[Ano] Ambientes Virtuais de Aprendizagem. Universidade Cruzeiro do Sul

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1 [Ano] Ambientes Virtuais de Aprendizagem Universidade Cruzeiro do Sul

2 Ambientes Virtuais de Aprendizagem MATERIAL TEÓRICO Responsáveis pelo Conteúdo: Prof. Dr. Ismar Frango Silveira Prof. Ms. Ivan Carlos Revisão Textual: Profª Esp. Márcia Ota Campus Virtual Universidade Cruzeiro do Sul 2

3 Esclarecendo os AVAs Os AVAs (Ambientes Virtuais de Ensino e Aprendizagem) são softwares baseados na Web que reúnem uma série de ferramentas de auxílio aos processos de ensino e aprendizagem mediados por computador, seja em situações presenciais, semipresenciais ou a distância. Em Entendendo os AVAs, iremos estudar a fundo estas ferramentas dentro do âmbito dos AVAs, e compreender como podemos integrar os Mapas Conceituais e os Objetos de Aprendizagem em um projeto de curso apoiado pelos AVAs. Vamos lá então! A seguir serão detalhadas as principais ferramentas disponíveis nos AVAs: No fórum, vamos discutir em que situações utilizá-las. Qual o papel do professor na organização de um curso em um AVA? A organização de um curso em um AVA pode ser dar de várias formas. As instituições de ensino podem optar por uma, ou várias delas, entre as quais o papel do professor pode variar bastante. A seguir algumas das estratégias mais utilizadas: Professor como total responsável pela preparação do curso: Nessa estratégia, o professor, além de especialista no domínio do conhecimento de uma área específica (por exemplo, Biologia) deve também: dominar o conhecimento específico da área; ter sólidos conhecimentos em tecnologia, de maneira a ser capaz de manipular as ferramentas de autoria de conteúdo multimídia; ter noções do que chamamos de design instrucional, além de ser capaz de gerenciar um curso em um AVA, de maneira a ser apto a produzir e disponibilizar seu próprio material. 3

4 Apesar de ter todo o controle do processo, essa estratégia exige que o professor tenha domínio em áreas não ligadas à sua área de conhecimento, bem como demandam muito mais tempo a ser dedicado na preparação dos cursos. Por exigir um perfil muito além do comumente encontrado no corpo docente, esta estratégia é raramente utilizada. o Professor como organizador de materiais instrucionais: Utilizandose dessa estratégia, o professor não necessita ter conhecimentos tecnológicos sobre o processo de produção de materiais didáticos: seu papel é o de selecionar e sequenciar objetos de aprendizagem disponíveis em repositórios específicos, ou em sites livres (neste caso, chamados de OER - Open Educational Resources, ou Recursos Educacionais Abertos). Neste caso, o professor deve ter domínio de técnicas básicas de design instrucional, além de habilidades de gerenciamento de cursos em um AVA. Esta estratégia é mais empregada em instituições do que a anterior, apesar de exigir do professor um domínio mediano das TICs; o Professor como conteudista: Nessa estratégia, o professor é responsável pelo conteúdo do curso a ser ministrado. Equipes especializadas em design instrucional e em TICs se encarregam da criação dos objetos até a implementação do curso em um AVA. Apesar de exigir a formação de equipes multidisciplinares, a especialização das tarefas torna mais fácil para as instituições a implantação deste modelo. E você, em que papel se enquadraria melhor? 4

5 Ferramenta 1: Inclusão de Materiais Instrucionais! Praticamente todos os AVAs contam com ferramentas de inclusão de materiais didáticos. É interessante notar que, de maneira equivocada, muitas instituições que utilizam-se dos AVAs em seus cursos raramente usam alguma outra ferramenta além desta (o que transforma os AVAs em simulacros de "xerox eletrônico"). É importante que os profissionais envolvidos no projeto de cursos apoiados pelos AVA tenham conhecimento dos potenciais multimidiáticos que os objetos de aprendizagem podem trazer no que diz respeito ao uso intensivo de vídeos, imagens, animações, jogos e simulações, extrapolando o simples texto linear. Cada AVA traz maneiras diferentes de lidar com os materiais didáticos. No Blackboard, por exemplo, os materiais podem ser organizados em uma estrutura hierárquica, geralmente disponíveis a partir de um menu à esquerda da interface principal. O professor, ao incluir materiais (que podem ser de sua própria autoria, ou coletados em algum repositório), pode organizá-los de acordo com a estruturação didática de seu curso. A Figura 1 mostra um exemplo de inclusão de materiais didáticos no Blackboard. Figura 1: Exemplo de inserção de materiais no Blackboard. Outros AVAs têm mecanismos diferentes de gerenciamento dos materiais. A figura abaixo mostra um exemplo do Moodle, que organiza os materiais instrucionais no formato de um portal, com a estruturação configurada pelo professor em semanas ou tópicos, conforme ilustrado na Figura 2. 5

6 Figura 2: Exemplo de inserção de materiais no Moodle. Neste ponto, sugerimos a leitura do artigo de Marquesi e Silveira ( sobre o uso de Mapas Conceituais na organização de Objetos de Aprendizagem (OAs) em um curso gerenciado por um AVA. Ferramenta 2: Comunicação síncrona e assíncrona Em geral, os AVAs possuem mecanismos de comunicação síncrona e assíncrona entre alunos, professores (conteudistas e tutores) e gestores de curso. Define-se comunicação síncrona aquela que ocorre no mesmo espaço de tempo, demandando ferramentas de comunicação como chat (bate-papo), sala de aula virtual, mensagens instantâneas e web/vídeo/áudio-conferência. Este tipo de interação tem diversas características interessantes, por pressupor uma participação simultânea de todos os envolvidos. Entretanto, é uma das mais difíceis de obter, visto que todos os participantes devem estar conectados em um momento específico. Em situações de EAD (Ensino a Distância), é um tipo de interação que deve ser usado com bastante cuidado, dada a dificuldade inerente de reunir todos os interessados em um único momento pré-agendado. 6

