TUMORES DO SNC INTRA-AXIAIS

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1 TUMORES DO SNC INTRA-AXIAIS Dra. Esther de Alencar Araripe Falcão Feitosa Médica pela Universidade Federal do Ceará Radiologista e Neurorradiologista pelo Hospital das Clínicas da FMUSP São Paulo Ex-assistente de Neurorradiologia do Hospital das Clínicas da FMUSP São Paulo

2 Introdução Elevada morbimortalidade. Incidência 8,2 : pessoas É o segundo tumor mais incidente na faixa etária pediátria e o primeiro sólido. Primeira causa de morte neoplásica na faixa etária pediátrica.

3 RESSONÂNCIA MAGNÉTICA É a modalidade de escolha. Sequencias básicas: detalhes anatômicos T1, T2, FLAIR, T2* / SWI, SWAN, PRESTO, T1 Gd. Sequências avançadas: Difusão celularidade e relação núcleo-citoplasma. Espectroscopia identifica e quantifica a bioquímica tumoral. Perfusão avalia a dinâmica da microvasculatura tumoral. Tractografia abordagem cirúrgica.

4 Difusão Abscessos, cistos epidermoides, infarto agudo e tumores hipercelulares restrigem Perfusão Glioma de alto grau: aumento do volume sanguineo cerebral relativo (rcbv) na zona de edema Metástase: baixo rcbv na zona de edema Espectroscopia Colina: marcador de quebra de membranas e proliferação celular N-acetil aspartato: viabilidade e densidade neuronal Creatina: marcador de reserva energética Lactato: marcador de anaerobiose

5 Tracto corticoespinhal Tractografia

6 Análise de um tumor em potencial 1. Epidemiologia por Idade do paciente 2. Dados Clínicos 3. Características de Imagem TC e RM 4. Localização Calcificações, Cistos, Gordura T1, T2, DWI, pós-contraste Intra x Extra-axial Compartimentos Cruza a linha média 5. Lesões mimetizantes Ex: Abscesso, Desmielinizante, Malformação vascular, Aneurisma, Infarto com perfusão de luxo.

7 Análise de um tumor em potencial 1. Idade do paciente 2. Dados Clínicos 3. Características de Imagem 4. Localização 5. Lesões mimetizantes

8 Epidemiologia por Idade É mais provável que seja a lesão mais comum!

9 Análise de um tumor em potencial 1. Idade do paciente 2. Dados Clínicos 3. Características de Imagem 4. Localização 5. Lesões mimetizantes

10 Lesões associadas a síndromes NF1 Astrocitoma de vias ópticas e de tronco NF2 Schwannoma, Ependimoma, Meningioma Esclerose tuberosa ASCG Von-Ripple Lindau Hemangioblastoma Síndrome de Turcot - Meduloblastoma Síndrome de Aicardi - Papiloma de plexo coroide

11 Análise de um tumor em potencial 1. Idade do paciente 2. Dados Clínicos 3. Características de Imagem 4. Localização 5. Lesões mimetizantes

12 Lesões císticas com nódulo mural Astrocitoma Pilocítico Ganglioglioma Gangliocitoma Xantoastrocitoma Pleomórfico Hemangioblastoma

13 Lesões Corticais (Epileptogênicas) Oligodendroglioma DNET - Tumor neuroepitelial disembrioplásico Ganglioglioma Gangliocitoma Xantoastrocitoma Pleomórfico

14 Lesões que cruzam a linha média Glioblastoma Linfoma EM Radionecrose

15 Análise de um tumor em potencial 1. Idade do paciente 2. Dados Clínicos 3. Características de Imagem 4. Localização FOSSA POSTERIOR SUPRATENTORIAL SELAR / SUPRASSELAR PINEAL INTRAVENTRICULAR 5. Lesões mimetizantes

16 Incidência varia por Localização Supra x Intra-axial

17 Astrocitoma pilocítico OMS grau I - O mais comum tumor glial da infância Disseminação local ou através dos espaços liquóricos Cístico com nódulo mural realce variável Cerebelo, óptico-quiasmático, tronco, hipotálamo, tálamo, corpo caloso e hemisfério cerebral Baixa relação núcleo-citoplasma NF1 - Disseminação pelas vias ópticas. Axial T2 e T1gd

18 Glioma de vias ópticas Menino 6 anos com NF1 Axial FLAIR

19 Xantoastrocitoma Pleomórfico OMS II Lesão sólido-cística Crises parciais complexas Idade: 2 primeiras décadas Porção sólida com realce e voltada para a superfície meníngea. Localizações: CORTICAL Temporal (LATERAL)> parietal> occipital > frontal Tratamento Ressecção cirúrgica Recorrência é rara Transformação maligna pouco frequente Coronal T1gd e FLAIR

20 Ganglioglioma / Gangliocitoma OMS grau I Lesão cística com nódulo mural Principais tumores epileptogênicos do lobo temporal Puros neuronais ou Mistos (elementos neuronais e gliais) Crianças e adultos jovens Transformação maligna - 6% (glial) Localização supratentorial 86% --- lobo temporal MESIAL

21 Masculino, 8 anos, crises convulsivas Ganglioglioma Axial FLAIR Axial T1-Gd Sagital T1-Gd

22 Masculino, 12 anos, crises convulsivas Gangliocitoma TC sem contraste Axial FLAIR Sagital T1

23 DNET Jovens < 20 anos Excelente prognóstico Parte do espectro da Displasia cortical Corticais lobo temporal (mais comum mesial) Crescimento lento Excelente prognóstico 1-2 a décadas Lesão em bolhas de sabão Fazer cortes finos Sem edema Realce incomum (1/3) DDx: EPA e displasia cortical Case courtesy of A.Prof Frank Gaillard, Radiopaedia.org, rid: 7671

