OPERAÇÕES FINANCEIRAS: Empréstimos e Financiamentos
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1 FEA / USP Departamento de Contabilidade e Atuária EAC-106 Contabilidade Introdutória OPERAÇÕES FINANCEIRAS: Empréstimos e Financiamentos Prof. Fernando Dal-Ri Murcia 1
2 Visão Geral: Investimentos e Financiamentos Balanço Patrimonial Bens + Direitos Obrigações Investimentos Aplicações Ativos Financiamentos Origens Passivos Pra onde vai? De onde vem? 2
3 Gestão do Capital de Giro 3
4 Gestão do Capital de Giro 4
5 Gestão do Capital de Giro Os recursos aplicados no ativo circulante são canalizados (i) primeiramente na produção da empresa (compras de MP ou produtos, mão de obra, CIF), (ii) sendo que uma vez terminados (PA) são estocados á espera de serem vendidos, e (iii) finalmente, caso as vendas sejam a prazo, há de se esperar ainda o recebimento. Essas etapas compreendem o ciclo operacional da empresa: compra, produz, estoca, vende e recebe. O ciclo acontece de forma ininterrupta numa empresa 5
6 Gestão do Capital de Giro Empresas recorrem a empréstimos, seja para: (i) Financiar seu capital de giro (circulante) ou (ii) Financiar seus ativos de fixos (não-circulantes). Dentre desse contexto, estudaremos agora a contabilização de empréstimos e financiamentos Dentre essas operações temos o desconto de recebíveis (duplicatas a receber). 6
7 Empréstimos DESCONTO DE DUPLICATA Trata-se de uma operação financeira onde a empresa negocia o direito de receber suas duplicatas junto a uma instituição financeira. No caso deve-se observar os seguintes pontos: 1. A empresa que efetuou o desconto é responsável pelo pagamento das duplicatas ao banco, caso seu cliente falte ao pagamento no vencimento. 2. O montante das duplicatas descontadas na data do balanço é ser demonstrado no passivo, representando, em essência, a dívida da empresa 3. Tradicionalmente no Brasil, essa operação vinha sendo contabilizada no ativo, retificando o saldo de duplicatas a receber 7
8 Empréstimos DESCONTO DE DUPLICATA EXEMPLO DE UMA OPERAÇÃO A Cia Alfenas efetua o desconto de uma duplicata nas seguintes condições: Valor do Título : $ Juros acordados : 10% a.m. (juros simples) Prazo de vencimento : 60 dias Data da operação : x4 8
9 Empréstimos DESCONTO DE DUPLICATA - Continuação 1) Quando do desconto dos títulos: Cálculos efetuados Valor do desconto - juros cobrados = $ 200 Valor líquido recebido - banco c/movimento = $ 800 Valor da operação (valor da duplicata) Duplicata Descontada = $
10 DESCONTO DE DUPLICATA 1.1. Lançamento da operação em x1 DÉBITO CRÉDITO Juros a apropriar 200 Bancos c/movimento 800 a Duplicatas Descontadas RAZONETES (PASSIVO) Duplicatas Descontadas BANCOS C/ MOV. (a) (a) (RETIF. PASSIVO) Juros a apropriar (a)
11 DESCONTO DE DUPLICATA 2.1. Lançamento da Apropriação dos Juros da operação em x1: DÉBITO CRÉDITO Despesas Bancárias 100 a Juros a apropriar Lançamento da Apropriação dos Juros da operação em x1: DÉBITO CRÉDITO Despesas Bancárias 100 a Juros a apropriar 100 Juros a apropriar (2.1) 100 (2.2) RAZONETES Despesas de Juros (2.1) 100 (2.2)
12 DESCONTO DE DUPLICATA Na liquidação normal do título feita pelo cliente junto ao Banco (nesse caso o Banco apenas envia o aviso de liquidação do título). 3. Lançamento de Liquidação da Operação em x1 DÉBITO CRÉDITO Duplicatas Descontadas a Clientes RAZONETES CLIENTES (3) DUPLICATAS DESCONTADAS (3)
13 DESCONTO DE DUPLICATAS Quando ocorre o vencimento do título e o Cliente não efetua o pagamento junto ao Banco, então o banco efetua a cobrança do título da empresa Lançamento de cobrança bancária para liquidar a operação em x1 DÉBITO CRÉDITO Duplicatas Descontadas a Bancos RAZONETES BANCOS DUPLICATAS DESCONTADAS (3) (3)
