\ A NECESSIDADEDE MINIMIZAR OS CUSTOS DE ENERGIA NAS EMPRESAS

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Otávio de Escobar Vasques
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1 \ A NECESSIDADEDE MINIMIZAR OS CUSTOS DE ENERGIA NAS EMPRESAS Como Atingir a Eficiência Energética nas Empresas NPF 27 e 28 de Junho de 2006

2 \Sumário Introdução Política Energética para Portugal Energia Nuclear? Custos de Energia nas Empresas Utilização Racional da Energia Conclusão 2

3 \ Introdução Durante muito tempo pensou-se que o crescimento, progresso e desenvolvimento socio-económico não podiam ser conseguidos senão à custa de forte crescimento do consumo de energia. Quando da crise de 1973, a necessidade de reduzir os enormes consumos chegou a conduzir a fortes constrangimentos com consequências negativas sobre o desenvolvimento. O crescimento económico e a melhoria da qualidade de vida são assim possíveis, recuperando uma perspectiva de desenvolvimento fundamental para toda a humanidade, sem que isso implique custos demasiado elevados nem a pura e simples exaustão de recursos finitos. 3

$\ Política Energética para Portugal Em Portugal quase nada se faz nesta matéria, de uma forma marcante e estruturante.$

4 \ Política Energética para Portugal Em Portugal quase nada se faz nesta matéria, de uma forma marcante e estruturante. Desde 1973 até aos dias de hoje a intensidade energética do PIB na Europa foi reduzida para metade do seu valor. Em Portugal duplicou! 4

5 \ Política Energética para Portugal 85% de dependência energética do exterior; 60% da energia primária consumida é petróleo; Mais de 60% da energia eléctrica produzida é com recurso a fontes de origem fóssil; Mais de 60% da energia eléctrica é consumida nos edifícios; 60% da energia que consumimos pode ser considerada como desperdício! 5

6 \ Política Energética para Portugal Portugal pode evoluir nesta matéria e aproximar o seu desenvolvimento do de países caracterizados por uma maior eficácia na utilização da energia A energia deve ser considerada como um factor de produção tão importante como o trabalho, o capital e as matérias-primas. Gerir a energia é tão importante como gerir recursos humanos ou financeiros. A gestão da energia deve começar logo na fase de projecto das instalações e na escolha dos equipamentos. 6

7 \ Política Energética para Portugal A gestão da energia é um processo continuado e indispensável em qualquer empresa. A gestão da energia deve assentar no conhecimento dos sistemas consumidores. A gestão de energia deverá conduzir, de forma contínua, à utilização cada vez mais racional de energia. 7

8 \ Política Energética para Portugal Vantagens das economias de energia: Aumento da eficácia do sistema energético; Redução das emissões poluentes (CO2); Redução da factura energética; Acréscimo de produtividade da empresa (e nos benefícios de exploração) em quaisquer sectores de actividade; Aumento da competitividade no mercado interno e externo ou aumento de disponibilidades financeiras para outros fins; Conhecimento mais profundo das instalações e do custo energético de cada fase, processo ou sistema. 8

9 \ Energia Nuclear? A opção da tecnologia nuclear é o meio para resolver os problemas da energia em Portugal e para contrariar os efeitos da subida dos preços da energia??? A electricidade representa cerca de 19,5% do consumo total da energia final e que uma central nuclear, de 1600 MW, poderá contribuir com menos de 3% para aquele consumo total de energia final. 9

10 \ Energia Nuclear? A questão da energia nuclear e das opções pela sua, ou não, viabilização não passam pela discussão da segurança. A discussão da opção pela via nuclear deverá ser, hoje em dia, baseada em dois critérios fundamentais: O critério económico e técnico-económico; O critério político. 10

11 \ Custos de Energia nas Empresas O nível da dependência energética, da nossa economia, é muito elevada (cerca de 85 a 90%), sendo na sua totalidade de combustíveis fósseis. Estes, normalmente, têm os seus preços indexados ao preço do petróleo. Os riscos das empresas portuguesas, face à dependência energética, são fundamentalmente: Segurança e garantia do abastecimento Volatilidade de preços 11

$\ Custos de Energia nas Empresas Os custos de uma não (ou má) gestão energética são evidentes, mesmo num período$

12 \ Custos de Energia nas Empresas Os custos de uma não (ou má) gestão energética são evidentes, mesmo num período de acalmia dos preços. Como é óbvio estes custos são agravados sempre que os preços da energia tendem a subir. 12

13 \ Custos de Energia nas Empresas As empresas devem procurar reduzir os custos da sua factura energética. Cada vez mais a competitividade e a concorrência, presente em quase todos os mercados, obrigam as empresas a uma preocupação fundamental que é o controlo de custos, de uma forma geral. Hoje, já são muitas as empresas que fazem uma verdadeira gestão da energia, procurando agir com vista a controlar e a reduzir os seus consumos de energia, sem prejuízo das prestações energéticas que lhe estão associadas. Uma gestão preocupada com o controlo de custos deverá, obrigatoriamente, incluir o controlo dos custos com a energia através de métodos eficazes de gestão de energia. 13

14 \ Utilização Racional da Energia A forma mais eficaz de minimizar os efeitos da subida dos preços da energia é através da utilização racional da energia, em geral e do aumento da eficiência energética das conversões, em particular. 1. Gestão dos Recursos Energéticos 2. Gestão da Procura 3. Substituição da Energia 14

15 \ Utilização Racional da Energia 1. Gestão dos Recursos Energéticos PRODUÇÃO RACIONAL DE ENERGIA Electricidade Calor Vapor de processo Força-motriz Sistemas de cogeração... 15

16 \ Utilização Racional da Energia 2. Gestão da Procura de Energia UTILIZAÇÃO EFICIENTE DA ENERGIA (Conservação de energia) Aumento do rendimento das conversões Recuperação de calor Inovação tecnológica Valorização dos resíduos Investimentos integrados Investimentos directos... 16

17 \ Utilização Racional da Energia 2. Gestão da Procura de Energia CONSUMO RACIONAL DE ENERGIA Aplicações específicas da electricidade Escolha racional da forma de energia final Escolha dos períodos mais favoráveis para o consumo de electricidade (horas de vazio) Formação do consumidor Mudanças estruturais e comportamentais... 17

18 \ Utilização Racional da Energia 2. Substituição da Energia OPTIMIZAÇÃO INTEGRADA DOS RECURSOS Substituição da energia pela: - Qualidade dos projectos de edifícios e outros - Utilização das telecomunicações - Utilização do tratamento automático tico da informação - Utilização de métodos m de - gestão 18

19 \ Utilização Racional da Energia Objectivo final: O controlo dos custos e a redução da factura energética para as empresas Vantagens: Aumento da eficácia do sistema energético; Redução da factura energética; Redução das emissões poluentes (CO2); Acréscimo de produtividade da empresa (e nos benefícios de exploração) em quaisquer sectores de actividade; Aumento da competitividade no mercado interno e externo ou aumento de disponibilidades financeiras para outros fins; Conhecimento mais profundo das instalações e do custo energético de cada fase, processo ou sistema. 19

20 \ Conclusão Eficiência energética + Utilização racional = Redução do consumo de energia final a nível nacional, em pelo menos 20%. Redução das emissões de CO2. Redução da dependência energética da economia portuguesa. Redução da factura energética. Aumento da competitividade do sector produtivo. 20

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