DECOMTEC. Análise da Penetração das Importações Chinesas no Mercado Brasileiro. Área de Competitividade. Equipe Técnica

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1 Área de Competitividade Análise da Penetração das Importações Chinesas no Mercado Brasileiro Equipe Técnica Abril de 2010

2 Federação das Indústrias do Estado de São Paulo - FIESP PRESIDENTE Paulo Skaf Departamento de Competitividade e Tecnologia DECOMTEC DIRETOR TITULAR José Ricardo Roriz Coelho DIRETOR TITULAR ADJUNTO Pierangelo Rossetti DIRETORES: Airton Caetano Almir Daier Abdalla André Luis Romi Carlos William de Macedo Ferreira Cássio Jordão Motta Vecchiatti Christina Veronika Stein Cláudio Grineberg Cláudio José de Góes Cláudio Sidnei Moura Cristiano Veneri Freitas Miano (Representante do CJE) Denis Perez Martins Dimas de Melo Pimenta III Donizete Duarte da Silva Eduardo Berkovitz Ferreira Eduardo Camillo Pachikoski Elias Miguel Haddad Eustáquio de Freitas Guimarães Fernando Bueno Francisco Florindo Sanz Esteban Francisco Xavier Lopes Zapata Jayme Marques Filho João Luiz Fedricci Jorge Eduardo Suplicy Funaro Lino Goss Neto Luiz Carlos Tripodo Manoel Canosa Miguez Marcelo Gebara Stephano (Representante do CJE) Marcelo José Medela Mario William Esper Nelson Luis de Carvalho Freire Newton Cyrano Scartezini Octaviano Raymundo Carmargo Silva Olívio Manuel de Souza Ávila Rafael Cervone Netto Robert William Velásquez Salvador (Representante do CJE) Roberto Musto Ronaldo da Rocha Stefano de Angelis Walter Bartels

3 EQUIPE TÉCNICA Departamento de Competitividade e Tecnologia GERENTE Renato Corona Fernandes EQUIPE TÉCNICA Albino Fernando Colantuono André Kalup Vasconcelos Célia Regina Murad Daniela Carla Decaro Schlettini Egídio Zardo Junior Fúlvia Hessel Escudeiro Guilherme Riccioppo Magacho José Leandro de Resende Fernandes Juliana de Souza Maurício Oliveira Medeiros Paulo Henrique Rangel Teixeira Paulo Sergio Pereira da Rocha Pedro Guerra Duval Kobler Corrêa Roberta Cristina Possamai Silas Lozano Paz ESTAGIÁRIA Michelle Cristine Bertolini APOIO Maria Cristina Bhering Monteiro Flores

4 Apresentação Este trabalho atualiza as informações contidas em estudo de mesmo título publicado em julho de 2008 tendo em vista as mudanças ocorridas com a crise financeira internacional iniciada em setembro daquele ano. Seu objetivo é mostrar a importância da coerência entre a política macroeconômica e a política industrial, ou seja, que ambas devem colaborar para o barateamento do custo dos investimentos e para a desoneração tributária, não para criar a proteção pura e simples de setores mas apenas para dar isonomia ao ambiente de negócios às nossas empresas. Para tanto analisa a penetração das importações industriais chinesas no mercado nacional à luz do ambiente competitivo em que se inserem as empresas chinesas vis-à-vis o ambiente enfrentado pelas empresas locais. Mostramos também como o ambiente de negócios afeta os diferentes setores industriais. É importante notar que houve um real aumento da participação dos produtos chineses no mercado brasileiro com o passar dos anos, o qual foi determinado por um grande esforço comercial das empresas chinesas mas também por uma política econômica clara orientada para o aumento da competitividade dessas empresas nos mercados globais. Alertamos para o fato de que o cálculo do grau de penetração é feito usando-se apenas valores e que tais valores referem-se exclusivamente ao comércio formal. Dessa forma, consideramos que o impacto seja maior do que aquele que pudemos mensurar. Finalmente, devemos enfatizar o fato de que, apesar da aparente melhoria do balanço comercial com a China em 2009, não há porque imaginar uma reversão de tendência histórica de crescentes déficits com a China. Particularmente no que se refere à indústria de transformação, a redução do déficit comercial com aquele país reflete a redução dos preços dos produtos chineses frente à crise internacional e a queda do volume de importação reflete o desaquecimento da economia doméstica. Terminada a crise, espera-se avanço agressivo dos produtos chineses. Esperamos suscitar reflexões e inspirar ações com o estudo, contribuindo o fortalecimento da competitividade da indústria nacional e para o aumento do bem-estar dos cidadãos brasileiros. José Ricardo Roriz Coelho Diretor Titular do Departamento de Competitividade e Tecnologia DECOMTEC.

5 Índice: Introdução... 6 I. Comparação entre os Indicadores de Competitividade de Brasil e China... 9 II. Efeitos sobre a Pauta de Exportação III. Efeitos sobre o Mercado Doméstico Brasileiro IV. Política de Desenvolvimento Produtivo... 31

6 Introdução O Balanço Comercial do Brasil com a China se deteriorou rapidamente entre 2003 e 2008, ano em que atinge um saldo negativo de aproximadamente US$ 3,6 bilhões. Em 2009, entretanto, observa-se uma considerável recuperação da balança comercial causada pelo aumento de 23,8% nas exportações simultaneamente a uma queda de 20,2% nas importações. Com isso, o Balanço Comercial com a China tornou-se superavitário em US$ 4,28 bilhões. (Gráfico 1). Gráfico 1 BRASIL - Balança Comercial com a China (em US$ bilhões de 2009) Importações 15 Exportações 10 5 Saldo - (5) Fonte: COMTRADE e BCB; elaboração FIESP. O principal responsável pela deterioração da balança comercial com a China até 2008 foi o déficit da indústria de transformação, a qual em 2008 chegou ao seu pior resultado em todo o período analisado (Gráfico 2), US$ 16,2 bilhões (Tabela 1). Em 2009, uma redução do déficit comercial da indústria de transformação impactou positivamente para a balança comercial do Brasil com a China que, apesar da melhora, apresentou déficit ainda maior do que aquele verificado em Em outras palavras, a recuperação ocorrida em 2009 não foi suficiente para neutralizar a tendência de queda verificada até 2008.

