EAE 0423-Economia Brasileira I 1º Semestre de 2016

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1 EAE 0423-Economia Brasileira I 1º Semestre de 2016 Prof. Dr. Guilherme Grandi

2 A Crise do Início dos Anos 1960 Bibliografia (leitura obrigatória) André Villela, Dos `anos dourados de JK à crise não resolvida ( ), in Fabio Giambiagi et al., Economia Brasileira Contemporânea (Capítulo 2) Pedro Cesar Fonseca, Legitimidade e Credibilidade: impasses da política econômica do governo Goulart, Estudos Econômicos 34 (3) Mário Mesquita, Inflação, estagnação e ruptura, , in Marcelo de Paiva Abreu, A Ordem do Progresso (Capítulo 9)

3 Inflação e Estagnação: (Conjuntura Política) Eleição presidencial de 1960 vencida por um presidente apoiado pela oposição (UDN) ao governo anterior e um vice apoiado pela situação (PTB/PSD) Proposta da campanha de Jânio: varrer a carestia (inflação) e a corrupção Jânio foi eleito com 48% dos votos válidos. Fato inédito na história política do país Evolução do eleitorado: 5,9 milhões (1945); 7,9 milhões (1950); 8,6 milhões (1955) e 11,7 milhões (1960)

4 Conjuntura política do período: fragmentação do poder decisório e/ou crise de legitimidade Governo Jânio Medidas excêntricas: proibições (biquíni, brigas de galo, lança-perfume) Busca de terceira via na política externa (condecoração à Che Guevara) Sem base parlamentar de sustentação de sua política econômica, em um Congresso dominado pela aliança partidária que garantiu a vitória no pleito anterior à JK, Jânio renunciou a seu mandato em 25 de agosto de 1961 Crise político-militar após sua renúncia Solução de compromisso para a crise: mudança do regime presidencialista para parlamentarista

5 Conjuntura política do período: fragmentação do poder decisório e/ou crise de legitimidade Governo Goulart (Jango): fase parlamentarista Mobilização sindical na cidade e no campo (Ligas Camponesas) Recrudescimento da mobilização estudantil Governo Goulart (Jango): fase presidencialista Retorno ao presidencialismo em janeiro de 1963 após vitória em plebiscito Recrudescimento do populismo e proposição das Reformas de Base Comício da Central do Brasil em 13/03/64 Golpe das forças armadas em 31/03/64

6 O início dos nos 1960 foi, em suma, caracterizado por aceleração inflacionária, tentativas fracassadas de estabilização e intensa instabilidade política, um quadro no qual se intensificaram tensões que já estavam presentes desde os anos 1940 e Foi também um período de aguda, porém breve, desaceleração econômica, o qual teria contribuído para consolidar certos elementos do consenso expansionista que caracterizou a política econômica brasileira até seu esgotamento nos anos 1980 do século passado. (Mesquita, 2014, p. 179)

7 Conjuntura econômica no governo Jânio Início do governo afetado pela descontrole dos gastos públicos da gestão anterior que tinha que financiar os investimentos do Plano de Metas ; o objetivo do governo JK era crescer em vez de combater a inflação Com Jânio há um retorno a ortodoxia (Eugênio Gudin) Preocupação com déficits gêmeos: fiscal e de contas correntes (BP) Desvalorização cambial de Cr$/US$ 100,00 para Cr$ 200,00/US$ com unificação da taxa de câmbio (Instrução 204 da SUMOC). Na prática, tal medida gerou uma taxa próxima a taxa de mercado, mais desvalorizada que as taxas múltiplas vigentes Controle do gasto público Redução dos subsídios à importação de petróleo, trigo e papel de imprensa

8 Conjuntura econômica no Governo Jânio Tais medidas, de cunho contracionista, foram bem recebidas no exterior e permitiram o escalonamento de parte da dívida externa (com Eximbank, por exemplo) As exportações passam de US$ 1,3 bilhão (1960) para US$ 1,4 bilhão (1961) e a relação dívida externa/exportações de 2,7 para 2,0 O PIB cresceu 8,6%, em 1961, embora a inflação tenha atingido 47,8% (IGP-DI/FGV), patamar bem mais alto que os 30,5% do ano anterior A taxa de investimento cai para 13,1% do PIB, a mais baixa desde 1950