7 A figura abaixo mostra a organização de salas de chats em um curso no Blackboard (Figura 3) e uma sala de chat em um curso no Moodle (Figura 4). Figura 3: Chat no Blackboard. Figura 4: Chat no Moodle. A comunicação assíncrona é bem mais flexível, permitindo a todos os interessados participarem de situações de ensino e aprendizagem sem a necessidade de simultaneidade. Desta maneira, é uma forma de interação bastante utilizada, especialmente em situações de EAD, onde a flexibilidade espaço-temporal é uma característica muito valorizada. Nestas situações, ferramentas como fóruns de discussão e s podem ser bastante úteis. A figura abaixo mostra uma sala de fórum do Blackboard (Figura 5) e do Moodle (Figura 6). 7

8 Figura 5: Fórum de Discussão no Blackboard. Figura 6: Fórum de Discussão no Moodle. Alguns AVAs trazem ainda ferramentas interessantes que permitem ao professor analisar os tipos de interação ocorridos entre os participantes de um curso, como é o caso da ferramenta Intermap do Teleduc, da Unicamp, que fornece ao professor, de maneira gráfica, um mapa da interação entre os participantes de um curso. A Figura 7 mostra um exemplo de um Intermap, com as pessoas e as ligações entre elas (representando quem interagiu com quem em fóruns e chats). 8

9 Figura 7. Exemplo do Intermap do Teleduc representando a interação entre os participantes de um curso. Leia mais sobre o Intermap na Dissertação de Mestrado da Luciana Romani (capítulo 4) ( ). Ferramenta 3: Avaliação Boa parte dos AVAs traz embutidos módulos de avaliação. A avaliação nos AVAs pode ser realizada utilizando-se de questionários de autocorreção (que dispensam o trabalho do professor em corrigir as respostas às questões), avaliações com respostas abertas (que demandam um esforço de preparação das questões e de correção das respostas por parte do professor), bem como o uso dos AVAs para o envio de tarefas por meio de arquivos digitais. Cada AVA tem um suporte diferente aos mecanismos de avaliação, nem sempre muito simples de ser utilizados. Um recurso bastante interessante é a possibilidade, na maioria dos AVAs, de lidar com valores calculados aleatoriamente, reduzindo um pouco as possibilidades da indesejada "cola". A Figura 8 exibe uma pergunta de uma avaliação eletrônica feita no Blackboard. 9

10 Figura 8. Exemplo de questão de múltipla escolha com alternativas em ordem aleatória para uma Avaliação Eletrônica de auto-correção no Blackboard. A Figura 9 mostra um exemplo da ferramenta de exercícios, também do Blackboard, através do qual os alunos podem enviar seus arquivos para avaliação do professor (a imagem mostra a visualização por parte do professor). Figura 9. Exemplo de Ferramenta de Exercícios no Blackboard, utilizada para envio de arquivos digitais. 10

11 Neste quesito, o Teleduc traz uma organização bem interessante, com o Portfólio dos alunos, que têm um controle bastante refinado de acesso (podendo liberar o acesso para visualização também de colegas e grupos de estudos), conforme ilustrado na Figura 10. Figura 10. Exemplo de Ferramenta Portfólio no Teleduc, utilizada para envio de atividades/exercícios. Mais sobre mecanismos de avaliação em AVAs pode ser lido no artigo de Laguardia et al. ( Hora de Colaborar! Há duas questões a serem respondidas no fórum, relativas aos assuntos tratados no item Entendendo os Ambientes Virtuais. Após lermos os três textos indicados, ha algumas perguntas a ser respondidas: 1. De que maneira os mapas conceituais podem auxiliar na organização de um curso em um AVEA, utilizando OAs a partir de repositórios? 2. Considerando que o uso de AVEA traz novas situações de ensino e aprendizagem, como deveriam ser os processos de avaliação? Por exemplo, se você atua no ensino, qual é o seu processo de avaliação? E utilizando um AVEA, o que mudaria? Ou ficaria o mesmo? Vamos lá Participar? 11

12 Anotações 12

13 Referências Laguardia, J; Portela, M. C. e Vasconcellos, M. M.. (2007). Avaliação em Ambientes Virtuais de Aprendizagem. Revista Educação e Pesquisa, São Paulo, V. 33. N. 3, p , set/dez, Disponível em: Data da Consulta: 12/04/2010. Marques, A. L., Silveira, I. F (2008) Mapas Conceituais Aplicados à Seleção e Organização de Objetos de Aprendizagem para Disciplinas de Pré-Cálculo em Cursos de Computação e Informática. WEI Workshop sobre Educação em Computação, Anais do XXVIII Congresso da SBC, 12 a 18 de Julho, Belém, PA, p , Disponível em: Data da Consulta: 12/04/2010. Romani, L. A. S. (2000) InterMap: ferramenta para visualização da interação em ambientes de educação a Distância na WEB, Dissertação de Mestrado, Campinas, SP, Disponível em: Data da Consulta: 12/04/

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