14 FEA / USP Departamento de Contabilidade e Atuária EAC-106 Contabilidade Introdutória Vamos Treinar! Ex Cia Alfa 14
15 GOL - Empréstimos 15
16 EMPRÉSTIMOS - FINANCIAMENTOS EMPRÉSTIMO Captação de recursos financeiros junto a instituições financeiras, sem uma finalidade específica. Exemplo: empréstimo para capital de giro. FINANCIAMENTO Captação de recursos financeiros junto a instituições financeiras, com uma destinação específica. Exemplo: financiamento para aquisição de Máquinas e Equipamentos. EXEMPLO DE EMPRÉSTIMOS A CIA Natal, em x2, efetua um empréstimo nas seguintes condições: Valor nominal = $ Juros = 10% ao mês (juros simples) Pagamento do empréstimo = no vencimento final Prazo = 2 meses 16
17 EMPRÉSTIMOS - FINANCIAMENTOS LANÇAMENTOS 1. No fechamento da Operação pelo recebimento do empréstimo em x2. DÉBITO CRÉDITO Bancos c/movimento a Empréstimos Bancários RAZONETES Bancos conta Movimento (1) Empréstimos Bancários (1) 17
18 EMPRÉSTIMOS - FINANCIAMENTOS EMPRÉSTIMO 2.1. Na apropriação dos juros após 30 dias em x2. DÉBITO CRÉDITO Despesas de Juros a Juros a Pagar Na apropriação dos juros relativos ao 2º mês em x2. DÉBITO CRÉDITO Despesas de Juros a Juros a Pagar
19 OPERAÇÕES FINANCEIRAS EMPRÉSTIMOS - FINANCIAMENTOS EMPRÉSTIMOS - Continuação 2.3. Na liquidação da operação e dos pagamentos dos juros em x2. DÉBITO CRÉDITO Juros a Pagar Empréstimos Bancários a Bancos C/Movimento Bancos conta Movimento RAZONETES Empréstimos Bancários Juros a Pagar (2.3) (2.3) (1) (2.3) (2.1 e 2.2) 19
20 OPERAÇÕES FINANCEIRAS EMPRÉSTIMOS - FINANCIAMENTOS EXEMPLO DE EMPRÉSTIMOS COM CUSTOS INICIAIS E PAGAMENTOS MENSAIS A Cia ABC, em 31.12, capta um empréstimo nas seguintes condições: Valor captado = $ Juros = 5% ao mês (juros compostos) Pagamento do empréstimo = durante o período do empréstimo Prazo = 3 meses Sistema de amortização = Tabela PRICE (parcelas iguais) Além disso, a companhia incorreu em custos diretos iniciais para viabilizar a captação, que totalizaram $
21 EMPRÉSTIMOS - FINANCIAMENTOS Cálculo da Parcela PV 50, i 5% n 3 PMT 18, Lembrar do modo END (g END) Total a ser pago: ,29 (18.360,43 x 3) 21
22 OPERAÇÕES FINANCEIRAS EMPRÉSTIMOS - FINANCIAMENTOS Cálculo da Taxa de Juros Efetiva 18, , , , i = 7.2% 22
23 OPERAÇÕES FINANCEIRAS EMPRÉSTIMOS - FINANCIAMENTOS Calculo da TIR na HP N = 3; PMT = ,43 PV = FIND = I I = 7,2% (7,2092) 23
24 OPERAÇÕES FINANCEIRAS EMPRÉSTIMOS - FINANCIAMENTOS Início Parcela Juros Amor. Pr 48, Mês 1 18, , , , Mês 2 18, , , , Mês 3 18, , , TIR = 7,2092% - Juros são calculados com base na TIR Juros: versam do o valor remanescente do saldo Parcela: é a saída de caixa - a parcela inclui os juros e parte do principal. Juros mês 1 (31/01) = x %7,2092 = 3.460,41 Juros mês 2 (28/02) = ,98 x %7,2092 = 2.386,24 Juros mês 3 (31/03) = ,80 x %7,2092 = 1.234,63 24
25 OPERAÇÕES FINANCEIRAS EMPRÉSTIMOS - FINANCIAMENTOS Caixa Empréstimos Juros a Transcorrer SI xxxxxx (1) (1) (1) (3) (3) (2) (5) (5) (4) (7) (7) (6) yyyyyy 0 0 Desp. Financeiras Lançamentos (2) Início - Captação do Empréstimo Encerrado 2. Mês 1 - Apropriação dos juros (4) Mês 1 - Pagamento da 1ª Prestação Encerrado 4. Mês 2 - Apropriação dos juros (6) Mês 2 - Pagamento da 2ª Prestação Encerrado 6. Mês 3 - Apropriação dos juros 7. Mês 3 - Pagamento da 3ª Prestação 25
26 FEA / USP Departamento de Contabilidade e Atuária EAC-106 Contabilidade Introdutória Vamos Treinar! EXERCÍCIO 21 Cia Em Div Dada 26
