SUPERVISÃO E COORDENAÇÃO: IMPACTOS NA QUALIDADE DOS TRABALHOS DE AUDITORIA DA CONTROLADORIA GERAL DA UNIÃO
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1 JOSÉ MARCELO CASTRO DE CARVALHO SUPERVISÃO E COORDENAÇÃO: IMPACTOS NA QUALIDADE DOS TRABALHOS DE AUDITORIA DA CONTROLADORIA GERAL DA UNIÃO Projeto de pesquisa apresentado à Coordenação como parte das exigências do curso de Especialização em Auditoria Interna e Controle Governamental. Brasília 2009
2 1. IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO Título: SUPERVISÃO E COORDENAÇÃO: IMPACTOS NA QUALIDADE DOS TRABALHOS DE AUDITORIA DA CONTROLADORIA GERAL DA UNIÃO; Autor: José Marcelo Castro de Carvalho; Finalidade/Natureza do projeto: Conclusão do Curso de Especialização em Auditoria Interna e Controle Governamental; Instituição: Controladoria-Geral da União; Data: 23 de junho de 2009; Orientador: César Mármore Rios Mota. 2. APRESENTAÇÃO Formado em Ciências Contábeis em 1994, o autor ingressou em 1995 na Secretaria Federal de Controle no cargo de Analista de Finanças e Controle, realizando trabalhos de auditoria desde então, bem como trabalhando na identificação de padrões de trabalho e desenvolvendo procedimentos a serem aplicados pelos demais servidores da instituição. Por trabalhar na área responsável pela verificação da qualidade dos trabalhos realizados no âmbito da Controladoria-Geral da União, o autor constantemente acolhe críticas recorrentes acerca dos trabalhos realizados quanto à qualidade do texto produzido, bem como sobre a adequabilidade das situações relatadas em confronto com as evidências produzidas e coletadas. 3. PROBLEMA A Instrução Normativa SFC nº 01, de 06 de abril de 2001, define diretrizes, princípios, conceitos e aprova normas técnicas para a atuação do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal, mediante a instituição do Manual do Sistema de Controle Interno. Tal instrumento regula, desde então, a execução das ações de controle no âmbito da Controladoria Geral da União, não obstante terem sido editadas normas complementares ou específicas, tal como a Portaria SFC nº 396, de 17 de fevereiro de 2009 que dispõe sobre orientações às Diretorias da SFC e às Unidades Regionais da CGU quanto aos procedimentos de auditoria anual de contas do exercício de A citada IN SFC nº 01/2001 disciplina que toda a atividade do Sistema de
3 Controle Interno do Poder Executivo Federal deve ser supervisionada pela chefia ou por servidor a quem a função for formalmente delegada. Essa responsabilidade de supervisão compete ao titular da Unidade do Sistema de Controle Interno e, havendo delegação, devem ser estabelecidos mecanismos e procedimentos adequados para avaliar a atuação dos supervisores, assegurando-se de que esses possuam conhecimentos técnicos e capacidade profissional suficientes ao adequado cumprimento das atribuições que lhes são conferidas. A intensidade da supervisão deve ser proporcional ao conhecimento e capacidade profissional dos membros da equipe, ao grau de dificuldade previsível dos trabalhos e ao alcance de prováveis impropriedades ou irregularidades a detectar no órgão ou entidade examinada. Compete ao supervisor instruir e dirigir, adequadamente, seus subordinados, no que tange à execução dos trabalhos e ao cumprimento das ordens de serviço, devendo, ainda, contribuir para o desenvolvimento dos seus conhecimentos e capacidade profissional. Não menos importante, a figura do coordenador encontra-se disciplinada na Portaria SFC nº 396/2009, tendo como competência o acompanhamento e facilitação da execução dos procedimentos, da aplicação dos exames e testes, da elaboração do relatório de auditoria, da emissão de solicitações e notas de auditoria, bem como da interlocução com os dirigentes das unidades jurisdicionadas. Tais institutos supervisão e coordenação - têm como finalidades básicas a busca da qualidade nos trabalhos realizados, a minimização de riscos quanto ao não cumprimento do programa de auditoria estabelecido na Ordem de Serviço, esclarecimento à equipe quanto aos entendimentos exarados pela CGU e a melhoria do alcance dos resultados pretendidos. Não há, no entanto, uma sistemática para mensurar a eficácia desses processos de qualidade. De acordo com levantamentos preliminares, apesar de estarem devidamente regulados, esses mecanismos carecem de ser aprimorados, formalizados e devidamente internalizados pelo corpo técnico da instituição, cabendo um estudo das boas práticas em outras instituições, públicas ou privadas, nacionais ou internacionais. 4. OBJETIVOS O trabalho pretende abordar os aspectos que devem ser aprimorados nos normativos vigentes no ambiente da Controladoria-Geral da União que possam oferecer maior clareza no desempenho das funções de coordenador de equipe de auditoria e supervisor dos trabalhos.
