Prof. Tiago Clemente Souza Unisalesiano - Lins/SP RESUMO

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1 VIOLÊNCIA INSTITUCIONAL: A (I)LEGITIMIDADE DO SISTEMA PENITENCIÁRIO NA (NÃO) RESSOCIALIZAÇÃO DO PRESO INSTITUTIONAL VIOLENCE: THE (IL)LEGITIMACY OF THE PRISON SYSTEM IN THE (NON) SOCIAL REINTEGRATION OF THE PRISONER Beatriz Silva Urel Graduanda em Direito Unisalesiano - Lins/SP biaurel@hotmail.com Prof. Tiago Clemente Souza Unisalesiano - Lins/SP tiago_csouza@hotmail.com RESUMO A presente pesquisa, ainda em andamento, busca analisar e problematizar a estrutura do sistema penitenciário, o qual não cumpre com sua promessa de ressocialização do delinquente, fato que pode ser notado diante altos índices de reincidência do país. Além disso, discutirá os problemas ontológicos do próprio Direito Penal, que teoricamente apresenta como ferramenta de diminuição da violência, mas quando analisado com mais profundidade, mostra-se um instrumento de violência legitimado pelo Estado, o qual exclui as classes mais pobres e marginalizadas do convívio social. Para isso a pesquisa valer-se-á do método dedutivo, empregando a técnica de pesquisa bibliográfica, utilizando textos produzidos em doutrinas, documentos jurisprudenciais e legislação, bem como artigos publicados em periódicos e análise de dados documentais. Palavras-chave: Sistema Penitenciário. Ressocialização. Direito Penal. INTRODUÇÃO O Direto Penal surge na sociedade como uma das ferramentas de manutenção da ordem social, já que elege comportamentos humanos tidos como mais graves e perniciosos à coletividade e os define como infrações penais, cominando a eles uma sanção, a pena. Conforme ensina o doutrinador Fernando Capez (2013, p.19), a missão do Direito Penal é proteger valores fundamentais para a subsistência do corpo social, tais como a vida, a saúde, a liberdade, a propriedade, etc., denominados bens jurídicos. Assim, práticas tidas como prejudiciais à sociedade e que ferem os bens jurídicos, serão investigadas e punidas pelo Estado, o qual goza do jus puniendi, ou seja, o direito de criar normas e punir aqueles que as descumprem. Através da pena, segundo a teoria eclética, é que o Sistema Penal busca punir o criminoso e prevenir a prática de infrações. Pena é a sanção imposta pelo Estado, por meio da ação penal, ao criminoso como retribuição ao delito perpetrado e prevenção a novos crimes. (NUCCI, 2012, p. 325). Acontece que este método de punição eleito pelo Direito Penal, o qual acaba por privilegiar o encarceramento 1

