Estágio curricular obrigatório na EJA: conquistas, parcerias e perspectivas
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1 Estágio curricular obrigatório na EJA: conquistas, parcerias e perspectivas Fabiana Marini Braga Universidade Federal de São Carlos UFSCar fmarinibraga@gmail.com Jarina Rodrigues Fernandes Universidade Federal de São Carlos UFSCar jarinarf@uol.com.br Adriana Fernandes Coimbra Marigo (Núcleo de Investigação e Ação Social e Educativa - Niase -UFSCar) adriana@marigo.com.br Adriana Márcia Marangoni Secretaria Municipal de Educação de São Carlos -SME) adriana.marangoni@usp.br Osmair Benedito da Silva EMEB Arthur Natalino Deriggi - SME São Carlos osmair@gppqsc.com.br Arlete Pereira Assentamento Santa Helena - MOVA São Carlos arletepereira2009@gmail.com GlazielaCristiani Solfa Marques Salesianos São Carlos glazisol@gmail.com Marileide Gonçalves da Cruz Salesianos São Carlos marileidegc@yahoo.com.br Maria Goréte dos Santos Neta Núcleo EJA Irmã Edith - SME Araraquara gorette.neta@hotmail.com
2 Modalidade: Relato de Experiência Eixo temático: A formação inicial de educadores (as) da modalidade de Educação de Jovens e Adultos nos cursos de Pedagogia e nas Licenciaturas (trabalhos que focalizam a gestão e experiências de formação inicial) RESUMO O presente relato apresenta aspectos referentes ao estágio curricular obrigatório proporcionado aos licenciandos do curso de Pedagogia presencial da Universidade Federal de São Carlos, campus São Carlos. Para tanto, fez-se a opção de redigir o texto a muitas mãos, com participação de representantes dos diversos segmentos envolvidos: professoras da universidade, gestoras que atuam em diferentes instâncias das secretarias municipais de educação de São Carlos e de Araraquara e educadores da escola pública, do MOVA e de programa de medidas socioeducativas. Como resultados das duas primeiras ofertas ( ), temos a consolidação de parcerias entre as instituições, a receptividade dos educadores, educandos e comunidades e a devolutiva positiva dos licenciandos, diante das vivências oportunizadas pelo estágio. Como perspectivas, temos o aprimoramento de iniciativas e a continuidade do processo de estreitamento de relações juntos aos educadores que têm nos acolhido, para juntos prosseguirmos na construção dos próximos passos do trabalho. PALAVRAS-CHAVE Formação inicial de educadores. Educação de Jovens e Adultos. EJA. Estágio curricular. 1. INTRODUÇÃO Desde 2013, as disciplinas Metodologia do Trabalho Docente na Educação de Jovens e Adultos (EJA) e Práticas de Ensino e Estágio Docente na Educação de Jovens e Adultos vêm sendo requisitos obrigatórios no curso presencial de Pedagogia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), campus São Carlos. A inserção das duas disciplinas no referido curso resulta de lutas políticas e trabalhos anteriores, tendo em vista a preparação profissional diferenciada para atuação pedagógica junto a esse segmento populacional. Anteriormente a essa oferta, tal formação era realizada, principalmente, por meio de projetos de extensão universitária, possibilitando parcerias entre universidade e secretarias
3 municipais de educação, compartilhamento de experiências entre professores universitários, profissionais atuantes na rede e estudantes de graduação de cursos diversos, aproximando conhecimentos gerados entre teoria e prática. Destacamos a seguir, alguns dos projetos do Programa de Extensão Democratização do conhecimento e da escolarização, vinculado à Pró-Reitoria de Extensão da UFSCar, que, desde 2003, vem sendo desenvolvido pelo Núcleo de Investigação e Ação Social e Educativa (NIASE), com financiamento do Ministério da Educação para concretização de políticas públicas direcionadas para a educação de pessoas adultas. Algumas das experiências pioneiras de formação em São Carlos e região foram desenvolvidas no âmbito deste Programa, já no ano de No I Congresso Regional de Educação de Pessoas Adultas (CREPA) estiveram reunidos educandos, educadores e pessoas da universidade, a fim de divulgar e compartilhar conhecimentos acadêmicos, políticas públicas, iniciativas de diferentes setores e práticas pedagógicas (CAMPOS et al., 2004). O Projeto de Alfabetização de Jovens e Adultos e Inclusão Digital foi desenvolvido em salas de Movimento de Alfabetização, MOVA de São Carlos, articulando, com apoio de estudantes universitários, formação de educadores, em serviço, e ações de alfabetização de pessoas adultas (MELLO et al, 2004). A Formação de Alfabetizadoras para o Programa Brasil Alfabetizado foi promovida a alunos dos cursos de licenciatura, do magistério do Ensino Médio, CEFAM e demais licenciados já atuantes no município, imediatamente após o lançamento do programa pelo governo federal (MELLO et al., 2004). Posteriormente, entre 2004 e 2006, também, no âmbito desse Programa, foi oferecida a Atividade Integrada de ensino, pesquisa e extensão (ACIEPE) Brasil Alfabetizado, e, entre 2009 e 2011, o Curso de Especialização em Educação de Jovens e Adultos (MARIGO et al., 2011). Apresentado esse breve histórico, o objetivo do presente relato é abordar aspectos referentes ao estágio curricular obrigatório na Educação de Jovens e Adultos do curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade Federal de São Carlos, campus São Carlos, a partir da compreensão de que a oportunidade de estagiar nessa modalidade de ensino é uma experiência fundante em formação inicial como pedagogos/as.