9 Conjuntura econômica no Governo João Goulart A fase parlamentarista: um dos períodos mais conturbados da história política e econômica do Brasil Marcada pelo conflito de interesses entre o Presidente, que sinalizava uma guinada a esquerda, e os Gabinetes dos Primeiros Ministros Tancredo Neves (PSD-MG, 9/61 a 6/62), Brochado da Rocha (PTB-RS, 7/62 a 9/62) e Hermes Lima (PTB-GB, 9/62 a 1/63) Como consequência surgiu uma série de obstáculos à execução de políticas na esfera econômica Redução do ritmo de crescimento para 6,6%, em 1962, e 0,6% em 1963 Conflito entre monetaristas e estruturalistas tendo prevalecido a opinião dos estruturalistas

10 Os Programas de Governo caso do Programa do Gabinete Tancredo chegavam a reconhecer que algumas metas não seriam plenamente compatíveis Alguns pontos do programa: Crescimento de 7,5%; Redução da desigualdade distributiva de renda; Absorver a mão de obra subempregada; Alcançar razoável estabilidade de preços; Prover condições mínimas de habitação e saneamento; Atenuar o desequilíbrio do balanço de pagamentos; Corrigir deformações estruturais da indústria; Aumentar a produtividade agrícola.

11 Conjunto de medidas contracionistas denominado de Ação de Emergência : Aumento da taxa de poupança com reforma fiscal e contenção das despesas públicas de custeio, mas resguardando os investimentos; Contração da expansão monetária com controle quantitativo do crédito por meio de depósitos compulsórios sobre depósitos à vista dos bancos privados, a fim de manter a oferta monetária constante em termos reais; Criação de um Banco Central e de estímulos ao mercado de capitais; Financiamento não inflacionário do déficit público; Política fiscal realista.

12 Apesar desse pacote de medidas, o último trimestre de 1961 esteve marcado pelo aumento do déficit público e pela aceleração da expansão monetária A tx de crescimento anual dos meios de pagamento se elevou de 33% em dezembro de 1960 para 51% em dezembro de 1961 O déficit do Tesouro, que no primeiro quadrimestre de 1962 parecia administrável, começava a disparar e, com ele, a inflação A discussão sobre a regulamentação da remessa de lucros, cuja lei fora aprovada pela Câmara dos Deputados ao final de 1961, acirrava os ânimos e era cada vez maior a discrepância ideológica entre nacionalistas (para os opositores comunistas ) e liberais (então entreguistas )

13 O ano 1962 assinala uma evidente perda de controle da política econômica manifestada pelas sucessivas trocas ministeriais Aumento do déficit público devido aos gastos com o funcionalismo e com subsídios a empresas estatais, principalmente empresas de transportes ferroviário e marítimo Ao mesmo tempo, não se pode afirmar que as empresas estatais elevaram seus investimentos, haja vista o represamento das tarifas públicas de transportes, energia e combustíveis Em maio de 62, por exigência constitucional, ao enviar proposta de orçamento para análise e votação no Congresso, as despesas previstas alcançavam 793,8 bilhões de cruzeiros para uma receita estimada de Cr$ 590 bilhões. No acumulado do ano, o déficit nominal chegou a 4,3% do PIB frente aos 2,8% em 1960 A magnitude do déficit sinalizava para o maior rombo das contas públicas da história Período também marcado por uma forte expansão da base monetária

14 Gabinete Tancredo substituído pelo formado por Brochado da Rocha Novo Gabinete propôs taxa teto de inflação de 60%, em 1962, e de 30%, em No entanto, não conseguiu apoio para uma Lei de Reforma Tributária considerada essencial para a redução da inflação Em setembro de 1962, poucos meses após assumir, Brochado da Rocha é substituído por Hermes Lima Tal como os anteriores, propôs medidas para controlar a inflação O controle da inflação, no entanto, tornou-se impraticável após aprovação da Lei do 13º salário aos trabalhadores urbanos Deterioração das relações com os EUA Desapropriação de empresas e regras para a remessa de lucros Apoio apenas parcial à política americana com relação à Cuba