7 Tabela 1 BRASIL Saldo Comercial com a China segundo a Seção CNAE (em US$ bilhões de novembro de 2009) SEÇÃO CNAE A e B - Agropecuária e Pesca 0,47 0,72 1,06 1,63 1,98 2,27 2,71 3,26 5,66 6,79 C - Indústrias Extrativas 0,38 0,61 0,62 0,89 1,88 2,73 3,84 4,9 6,92 8,72 D - Indústrias de Transformação -1,02-0,62-0,53 0,29-1,6-3,36-6,11-10,11-16,24-11,19 Demais Atividades 0,00 0,00 0,02 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,01 TOTAL -0,17 0,7 1,16 2,81 2,26 1,64 0,44-1,95-3,66 4,33 Fonte: COMTRADE e IBGE; elaboração FIESP. Gráfico 2 BRASIL - Saldo Comercial com a China segundo o Setor (em US$ bilhões de 2009) 10,00 8,00 6,00 4,00 2,00 - (2,00) (4,00) (6,00) (8,00) (10,00) (12,00) (14,00) (16,00) A e B - Agropecuária e Pesca C - Indústrias Extrativas D - Indústrias de Transformação Demais Atividades (18,00) Fonte: COMTRADE, IBGE e OCDE; elaboração FIESP. É importante notar que a queda do saldo comercial da indústria de transformação até 2008 foi acompanhada por um aumento da participação dos produtos chineses no consumo aparente de produtos industriais (Gráfico 3). De 0,4% em 2000, a participação de produtos chineses no mercado de produtos da indústria de transformação cresceu para 2,4% em De qualquer modo, com a redução do déficit comercial verificado em 2009, o coeficiente de penetração dos produtos chineses caiu 8,3% em relação ao ano anterior, passando de 2,4% para 2,2%. Vale notar que, apesar da queda, o coeficiente de penetração nem sequer retornou aos níveis de 2007.

8 Nota-se que o aumento da inserção dos produtos industriais chineses no país não foi causado exclusivamente pela valorização da taxa de câmbio (R$/US$). Em 2002 e 2003, época em que o Real estava se desvalorizando perante o dólar, a penetração dos produtos chineses continuava a se elevar em relação aos anos anteriores. Ainda assim, observa-se que o crescimento da participação dos produtos chineses no mercado brasileiro de manufaturados acelerou-se com a valorização do Real ocorrida a partir de 2003 e que a desvalorização cambial aparentemente contribuiu para a interrupção da tendência sua em 2009 (Gráfico 3). Gráfico 3 INDÚSTRIA - Penetração dos Produtos Chineses vs Câmbio Câmbio Médio (R$/US$) 3,5 Coeficiente de Penetração (em % do Consumo Aparente da Indústria de Transformação) 2,5 3,0 2,9 3,1 2,9 2,4 2,2 2,0 2,5 2,3 2,4 2,2 1,8 2,0 1,8 1,5 1,9 1,8 2,0 1,5 1,5 1,1 1,2 1,0 1,0 0,5 0,4 0,5 0,7 0,8 0,5 0, Fonte: BCB, FUNCEX, IBGE e FGV,; elaboração FIESP. - Diante destes resultados, o Departamento de Competitividade e Tecnologia DECOMTEC da FIESP decidiu analisar mais detalhadamente o ambiente competitivo destes países de forma a procurar respostas para este desempenho negativo do Brasil em relação à China.

9 I. Comparação entre os Indicadores de Competitividade de Brasil e China Inicialmente, chamamos atenção sobre três aspectos do ambiente sistêmico em que as empresas se inserem: o ambiente econômico, o ambiente educacional e o ambiente tecnológico. Tais aspectos serão analisados a seguir, para o período compreendido entre 2000 e Conforme revelado pelo Índice FIESP de Competitividade das Nações - IC-FIESP , o ambiente de negócios no Brasil, apesar das melhoras recentes, é menos favorável à produção do que aquele verificado em países competitivos ou em países semelhantes que servem de benchmark para a economia brasileira 2, como é o caso da China. Em relação ao ambiente de negócios observa-se que o consumo do governo chinês apresentou forte tendência de queda em relação ao PIB, a partir de 2001, fechando a série em 13,9% do PIB (gráfico 4) 3. Já o consumo do governo brasileiro, o qual apresentou queda a partir de 2002, voltou a crescer, ficando em 20,2% do PIB em A carga tributária chinesa, por sua vez, manteve-se relativamente estável na maior parte dos anos analisados. Entretanto, a partir de 2005, apresentou um leve aumento, chegando a 18,3% do PIB em Já carga brasileira, em todos os anos analisados, se manteve elevada e cresceu ainda mais a partir de 2003, chegando a ser de 35,8% do PIB em Embora o volume de carga tributária em parte reflita o volume do consumo do governo, uma boa parcela dela é destinada ao pagamento de juros, os quais historicamente os brasileiros são mais elevados que os chineses. Os juros 4 para depósito no Brasil, mesmo com a volta à normalidade após a crise de confiança de e a queda apresentada a partir de 2005, voltou a subir em 2008, ficando em 12,4% a.a.. Os juros chineses foram em média de 2,3% a.a. no mesmo ano. 1 IC-FIESP é um indicador que avalia a competitividade das principais economias do mundo. São investigados 43 países (mais de 90% da economia mundial), onde estão países em desenvolvimento (como China, Rússia e Índia, que juntos com o Brasil formam o BRIC) e as principais economias latinos-americanas (Chile, Argentina, Venezuela, Colômbia, Brasil e México). 2 FIESP; Índice de Competitividade das Nações - IC-FIESP 2009; São Paulo: FIESP, Setembro de 2009 ( 3 Aqui não foi analisado se isso foi obtido com a contenção de gastos ou com o crescimento do PIB. 4 Juros nominais.

10 Outra diferença muito grande entre o ambiente de negócios no Brasil em relação ao da China é o spread bancário. O spread chinês terminou a série em 3,1%, apresentando certa estabilidade. Já o spread no Brasil ficou em 26,6%. Juros altos e spread bancário alto se traduzem numa enorme diferença da oferta de crédito entre os dois países. A despeito do aumento do crédito verificado no Brasil a diferença ainda é muito grande. O crédito ao setor privado no Brasil representava cerca de 41,5% do PIB em Nesse mesmo ano, o crédito na China representava cerca de 108,3% do PIB. Esse conjunto de fatores, por sua vez, ajuda a explicar a discrepância entre o investimento na China e no Brasil. Na China, a formação bruta de capital fixo FBCF fechou 2008 em 40,9% do PIB. No Brasil, a despeito da recuperação ocorrida, a FBCF ficou em apenas 19,0% do PIB no mesmo ano. Gráfico 4 AMBIENTE DE NEGÓCIOS Carga T ributári a (% do PIB ) Consum o do G overno (% do P IB ) BRA20,2 CHN 13, Fonte: F MI e IMD; elaboração F IESP Juros p/ depósito (% ao ano) BRA 12,4 CHN 2, Spread Bancário (% ao ano) BRA 35,8 CHN 18, BRA 26,6 CHN 3, Crédito ao Setor Privado (% do P IB) CHN 108,3 BRA 41, FB CF (% do PIB ) CHN 40,9 BRA 19,0 Outro aspecto macroeconômico que difere radicalmente entre Brasil e China é a previsibilidade do câmbio (Gráfico 4a). O Governo chinês manteve o Iuan praticamente constante em relação ao Dólar entre 1997 e Isso mostra uma visão estratégica, uma vez que o mercado ameri-