4 Inicialmente, destacamos as características da disciplina. Em seguida, apresentamos os campos de estágio oferecidos em diferentes espaços educativos em Escolas Municipais de Educação Básica (EMEBs), no Movimento de Alfabetização (MOVA) e em Programa de Medidas Socioeducativas. 2. CARACTERÍSTICAS DO ESTÁGIO E PERFIL DOS LICENCIANDOS A disciplina Práticas de Ensino e Estágio docente na Educação de Jovens e Adultos tem por objetivo possibilitar as futuras pedagogas 1 situações em salas de aula de Educação de Jovens e Adultos e/ou outras instituições que ofereçam oportunidades educacionais para planejar, desenvolver e avaliar aulas em diferentes componentes curriculares, com base na literatura educacional. Com carga horária de 90 horas, a disciplina está distribuída em 60 horas práticas de participação no cotidiano das escolas e/ou outras instituições e 30 horas de orientação teórico-metodológicas realizadas na universidade. Sua oferta ocorre no último semestre para as duas turmas do curso: diurno e noturno, totalizando em média 60 estudantes. Com base freireana, a intenção é que a disciplina de estágio na EJA possa servir como instrumento reflexivo acerca da prática docente, por meio do cultivo de uma postura investigativa, crítica e dialógica que desafia as estagiárias a novas aprendizagens. As aulas são semanais com ênfase na elaboração de atividades de planejamento, desenvolvimento e avaliação de situações de ensino e aprendizagem em diferentes linguagens curriculares. A partir de suas inserções na EJA, os estudantes planejam e desenvolvem uma aula com apoio dos professores da universidade e dos educadores e coordenadores de EJA que os/as acompanham. A reflexão sobre todo o percurso é registrada em um relatório, que tem por principal objetivo levar os/as estudantes a refletirem sobre a prática pedagógica e a própria formação docente à luz da literatura estudada. 1 Em respeito à norma padrão da língua portuguesa, optou-se pelo uso do feminino, o que não significa, portanto, que as autoras e o autor não reconhecem e se posicionam quanto às questões de gênero.
5 3. O CAMPO DE ESTÁGIO OFERECIDO PELA SME SÃO CARLOS A Secretaria Municipal de Educação de São Carlos oferta a Educação de Jovens e Adultos desde 1989, porém somente a partir do Decreto 640 de 31 de dezembro de 2008 é que tal modalidade foi contemplada como uma Divisão própria, o que possibilitou uma política pública educacional voltada à especificidade que abarca a EJA. Atualmente, o município atende 915 alunos entre o Movimento de Alfabetização (MOVA) e os ciclos iniciais e finais do Ensino Fundamental, divididos em três Escolas Municipais de Educação Básica (EMEBs), a Escola Municipal de Educação de Jovens e Adultos (EMEJA) Austero Mangerona, bem como em 16 núcleos descentralizados conforme a necessidade das várias comunidades do município, conforme gráfico a seguir. Figura 1: Gráfico da distribuição dos/as educandos/as no município No ano de 2012, a Secretaria Municipal de Educação e a UFSCar firmaram uma parceria para o desenvolvimento do estágio dos alunos da Pedagogia, sendo que em 2013 o estágio ocorreu em 3 unidades escolares e em 15 núcleos e, em 2014, em 3 unidades escolares e em 6 núcleos.
