INTRODUÇÃO. Grupo de Organização

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1 INTRODUÇÃO Clélia Spinardi Jubran Grupo de Organização Textual-Interativa: desafios No interior do Projeto de Gramática do Português Falado (PGPF), constituiu-se um grupo responsável por estudos sobre a organização textual-interativa do texto falado, coordenado por Ingedore Grunfeld Villaça Koch. Ao finalizar seus trabalhos, esse grupo era integrado pelos seguintes pesquisadores: Ingedore Grunfeld Villaça Koch (Unicamp), Luiz Antônio Marcuschi (UFPE), Leonor Lopes Fávero (USP), Maria Lúcia Victório de Oliveira Andrade (USP), Hudinilson Urbano (USP), Zilda Gaspar Oliveira Aquino (USP), Maria Cecília Pérez de Souza-e-Silva (PUC-SP), Luiz Carlos Travaglia (UFU-MG), José Gaston Hilgert (UPF-RS), Giselle Machline de Oliveira e Silva (UFRJ), Mercedes Sanfelice Risso (Unesp-Assis) e Clélia Cândida Abreu Spinardi Jubran (Unesp-São José do Rio Preto). Os textos deste volume são de autoria desses pesquisadores e resultam da reelaboração dos trabalhos por eles realizados para o PGPF. A consolidação da produção do grupo foi feita, entre 2000 e 2004, por Ingedore Grunfeld Villaça Koch e Clélia Cândida Abreu Spinardi Jubran e, parcialmente, por Mercedes Sanfelice Risso. Cumpre destacar a colaboração essencial de José Gaston Hilgert, em vários momentos da elaboração do volume. Dessa consolidação resultou a publicação, em 2006, pela Editora da Unicamp, do volume I da Gramática do português culto falado no Brasil: a construção do texto falado, organizado por Clélia Cândida Abreu Spinardi Jubran e Ingedore Grunfeld Villaça Koch. A organização do presente volume, para a publicação pela Contexto, ficou a cargo de Clélia Cândida Abreu Spinardi Jubran.

2 28 A construção DO TEXTO FALADO O Grupo de Organização Textual-Interativa tinha uma peculiaridade no âmbito do projeto de elaboração de uma gramática referencial do português culto falado no Brasil, porque, ao se propor a abordar o plano textual, sob enfoque pragmático, levava em conta um contingente de dados de natureza muito diversa dos que continham as gramáticas até então produzidas no Brasil. Para efetivar suas pesquisas, o grupo enfrentou o desafio de elaborar uma proposta teórica para a análise do texto falado, que ficou conhecida como perspectiva textual-interativa, exposta na próxima parte desta Introdução. Uma vez demarcado o seu perfil teórico, o grupo voltou-se para uma questão, também desafiadora, de definir uma unidade de análise de estatuto textual, pertinente aos fundamentos teóricos então estabelecidos. Estudou a macroestrutura do texto conversacional, tendo constatado que um processo básico de construção textual é o da topicalidade: ao longo de um evento comunicativo, os interlocutores centram sua atenção sobre determinados temas, que se constituem como foco da interação verbal. Esse estudo foi publicado com o título de A organização tópica da conversação em R. Ilari (org.), Gramática do português falado, Campinas, Editora da Unicamp, 1992, vol. II. Os autores são: Clélia Cândida Abreu Spinardi Jubran, Hudinilson Urbano, Ingedore Grunfeld Villaça Koch, Leonor Lopes Fávero, Luiz Antônio Marcuschi, Luiz Carlos Travaglia, Maria Cecília Perez de Souza-e-Silva, Maria do Carmo Oliveira Turchiari Santos, Maria Lúcia da Cunha Victório de Oliveira Andrade, Mercedes Sanfelice Risso e Zilda Gaspar Oliveira de Aquino. Este foi um estudo inicial para o estabelecimento de uma unidade de análise textual. Nele estão os fundamentos da definição da categoria analítica de tópico discursivo. Por ocasião da sistematização dos trabalhos do grupo, após mais de dez anos de intensas pesquisas, ficou clara a necessidade não só de descartar determinados pontos do primeiro texto sobre tópico discursivo, uma vez que não mais condiziam com os resultados de investigações posteriores feitas pelo grupo, como também de incorporar esses resultados. Essa tarefa, que levou a uma significativa reelaboração do texto de 1992, foi feita por Jubran após atenta leitura de toda a produção do grupo, para a publicação da Editora da Unicamp (2006). E, neste presente volume, no capítulo Tópico discursivo, Jubran refina as propriedades definidoras de tópico discursivo, ajustando-as com mais precisão aos princípios da perspectiva textual-interativa fundamentadora dos trabalhos desta obra. Construção do texto falado Na análise da construção do texto falado, foi constatado que o fluxo de informação pode desenrolar-se de modo contínuo, materializando-se por meio de

