Estudaremos o papel da razão e do conhecimento na filosofia de Immanuel Kant; Hegel e o idealismo alemão.
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- Amanda Angelim Conceição
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1 Estudaremos o papel da razão e do conhecimento na filosofia de Immanuel Kant; Hegel e o idealismo alemão.
2 Kant e a crítica da razão
3 Nós s e as coisas Se todo ser humano nascesse com a mesma visão que você tem quando usa óculos com lentes esverdeadas... Teríamos o entendimento diferente do mundo, pelo menos em relação às cores.
4 Você conhece a realidade exatamente como ela é ou é você quem a constrói em sua mente?
5 Suponha que a espécie humana não tivesse a capacidade de ver. O mundo seria para nós o que fosse apreendido pelos órgãos dos outros sentidos. Sequer poderíamos falar de cor, de sinais visuais, de imagens, etc. o mundo não conteria essas informações. Mas e se, ao contrário da cegueira, fôssemos dotados de uma incrível capacidade visual? Nossa percepção do mundo, a nossa relação com as coisas e o entendimento sobre a realidade também seriam diferentes.
6 Nós s e a realidade A compreensão da realidade depende dos órgãos dos sentidos. Exemplo: ondas sonoras que passam por você sem que sejam percebidas. Talvez um cachorro, um morcego ou outro animal com audição mais aguçada as perceba, mas você não pode notar porque o ouvido humano não capta ondas sonoras com frequência tão alta ou muito baixa. Essas ondas não fazem parte da sua realidade consciente.
7 Outros sinais sonoros, visuais e táteis, gustativos podem existir sem que nós, seres humanos, percebamos. A realidade humana é uma construção que depende de nossos sentidos ou da nossa experiência sensível. Só podemos conhecer a realidade por meio do filtro dos órgãos dos sentidos. Com base nessas ideias, podemos entender com maior facilidade o pensamento kantiano.
8 Kant: a mente ordena os fenômenos Além dos filtros físicos da realidade como os órgãos dos sentidos, sem os quais não pode haver percepção; Existem os filtros mentais e intelectuaiscondicionam experiência sensível humana. Tudo o que percebemos aparece em nossa mente de uma maneira específica.
9 Kant em sua investigação minuciosa a respeito do conhecimento humano, estudou a experiência sensível. Quando percebemos algo, Aparecem em nossa mente imagens, Representações ou, Fenômenos, segundo a expressão de Kant. FENÔMENO: aquilo que aparece para a mente; o objeto da sensibilidade.
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11 A sensibilidade e o entendimento Para Kant, os fenômenos dependem: Por um lado, das impressões sensíveis que obtemos por meio dos órgãos dos sentidos. Por outro lado, dependem da nossa capacidade mental ou intelectual de conformar ou ordenar essas impressões. Quando observamos alguma coisa, quando vemos, tocamos ou escutamos algo, não apenas recebemos impressões de maneira passiva, Atuamos sobre essa impressões, criando os fenômenos.
12 Como a nossa capacidade de conhecer as coisas faz isso? Segundo Kant, Nós conformamos os fenômenos por meio da nossa sensibilidade ( como recebemos as sensações) e por meio do nosso intelecto eentendimento (maneira como pensamos as sensações recebidas)
13 A sensibilidade: recebemos as impressões sensíveis. Ao pensarmos na representação da caneta, involuntariamente, imagina com uma delimitação espacial, A imagem desse objeto aparece na mente com uma forma que ocupa lugar no espaço. A caneta também aparece existindo em determinado tempo. Nenhuma coisa externa a nós érepresentada em nossa consciência sem que exista espacial e temporalmente.
14 Para Kant, espaço tempo são condições da sensibilidade são requisitos para que haja fenômenos ou representações. A mente humana, ao receber a matéria da sensação, organiza as impressões sensíveis espacial e temporalmente. Para Kant, e espaço e tempo são intuições ou modos de receber as impressões sensíveis. Ambos são condições a priori para qualquer experiência sensível ou percepção.
