Manifestações Reumáticas associadas ao Vírus Linfotrópico Humano de Células T do Tipo I (HTLV-I) (*)

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Manifestações Reumáticas associadas ao Vírus Linfotrópico Humano de Células T do Tipo I (HTLV-I) (*)"

Transcrição

1 ARTIGO DE REVISÃO REVIEW ARTICLE Manifestações Reumáticas associadas ao Vírus Linfotrópico Humano de Células T do Tipo I (HTLV-I) Manifestações Reumáticas associadas ao Vírus Linfotrópico Humano de Células T do Tipo I (HTLV-I) (*) Rheumatic Manifestations associated with the Human T-Cell Lymphotropic Virus Type I (HTLV-I) Boris A. Cruz (1), Bernadete Catalan-Soares (2), Fernando Proietti (3) RESUMO O vírus linfotrópico humano de células T tipo I (HTLV-I) é reconhecido como agente etiológico da leucemia de células T do adulto. O HTLV-I é também relacionado a uma mielopatia crônica, que inclui agressão inflamatória (auto) imune-mediada em sua patogênese. Outras síndromes auto-imunes, dentre as quais artrite reumatóide e síndrome de Sjögren são descritas em pacientes infectados. Nestes pacientes, estas condições clínicas parecem ser o resultado da interação entre o vírus como fator do ambiente e susceptibilidade do hospedeiro, levando ao funcionamento aberrante de mecanismos imuno-moduladores, proliferação celular e inflamação. O estudo dos aspectos clínicos e imunológicos das manifestações reumáticas associadas ao HTLV-I pode contribuir para o melhor entendimento das doenças auto-imunes. Palavras-chave: HTLV-I, manifestações reumáticas, artrite reumatóide, síndrome de Sjögren, fibromialgia. ABSTRACT The Human T-Cell Lymphotropic Virus Type I is known as the etiologic agent of Adult T-Cell Leukemia. The HTLV-I is also related to a chronic myelopathy, which includes (auto) immunemediated inflammatory injury in its pathogenesis. Other autoimmune syndromes such as Rheumatoid Arthritis and Sjögren s Syndrome are reported in infected patients. In those patients, these clinical conditions seem to be the result of the interaction between the virus as an environmental agent and host susceptibility, leading to an aberrant functioning of immunomodulatory mechanisms, cellular proliferation and inflammation. The study of clinical and immunological aspects of the HTLV-I-associated rheumatic manifestations may contribute to the better understanding of the auto-immune diseases. Keywords: HTLV-I, rheumatic manifestations, rheumatoid arthritis, Sjögren s syndrome, fibromyalgia. INTRODUÇÃO Doenças reumáticas auto-imunes são síndromes clínicas em que o dano tissular acontece a partir de uma resposta do sistema imunológico a auto-antígenos (1). Genericamente, tais doenças podem ser entendidas como o resultado da interação entre predisposição genética e fatores ambientais (1,2). Em diferentes estudos, um número crescente de agentes infecciosos, incluindo bactérias e vírus, vêm sendo descritos como fatores do ambiente capazes de deflagrar condições auto-imunes. Particularmente determinados patógenos linfotrópicos como o vírus da imunodeficiência humana e o vírus da hepatite C, por meio de mimetismo molecular e/ou imunomodulação, podem induzir reatividade cruzada contra auto-antígenos e funcionamento aberrante de linfócitos B e T, causando inflamação e expressão clínica da doença (1-4). O vírus linfotrópico humano de células tipo I (HTLV-I), classificado como membro da família oncoretroviridae, foi inicialmente descrito como agente causador da leucemia de células T do adulto (ATLL) (5,6,8). O HTLV-I é também impli- * Trabalho realizado na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, MG, Brasil, com a participação do Grupo Interdisciplinar de Pesquisa em HTLV-I/II (GIPH). Recebido em 24/10/2004. Aprovado, após revisão, em 25/11/ Especialista em Reumatologia. Serviço de Reumatologia do BIOCOR Instituto, Nova Lima, MG, Brasil. Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da UFMG. 2. Mestre em Medicina. Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da UFMG. Hemocentro de Belo Horizonte/Fundação Hemominas, Belo Horizonte, MG, Brasil. 3. Doutor em Ciências da Saúde. Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da UFMG. Endereço para correspondência: Dr. Boris Afonso Cruz. Rua Fernandes Tourinho, 999, sala 107, CEP , Belo Horizonte, MG, Brasil. Tel. (31) ; fax (31) ; boriscruz@terra.com.br 71

2 Cruz et al. cado como agente etiológico de uma forma de mielopatia crônica progressiva, denominada mielopatia associada ao HTLV-I/paraparesia espástica tropical (HAM/TSP) (7,8). Além destas síndromes, uma série de outras condições inflamatórias vêm sendo associadas ao HTLV-I, dentre as quais doenças reumáticas como artrite reumatóide e síndrome de Sjögren. O objetivo desta revisão é discutir os aspectos clínico-epidemiológicos e imunopatogênicos das manifestações reumáticas descritas em pacientes infectados pelo HTLV-I. ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS E CLÍNICOS DA INFECÇÃO PELO HTLV-I A partir de sua descrição em 1980, estudos sero-epidemiológicos mostraram alta prevalência (>10%) de HTLV-I em adultos saudáveis no sudoeste do Japão e taxas moderadas no Caribe e África ocidental (8). Estudos na América Latina mostram números expressivos em praticamente todos os países. No Brasil, a prevalência média relatada em doadores de sangue é de 0,46%, com taxas variáveis nas diferentes regiões do país. Esta taxa é 20 a 100 vezes maior que nos Estados Unidos ou na Europa. Tais dados, associados à extensão territorial do país e a sua população, sugerem que o Brasil tem cerca de 2,5 milhões de indivíduos sero-positivos para HTLV-I/II possivelmente o maior número absoluto de indivíduos infectados no mundo (9,10). A transmissão do vírus ocorre por contato sexual, inoculação parenteral como doação de sangue não-triado ou compartilhamento de agulhas por usuários de drogas injetáveis e verticalmente (de mãe para filho), predominantemente por meio do aleitamento materno. Na infância, a soropositividade para HTLV-I é muito baixa e aumenta a partir da adolescência e início da idade adulta, sendo este aumento mais acentuado em mulheres que em homens (8,9). O diagnóstico da infecção se faz a partir de dois tipos de testes: a) testes sorológicos de triagem, como aglutinação de partículas de látex ou ELISA (Enzyme linked immunosorbent assay) que não diferenciam as infecções entre os vírus do tipo I e do tipo II e b) testes sorológicos com maior acurácia como o Westernblot ou Imunoblot, que são utilizados como testes confirmatórios. Estes testes são capazes de identificar separadamente os dois tipos de HTLV, a partir da análise de diferentes antígenos virais. O teste de reação em cadeia de polimerase (PCR) é mais sensível e específico que os métodos anteriores. Apresenta ainda a vantagem de não ser dependente da presença de anticorpos, permitindo diagnósticos mais precoces a partir de sangue ou qualquer outro tecido corporal. A sua utilização, no entanto, é ainda restrita a pesquisas científicas, em razão de seu maior custo (8-10). 72 Até 5% dos indivíduos infectados pelo HTLV-I evoluem com HAM/TSP e cerca de 1% desenvolvem ATLL. Estas duas doenças têm patogenias distintas e raramente coexistem em um mesmo paciente. Uma série de características do vírus e do hospedeiro como cepas diferentes, carga viral e polimorfismo de haplótipos HLA vêm sendo estudados como fatores determinantes da evolução da infecção, mas a contribuição relativa destes fatores na patogênese de ATLL e HAM/TSP não está estabelecida (8-11). O HTLV-II foi inicialmente isolado de dois pacientes com uma forma atípica de leucemia de células pilosas, mas esta associação não foi confirmada posteriormente. Existem raros casos descritos de doença neurológica em pacientes infectados. Alguns estudos sugerem maior predisposição a infecções bacterianas nestes indivíduos, mas até o momento não existem evidências definitivas da associação entre HTLV-II e síndromes clínicas específicas (10,11). O HTLV-I E DOENÇAS REUMÁTICAS Em uma série de estudos, é descrita a associação entre HTLV-I e artropatia inflamatória crônica. O primeiro relato da associação entre HTLV-I e artrite ocorreu em uma mulher de 79 anos com ATLL (12). Seguiu-se a descrição de um grupo de pacientes infectados por HTLV-I com artropatia crônica caracterizada por proliferação sinovial com importante destruição óssea e cartilaginosa, denominada a princípio como artropatia associada ao HTLV-I (13). Novos estudos demonstraram, no entanto, que tal condição é clínica e histologicamente indistinta da artrite reumatóide (14,15). Estudos epidemiológicos descrevem a associação entre HTLV-I e artrite reumatóide. Em um estudo observacional transversal realizado na ilha de Tsushima, onde 26,7% dos habitantes são infectados pelo HTLV-I, Motokawa et al. demonstraram que a prevalência de artrite reumatóide era significativamente maior em pacientes sero-positivos em comparação à população sero-negativa para HTLV-I (0,56% vs 0,31 %; p < 0,05) (16). Em um estudo caso-controle, Eguchi et al. estimaram o Odds ratio para infecção por HTLV-I em pacientes com artrite reumatóide em 2,8 (95% CI 1,8-4.6) (17). Em outro estudo realizado também em área endêmica na África do Sul, entretanto, não se verificaram sinais de infecção pelo HTLV-I em 110 negros africanos com diagnóstico de artrite reumatóide (18). No único estudo realizado no Brasil sobre a prevalência de infecção pelo HTLV-I em pacientes com doenças reumáticas, Lonzetti et al. observaram sorologia positiva para HTLV-I/II em 5/69 pacientes com artrite reumatóide (7,0%), enquanto a positividade observada no grupo con-

