COMÉRCIO INTERNACIONAL EM EXERCÍCIOS P/ RFB Prof. RICARDO VALE AULA 02- O SISTEMA MULTILATERAL DE COMÉRCIO II

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1 AULA 02- O SISTEMA MULTILATERAL DE COMÉRCIO II Olá, meus amigos, tudo bem? Hoje daremos continuidade ao assunto "OMC e Sistema Multilateral de Comércio." Abordaremos os seguintes pontos dos últimos editais da Receita Federal do Brasil: AFRFB 2009: 2.2. O Acordo Geral sobre o Comércio de Serviços (GATS). 11. Regras de origem. 3. Sistemas preferenciais Sistema Geral de Preferências Sistema Geral de Preferências de Países em Desenvolvimento. ATRFB 2009: 2.3. Organizações e organismos internacionais relacionados ao comércio: a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD); A Organização Mundial de Aduanas (OMA). 6. Sistema Geral de Preferências (SGP) O Sistema Global de Preferências Comerciais (SGPC) O Acordo sobre Regras de Origem do GATT Vamos em frente! 1-(ATRFB-2009)- O Acordo sobre Regras de Origem compôs o pacote de acordos fechados no marco da Rodada Uruguai e integra, conseqüentemente, o marco normativo da Organização Mundial do Comércio. Uma pergunta importante para introduzirmos o assunto: o que são e para que servem as regras de origem? Regras de origem são leis, regulamentos e determinações administrativas que definem o país de origem de um produto. Suponha que o motor de um automóvel seja fabricado na Alemanha; o câmbio e a suspensão, na Itália; as rodas e os pneus, no Brasil. Nesse caso, de qual país o automóvel será originário? São justamente as regras de origem que irão determinar! Mas para que saber o país de origem de uma mercadoria? Por vários motivos! Vamos falar sobre alguns deles! 1)- No âmbito do MERCOSUL, os produtos originários do bloco circulam livremente (alíquota zero do imposto de importação). Assim, um produto originário da Argentina, ao ingressar no Brasil, não pagará imposto de importação. Já um produto originário da Prof. Ricardo Vale 1

2 Alemanha, ao ingressar no Brasil, não receberá tal preferência tarifária. 2)- Suponha que o Brasil aplique um direito antidumping contra os sapatos originários da China. Se ocorrer uma importação de sapatos originários da Itália, estes não sofrerão a incidência das medidas de defesa comercial. 3)- Suponha que a Argentina esteja sofrendo um surto de "doença da vaca louca" e o Brasil, para se precaver, estabelece critérios mais rigorosos de inspeção sobre a carne originária da Argentina. Se for importada carne originária da União Europeia (e aquela região não estiver com problemas sanitários!), os critérios de inspeção serão os normalmente aplicados. Bem, como vocês viram, as regras de origem podem ser utilizadas pelos mais diversos motivos. Em razão da importância de sua aplicação e uniformização, os membros da OMC estabeleceram, na Rodada Uruguai um acordo multilateral destinado a regulamentá-las. Foi, assim, celebrado o Acordo sobre Regras de Origem, acordo multilateral firmado no âmbito da OMC. Conjunto de leis, regulamentos e determinações administrativas que definem o país de origem de um produto. Qual o objetivo de se determinar a origem de um produto? - Concessão de preferências tarifárias. - Aplicação de instrumentos de política comercial Acordo Multilateral celebrado no âmbito da OMC Prof. Ricardo Vale 2

3 Voltando à questão, verificamos que ela está correta. De fato, o Acordo sobre Regras de Origem compôs o pacote de acordos multilaterais celebrados na Rodada Uruguai. Por ser um acordo multilateral referente ao comércio de bens, o Acordo sobre Regras de Origem vincula automaticamente todos os membros da OMC. 2-(ATRFB )- O Acordo sobre Regras de Origem estabelece os princípios e as condições segundo as quais as normas de origem possam ser legitimamente empregadas como instrumentos para a consecução de objetivos comerciais e estabelece como objetivo tornar uniformes os critérios empregados pelos países individualmente para a determinação da nacionalidade de um bem importado. Vejamos os princípios gerais do Acordo sobre Regras de Origem da OMC, os quais estão dispostos no preâmbulo do referido acordo. 1)- As regras de origem devem ser claras e previsíveis. Os requisitos de origem não devem gerar dúvidas e precisam ser objetivamente definidos. 2)- As regras de origem não podem criar obstáculos desnecessários ao comércio internacional. A finalidade das regras de origem é alcançar objetivos legítimos de política comercial e não servir de obstáculos ao comércio. 3)- As regras de origem devem ser transparentes. O princípio da transparência está presente em todos os acordos da OMC e não seria diferente em relação às regras de origem. 4)- As regras de origem devem ser harmonizadas. Imaginem a falta de previsibilidade e segurança jurídica em um ambiente em que cada país define suas próprias regras de origem. O Acordo sobre Regras de Origem almeja a harmonização (uniformização) das regras de origem entre os membros da OMC. 5)- As regras de origem devem ser aplicadas de forma imparcial, transparente, previsível, consistente e neutra. Prof. Ricardo Vale 3

4 Devem ser aplicadas de forma imparcial, transparente, previsível e neutra A primeira parte da questão está correta: "O Acordo sobre Regras de Origem estabelece os princípios e as condições segundo as quais as normas de origem possam ser legitimamente empregadas como instrumentos para a consecução de objetivos comerciais e estabelece como objetivo tornar uniformes os critérios empregados pelos países". No entanto, a segunda parte está errada. Ao contrário do que diz a questão, as regras de origem são utilizadas para determinar a origem de um bem (e não sua nacionalidade!). 3- (ATRFB )- O Acordo sobre Regras de Origem, visando a efetiva implementação dos compromissos e obrigações nele previstos, estabeleceu um prazo de três anos para que os países membros harmonizem entre si as regras de origem que aplicam, instaurando, para coordenar essa tarefa, o Comitê de Regras de Origem, vinculado diretamente ao Conselho para o Comércio de Bens. Segundo o art. 9 do Acordo sobre Regras de Origem da OMC, visando a harmonizar as regras de origem, foi estabelecido um Programa de Trabalho, a ser desenvolvido em conjunto pela Conferência Ministerial e pelo Conselho de Cooperação Aduaneira (CCA), atual Organização Mundial de Aduanas (OMA). O Programa de Trabalho estabelecido pelo Acordo sobre Regras de Origem tinha como objetivo elaborar uma espécie de "Código de Origem da OMC" ao final de 3 (três) anos. No entanto, até hoje, pela complexidade do tema, não se chegou a um resultado definitivo. Prof. Ricardo Vale 4