6 O desenvolvimento das atividades do estágio tem oportunizado momentos de integração entre educandos, estagiários e professores, visando o aprimoramento das práticas nos diversos espaços, diante das suas especificidades em termos de perfis e demandas. Com base nessa troca de saberes, apresentamos no presente relato, um panorama do que foi realizado no estágio junto ao Assentamento Santa Helena e da EMEB Arthur Natalino Deriggi O assentamento Santa Helena O assentamento Santa Helena se localiza onde existia uma fazenda de cana-de-açúcar. Famílias originárias da região norte e nordeste ocuparam essa propriedade improdutiva e assim, após diversas ações judiciais, a posse da terra foi concedida ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) que dividiu a área em 14 lotes e duas áreas de propriedade coletiva, sendo uma Área de Preservação Permanente (APP) e um barracão, onde foi construída uma escola, na qual se iniciou o trabalho de alfabetização de jovens e adultos. Em 2014, a professora do assentamento recebeu em sala de aula do MOVA, duas estagiárias da UFSCar. Essa vivência foi rica para as educandas, a educadora da sala, as estagiárias e as professoras da universidade que supervisionam o estágio. Destaca-se, como positividade, a riqueza de um encontro marcado pela diferença geracional e as diferentes trocas de saberes mediadas pelo diálogo. O início da prática profissional num espaço de educação do campo possibilitou a emergência de novos olhares, práticas e desafios. Devido ao fato das estagiárias desconhecerem alguns costumes e limites do contexto no qual estavam inseridas, muitas vezes, traziam novos olhares e perspectivas para todo o grupo. A leitura de mundo e das teorias que embasavam suas práticas, os diálogos com as professoras supervisoras da universidade revelaram extremo respeito com os educandos, a educadora e suas histórias de vida, possibilitando um caminhar e fazer junto. Essa experiência com os educandos trouxe elementos da realidade do campo para as professoras da universidade refletirem e (re)significaram como formar futuras professores/as para atuarem nessas comunidades, com esses educandos.
7 Essa experiência possibilitou às estagiárias, à educadora da sala, às professoras supervisoras e aos educandos a expansão das oportunidades de aprendizagem, numa troca real de vivências e conhecimentos, em um espaço que reuniu o conhecimento prático ao acadêmico. Um sinal da relevância dessa experiência para os educandos e educadora foi sua visita à universidade, para compartilhar com os demais licenciandos da turma, o que havia sido desenvolvido durante o semestre, atividade que resultou em grande aprendizado acerca da potencialidade da educação popular A EMEB Arthur Natalino Deriggi Localizada na periferia de São Carlos, a EMEB Arthur Natalino Deriggi atende, atualmente, estudantes, sendo 211 estudantes da EJA, distribuídos entre as duas salas do Ciclo I (2º ao 5º ano) e quatro do Ciclo II (6º ao 9º ano). No ano de 2011, a escola passou por um processo de transformação em uma Comunidade de Aprendizagem (CdA) 2 com o apoio do Núcleo de Investigação e Ação Social e Educativa (NIASE/UFSCar), configurandose na primeira CdA de EJA no Brasil. Com isso, as docentes da referida escola passaram por um intenso processo formativo durante o Horário de Trabalho Pedagógico Coletivo, com o apoio de integrantes do NIASE. As reflexões advindas desse processo formativo tinham como foco a Aprendizagem Dialógica, assim como os sete princípios que a fundamentam 3 e as Atuações Educativas de Êxito (AEE) 4. Um dos momentos da transformação da escola em Comunidades de Aprendizagem foi a fase dos sonhos, em que todos os agentes sociais (familiares, docentes, estudantes, pessoal não docente, associações, entidades) sonharam com uma escola ideal. A partir desses sonhos foram formadas comissões com os mesmos agentes tendo como objetivo colocar em prática o que havia sido sonhado. 2 Comunidades de Aprendizagem disponível em Acesso em 20 de fevereiro de Princípios que fundamentam a aprendizagem dialógica - disponível em Acesso em 22 de fevereiro de As atuações Educativas de êxito são compreendidas como aquelas atividades que conseguem aumentar o rendimento acadêmico e melhorar a convivência em todas as escolas e contextos em que são aplicadas. Ddisponível em Acesso em 25 de fevereiro de 2015.