11 cano é o principal mercado do mundo e que as moedas de outros mercados importantes, como a União Européia, se valorizaram em relação à moeda americana. O Real, ao contrário do Iuan, apresentou oscilações fortíssimas no mesmo período, gerando grande incerteza e impossibilitando qualquer planejamento estratégico das empresas exportadoras em relação aos seus principais mercados, além de mostrar uma tendência de valorização perante o dólar. Ressalta-se, porém, que entre 2008 e 2009, o Real apresentou momentos de desvalorização, porém voltou rapidamente à sua trajetória anterior de valorização, o que faz com que os produtos chineses fiquem com preços mais atrativos do que os nacionais, estimulando a importação desses produtos. Gráfico 4a BRASIL vs. CHINA - Câmbio Nominal (moeda local por US$; base: jan-97 = 100) BRASIL CHINA 50 - jan/9797 jan/9898 jan/999 jan/000jan/0101 jan/02 02 jan/0303 jan/0404 jan/0505 jan/0606jan/07 07jan/08 08jan/09 09 Fonte: BCB; elaboração FIESP. Em relação ao ambiente educacional, os números mostram que o Brasil está fazendo o dever de casa já há algum tempo. O gasto em educação do Brasil, em relação ao PIB, mostrou-se consideravelmente maior do que o da China, como se pode ver no Gráfico 5. Dados do Banco Mundial mostram que o Brasil gastou em média 4,9% do PIB por ano entre 2000 e A China, por sua vez, mantém uma média de, aproximadamente, 1,8% do PIB em gastos com educação. Isso explica em parte a superação da escolaridade média brasileira em relação à chine-

12 sa, já que segundo a PNUD 5, a escolaridade média na China piorou entre 2000 e 2008, caindo de cerca de 6,4 para 5,8 anos de escola. No Brasil, a escolaridade média subiu, passando de 4,9 para 6,2 anos de escola. Já em termos de alfabetização, ambos os países apresentam melhora recente. Devemos notar, entretanto, que variáveis como a escolaridade e a taxa de alfabetização 6 apresentam um forte componente inercial. Além disso, apesar da melhora relativa em termos de alfabetização e escolaridade média, o Brasil forma apenas 1,6 engenheiros para cada dez mil habitantes enquanto a China forma cerca de 4,6 (dados de 2005). É importante ressaltar que algumas medidas estão sendo tomadas pelo Governo Federal para melhorar a educação no país, pois, apesar de o gasto com educação, escolaridade e alfabetização terem aumentado com o passar dos anos, a qualidade da educação brasileira continua precária. No entanto, vale lembrar, que essas medidas somente trarão resultados no longo prazo. BRASIL Medidas Voltadas para a Melhoria do Ensino (1) avaliação para crianças de seis a oito anos de idade, para verificar a qualidade do processo de alfabetização dos alunos no momento em que ainda é possível corrigir as distorções; (2) criação de um piso salarial nacional dos professores; (3) ampliação do acesso dos educadores à universidades; (4) criação de um sistema nacional de avaliação de alunos; (5) remuneração de professores segundo desempenho; (6) criação de um programa de progressão na carreira por desempenho; entre outros. Fonte:?;?. 5 Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento PNUD. 6 A evolução para a alfabetização na China foram obtidos por interpolação posto que o Banco Mundial dispunha apenas dos dados para os anos de 2000 e 2007.

13 Gráfico 5 AMBIENTE EDUCACIONAL Escolaridade (número médio de anos na escola) Gasto em educação (% do P IB) BRA 4,9 CHN 1, Alfabet ização Fonte: Banco M undial e PNUD; elaboração FIESP BRA 6,2 CHN 5, (% da popul ação acima de 15 anos) CHN 93,3 BRA 90, FORMAÇÃO DE ENGENHEIROS (2005) CHINA 600 mil form ados 40% dos formandos 4,6 a cada 10 mil hab. BRASIL 30 m il formados 8% dos formandos 1,6 a cada 10 mil hab. Já os indicadores de ciência e tecnologia revelam o contraste entre o esforço tecnológico pela China e aquele realizado pelo Brasil (Quadro 6). Os gastos em pesquisa e desenvolvimento P&D da China cresceram quase continuamente entre 2000 e 2008, saindo de 0,90% do PIB para 1,42% do PIB em Enquanto que o Brasil, apesar do aumento a partir de 2004, atingiu, em 2008, 1,11% do PIB. Além disso, a China vem melhorando sua infra-estrutura tecnológica 7 mais rapidamente que o Brasil, como mostra a histórica do índice de tecnologia para os dois países, o qual foi calculado segundo metodologia desenvolvida pelo Banco Mundial. Os resultados obtidos com tal esforço são muito significantes tanto em termos científicos quanto comerciais. Segundo dados da Organização Mundial de Propriedade Intelectual WIPO, o 7 A série do índice de infra-estrutura tecnológica foi construída também com ajuda de interpolação. Para a China dispunhamos de dados apenas para os anos de 2000, 2002, 2004 e Para o Brasil dispunhamos de dados para 2000, 2005 e 2007.

14 número de patentes de residentes por 10 mil habitantes na China disparou em relação ao número de patentes de residentes no Brasil 8. Embora o número de patentes de não-residentes por 10 mil habitantes 9 do Brasil seja superior ao da China, devemos fazer duas observações. Primeira, a grande população da China esconde os resultados. Segundo, a China vem diminuindo esse gap, o que indica que a situação do Brasil não é muito confortável. Finalmente, e o mais importante, a China demonstra em transformar seus esforços tecnológicos em resultado econômico, o que é indicado aqui pela participação de produtos de alta-tecnologia na pauta de exportações e pelo saldo de serviços tecnológicos da balança comercial. Gráfico 6 AMBIENTE TECNOLÓGICO Gasto em P &D (% do PI B) P atentes de Resi dentes (por 10 mil hab) E xportação de A lta Tecnologia (% das Exportações) 1,7 1,4 1,1 0,8 0,5 Infra-estrutura Tecnol ogi a (índice) 0,30 0,26 0,22 0,18 0,14 0, CHN 1,42 BRA 1,11 Fonte: Banco Mundial, F MI, IMD e WIPO; elaboração F IESP CHN 0,27 BRA 0, ,4 1,2 1,0 0,8 0,6 0,4 0,2 0,0 P atentes de Não-Residentes (por 10 mil hab) 1,2 1,0 0,8 0,6 0,4 0,2 0,0 CHN 1,1 BRA 0, BRA 1,1 CHN 0, BRA 5, Saldo de Serviços T ecnológicos (% do PIB) 0,0 (0,2) (0,4) (0,6) (0,8) CHN 22,5 CHN (0,10) BRA (0,34) Esse é um dos indicadores mais utilizados da capacidade de criar novas tecnologias. 9 O número de patentes de não-residentes é um dos indicadores da capacidade de absorção de novas tecnologias por um país.