5 Os órgãos responsáveis por conduzir o Programa de Trabalho são o Comitê de Regras de Origem da OMC e o Comitê Técnico sobre Regras de Origem da OMA. Verifica-se, nitidamente, nesse caso, uma cooperação entre duas organizações internacionais. Programa de Trabalho com 3 anos de duração Voltando à assertiva, verificamos que ela está errada. O Programa de Trabalho será coordenado e conduzido pela Conferência Ministerial da OMC e pela OMA (e não simplesmente pelo Comitê sobre Regras de Origem!). Um último detalhe a ser comentado é que, conforme afirma a questão, o Comitê de Regras de Origem está vinculado ao Conselho para o Comércio de Bens, tendo sido instituído pelo Acordo sobre Regras de Origem. 4- (ATRFB )- O Acordo sobre Regras de Origem abrange primordialmente as regras de origem empregadas em instrumentos preferenciais, como acordos de livre comércio e o Sistema Geral de Preferências Comerciais, não alcançando instrumentos comerciais não preferenciais como salvaguardas, direitos antidumping e acordos de compras governamentais. Essa questão é importantíssima! É o que diferencia os homens dos meninos! Há dois tipos de regras de origem: i) regras de origem preferenciais e; ii) regras de origem não-preferenciais. Prof. Ricardo Vale 5

6 As regras de origem preferenciais são utilizadas no âmbito de acordos regionais / preferenciais de comércio. Elas definem os critérios que devem ser cumpridos por um produto para que este possa auferir os benefícios de um acordo comercial. No âmbito do MERCOSUL, por exemplo, foram definidas regras de origem preferenciais. As regras de origem não-preferenciais, por sua vez, são aquelas que têm aplicação geral, independentemente de qualquer acordo comercial. Elas são utilizadas para determinar a origem de um produto para fins de aplicação de medidas de defesa comercial ou outros tipos de barreiras não-tarifárias. Pois bem, a quais tipos de regras de origem se aplica o Acordo sobre Regras de Origem? O Acordo sobre Regras de Origem se aplica primordialmente às regras de origem não-preferenciais, o que torna a questão errada. Cabe destacar, todavia, que ele traz algumas recomendações para que os membros da OMC estabeleçam regras de origem preferenciais. Acordos de preferências comerciais - Aplicação Geral - São objeto do Acordo sobre Regras de Origem 5- (ATRFB )- A supervisão da aplicação do Acordo sobre Regras de Origem pelos países parte é feita diretamente pelo Conselho de Comércio de Bens da Organização Mundial do Comércio, no que é assistido por um Comitê Técnico constituído especificamente para tal fim. O órgão responsável por supervisionar diretamente a aplicação do Acordo sobre Regras de Origem é o Comitê sobre Regras de Origem da OMC, o qual está subordinado ao Conselho do Comércio de Bens. Prof. Ricardo Vale 6

7 O Comitê Técnico sobre Regras de Origem, que funciona sob os auspícios da Organização Mundial de Aduanas (OMA), é responsável pelo trabalho de harmonização das regras de origem. Por tudo isso, a questão está errada. 6- (ATRFB )- São objetivos essenciais do Acordo sobre Regras de Origem harmonizar as regras de origem e criar condições para que sua aplicação seja feita de forma imparcial, transparente e previsível e para que as mesmas não representem obstáculos desnecessários ao comércio. O Acordo sobre Regras de Origem tem como objetivo central a harmonização de regras de origem, tendo para isso criado um Programa de Trabalho a ser desenvolvido pela Conferência Ministerial e pela Organização Mundial de Aduanas (OMA). Tais regras de origem devem ser claras, transparentes e aplicadas de forma imparcial (não discriminatória) e não devem se transformar em obstáculos desnecessários ao comércio internacional. Por todo o exposto, a questão está correta. 7- (AFRF )- O Acordo sobre Regras de Origem da OMC define, para cada Capítulo do Sistema Harmonizado, o critério utilizado para se conferir origem aos produtos do Capítulo. A tarefa de estabelecer regras de origem para cada Capítulo do Sistema Harmonizado é algo muito complexo e que gera muitas controvérsias entre os países. Em razão disso, o Acordo sobre Regras de Origem não conseguiu fazê-lo, deixando essa missão para o Programa de Trabalho por ele instituído, o qual é desenvolvido pela Conferência Ministerial em conjunto com a Organização Mundial de Aduanas (OMA). Questão errada. 8- (AFRF )- Entre os critérios possíveis para se conferir origem estão, por exemplo, o salto na classificação tarifária e a agregação de valor. Considerando que até que o Programa de Trabalho esteja concluído cada país terá ampla liberdade para definir suas próprias regras de origem não preferenciais, o Acordo sobre Regras de Origem definiu alguns critérios que estes devem utilizar na determinação de origem de um produto. Prof. Ricardo Vale 7

