Experiência Brasileira de Planejamento e Operação do Setor Elétrico: Resultados Alcançados e Desafios
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1 Experiência Brasileira de Planejamento e Operação do Setor Elétrico: Resultados Alcançados e Desafios Reynaldo Passanezi Filho CARTAGENA, 25 DE MAIO DE 2017
2 ÍNDICE Sistema Elétrico Brasileiro Participação da ISA CTEEP no Brasil Tendências do Setor Elétrico Impactos para Operadores do Setor Elétrico Desafios Considerações Finais
3 Setor Elétrico Brasileiro CARACTERÍSTICAS BÁSICAS Capacidade de Geração: MW 64% Hidroelétrica (Hidro + Itaipu) 29% Termoeléctrica (Nuclear + Convencional + Biomassa) 7% Eólica Demanda de Energia: GWh e Demanda Máxima: MW 117 Transmissoras 57 Distribuidoras 108 Consumidores Livres 511 Geradoras 3 Fonte: ANEEL/ONS
4 Setor Elétrico Brasileiro EVOLUÇÃO DO SISTEMA DE TRANSMISSÃO Km LT: Km Transformação: MVA Fonte: ELETROBRÁS ONS EPE
5 Setor Elétrico Brasileiro ESTRUTURA INSTITUCIONAL
6 Setor Elétrico Brasileiro PLANEJAMENTO Agentes (G, T e D) Plano de Expansão da Transmissão (PET) 10 anos Plano de Ampliações e Reforços (PAR) 3 anos Consolidação de Obras da Transmissão 3 anos Leilões Autorizações 6 Transmissoras
7 Setor Elétrico Brasileiro REGIME JURÍDICO DO SETOR DE TRANSMISSÃO Concessão para operação, manutenção e expansão do serviço público de transmissão Remuneração por Receita Anual Permitida, conforme disponibilidade dos ativos, calculada para cobertura dos custos de administração, operação e manutenção (CAOM) acrescido da remuneração do capital investido (CAAE) Prazo definido de 30 anos, prorrogável a critério do Poder Concedente Leilões por menor Receita Anual Permitida Investimentos orgânicos por autorizações em caso de expansão da capacidade (reforços) e por reconhecimento de investimento como Base de Remuneração Regulatória em caso de modernização da rede (melhorias)em 7
8 Setor Elétrico PRORROGAÇÃO DAS CONCESSÕES DAS EMPRESAS NÃO LICITADAS MP 579/12, convertida em Lei /13 alterou a forma de remuneração das concessionárias de transmissão não licitadas, com objetivo de redução de tarifas, incluindo: Receita suficiente para cobertura dos custos (Receita de O&M); Pagamento pelos ativos não amortizados (Receita por RBNI e RBSE) Redução da RAP (R$ M) Pagamentos relacionados aos ativos não amortizados (R$ M) % Pré MP 579 Pós MP 579 Pago RBNI Pendente RBSE
9 Leilões Recentes: Estabilidade Regulatória e Modicidade Tarifária Evolução da RAP e da WACC WACC e Receitas em BRL constantes (Jul/16) Desconto Médio % de Redução sobre RAP Teto 36,5% 7,9% 10,2% 10,1% 27,4% 4,8% 5,8% ,0% 3,0% 12,1% WACC RAP Descuento Promedio 2017 Número de Investidores Leilões recentes Projetos Desertos CapEx de Referencia de ANEEL em BRL Mil Millones 18,5 14,1 13,3 12, ,2 8,7 3,7 9,4 6,3 0,4 9 abr-16 Habilitados out-16 Propuestas Válidas abr Proyectos Desiertos Proyectos Adjudicados A partir de Abr/16, frente à revisão das condições econômicas oferecidas (WACC, prazos de licenciamento, mitigação de riscos fundiários), registra-se forte aumento de interesse por parte dos investidores Último leilão com elevada participação e elevados descontos sobre RAP 2017
10 ÍNDICE Sistema Elétrico Brasileiro Participação da ISA CTEEP no Brasil Tendências do Setor Elétrico Impactos para Operadores do Setor Elétrico Desafios Considerações Finais
11 ISA CTEEP no Brasil Ativos estratégicos no Estado de São Paulo, interligações regionais e Complexo Madeira Atua em 17 estados, responsável pela transmissão de cerca de 25% da energia produzida no País. Possui km de linhas e mais de MVA de capacidade de transformação Empresa de Referência da ANEEL para Eficiência Operacional e Indicadores de Qualidade Participação ativa na expansão do sistema de transmissão com investimentos superiores a R$ 10 bilhões desde
12 História da ISA CTEEP 1999 A ISA CTEEP é criada com ativos de transmissão da CESP 2001 Incorporação da EPTE com ativos de transmissão da Eletropaulo 2006 Privatização, a ISA torna-se nova controladora Expansão para 16 estados brasileiros, fruto de investimentos em leilões e aquisições 2012 Prorrogação do Principal Contrato de Concessão (059/2001) por 30 anos 2017 Início do Recebimento da Remuneração do RBSE Expansão em novos leilões e novas aquisições 12
13 Mapa de Atuação ISA CTEEP no Brasil MVA de transformação km de LT s 122 SE s com tensão até 550 kv km de circuitos km fibra óptica própria 13
14 Mapa de Atuação ISA CTEEP no Estado de São Paulo 2 controladas 100% 1 coligadas km de LT s MVA de transformação 14
15 ÍNDICE Sistema Elétrico Brasileiro Participação da ISA CTEEP no Brasil Tendências do Setor Elétrico Impactos para Operadores do Setor Elétrico Desafios Considerações Finais