15 II. Efeitos sobre a Pauta de Exportação Os efeitos do ambiente de negócios na China em relação àquele verificado no Brasil contribui para a enorme diferença entre o crescimento da participação chinesa nas exportações mundiais e a brasileira. Essa diferença pode ser analisada sob diferentes óticas. Sob a ótica estritamente quantitativa, a participação das exportações chinesas passou de cerca de 7,58% nas exportações mundiais em 1997 para aproximadamente 12,37% em (Gráfico 7). A participação das exportações brasileiras pouco cresceu, passando de 1,08% para 1,36% das exportações mundiais em Das exportações brasileiras, em 2008, 14,0% foram para os Estados Unidos, 8,9% foram para a Argentina e 8,3% foram para a China. Em relação às exportações chinesas, 17,7% tiveram como destino os Estados Unidos, 5,2% vão para a República da Coréia e somente 1,3% para o Brasil. 10 Os dados da China, de 2009, ainda não estavam completos no momento da redação desse documento.

16 Gráfico 7 SHARE DAS EXPORTAÇÕES MUNDIAIS - Brasil vs. China (em %) ,20 9,65 10,15 10,92 11,76 12,09 12,37 China 8 7,58 7,26 7,06 7,55 7, ,24 1,36 1,14 1,23 1,25 1,08 1,03 0,91 0,92 1,00 1,05 1,06 Brasil Fonte: COMTRADE; elaboração FIESP.

17 A análise sob a ótica setorial é muito mostra que a maioria quase absoluta das exportações chinesas refere-se a produtos da indústria de transformação (Gráfico 8). Segundo dados do COMTRADE 11, de US$ 278 bilhões em 2000, as exportações de produtos da indústria manufatureira chinesa passaram a US$ bilhões em As demais exportações chinesas, que somavam US$ 15 bilhões em 2000, atingiram apenas US$ 23 bilhões em Gráfico 8 CHINA - Exportação por Seção CNAE (em US$ bilhões de 2009) A e B - Agropecuária e Pesca C - Indústrias Extrativas D - Indústrias de Transformação Demais Atividades Fonte: COMTRADE, IBGE e OCDE; elaboração FIESP. Há dois fatos mais importantes que o aumento das exportações de produtos manufaturados. Primeiro, é o fato de que os produtos de alta-tecnologia em apenas cinco anos se tornaram o principal item na pauta de exportação chinesa (Gráfico 9). Além disso, a exportação de produtos de média-alta intensidade tecnológica da China praticamente já se igualou ao valor exportado de produtos de baixo conteúdo tecnológico, a segunda categoria da pauta. Portanto, de grande exportador de produtos de baixa intensidade tecnológica, a China se transformou no maior exportador mundial de produtos de alta-tecnologia, superando países que tradicionalmente exportam esse tipo de produto, tais como os Estados Unidos, a Alemanha e o Japão (Tabela 2). Vê-se, por outro lado, que o Brasil, dentre 42 países selecionados, ocupa o 27 lugar no que se refere às exportações de produt os de alta intensidade tecnológica (tabela 11 O COMTRADE é o banco de dados de estatísticas sobre o comércio internacional da Organização das Nações Unidas.

18 2), exportando cerca de US$ 11,1 bilhões em Esse valor corresponde a menos de 3,0% do que a China exportou para o mundo no mesmo ano. Gráfico 9 CHINA - Valor Exportado segundo a Intensidade Tecnológica (em US$ bilhões de 2009) Não Industrializado Baixa Média-Baixa Média-Alta Alta * Considera apenas os produtos com peso declarado, os quais passaram a representar cerca de 95% da pauta a partir de Fonte: COMTRADE, IBGE e OCDE; elaboração FIESP. Em 2008, 51,0% das exportações de alta-tecnologia da China referiam-se a material eletrônico e a aparelhos e equipamentos de comunicações (principalmente aparelhos de transmissão/recepção e seus componentes) e 37,5% se tratavam de máquinas para escritório e equipamentos de informática (principalmente componentes e periféricos para computadores). O segundo fato importante dentro da categoria de produtos de alta-tecnologia é que há um aumento do valor por quilo exportado da China para o mundo, o que indica o aumento da participação de produtos mais sofisticados na pauta comercial chinesa. Verifica-se que o valor por quilo exportado de produtos de alta-tecnologia mais que duplicou nos últimos oito anos, saindo de US$ 22,01 para, aproximadamente, US$ 63,56 por quilo (Gráfico 10). Em 2007, verifica-se que o preço do quilo exportado pela China de produtos com alta intensidade tecnológica aumentou em 52,5% em relação ao ano anterior, atingindo assim o maior nível de toda a série analisada. Em 2008 o valor por quilo exportado caiu 8,2%, entretanto, essa queda não foi suficiente para retornar aos níveis observados nos anos anteriores a 2007 (Gráfico 10).