8 Nesse sentido, são três os requisitos atribuidores de origem: i) critério da percentagem ad valorem (agregação de valor); ii) critério do salto tarifário e; iii) critério da operação de fabricação. O critério da percentagem ad valorem, ou simplesmente agregação de valor, é o que determina que uma mercadoria será originária de um país se, por exemplo, 60% de seu valor tiver sido agregado naquele país. O critério do salto tarifário é o que determina que uma mercadoria será originária de um país se, nesse país, tiver sofrido uma transformação substancial, responsável por promover o salto tarifário. O salto tarifário fica caracterizado quando, ao sofrer um processo de industrialização, a mercadoria passa a ser classificada em uma nova posição tarifária (ocorre uma modificação nos quatro primeiros dígitos do Sistema Harmonizado). O critério da operação de fabricação, por sua vez, é o que determina que uma mercadoria será originária de um país se tiver sofrido uma determinada operação de fabricação. Um exemplo da aplicação desse critério seria um regulamento que determinasse que são considerados originários de um país os computadores cujos componentes sejam todos montados naquele país. Os critérios de origem estabelecidos pelo Acordo sobre Regras de Origem serão utilizados como parâmetro para a harmonização das regras de origem não-preferenciais e, ainda, nos acordos de preferências comerciais. Por tudo o que comentamos, a questão está correta. REQUISITOS DE ORIGEM -Agregação de valor (percentagem ad valorem) - Salto Tarifário - Operação de Fabricação Servem como parâmetro para a harmonização das regras de origem não-preferenciais. Prof. Ricardo Vale 8

9 9- (AFRF )- Segundo o Acordo sobre Regras de Origem da OMC, as regras de origem não-preferenciais devem ser definidas de maneira positiva (ou seja, devem indicar o que confere origem, e não o que não confere origem). Normas negativas, contudo, podem ser empregadas para esclarecer uma norma positiva. Esse é outro princípio (IMPORTANTE!) estabelecido pelo Acordo sobre Regras de Origem! As regras de origem devem ser definidas de maneira positiva, isto é, devem indicar o que confere origem. Entretanto, as regras negativas podem ser usadas para esclarecer uma norma positiva. Logo, a questão está correta. 10-(AFRF-2005)- Para fins de concessão de benefício tributário, a origem de um produto nem sempre coincide com a sua procedência. Cuidado para não confundir, meu amigo: origem e procedência não são a mesma coisa! Imagine, por exemplo, um automóvel inteiramente fabricado na França. Esse automóvel é exportado para os EUA, onde recebe uma blindagem e, em seguida, é novamente exportado, agora para o Brasil. Nessa situação, dizemos que, ao chegar ao Brasil, o automóvel é originário da França e procedente dos EUA. É originário da França porque foi naquele país que ele foi fabricado; é procedente dos EUA porque ele foi importado deste país. Logo, a questão está correta. 11- (AFRF )- O Certificado de Origem MERCOSUL apresentado será desqualificado pela autoridade aduaneira, para fins de reconhecimento do tratamento preferencial, quando ficar comprovado que não acoberta a mercadoria submetida a despacho, por ser originária de terceiro país ou não corresponder à mercadoria identificada na verificação física, conforme os elementos materiais juntados. A Instrução Normativa SRF n 149/2002 dispõe sobre os procedimentos de controle e verificação de origem das mercadorias importadas de países do MERCOSUL. Segundo esse normativo, o controle de origem será realizado pela Receita Federal durante Prof. Ricardo Vale 9

10 COMERCIO INTERNACIONAL EM EXERCÍCIOS P/ RFB o processo de despacho aduaneiro ou, ainda, em procedimento de fiscalização posterior ao despacho. No âmbito do MERCOSUL, a apresentação do certificado de origem é imprescindível para que se possa usufruir o tratamento tributário preferencial. Em determinadas situações, a autoridade aduaneira poderá, todavia, desqualificar o certificado de origem, o que implicará no não reconhecimento do tratamento tributário preferencial. As hipóteses de desqualificação do certificado de origem, segundo a IN SRF n 149/2002 são as seguintes: - Quando ficar comprovado que o certificado de origem não acoberta a mercadoria submetida a despacho, por ser originária de terceiro país ou não corresponder à mercadoria identificada na verificação física. - Quando o certificado de origem contiver rasuras, correções, emendas ou campos não preenchidos, com exceção daqueles reservados às observações e à identificação do consignatário. - Quando o certificado de origem tiver sido emitido anteriormente à data da respectiva fatura comercial ou após sessenta dias da sua emissão. - Quando o certificado de origem tiver sido firmado por entidade ou funcionário não autorizado. Por tudo o que comentamos, a questão está correta. 12- (Questão Inédita) - O comércio internacional de serviços tem uma definição mais ampla do que o comércio de mercadorias, o qual limita-se ao comércio transfonteiriço. Até a Rodada Uruguai, o sistema multilateral de comércio tratava unicamente do comércio de bens. Com a Rodada Uruguai e a criação da OMC, novos temas foram inseridos na agenda de discussões comerciais, dentre os quais o comércio de serviços. Foi celebrado, então, o GATS (Acordo Geral sobre o Comércio de Serviços). O comércio de serviços era um tema que interessava especialmente aos países desenvolvidos, uma vez que são estes os principais exportadores de serviços. Prof. Ricardo Vale 10

11 A regulação do comércio de serviços é, de fato, muito mais complexa do que a regulação do comércio de mercadorias. Com efeito, o comércio internacional de mercadorias limita-se ao fluxo transfronteiriço de mercadorias, ao passo que há diferentes formas de prestação de serviços. Há 4 (quatro) modos de prestação de serviços: i) Modo 1 (comércio transfronteiriço); ii) Modo 2 (consumo no exterior); iii) Modo 3 (presença comercial) e; iv) Modo 4 (movimento temporário de pessoas físicas). O Modo 1 fica caracterizado quando ocorre a prestação de serviço do território de um Membro da OMC ao território de qualquer outro membro. Como exemplo desse modo de prestação de serviços, citamos um médico residente nos EUA que emite um diagnóstico e uma proposta de tratamento (por meio da Internet) a um paciente que reside no Brasil. O Modo 2 fica caracterizado quando ocorre a prestação de serviço no território de um Membro da OMC aos consumidores de serviços de qualquer outro membro. Como exemplo desse modo de prestação de serviços, citamos um brasileiro que viaja à França para se consultar com um médico francês. Ou, ainda, quando um brasileiro viaja à Itália e se hospeda em um hotel. O Modo 3 fica caracterizado quando um prestador de serviços de um Membro da OMC se instala no exterior (presença comercial). Seria o caso, por exemplo, em que uma construtora brasileira se instala nos EUA e, a partir dali, passa a desenvolver suas atividades. O Modo 4 fica caracterizado quando um prestador de serviços (pessoa física) de um Membro da OMC se desloca ao exterior temporariamente a fim de prestar um determinado serviço. Como exemplo, citamos um professor brasileiro que vai à Espanha ministrar um curso de Direito Internacional de 2 semanas e, posteriormente, retorna ao Brasil. Por tudo o que comentamos, a questão está correta. Modo 1: Comércio Transfronteiriço MODOS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS Modo 2: Consumo no Exterior Modo 3: Presença Comercial Modo 4: Movimento Temporário de Pessoas Físicas Prof. Ricardo Vale 11