16 Tendências do Setor Elétrico Cenário Atual Cenário Futuro 1 Predominância de Fontes Convencionais 2 Soluções adotadas não eliminam ociosidades do sistema 1 Fontes Renováveis e Intermitentes 2 Adoção de soluções que eliminam ociosidades do sistema 3 Consumidores passivos 3 Consumidores ativos 4 Baixa utilização de inovação tecnológica 4 Intensificação da inovação tecnológica 5 Ambiente previsível e estável 5 Ambiente volátil, incerto, complexo e ambíguo Motivadores para transformação Mudanças Climáticas Crescimento das Fontes Renováveis Inovação Tecnológica Regulação 16
17 Motivadores para transformação Consumidores com maior participação na gestão da demanda e na geração de energia Diversificação de agentes no mercado, liberdade e incentivos Eficiência energética Adequada remuneração dos investimentos no ciclo de vida dos ativos Regulação Crescimento das Fontes Renováveis Atrativos das energias renováveis Geração distribuída Armazenamento. Eventos climáticos extremos Impactos na geração e na demanda Prioridade do uso da água para o abastecimento humano Mudanças Climáticas Inovação Tecnológica Smart Grid Veículos elétricos Automação Resposta da demanda Telecomunicações e inteligência da informação 17
18 ÍNDICE Sistema Elétrico Brasileiro Participação da ISA CTEEP no Brasil Tendências do Setor Elétrico Impactos para Operadores do Setor Elétrico Desafios Considerações Finais
19 Impactos para Operadores do Setor Elétrico MUDANÇAS TECNOLÓGICAS E INSTITUCIONAIS DEMANDARÃO MUDANÇAS NO MODELO ORGANIZACIONAL DOS OPERADORES INDEPENDENTES Desafios tecnológicos Necessidade de adaptação Maior imprevisibilidade na geração Rápido crescimento da geração eólica, solar e geração distribuída Usinas hidrelétricas fio d água (sem regularização) Maior complexidade no uso múltiplo da água Maior complexidade na geração Redução da capacidade de armazenamento (energia armazenada /demanda) Maior complexidade no sistema de transmissão Crescimento da rede Elos HVDC, interconexões com outros países Envelhecimento da rede Multiplicidade de agentes Mudanças no planejamento Aprimoramento da previsão de carga Previsão de vento, micro localizada, hora a hora Previsão de fatores que impactam geração solar Mudanças nos critérios de operação Redução do tempo para a tomada de decisão Mudança do papel das UHEs e dos reservatórios Crescimento da participação das distribuidoras Absorção de conhecimento e competências criticas Tecnologias emergentes TI/Telecom Meteorologia, clima, gestão de recursos hídricos Maior imprevisibilidade da carga Maior volatilidade do consumo Geração Distribuída, Smart Grid, Demand Response e Veículos Elétricos
20 Impactos para Operadores do Setor Elétrico MUDANÇAS TECNOLÓGICAS E INSTITUCIONAIS DEMANDARÃO MUDANÇAS NO MODELO ORGANIZACIONAL DOS OPERADORES INDEPENDENTES Desafios institucionais Necessidade de adaptação Multiplicidade de agentes Surgimento de novos players, com diferentes culturas Aumento do número de demandas Crescimento do impacto financeiro das decisões do Operador Maior controle da sociedade Maior controle da sociedade civil sobre custo da energia e das instituições Incremento do modelo de fiscalização do Operador Máxima transparência Procedimentos e resultados da operação Custo de operação do sistema Custo do operador e custo de cada serviço /produto Compliance interno e ouvidoria Cultura de prestação de serviço Entender as necessidades dos diferentes clientes em cada um dos vários serviços prestados Qualidade e velocidade no atendimento de demandas dos agentes (acesso, margem, disputas) Aumentar a eficiência / automatizar análises rotineiras Melhorar canais de atendimento Maior participação na discussão do futuro do setor Participação na discussão de soluções dos desafios do setor Fortalecimento das relações institucionais Proatividade na discussão da incorporação de novas tecnologias no setor
21 Impactos para Operadores do Setor Elétrico EQUILÍBRIO NA MISSÃO DOS OPERADORES INDEPENDENTES, COM CONSIDERAÇÃO DE OBJETIVOS DE ECONOMICIDADE Missão do Operador Independente Segurança Continuidade Qualidade Em muitos casos, impactos econômicos da operação não são acompanhados por indicadores, sejam de geração de valor, sejam internos de gestão empresarial Economicidade 21
22 ÍNDICE Sistema Elétrico Brasileiro Participação da ISA CTEEP no Brasil Tendências do Setor Elétrico Impactos para Operadores do Setor Elétrico Desafios Considerações Finais