27 EMPRÉSTIMOS - FINANCIAMENTOS EMPRÉSTIMOS Exemplo de Empréstimos / Financiamentos em Moeda Estrangeira: A Cia Paulista, em x2, efetua um empréstimo nas seguintes condições: Valor da operação = US$ Juros pagos mensalmente = 2% ao mês Pagamento do empréstimo = no vencimento final Prazo = 2 meses Cotação do dólar: x2 $1, x2 $1, x2 $1,32 27
28 EMPRÉSTIMOS - FINANCIAMENTOS Empréstimos / Financiamentos em Moeda Estrangeira: Cálculos: 1. Valor do Empréstimo em US$ Valor do dólar na contratação R$1,00 3. Valor recebido em reais = R$ (a) 4. Ajuste da Variação Cambial R$1,20 (variação do dólar em x2) R$1,00 5. Saldo Devedor ajustado (3X4) R$ Variação Cambial (5-3) R$ (b) 7. Juros do 1º mês (5 x 2%) R$ 240 (c) 8. Ajuste da variação Cambial R$1,32 (variação do dólar em x2) R$1,20 9. Saldo Devedor Ajustado (US$ x R$1,32) R$ (f) 10. Variação Cambial (9-5) R$ (d) 11. Juros do 2º mês (9x2%) R$ 264 (e) 28
29 EMPRÉSTIMOS - FINANCIAMENTOS Empréstimos / Financiamentos em Moeda Estrangeira: Lançamentos: a) No recebimento da Operação, em x2. Bancos c/movimento a Empréstimos Bancários
30 EMPRÉSTIMOS - FINANCIAMENTOS Empréstimos / Financiamentos em Moeda Estrangeira: Lançamentos: b) No reconhecimento da Variação Cambial, em x2. Despesas Financeiras Variação Cambial a Empréstimos Bancários c) No pagamento dos juros relativos ao 1º mês, em 31.5.x2. Despesas Financeiras De Juros a Bancos C/Movimento
31 EMPRÉSTIMOS - FINANCIAMENTOS Empréstimos / Financiamentos em Moeda Estrangeira: Lançamentos: d) No reconhecimento da Variação Cambial em x2. Despesas Financeiras Variação Cambial a Empréstimos Bancários e) No pagamento dos juros relativos ao 2º mês, em 30.6.x2. Despesas Financeiras De Juros a Bancos C/Movimento
32 EMPRÉSTIMOS - FINANCIAMENTOS Empréstimos / Financiamentos em Moeda Estrangeira: Lançamentos: f) Na liquidação do empréstimo, em x2 Empréstimos Bancários a Bancos C/Movimento
33 EMPRÉSTIMOS - FINANCIAMENTOS EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS BANCOS C/ MOV. (f) (a) (b) (a) (c) 264 (e) (d) (f) Despesas Financeira v.cambial (b) (d) Despesas de Juros (c) 240 (e)
34 FEA / USP Departamento de Contabilidade e Atuária EAC-106 Contabilidade Introdutória Vamos Treinar! EXERCÍCIO 22 Devo Não Nego 34
35 FEA / USP Departamento de Contabilidade e Atuária EAC-106 Contabilidade Introdutória OPERAÇÕES FINANCEIRAS: Aplicações Financeiras Prof. Fernando Dal-Ri Murcia 35
36 Visão Geral: Investimentos e Financiamentos Balanço Patrimonial Bens + Direitos Obrigações Investimentos Aplicações Ativos Financiamentos Origens Passivos Pra onde vai? De onde vem? 36
37 Visão Geral: Investimentos e Financiamentos Demonstração do Resultado Investimentos Receitas Entradas Despesas Saídas Financiamentos Se R>D = L; se D>R = -L (ou P); e se R=D então L=0 37
38 Visão Geral: Investimentos e Financiamentos Gestão da Empresa: maximizar o valor do dono da empresa como mix: investimentos x financiamentos (rentabilidade sobre o investimento) Financiamento é necessário...viabilizar a empresa. Quanto custa? Investimentos: qual o retorno? Ganhei 1 milhão de reais, abri minha empresa e to bombando... apenas esse ano deu 60 mil reais de LUCRO, show né? 38
39 APLICAÇÕES FINANCEIRAS Representam excessos de disponibilidades da empresa, em relação às necessidades imediatas de desembolso. (i)empresa não quer deixar muito dinheiro em caixa (Liquidez x Rentabilidade) (ii)do mesmo modo, como as taxas de retorno no Brasil são altas, muitas vezes o retorno sobre investimento é maior no financeiro que o operacional Cada tipo de aplicação tem suas características próprias, principalmente no que diz respeito a relação risco x retorno. 39