3 Manifestações Reumáticas associadas ao Vírus Linfotrópico Humano de Células T do Tipo I (HTLV-I) trole de doadores de sangue foi de 1,3%. Neste mesmo estudo, em um grupo de 33 pacientes com lúpus eritematoso sistêmico, não foi encontrado nenhum caso de sorologia positiva para HTLV-I/II (19). Em um estudo prospectivo, Murphy et al. relataram uma maior incidência de artrite em indivíduos infectados pelo HTLV-I, em comparação com doadores de sangue com sorologia negativa, após seguimento médio de 4,3 anos (risco relativo = 2,84; IC95% 1,53-5,33). Foi utilizado como instrumento de coleta de dados, entretanto, um questionário que não permitiu diferenciar o tipo de acometimento articular (20). A síndrome de Sjögren é uma doença auto-imune caracterizada pela infiltração por linfócitos T das glândulas salivares e lacrimais, causando a destruição de sua estrutura ductal e secura de mucosas oral e conjuntival. Eventualmente podem ocorrer outros sintomas inflamatórios sistêmicos como pneumonite, vasculite e comprometimento do sistema nervoso central (21). Vários mecanismos patogênicos foram propostos, incluindo determinantes genéticos, fatores hormonais e infecções virais como hepatite C e outros retrovírus, mas não existem evidências de uma etiologia definitiva (22-27). A associação entre HTLV-I e síndrome de Sjögren foi descrita por Vernant et al. em 1988, a partir de cinco pacientes das Índias Ocidentais com HAM/TSP e alveolite linfocítica, que preenchiam critérios diagnósticos para a exocrinopatia (28). Mariette et al. (29) e Vogetseder et al. (30) demonstraram uma alta prevalência de anticorpos contra HTLV-I em pacientes com síndrome de Sjögren. Autores japoneses verificaram o mesmo em áreas endêmicas (31) de seu país, sendo que em uma série foram encontrados anticorpos anti-htlv-i da classe IgA preferencialmente na saliva de indivíduos infectados com síndrome de Sjögren, em comparação aos pacientes com outras doenças relacionadas ao HTLV-I como HAM/TSP (32). As características clínicas e laboratoriais dos pacientes com síndrome de Sjögren e infecção pelo HTLV-I não parecem diferir das dos pacientes sem a infecção viral. Em um estudo japonês, porém, o grau de infiltração de células mononucleares nas glândulas salivares acessórias foi maior em pacientes com síndrome de Sjögren e infecção pelo HTLV-I em comparação aos pacientes com a mesma enfermidade reumática e sorologia negativa para HTLV-I/II (33,34). Em estudos de relatos de caso e séries de casos, outras condições reumáticas e/ou auto-imunes são descritas em associação com HTLV-I, como uveíte (35-37), pneumonite intersticial (37-38), psoríase (40), polimiosite (41), doença mista do tecido conjuntivo (42), doença de Behçet (43,44) e outras formas de vasculite (45,46), mas não existem dados definitivos sobre uma relação causal entre a infecção viral e estas doenças. (Tabela 1). TABELA 1 MANIFESTAÇÕES REUMÁTICAS E/OU AUTO-IMUNES DESCRITAS EM PACIENTES INFECTADOS PELO HTLV-I Manifestações reumáticas e/ou auto-imunes Referências AAH*/artrite reumatóide síndrome de Sjögren Polimiosite 41 Uveíte Pneumonite intersticial 37,38 Doença mista do tecido conjuntivo 42 Doença de Behçet 43,44 Outras vasculites 45,46 *Artropatia associada ao HTLV-I: a AAH foi inicialmente descrita como uma nova entidade clínica, mas trabalhos subseqüentes mostraram que se trata de uma doença clínica e histologicamente indistinta da artrite reumatóide FIBROMIALGIA E HTLV-I A fibromialgia é definida como uma síndrome dolorosa crônica não-inflamatória, caracterizada pela presença de dor musculoesquelética difusa e sensibilidade exacerbada à palpação de determinados sítios dolorosos. Estimativas acerca da prevalência variam de 2% na população geral a até 20% na prática clínica reumatológica, pelo que a fibromialgia é considerada a patologia reumática mais freqüente. Sua prevalência aumenta com a idade, sendo maior nas mulheres, existindo também associação com depressão (47-49). Diferentes teorias têm sido propostas sobre a patogênese desta síndrome, mas não existem dados conclusivos. A literatura descreve, como potenciais fatores desencadeantes, condições como trauma, estresse emocional agudo ou crônico e situações de imuno-estimulação, como pode ocorrer em uma série de doenças auto-imunes e determinadas infecções (p.ex., parvovírus e doença de Lyme) (47-49). Alguns estudos demonstraram maior prevalência de fibromialgia em grupos de indivíduos com determinadas infecções virais crônicas, notadamente infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) (50,51) e hepatite C (52,53). Ambos são também vírus linfotrópicos e sabidamente associados a alterações de mecanismos imunorreguladores semelhantes aos descritos como responsáveis pelo desenvolvimento de HAM/TSP e artropatia em indivíduos infectados pelo HTLV-I (3,4,54). Não existem estudos publicados sobre a associação entre fibromialgia e infecção pelo HTLV-I. Alguns autores verificaram dor muscular e pontos sensíveis característicos de fibromialgia em pacientes com HAM/TSP (Cartier e Gotuzzo; comunicação pessoal). Na coorte do Grupo Interdisciplinar de Pesquisa em HTLV-I/II 73

4 Cruz et al. (GIPH), que inclui candidatos à doação de sangue em quem se verificou sorologia positiva para HTLV-I/II e pacientes com HAM/TSP, observações preliminares sugerem uma maior prevalência de fibromialgia em indivíduos infectados. Em um estudo piloto, realizado por um dos autores (BAC), que incluiu apenas indivíduos com sorologia positiva para HTLV-I (n=32), a prevalência de fibromialgia foi 19% (dados não publicados). Em outra avaliação transversal com mascaramento da sorologia dos sujeitos da pesquisa, que incluiu indivíduos com sorologia positiva (n=17), indeterminada (n=7) e negativa (n=5) para HTLV-I/II, a prevalência de fibromialgia foi 29%, 0% e 0%, respectivamente (dados não publicados). Está em andamento nesta coorte um estudo com maior casuística, para melhor avaliar a prevalência de fibromialgia em indivíduos infectados pelo HTLV-I. PATOGÊNESE DAS MANIFESTAÇÕES REUMÁTICAS ASSOCIADAS AO HTLV-I Vários estudos têm investigado os mecanismos fisiopatológicos das doenças associadas ao HTLV-I, mas os resultados são ainda inconclusivos. No entanto, alguns autores sugerem que alterações de mecanismos de imunorregulação seriam os responsáveis pelo desenvolvimento dessas condições clínicas (55-57). Indivíduos infectados têm suas funções celulares moduladas pelo HTLV-I. Quando da infecção pelo HTLV-I, a partir da transcrição reversa, o DNA pró-viral integra-se ao genoma das células do hospedeiro. Sua porção px pode codificar várias proteínas, dentre as quais uma fosfoproteína de 40 KD denominada p40 Tax. A partir de sua interação com fatores celulares e genoma pró-viral, a p40 Tax regula não só a replicação viral, mas também a expressão celular de vários genes, particularmente aqueles envolvidos em inflamação e proliferação celular, como interleucina IL-1, IL-2, subunidade alfa do receptor de IL-2 (IL-2Rα), fator estimulador de crescimento de colônias granulócito-macrófago (GM-CSF), fator de necrose tumoral α (TNF-α), moléculas de adesão como ICAM-1 e oncogenes como jun, fos, rel, myc e ets (58,59). Os produtos da ativação destes genes seriam os responsáveis pela migração de linfócitos infectados para o tecido sinovial e sua ativação (59). Existem evidências de produtos gênicos do HTLV-I não só em linfócitos T infectados, mas também em outras células da linhagem sinovial como macrófagos e fibroblastos (60). Células infectadas seriam capazes de produzir TNFα e a partir daí provocar a proliferação sinovial, formação de pannus e a destruição da cartilagem, com conseqüente 74 erosão articular. Este processo já foi demonstrado em camundongos transgênicos para a env-px do HTLV-I, que expressam p40 Tax (61,62). Em pacientes infectados pelo HTLV-I e síndrome de Sjögren, estudos sugerem que, a partir de penetração da barreira endotelial, células mononucleares infectadas podem alcançar o tecido glandular e causar um processo inflamatório com destruição da estrutura ductal por mecanismos semelhantes aos descritos para a artropatia associada ao HTLV-I (63,64) (Figura 1). Migração de células infectadas Ativação de células T auto-reativas Infecção de outras células como macrófagos e fibroblastos por partículas virais livres Proliferação celular, consolidação do processo inflamatório e conseqüente dano tissular (p.ex., sinóvia ou glândula salivar) FIGURA 1 Representação esquemática da patogênese de doenças reumáticas associadas ao HTLV-I: A partir da integração do DNA pró-viral ao genoma da célula infectada, a região px codifica p40 Tax. Através de sua interação com fatores celulares, p40 Tax induz a expressão de genes envolvidos em inflamação/proliferação celular como: interleucina(il)-1, IL-2, subunidade alfa do receptor de IL-2 (IL-2Rα), IL-6, fator estimulador de crescimento de colônias granulócito-macrófago (GM-CSF), fator de necrose tumoral α (TNF-α), moléculas de adesão como ICAM-1 e oncogenes como jun, fos rel, myc e ets. Os produtos destes genes causam a migração de linfócitos infectados, a ativação/proliferação de células T auto-reativas e conseqüente inflamação nos órgãos-alvo como a sinóvia e as glândulas salivares