12 COMERCIO INTERNACIONAL EM EXERCÍCIOS P/ RFB 13- (Questão Inédita)- Um membro da OMC poderá manter, no que tange o comércio de serviços, uma medida inconsistente com a cláusula da nação mais favorecida, desde que esta esteja prevista em uma lista de isenções anexada ao GATS. A cláusula da nação mais favorecida é um dos princípios basilares do sistema multilateral de comércio, sendo aplicada a todos os acordos da OMC, inclusive ao GATS. Segundo o art. II do referido acordo, cada Membro da OMC deve conceder imediata e incondicionalmente aos serviços e prestadores de serviços de qualquer outro Membro, tratamento não menos favorável do aquele concedido a serviços e prestadores de serviços similares de qualquer outro país. No entanto, é possível que um membro da OMC mantenha uma medida incompatível com a cláusula da nação mais favorecida, desde que ela esteja prevista em uma Lista de Isenções anexada ao GATS (Questão correta). Por fim, cabe destacar que cláusula da nação mais favorecida aplicada ao GATS é uma obrigação incondicional, ou seja, aplica-se a todos os setores e subsetores, independentemente de compromissos específicos. 14- (Questão Inédita)- Pelo princípio do tratamento nacional, um membro da OMC irá conceder a qualquer serviço e a qualquer prestador de serviço de um Membro, relativamente a todas as medidas que afetem a prestação de serviços, um tratamento não menos favorável do que o que concede aos serviços e prestadores de serviços nacionais comparáveis. No âmbito do GATS, existem obrigações incondicionais e obrigações condicionais. São obrigações incondicionais aquelas que se aplicam irrestritamente a todos os setores e subsetores de serviços. É o caso da cláusula da nação mais favorecida e do princípio da transparência. Já as obrigações condicionais são as que se aplicam unicamente aos setores e subsetores de serviços em que tenham sido assumidos compromissos específicos. É o caso do princípio do tratamento nacional e das obrigações de acesso a mercado. Prof. Ricardo Vale 12

13 COMERCIO INTERNACIONAL EM EXERCÍCIOS P/ RFB Segundo o princípio do tratamento nacional, cada Membro da OMC outorgará aos serviços e prestadores de serviços de qualquer outro Membro, com respeito a todas as medidas que afetem a prestação de serviços, um tratamento não menos favorável do que aquele que dispensa a seus próprios serviços similares e prestadores de serviços similares. No entanto, a obrigação de tratamento nacional somente existe nos setores e subsetores em que um membro assumiu compromissos específicos. Assim, ao contrário do que diz a assertiva, o princípio do tratamento nacional não se aplica a qualquer serviço e a qualquer prestador de serviço, mas apenas aos serviços e prestadores de serviços nos setores dos setores inscritos em sua Lista de Compromissos Específicos. Questão errada. Obrigações Condicionais Obrigações Incondicionais - Princípio do Tratamento Nacional - Obrigações de Acesso ao Mercado - Princípio da Transparência - Cláusula da Nação mais favorecida 15- (Questão Inédita)- De acordo com o artigo XX do GATS, cada membro estabelecerá uma lista com compromissos específicos assumidos por setor e por modo de prestação de serviço em matéria de acesso a mercados e no que diz respeito a obrigações de tratamento nacional e aplicação da cláusula da nação mais favorecida. De fato, o GATS dispõe que cada membro da OMC deve elaborar uma Lista de Compromissos Específicos. Todavia, segundo o art. XX do GATS, cada membro da OMC inscreverá em uma lista os compromissos específicos assumidos em relação a três Prof. Ricardo Vale 13

14 pontos: i) acesso a mercados; ii) compromissos adicionais. tratamento nacional e; iii) Cada país elabora, portanto, uma lista definindo compromissos em determinados setores e subsetores, por modo de prestação de serviço, os quais refletem os resultados das negociações comerciais ocorridas. O erro da questão está em afirmar que os membros da OMC inscrevem em sua Lista de Compromissos Específicos obrigações referentes à cláusula da nação mais favorecida. Na verdade, a cláusula da nação mais favorecida é uma obrigação incondicional no GATS, aplicando-se a todos os setores e subsetores, independentemente de compromissos específicos. 16- (Questão Inédita)- Pelo Modo 2, considera-se comércio de serviço a prestação de serviços através da presença comercial de um prestador de serviços de um Membro no território de outro membro. A prestação de serviços por meio da presença comercial de um prestador de serviços de um membro da OMC no território de outro membro caracteriza o Modo 3. O Modo 2 fica caracterizado quando há o consumo no exterior. Logo, a questão está errada. 17- (Questão Inédita)- Cada Membro concederá imediata e incondicionalmente aos serviços e prestadores de serviços de qualquer outro Membro um tratamento não menos favorável do que o concedido aos serviços e prestadores de serviços similares de qualquer outro país. Esse é exatamente o enunciado da cláusula da nação mais favorecida, que veda o tratamento discriminatório entre os membros da OMC no que se refere a serviços. Questão correta. 18- (Questão Inédita)- Cada Membro publicará prontamente e, salvo em situações de emergência, o mais tardar no momento da sua entrada em vigor, todas as medidas de aplicação geral relevantes que digam respeito ou afetem a aplicação do GATS. Segundo o princípio da publicidade, os membros da OMC devem publicar todas as medidas de aplicação geral relevantes que digam respeito ou afetem o comércio de serviços. Questão correta. Prof. Ricardo Vale 14