24 Astrocitoma subependimário de células gigantes Classificação OMS I Esclerose tuberosa (6 a 16% dos pcts) Surgem de nódulos subependimários Forame de Monro sulco caudo-talâmico Axial T2 e Coronal T1gd

25 Astrocitoma subependimário de células gigantes Características Imagem Calcificações Realce homogêneo pós-contraste Obs: os nódulos subependimários tb realçam Indicadores de transformação: Tamanho > 1,2 cm Aumento de tamanho (pp marcador) Hidrocefalia associada TC c/c Cuccia V et al. Childs Nerv Syst. 2003;19:

26 Criança de 7 anos, Astrocitoma subependimário de células gigantes TC c/c Coronal T2 Axial T1-Gd

27 Astrocitoma Difuso de Baixo Grau OMS II Convulsões, HIC, déficit focal Localizações Tronco encefálico, mesencéfalo, supratentorial Sempre avaliar áreas de realce pós-contraste!!!! Transformação para mais alto grau (III/IV) Radioterapia Corticoesteroides Hipoperfusão garante tumor de baixo grau (o contrario não é verdade) Axial FLAIR, cort2 e sagt1 gd

28 Menina, 14 anos, com diplopia e cefaleia Astrocitoma fibrilar da lâmina quadrigêmea TC s/c Axial FLAIR Axial T1-Gd Sagital T2 Sagital T1-Gd

29 Homem, 25 anos, crise convulsiva T1, Difusão T1 gd, MAPA ADC FLAIR, Espectro

30 Astrocitoma Anaplásico OMS grau III Etiologia Primária (25%) ou secundária (75%) 4ª e 5ª décadas Convulsão e déficit focal Sobrevida 2 anos 40% sem realce; porém alto CRVB (hiperperfusão)

31 Astrocitoma Anaplásico bitalâmico Feminino, 8 anos, alteração de personalidade Axial FLAIR Coronal T2 e T1gd

32 ASTROCITOMA ANAPLÁSICO Homem 50 anos, convulsão T1, FLAIR, T1 p/gd, Difusão, MAPA, Perfusão, Espectroscopia

33 Glioblastoma Multiforme OMS grau IV De novo (90%) ou secundária (GBG ou AA) 5ª e 6ª décadas Classificação de acordo com o perfil genético (proteína tumoral TP 53 em 65% dos casos) Convulsão e déficit focal Sobrevida 1 anos Lesões extremamente vascularizadas e com necrose

34 Glioblastoma Multiforme

35 Glioblastoma Multiforme

36 Oligodendroglioma Lesão cortical e subcortical, bem delimitada Crise epiléptica 4ª e 5ª décadas, M>F Lobos parietal, temporal, frontal, occipital e infratentorial, Calcificações (padrão giriforme), cistos e hemorragias Podem ser de baixo grau ou anaplásico Hiperperfundidas (quentes na perfusão)

37 Meduloblastoma O mais comum da fossa posterior de criança (30-40%) Origem embrionária neuroepitelial - PNET Pico de incidência aos 6 anos Teto do IV ventrículo / verme Disseminação liquórica 40% Neuroeixo Altamente maligno Hiperdenso na TC T2 variável (inclusive hipossinal) Muito baixo ADC (acentuada restrição) TC sem contraste

38 Masculino, 5 anos - Síndrome cerebelar TC sem contraste Sagital T1 Axial T2 Axial T1-Gd Axial difusão

39 Masculino, 7 anos, PO com liquor + Axial FLAIR Axial T1-Gd Sagital T1-Gd

40 Ependimoma 4º tumor mais comum da fossa posterior; 10% dos tumores pediátricos; < 5 anos e entre anos; M > F; Tumor plástico / extrusão foraminal Localização: IV ventrículo (75%) Sistema ventricular supratentorial Intraparenquimatosa Axial T1gd

41 Espectroscopia de Protóns Pico de mioinositol (mi) em 3,55 ppm, no tempo de eco curto (TE 30ms). Brandão, LA et al. Neuroimag Clin N Am

42 Masculino, 12 anos, cefaleia Axial T2 Axial T1gd Sag T1 gd

43 Linfoma Tipos: Primário do SNC Imunossupressão Secundário (mais comum) Linfoma não-hodgkin sistêmico de cels B Faixa etária: 30 (imunossup) / 60 anos Hipercelularidade e alta razão núcleo-citoplasma Hiperdensa na tomografia Hipossinal em T2 Restrição à difusão (preditor prognóstico)

44 Mulher, 58 anos LPSNC - multilobulado

45 HEMANGIOBLASTOMA Tumor intra-axial primário mais comum da fossa posterior em adultos Von Hippel-Lindau Hemisfério cerebelar (paravermiano) Cístico com nódulo mural (não restringe a difusão) Nidus vascular neoplásico Aumento da eritropoietina (20%) DD: astrocitoma pilocítico, ependimoma, PNET.

46 Hemangioblastoma e VHL

47 Metástase Principal lesão tumoral do SNC Cefaleia, HIC, déficit focal, crise epiléptica Localização: hemisfério cerebral (80%), infratentorial (15%), meningea, plexo coroide, óssea, pineal, órbita. Principais sítios: mama, pulmão Sangram: Melanoma, Rim, coriocarcinoma, tireoide, pulmão e mama)

48 Metástase x Glioma de alto grau Lesões únicas (50%) ou múltiplas, redondas, de margens bem definidas. Edema vasogênico desproporcional ao tamanho da lesão. Realce anelar ou nodular Papel da perfusão e espectro - Pico de colina e rcbv

49 Considerações finais Obrigada

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