3 INTRODUÇÃO 29 estruturas linguísticas próximas às do texto escrito prototípico, mas pode também ser obstaculizado, dando origem a descontinuidades, que conferem um ritmo ralentado à progressão temática. Tais descontinuidades muitas vezes subvertem a organização canônica dos constituintes da frase, porém se justificam no âmbito interacional, porque decorrem de necessários reajustes da formulação textual em processo, tendo em vista a eficácia comunicativa. O grupo privilegiou o estudo das descontinuidades, por considerar que elas refletiam, na superfície textual, um traço característico da oralidade, que é o do predomínio do modo pragmático sobre o sintático. Em situações face a face, o movimento rápido de produção da fala, não planejada com antecedência, e o envolvimento dos interlocutores no jogo de relações interpessoais acarretam uma atualização flexível do sistema sintático virtual, gerando interrupções, inserções, repetições, correções, empregadas de maneira significativa na interação. Na Parte i deste volume Da natureza do texto falado Koch, no capítulo Especificidade do texto falado, apresenta características da produção da fala, afastando-se da difundida visão dicotômica entre fala e escrita, para destacar uma postulação mais atual de que os diversos tipos de práticas sociais de produção textual se situam ao longo de um continuum tipológico, cujas extremidades são a escrita formal e a conversação espontânea. Dois outros capítulos integram essa primeira Parte, voltados para dois tipos de descontinuidades, focalizados como Fenômenos intrínsecos da oralidade, na medida em que ocorrem em todos os gêneros medialmente falados e não são observados na versão final de textos escritos prototípicos. Trata-se da hesitação e da interrupção, que não constituem propriamente processos de formulação textual, e sim atividades de processamento on-line. No capítulo Hesitação, Marcuschi ressalta essa natureza da hesitação de não ter estatuto informacional e não fazer parte da estrutura sintagmática do segmento no qual ocorre. Fica, portanto, à margem da constituição do tópico discursivo, mas com um importante papel de indicar processos cognitivos e estratégias linguísticas em elaboração. Ela revela o jogo interacional de manutenção, tomada e concessão de turnos, já que cria momentos privilegiados de troca ou permanência de falantes, dependendo da modalidade de recurso hesitativo empregada. Quanto à interrupção, Souza-e-Silva e Crescitelli, no capítulo Interrupção, mostram que ela é configurada por cortes lexicais e sintáticos, e evidencia, como a hesitação, a rapidez e momentaneidade da elaboração tópica, típica da fala. A interrupção instancia prospectivamente algum tipo de atividade formulativa, seja de reformulação de algo já dito, seja de inserção de informações necessárias para o entendimento do texto. À incompletude sintática provocada pela interrupção geralmente não corresponde uma ruptura do tópico discursivo, que é mantido em circulação na interação, por retomadas do segmen-