15 19- (Questão Inédita)- Cada Membro informará prontamente o Conselho do Comércio de Serviços acerca da introdução de novas disposições legislativas, regulamentares e administrativas, ou de eventuais alterações às já existentes, que afetem significativamente o comércio de serviços abrangidos pelos seus compromissos específicos ao abrigo do GATS. Os membros da OMC têm a obrigação de notificar o Conselho do Comércio de Serviços acerca de alterações legislativas, regulamentares e administrativas que afetem significativamente o comércio de serviços abrangidos pelos compromissos específicos assumidos. A questão está, portanto, correta. 20- (Questão Inédita)- No que diz respeito ao comércio de serviços, um Membro poderá manter uma medida incompatível com a cláusula da nação mais favorecida, desde que essa medida esteja incluída no Anexo relativo às isenções das obrigações previstas no artigo II do GATS e satisfaça as condições aí definidas. Conforme comentamos anteriormente, é possível que um membro da OMC mantenha uma medida incompatível com a cláusula da nação mais favorecida, desde que esta medida esteja relacionada na Lista de Isenções anexada ao GATS. Em outras palavras, um membro da OMC pode, em matéria de serviços, conceder uma preferência a outro país sem estendê-la a terceiros, desde que a tenha expressamente ressalvado. A questão está, portanto, correta. 21- (Questão Inédita)- Cada Membro concederá a todos os serviços e prestadores de serviços de qualquer outro Membro, relativamente a todas as medidas que afetem a prestação de serviços, um tratamento não menos favorável do que o que concede aos serviços e prestadores de serviços nacionais comparáveis. O princípio do tratamento nacional somente é aplicável em relação aos setores e subsetores em que tenham sido assumidos compromissos específicos e não a todas as medidas que afetem a prestação de serviços. A questão está, portanto, errada. Prof. Ricardo Vale 15

16 Vejamos um quadro que ilustra a diferença entre aplicação da cláusula da nação mais favorecida e do princípio do tratamento no GATT e no GATS! GATT GATS Cláusula da nação mais favorecida - Veda a discriminação de produtos similares em razão da origem - Obrigação Incondicional (aplica-se a todos os produtos) - Veda a discriminação de serviços e prestadores de serviços em razão da origem. - Obrigação Incondicional (aplica-se a todos os setores e subsetores independente de compromissos específicos) - É possível que seja mantida uma medida incompatível com a Cláusula NMF, desde que relacionada em Lista de Isenções anexada ao GATS. Princípio do Tratamento Nacional - Veda a discriminação entre produto nacional e estrangeiro - Obrigação Incondicional (aplicase a todos os produtos) - Veda a discriminação entre serviços e prestadores de serviços nacionais e serviços e prestadores de serviços estrangeiros. - Obrigação Condicional (aplicase apenas aos setores e subsetores em que houverem sido assumidos compromissos específicos) 22-(AFRFB-2009)- O Sistema Global de Preferências Comerciais, instituído no âmbito da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), objetiva promover e manter o comércio entre países em desenvolvimento por meio da concessão mútua de preferências comerciais. Vocês se lembram de quando estudamos a teoria da substituição de importações? Naquela oportunidade, nós falamos sobre Raúl Prébisch e a tese da deterioração dos termos de troca. Vimos que os países em desenvolvimento se especializam na produção de bens primários, enquanto os países desenvolvidos (detentores de tecnologia) se especializam na produção de bens industrializados. Ocorre que, com o passar do tempo, os bens primários vão valendo cada vez menos no mercado internacional se comparados aos bens industrializados. É Prof. Ricardo Vale 16

17 justamente isso o que gera a deterioração dos termos de troca dos países em desenvolvimento, fazendo com que estes "saiam perdendo"! Para compensar essa desvantagem dos países em desenvolvimento no campo do comércio internacional, seria necessário que estes recebessem um tratamento mais favorecido. Seria uma espécie de compensação! Foram criados, então, os sistemas de preferências comerciais: o SGP (Sistema Geral de Preferências) e o SGPC (Sistema Global de Preferências Comerciais). É muito importante que você saiba isso pra prova, pois se trata de um assunto exaustivamente cobrado! Tanto o SGP quanto o SGPC tem como fundamento a necessidade de conceder um tratamento especial e diferenciado aos países em desenvolvimento, os quais, conforme já comentamos, possuem uma desvantagem no comércio internacional relativamente aos países desenvolvidos. Tanto o SGP quanto o SGPC consistem em exceções à cláusula da nação mais favorecida e estão amparados na normativa da OMC pela Cláusula de Habilitação. O Sistema Geral de Preferências (SGP) é o que permite que países desenvolvidos outorguem preferências aos países em desenvolvimento sem necessitar estendê-las a terceiros países e sem exigência de reciprocidade. Assim, com amparo no SGP, a União Europeia pode conceder uma preferência tarifária ao Brasil sem exigir nada em troca e sem precisar estender essa mesma preferência a outros países. A origem do SGP remonta às discussões na década de 70 sobre a nova ordem econômica internacional (NOEI), que ocorreram sob os auspícios da UNCTAD (Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento). O Sistema Global de Preferências Comerciais (SGPC), por sua vez, permite que os países em desenvolvimento outorguem entre si preferências tarifárias sem precisar estendê-las a terceiros países. Por meio do SGPC, é possível, por exemplo, que o Brasil outorgue uma preferência tarifária à Venezuela ou ao México sem necessitar estender essa mesma preferência a terceiros países. O SGPC surgiu em 1988, quando os países em desenvolvimento membros do Grupo dos 77 assinaram o "Acordo sobre o Sistema Global de Preferências Comerciais entre países em desenvolvimento" no âmbito da UNCTAD. Prof. Ricardo Vale 17