23 Desafios PLANEJAMENTO Necessidade de tratamento das incertezas devido a imprevisibilidade da carga e do despacho centralizado Adoção de soluções que possibilitem a utilização ótima dos sistemas existentes, eliminando ociosidades, reduzindo impactos socioambientais e investimentos Priorizar alternativas de expansão que retratem a maior economicidade, ciclo de vida e facilidade de implantação Gerenciamento da demanda devido o consumidor passar a ter um papel ativo no sistema, sendo estimulado a reduzir o consumo ou gerar energia quando necessário Exemplos: Banco de baterias de alta capacidade; tarifa dinâmica 23
24 Planejamento INVESTIMENTOS PREVISTOS PARA O PERÍODO DE 2016 A 2018 Melhor equilíbrio entre investimentos em expansão e em modernização das redes 39 BI REAIS Expansão * Modernizações ** 0,4 BI REAIS 24 * Programa de Investimentos em Energia Elétrica (PIEE) MME EPE AGO 2015 ** Plano do Modernização de Instalações (PMI) ONS DEZ 2015
25 Desafios OPERAÇÃO Gestão dos ativos com foco no ciclo de vida e performance dos ativos, buscando remuneração adequada após o fim da vida útil regulatória Modernização das instalações existentes, permitindo redução de custos com a alocação ótima de recursos para operação e manutenção do sistema Necessidade do operador do sistema estar preparado para maior exposição ao risco evitando sobrecustos às empresas, ao sistema e à sociedade devido a busca do sistema 100% disponível (risco zero) Existência de indicadores demonstrando a eficiência do Operador e os ganhos de sua atuação para a sociedade Exemplos: Automação e monitoramento das instalações; Flexibilização das intervenções, minimizando o uso exclusivo dos períodos de carga leve 25
26 Futuro Operação EVOLUÇÃO DA OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO Técnicos de Operação + Técnicos de Manutenção Mantenedores (Operação + Manutenção) Instalações Desassistidas + Equipe de Mantenedores em posições estratégicas FUTURO Capacitação Mudança de Cultura Comportamento Automação e Monitoramento Adequação da Regulação 26 * Ref. ISA CTEEP
27 Desafios REGULAÇÃO Estabilidade e Previsibilidade das Regras Regulação por incentivo Remuneração adequada e equânime para investimentos em melhorias, reforços e ampliações (leilões) Remuneração dos equipamentos em operação após o final de vida útil regulatório Revisão Tarifária com critérios objetivos, interpretação simples e incentivos à eficiência operacional Tratamento da indisponibilidade (Parcela Variável) avaliando o desempenho conforme disponibilidade média, sem penalização da manutenção preventiva 27
28 Regulação APRIMORAMENTOS FUNDAMENTAIS Regulação por Incentivos deve garantir a estabilidade do setor e gerar interesse dos agentes em investimentos futuros, preservando o equilíbrio econômico-financeiro das empresas. Banco de Preços Melhorias Excludente de responsabilidade Parcela Variável Regulação Mandatória Autorizações de Melhorias e Reforços, com caráter de obrigatoriedade, definidas com base em Banco de Preços reconhecidamente defasado Melhorias indicadas pelas empresas são incluídas nos Planos Setoriais, com receita reconhecida pela ANEEL no reajuste tarifário Eventuais atrasos no processo de licenciamento ambiental são por conta e risco do empreendedor Incidência de desconto na receita decorrente da indisponibilidade da função transmissão Regulação por Incentivos O Banco de Preços deve refletir os custos de mercado praticados pelas transmissoras, com atualização contínua Melhorias diretamente realizadas pelas transmissoras, suportadas por montante provisório previamente definido pela ANEEL e com reconhecimento na receita para o ciclo tarifário Reconhecimento do excludente de responsabilidade, nos casos em que se demonstre o nexo de causalidade entre o atraso e o processo de licenciamento ambiental Definir faixa de disponibilidade aceitável, com bônus para a performance superior, aplicando PV em casos de baixa performance. Definir meta de Energia Não Suprida (ENS) com bônus para companhias que ficarem abaixo da meta.
29 ÍNDICE Sistema Elétrico Brasileiro Participação da ISA CTEEP no Brasil Tendências do Setor Elétrico Impactos para Operadores do Setor Elétrico Desafios Considerações Finais
30 Considerações Finais Planejamento considerando as incertezas, priorizando a utilização do sistema existente, promovendo a inserção dos recursos necessários para a melhor solução técnica com a rentabilidade adequada Operação voltada para a gestão de ativos, analisando custos, desempenho, riscos e inserindo indicadores de eficiência Regulação estável e previsível, que incentive os agentes econômicos a decisões pró eficiência e inovação, com remuneração adequada dos investimentos e prêmio aos melhores desempenhos 30
31
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