INQUÉRITO AO CONGRESSISTA

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1 INQUÉRITO AO CONGRESSISTA 2016

2 INQUÉRITO AO CONGRESSISTA INTRODUÇÃO Tendo em conta a elevada relevância do Turismo de Negócios no posicionamento de Lisboa como destino, o Observatório do Turismo de Lisboa tem levado a cabo anualmente um estudo sobre o segmento de Congressos em Lisboa e o perfil dos seus participantes. O questionário desenhado pelo Observatório foi aplicado pela empresa 2ii Informática e Informação, Lda., a um total de 908 congressistas estrangeiros. Na edição de 2016 os congressos seleccionados para a aplicação deste estudo foram os seguintes: SESAM nd Annual Meeting of the Society in Europe for Simulation Applied to Medicine, de 15 a 17 de junho no Centro de Congressos de Lisboa; 8º Congresso Espírita Mundial, de 7 a 9 outubro na MEO Arena; IGCS 16th Biennial Meeting of the International Gynecologic Cancer Society, de 29 a 31 de outubro no Centro de Congressos de Lisboa. Este relatório é a síntese da análise realizada, evidenciando os principais resultados da informação recolhida e comparando-os com os da edição anterior. Deverá ser tido em conta que alguma especificidade no âmbito dos congressos em análise pode condicionar alguns dos resultados obtidos. Observatório do Turismo de Lisboa 1

3 PRINCIPAIS RESULTADOS No que respeita ao país de residência, o Brasil ocupa o primeiro lugar nos congressos em análise, facto que estará certamente associado à inclusão, nesta edição do estudo, do 8º Congresso Espírita Mundial. Em 2015, o Brasil aparecia em 8º lugar com 4,3%, enquanto o Reino Unido, agora em terceiro, ocupava a primeira posição. A Alemanha, a França e a Itália mantêm-se também em posições cimeiras. DISTRIBUIÇÃO POR SEXO E IDADE O sexo masculino continuou a ser predominante entre os inquiridos nestes eventos (77,3% em 2015). Em termos de faixa etária, a maior relevância foi para a dos 36 aos 45 anos, entre as mulheres, e a dos 56 aos 65 entre os homens. No que respeita ao nível de habilitações, 55,8% dos entrevistados possui uma pós- -graduação, mestrado ou doutoramento (75,2% em 2015). Observatório do Turismo de Lisboa 2

4 ALOJAMENTO % total Hotel 5 ***** 14,2% Hotel 4 **** 61,1% Hotel-Apartamento 4 **** 0,3% Hotel 3 *** 20,0% Hotel 2 ** 2,9% Hotel 1 * 0,1% Alojamento local 0,3% Casa de familiares/amigos 0,3% Casa própria 0,1% NS/NR 0,6% Na escolha do alojamento, a preferência foi para os estabelecimentos hoteleiros de 4 estrelas (58,6% em 2015). 0,3% optou pelo alojamento local (0,8% em 2015) e a mesma percentagem pela casa de familiares/amigos. TRANSPORTE 98,2% dos congressistas chega a Lisboa por via aérea (99,9% em 2015), sendo que 67,3% o faz com um itinerário directo. A TAP é a companhia aérea mais utilizada pelos participantes, com 42,7% das respostas (36,6% em 2015). Nos seguintes lugares surgem a Iberia (6,4%) e a easyjet (6,2%). A companhia Ryanair, em 8º lugar no ano passado, sobe para quarto lugar com 5,0%. No seu todo, a utilização das companhias aéreas de baixo custo aumentou de 12,5% em 2015 para 17,4% em O táxi permanece o meio privilegiado de transporte no percurso entre o aeroporto e o hotel (89,0% em 2015), enquanto cerca de metade dos entrevistados optou pelos transportes públicos no itinerário entre o hotel e o local do congresso (55,0% em 2015). Observatório do Turismo de Lisboa 3

5 ASSISTÊNCIA A CONGRESSOS 40,1% dos congressistas tem intenção de permanecer em Lisboa para além da duração do congresso a que se encontra a assistir (apenas 7,1% em 2015). A grande maioria dos congressistas entrevistados (88,3%) assiste, em média, a 1 congresso por ano (89,5% em 2015). 2,0% vai a 3 ou mais eventos anualmente. 20,8% dos congressistas presentes tinha já visitado Lisboa anteriormente, quase o dobro da percentagem de 2015 (10,5%). 44,7% viajou sozinho, enquanto 40,1% se fez acompanhar de mais uma pessoa. Em 2015, essas percentagens foram de 53,7% e 42,7%, respectivamente. Observatório do Turismo de Lisboa 4