18 Sistema Geral de Preferências (SGP) - Países desenvolvidos concedem preferências tarifárias aos países em desenvolvimento. - Não há exigência de reciprocidade - Exceção à Cláusula NMF Sistema Global de Preferências Comerciais (SGPC) - Países em desenvolvimento outorgam-se mutuamente preferências tarifárias - Exceção à Cláusula NMF Voltando à questão, verificamos que ela está correta. O objetivo do SGPC é promover o comércio entre países em desenvolvimento. Por meio desse sistema, os países em desenvolvimento concedem mútuas preferências tarifárias. 23- (AFRFB-2009)- Participam do Sistema Global de Preferências Comerciais (SGPC) exclusivamente países em desenvolvimento membros do Grupo dos 77. Somente podem participar do SGPC os países em desenvolvimento membros do Grupo dos 77 ou, ainda, qualquer grupo regional ou sub-regional de países em desenvolvimento membros do Grupo dos 77. Cabe destacar que o MERCOSUL, por exemplo, é parte do SGPC, negociando em conjunto perante os países integrantes desse acordo comercial. Questão correta. 24- (AFRFB )- O Sistema Global de Preferências Comerciais (SGPC) contempla a aplicação da Cláusula da Nação Mais Favorecida quanto à extensão das concessões negociadas e implementadas pelos países participantes, ressalvado o princípio da mutualidade de vantagens, que lhe é anterior. Prof. Ricardo Vale 18

19 O SGPC representa uma exceção à cláusula da nação mais favorecida, uma vez que ampara a concessão de preferências tarifárias entre países em desenvolvimento, sem que seja necessário estendê-las a todos os membros da OMC. Apesar disso, dentro do SGPC, aplica-se a cláusula da nação mais favorecida, isto é, sempre que um integrante do SGPC concede uma preferência tarifária, ele deverá estendê-la, salvo algumas exceções, aos outros integrantes do sistema. O erro da questão, todavia, está em relacionar o princípio da mutualidade de vantagens à cláusula da nação mais favorecida. O princípio da mutualidade de vantagens não é uma exceção à cláusula da nação mais favorecida, mas sim uma obrigação de reciprocidade nas negociações comerciais. Para ficar mais claro a diferença entre os dois princípios, vou dar um exemplo! Se o Brasil concede uma preferência tarifária para os sapatos originários da Argentina, ele deve, pela cláusula da nação mais favorecida, estender essa preferência aos sapatos do México e da Venezuela. Como o Brasil concedeu uma preferência tarifária para os sapatos argentinos, ele espera que, pelo princípio da mutualidade das vantagens (reciprocidade), a Argentina conceda preferência tarifária, por exemplo, aos brinquedos brasileiros ("é um toma lá, dá cá!") Por tudo o que comentamos, a questão está errada. 25- (AFRFB-2009)- Os países menos desenvolvidos não estão obrigados a fazer concessões em base de reciprocidade aos demais no âmbito do SGPC. Podemos considerar que existem duas classes de países em desenvolvimento dentro do SGPC: i) os países em desenvolvimento e; ii) os países de menor desenvolvimento relativo (países menos desenvolvidos) O SGPC reconhece que os países de menor desenvolvimento relativo merecem um tratamento especial e diferenciado, que lhes seja mais favorecido. Nesse sentido, esses países não estão obrigados a fazer concessões em base de reciprocidade. Questão correta. 26- (AFRFB )- O SGPC abrange produtos manufaturados e de base em todas as formas de processamento. Prof. Ricardo Vale 19

20 Tanto os produtos manufaturados quanto os produtos de base podem ser objeto de preferências tarifárias concedidas sob a égide do SGPC. Questão correta. 27- (AFRFB )- Por se tratar de arranjo preferencial, e para evitar superposição de compromissos de tal ordem, o SGPC suplanta quaisquer outras formas e instrumentos comerciais de caráter preferencial pré-existentes entre os países participantes. O SGPC coexiste com diversos outros acordos regionais de comércio, o que nos permite afirmar que ele não colocou um fim ou empecilho à formação dos blocos comerciais. O próprio texto do acordo que instituiu o SGPC afirma que esse esquema preferencial "não substituirá, mas reforçará e suplementará grupos econômicos sub-regionais, regionais e interregionais, atuais ou futuros, de países em desenvolvimento do Grupo dos 77, e levará em conta as preocupações e compromissos de tais grupos." A questão está, portanto, errada. 28- (AFRF )- O "Formulário A", documento expedido pela Secretaria de Comércio Exterior (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), é o instrumento que atesta a origem do produto para fins de concessão de tratamento tributário diferenciado no âmbito do Sistema Geral de Preferências. Para que um produto possa auferir os benefícios do Sistema Geral de Preferências (SGP), é necessário que este seja originário de um país beneficiário do SGP, o que se comprova pela apresentação do Certificado de Origem Formulário A. O Certificado de Origem Formulário A é emitido pelas dependências do Banco do Brasil autorizadas pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX). Questão errada. 29- (TRF )- Entre os países que participam do Sistema Global de Preferências Comerciais (SGPC) estão, por exemplo, o Brasil, Argentina, a Colômbia e o México. Prof. Ricardo Vale 20

21 O SGPC é um sistema de preferências comerciais que permite que os países em desenvolvimento se outorguem mutuamente preferências tarifárias. Logo, somente participam do SGPC países em desenvolvimento, dentre os quais se incluem Brasil, Argentina, Colômbia e México. Questão correta. 30- (TRF )- Com base no Sistema Geral de Preferências, o Brasil concede vantagens na importação de alguns produtos originários de países em desenvolvimento, ao reduzir o imposto de importação incidente sobre eles. O SGP é um sistema de preferências comerciais por meio do qual os países desenvolvidos concedem preferências tarifárias aos países em desenvolvimento, sem necessitar estendê-las a terceiros países. O Brasil, por ser um país em desenvolvimento, é apenas um beneficiário (jamais outorgante!) do SGP. Logo, ele não concede preferências tarifárias a nenhum outro país com base nesse esquema preferencial. Questão errada. 31- (TRF )- Em regra, a prova documental necessária para que o produto se beneficie do tratamento tributário preferencial do Sistema Geral de Preferências (SGP) é o Formulário A. A prova documental necessária para que um produto receba os benefícios do SGP é o Certificado de Origem Formulário A. Já para que um produto se beneficie do SGPC, a prova documental necessária é o Certificado de Origem SGPC. Portanto, a questão está correta. 32- (TRF )- Para que um exportador brasileiro se beneficie do tratamento preferencial do Sistema Global de Preferências Comerciais (SGPC), é necessário que obtenha um Certificado de Origem do SGPC, emitido pelas Federações de Indústrias credenciadas para tanto. O documento necessário para que um exportador brasileiro possa receber os benefícios do SGPC é o Certificado de Origem SGPC. Prof. Ricardo Vale 21