5 Manifestações Reumáticas associadas ao Vírus Linfotrópico Humano de Células T do Tipo I (HTLV-I) O estado somente-tax Discute-se um possível papel para o gene HTLV-I Tax em pacientes com doenças reumáticas e sorologia negativa para o vírus, descritos na literatura inglesa como tax-only state (3,15,65). Em um estudo realizado nos Estados Unidos da América, Zucker-Franklin et al. avaliaram 102 pacientes com artrite reumatóide por intermédio de técnicas de PCR para o gene HTLV-I Tax e sorologia para p40 Tax. Em um paciente confirmou-se a infecção pelo HTLV-I por meio de sorologia positiva e a verificação de outras seqüências do DNA próviral, além de HTLV-I tax. Entre 101 pacientes com sorologia negativa para HTLV-I/II, 25 apresentaram seqüência de HTLV- I Tax em células mononucleares e positividade na sorologia para p40 Tax uma prevalência três vezes maior que em doadores de sangue sem artrite reumatóide (66). Mariette et al. detectaram gene HTLV-I tax, mas não outras seqüências do DNA pró-viral como gag, pol ou env em 2 de 9 pacientes com síndrome de Sjögren, com sorologia negativa para HTLV-I (67). Um estudo japonês apresentou resultados semelhantes (68). No entanto, um estudo britânico que utilizou técnicas de PCR para HTLV-I Tax em 49 biópsias de glândulas salivares 26 pacientes com síndrome de Sjögren primária, 8 com síndrome de Sjögren secundária e 15 controles não encontrou positividade para Tax em nenhuma das amostras (69). Existem três possíveis explicações para os resultados encontrados nestes estudos. Primeiramente, pode ser sugerido que os pacientes foram infectados por vírus defectivos e que a maior parte do genoma viral que não Tax foi perdida. A segunda explicação seria uma infecção pelo HTLV-I propriamente dito, mas persistência da sorologia negativa e falência em se detectar outras partes do genoma por homologia pobre ou fatores técnicos associados à PCR. A terceira possibilidade seria positividade das reações de PCR para Tax apenas por artefatos de contaminação (3). Outros estudos são necessários para se definir a importância de Tax em pacientes com doenças reumáticas auto-imunes e sorologia negativa para HTLV-I. Concluindo-se, em indivíduos geneticamente suscetíveis, auto-imunidade pode ser desencadeada por fatores relacionados ao ambiente, incluindo infecções virais crônicas. A partir das evidências descritas neste texto, entendese que o HTLV-I é potencialmente associado à artrite reumatóide e à síndrome de Sjögren. Outras doenças reumáticas, dentre as quais a fibromialgia, podem estar também relacionadas ao HTLV-I, mas outros estudos são necessários para melhor definição desta associação. A investigação de aspectos clínicos e imunológicos das manifestações reumáticas associadas a infecções virais como HTLV-I pode fornecer informações valiosas para o melhor entendimento dos mecanismos patogênicos das doenças auto-imunes e subsidiar a implementação de estratégias preventivas no âmbito pessoal e coletivo. REFERÊNCIAS 1. Davidson A, Diamond B: Autoimmune diseases. N Engl J Med 345: , Krause A, Kamrad T, Burmeister GR: Potencial infectious agents in the induction of arthritides. Curr Opin Rheumatol 8:203-9, Cooke SP, Rigby SP, Griffiths DJ, Venables PJ: Viral studies in rheumatic disease. Ann Med Interne 149: 30-3, Perl A: Mechanisms of viral pathogenesis in rheumatic disease. Ann Rheum Dis 58: , Uchiyama T, Yodoi J, Sagawa K, Takatsuki K, Uchino H: Adult T- cell leukemia: clinical and hematological features of 16 cases. Blood 50: , Takatsuki K, Yamaguchi K, Kawano F, et al: Clinical diversity in adult T-cell leukemia-lymphoma. Cancer Res 45 (suppl): 4644S-5S, Osame M, Usuku K, Izumo S, et al: HTLV-I associated myelopathy, a new disease entity. Lancet 1:1031-2, Ifthikharuddin JJ, Rosenblatt JD: Human T-Cell Lymphotropic Virus Types I and II In: Mandell GL, Douglas JE, Dolin R. Mandell, Douglas and Bennett s principles and practice of infectious diseases, 5th ed. Philadelphia: Churchil Livingston, Carneiro-Proietti ABF, Catalan-Soares B, Proietti FA: Human T cell lymphotropic viruses (HTLV-I/II) in South America: should it be a public health concern? J Biomed Sci 9:587-95, Catalan-Soares B, Proietti FA, Carneiro-Proietti ABF: Os vírus linfotrópicos de células T humanos (HTLV) na última década ( ). Aspectos epidemiológicos. Rev Bras Epidemiol 4:81-95, Barmak K, Harhaj E, Grant C, Alefantis T, Wigdahl B: Human T cell leukemia vírus type I-induced disease: pathways to câncer and neurodegeneration. Virology 308:1-12, Taniguchi A, Takenaka Y, Noda Y, et al: Adult T cell leukemia presenting with proliferative sinovitys (letter) Arthritis Rheum 31:1076-7, Sato K, Maruyama I, Maruyama Y, et al: Arthritis in patients infected with human T lymphotropic virus type I: clinical and imunopathologic features. Arthritis Rheum 34: , McCallun RM, Patel DD, Moore JO, Haynes BF: Arthritis syndromes associated with human T cell lymphotropic vírus type I infection. Med Clin North Am 81:261-76, Nishioka K, Sumida T, Hasunuma T: Human T lymphotropic virus type I in arthropathy and autoimmune disorders. Arthritis Rheum 39: ,

6 Cruz et al. 16. Motokawa S, Hasunuma T, Tajima K, et al: High prevalence of arthropathy in HTLV-1 carriers on a Japanese island. Ann Rheum Dis 55:193-5, Eguchi K, Origuchi T, Takashima H, Iwata K, Katamine S, Nagataki S: High seroprevalence of anti-htlv-1 antibody in Rheumatoid Arthritis. Arthritis Rheum 39: 463-6, Sebastian D, Nayiager S, York DY, Mody GM: Lack of association of Human T-cell lymphotrophic virus type 1(HTLV-1) infection and rheumatoid arthritis in an endemic area. Clin Rheumatol 22:30-2, Lonzetti LS, Menna-Barreto M, Schoeler M, Cichoski L, Antonini E, Staub H: High prevalence of HTLV-I infection among patients with rheumatoid arthritis living in Porto Alegre, Brazil. J Acquir Immune Defic Syndr Hum Retrovirol 20: p A54, Murphy EL, Wang B, Sacher RA, et al: Respiratory and Urinary Tract Infections, Arthritis, and Asthma Associated with HTLV-I and HTLV-II Infection. Emerg Infec Dis 10:109-16, Moutsopoulos HM, Chused TM, Mann DL, et al: Sjögren s syndrome (sicca syndrome): current issues. Ann Intern Med 92:212-26, Papasteriades C, Skopouli FN, Drosos AA, Andonopoulos AP, Moutsopoulos HM: HLA-alloantigen associations in Greek patients with Sjögren s syndrome. J Autoimmunity 1:85-90, Moriuchi J, Ichikawa I, Takaya M: Association between HLA and Sjögren s syndrome in Japanese patients. Arthritis Rheum 29: , Venables PJW, Ros MGR, Charles PJ, Melsom RD, Griffith PD, Maini RN: A seroepidemiological study of cytomegalovirus and Epstein-Barr virus in rheumatoid arthritis and sicca syndrome. Ann Rheum Dis 44:742-6, Saito I, Shimuta M, Terauchi K, Tsubota K, Yodoi J, Miyasaka N: Increased expression of human thioredoxin/adult T cell leukemiaderived factor in Sjögren s syndrome. Arthritis Rheum 39:773-82, Mariette X: Sjögren s syndrome and virus. Rev Med Intern 15:601-6, Haddad J, Deny P, Munz-Gotheil C, et al: Lymphocytic sialadenitis of Sjögren s syndrome associated with chronic hepatitis C virus liver disease. Lancet 339: 321-3, Vernan JC, Buisson G, Magdeleine J, et al: T lymphocye alveolitis, tropical spastic paresis and Sjögren s syndrome (letter). Lancet 1:177, Mariette X, Cherot P, Cazals D, Brocheriou C, Brouet JC, Agbalika F: Antibodies to HTLV-I in Sjögren s syndrome. Lancet 345:71, Vogetseder W: Antibodies to HTLV-I in Sjögren s syndrome. Lancet 345:72, Eguchi K, Matsuoka N, Ida H, et al: Primary Sjögren's syndrome with antibodies to HTLV-I: clinical and laboratory features. Ann Rheum Dis 51:769-76, Terada K, Katamine S, Eguchi K, et al: Prevalence of serum and salivary antibodies to HTLV-I in Sjögren s syndrome. Lancet 344:1116-9, Ohyama Y, Nakamura S, Hara H, et al: Accumulation of human T lymphotric vírus type I-associated Sjögren s Syndrome. Arthritis Rheum 41:1972-8, Nakamura H, Kawakami A, Tominaga M, et al: Relationship between Sjögren s syndrome and human T-lymphotropic virus type I infection: follow-up study of 83 patients. J Lab Clin Med 135: , Mochizuki M, Watanabe T, Yamaguchi K, et al: HTLV-I uveitis: a distinct clinical entity caused by HTLV-I. Jpn J Câncer Res 83: 236-9, Mochizuki M, Watanabe T, Yamaguchi K, et al: Uveitis associated with human T-cell lymphotropic virus type I. Am J Ophthalmol 114:123-9, Merle H, Cabre P, Olindo S, Merle S, Smadja D: Ocular lesions in 200 patients infected by the human T-cell lymphotropic virus type 1 in martinique (French West Indies). Am J Ophthalmol 134: 190-5, Sugimoto M: Interstitial pneumonia in patients with human T-cell lymphotropic virus type-1 infection. Nihon Kyobu Shikkan Gakkai Zasshi 31 Suppl: 36-41, Kompoliti A, Gage B, Sharma L, Daniels JC: Human T-cell lymphotropic virus type 1-associated myelopathy, Sjögren syndrome, and lymphocytic pneumonitis.arch Neurol 53: 940-2, Watanabe A, Kawajiri M, Ikezoe K, et al: HTLV-1-associated myelopathy/tropical spastic paraparesis accompanied with psoriasis. J Neurol Sci. 221: 95-7, Morgan OS, Rodgers-Johnson P, Mora C, Char G: HTLV-1 and polymyositis in Jamaica. Lancet 2:1184-7, Bownes P, Davies KAA, Tosswill J, et al: Autoimmune disease and HTLV-I infection. Br J Rheumatol 30: 141-3, Igakura T, Kawahigashi Y, Kanazawa H, Nakagawa M, Osame M: HTLV-I and Behçet s disease. J Rheumatol 20: , Kanazawa H, Ijichi S, Eiraku N, et al: Behçet's disease and Sjögren syndrome in a patient with HTLV-I-associated myelopathy. J Neurol Sci 119: 121-2, Vernant JC, Smadja D, Deforge-Lasseur C, et al: Vasculitis and neurologic manifestations related to HTLV-1. Presse Medicale 23: , Schwartz J, Gonzalez J, Rosenberg R, et al: Cutaneous T-cell lymphoma, tropical spastic paraparesis, cerebral vasculitis, and protein S deficiency in a patient with HTLV-I. Southern Med J 89: , Bennet RM: The fibromyalgia syndrome. In: Rudy S, Harrys ED, Sledge CB: Kelley s Textbook of Rheumatology, 5th ed, Pennsylvania: WB Saunders, Carvalho MAP, Rego RR: Fibromialgia. In: Moreira C, Carvalho MAP: Reumatologia: Diagnóstico e Tratamento. 2a ed. Belo Horizonte: Medsi, Kurtze N, Svebak S: Fatigue and patterns of pain in fibromyalgia: correlations with anxiety, depression and co-morbidity in a female county sample. Brit J Med Psychol 74: , Simms RW, Zerbini CA, Ferrante N, Anthony J, Felson DT, Craven DE: Fibromyalgia syndrome in patients infected with human immunodeficiency virus. The Boston City Hospital Clinical AIDS Team. Am J Med 92: , Cuellar ML: Rheumatic manifestations of HIV-AIDS. Baillieres Best Pract Res Clin Rheumatol 14: , Goulding C, O Connell P, Murray FE: Prevalence of fibromyalgia, anxiety and depression in chronic hepatitis C virus infection: relationship to RT-PCR status and mode of acquisition. Eur J Gastroenterol Hepatol 13: , Buskila D, Shnaider A, Neumann L, Zilberman D, Hilzenrat N, Sikuler E: Fibromyalgia in Hepatitis C Virus Infection: Another Infectious Disease Relationship. Arch Intern Med 157: , 1997.