15 Assim como não é possível enxergar ou ouvir sem os órgãos dos sentidos responsáveis por essas sensações, não é possível que exista uma representação sensível na consciência sem que ela seja espacial e temporalmente delimitada. Algo que não possa ser conformado no espaço o e no tempo não se torna fenômeno, tampouco pode ser conhecido por nós. n
16 O intelecto atua sobre as impressões sensíveis Sem o ordenamento das intuições da sensibilidade no espaço e no tempo, a experiência sensível não seria possível. Não haveria conhecimento apenas com a recepção da sensibilidade. Kant defendeu que seria necessário compreender o que foi recebido para poder constituir conhecimento. Isto é, seria preciso pensar o material sensível para conhecê-lo.
17 Em outras palavras, o ser humano (o ser que conhece) atua sobre as representações ou fenômenos, estabelecendo relações entre eles. Por exemplo: O nosso intelecto pode atuar e estabelecer uma relação de causa e efeito entre duas constatações independentes: Há fogo e Há fumaça. Por meio da ação do nosso intelecto ou entendimento, que usa o conceito da causalidade, podemos afirmar que O fogo é a causa da fumaça.
18 No processo de conhecimento, o sujeito recebe as impressões sensíveis, dando a elas uma organização espacial e uma existência no tempo. Com base nos dados sensíveis, o sujeito pensa a respeito dos fenômenos por meio de conceitos, isto é, estabelece relações entre eles. Sem a sensibilidade, nada pode ser captado sensivelmente. Do mesmo modo, os fenômenos não podem ser pensados sem os conceitos. Assim como as instituições de espaço e tempo são a priori, também o são todas as categorias ou conceitos de entendimento que tornam possível o pensamento.
19 A revolução copernicana de Kant Você se lembra da revolução copernicana? Ela determinou uma profunda mudança na visão do ser humano sobre o universo. Depois dela... abandonou-se a ideia de que a Terra estaria imóvel no centro do universo. A partir daí... adotou-se a teoria heliocêntrica, que afirma que os planetas giram em torno do Sol, o qual ocupa o centro do Sistema Solar. Foi uma mudança radical na forma de entender o mundo, você concorda?
20 Fazendo uma analogia com a descoberta de Copérnico, Kant afirmou que suas investigações promoveram um espécie de revolução copernicana na teoria do conhecimento. Sua filosofia teria mudado radicalmente a forma de entender o conhecimento humano. Nesse sentido,... a filosofia kantiana foi revolucionária. ria.
21 Existem diversos tipos de árvore no meio ambiente, mas com certeza essa você nunca viu por aí. Os artistas Mario Shu e Daniel Siering resolveram fazer uma intervenção de arte de rua em uma árvore em Potsdam, Alemanha, com o objetivo de deixá-la como se estivesse flutuando.
22 A sequência de fatos permite que, além da experiência sensível de observar a arte, as etapas do processo artístico possam ser compreendidas. Para Kant, o conhecimento é resultado da sensibilidade e do entendimento.
23 Invertendo a relação entre sujeito e objeto Kant inverteu a relação entre sujeito e objeto no processo de conhecimento. Antes da reflexão kantiana... pensava-se que o sujeito, no ato de conhecer, recebesse de maneira passiva as impressões sensíveis das coisas ou dos objetos que existem fora dele. É como se a pessoa captasse passivamente impressões vindas do que lhe é externo. Por exemplo: o verde de uma árvore, o frio de uma pedra de gelo ou o áspero de uma superfície.
24 Com Kant... Ficou esclarecido que o sujeito que conhece não está em condição passiva, não recebe apenas o dado sensível do exterior, mas é ativo. O sujeito do conhecimento conforma as impressões sensíveis, isto é, dá forma e ordena essas impressões ativamente. Isso significa que... Não é o sujeito quem deve se adaptar aos objetos do exterior para conhecê-los, mas, ao contrário, são as impressões que têm de se adaptar às estruturas humanas de conhecimento, ou seja, às estruturas da sensibilidade e do intelecto.
25 Dessa forma, Kant defendeu que existem condições de conhecimento a priori para qualquer experiência sensível. Essas estruturas da sensibilidade e do entendimento estão presentes em todos os seres humanos (são universais) e possibilitam a experiência sensível. Assim como Copérnico revolucionou a teoria cosmológica, afirmando que o Sol é o centro do universo, Kant trouxe o sujeito para o centro do processo de conhecimento, questionando a tradição, que depositava nos objetos a centralidade desse processo. Para Kant, o sujeito é o principal agente do conhecimento.
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