22 Quem emite o Certificado de Origem SGPC são as Federações de Indústrias credenciadas. Logo, a questão está correta. Certificado de Origem Formulário A Emitido pelas dependências do Banco do Brasil autorizadas pela SECEX Certificado de Origem SGPC Emitido pelas Federações de Indústrias credenciadas 33- (TRF )- Ao mesmo tempo em que certas importações feitas pelo Brasil podem se beneficiar do SGPC, certas exportações brasileiras também se beneficiam do mesmo regime. Uma coisa que precisamos ter em mente para resolver essa questão é que os países em desenvolvimento são, ao mesmo tempo, outorgantes e beneficiários do SGPC. Com efeito, por meio desse sistema de preferências comerciais, os países em desenvolvimento outorgam entre si preferências tarifárias. Nesse sentido, por meio do SGPC, o Brasil concede vantagens na importação de alguns produtos originários de países em desenvolvimento, assim como recebe vantagens na exportação de Prof. Ricardo Vale 22

23 alguns de seus produtos para países em desenvolvimento. Logo, a questão está correta. 34- (AFRF-2003)- No marco da cooperação para o desenvolvimento, os países industrializados estabeleceram o Sistema Geral de Preferências (SGP), almejando facilitar o comércio com os países em desenvolvimento. O Sistema Geral de Preferências (SGP) foi criado como forma de conceder um tratamento especial e diferenciado aos países em desenvolvimento. Tais países, em virtude de possuírem uma desvantagem relativa no campo do comércio internacional, necessitam receber um tratamento mais favorável. Foi justamente esse o objetivo do SGP! Questão correta. 35- (AFRF adaptada)- O SGP consiste na suspensão de tributos, em caráter definitivo, para importações de matériasprimas e manufaturas procedentes de países em desenvolvimento. O Sistema Geral de Preferências não se baseia na suspensão de tributos, mas sim na redução total ou parcial de tarifas (concessão de preferências tarifárias). Ademais, as concessões realizadas ao amparo do SGP possuem caráter temporário. A questão está, portanto, errada. 36- (AFRF adaptada)- O SGP consiste em negociações que objetivam concessões mútuas de preferências tarifárias para os produtos menos competitivos e que são tornadas permanentes uma vez definidas. As concessões efetuadas no âmbito do SGP são unilaterais, não obedecendo ao princípio da reciprocidade. Dessa forma, não há concessões mútuas de preferências. Ao contrário, os países desenvolvidos concedem preferências tarifárias aos países em desenvolvimento sem esperar nada em troca, isto é, sem qualquer exigência de reciprocidade. Além disso, as concessões tarifárias efetuadas ao amparo do SGP possuem caráter temporário, ao contrário do que afirma a questão. Questão errada. Prof. Ricardo Vale 23

24 37- (AFRF )- O SGP consiste em concessões tarifárias, outorgadas em base de não-reciprocidade, para exportações de manufaturas originárias e procedentes de países em desenvolvimento, segundo quantidades, condições de preços e períodos pré-determinados. O Sistema Geral de Preferências é um esquema preferencial por meio do qual países desenvolvidos concedem unilateralmente preferências tarifárias aos países em desenvolvimento. Tais concessões são efetuadas segundo critérios definidos por cada outorgante do SGP, o que nos permite afirmar que este é um sistema preferencial heterogêneo. Questão correta. 38- (AFRF )- O SGP consiste em concessões tarifárias condicionais estendidas somente aos países de menor desenvolvimento econômico relativo e que abrangem as exportações de matérias-primas e demais produtos primários deles procedentes. Por meio do SGP, os países desenvolvidos outorgam preferências tarifárias aos países em desenvolvimento como um todo e não somente aos países de menor desenvolvimento relativo. Tais concessões abrangem uma lista de produtos específica para cada outorgante do SGP. Questão errada. 39- (AFRF-2003)- A Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) é a instância dedicada ao tratamento de questões afetas à participação e perspectivas dos países em desenvolvimento no comércio internacional. Vocês se lembram de quando falamos sobre Raúl Prébisch e a deterioração dos termos de troca? Pois bem, aquela história toda nos dizia que os países em desenvolvimento levavam desvantagem no comércio internacional, não era? Como forma de atender, de forma mais efetiva, aos interesses dos países em desenvolvimento, foi criada em 1964 a UNCTAD (Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento). Prof. Ricardo Vale 24