7 Manifestações Reumáticas associadas ao Vírus Linfotrópico Humano de Células T do Tipo I (HTLV-I) 54. Mogensen TH, Paludan SR: Molecular pathways in virus-induced cytokine production. Microbiol Mol Biol Rev 65:131-50, Jacobson S: Cellular Immune Responses to HTLV-I: Immunopathogenic Role in HTLV-I-Associated Neurologic Disease. J Acquir Immune Defic Syndr Hum Retrovirol 13 (suppl. 1): S100-S Höllsberg P: Pathogenesis of chronic progressive myelopathy associated with human T-cell lymphotropic virus type I. Acta Neurol Scan 95 (suppl. 169): 86-93, Höllsberg P: Mechanisms of T-cell activation by human T-cel lymphotropic virus type I. Microbiol Mol Biol Rev 63: , Barmak K, Harhaj E, Grant C, Alefantis T, Wigdahl B: Human T cell leukemia vírus typo I-induced disease: pathways to cancer and neurodegeneration. Virology 308: 1-12, Iwakura Y, Saijo S, Kioka Y, et al: Autoimmunity induction by human T cell leukemia virus type 1 in transgenic mice that develop chronic inflammatory arthropathy resembling rheumatoid arthritis in humans. J Immunol 155: , Kitajima I, Maruyama K, Sato K, et al: Detection of human T cell leukemia virus type I proviral DNA and gene expression in synovial cells in chronic inflammatory arthropathy. J Clin Invest 88: , Yin W, Hasunuma T, Kobata T, Sumida T, Nishioka K: Synovial hyperplasia in HTLV-I associated arthropathy isinduced by tumor necrosis factor-alpha produced by HTVL-I infected CD68+ cells. J Rheumatol 27:874-81, Iwakura Y, Tosu M, Yoshida E, et al: Induction of inflammatory arthropathy resembling rheumatoid arthritis in mice transgenic for HTLV-I. Science 253:1026-9, Ichinose K, Nakamura T, Kawakami A, et al: Increased adherence of T cells to human endothelial cells in patients with human T-cell lymphotropic virus type I-associated myelopathy. Arch Neurol 49: 74-6, Furuya T, Nakamura T, Shirabe S, et al: Heightened transmigrating activity of CD4-positive T cells through reconstituted basement membrane in patients with human T-lymphotropic virus type I- associated myelopathy. Proc Assoc Am Physicians 109: , Zucker-Franklin D: Non-HIV retroviral associations with rheumatic disease. Curr Rheumatol Rep 2: , Zucker-Franklin D, Pancake BA, Brown WH: Prevalence of HTLV-I Tax in a subset of patients with rheumatoid arthritis. Clin Exp Rheumatol 20:161-9, Mariette X, Agbalika F, Daneial MT, et al: Detection of human T lymphotropic vírus type I tax gene in salivary gland epithelium from two patients with Sjögren Syndrome. Arthritis Rheum 36:1423-8, Sumida T, Yohana F, Maeda T, et al: Expression of sequences homologous to HTLV-I tax gene in the labial salivary glands of Japanese patients with Sjögren Syndrome. Arthritis Rheum 37: , Rigby SP, Cooke SP, Weerasinghe D, Venables PJW: Absence of HTLV-I tax in Sjögrens syndrome (letter). Arthritis Rheum 39: ,

CARACTERIZAÇÃO CLÍNICA E RADIOLÓGICA DA ARTROPATIA ASOCIADA AO HTLV-1

CARACTERIZAÇÃO CLÍNICA E RADIOLÓGICA DA ARTROPATIA ASOCIADA AO HTLV-1 CARACTERIZAÇÃO CLÍNICA E RADIOLÓGICA DA ARTROPATIA ASOCIADA AO HTLV-1 RESUMO Introdução: No passado doenças reumáticas sistêmicas foram identificadas como sendo mais frequentes em indivíduos infectados

Leia mais

Freqüência de Doenças Reumáticas em Indivíduos Infectados pelo HTLV-1

Freqüência de Doenças Reumáticas em Indivíduos Infectados pelo HTLV-1 ARTIGO ORIGINAL ORIGINAL ARTICLE Freqüência de Doenças Reumáticas em Indivíduos Infectados pelo HTLV-1 Frequency of Rheumatic Diseases in Individuals Infected with HTLV-1 Mônica Martinelli Nunes de Carvalho

Leia mais

Retrovírus Felinos. Fernando Finoketti

Retrovírus Felinos. Fernando Finoketti Retrovírus Felinos Fernando Finoketti Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil Maio de 2014 Retrovírus - Características Capsídeo icosaédrico. Possuem envelope. Genoma composto de duas moléculas idênticas

Leia mais

Doenças Reumáticas Auto-Imunes em Indivíduos Infectados pelo HTLV-1

Doenças Reumáticas Auto-Imunes em Indivíduos Infectados pelo HTLV-1 ARTIGO DE REVISÃO REVIEW ARTICLE Doenças Reumáticas Auto-Imunes em Indivíduos Infectados pelo HTLV-1 Autoimmune Rheumatic Diseases in HTLV-1 Infected Individuals Mônica Martinelli Nunes de Carvalho (1),

Leia mais

Manifestações clínicas e resposta imune em uma coorte de indivíduos infectados pelo HTLV-1 com alta carga proviral e sem evidência de mielopatia

Manifestações clínicas e resposta imune em uma coorte de indivíduos infectados pelo HTLV-1 com alta carga proviral e sem evidência de mielopatia 1 Manifestações clínicas e resposta imune em uma coorte de indivíduos infectados pelo HTLV-1 com alta carga proviral e sem evidência de mielopatia I. RESUMO Introdução. A mielopatia associada ao vírus

Leia mais

Infecção pelo HTLV. Jorge Casseb Associate Professor

Infecção pelo HTLV. Jorge Casseb Associate Professor Infecção pelo HTLV Jorge Casseb Associate Professor Lab. de Dermatologia e Imunodeficiências LIM56 Inst. de Medicina Tropical de São Paulo/Faculdade de Medicina/Universidade de São Paulo Curso de Graduação

Leia mais

DIAGNÓSTICOS SOROLÓGICO NAS INFECÇÕES BACTERIANAS. Sífilis

DIAGNÓSTICOS SOROLÓGICO NAS INFECÇÕES BACTERIANAS. Sífilis DIAGNÓSTICOS SOROLÓGICO NAS INFECÇÕES BACTERIANAS Sífilis Sífilis Agente Etiológico Doença crônica sistêmica Família Spirochaetaceae Espiroqueta: Treponema pallidum, sub espécie pallidum Motilidade Característica:

Leia mais

1/12/2008. HIV como modelo de estudo de retrovírus e patogênese. Retrovírus e oncogênese. Retrovírus e oncogênese.

1/12/2008. HIV como modelo de estudo de retrovírus e patogênese. Retrovírus e oncogênese. Retrovírus e oncogênese. HIV como modelo de estudo de retrovírus e patogênese Retrovírus e oncogênese. Um pouco de história: 1904: Ellerman and Bang, procurando por bactérias como agentes infecciosos para leucemia em galinhas,

Leia mais

Perfil FAN e AUTO-ANTICORPOS. Qualidade e precisão para diagnóstico e acompanhamento clínico.