19 Tabela 2 MUNDO Exportadores Selecionados de Produtos de Alta Tecnologia (em US$ bilhões de 2009) País China 40,2 45,7 51,9 69,5 88,1 106,6 159,9 226,3 289,0 355,5 405,6 434,8 Estados Unidos 216,7 227,9 242,8 273,6 251,0 228,7 233,4 258,9 278,2 317,7 300,3 307,4 Alemanha 104,4 115,9 121,6 126,0 130,6 135,3 152,8 190,7 201,9 221,5 210,7 218,9 Japão 170,7 152,3 162,8 189,7 163,7 137,7 151,6 173,2 163,2 161,7 123,4 121,2 France 77,1 86,3 85,9 88,9 85,6 82,2 87,9 99,9 103,5 114,8 108,0 118,5 Cingapura 96,7 84,9 88,3 103,2 94,4 85,6 99,1 120,0 127,8 147,0 124,1 118,1 Rep. of Korea 51,5 49,0 62,7 79,1 73,3 67,6 80,9 103,5 107,7 112,9 88,1 90,7 Inglaterra 106,9 108,6 107,3 102,8 100,5 98,1 92,7 96,1 112,8 148,4 87,3 84,2 Netherlands 58,7 55,2 60,5 66,4 60,7 55,0 75,3 93,1 98,7 105,3 94,5 83,8 Switzerland 30,8 32,8 35,7 34,2 37,0 39,8 46,0 52,9 57,3 63,3 70,5 81,4 Belgium ,0 29,2 37,0 44,9 52,0 58,7 62,7 63,4 68,8 72,6 Mexico 31,0 36,7 42,3 51,7 50,0 48,3 47,2 52,3 54,3 63,4 62,7 68,6 Malaysia 54,0 52,1 62,9 71,5 67,2 62,8 63,8 70,6 73,0 79,3 78,5 55,4 Ireland 32,8 41,8 45,8 49,9 54,2 58,5 54,1 60,9 59,6 53,5 50,2 53,6 Italy 29,6 31,5 31,5 34,1 34,5 34,8 36,3 40,5 42,2 42,9 43,7 44,8 Canada 29,6 30,8 32,9 43,7 36,3 28,9 29,5 32,1 35,7 38,7 38,7 36,8 Thailand ,5 26,7 24,9 23,1 27,1 30,3 32,1 37,4 32,4 32,5 Sweden 25,4 26,8 26,4 29,0 25,4 21,8 25,0 29,4 29,3 31,2 28,2 29,4 Philippines ,5 31,7 29,8 29,3 28,9 28,1 29,8 31,8 27,7 Hungary 5,1 6,7 8,1 10,3 11,0 11,7 15,4 21,1 20,9 23,1 24,0 26,4 Spain 11,4 12,2 13,3 13,2 14,0 14,9 18,3 19,8 21,7 22,3 21,2 22,1 Czech Republic - 3,0 2,9 3,3 4,9 6,5 8,0 11,8 12,5 16,6 17,7 20,4 Austria 8,3 8,9 9,1 10,8 11,6 12,3 14,5 18,4 16,2 17,6 18,7 19,0 Finland 10,0 12,2 12,7 15,2 14,0 12,7 14,3 14,6 17,8 17,6 17,1 17,9 Denmark - 9,9 11,1 11,0 12,0 13,0 13,7 15,5 17,2 17,4 16,4 16,3 Israel 8,5 9,4 10,4 13,7 12,1 10,5 10,1 12,1 9,4 11,1 9,8 14,8 Brazil 3,5 4,3 5,3 8,5 7,8 7,1 6,0 7,6 9,7 10,0 10,4 11,1 India 2,2 1,9 2,2 2,8 3,2 3,6 4,3 4,6 5,5 6,5 7,8 10,7 Poland 1,9 2,3 2,1 2,4 2,8 3,2 3,8 4,9 5,9 8,3 6,4 10,0 Australia 5,7 4,9 5,2 5,6 5,5 5,4 5,5 6,3 7,1 7,3 8,0 8,6 Indonesia 4,8 3,9 4,7 10,3 9,5 8,6 7,8 8,8 9,4 8,3 7,2 7,4 Norway 3,0 3,1 3,0 3,0 3,5 4,0 3,7 4,0 4,2 4,7 5,4 5,8 Russian Federation 1,9 2,6 2,1 2,4 3,6 4,8 5,4 5,3 3,1 4,2 3,4 3,5 Portugal 2,2 2,4 2,8 3,0 3,1 3,1 4,2 4,6 4,4 4,9 3,5 3,4 Greece 0,5 0,8 0,9 1,1 1,1 1,1 1,7 1,8 2,1 2,2 2,1 2,5 South Africa ,2 1,1 0,9 1,1 1,4 1,9 2,0 1,9 2,1 Turkey 1,2 1,7 2,1 2,5 2,5 2,5 3,4 4,6 4,4 2,1 2,2 1,9 Argentina 0,7 0,7 0,8 1,0 0,8 0,7 0,7 0,7 0,8 1,1 1,2 1,8 New Zealand 0,8 0,6 0,8 0,7 0,8 0,8 0,9 1,1 1,2 1,4 1,2 1,3 Colombia 0,3 0,3 0,3 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4 0,5 0,5 0,5 0,7 Chile 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,2 0,2 0,2 0,2 0,3 Venezuela 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,2 0,2 0,2 0,1 0,1 0,0 0,1 Fonte: COMTRADE e OCDE; elaboração FIESP.

20 Gráfico 10 CHINA - Valor por Kg Exportado (em US$* por Kg) ,01 Não Industrializado Baixa Média-Baixa Média-Alta Alta 22,31 24,84 30,12 37,63 42,48 45,37 69,21 63, ,20 2,07 2,23 2,32 2,52 2,92 3,08 3,72 4, * Considera apenas os produtos com peso declarado, os quais passaram a representar cerca de 95% da pauta a partir de Fonte: COMTRADE, IBGE e OCDE; elaboração FIESP. Apenas para efeito de comparação, os produtos de alta-tecnologia somaram apenas 5,9% do valor exportado pelo Brasil, em 2009 (Gráfico 11), dos quais 56,0% referem-se a outros equipamentos de transporte (principalmente aviões) e 23,4% referem-se a material eletrônico e a aparelhos e equipamentos de comunicações (principalmente aparelhos de transmissão/recepção). É importante observar que, no Brasil, todas as categorias de intensidade tecnológica sofreram redução de exportações no ano de 2009, o que pode ser considerado um reflexo da crise financeira de 2008, que contraiu a demanda agregada mundial. Com a queda ocorrida em 2009, algumas categorias de intensidade tecnológica, como de média-alta e média-baixa, caíram muito abaixo do que o verificado em Além disso, após 2007, as exportações brasileiras de produtos não-industrializados superaram as exportações de produtos de baixa intensidade tecnológica (Gráfico 11). Também é importante notar que a crise gerou uma queda de 8,2% no preço dos produtos de alta tecnologia exportados pela China em Essa queda encobriu parcialmente o aumento de 21,2% das exportações chinesas em volume (Kg).

21 Gráfico 11 BRASIL - Exportação por Intensidade Tecnológica (em US$ bilhões de 2009) Não Industrializado Baixa Média-Baixa Média-Alta Alta Fonte: COMTRADE, IBGE e OCDE; elaboração FIESP. O valor por quilo das exportações brasileiras de alta tecnologia, além de oscilar, não aumentou na mesma proporção que o da China. Foi de US$ 22,91 para apenas US$ 36,70 por quilo, entre 1997 e 2009 (Gráfico 12). A conseqüência, a despeito do aumento do preço das commodities agrícolas e minerais, não poderia ser diferente. O valor médio por quilo das exportações chinesas, que em 2000 era praticamente igual ao do Brasil, decolou: de US$ 0,27 para US$ 1,18 por quilo. Já o valor médio por quilo das exportações brasileiras subiu apenas para US$ 0,33 por quilo. (Gráfico 13)

22 Gráfico 12 BRASIL - Valor por Kg segundo a Intensidade Tecnológica* (em US$* por Kg) Não Industrializado Baixa Média-Baixa Média-Alta Alta 34,56 35,43 36,61 36, ,80 22,91 25,63 26,64 22,48 26,00 28,39 27, , ,32 3,12 2,49 2,54 2,63 2,37 2,40 2,77 3,14 3,34 3,53 4,16 3, * Considera apenas os produtos com peso declarado. Fonte: COMTRADE, IBGE e OCDE; elaboração FIESP. Gráfico 13 BRASIL vs. CHINA - Valor por Kg Exportado (em US$* por Kg) 1,40 1,20 1,18 CHINA 1,00 0,98 0,82 0,80 0,62 0,60 0,46 0,45 BRASIL 0,40 0,20 0,27 0,27 0,25 0,29 0,31 0,24 0,26 0,28 0,32 0,33 0,35 0,40 0, * Considera apenas os produtos com peso declarado Fonte: COMTRADE, IBGE e OCDE; elaboração FIESP.