6 AVALIAÇÃO AVALIAÇÃO DO CONGRESSO (escala de 1 a 10) Alemanha Áustria Bélgica Brasil Canadá Dinamarca Espanha EUA Qualidade dos serviços do aeroporto 7,3 7,6 7,7 7,6 7,4 7,1 7,3 7,6 7,1 7,2 7,5 7,4 7,0 7,6 7,8 7,5 7,0 7,1 7,4 7,6 7,4 Qualidade do transporte do aeroporto para o hotel 7,7 7,8 7,7 7,8 7,4 7,3 7,5 7,6 6,9 7,4 8,3 7,4 7,3 7,6 7,9 7,8 7,4 7,0 7,6 7,4 7,5 Qualidade do transporte do hotel para o local do congresso 7,6 8,1 7,7 7,8 7,6 8,0 7,9 8,1 6,6 7,8 8,5 7,5 7,9 7,7 7,8 7,2 7,9 8,0 7,6 7,9 7,8 Qualidade do hotel 7,5 7,7 8,2 7,6 8,1 7,3 7,3 7,7 7,0 7,5 8,0 7,6 7,3 7,5 8,0 7,5 7,3 7,4 7,6 7,7 7,5 Qualidade dos serviços de restauração 7,9 8,1 7,3 7,5 7,8 7,3 7,7 8,0 7,6 7,6 7,8 7,7 7,5 7,7 8,2 7,8 7,6 7,8 7,9 7,6 7,7 Nível de preços de Lisboa 8,0 7,8 7,5 6,9 8,3 8,1 7,9 8,4 8,1 7,8 7,3 7,9 8,0 7,8 8,0 7,5 7,9 7,9 7,7 7,7 7,7 Preço do hotel 8,1 8,1 7,9 7,2 8,0 7,8 7,8 7,9 7,9 8,0 8,0 8,1 8,1 7,9 8,2 8,2 8,0 7,7 7,9 7,8 7,8 Preço da restauração 8,0 7,9 8,2 7,0 8,4 8,0 7,8 7,9 8,0 8,0 7,8 7,9 7,7 7,9 8,2 7,8 8,0 7,7 8,0 7,8 7,7 Preço dos transportes 8,0 8,2 8,2 7,4 8,1 7,7 7,9 8,3 8,3 8,0 8,3 8,0 8,1 8,0 8,3 8,0 7,9 8,2 8,1 8,1 7,9 Qualidade dos equipamentos do local do congresso 8,2 8,4 7,9 8,0 8,1 7,6 8,1 8,4 7,5 8,1 8,0 8,1 8,0 8,2 8,5 8,1 8,0 8,1 8,1 8,1 8,1 Funcionalidade do equipamento de apoio no local do congresso 8,4 8,3 8,3 8,5 8,4 8,5 8,3 8,7 8,8 8,3 8,8 8,4 8,4 8,5 8,6 8,3 8,3 8,1 8,1 8,4 8,4 Qualidade do programa extra-congresso 8,3 8,5 8,3 8,7 8,5 8,5 8,0 8,5 8,1 7,8 9,0 8,3 7,9 8,3 8,8 8,4 8,1 8,4 8,0 8,3 8,3 Avaliação global da organização do congresso (excepto avaliação científica) 8,4 8,3 8,2 8,7 8,8 8,3 8,4 8,3 7,4 8,4 8,3 8,3 8,6 8,5 8,6 8,4 8,3 8,5 8,4 8,6 8,5 Avaliação global de Lisboa como cidade para congressos 8,2 8,0 8,2 9,1 8,6 8,3 8,5 8,5 8,0 8,3 7,8 8,1 8,2 8,4 8,5 8,4 8,3 8,1 8,2 8,7 8,5 Finlândia França VALOR MÉDIO 8,0 8,1 7,9 7,8 8,1 7,8 7,9 8,1 7,7 7,9 8,1 7,9 7,9 8,0 8,2 7,9 7,9 7,9 7,9 8,0 7,9 Grécia Holanda Irlanda Itália Luxemburgo Noruega Reino Unido Suécia Suiça Outros TOTAL À semelhança de 2015, o critério mais valorizado na avaliação deste ano foi a Funcionalidade do equipamento de apoio no local do congresso. Em segundo lugar surge a Qualidade do programa extra-congresso e em terceiro a Qualidade dos equipamentos do local do congresso, este dois invertendo as posições do ano anterior. Os congressistas que mais valorizaram em média a sua experiência no congresso foram os luxemburgueses, os americanos e os canadianos. Lisboa como destino de congressos obtém uma avaliação global superior ao valor médio das avaliações por categorias (8,5 contra 7,9). No ano anterior, os valores médios foram, respectivamente, 8,4 e 8,1. Observatório do Turismo de Lisboa 5