Perfil FAN e AUTO-ANTICORPOS. Qualidade e precisão para diagnóstico e acompanhamento clínico. Perfil FAN e AUTO-ANTICORPOS Qualidade e precisão para diagnóstico e acompanhamento clínico. Investimento em treinamento contínuo Garantia de resultados precisos e seguros. Profissionais capacitados Equipe

Leia mais

Doença inflamatória da coluna vertebral podendo ou não causar artrite em articulações periféricas e inflamação em outros órgãos como o olho.

Doença inflamatória da coluna vertebral podendo ou não causar artrite em articulações periféricas e inflamação em outros órgãos como o olho. O termo reumatismo, embora consagrado, não é um termo adequado para denominar um grande número de diferentes doenças que tem em comum o comprometimento do sistema músculo-esquelético, ou seja, ossos, cartilagem,

Leia mais

Introdução de cópias funcionais de um gene e um indivíduo com duas cópias defeituosas do gene

Introdução de cópias funcionais de um gene e um indivíduo com duas cópias defeituosas do gene Terapia gênica Introdução de cópias funcionais de um gene e um indivíduo com duas cópias defeituosas do gene Ex vivo: modificação genética feita em células em cultura que são administradas ao paciente

Leia mais

Patogenia Viral II. Rafael B. Varella Prof. Virologia UFF

Patogenia Viral II. Rafael B. Varella Prof. Virologia UFF Patogenia Viral II Rafael B. Varella Prof. Virologia UFF Patogenia: interação de fatores do vírus e do hospedeiro, com consequente produção de doença Patogenia das viroses Processo de desenvolvimento de

Leia mais

A portaria 29, de 17 de dezembro de 2013 SVS/MS, regulamenta o diagnóstico da infecção pelo HIV, no Brasil.

A portaria 29, de 17 de dezembro de 2013 SVS/MS, regulamenta o diagnóstico da infecção pelo HIV, no Brasil. Aula 3 Base racional da portaria 29 de 17/12/2013 SVS/MS A portaria 29, de 17 de dezembro de 2013 SVS/MS, regulamenta o diagnóstico da infecção pelo HIV, no Brasil. Ao se elaborar uma portaria para normatizar

Leia mais

Vírus da Imunodeficiência Humana

Vírus da Imunodeficiência Humana Universidade Federal do Rio Grande do Sul Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia Vírus da Imunodeficiência Humana Fabrício Campos Pós-doc Laboratório de Virologia Fonte: http://ultramedcampos.com.br/wp-content/uploads/2015/06/hiv.jpg

Leia mais

DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA HEPATITE AUTO- IMUNE

DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA HEPATITE AUTO- IMUNE Hospital do Servidor Público Municipal DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA HEPATITE AUTO- IMUNE ERIKA BORGES FORTES São Paulo 2011 ERIKA BORGES FORTES DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA HEPATITE AUTO- IMUNE Trabalho

Leia mais

ENFERMAGEM SAÚDE DA MULHER. Doenças Sexualmente Transmissíveis Parte 8. Profª. Lívia Bahia

ENFERMAGEM SAÚDE DA MULHER. Doenças Sexualmente Transmissíveis Parte 8. Profª. Lívia Bahia ENFERMAGEM SAÚDE DA MULHER Doenças Sexualmente Transmissíveis Parte 8 Profª. Lívia Bahia HIV/AIDS A síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS, do inglês acquired immune deficiency syndrome) é causada

Leia mais

Anemia Infecciosa das Galinhas

Anemia Infecciosa das Galinhas Anemia Infecciosa das Galinhas Leonardo Bozzi Miglino Programa de Pós-graduação - UFPR Mestrado Ciências Veterinárias 2010 Histórico: Isolado e descrito no Japão (1979), chamado de agente da anemia das

Leia mais

Sistema Imune, HIV e Exercício. Profa Dra Débora Rocco Disciplina: Exercício em populações especiais

Sistema Imune, HIV e Exercício. Profa Dra Débora Rocco Disciplina: Exercício em populações especiais Sistema Imune, HIV e Exercício Profa Dra Débora Rocco Disciplina: Exercício em populações especiais Sistema imune As células e moléculas responsáveis pela imunidade constituem um sistema que apresenta

Leia mais

ATIVAÇÃO ENDOTELIAL EM PACIENTES PEDIÁTRICOS COM DOENÇA RENAL CRÔNICA

ATIVAÇÃO ENDOTELIAL EM PACIENTES PEDIÁTRICOS COM DOENÇA RENAL CRÔNICA ATIVAÇÃO ENDOTELIAL EM PACIENTES PEDIÁTRICOS COM DOENÇA RENAL CRÔNICA CRISTINA DE MELLO GOMIDE LOURES Silva RMM 1, Sousa LPN 1, Loures CMG 1, Silva ACS 2, Carvalho MG 1, Dusse LMS 1 1 Faculdade de Farmácia

Leia mais

Universidade Federal Fluminense Resposta do hospedeiro às infecções virais

Universidade Federal Fluminense Resposta do hospedeiro às infecções virais Universidade Federal Fluminense Resposta do hospedeiro às infecções virais Disciplina de Virologia Departamento de Microbiologia e Parasitologia (MIP) Mecanismos de resposta inespecífica Barreiras anatômicas

Leia mais

Hepatites. Inflamação do fígado. Alteração em enzimas hepáticas (alaminotransferase aspartatoaminotransferase e gamaglutamiltransferase ALT AST e GGT

Hepatites. Inflamação do fígado. Alteração em enzimas hepáticas (alaminotransferase aspartatoaminotransferase e gamaglutamiltransferase ALT AST e GGT Hepatites Virais Hepatites Inflamação do fígado Alteração em enzimas hepáticas (alaminotransferase aspartatoaminotransferase e gamaglutamiltransferase ALT AST e GGT Sinais clínicos: Náuseas, dor abdominal,

Leia mais

Imunologia da infecção pelo HIV

Imunologia da infecção pelo HIV Imunologia da infecção pelo HIV Histórico e epidemiologia 1981 - Em oito meses foram diagnosticados 5 casos de pneumonia pelo FUNGO (Pneumocystis jiroveci). Entre 1967 e 1979 foram diagnosticados apenas

Leia mais

Imunidade adaptativa celular

Imunidade adaptativa celular Universidade de São Paulo Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto Pós-graduação em Imunologia Básica e Aplicada Disciplina RIM 5757 Integração Imunologia Básica-Clínica Imunidade adaptativa celular Cássia

Leia mais

DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DAS HEPATITES VIRAIS. Profa. Ms.: Themis Rocha

DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DAS HEPATITES VIRAIS. Profa. Ms.: Themis Rocha DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DAS HEPATITES VIRAIS Profa. Ms.: Themis Rocha MARCADORES INESPECÍFICOS Aminotransferases ALT ou TGP e AST ou TGO. Bilirrubinas. Fosfatase alcalina. Linfocitose. ISOTIPOS DE ANTICORPOS

Leia mais

Biologia. Transplantes e Doenças Autoimunes. Professor Enrico Blota.

Biologia. Transplantes e Doenças Autoimunes. Professor Enrico Blota. Biologia Transplantes e Doenças Autoimunes Professor Enrico Blota www.acasadoconcurseiro.com.br Biologia HEREDITARIEDADE E DIVERSIDADE DA VIDA- TRANSPLANTES, IMUNIDADE E DOENÇAS AUTOIMUNES Os transplantes

Leia mais

Febre hemorrágica da Dengue: Localização de antígenos virais em lesões hepáticas, pulmonares e renais.

Febre hemorrágica da Dengue: Localização de antígenos virais em lesões hepáticas, pulmonares e renais. Febre hemorrágica da Dengue: Localização de antígenos virais em lesões hepáticas, pulmonares e renais. X CICI Congresso de Iniciação Científica do IAMSPE Acadêmica: Letícia Silva Thomé Orientadora: Carla

Leia mais

PROGRAMA DE ENSINO DE DISCIPLINA Matriz Curricular Generalista Resolução Unesp 14/2010, alterada pela Resolução Unesp 02/2013.

PROGRAMA DE ENSINO DE DISCIPLINA Matriz Curricular Generalista Resolução Unesp 14/2010, alterada pela Resolução Unesp 02/2013. PROGRAMA DE ENSINO DE DISCIPLINA Matriz Curricular Generalista Resolução Unesp 14/2010, alterada pela Resolução Unesp 02/2013. Unidade Universitária: Curso: Farmácia-Bioquímica Departamento Responsável:

Leia mais

Diagnóstico Laboratorial de Infecções Virais. Profa. Claudia Vitral

Diagnóstico Laboratorial de Infecções Virais. Profa. Claudia Vitral Diagnóstico Laboratorial de Infecções Virais Profa. Claudia Vitral Importância do diagnóstico laboratorial virológico Determinar a etiologia e acompanhar o curso de uma infecção viral Avaliar a eficácia

Leia mais

COMPLEXO PRINCIPAL DE HISTOCOMPATIBILIDADE - MHC. Profa Valeska Portela Lima

COMPLEXO PRINCIPAL DE HISTOCOMPATIBILIDADE - MHC. Profa Valeska Portela Lima COMPLEXO PRINCIPAL DE HISTOCOMPATIBILIDADE - MHC Profa Valeska Portela Lima Introdução Todas as espécies possuem um conjunto de genes denominado MHC, cujos produtos são de importância para o reconhecimento

Leia mais

Interação vírus célula Aspectos Gerais. Tatiana Castro Departamento de Microbiologia e Parasitologia (UFF)

Interação vírus célula Aspectos Gerais. Tatiana Castro Departamento de Microbiologia e Parasitologia (UFF) Interação vírus célula Aspectos Gerais Tatiana Castro Departamento de Microbiologia e Parasitologia (UFF) Interação Vírus - Célula Relacionada ao ciclo de replicação do vírus Efeitos primários da infecção

Leia mais

HIV/aids. Epidemiologia Fisiopatogenia Diagnóstico - Tratamento. Prof. Valdes R. Bollela. Divisão de Moléstias Infecciosas e Tropicais