25 A UNCTAD foi estabelecida por uma Resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas. Segundo a referida resolução, a UNCTAD é um órgão da Assembleia Geral, composta por todos os Estados membros da ONU. Embora a UNCTAD seja um órgão da Assembleia Geral e, portanto, tenha caráter permanente, uma reunião deve ser convocada em intervalos não superiores a 4 (quatro) anos. A criação da UNCTAD advém do reconhecimento pela sociedade internacional do direito dos Estados a obter desenvolvimento econômico. Com efeito, os países em desenvolvimento necessitavam inserir-se de forma mais efetiva na economia internacional, fator essencial para o incremento do padrão de vida de suas populações. A UNCTAD, portanto, tem como missão principal promover a integração dos países menos favorecidos à economia mundial, constituindo-se atualmente em importante fórum de debates sobre o desenvolvimento econômico. Suas principais funções são as seguintes: - Promover o comércio internacional, especialmente como forma de acelerar o desenvolvimento econômico. A UNCTAD reconhece, assim como a OMC, que o comércio internacional é um grande motor do desenvolvimento e do crescimento econômico. Nesse mister, a UNCTAD busca estimular o comércio entre países em diferentes estágios de desenvolvimento e entre países em desenvolvimento. - Funcionar como um fórum para deliberações e debates intergovernamentais acerca do direito ao desenvolvimento dos Estados. Nesse sentido, formula princípios e políticas sobre comércio internacional e problemas relacionados ao desenvolvimento econômico. - Prover assistência técnica aos países em desenvolvimento, tendo especial atenção às necessidades dos países de menor desenvolvimento relativo. - Administração do SGP e do SGPC. Os esquemas de preferências comerciais têm como objetivo conceder tratamento mais favorecido aos países em desenvolvimento, o que também se configura como objetivo da UNCTAD. Prof. Ricardo Vale 25

26 Formulada por Raúl Prébisch no âmbito da CEPAL Desvantagem dos países em desenvolvimento no comércio internacional COMO COMPENSAR? Criação da UNCTAD Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) OBJETIVO CENTRAL: Promover o crescimento e desenvolvimento econômico dos PED's. Promoção do comércio internacional como forma de estimular o desenvolvimento econômico. - Administração do SGP / SGPC Fórum de discussão sobre questões relacionadas ao desenvolvimento econômico Prestar assistência técnica aos PED's Voltando ao enunciado da questão, verificamos que ela está correta. A UNCTAD foi criada com o objetivo central de atender aos interesses de desenvolvimento dos países menos favorecidos. 40-(AFRF adaptada)- A agenda da UNCTAD, no tocante ao comércio internacional, envolve temas como sugestão de estratégias de abertura comercial e para a implementação do sistema de regras comerciais definido multilateralmente. Duas perguntas importantes para dissecarmos a questão: Prof. Ricardo Vale 26

27 - No âmbito da UNCTAD, se discute sobre estratégias de abertura comercial? Sim. O livre comércio, conforme já comentamos em aulas anteriores, é considerado pelos economistas o grande motor do desenvolvimento e do crescimento econômico. Nesse sentido, os países em desenvolvimento devem se utilizar de estratégias de liberalização comercial como forma de se desenvolver economicamente. Tais estratégias devem ser amplamente discutidas, uma vez que, segundo parte da literatura econômica, a total liberalização pode causar prejuízos irreparáveis às indústrias domésticas. - A UNCTAD atua na implementação do sistema de regras comerciais definido multilateralmente? Não. A organização internacional responsável pela administração e implementação do sistema de regras comerciais definidos multilateralmente é a OMC, que o faz por meio dos seus diversos Comitês. Embora não atue na implementação das regras comerciais definidas multilateralmente, discute-se no âmbito da UNCTAD como tais regras podem favorecer os países em desenvolvimento. Por tudo o que comentamos, a questão está errada. 41- (AFRF adaptada)- A agenda da UNCTAD, no tocante ao comércio internacional, envolve temas como a identificação de instrumentos de política comercial em apoio aos esforços de desenvolvimento no contexto de globalização W _ 7 m m a m a m m *** f a m economica, apoio técnico para permitir participação efetiva em negociações comerciais internacionais e para a superação de entraves à plena inserção no comércio internacional. Outras duas perguntas para aprofundarmos nessa questão: - A UNCTAD busca identificar instrumentos de política comercial em apoio aos esforços de desenvolvimento no contexto da globalização econômica? Sim. A UNCTAD busca assessorar os países em desenvolvimento na aplicação de instrumentos de política comercial que favoreçam seu crescimento e desenvolvimento econômico. - A UNCTAD presta apoio técnico aos países em desenvolvimento como forma de permitir participação efetiva em negociações comerciais internacionais e a superação de entraves à plena inserção internacional? Sim. A assistência técnica prestada pela UNCTAD abrange os mais diversos assuntos relacionados ao comércio internacional. Com efeito, as regras comerciais são complexas e, por vezes, países menos favorecidos não Prof. Ricardo Vale 27

28 possuem o necessário conhecimento para com elas lidar. O entendimento das regras do sistema multilateral de comércio é condição sine qua non para que um país participe efetivamente das negociações comerciais internacionais e supere os entraves à plena inserção internacional. Por tudo o que comentamos, a questão está correta. 42- (AFRF adaptada)- A agenda da UNCTAD, no tocante ao comércio internacional, envolve temas como a geração de propostas e mecanismos alternativos para a resolução de disputas comerciais e para a construção de esquemas preferenciais entre países em desenvolvimento. A UNCTAD até pode atuar propondo a alteração das regras aplicáveis à solução de controvérsias comerciais. No entanto, ela não pode criar mecanismos alternativos para a resolução de disputas comerciais, tampouco servir ela mesma como foro para a solução de controvérsias. A questão está, portanto, errada. Cabe ainda destacar que a UNCTAD é responsável pela administração do SGP e do SGPC, que são esquemas preferenciais que visam a favorecer os países em desenvolvimento. 43- (AFRF )- Sobre a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), é correto afirmar que é uma conferência convocada a cada quatro anos pela Assembleia Geral das Nações Unidas, assistida por todos os seus membros, para discutir questões relacionadas ao comércio e aos investimentos sob a perspectiva dos interesses dos países em desenvolvimento. De fato, a UNCTAD é uma conferência convocada a cada quatro anos pela Assembleia Geral das Nações Unidas. Ela visa a discutir questões relacionadas ao comércio e desenvolvimento sob a perspectiva dos países em desenvolvimento (PED's). O objetivo central da UNCTAD é justamente a promoção do desenvolvimento desses países menos favorecidos. Ao falar que a UNCTAD foi criada para discutir questões relativas ao comércio e investimentos, a questão não se preocupou em tratar do objetivo central dessa organização internacional: o desenvolvimento econômico. Logo, ela está errada. Prof. Ricardo Vale 28

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