4 30 A construção DO TEXTO FALADO to interrompido, de maneira idêntica ou modificada, ou por reintroduções tópicas realizadas por alguns processos de construção textual. A Parte ii Organização tópica do texto falado abre-se com o já referido capítulo sobre Tópico discursivo, no qual Jubran define o tópico como categoria analítica do texto, no quadro dos princípios teóricos da perspectiva textual-interativa. Particularizando essa questão da organização tópica do texto falado, são publicados mais dois capítulos nesta segunda Parte. O primeiro, O par dialógico pergunta-resposta, de autoria de Fávero, Oliveira Andrade e Aquino, estabelece uma tipologia desse par dialógico, privilegiando a sua funcionalidade na instauração da coerência no texto, a partir da noção de topicalidade. O segundo, O relevo no processamento da informação, de autoria de Travaglia, focaliza a saliência ou o rebaixamento de determinados elementos no desenvolvimento do tópico discursivo. O relevo é então visto como um recurso de organização textual pelo qual o produtor do texto manifesta avaliações sobre determinados pontos de sua fala, agindo sobre o interlocutor ao conduzi-lo, com o procedimento avaliativo, a uma determinada direção interpretativa de suas palavras. A Parte iii Processos de construção textual comporta capítulos sobre atividades de formulação textual como repetição, correção, parafraseamento, parentetização, tematização/rematização e referenciação. A repetição, a correção e o parafraseamento constituem processos de reformulação, já que sempre se referem a algo já dito, que se firma como matriz que ou é reiterada no caso da repetição, ou anulada por uma nova formulação no caso da correção, ou ainda tem seu conteúdo formalmente reelaborado, no caso do parafraseamento. Em Repetição, Marcuschi detalha os aspectos formais e funcionais desse processo, avaliando-o positivamente, ao abordar a funcionalidade da repetição: seja de natureza fonológica, mórfica, lexical ou sintática, ela contribui para a organização discursiva e a monitoração da coerência textual, favorece a coesão e a geração de sequências mais compreensíveis, dá continuidade à organização tópica e auxilia nas atividades interativas, conferindo maior inteligibilidade ao texto. Em Correção, Fávero, Oliveira Andrade e Aquino mostram que esse processo incide sobre um item lexical ou gramatical, ou mesmo sobre uma dada estrutura sintática, que, considerados inadequados pelo falante ou pelo ouvinte, são substituídos, na sequência do texto, por uma outra opção formulativa, pertinente para promover a intercompreensão. Sua ocorrência demonstra, portanto, a projeção da atividade discursiva na superfície do texto, com finalidades interacionais. Em Parafraseamento, Hilgert define esse processo como instauração de uma relação de parentesco semântico entre a paráfrase e sua matriz, promovendo deslocamentos semânticos de especificação ou generalização entre o segmento reformulado e o reformulador, com expansões, condensações ou paralelismos formais. Esses deslocamentos atuam como

5 INTRODUÇÃO 31 construtores da unidade tópica e como facilitadores da compreensão dos aspectos do tópico discursivo que estão sendo destacados como alvo da interação. Enquanto os processos de construção textual já mencionados têm em comum o procedimento de reformulação, a parentetização tem por característica a inserção, no segmento tópico, de informações paralelas ao assunto em relevância naquele momento do texto, promovendo um desvio do tópico discursivo no qual se encaixam. No capítulo Parentetização, Jubran discute a concepção de parênteses, estabelece suas propriedades identificadoras, bem como um quadro de funções parentéticas. Sobre as funções, observa que, no espaço do desvio tópico, os parênteses projetam no texto dados relativos ao processo de enunciação, como referências à atividade formulativa, alusões ao papel discursivo e interacional das instâncias coprodutoras do texto (locutor e interlocutor), assim como comentários e avaliações sobre o ato verbal em curso. A parentetização constitui, nesse sentido, um dos recursos de evidente entrada de fatores pragmáticos no texto. No limiar entre a abordagem sintática e a textual, está o capítulo Tematização e rematização, de Koch, que apresenta as diferentes formas de articulação tema/ rema, com ênfase especial naquelas em que há deslocamento do tema ou do rema. Esse capítulo destaca o relevante papel das construções com tema ou rema marcados no processamento pragmático-cognitivo do sentido. A Parte iii fecha-se com o capítulo Referenciação, de Marcuschi e Koch. Levando em conta o princípio de que o léxico não é autossuficiente para a apreensão dos sentidos acionados no texto e de que os referentes não são entidades apriorísticas e estáveis, a referenciação é vista como um processo discursivo, criado na dinâmica interacional, de modo que os referentes passam a ser concebidos como objetos de discurso. A partir dessa perspectiva, os autores abordam a progressão referencial: como os referentes são introduzidos, conduzidos, retomados, apontados e identificados no texto. A Parte iv Marcadores discursivos concentra-se em outro campo de procedimentos textuais, que é o de mecanismos de organização textual. Dada a diversidade de conceitos sobre marcadores discursivos, Risso, Silva e Urbano desenvolveram pesquisa inédita a fim de estabelecer um núcleo-piloto de traços que identificam um marcador, bem como matrizes básicas de associações de traços estáveis que configuram marcadores discursivos. Em relação a essas matrizes, desenha-se, conforme o preenchimento ou o grau de distanciamento de seus traços, um contínuo em que são dispostos sequencialmente três conjuntos de elementos: o de marcadores prototípicos, que incorporam de modo uniforme e integral os traços de alguma das matrizes, o de marcadores não prototípicos, constituído por unidades que se afastam parcialmente das matrizes-padrão, e o de unidades limítrofes, que podem afetar inclusive a configuração do núcleo-piloto, mas que estão passando por um processo de discursivização, em direção à classe dos marcadores.