8 Assim, uma das prioridades emergentes dizia respeito à aprendizagem máxima de todas as pessoas, ou seja, ao oferecimento de diversas atividades e conteúdos (aulas de informática, aulas de idiomas, aulas de expressões corporais, aulas de reforço, palestras, visitas pedagógicas, etc.) Por meio de parceria firmada entre a Secretaria Municipal de Educação (SME) e a UFSCar (Curso de Pedagogia), várias licenciandas realizaram seus estágios na EMEB, e, além do acompanhamento das aulas e da execução das regências, atuavam também como voluntários nas AEE. Considera-se que esse papel de voluntárias assumido pelos estagiários foi de extrema importância para a formação dos mesmos, pelo fato de terem vivenciado grande diversidade de conhecimentos e estratégias de ensino mediadas por diferentes agentes educativos. Dentre diversas atividades vivenciadas, destaca-se a participação das estagiárias nos chamados Grupos interativos, que dinamizam o trabalho com o objetivo de acelerar aprendizagem de todas as pessoas, pela mediação do educador e apoio do voluntariado. Houve também participação semanal das estagiárias nas Tertúlias Literárias Dialógicas, as quais consistem na leitura dialógica das obras clássicas junto aos estudantes de EJA Programas Medidas Socioeducativas O Salesianos São Carlos é uma organização não governamental que atua na atenção a crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade. Um dos programas de atendimento é o de Medidas Socioeducativas. Este realiza o acompanhamento de adolescentes com prática de ato infracional, e que estão em cumprimento das medidas de Liberdade Assistida e/ou Prestação de Serviços à Comunidade, como previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990). No desenvolvimento do trabalho realizado nesse programa há a abertura para realização de estágios, na busca de colaborar com uma formação teórico-prática nessa área. Na parceria do Salesianos São Carlos com o curso de Pedagogia da UFSCar, na área de formação de Educação de Jovens e Adultos, de forma planejada com a docente responsável pela disciplina de estágio, tem se buscado um processo colaborativo, no sentido de trocas e
9 abertura à atualização de conhecimentos, novos conteúdos e recursos. São apresentados aos/às estagiários/as o programa, seus objetivos, proposta de trabalho, sinalizando-se o atendimento diferenciado da sala de aula, dado em um espaço de educação não formal, com valorização de projetos de vida, protagonismo juvenil, ampliação de repertórios e vivências sociais, culturais, entre outras. Nessa experiência, destacamos o apoio das estagiárias aos adolescentes atendidos na preparação para a prova oferecida pela Secretaria Estadual de Educação, com intuito de promover a correção de fluxo e sua participação nas oficinas de inclusão digital, mediante apoio das licenciandas e docente da universidade, quanto às novas tecnologias de informação e comunicação. As oficinas ocorrem semanalmente e as estagiárias participantes têm apoiado de forma colaborativa e corresponsável o professor da atividade. Observamos que o resultado tem sido um processo de participação dos adolescentes com maior interesse e motivação. A aprendizagem ganha significado e tem sido materializada com a produção de materiais audiovisuais. Outro aspecto dessa parceria foi a formação de um grupo de estudos que conta com a participação de profissionais do programa, docente e estudantes do curso de Pedagogia, o qual tem favorecido a interação de conhecimentos teórico-práticos, e sua viabilidade no cotidiano do Programa. 5. CONTEXTO DE ESTÁGIO OFERECIDO PELA SME ARARAQUARA Em 1998, o município de Araraquara iniciou o atendimento à Educação Fundamental, na modalidade EJA com 39 alunas no centro da cidade. Em 2001, foram abertas salas de EJA em diversos bairros da periferia, sendo que, em 2002, as classes do centro foram transferidas para os bairros, atendendo as deliberações da I Conferência Municipal de Educação de Araraquara. Outros projetos, como o Projeto de Alfabetização para Adultos e Jovens de Araraquara (PROEAJA), criado em 1999 por uma equipe formada pelas Irmãs Franciscanas da Imaculada Conceição, professores/as, alunos/as, funcionários/as e voluntários/as, organizados pela Irmã Edith, deram início ao MOVA, em 2001, a partir de um convênio com a Prefeitura de Araraquara. Em 2007,