HIV/aids. Epidemiologia Fisiopatogenia Diagnóstico - Tratamento. Prof. Valdes R. Bollela. Divisão de Moléstias Infecciosas e Tropicais HIV/aids Epidemiologia Fisiopatogenia Diagnóstico - Tratamento Prof. Valdes R. Bollela Divisão de Moléstias Infecciosas e Tropicais Introdução SIDA ou aids é causada pelo vírus da Imunodeficiência Humana

Leia mais

PAPERPET. Daniel Machado do Amaral 08/06/2011

PAPERPET. Daniel Machado do Amaral 08/06/2011 PAPERPET Daniel Machado do Amaral 08/06/2011 EFFECTS OF AIN457, A FULLY HUMAN ANTIBODY TO INTERLEUKIN-17A, ON PSORIASIS, RHEUMATOID ARTHRITIS, AND UVEITIS Wolfgang Hueber,1 Dhavalkumar D. Patel,1* Thaddeus

Leia mais

Professor: David Vieira Valadão. Biologia

Professor: David Vieira Valadão. Biologia Professor: David Vieira Valadão Biologia 1981 registro de casos atípicos de pneumonia entre homens homossexuais em Los Angeles (EUA). 1983 descoberta de um novo vírus em um paciente com AIDS. 1984 descoberta

Leia mais

A Epidemiologia da Candidíase

A Epidemiologia da Candidíase 5 A candidíase oral é uma infecção micótica oportunista, comum na cavidade oral, causada pela proliferação anormal de Candida, sendo a mais comum, a Candida albicans. Invasiva Superficial Costa-de-Oliveira,

Leia mais

Referenciação à Consulta de Reumatologia

Referenciação à Consulta de Reumatologia Referenciação à Consulta de Reumatologia O Serviço de Reumatologia do HSM é responsável pela assistência em ambulatório de doentes com patologia da sua especialidade. Contudo dada a enorme prevalência

Leia mais

Heterologous antibodies to evaluate the kinetics of the humoral immune response in dogs experimentally infected with Toxoplasma gondii RH strain

Heterologous antibodies to evaluate the kinetics of the humoral immune response in dogs experimentally infected with Toxoplasma gondii RH strain 67 4.2 Estudo II Heterologous antibodies to evaluate the kinetics of the humoral immune response in dogs experimentally infected with Toxoplasma gondii RH strain Enquanto anticorpos anti-t. gondii são

Leia mais

REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE. Prof. Dr. Helio José Montassier

REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE. Prof. Dr. Helio José Montassier REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE Prof. Dr. Helio José Montassier Ppais. OBJETIVOS da Aula de Hipersensibilidades:- 1- Compreender a classificação de reações de hipersensibilidade 2- Conhecer as doenças associadas

Leia mais

Profa. Carolina G. P. Beyrodt

Profa. Carolina G. P. Beyrodt Profa. Carolina G. P. Beyrodt Agente etiológico: Toxoplasma gondii (Protozoário coccídeo do Filo Apicomplexa) Histórico Isolado em 1908 de um roedor do deserto: Ctenodactylus gondii 1923 descrição do primeiro

Leia mais

Bio12. Unidade 3 Imunidade e Controlo de Doenças. josé carlos. morais

Bio12. Unidade 3 Imunidade e Controlo de Doenças. josé carlos. morais Bio12 Unidade 3 e Controlo de Doenças Que desafios se colocam ao controlo de doenças? Capítulo 1.1. Defesas específicas e não específicas De que forma poderá o organismo humano defenderse das agressões

Leia mais

LITERATURA CURCUMIN C3 COMPLEX ANTI-INFLAMATÓRIO E ANTIOXIDANTE

LITERATURA CURCUMIN C3 COMPLEX ANTI-INFLAMATÓRIO E ANTIOXIDANTE CURCUMIN C3 COMPLEX ANTI-INFLAMATÓRIO E ANTIOXIDANTE Fator de Correção: Não se aplica Fator de Equivalência: Não se aplica Parte utilizada: Raíz Uso: Interno A osteoartrite (OA), artrose ou osteoartrose,

Leia mais

Hepatites. Introdução

Hepatites. Introdução Hepatites Introdução As hepatites virais são importantes causas de morbidade e mortalidade em todo mundo. As hepatites B e C são etiologias de grande relevância na população com cirrose hepática, sendo

Leia mais

Bio12. Unidade 3 Imunidade e Controlo de Doenças. josé carlos. morais

Bio12. Unidade 3 Imunidade e Controlo de Doenças. josé carlos. morais Bio12 Unidade 3 e Controlo de Doenças Que desafios se colocam ao controlo de doenças? Capítulo 1.1. Defesas específicas e não específicas De que forma poderá o organismo humano defenderse das agressões

Leia mais

Resposta imune adquirida do tipo celular

Resposta imune adquirida do tipo celular Universidade Federal do Pampa Campus Itaqui Curso de Nutrição Imunologia Resposta imune adquirida do tipo celular Profa. Dra. Silvana Boeira Imunidade adquirida Imunidade adaptativa = específica = adquirida

Leia mais

HIPERSENSIBILIDADE DO TIPO IV. Professor: Drº Clayson Moura Gomes Curso: Fisioterapia

HIPERSENSIBILIDADE DO TIPO IV. Professor: Drº Clayson Moura Gomes Curso: Fisioterapia HIPERSENSIBILIDADE DO TIPO IV Professor: Drº Clayson Moura Gomes Curso: Fisioterapia Doenças de Hipersensibilidade Classificação de Gell e Coombs Diferentes mecanismos imunes envolvidos Diferentes manifestações

Leia mais

Família Herpesviridae

Família Herpesviridae Herpesvírus Humanos Família Herpesviridae Vírus ubíquos Altamente espécie-específicos Causam Latência: Capacidade de manter conteúdo genético dentro da célula hospedeira, sem replicar ou causar doença.

Leia mais

DE CÉLULAS T HUMANAS (HTLV)

DE CÉLULAS T HUMANAS (HTLV) 25 MANIFESTAÇÕES AÇÕES CLÍNICAS EM PACIENTES INFECTADOS PELO VÍRUS LINFOTRÓPICO DE CÉLULAS T HUMANAS (HTLV) CLINICAL MANIFESTATIONS IN A LARGE GROUP OF HTLV-I INFECTED PATIENTS Isadora C. Siqueira, André

Leia mais

Prática 00. Total 02 Pré-requisitos 2 CBI257. N o. de Créditos 02. Período 3º. Aprovado pelo Colegiado de curso DATA: Presidente do Colegiado

Prática 00. Total 02 Pré-requisitos 2 CBI257. N o. de Créditos 02. Período 3º. Aprovado pelo Colegiado de curso DATA: Presidente do Colegiado 1 Disciplina IMUNOLOGIA PROGRAMA DE DISCIPLINA Departamento DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS Carga Horária Semanal Pré-requisitos Teórica 02 Prática 00 Total 02 Pré-requisitos Unidade ICEB Código CBI126

Leia mais

EXAMES LABORATORIAIS: IMUNOLOGIA

EXAMES LABORATORIAIS: IMUNOLOGIA EXAMES LABORATORIAIS: IMUNOLOGIA Aula 2 CONCEITOS GERAIS Imunidade: conjunto de processos fisiológicos que permite ao organismo reconhecer corpos estranhos e responder contra os mesmos. Sistema imune:

Leia mais

DIAGNÓSTICO DA INFECÇÃO POR HTLV EM PACIENTES SORONEGATIVOS PARA O HIV: ESTUDO COMPARATIVO. Diagnóstico de HTLV em soronegativos para HIV

DIAGNÓSTICO DA INFECÇÃO POR HTLV EM PACIENTES SORONEGATIVOS PARA O HIV: ESTUDO COMPARATIVO. Diagnóstico de HTLV em soronegativos para HIV DIAGNÓSTICO DA INFECÇÃO POR HTLV EM PACIENTES SORONEGATIVOS PARA O HIV: ESTUDO COMPARATIVO Diagnóstico de HTLV em soronegativos para HIV Felipe Muniz de Andrade 1, Flávia Cristina Fernandes Pimenta 2 1

Leia mais

CRONOGRAMA E CONTEÚDO PROGRAMÁTICO Assunto Turma Docente

CRONOGRAMA E CONTEÚDO PROGRAMÁTICO Assunto Turma Docente 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS INSTITUTO DE PATOLOGIA TROPICAL E SAÚDE PÚBLICA DEPARTAMENTO DE MICROBIOLOGIA, IMUNOLOGIA, PARASITOLOGIA E PATOLOGIA Tel (062) 3209 6106 FAX 3521 1839 Curso Biomedicina

Leia mais

1º ENCONTRO DOS INTERLOCUTORES. Clínica, Epidemiologia e Transmissão Hepatite B e C. Celia Regina Cicolo da Silva 12 de maio de 2009

1º ENCONTRO DOS INTERLOCUTORES. Clínica, Epidemiologia e Transmissão Hepatite B e C. Celia Regina Cicolo da Silva 12 de maio de 2009 1º ENCONTRO DOS INTERLOCUTORES REGIONAIS DE HEPATITES VIRAIS Clínica, Epidemiologia e Transmissão Hepatite B e C Celia Regina Cicolo da Silva 12 de maio de 2009 CADEIA DE TRANSMISSÃO DOS VÍRUS Depende:

Leia mais

PROJETO LAAI: LUPUS ELABORAÇAO DE UM FOLDER

PROJETO LAAI: LUPUS ELABORAÇAO DE UM FOLDER 1 ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções) ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( x ) SAÚDE ( ) TECNOLOGIA E PRODUÇÃO ( ) TRABALHO PROJETO LAAI: LUPUS

Leia mais

AULA #6 TOLERÂNCIA. 1. O que é tolerância central? Em que órgãos ela é estabelecida?