6 32 A construção DO TEXTO FALADO Ao encerrar sua agenda de pesquisas, o Grupo de Organização Textual-Interativa tem a certeza de que não contemplou a riqueza de dados sobre língua falada que se foram revelando ao longo das investigações. Neste volume, os autores tratam de tópicos que consideraram significativos para particularizar a construção do texto falado, sob uma perspectiva teórica que privilegia o seu processamento formulativo-interacional. E espera que os trabalhos aqui publicados possam desencadear muitos outros estudos. A perspectiva textual-interativa A seleção de uma perspectiva textual-interativa implica uma opção teórica em face das diferentes formas de conceber a linguagem e, em decorrência dessa opção, uma definição da natureza da abordagem gramatical do objeto de análise recortado a partir desse ponto de vista. Dado que a linguagem verbal é uma realidade múltipla e complexa, que comporta uma variedade de aspectos, são distintos os critérios a partir dos quais ela pode ser definida, em conformidade com a diversidade de suas concepções: como sistema de signos, instrumento de comunicação, fenômeno social, humano, histórico, psicofísico-fisiológico, meio de transmissão de pensamento, ideias, sentimentos. A adoção de um enfoque textual-interativo apoia-se na concepção de linguagem como uma forma de ação, uma atividade verbal exercida entre pelo menos dois interlocutores, dentro de uma localização contextual, em que um se situa reciprocamente em relação ao outro, levando em conta circunstâncias de enunciação. Ressalta-se, assim, a visão de linguagem como manifestação de uma competência comunicativa, definível como capacidade de manter a interação social, mediante a produção e o entendimento de textos que funcionam comunicativamente. Essa competência comunicativa não tem um caráter de exclusão ou adição à competência linguística, entendida como conhecimento de um sistema de regras, interiorizado pelos falantes, que lhes permite produzir, interpretar e reconhecer orações. Antes, ela implica esse saber linguístico, na medida em que o requer para o processamento das estruturas linguísticas na constituição de um texto. A competência comunicativa aciona, pois, tal saber linguístico, conjugando-o a operações instauradas por uma ordem específica de fatores, que dão estatuto textual ao produto da interlocução verbal. Os textos, unidades que resultam da ação verbal, são, nesse sentido, de acordo com Schmidt (1978), entidades comunicativas verbalmente realizadas, e não entidades linguísticas com um caráter comunicativo. Já que a competência comunicativa se manifesta em textos, esse ponto de vista particular sobre o heterogêneo fenômeno da linguagem, que leva a pesquisar a

7 INTRODUÇÃO 33 língua sob a forma com que ela se manifesta na interação, tem por decorrência o estabelecimento do texto como objeto de estudo. A concepção de linguagem como atividade de interação social e a consequente eleição do produto dessa interação o texto como objeto de estudo assentamse em uma base teórica que congrega princípios da Pragmática, da Linguística Textual e da Análise da Conversação. A primazia da dimensão comunicativo-interacional é respaldada por uma ótica pragmática, que orienta a descrição de dados linguístico-textuais essencialmente a partir de seu funcionamento em situações concretas de uso da linguagem. Assumir um ponto de vista pragmático significa considerar a linguagem como atividade que, realizada verbalmente, deve ser estudada dentro do quadro de suas condições de efetivação. A entrada da linha Pragmática, no Projeto Gramática do Português Falado, leva a colocar em foco, na reflexão gramatical, a questão da linguagem relativamente aos usuários reciprocamente situados no processo de interação verbal. Os estudos apresentados neste volume assumem o princípio de que os fatores interacionais são inerentes à expressão linguística, pela introjeção natural da atividade discursiva no processamento verbal de um ato comunicativo. Nesse sentido, os dados pragmáticos não são vistos como moldura dentro da qual se processa o intercâmbio linguístico, ou como camada de enunciação que envolve os enunciados. As condições comunicativas que sustentam a ação verbal inscrevem-se na superfície textual, de modo que se observam marcas do processamento formulativointeracional na materialidade linguística do texto. No âmbito de uma descrição textual-interativa é, portanto, fundamental observar as marcas concretas que a situação enunciativa imprime nos enunciados, a fim de investigar os processos de construção textual e as funções textual-interativas exercidas por eles. Considerando a imbricação dos processos de formulação textual e de interação, a análise das estratégias de elaboração textual não dicotomiza as funções textual e interativa, e sim as conjuga, pautando-se, porém, por um princípio de gradiência, segundo a dominância de uma ou outra. Ou seja, quando um determinado procedimento de construção textual atua preponderantemente na organização informacional do texto, decresce a manifestação das contingências da interlocução, sem que se obliterem as demandas pragmáticas para a ocorrência desse procedimento. Por outro lado, quando um procedimento de textualização apresenta uma tendência mais acentuada para focalizar a atividade enunciativa, sinalizando o predomínio da função interacional, sua funcionalidade no andamento do fluxo informacional passa a segundo plano, sem que, com isso, sejam anuladas as suas implicações no desenvolvimento do texto. Isso porque a explicitação de dados da atividade enunciativa na materialidade textual tem papel importante no estabelecimento das referências ativadas pelos interlocutores em suas falas, dentro do

