Estudo sobre o curso de Licenciatura emfísica: o que dizem os dados estatísticos
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- Gabriel Henrique de Abreu Carlos
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1 SCIENTIA PLENA VOL. X, NUM. X 20XX Estudo sobre o curso de Licenciatura emfísica: o que dizem os dados estatísticos J. Uibson 1 ;R. S. Araujo 2 ; D. M. Vianna 3 1 Departamento de Física, Instituto Federal de Sergipe, ,Lagarto-SE, Brasil 2 Departamento de Física, Universidade Federal de Sergipe, ,Itabaiana-SE, Brasil 3 Instituto de Física, Universidade Federal dorio de Janeiro, ,Rio de Janeiro-RJ, Brasil joseuibson@gmail.com; A educação brasileira convive com a falta de professores para a educação básica desde meados do século passado. Nesse contexto, diversas ações foram iniciadas pelo governo no sentido de ampliar os cursos de Licenciatura em Física. Assim, este trabalho tem por objetivo mostrar as estatísticas da licenciatura em Física no Brasil em comparação com os demais cursos superiores. Esse trabalho trata-se de uma pesquisa documental que teve como fonte de dados as Sinopses Estatísticas dos Censos da Educação Superior do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira INEP. Foram analisados os dados entre os anos de 2000 e Os resultados mostram que esses indicadores aumentaram neste período, porém ainda estão longe de suprir a carência na área aqui considerada. Principalmente no que diz respeito à Licenciatura em Física. Além disso, mudanças mais profundas precisam ocorrer nas políticas de formação de professores. Palavras-chave: Estatísticas; Ensino de Física; Ensino Superior. Study about the Degree in Physics: What the statistics data say Brazilian education faces the lack of teachers for basic education since the middle of last century. In this context, several actions were initiated by the government to expand the undergraduate courses in physics. This work aims to show the statistics of the degree in Physics in Brazil compared with other higher education courses.this work is in documentary research that had as the data source Abstracts of Statistics Census of Higher Education of the National Institute of Studies and Research Teixeira - INEP. Data between the years 2000 and 2012 were analyzed.the results show that these indicators increased in this period, but are still far from filling the positions in the area considered here. Especially with regard to the degree in Physics. Moreover, deeper changes need to occur in the policies of teacher training. Keywords:Statistics; Physics Teaching; Higher Education. 1. INTRODUÇÃO A educação brasileira convive com a falta de professores para a educaçãobásica desde meados do século passado [1]. Esse problema é maior nas áreas das Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias, não sendo difícil encontrar nas escolas docentes com formação acadêmica distinta da disciplina ensinada. Em 2007,apenas 25,2% dos professores de Física da educação básica tinham a formação específica [2]. Em 2012,cerca de 55% dos professores do ensino médio não tinham a formação específica na área em que atuavam. Para Física, esse valor foi igual a 82,3 % [3]. O que é um sério problema, pois a formação específica é condição sinequa non para se mudar a qualidade da educação do país. Esse problema se deve a muitos fatores. E dentre eles destaca-se o reduzido número de licenciados em física que se formam anualmente. Segundo estimativas do governo [4], em 2002 o país demandava cerca de 55,2 mil professores de física para a educação básica.no período entre 1990 e 2001 o país formou licenciados em física e entre 2002 e 2010 estimou-se a formação de licenciados em física, valores que não são suficientes para suprir a demanda. Essa situação justificouuma política de ampliação de vagas nos cursos de Licenciatura na primeira década do século XXI. Uma revisão bibliográfica nos periódicos feita por Lima Junior [5] mostra que existem poucos estudos na literatura sobre a titulação e a evasão de estudantes de cursos de licenciatura