10 iniciaram as atividades do Núcleo de Educação de Jovens e Adultos Irmã Edith ligado a uma EMEF e, em 2011, através do Decreto nº de 11 de novembro, oficializou-se a criação do referido núcleo voltado ao atendimento uma população de jovens e adultos, a partir de 15 anos, matriculados no 1º segmento (4ª série) e no 2º Segmento (5ª a 8ª séries). A unidade escolar tem por objetivo garantir a apropriação do conhecimento e o desenvolvimento humano, trabalhando o diálogo, respeitando as diferenças, a diversidade e a cultura da comunidade escolar. Nos anos de 2013 e 2014, tivemos a participação de estagiárias da UFSCar na referida escola, a qual consistiu em acompanhar e contribuir na realização das atividades em sala de aula, com destaque ao Projeto Meio Ambiente e Água, com grupos de quatro a seis alunos no laboratório de informática, sala de vídeo e biblioteca. As estagiárias acompanharam os trabalhos desenvolvidos, os quais buscavam favorecer o diálogo, a colaboração, a interação e a pesquisa com os alunos. Há que se destacar a participação das mesmas nos Grupos interativos, os quais possibilitaram maior intercâmbio de culturas e saberes, merecendo destaque de que além dos estudantes da EJA advirem de diversas regiões do país, contávamos também com presença de três taiwaneses e uma boliviana em uma das salas. A presença das estagiárias foi fundamental no papel de voluntárias, o qual é imprescindível para o desenvolvimento dos Grupos interativos. CONSIDERAÇÕES FINAIS A partir das duas primeiras ofertas da disciplina Práticas de Ensino e Estágio docente na Educação de Jovens e Adultos, temos: a consolidação de significativas parcerias entre as instituições envolvidas; a colaboração das educadoras, como partícipes do processo de formação; a receptividade dos educandas e da comunidade diante do apoio recebido e, também, o retorno positivo das licenciandas que freqüentaram os diferentes espaços educativos, diante das diversas vivências oportunizadas pelo estágio e a relevância do papel dos estágios em EJA na formação das licenciandas, que possibilita a elas o contato com situações reais dessa modalidade e grande fonte de conhecimento.
11 As ações diversificadas e colaborativas foram destaques para maior envolvimento e integração das estagiárias nos diferentes contextos de atuação. Nesse sentido, foi possível identificar contribuições tanto no âmbito pessoal quanto profissional e social. Em relação ao âmbito pessoal, destaca-se o respeito pela troca de saberes e a postura compromissada das estagiárias; já acerca do âmbito profissional, o exercício crítico e o aprimoramento profissional são elementos que se sobressaem e, por fim, no âmbito social, o estágio fornece contribuições pelas diversas interações traçadas e papéis assumidos (por exemplo, como voluntárias além de estagiárias). Como perspectivas, temos o aprimoramento de iniciativas e a continuidade do processo de estreitamento de relações juntos aos educadores que têm nos acolhido, para juntos prosseguirmos na construção dos próximos passos do trabalho. REFERÊNCIAS CAMPOS, D. A.; REYES, C. R.; LIMA, L. A. M.; MELLO, R. R. de. ZAINUN, J. A. T. Congresso Regional de Educação de Pessoas Adultas: Democratização do Conhecimento e do Acesso à Educação. Anais do 2º Congresso Brasileiro de Extensão Universitária Belo Horizonte, 12 a 15 de setembro de Disponível em < Acesso em 25 fev MARIGO, A. F. C.; MELLO, R. R. de. MOREIRA, R.; PEREIRA, K. A. Curso de Especialização em Educação de Jovens e Adultos: articulando conhecimentos e práticas sociais. In: 5º Congresso Brasileiro de Extensão Universitária, 2011, Porto Alegre. Anais do 5º Congresso Brasileiro de Extensão. Porto Alegre: EDIPUCRS, v.1. p.1 1 MELLO, M. A.; ZAINUN, J.; LIMA, L.; REYES, C. R.; MELLO, R. R. Programa Brasil Alfabetizado. Anais do 2º Congresso Brasileiro de Extensão Universitária Belo Horizonte, 12 a 15 de setembro de Disponível em < Acesso em 25 fev MELLO, R. R.; BENTO, P. E. G.; MELLO, M. A.; REYES, C. R. Alfabetização de Jovens e Adultos e Inclusão Digital. Anais do 2º Congresso Brasileiro de Extensão Universitária Belo Horizonte, 12 a 15 de setembro de Disponível em < Acesso em 25 fev
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