2 daqueles que delinquem, não alcança o resultado almejado, sendo ele o de diminuição da criminalidade. Pode-se notar sua ineficácia através dos altos números de reincidência, além de que, atualmente, o Brasil conta com a terceira colocação no ranking mundial de população carcerária. Também compartilha deste entendimento o doutrinador abaixo. Os números são absolutamente assombrosos e comprovam a falácia do discurso sobre a impunidade generalizada no Brasil. Estamos prendendo sim. E muito. Como é possível falar genericamente em impunidade quando, nos últimos vinte anos [...] a população carcerária brasileira cresceu 350%? (KHALED JR., 2014, p.46). O que se observa hoje é um Sistema Penal que não realiza a reintegração social do delinquente, ou mesmo que controla e previne a criminalidade. Na prática, as condições (des)humanas e ambientais do cárcere no Brasil se torna meio para a profissionalização criminal dos apenados. Se as estatísticas já chocam, o que dizer da efetiva condição em que são executadas as penas privativas de liberdade? Confrontando a realidade americana com a brasileira, não é possível estabelecer qualquer parâmetro de comparação entre as condições a que são expostas as respectivas populações carcerárias: os níveis de dor intencional submetidos aos apenados no Brasil são infinitamente mais elevados. Parece difícil escapar de uma conclusão: a indústria de controle do delito assumiu aqui ares de uma indústria de extermínio, o que é facilmente comprovado pela agonia experimentada por quem se encontra abandonado no depósito de gente que é o nosso sistema penitenciário. (KHALED JR., 2014, p.47) Diante dessa constatação, a presente pesquisa buscará investigar se de fato essa finalidade ressocializante não ocorre por questões penitenciárias estruturais ou se trata de um problema interno do Direito Penal, que se apresentando como uma violência institucionalizada, buscará tão somente à exclusão dos indivíduos indesejáveis. Analisando o perfil dos que se encontram encarcerados, nota-se um padrão: negros e pobres. Apesar da ideia de que o Direito Penal pune todos os que delinquem, os presos brasileiros, em sua esmagadora maioria, advêm de camadas sociais mais baixas e marginalizadas. Todo o sistema penal acaba operando de modo seletivo: acaba por punir de modo mais severo aquele que, pela má condição social que se encontra, não tem acesso ao poder político e econômico. Assim, movimenta-se para o isolamento e destruição de certas minorias étnicas e sociais. 2

3 Chamamos atenção para o aspirador social que se tornou o sistema prisional brasileiro, no qual o aumento de sua população deve-se mais a uma política de repressão e de criminalização à pobreza, do que a uma política capaz de diminuir as ocorrências criminais. (MONTEIRO; CARDOSO, 2013, p.101). O Estado não se preocupa com o egresso, ele o abandona no Sistema Penitenciário e cria perante a população uma falsa ilusão de dever cumprido, como se deste modo a criminalidade fosse diminuída. Vivemos em um contexto em que o tratamento penal da miséria é cada vez mais aceito como remédio para as mazelas do corpo social, fazendo do sistema penal um mecanismo de gestão da pobreza e de avanço totalitário da indústria de controle do delito. Com isso são possíveis dois efeitos perversos: calabouços brutalmente desumanos são aplaudidos pela população, que simultaneamente se sujeita à ampliação de meios de controle antidemocráticos, acreditando que com isso terá mais segurança. Qualquer medida de intensificação da repressão é comemorada, pois a percepção generalizada é de que o sistema é conivente com a criminalidade. (KHALED JR., 2014, p.48). A presente pesquisa se justifica através da necessidade da problematização do atual Sistema Penal, que frustra a com seus métodos falidos de superar a criminalidade, que ilude a população e mascara seu verdadeiro propósito. OBJETIVOS Objetiva-se problematizar a atual conjuntura do Sistema Penal brasileiro em seu âmbito prático, demonstrando a ineficácia da pena quanto ao seu discurso de readaptação social do delinquente, bem como quanto ao seu caráter preventivo, procurando discutir seu real papel no meio social, sendo este de repressão e exclusão do delituoso da sociedade. METODOLOGIA A investigação do tema escolhido se dará através do método dedutivo, utilizando a técnica de pesquisa bibliográfica, valendo-se de textos produzidos em doutrinas, documentos jurisprudenciais e legislação, também de artigos publicados em periódicos, bem como análise de dados documentais. 1 ITENS DO DESENVOLVIMENTO A pesquisa inicia-se apresentando de maneira concisa o surgimento do Direito 3