4 Pretende ainda apresentar marcos que devam ser observados para desenvolvimento de ferramentas eficientes para o exercício de tais competências. 5. JUSTIFICATIVA A Controladoria-Geral da União por possuir o corpo funcional mais representativo no exercício das funções de controle interno ao instituir seus padrões acaba por influenciar os órgãos de controle interno dos demais poderes e de outras unidades da federação. Nesse sentido, caso posteriormente sejam implementadas inovações normativas em decorrência da realização do presente trabalho, vislumbra-se a possibilidade de que tais padrões possam ser multiplicados para as demais esferas. Acrescente-se ainda que sugestões para aprimoramento das ferramentas existentes no âmbito da Controladoria-Geral da União para um melhor exercício das funções de supervisão e coordenação refletem nos indicadores de eficiência dos trabalhos de auditoria. 6. METODOLOGIA 6.1 Fontes da Pesquisa Além da utilização dos conceitos disciplinados na Instrução Normativa SFC nº 01, de 06 de abril de 2001 e na Portaria SFC nº 396, de 17 de fevereiro de 2009, pretende-se utilizar os conceitos definidos em obras que versam sobre os trabalhos de auditoria existentes. Será realizado cotejamento das citadas normas com as existentes em outros países, em especial as as seguintes referências literárias: - International Organization of Supreme Audit Institutions (INTOSAI) - Organização Internacional de Instituições Superiores de Auditoria - Capítulo 3, item 123; - International Standards for the Professional Practice of Internal Auditing (ISPPIA ou Red Book ) Padrões Internacionais para a Prática Profissional da Auditoria Interna - Capítulo Programa de Garantia de Qualidade e Melhoria; e - Generally Accepted Government Auditing Standards (GAGAS ou Yellow Book ) Padrões de Auditoria Governamental Geralmente Aceitos - Capítulo Quality Control and Assurance.
5 6.2. Procedimentos O projeto consistirá nas seguintes fases: a) Revisão bibliográfica, com objetivo de conhecer e analisar conceitos difundidos e o arcabouço metodológico; b) Análise das normas internacionais sobre o tema, realizando cotejamento entre o conteúdo dessas normas e as disposições contidas nas Portarias/SFC nºs 01/2001 e 396/2009; c) Identificação das principais fragilidades no processo de supervisão e coordenação no âmbito da Controladoria Geral da União, onde serão realizadas entrevistas, tanto com o corpo técnico, quanto com os coordenadores de equipe e supervisores designados na CGU, bem como o mapeamento de quais são as causas apontadas de eventuais insucessos. d) Levantamento de práticas utilizadas e metodologia aplicada em outras instituições públicas e privadas, mediante entrevistas e coleta de fonte de consulta. e) Elaboração de uma proposta de atuação factível considerando o princípio da qualidade, bem como o estabelecimento de itens de controle mensuráveis (monitoramento do tempo despendido nos trabalhos de auditoria por procedimento, por exemplo). f) Definição dos impactos do projeto nos normativos e sistemas utilizados no âmbito da CGU. 7. CRONOGRAMA Etapa/mês Jul Ago Set Out Nov Revisão da literatura Entrevistas Tabulação dos dados Análise e interpretação dos dados Redação do trabalho final 8. BIBLIOGRAFIA SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE Instrução Normativa nº 01. Define diretrizes, princípios, conceitos e aprova
6 normas técnicas para a atuação do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal. Brasília, abril, Portaria nº 396. Dispõe sobre orientações às Diretorias da SFC e às Unidades Regionais da CGU quanto aos procedimentos de auditoria anual de contas do exercício de Brasília, fevereiro, CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE Resolução nº Aprova a NBC T Supervisão e Controle de Qualidade. Brasília, agosto, ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DE ENTIDADES FISCALIZADORAS SUPERIORES INTOSAI INTOSAI Auditing Standards. Outubro, THE INSTITUTE OF INTERNAL AUDITORS International Standards for the Professional Practice of Internal Auditing (ISPPIA/Red Book). EUA, UNITED STATES GENERAL ACCOUNTING OFFICE Generally Accepted Government Auditing Standards (GAGAS/Yellow Book). EUA, junho, LIMA, DIANA VAZ DE; CASTRO, RÓBISON GONÇALVES DE Fundamentos da Auditoria Governamental e Empresarial. Editora Atlas, PETER, MARIA DA GLÓRIA ARRAIS; MACHADO, MARCUS VINÍCIUS VERAS Manual de Auditoria Governamental.. Editora Atlas, CRUZ, FLAVIO DA Auditoria Governamental. Editora Atlas, 3ª Edição JUND, SERGIO Auditoria. Editora Impetus/Campus, 9ª Edição 2007 ATTIE, WILLIAM Auditoria Interna. Editora Atlas, 2ª Edição 2007.
7 ALMEIDA, JOSÉ JOAQUIM MARQUES; MARQUES, MARIA DA CONCEIÇÃO DA COSTA. Intensificar o papel da Auditoria no Setor Público: uma oportunidade reforço da eficiência nas organizações. Revista Brasileira de Contabilidade, n. 145, p jan./fev CHIAVENATO, IDALBERTO. Gestão de Pessoas. Editora Campus, DIAS, SÉRGIO VIDAL DOS SANTOS Auditoria de Processos Organizacionais - Teoria, Finalidade, Metodologia de Trabalho e Resultados Esperados. Editora Atlas, O'HANLON, TIM Auditoria da Qualidade. Editora Saraiva, 2006.
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