23 III. Efeitos sobre o Mercado Doméstico Brasileiro Olhando para o mercado doméstico, nota-se que as importações de produtos chineses cresceram de US$ 1,2 bilhões para US$ 15,9 bilhões em 2009, aumentado sua participação relativa na pauta de importações brasileira de 2,0% para 12,5% entre 1997 e Assim, de décimo, a China passou a segundo maior exportador para o Brasil, somente atrás dos Estados Unidos, em Entretanto, mais uma vez observa-se que a crise mundial de 2008 impactou negativamente as importações de produtos chineses pelo Brasil, o que reflete tanto a redução de preços, em resposta à menor demanda mundial, quanto do menor volume, decorrente do desaquecimento da economia brasileira. Apesar da queda, porém, as importações em 2009 foram maiores que as de Esta evolução das importações brasileiras da China revela que o esforço comercial chinês empregado para atuar nos mercados globais, aumentando sua competitividade, foi o grande causador do resultado. Isso porque, apesar da cotação do dólar em 2009 estar bem próxima àquela verificada nos anos de 2000 e 2001, as importações de 2009 superaram em mais de 13 vezes as importações do início da década (Gráfico 14). Gráfico 14 BRASIL - Importação da China vs. Câmbio Importação (em US$ bilhões) Câmbio Médio (em R$/US$) 25 3,5 20 2,92 3,08 2,93 3,0 2, ,35 1,83 1,95 2,00 1,83 2,43 2,18 US$ 15,9 bilhões 2,0 1,5 1,0 5 US$ 1,2 bilhões 0, ,0 Fonte: BCB e COMTRADE; elaboração FIESP.

24 Além disso, assim como ocorreu nas exportações da China para o mundo, a alta-tecnologia passou a ser predominante na pauta de importação brasileira de produtos chineses (Gráfico 15). Em termos relativos, a alta-tecnologia passou de 25,1% para 36,3% do total de produtos importados da China. Em 2009, 58,1 % das importações brasileiras de produtos chineses referiam-se a eletrônicos e a aparelhos e equipamentos de comunicações (principalmente componentes para aparelhos de transmissão/recepção) e 23,4% foram de máquinas para escritório e equipamentos de informática (principalmente componentes e periféricos para computadores). Gráfico 15 BRA - Imp. de Produtos Chineses por Int. Tecnológica (em US$ bilhões de 2009) Não Industrializado Baixa Média-Baixa Média-Alta Alta Fonte: COMTRADE, IBGE e OCDE; elaboração FIESP. Do ponto de vista da penetração dos produtos no mercado brasileiro 12, observamos que o principal avanço recente ocorreu em atividades 13 em que a penetração de produtos importados já 12 O índice de penetração refere-se à participação dos produtos importados no consumo aparente. Este, por sua vez, é igual ao valor da produção somado ao valor das importações e subtraído o valor das exportações.

25 era grande e nos quais a China vem se especializando (Gráfico 10). São eles: eletrônicos e a aparelhos e equipamentos de comunicações (CNAE 32); máquinas para escritório e equipamentos de informática (CNAE 30); e equipamentos de instrumentação médico-hospitalares, instrumentos de precisão e ópticos, equipamentos para automação industrial, cronômetros e relógios (CNAE 33). Nesses três setores, a variação das importações da China em relação ao consumo aparente foram superiores ao aumento total das importações. A participação dos produtos importados no consumo aparente de instrumentos de precisão e ópticos, equipamentos para automação industrial, cronômetros e relógios (CNAE 33) avançou de 47,0% em 1997 para 49,8% em 2009, um aumento de 2,8 pontos percentuais (Gráfico ). A penetração dos produtos chineses desse setor avançou de aproximadamente 0,8% para a- proximadamente 8,4% no mesmo período. Arredondando, o aumento da participação dos produtos chineses no CNAE 33 foi de 7,5 pontos percentuais. No setor de eletrônicos e a aparelhos e equipamentos de comunicações (CNAE 32), a penetração dos produtos importados aumentou de 32,5% em 1997 para 43,9% em Foi o maior avanço de todos os setores (11,4 pontos percentuais). Os produtos chineses avançaram de 1,0% para 16,1%, ou seja, um aumento de 15,1 pontos percentuais. Também aqui o avanço foi o maior entre os de todos os setores. O setor de máquinas para escritório e equipamentos de informática (CNAE 30) apresenta uma peculiaridade em relação aos anteriores, a redução do grau de penetração dos produtos importados em geral. Os motivos dessa redução não foram analisados neste estudo, podendo refletir uma tendência de queda do valor desses produtos de uma maneira geral ou a concorrência por preço dos produtos chineses 15. O fato é que os produtos chineses deste setor avançaram vigorosamente, de cerca de 1,8% para algo em torno de 15,9%. Isso significa um aumento de 14,1 pontos percentuais, aproximadamente. O saldo comercial com a China deteriorou-se para a grande maioria dos segmentos da indústria de transformação (Gráfico 17). 13 Compatibilizamos os dados de comércio exterior com as atividades utilizando a tabela de correspondência entre a Nomenclatura Comum do Mercosul NCM e a Classificação Nacional de Atividades Econômicas CNAE fornecida pelo IBGE. 14 Os setores foram organizados de acordo com a penetração do total dos produtos importados em É importante lembrar que o Real, em 1997, mantinha uma relação de paridade com o Dólar.