AULA #6 TOLERÂNCIA. 1. O que é tolerância central? Em que órgãos ela é estabelecida? BMI 256 Período de estudo AULA #6 TOLERÂNCIA 1. O que é tolerância central? Em que órgãos ela é estabelecida? Tolerância central é o mecanismo através do qual as novas células T e células B tornam-se não

Leia mais

Resposta Imunológica celular. Alessandra Barone

Resposta Imunológica celular. Alessandra Barone Resposta Imunológica celular Alessandra Barone Resposta mediada pelos linfócitos T: TCD4 e TCD8 Resposta contra microrganismos que estão localizados no interior de fagócitos e de células não fagocíticas

Leia mais

Receptores de Antígeno no Sistema Imune Adaptativo

Receptores de Antígeno no Sistema Imune Adaptativo Receptores de Antígeno no Sistema Imune Adaptativo Captura e apresentação dos Ag microbianos ativação dos linfócitos: ocorre após ligação do Ag a receptores: Linfócito B: Ac ligados à membrana Linfócito

Leia mais

Estrutura típica de um vírus?

Estrutura típica de um vírus? Estrutura típica de um vírus? Quais são as principais características dos vírus?. São organismos acelulares;. For a da célula são denominados de VÍRION. São parasitas intracelulares obrigatórios;. Não

Leia mais

História Clínica. 56 anos, sexo masculino, pedreiro

História Clínica. 56 anos, sexo masculino, pedreiro História Clínica História Clínica 56 anos, sexo masculino, pedreiro Queixas: Caso Clínico Leticia Kawano Dourado Grupo de Doenças Intersticiais Pulmonares Divisão de Pneumologia - InCor Faculdade de Medicina

Leia mais

Imunoensaios no laboratório clínico

Imunoensaios no laboratório clínico Imunoensaios no laboratório clínico Onde pesquisamos Ag e Ac?? Imunoensaios detecção e quantificação de antígeno e anticorpo: Doenças infecciosas: diagnóstico da doença diferenciação da fase da doença

Leia mais

1.4 Metodologias analíticas para isolamento e identificação de micro-organismos em alimentos

1.4 Metodologias analíticas para isolamento e identificação de micro-organismos em alimentos Áreas para Submissão de Resumos (1) Microbiologia de Alimentos Trabalhos relacionados com micro-organismos associados aos alimentos: crescimento, identificação, biossíntese, controle, interação com o hospedeiro,

Leia mais

PLANO DE CURSO. 1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Curso: Bacharelado em Enfermagem Disciplina: Imunologia Básica

PLANO DE CURSO. 1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Curso: Bacharelado em Enfermagem Disciplina: Imunologia Básica PLANO DE CURSO 1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Curso: Bacharelado em Enfermagem Disciplina: Imunologia Básica Professor: Vanessa Simões Sandes email: vanessa@saludlaboratorio.com.br Código: Carga Horária: 40h

Leia mais

Compartilhe conhecimento: Por que motivo estamos vendo um número cada vez maior de casos de caxumba inclusive em pessoas já vacinadas?

Compartilhe conhecimento: Por que motivo estamos vendo um número cada vez maior de casos de caxumba inclusive em pessoas já vacinadas? Compartilhe conhecimento: Por que motivo estamos vendo um número cada vez maior de casos de caxumba inclusive em pessoas já vacinadas? A vacina contra caxumba com 2 doses gera produção de anticorpos na

Leia mais

HIV e AIDS. Sobre o sistema imunológico e a AIDS, é INCORRETO afirmar que:

HIV e AIDS. Sobre o sistema imunológico e a AIDS, é INCORRETO afirmar que: HIV e AIDS 1- (UFSJ 2013) Ter o HIV não é a mesma coisa que ter a aids. Há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. Mas podem transmitir o vírus a outros

Leia mais

IMUNIDADE INATA E SAÚDE

IMUNIDADE INATA E SAÚDE IMUNOMODULADORES HOMEOPÁTICOS PESQUISAS CIENTÍFICAS Imunomoduladores Homeopáticos são eficazes para a saúde e bem-estar geral. Atualmente a ciência está explorando o potencial da imunidade inata para beneficiar

Leia mais

Tireoidopatias e Hepatite C

Tireoidopatias e Hepatite C Tireoidopatias e Hepatite C IV Workshop Internacional de Atualizacão Em Hepatologia 15 e 16 de Maio de 2009 Serviço de Endocrinologia e Metabologia Universidade Federal do Paraná Dra Gisah Amaral de Carvalho

Leia mais

Faculdade da Alta Paulista

Faculdade da Alta Paulista Plano de Ensino Disciplina: Imunologia Curso: Biomedicina Período Letivo: 2017 Série: 2 Obrigatória (X) Optativa ( ) CH Teórica: 80h CH Prática: CH Total: 80h Obs: Objetivos: Saber diferenciar as respostas

Leia mais

ROTINA DE AVALIAÇAO DE IMUNODEFICIENCIAS PRIMARIAS NO PSI HRAS. Dr.FABRICIO PRADO MONTEIRO

ROTINA DE AVALIAÇAO DE IMUNODEFICIENCIAS PRIMARIAS NO PSI HRAS. Dr.FABRICIO PRADO MONTEIRO ROTINA DE AVALIAÇAO DE IMUNODEFICIENCIAS PRIMARIAS NO PSI HRAS Dr.FABRICIO PRADO MONTEIRO INTRODUÇAO: O sistema imunológico é dividido didaticamente em inespecífico, representado pelos sistemas de fagócitos

Leia mais

Patogêneses virais II. Profa Dra Mônica Santos de Freitas

Patogêneses virais II. Profa Dra Mônica Santos de Freitas Patogêneses virais II Profa Dra Mônica Santos de Freitas 09.11.2011 1 Determinante da patogênese Interação com o tecido alvo; Acesso ao tecido alvo; Presença de receptores; Estabilidade das partículas

Leia mais

Resposta imune inata e adaptativa. Profa. Alessandra Barone

Resposta imune inata e adaptativa. Profa. Alessandra Barone Resposta imune inata e adaptativa Profa. Alessandra Barone Resposta imune Resposta imunológica Reação a componentes de microrganismos, macromoléculas como proteínas, polissacarídeos e substâncias químicas

Leia mais

Glomerulonefrites Secundárias

Glomerulonefrites Secundárias Doenças sistêmicas nfecto-parasitárias Nefropatia da gravidez Medicamentosa doenças reumáticas, gota, mieloma, amiloidose, neoplasias SDA hepatite viral shistossomose Doenças Reumáticas Lupus eritematoso

Leia mais

RETROSPECTO DO COMPORTAMENTO DE RISCO À AIDS EM RONDÔNIA NO PERIODO DE

RETROSPECTO DO COMPORTAMENTO DE RISCO À AIDS EM RONDÔNIA NO PERIODO DE I ENCONTRO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA RETROSPECTO DO COMPORTAMENTO DE RISCO À AIDS EM RONDÔNIA NO PERIODO DE 1987-2013 DÊNIS FRANCISCO ROQUE PEREIRA 1, Dra. DEUSILENE SOUZA VIEIRA 2 INTRODUÇÃO A AIDS Síndrome

Leia mais

JADIR RODRIGUES FAGUNDES NETO Gerência DST-AIDS e Hepatites virais

JADIR RODRIGUES FAGUNDES NETO Gerência DST-AIDS e Hepatites virais JADIR RODRIGUES FAGUNDES NETO Gerência DST-AIDS e Hepatites virais Conflitos de Interesse Não tenho Meta 90/90/90 em 2020 Diagnóstico Tratamento (Adesão + Retenção+ Vinculação) Supressão viral 90% 90%

Leia mais

Universidade Federal de Minas Gerais. Instituto de Ciências Biológicas. Curso de Pós-Graduação em Microbiologia

Universidade Federal de Minas Gerais. Instituto de Ciências Biológicas. Curso de Pós-Graduação em Microbiologia Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Biológicas Curso de Pós-Graduação em Microbiologia Fernanda Diniz Prates Belo Horizonte 2012 Fernanda Diniz Prates Dissertação apresentada ao

Leia mais

Faculdade da Alta Paulista

Faculdade da Alta Paulista Plano de Ensino DISCIPLINA: Imunologia Curso: Biomedicina Período letivo: 2018 Série: 2ª Obrigatória ( X ) Optativa ( ) CH Teórica: 60h CH Prática: 20h CH Total: 80 horas Obs: I - Objetivos Saber diferenciar

Leia mais

Diagnóstico Laboratorial de Infecções Virais. Profa. Claudia Vitral

Diagnóstico Laboratorial de Infecções Virais. Profa. Claudia Vitral Diagnóstico Laboratorial de Infecções Virais Profa. Claudia Vitral Importância do diagnóstico laboratorial virológico Determinar a etiologia e acompanhar o curso de uma infecção viral Avaliar a eficácia

Leia mais

Anatomia patológica da rejeição de transplantes

Anatomia patológica da rejeição de transplantes Anatomia patológica da rejeição de transplantes Transplantes de Órgãos e Tecidos Aspectos inflamatórios e imunológicos da rejeição Daniel Adonai Machado Caldeira Orientador: Prof. Nivaldo Hartung Toppa

Leia mais

DIAGNÓSTICO IMUNOLÓGICO DA HEPATITE C. PALAVRAS-CHAVE: Hepatite C, ELISA, Transmissão, Diagnóstico, Vírus.