40 Relação entre Investimento e Risco Pode-se dizer que a postura em relação ao risco depende de cada pessoa. Alguns preferem: (i)investimentos de baixo risco (como poupança por exemplo, onde a chance de perda é baixa) (ii)investimentos de alto risco (como ações ou opções, onde pode-ser perder tudo). Não existe uma postura correta ou mais acertada, cada um assume o risco que quer; e consequentemente o retorno será função do nível de risco assumido. 40
41 Relação entre Investimento e Risco A lógica de mercado é a seguinte: quem tem mais risco merece mais retorno. O mercado esta em equilíbrio, veja: (i)se a poupança desse 25% ao ano porque eu investiria em ações (ii)se não houvesse risco em investir em ações porque eu ficaria com meu dinheiro na poupança. 41
42 Relação entre Investimento e Risco Não existe segredo nem maneira fácil de ganhar dinheiro: Quando alguém apresentar algum tipo de investimento com retorno muito alto e sem risco, duvide? Para ter retorno há de se sujeitar a risco. Contudo, a gestão do risco pode ser feita por meio da chamada diversificação. Lembra daquela frase: Não ponho todos os ovos na mesma cesta. Nesse contexto, empresas buscam diversificação 42
43 Decisões Investimento Temporários Dinheiro que sobra parado INFLAÇÃO e CUSTO DE OPORTUNIDADE. A ideia é justamente maximizar o retorno sobre o investimento, gestão do caixa...utiliza-se aplicações financeiras de curto prazo. A política financeira de investimentos depende (i) prazos: quando vou precisar desse dinheiro? (ii) rentabilidade: quando vou ganhar dado meu risco? (iii) emissão: De quem são estes títulos? 43
44 APLICAÇÕES FINANCEIRAS APLICAÇÕES MAIS COMUNS 44
45 APLICAÇÕES FINANCEIRAS Renda Fixa: CDBs (BANCOS), Títulos do Governo (T- Bonds, Brasil, etc.), Títulos de Empresas (Notas Promissórias, Debêntures) = Pré ou Pós RETORNO está GARANTIDO, único risco é CRÉDITO (Default) Renda variável: não se sabe previamente o rendimento, é possível ter rentabilidade negativa; isto é, pode perder tudo... Exemplos: Ações: ganhos de capital (PV-PC); dividendos e JSCP; Derivativos: de compra, de venda, contratos futuros Commodities Petróleo, Ouro, etc. Moedas: Dólar, Euro, Iene. 45
46 CLASSIFICAÇÃO DAS APLICAÇÕES FINANCEIRAS De acordo com a Lei nº /07, os ativos financeiros devem ser classificados em : Destinadas a negociação imediata (fair value through profit and loss) Disponíveis para venda futura (available for sale) Mantidas até o vencimento (held to maturity) Conforme a classificação, os critérios de avaliação dos ativos financeiros são diferentes: Depende da intenção da empresa Mantidos até o vencimento: avaliados a custo, atualizados por apropriações de juros e variações monetárias, e ajustados ao valor de realização, se este for inferior. Negociação imediata: avaliados a valor de mercado, com os efeitos no resultado do exercício Disponíveis para venda futura: avaliados a valor de mercado, com os efeitos no PL (ajustes de avaliação patrimonial) 46
47 Mensuração das Aplicações Financeiras Mantidos até o vencimento: Base de mensuração: custo amortizado (curva) receitas contabilizadas pela TIR. Efeitos da marcação: no resultado do exercício (DRE); receita ou despesa financeira. Mantido até o Vencimento - HTM D - Aplicação Financeira C - Receita de Juros 47
48 Mantido até o vencimento: COPEL 48