26 Gráfico 16 BRASIL - Coeficiente de Penetração por Setor vs (em % do Consumo Aparente) Var do Total Total China Var da China 32 Eletrônicos 30 Eqtos de informatica 31 Aps e mats elétricos 33 Instrumentos de precisão 29 Máquinas e equipamentos 24 Químicos 36 Indústrias diversas 19 Couros e calçados 17 Texteis 18 Vestuário e acessórios 28 Produtos de metal 27 Metalurgia basica 25 Plásticos 23 Combustíveis 35 Outros eqtos de transporte 26 Produtos não-metálicos 34 Veículos 15 Alimentos e bebidas 21 Papel e celulose 20 Produtos de madeira 22 Impresssos 16 Fumo 32,5 46,7 22,6 47,0 33,6 18,4 9,4 7,6 7,9 4,6 7,9 11,5 9,8 7,6 33,5 5,3 15,0 5,2 10,5 4,7 3,8 0,9 43,9 36,9 (9,8) 24,5 49,8 29,1 (4,6) 21,5 9,3 (0,2) 6,2 (1,4) 13,6 6,2 1,6 10,1 10,1 (1,4) 12,0 7,4 (0,2) 18,0 (15,5) 4,4 (0,9) 13,3 (1,7) 3,1 (2,1) 5,5 (5,0) 1,7 (2,9) 2,5 (1,3) 0,1 (0,8) 1,9 2,8 3,1 5,7 2,2 2,2 11,4 5,5 7,5 3,1 1,3 3,5 2,3 5,1 2,1 1,4 0,9 1,2 (0,3) 0,4 0,8 0,3 0,1 0,2 0,1 0,4 0,0 15,1 14,1 Fonte: COMTRADE e IBGE; elaboração FIESP. Gráfico 17 BRASIL - Saldo Comercial com a China, por Setor vs (em US$ bilhões) Diferença 32 Eletrônicos 30 Eqtos de informatica 31 Aps e mats elétricos 33 Instrumentos de precisão 29 Máquinas e equipamentos 24 Químicos 36 Indústrias diversas 19 Couros e calçados 17 Texteis 18 Vestuário e acessórios 28 Produtos de metal 27 Metalurgia basica 25 Plásticos 23 Combustíveis 35 Outros eqtos de transporte 26 Produtos não-metálicos 34 Veículos 15 Alimentos e bebidas 21 Papel e celulose 20 Produtos de madeira 22 Impresssos 16 Fumo (0,2) (0,1) (0,1) (0,0) (0,1) (0,1) (0,1) (0,1) (0,0) (0,1) (0,0) (0,0) (0,1) (0,0) (0,0) 0,0 0,0 0,0 (0,0) (0,0) - 0,5 (1,5) (1,3) (0,7) (1,7) (1,1) (0,6) (0,1) (0,8) (0,4) (0,4) (0,4) (0,2) (0,2) (0,1) (3,3) 0,2 0,2 0,8 0,5 1,1 0,0 0,0 (1,4) (1,2) (0,7) (1,6) (1,0) (0,5) (0,0) (0,8) (0,3) (0,4) (0,3) (0,2) (0,2) (0,0) (0,1) (3,1) 0,2 0,2 0,8 1,0 0,0 0,0 Fonte: COMTRADE e IBGE; elaboração FIESP.

27 Foi elaborado um ranking dos setores mais afetados pela penetração dos produtos chineses com base em duas variáveis: valor médio das importações chinesas e média dos coeficientes de penetração no período de 2002 a 2009 (Gráfico 18). O critério de valor médio das importações foi adotado em função de sua importância sobre o saldo da balança comercial brasileira e de seus desdobramentos macroeconômicos. Já a média dos coeficientes de penetração dos produtos chineses foi utilizado por estar associado faturamento da indústria. Gráfico 18 BRASIL - Impacto das Importações Chinesas Média da Importação da China no período (em US$ milhões) Média do Consumo Aparente (em R$) Q2 Q1 Eletrônicos Q4 Químicos Metalurgia Combustíveis Produtos de Metal Máquinas e equipamentos Têxteis Diversos Elétricos Instrumentos de precisão Eqtos de informática Vestuário Couros e - calçados Q3 Minerais nãometálicos Alimentos e Veículos bebidas automotores (500) (2) Fonte: COMTRADE e IBGE; elaboração FIESP. Coeficiente de Penetração Médio no período (em %) Com base nesses critérios, os setores foram separados em quatro grupos (sintetizados na Tabela 3): Q1: Setores que apresentam alto valor médio das importações chinesas e alto grau de penetração chinês. Fabricação de material eletrônico e de aparelhos e equipamentos de comunicações; Fabricação de máquinas para escritório e equipamentos de informática;

28 Fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos; Fabricação de equipamentos de instrumentação médico-hospitalares, instrumentos de precisão e ópticos, equipamentos para automação industrial, cronômetros e relógios; Fabricação de produtos têxteis. A média do valor do material eletrônico e de aparelhos e equipamentos de comunicações importados da China, entre 2002 e 2009, foi de, aproximadamente, US$ 2,1 bilhões, o que representou aproximadamente 10,0% do consumo aparente nesse período. A importação média de máquinas para escritório e equipamentos de informática da China entre 2002 e 2009 foi de US$ 774,5 milhões ou cerca de 10,2% do consumo aparente do setor. As de máquinas, aparelhos e materiais elétricos somaram US$ 696,2 milhões, 4,0% do consumo aparente de produtos do setor. A importação de equipamentos de instrumentação médico-hospitalares, instrumentos de precisão e ópticos, equipamentos para automação industrial, cronômetros e relógios registrou uma média de US$ 477,5 milhões, coeficiente de penetração de 6,9%. Finalmente, a importação de produtos têxteis somou US$ 417,2 milhões, o que correspondeu 3,2% do consumo aparente de produtos do setor. Q2: Setores que apresentam alto valor médio das importações chinesas e baixo grau de penetração chinês. São setores cujos mercados são relativamente maiores que os do quadrante Q1: Fabricação de máquinas e equipamentos; Fabricação de produtos químicos. As importações chinesas de produtos químicos, em média, foram de US$ 993,3 milhões entre 2002 e Isso representou cerca de 1,2% do consumo aparente no mercado doméstico no mesmo período. Já em termos de máquinas e equipamentos, a importação média da China foi de US$ 853,8 milhões ou 2,0% do consumo aparente. Chama a atenção que a penetração das máquinas e equipamentos chineses aumentou enquanto que a penetração do total de máquinas e equipamentos importados se retraiu. Q3: Setores que apresentam baixo valor médio das importações chinesas e alto grau de penetração chinês. Fabricação de móveis e indústrias diversas;