2 Em [6], um estudo quanti-qualitativada evasão no curso de Física do IF/UFRJ foi realizado. Nele, buscou-seconhecer como ela ocorria, suas principais causas e as possíveis soluções. Em [7], foram apresentados alguns dados sobre a evasão nos cursos de Física, Matemática, Biologia e Química da Universidade Estadual de Londrina. A questão central do trabalho foidiscutir formaspara se calcular a evasão. Em [8], os autores fizeram uma investigação sobre a possibilidade de aplicação da análise de sobrevivência para se estudar o tempo de permanência de estudantes diplomados, evadidos e desligados de um curso de graduação em Física.Em [9], os autores analisaram a ampliação dos cursos de Licenciaturas em Biologia, Física, Matemática e Química em relação à carência de professores da educação básica. O objetivo foi investigar se a ampliação das vagas nos cursos de Licenciatura caminhava, ou não, no sentido da solução da carência de professores para a educação básica, com a modalidade deensino a distânciaem destaque.dentre os achados obtidos, os autores indicaram que apesar da ampliação das vagas, constatou-se que não houve um crescimento proporcional de candidatos ou de ingressos (p. 820). Contudo, o país conquistou avanços, como a ampliação do número de concluintes acima do crescimento das vagas, o que permitiu concluir que outras variáveis [...] são capazes de impactar positivamente nas estatísticas ao reduzir a evasão (p. 820). O objetivo desse trabalho é levantar, organizar e analisar uma série de dados estatísticos sobre a formação de professores de Física, de maneira cronológica, de modo a compreender os resultados e limites das ações implementadas pelo governo no sentido de reduzir a carência de professores. 2. METODOLOGIA Esse trabalho trata-se de uma pesquisa documental que teve como fonte de dados as Sinopses Estatísticas dos Censos da Educação Superior do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira INEP. Foram analisados os dados entre os anos de 2000 e Os anos anteriores a esse período não foram estudados porqueos cursos de Bacharelado e Licenciatura e as redes públicas e privadas não eram identificados pelo INEP e o posterior porque não havia sido publicado. A análise de dados foi realizada por meio de estatísticas descritivas [10]. Optou-se pela apresentação gráfica dos resultados e, quando necessário, a discussão quantitativa de valores como somatórios, médiasanuais e percentuais. A identificação das categorias administrativas e modalidades de ensino só foram realizadas quando os dados coletados permitiam essa distinção. Adotaram-se alguns padrões de cores para determinados dados, a saber: lilás representa os dados referentes a todos os cursos de graduação do Brasil; e azul, os dados referentes aos cursos de Licenciatura em Física. As vagas ociosas foram identificadas pela diferença entre o número de vagas ofertadas e o de ingressos no mesmo ano. Em algumas seções, os dados relativos à modalidade a distância foram analisados a partir dos anos de 2008 e 2009, ao invés de Isso se justificou porque a metodologia de coleta de dados do INEP foi alterada em 2008 (para os dados referentes a todos os cursos de graduação do Brasil) e em 2009 (para os dados referentes aos cursos de Licenciatura em Física). As taxas de evasão foram calculadas a partir de modelos matemáticos encontrados na literatura [9]. As fórmulas adotadas para o cálculo das taxas de evasão encontram-se logo a seguir: Fórmula 1: Fórmula adotada pelo Instituto Lobo para o cálculo da taxa de evasão. Fórmula2: Fórmula adotada pelo PROUNI. Fórmula 3: Fórmula adotada pelo OCDE/REUNI. 339
3 Onde: = taxa de evasão = matrículas = ingressos = concluintes = ano considerado 3. ANÁLISE DE DADOS 3.1 Vagas No período analisado, das 42,8 milhões de vagas ofertadas nos cursos de graduação, 10,7% foram oferecidas na modalidade presencial no setor público, 65,1% em cursos presenciais na iniciativa privada e 24,2% na modalidade a distância (público e privado). Em 2000, a iniciativa pública representava 20,1% das vagas na modalidade presencial e ao longo do período investigado cresceu 119,7%, enquanto que a iniciativa privada se expandiu 186,9%, fazendo com que em 2012 o setor público fosse responsável por apenas 16,2% das vagas ofertadas para o ensino superior presencial. Na modalidade a distância, os dados não permitem a realização de qualquer análise sobre as categorias administrativas. Figura 1: Número de vagas em todos os cursos de graduação do Brasil, segundo os anos, a categoria administrativa e a modalidade de ensino. Com relação ao curso de Licenciatura em Física, a modalidade presencial aumentou 387,4%. A modalidade a distância ofertou uma quantidade de vagas equivalente a 48,2% da modalidade presencial, permitindo ampliar o total de vagas em 576,5%, totalizando 118,5 mil vagas nas duas modalidades em todo o período. 340