15 Ao final de 1962 estava clara a cronicidade do processo de desarranjo da economia brasileira A expansão dos meios de pagamentos ficou em 13% em dezembro A inflação fechou o ano em cerca de 50% e a inflação mensal situava-se entre 5 e 7% Ambiente político paralisado à espera do plebiscito marcado para janeiro de 1963 Com vitória esmagadora dá-se o retorno ao presidencialismo

16 Recuperados os poderes constitucionais, Goulart nomeou San Thiago Dantas para a Fazenda e criou um ministério extraordinário, confiado a Celso Furtado, a quem caberia a responsabilidade do acompanhamento e da execução do Plano Trienal - A ambos coube a tentativa de, por meio de uma proposta de política econômica marcada pela austeridade, tentar recuperar a credibilidade interna e externa do país - O estrangulamento externo e a necessidade de fechar as contas do balanço de pagamentos contribuíam decisivamente para firmar uma opção aos moldes ortodoxos para a política econômica - Apregoava-se, a partir de então, que não só a estabilidade seria compatível com as reformas, mas seu principal pré-requisito

17 De forma alguma abandonava-se as principais teses cepalinas, como o entendimento de que desequilíbrios estruturais e inflação eram inerentes ao processo de desenvolvimento econômico Para Furtado, a inflação era resultado do excesso de demanda agregada e o déficit público era uma de suas principais causas Assumiu-se, assim, uma proposta gradualista de controle da inflação Taxa de 25%, em 1963, chegando a 10%, em 1965 Assegurar taxa de crescimento de 7% a.a (média dos anos anteriores)

18 Outros objetivos: Taxa de crescimento dos salários em termo reais igual à taxa de crescimento da produtividade; Realizar a Reforma Agrária visando amenizar a crise social e elevar o consumo interno. Renegociar a dívida externa. A expectativa dos agentes econômicos da imposição de controle de preços levou à forte elevação dos preços no atacado Taxa de 20% em janeiro e de 10% em fevereiro de 1963 com cerca de 2% nos meses seguintes

19 Além disso, o plano incluía a correção de preços relativos O preço do trigo subiu 70% e o dos derivados de petróleo 100% com a redução dos subsídios, mas poucos meses depois o governo voltou atrás Acirram-se as demandas salariais Malogro das iniciativas de reescalonamento da dívida externa Descontrole acintoso das contas públicas a partir de meados de 1963

20 Auge e Declínio do Processo de Substituição de Importações no Brasil I. Processo de Substituição de Importações como Modelo de Desenvolvimento na América Latina Transformações do modelo de desenvolvimento na AL Características do modelo primário exportador A quebra do modelo PE e passagem para o MSI Natureza e evolução do estrangulamento externo A dinâmica do processo de substituição de importações Resposta ao desequilíbrio externo Mudanças na estrutura de importações Condicionantes internos do processo

21 Críticas ao processo de industrialização da AL O problema dos custos altos e da falta de competição O problema do emprego O problema da falta de planejamento II. O Caso do Brasil Estrutura econômico-social resultante Crescimento setorial e intrasetorial desequilibrado Aumento da desigualdade regional Manutenção de elevado grau de concentração de renda

22 Próximas leituras Obrigatórias - Affonso C. Pastore, A primeira tentativa bem-sucedida: o PAEG, in Inflação e crises: o papel da moeda (Capítulo 1) - André L. Resende, Estabilização e reforma, , in Marcelo de Paiva Abreu, A Ordem do Progresso (Capítulo 10) - Antônio Delfim Netto, Afonso Pastore, Pedro Cipollari e Eduardo Pereira de Carvalho Alguns Aspectos da Inflação Brasileira, Estudos Anpes 1 (abril de 1965) Complementar - Celso L. Martone, Análise do Plano de Ação Econômica do Governo, PAEG ( ) - Jennifer Hermann, Reformas, Endividamento Externo e o Milagre Econômico ( ), in Fabio Giambiagi et al., Economia Brasileira Contemporânea (Capítulo 3)

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