8 34 A construção DO TEXTO FALADO quadro sociocomunicativo em que interagem, pois promove a ancoragem de tais referências no espaço discursivo gerador dos sentidos textuais. Como, pelo referido princípio de gradiência, o direcionamento interacional e o textual são correlativamente graduáveis, uma tipologia funcional dos processos de construção textual requer a consideração de um contínuo, cujos parâmetros comportam, de um lado, os elementos com função dominante de organização, condução, manutenção ou mesmo quebra do fluxo de informação e, de outro, os elementos predominantemente focalizadores das circunstâncias enunciativas. Entre um polo e outro do contínuo, distribuem-se classes intermediárias, conforme a sucessiva projeção da função textual sobre a interacional e o crescendo da interacional sobre a textual. Uma segunda área de fundamentação teórica direcionadora dos estudos deste volume é a da Linguística Textual, cuja contribuição é relevante pelos subsídios que oferece para a configuração de nosso objeto de estudo: o texto. O ponto de vista que adotamos não é exatamente o da primeira fase de desenvolvimento da Linguística Textual, marcada por uma abordagem que estendia ao texto os princípios teóricos vigentes para a linguística frasal. Essa forma de tratamento veio ampliar a hierarquia dos níveis de organização do sistema linguístico até então estudados (fonema, morfema/palavra, segmento frasal, frase) para um nível superior, o do texto. Este foi, então, tomado como unidade transfrástica, a que se recorria para explicar determinados fenômenos sintático-semânticos, que não se poderiam descrever adequadamente no âmbito da frase. A perspectiva que selecionamos para o tratamento de nosso objeto de investigação é a das fases posteriores de desenvolvimento da Linguística Textual, nas quais se busca o enfoque linguístico-pragmático, refletido na concepção de texto como unidade globalizadora, sociocomunicativa, que ganha existência dentro de um processo interacional. Embora a Linguística Textual apresente limitações para o tipo de pesquisa que empreendemos, por ter privilegiado particularmente o texto escrito, é de dentro do seu quadro que foram tirados os fundamentos para a conceituação de texto. O fato de nosso corpus de análise ser de modalidade falada e envolver situações de diálogo face a face determina algumas especificidades em relação à abordagem comumente feita pela Linguística Textual, em razão de adaptações necessárias à natureza de oralidade do corpus. Além da Pragmática e da Linguística Textual, a Análise da Conversação vem complementar o quadro teórico para a descrição textual-interativa da língua falada. O objeto central da Análise da Conversação, sobretudo em seus trabalhos iniciais, é o da comunicação face a face, realizada em situações informais de interlocução, com frequentes trocas de turnos. Esses trabalhos apresentam uma acentuada tendência etnometodológica, dando pouca atenção a questões eminente-