7 Nos congressos analisados em 2016, Lisboa surge como a cidade onde, segundo os entrevistados, se realizaram os melhores congressos a que tiveram oportunidade de assistir. Londres surge na segunda posição e Paris em terceiro. Lisboa e Londres repetem os postos de 2015 (28,2% e 18,9%, respectivamente). Quando questionadas sobre qual a probabilidade do seu regresso a Lisboa (e excluindo as não respostas), 31,3% dos entrevistados classifica-a como muito provável (33,5% em 2015). 99,6% dos congressistas entrevistados recomenda Lisboa como cidade de congressos. Como destino turístico essa recomendação é de 99,7%. Em 2015, estas percentagens eram de 98,7% e 99,3%, respectivamente. RECOMENDAÇÃO DE LISBOA COMO CIDADE DE CONGRESSOS 99,6% RECOMENDAÇÃO DE LISBOA COMO DESTINO TURÍSTICO 99,7% DESPESAS No que diz respeito às despesas efectuadas pelos participantes nos congressos foram consideradas 6 componentes: Transporte e Inscrição no congresso (valor único), Alojamento (valor por noite) e Deslocações, Alimentação e Outros (valor diário). Faz-se a ressalva de algumas especificidades, como é o caso da possibilidade de algum tipo de financiamento dos gastos, o que faz com que nem todos os congressistas tenham tido custos pessoais directos em todas as componentes analisadas. É de esperar, no entanto, que esse pagamento (seja de alojamento, transporte, inscrição, etc.) tenha sido suportado por qualquer outra entidade. Dessa forma, os valores médios obtidos têm apenas em conta as verbas efectiva e directamente suportadas pelos congressistas. Observatório do Turismo de Lisboa 6

8 Dos congressistas que deram resposta a esta questão (67,6% do total), 22,3% afirmou ter tido gastos de transporte para vir a Lisboa, tendo pago em média 538,64. A inscrição no congresso, paga por 31,3%, custou em média 459,59. 45,1% teve encargos com o alojamento, num valor médio de 121,87 por noite. No que respeita a alimentação, o valor médio por dia foi de 51,69, sendo que 93,3% afirmou ter tido este tipo de gastos. 91,7% indica ter tido custos com as deslocações na cidade, tendo pago em média 18,69 por dia. Os outros gastos, admitidos por 91,2% atingem o valor diário de 39,88. Despesa média por participante Pagamento único: Transporte 538,64 Inscrição no congresso 459,59 Pagamento por noite: (para uma estadia média de 3,9 dias estima-se uma média de 2,9 noites) Alojamento 121,87 Pagamento por dia: (para uma estadia média de 3,9 dias) Alimentação 51,69 Deslocações 18,69 Outros 39,88 TOTAL 1.781,68 Estadia média por participante 3,9 dias O valor global obtido é superior ao verificado no ano passado: 1.696,27. As variações mais significativas aconteceram no valor médio do Transporte (+174,6% que em 2015) e nas Outras despesas (+73,3%), o que é consistente com os resultados prévios dos países de residência dos participantes, nomeadamente provenientes do Brasil. Em sentido oposto, houve alterações no valor médio das Deslocações em Lisboa (-33,1%) e na Inscrição no congresso (-30,7%). A estadia média dos congressistas foi de 3,9 dias (3,8 dias em 2015). Assumindo um congressista tipo dos congressos em análise, que contribua directamente para cada uma das componentes com o seu valor médio, obter-se-ia uma despesa média por participante na ordem dos 1.781,68 pela sua presença num destes eventos. Observatório do Turismo de Lisboa 7