49 Mensuração das Aplicações Financeiras Negociação imediata Base de mensuração: valor de mercado Efeitos da marcação: no resultado do exercício (DRE).Toda a variação do título, incluindo variações decorrentes de juros (renda fixa) e variação no valor de mercado (renda fixa ou renda variável), é lançada na DRE (receita ou despesa financeira). Destinada a Negociação Imediata - FVTPL D - Aplicação Financeira C - Receita de Juros D - Ajuste FV (resultado) C - Aplicação Financeira OU D - Aplicação Financeira C - Ajuste FV (resultado) 49
50 Negociação Imediata: TAM 50
51 Mensuração das Aplicações Financeiras Base de mensuração: valor justo. Disponível para a venda Efeitos da marcação juros resultado do exercício (DRE) a e variação no valor de mercado (renda fixa + renda variável), é lançada no PL (ajuste de avaliação patrimonial). Disponível para Venda Futura - AFS D - Aplicação Financeira C - Receita de Juros D - Ajuste FV (PL - Ajustes de Avaliação Patrimonial) C - Aplicação Financeira OU D - Aplicação Financeira C - Ajuste FV (PL - Ajustes de Avaliação Patrimonial) 51
52 Disponível para venda: Braskem 52
53 EXEMPLO Em , uma companhia adquire um título público, com as seguintes características: Valor presente do título: $ Vencimento em Taxa de juros: 15% ao ano (pré-fixado) Principal e juros pagos no final O título tem liquidez e cotação no mercado Para simplificação, os efeitos fiscais não estão sendo considerados 53
54 EXEMPLO CURVA é a mensuração pelo CUSTO AMORTIZADO No momento inicial, 31/12/X8 pagou-se: ,00 e a taxa é 15%. Em 31/12/X9, = ( x 15%) = ,00 Em 31/12/X10 = , ( x 15%) = ,00 54
55 EXEMPLO VALOR JUSTO (FAIR VALUE): é quanto o mesmo título vale no mercado. No exemplo, a taxa contratada da operação é 15% ao ano. Portanto: (i) se as taxas de juros (SELIC) subirem acima de 15% o valor de mercado desse título caíra pois, no mercado o mesmo título estão pagando juros maiores. Esse título estará sendo negociado com desconto e (ii) Se as taxas de juros (SELIC) caírem, vamos dizer por exemplo, que fossem para 10%, esse título estaria sendo negociado com um ÁGIO pois, ele paga 15% e no mercado só consegue comprá-lo com taxa 10% 55
56 EXEMPLO Data Curva Fair Value 31/12/ , ,00 31/12/ , ,00 31/12/ , ,00 31/12/ , ,00 31/12/ , ,00 31/12/ , ,00 31/12/ , ,00 31/12/ , ,20 56
57 EXEMPLO , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , ,00 Custo Amortizado "curva do papel" Fair Value "valor de mercado" 31/12/08 31/12/09 31/12/10 31/12/11 31/12/12 31/12/13 31/12/14 31/12/15 57
58 LANÇAMENTOS CONTÁBEIS Data HTM Juros (1) Ajuste FV (2) FV 31/12/ , ,00 31/12/ , ,00 (1.000,00) ,00 31/12/ , ,00 (1.225,00) ,00 31/12/ , ,75 (683,75) ,00 31/12/ , ,31 18, ,00 31/12/ , ,51 776, ,00 31/12/ , , , ,00 31/12/ , ,59 (1.269,39) ,20 Mantido até o Vencimento - HTM D - Aplicação Financeira C - Receita de Juros $ coluna 1 58
59 LANÇAMENTOS CONTÁBEIS Destinada a Negociação Imediata - FVTPL D - Aplicação Financeira C - Receita de Juros $ coluna 1 D - Ajuste FV (resultado) C - Aplicação Financeira $ coluna 2 - negativos OU D - Aplicação Financeira C - Ajuste FV (resultado) $ coluna 2 - positivos Disponível para Venda Futura - AFS Idem FVTPL, porém "ajuste FV" é classificado no PL A conta do PL é denominada "ajustes de avaliação patrimonial" 59
60 CONSIDERAÇÕES FINAIS O que aconteceria se o título viesse a ser vendido antes do vencimento, e estivesse classificado como disponível para venda AFS? O ajuste FV lançado no PL deve ser transferido para resultado do exercício O resultado não realizado agora se tornou realizado 60
61 FEA / USP Departamento de Contabilidade e Atuária EAC-106 Contabilidade Introdutória Vamos Praticar Exercícios: 19 e 23 61
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