29 Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos de viagem e calçados. As importações de móveis e indústrias diversas em média atingiram US$ 293,3 milhões entre 2002 e 2009, o que representou cerca 3,3% do consumo aparente do setor. A média de importação de artefatos de couro, artigos de viagem e calçados no mesmo intervalo de tempo foi de US$ 205,1 milhões ou 3,0% do consumo aparente do setor. Q4: Setores que apresentam baixo valor médio das importações chinesas e baixo grau de penetração chinês. Confecção de artigos do vestuário e acessórios Fabricação de artigos de borracha e de material plástico Fabricação de produtos alimentícios e bebidas Fabricação de produtos do fumo Fabricação de produtos de madeira Fabricação de celulose, papel e produtos de papel Edição, impressão e reprodução de gravações Fabricação de coque, refino de petróleo, elaboração de combustíveis nucleares e produção de álcool Fabricação de produtos de minerais não-metálicos Metalurgia básica Fabricação de produtos de metal - exclusive máquinas e equipamentos Fabricação e montagem de veículos automotores, reboques e carrocerias Fabricação de outros equipamentos de transporte Dentre esses setores, o de Metalurgia Básica foi o que mais importou da China, no período, US$ 325,8 milhões, o que representou apenas 0,7% do consumo aparente do setor. Por outro lado, o setor que menos importou 16 foi o de Fabricação de Produtos de Madeira, US$ 9,6 milhões, o que representou 0,2% do consumo aparente do setor. 16 Desconsiderando o setor de produtos do fumo que nada importou da China.

30 Tabela 3 INDÚSTRIA DE TRANFORMAÇÃO - Ranking dos Setores mais Afetados 2009 Importação da China RANK CNAE DESCRIÇÃO US$ milhões (2009) Participação (2009) Acumulado (2009) Cresc. Médio ( ) %a.a. Coeficiente de Penetração Média (%) 2009 (%) Cresc. Médio ( ) %a.a Eletrônicos ,8% 22,8% 39,8 10,0 16,1 29, Equipamentos de informática ,9% 32,7% 45,3 10,2 15,9 28, Materiais elétricos ,8% 41,5% 41,9 4,0 6,1 26, Instrumentos de precisão 761 5,1% 46,6% 36,6 6,9 8,4 19, Têxteis 850 5,7% 52,2% 47,2 3,2 5,5 34, Maquinas e equipamentos ,3% 64,6% 55,1 2,0 3,5 35, Químicos ,8% 75,3% 31,9 1,2 1,5 17, Indústrias diversas 596 4,0% 79,3% 35,2 3,3 5,1 21, Couros e calçados 395 2,6% 81,9% 33,4 3,0 3,9 21, Vestuário e acessórios 442 2,9% 84,9% 42,4 2,1 3,8 24, Borracha e plástico 388 2,6% 87,5% 54,0 0,8 1,4 36, Metalurgia Básica 592 3,9% 91,4% 55,5 0,7 1,0 32, Produtos de metal 408 2,7% 94,1% 44,2 1,0 1,7 27, Veículos 218 1,5% 95,6% 70,7 0,1 0,3 44, Outros eqtos. de transporte 199 1,3% 96,9% 41,3 0,9 0,7 9, Minerais não-metálicos 175 1,2% 98,0% 41,3 0,7 0,9 26, Produtos alimentícios e bebidas 140 0,9% 99,0% 43,2 0,1 0,1 26, Celulose e papel 61 0,4% 99,4% 81,3 0,1 0,3 61, Impressos 61 0,4% 99,8% 69,6 0,2 0,4 56, Produtos de madeira 17 0,1% 99,9% 35,0 0,2 0,3 16, Combustíveis 16 0,1% 100,0% (25,8) 0,4 0,0 (34,0) Produtos do fumo 0 0,0% 100,0% 0,0 0,0 0,0 0,0 TOTAL ,0% Fonte: COMTRADE e IBGE; elaboração FIESP. Equipe Técnica da Área de Competitividade 23/04/10 30 / 32

31 IV. Política de Desenvolvimento Produtivo Diante deste cenário de baixa competitividade de nossa economia frente à China e do resultado que se materializa na crescente penetração dos produtos chineses em setores de alta tecnologia de nosso tecido industrial o governo vem propondo algumas medidas no âmbito da Política Industrial PDP. A intenção de aumentar investimentos fixos, investimentos em P&D, exportação e inserção internacional de PMEs fez com que o governo criasse, prorrogasse e sistematizasse instrumentos de apoio já existentes de forma a fortalecer e diversificar a estrutura produtiva do Brasil. A política também conta com mecanismos de apoio específicos para o setor de TICs (Tecnologia de Informação e Comunicação) que, como vimos, é um dos setores mais afetado pela penetração dos produtos chineses. Dentre os objetivos da Política industrial para este setor podemos destacar: Implantar 2 empresas de circuito integrado Aumentar o número de design houses do programa CI Brasil de 7 para 14 e fortalecer a sua atuação. Instalar uma empresa de manufatura de painéis delgados com tecnologia emergente. Instalar uma empresa fornecedora global de insumos para displays. Reduzir a penetração de importações de TICs do complexo eletrônico para 30%. Interromper a trajetória ascendente do déficit comercial do complexo eletrônico. Para alcançar os objetivos propostos para o setor a PDP prevê mecanismos de desonerações específicos para o setor de TICs como: Dedução em dobro da base de cálculo do IRPJ e da CSLL das despesas com capacitação com pessoal próprio; Permissão para que as empresas possam reduzir da base de cálculo do IRPJ e da CSLL os dispêndios relativos a P&D&I multiplicados por um fator de até 1,8; Equipe Técnica da Área de Competitividade 23/04/10 31 / 32

32 Redução da contribuição patronal para a seguridade social sobre a folha de pagamento de 20% para até 10%, e da contribuição para o Sistema S para até zero de acordo com a participação das exportações no faturamento da empresa; Diminuição das alíquotas do II sobre bens de capital e insumos para fabricação de circuitos integrados e displays; Ampliar a definição de empresa predominantemente exportadora (de 80% para 50% do faturamento) para efeito de suspensão do PIS/COFINS na aquisição de bens de capital (REPES). Apesar de o conjunto de iniciativas propostas na nova Política Industrial ser extremamente positivo, é preciso ficar atento para algumas questões que precisam ser tratadas com mais cuidado. A Política Macroeconômica não pode ser antagônica à estratégia de desenvolvimento industrial. Portanto, pensar em aumentar investimentos por meio da Política Industrial não pode ser contraposto pelo aumento da Taxa Selic, assim como propor metas de aumento de exportação não pode se contrapor às constantes valorizações do câmbio. As equalizações e desonerações tributárias da PDP precisam ser ampliadas, haja vista que uma carga total de cerca de 35% do PIB tira competitividade de nossas empresas, dificultando, por exemplo, nossas condições de competição com a China. As ações propostas pelo governo são bem vindas, mas necessitam ser ampliadas de forma a se tornarem efetivamente eficazes na promoção da equalização do nosso ambiente competitivo com o de nossos concorrentes internacionais. Equipe Técnica da Área de Competitividade 23/04/10 32 / 32

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