DIAGNÓSTICO IMUNOLÓGICO DA HEPATITE C. PALAVRAS-CHAVE: Hepatite C, ELISA, Transmissão, Diagnóstico, Vírus. RESUMO DIAGNÓSTICO IMUNOLÓGICO DA HEPATITE C PIMENTEL, Amanda 1 WEBBER, Danieli 2 MILLANI, Jozeane 3 PEDER, Leyde D. 4 SILVA, Claudinei M. 5 O presente trabalho teve como objetivo apresentar os conceitos

Leia mais

Toxoplasmose. Zoonoses e Administração em Saúde Pública. Prof. Fábio Raphael Pascoti Bruhn

Toxoplasmose. Zoonoses e Administração em Saúde Pública. Prof. Fábio Raphael Pascoti Bruhn Universidade Federal de Pelotas Departamento de Veterinária Preventiva Toxoplasmose Zoonoses e Administração em Saúde Pública Prof. Fábio Raphael Pascoti Bruhn Por que estudar a toxoplasmose Zoonose Soroprevalência

Leia mais

Métodos de Pesquisa e Diagnóstico dos Vírus

Métodos de Pesquisa e Diagnóstico dos Vírus Métodos de Pesquisa e Diagnóstico dos Vírus Estratégias Isolamento em sistemas vivos Pesquisa de antígeno viral Pesquisa de anticorpos Pesquisa do ácido nucléico viral (DNA ou RNA) Pré requisitos para

Leia mais

Vigilância sindrômica - II

Vigilância sindrômica - II Vigilância sindrômica - II Vigilância Sindrômica Síndrome Febril indeterminada com manifestações íctero-hemorrágicas (aguda ou crônica) Síndrome Respiratória aguda Síndrome Neurológica Febril Síndrome

Leia mais

Hipersensibilidades e Alergias e doenças autoimunes

Hipersensibilidades e Alergias e doenças autoimunes Hipersensibilidades e Alergias e doenças autoimunes Reações de hipersensibilidade são mediadas por mecanismos imunológicos que lesam os tecidos. Tipos de doenças mediadas por anticorpos Dano causado por

Leia mais

Granulopoese. Profa Elvira Shinohara

Granulopoese. Profa Elvira Shinohara Granulopoese Profa Elvira Shinohara Granulopoese = formação de neutrófilos, eosinófilos e basófilos Neutrófilos Eosinófilos Meia vida de 7 horas no sangue Basófilos NÚMERO TOTAL DE CÉLULAS NUCLEADAS NA

Leia mais

Caso Clínico 1. HD: Síndrome Retroviral Recente

Caso Clínico 1. HD: Síndrome Retroviral Recente Caso Clínico 1 Mulher, 36 anos. Final Nov 2015- febre, adenomegalia cervical, cefaleia, náuseas. Relação sexual desprotegida nos últimos 30 dias. Anti HIV+ CD4+ 1.830 cel/mm³ (47%); CD8+ 904 cel/mm³ (23.2%);

Leia mais

Inflamação aguda e crônica. Profa Alessandra Barone

Inflamação aguda e crônica. Profa Alessandra Barone e crônica Profa Alessandra Barone Inflamação Inflamação Resposta do sistema imune frente a infecções e lesões teciduais através do recrutamento de leucócitos e proteínas plasmáticas com o objetivo de neutralização,

Leia mais

ENFERMAGEM DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS. HIV/AIDS Aula 2. Profª. Tatiane da Silva Campos

ENFERMAGEM DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS. HIV/AIDS Aula 2. Profª. Tatiane da Silva Campos ENFERMAGEM DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS HIV/AIDS Aula 2 Profª. Tatiane da Silva Campos Diagnóstico - investigação laboratorial após a suspeita de risco de infecção pelo HIV. janela imunológica é

Leia mais

OFTALMIA NEONATAL portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br

OFTALMIA NEONATAL portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br ATENÇÃO AO RECÉM-NASCIDO A oftalmia neonatal é uma importante doença ocular em neonatos, sendo considerada uma condição potencialmente séria, tanto pelos efeitos locais, quanto pelo risco de disseminação

Leia mais

CITOCINAS. Aarestrup, F.M.

CITOCINAS. Aarestrup, F.M. CITOCINAS Propriedades gerais Proteínas de baixo peso molecular Comunicação Cel-Cel Mensageiros do sistema imune Receptores de membrana Signal transduction Célula Alvo Expressão de genes Gene Citocina

Leia mais

A crescente ameaça global dos vírus da Zika, Dengue e Chikungunya

A crescente ameaça global dos vírus da Zika, Dengue e Chikungunya A crescente ameaça global dos vírus da, Dengue e Chikungunya A crescente urbanização e viagens internacionais facilitam a propagação dos mosquitos vetores e, portanto, as doenças virais que eles carregam.

Leia mais

Universidade Federal da Bahia Faculdade de Medicina Departamento de Anatomia Patológica e Medicina Legal Disciplina de Imunologia MED 194

Universidade Federal da Bahia Faculdade de Medicina Departamento de Anatomia Patológica e Medicina Legal Disciplina de Imunologia MED 194 Universidade Federal da Bahia Faculdade de Medicina Departamento de Anatomia Patológica e Medicina Legal Disciplina de Imunologia MED 194 Monitor: André Costa Matos Tolerância e autoimunidade. Introdução:...

Leia mais

Resultados. Grupo SK/aids

Resultados. Grupo SK/aids 40 Resultados Em virtude da quantidade e da complexidade dos dados obtidos, optou-se pela apresentação individual dos resultados na forma de Quadros que se encontram em Anexo; e para facilitar a visualização

Leia mais

INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA INFECÇÃO PELO VÍRUS DA HEPATITE C EM CATADORES DE MATERIAIS RECICLÁVEIS EM GOIÂNIA, GOIÁS

INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA INFECÇÃO PELO VÍRUS DA HEPATITE C EM CATADORES DE MATERIAIS RECICLÁVEIS EM GOIÂNIA, GOIÁS INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA INFECÇÃO PELO VÍRUS DA HEPATITE C EM CATADORES DE MATERIAIS RECICLÁVEIS EM GOIÂNIA, GOIÁS Thaís A MARINHO, Regina MB MARTINS, Carmem LR LOPES, Fernando AF BARTHOLO, Aline

Leia mais

4ª Ficha de Trabalho para Avaliação Biologia (12º ano)

4ª Ficha de Trabalho para Avaliação Biologia (12º ano) 4ª Ficha de Trabalho para Avaliação Biologia (12º ano) Ano Lectivo: 2008/2009 Nome: Nº Turma: CT Curso: CH-CT Data: 06/03/2009 Docente: Catarina Reis NOTA: Todas as Respostas são obrigatoriamente dadas

Leia mais

ARTRITE REMATOIDE ASPECTOS GERAIS

ARTRITE REMATOIDE ASPECTOS GERAIS ARTRITE REMATOIDE ASPECTOS GERAIS RESUMO MIRANDA, Josiana 1 CHAVES, Patricia 1 NANDI, Rubiamara 1 SILVA, Claudinei M. 2 PEDER, Leyde D. 2 Os danos articulares, a funcionalidade e a perda do desenvolvimento

Leia mais

Diagnóstico Virológico

Diagnóstico Virológico Diagnóstico Virológico Para que serve? Importância do Diagnóstico Laboratorial Diferenciação de agentes que causam a mesma síndrome clínica Identificação de patógenos novos Diferenciação de fases de doença

Leia mais

APLICAÇÕES DA BIOLOGIA MOLECULAR NO DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA HEPATITE B. Maio

APLICAÇÕES DA BIOLOGIA MOLECULAR NO DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA HEPATITE B. Maio APLICAÇÕES DA BIOLOGIA MOLECULAR NO DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA HEPATITE B Maio - 2009 BIOLOGIA MOLECULAR & HEPATITE B INFECÇÃO CRÔNICA PELO VÍRUS B Afeta mais de 300 milhões de indivíduos em todo o mundo.

Leia mais

ISTs Condilomas 03/12/2018. O que são as ISTs? Imunodiagnóstico das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) O que são as ISTs?

ISTs Condilomas 03/12/2018. O que são as ISTs? Imunodiagnóstico das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) O que são as ISTs? O que são as ISTs? Imunodiagnóstico das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) Terminologia adotada em substituição à expressão Doenças Sexualmente Transmissíveis

Leia mais

PLANO DE APRENDIZAGEM. CH Teórica: 40h CH Prática: CH Total: 40h Créditos: 02 Pré-requisito(s): Período: IV Ano:

PLANO DE APRENDIZAGEM. CH Teórica: 40h CH Prática: CH Total: 40h Créditos: 02 Pré-requisito(s): Período: IV Ano: PLANO DE APRENDIZAGEM 1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Curso: Bacharelado em Enfermagem Disciplina: IMUNOLOGIA Código: - Professor: Vanessa Simões Sandes Walois E-mail: vanessa.sandes@fasete.edu.br CH Teórica:

Leia mais

IMUNOLOGIA DA REPRODUÇÃO HUMANA

IMUNOLOGIA DA REPRODUÇÃO HUMANA UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO ATUALIZA ANTONIO MAURICIO PORTO DOS SANTOS IMUNOLOGIA DA REPRODUÇÃO HUMANA Salvador 2011 ANTONIO MAURÍCIO PORTO DOS SANTOS IMUNOLOGIA DA REPRODUÇÃO HUMANA Monografia apresentada

Leia mais

IMPACTO DA DEPRESSÃO NA QUALIDADE DE VIDA PESSOAS VIVENDO COM HTLV-1 EM SALVADOR-BAHIA

IMPACTO DA DEPRESSÃO NA QUALIDADE DE VIDA PESSOAS VIVENDO COM HTLV-1 EM SALVADOR-BAHIA IMPACTO DA DEPRESSÃO NA QUALIDADE DE VIDA DE PESSOAS VIVENDO COM HTLV-1 EM SALVADOR-BAHIA Tese de Doutorado Ana Verena Galvão Castro Phileto Salvador 2011 IMPACTO DA DEPRESSÃO NA QUALIDADE DE VIDA DE PESSOAS

Leia mais

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA HEPATITE C

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA HEPATITE C MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA HEPATITE C RESUMO CAPELETI, Mariangela 1 CARBONE, José Marcelo 2 BANDEIRA. Thiago 3 PEDER, Leyde Daiane 4 SILVA, Claudinei M. 5 A hepatite C é uma doença

Leia mais