais superficiais na paisagem que evidenciam os chamados processos do meio físico em vertentes. Deste modo, os movimentos de massa na área da sub-bacia são constituídos tanto por processos erosivos acelerados quanto por escorregamentos que ocorrem em diferentes escalas. Como exemplo, a figura 5 mostra várias feições de movimento de massa que ocorrem na meia encosta superior. Esta é uma das situações mais típicas e se espalham por diferentes regiões no interior da sub-bacia. Figura 5 Feições de escorregamentos associados as porções superiores das vertentes Próximas etapas As próximas etapas deste subprojeto incluem: a) comparação do mapa geológico do Projeto Mavale com outros levantamentos geológicos regionais; b) levantamento das estruturas rúpteis (falhas/fraturas) a partir de imagens (fotos aéreas); 9/10
10 c) levantamento geológico de campo; d) levantamento pedológico/formações superficiais com vista à integração destas informações com os dados geológicos. 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS Paralelamente, continuam sendo realizados pela Organização Não Governamental UNAVALE os trabalhos de Mobilização Local na bacia, que se constitui num requisito essencial para a execução das atividades técnicas. A interação da ONG com a comunidade no trabalho de Mobilização Local, tem se mostrado de fundamental importância para a execução dos trabalhos, uma vez que suscita o envolvimento da comunidade com os trabalhos técnicos em andamento na Bacia. Tremembé, 14 de março de 2011 Adm. M.Sc Benedito Jorge dos Reis CRA: /10
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