Depois da Crise: perspectivas para a empresa brasileira nos novos cenários ( ).
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- Isabela Diegues Bento
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1 Depois da Crise: perspectivas para a empresa brasileira nos novos cenários ( ). Francisco Carlos Teixeira Da Silva/ Professor Conferencista da FDC Professor Titular de Política Internacional/UFRJ Professor Emérito de Estratégia Internacional/ECEME Rio, 2016
2 um começo mais pessimista que 2014 e 2015: No Grande Plano Estratégico: 1. Sinais evidentes de falência da Ordem Mundial oriunda do fim da Guerra Fria( ), com as consequências de uma mudança ou ampliação dos centros de poder mundiais; 2. A Ordem Mundial mostrou-se menos pacífica e menos harmônica do que se esperava com o fim da União Soviética; 3. A liderança mundial dos Estados Unidos no campo político, econômico e tecnológico é questionada fortemente e Washington não consegue mais impor suas propostas e decisões ao conjunto do mundo; 4. Novos desenhos dos blocos geoeconômicos mundiais ( Brexit ).
3 Ausência ou incapacidade das instituições e organismos internacionais tomarem decisões(acertadas), em âmbito global: 1. paralisia da ONU; 2. desimportância do G7 e do G20; 3. paralisia da Rodada de Doha e OMC; 4. perda de importância das áreas supranacionais, como União Europeia ou Mercosul; 5. Novos mapas geoeconômicos; 6. Brexit. Há uma notável ausência de liderança mundial, tanto do ponto de vista de um forte líder (Reagan, Clinton, Helmuth Kohl, Margareth Thatcher ou M. Gorbachev), quanto no nível de organizações supranacionais.
4 Crise nas Relações Internacionais: EUA, U.E. versus Rússia Bloqueio econômico, perdas do comércio mundial; riscos muito fortes na Europa Oriental; Crise na Síria: insegurança global ( contágio para a África); Incidência sobre os preços do petróleo, gás e commodities agrícolas; EUA versus China Popular Crise no Mar do Sul da China; A Nova Rota da Seda; Pressão sobre os preços das commodities; Formação de grupos econômicos concorrentes; Crise Índia versus Paquistão: uma tragédia humanitária sem precedentes; Parceiro ou adversário estratégico? EUA, Coréia do Sul, Japão versus Coréia do Norte: Ausência de quaisquer mecanismos de mediação; Liderança errática; O Risco Seul e a crise financeira e bursátil mundial; Uma guerra local ou envolvimento global?
5 2. A crise contínua: aprofundamento e extensão da crise ou uma nova crise? , EUA, crise imobiliária e de bancos de hipotecários, com paralisia bancária e crise de grandes empresas alavancadas; , Europa: a crise atravessa o Atlântico e centra-se na dívida soberana dos membros da U.E.; , a crise atravessa o mundo e instala-se nos países emergentes; : a crise instala-se nas instituições financeiras globais: bancos chineses e europeus não são mais capazes de garantir seus próprios produtos.
6 Características originais e desconcertantes: 2.1 Petróleo, gás e as formas renováveis de energia entram em crise: não há como investir em formas novas de exploração de petróleo (fracturing, xisto ou energia eólia, marés, termal, bios-energia com o atual preço do petróleo; Consequências: Quebra de cias de energia alternativa nos Estados Unidos, Inglaterra e Espanha, paralisia na China; Tais quebras atingem o sistema bancário norte-americano, paralisam a pesquisa e já demitiram 200 mil pessoas; Quebra de países como Venezuela, crise na Rússia, Irã, Arábia Saudita, México e Brasil; 2.2 Commodities agrícolas: não se deu um fim de ciclo : na verdade os volumes continuam circulando e mesmo em aumento deu-se uma perda de valores do bens comerciáveis;
7 3. Situação Atual, paradoxos da gestão da crise: 3. Imensa liquidez mundial, com taxas juros ainda baixas e mesmo negativas (exceto, claro, Brasil); 3.1 A aversão ao risco, contudo impede um vigoroso programa de investimentos que seria a chave da retomada; 3.2 Os capitais fogem dos antigos centros de investimentos: China, desinvestimento recorde; Brasil, wait and see ; Rússia, bloqueada; México, a grande ilusão. Os emergentes caem para 4.% ao ano; 3.3 Novos Destinos: Índia e Irã, mas sob forte tutela estatal.
8 4. A ineficácia da ação financeira: à grande liquidez mundial se contrapõe: Juros: Exceto Brasil, muito baixos ou negativos: os bancos começam a mostrar sinais de stress; Autofinancianciamento: não chega ao processo produtivo; Bancos italianos; Deutsche Bank e Commerz Bank desbancarização Ativos não produtivos: ouro, obras de arte, bônus alemães e americanos; Bancos Centrais Ausência de clareza e incapacidade de sinalizar para o mercado; Fed versus BCE e Banco Central Alemão.
9 5. A Overcapacity da Indústria mundial:
10 Resumindo: a natureza da crise longa, profunda e extensa ( não é V, não é U não é W e sim L? 1. Uma crise internacional (encolhimento de mercados+queda dos preços das commodities); Previsão de crescimento do mercado mundial em 2016: 2.9% (Ano base da OMC = 1990, 5%) HOJE: 1.7% Resposta: manutenção da livre flutuação do dólar e um imenso esforço em infraestrutura e logística.
11 6. A ORIGINALIDADE BRASILEIRA: 1. boas reservas; 2. continua entrada de divisas; 3. bases gerais fortes; 4. Déficit público crescente; 5. Realinhamento de preços ( com inflação alta, mas em viés de controle próximo); 6. Ausência de investimentos (ausência de clareza no marco jurídico) 7. Retraimento do consumo; 8. Desemprego.
12 Competitividade= fatores de produção eficazes 1. Uma crise brasileira com dois vetores: o econômico (simples?) e o político (crítico); 2. óbices institucionais, tais como a reforma tributária; 3 Problemas de infraestrutura e logística; 4. Preços de Insumos; 5. Capacitação da mão-deobra.
13 EDUCAÇÃO E CAPACITAÇÃO 1. Uma proposta ligeira e de efeito vitrine ; Ausência do Sistema S no debate; A necessidade de trabalhar nas duas vias : 1. Educação: longo prazo, sinalizando objetivos e avaliando continuamente resultados; 2. capacitação: no curto prazo, visando dotar o mercado de recursos humanos e melhorar o nível de vida de trabalhadores; A Proposta Obama.
14 7. HÁ UM PROGRAMA: Quais as consequências imediatas? 1. As Reformas : CLT do absolutismo à inércia; 2. Previdência: reinventar todo o sistema, por partes e com um amplo tratamento de comunicação social; 3. Reforma Tributária: por que não agora? 4. Rigor orçamentário e fiscal. Muita falação, pouco debate nenhuma ação!
15 O que nos aguarda? Organizar acordos ou caminhar para a guerra social? Pactuar com os sindicatos e organizações da sociedade civil; Reformar a Justiça do Trabalho mais ágil, previsível e barata; Manter a oferta de oportunidades afirmativas : mulheres, crianças e jovens e negros e índios. Apontar os vícios culturais e o atraso.
16 Recomendações de Joseph Stiglitz, o pai do ciclo de otimismo da Era Clinton: 1. Mudança radical da atuação dos bancos centrais; 2. Oportunidade única de investimentos em infraestrutura e logística; 3. Fortes investimentos em educação, ciência e tecnológica prevendo já o póscrise altamente competitivo.
17 Um futuro luminoso... (Carmela Gross)
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