9 INTRODUÇÃO 35 mente linguísticas (cf. Sacks, Schegloff e Jefferson, 1974). Nos seus desdobramentos posteriores, a Análise da Conversação ganhou outras dimensões, porque, ao examinar a oralidade, incluiu questões mais amplas a propósito da língua falada, abrangendo situações diversificadas de intercurso verbal. A contribuição da Análise da Conversação entra em nossos estudos com esse alcance mais abrangente, ou seja, sem a tendência etnometodológica dos primeiros momentos, que se mostra insuficiente para o tratamento linguístico-textual do corpus, e sem a restrição às situações altamente informais de interlocução. Em síntese, a perspectiva textual-interativa, adotada no decorrer deste volume, apoia-se em fundamentos teóricos que emergem do tripé Pragmática/Linguística Textual/Análise da Conversação, calcado na preocupação com o funcionamento da língua em contextos de uso e, portanto, com a atualização da atividade discursiva em textos. O foco de investigação concentra-se, dessa forma, na construção do texto falado, integrada aos fatores enunciativos que lhe dão existência e que se revelam nos próprios processos de elaboração textual. Amparadas nessa ótica, as pesquisas sobre o texto falado, apresentadas neste volume, não dissociam as suas características estruturais da dinâmica dos processos formulativointeracionais sistematicamente envolvidos em sua produção. Nesse sentido, elas se afastam de referências teóricas fundadas em concepções dicotômicas como língua/fala, competência/desempenho. Essa visão integrativa entre estruturas e processamento de estruturas textuais leva a admitir não só regularidades referentes à estruturação textual, mas também princípios que norteiam o desempenho verbal o que significa reconhecer a existência de regras que caracterizam a organização do texto e a sistematicidade da atividade discursiva. É sabido que as regras de construção do texto, seja ele escrito ou falado, não se firmam como projeção automática de regras que vigoram no nível da frase. Enquanto unidade sociocomunicativa globalizadora, o texto apresenta propriedades de coesão e coerência fundadas numa ordem própria de relações constitutivas, diferenciadas das que se estabelecem no limite frasal. No caso do texto falado, essas relações ganham feitios específicos, devido à sua natureza emergente, de produção momentânea e dinâmica, em uma situação concreta de interlocução: o texto ancora-se fortemente em dados pragmáticos que interferem na sua constituição. Por esse motivo, no que diz respeito ao texto, as regularidades se manifestam prevalentemente como princípios de processamento de estruturas, e não como princípios constitutivos de estruturas, como se poderia observar nos sistemas fonológico e morfossintático. A descrição do sistema textual terá, então, a particularidade de apontar regularidades, na construção do texto falado, mais relacionadas ao processamento de estruturas. O caráter sistemático de determi-

10 36 A construção DO TEXTO FALADO nados procedimentos de formulação textual é dado pela recorrência desses procedimentos em certos contextos, pelas marcas formais que os caracterizam e pela proeminência de algumas funções textual-interativas que desempenham. Esta é a concepção do Grupo do que vem a ser gramatical no plano do texto. Os postulados teóricos aqui enunciados refletem o percurso de análise textual-interativa do texto falado, seguido pelas pesquisas que integram este volume: toma-se o texto como objeto de estudos, para dele depreender regularidades particularizadoras das formas de processamento das estratégias e mecanismos de estruturação textual e das correspondentes funções textual-interativas. Esse percurso está balizado no princípio, anteriormente estabelecido, de que fatos formulativo-interacionais estão inscritos no texto falado, pelas contingências específicas em que é gerado. A peculiaridade de o texto falado prototípico acontecer em uma situação comunicativa face a face, dentro de um processo dialógico de grande envolvimento entre os interlocutores coparticipantes em sua produção, de ser localmente construído, com grau reduzido de planejamento prévio, promove o aparecimento de descontinuidades instauradas por hesitações, interrupções, repetições, correções, parafraseamentos, inserções, segmentações, elipses, entre outros fatos. O tratamento desses fatos, à luz das coordenadas básicas aqui expostas, afasta avaliações negativas sobre descontinuidades presentes na língua falada, dissociando-as das ideias de defeitos, disfluências ou perdas do fio condutor. Ideias dessa natureza resultam de um julgamento sobre língua falada feito a partir de um ponto de vista sobre a língua escrita e suas regras de estruturação. Numa dimensão textualinterativa, as descontinuidades são fenômenos constitutivos do texto falado, e integram normalmente sua construção com vistas ao estabelecimento de relações interacionais, assegurando, desse modo, a comunicabilidade. Constatações dessa ordem evidenciam concretamente a emergência do texto falado, no qual o processo de construção e o resultado se confundem, configurando um produto linguisticamente materializado, que congrega e sinaliza o processo de formulação e interação.

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