4 Penal, bem como a sua justificativa de existência, introduzindo, assim, o leitor ao entendimento da pena como ferramenta de execução da norma penal e sua justificativa. Passa-se então à discussão da ideia de ressocialização e de prevenção como fundamentos da sanção imposta à aquele que comete ato ilícito e culpável, apresentando as teorias da pena, sendo elas as teorias absolutas, relativas e mistas. A seguir a pesquisa, a fim de apresentar o sistema carcerário e sua população, fará um breve relato dos conceitos e análise da palavra racismo, bem como se há alguma relação entre a Comunidade Carcerária e classes excluídas. Assim passa-se à averiguação das Guias de Recolhimento, exibindo a quantidade de presos negros, suas respectivas profissões, bem como sua classe econômica, realizando um levantamento da realidade penitenciária no centro-oeste paulista. Ademais começa a desconstrução da ideia de segurança trazida pelo sistema penal e apresentando-o como ferramenta de violência legitimada pelo Estado, para tanto será analisada a ideia do Panoptico de Bentham desenvolvida por Michael Foucaut. Por fim, discute-se e argumenta-se possíveis alternativas ao atual sistema penal brasileiro, propondo alternativas a curto e a longo prazo. RESULTADOS PRELIMINARES O Direito Penal não vem contribuindo para a redução da criminalidade, fato que pode ser observado ao levar-se em conta que entre janeiro de 1992 e junho de 2013 o número de pessoas presas aumentou 403,5% (BRANDÃO, 2014). A criminalidade e a reincidência são cada vez mais presentes e a utópica paz social se mostra cada vez mais distante. Ademais, quando analisa-se a população carcerária, é possível notar a seleção do sistema: pune-se mais severamente o marginalizado, o qual encontra-se em situação econômica e social precária. Além disso, enfatiza-se a seleção racial que ocorre no cárcere: Os dados demonstram maior gravidade quando se leva em conta a cor das pessoas encarceradas [...] 60% são negros enquanto 37% são brancos (MONTEIRO; CARDOSO, 2013, p.109). Negar o Direito Penal, extinguindo-o de imediato acabaria por gerar um problema muito maior, contrário do que se busca, provavelmente acarretando um caos social. 4

5 A presente pesquisa buscará soluções para dois momentos: alternativas a curto e a longo prazo. No presente trabalhar com o Direito Penal Mínimo, estudando a possibilidade de transferir os crimes mais brandos do Código Penal à outros ramos do Direito, trazendo punições alternativas à pena privativa de liberdade. Para os crimes mais cruéis que permanecerem amparados pela legislação penal, uma pena mais significativa, que de fato cumpra com seu objetivo de prevenção. Futuramente analisar uma possível melhora nas políticas públicas que contribuam para a redução das desigualdades econômicas, promovendo o acesso de todos aos direitos sociais, o que paralelamente geraria uma redução dos crimes, possibilitando, assim, a abolição do Direito Penal. REFERÊNCIAS BRANDÃO, Marcelo. População Carcerária aumentou mais de 400% nos últimos 20 aos no Brasil. Agência Brasil - Empresa Brasil de Comunicação S/A EBC Brasília DF, 24/03/2014. Disponível em: Acesso em: 26/03/2015. CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal: parte geral. 17. ed. São Paulo: Saraiva, CARNELUTTI, Francesco. O Problema da Pena. Tradução: Hiltomar Martins Oliveira. 2. ed. Belo Horizonte: Líder, FOUCAUT, Michel. Vigiar e Punir: nascimento da prisão; tradução de Raquel Ramalhete. 29. ed. Petrópolis: Vozes, KHALED JR., Salah H. Os Níveis de Dor Intencional e o Holocausto Nosso de Cada Dia: renúncia aos discursos de justificação da pena e ao mito da ressocialização. Revista Síntese: Direito Penal e Processual Penal, Porto Alegre: Síntese, v. 14, n. 84, p , fev./mar MONTEIRO, Felipe Mattos; CARDOSO, Gabriela Ribeiro. A Seletividade do sistema prisional brasileiro e o perfil da população carcerária: um debate oportuno. Civitas Revista de Ciências Sociais. Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul PUCRS. Porto Alegre, v. 13, n.1, p , jan.-abr Disponível em: Acesso em: 30/03/2015. NUCCI, Guilherme de Souza Nucci. Código Penal Comentado. 12. ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais,

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