4 Figura 2: Número de vagas no curso de Licenciatura em Física, segundo os anos e a modalidade de ensino. 3.2Candidatos O número de candidatos para todos os cursos presenciais de graduação alcançou o total de 38,9 milhões para o setor público e 38,3 milhões para a iniciativa privada ao longo do período. Já o ensino superior a distância obteve um total de 5,2 milhões de candidatos. A procura pelas instituições de ensino superior presenciais cresceu 201,9% nas públicas e 133,8% nas privadas. Figura 3: Número de candidatos a todos os cursos de graduação do Brasil, segundo os anos, a categoria administrativa e a modalidade de ensino. A respeito do curso presencial de Licenciatura em Física, é possível afirmar que houve 257,6 mil candidatos e um crescimento de 739,9% ao longo do período, o qual esteve concentrado nos últimos 3 anos da análise. Outro aspecto importante é que do total de candidatos, apenas 9,9% (cerca de 28,4 mil candidatos) buscaram a modalidade a distância, apesar dela representar 32,5% do total de vagas ofertadas. 341
5 Figura 4: Número de candidatos aos cursos Licenciatura em Física, segundo os anos e a modalidade de ensino. 3.3Ingressos e Vagas Ociosas Das 4,6 milhões de vagas ofertadas para todo o ensino superior público presencial, 9,0% ficaram ociosas. Na iniciativa privada presencial, das 27,9 milhões de vagas ofertadas, 49,3% ficaram ociosas. Observando o número de ingressos, é possível afirmar que no setor público houve um crescimento de 98,3% e na iniciativa privada, de 127,0%.Para o setor público na modalidade a distância, observou-seum total de 349 mil ingressos, com uma redução de 2008 para 2012 de 73,5%. A iniciativa privada na modalidade a distância recebeu um total de 1,8 milhões de ingressos, com um crescimento de 100,0% entre 2008 e Figura 5: Número de ingressos e vagas ociosas 1 em todos os cursos de graduação do Brasil segundo os anos, a modalidade de ensino e a categoria administrativa. Na Licenciatura em Física, do total de vagas ofertadas no ensino presencial (somando as duas categorias administrativas), cerca de 36,8% ficaram ociosas. Ao longo de todo o período, houve um crescimento de 278,8% de ingressos e de 787,0% de vagas ociosas. Já na modalidade à distância, o percentual de vagas ociosas no período de 2009 a 2012 representou 71,8% das vagas ofertadas. 1 Não é possível obter o total de vagas ociosas na modalidade a distância porque as Sinopses estatísticas disponibilizadas pelo INEP não identificam,nessa modalidade, as vagas ofertadas segundo as categorias administrativas. 342
6 Figura 6: Número de ingressos e vagas ociosas nos cursos de Licenciatura em Física segundo os anos e a modalidade de ensino. 3.4Matrículas Sobre o número de matrículas em todos os cursos de graduação presenciais, observa-se que a média anual da participação da iniciativa privada foi igual a 71,9%. Com relação à modalidade a distância,no período compreendido entre 2008 a 2012 observa-se que a iniciativa privada possuíauma média anual de participação nas matrículas igual a78,4%. Além disso, observou-se que ela teve um crescimento de 107,6% no período, enquanto que o setor público teve uma queda de 34,9%. Figura 7: Número de matrículas em todos os cursos de graduação, segundo os anos, a categoria administrativa e a modalidade. Sobre os dados dos cursos de Licenciatura em Física, na modalidade presencial o percentual médio anual de matrículas no setor públicofoi igual a 80,6% do total. Entre 2000 e 2012, a rede pública cresceu 318,8%, enquanto que a rede privada teve um crescimento de 0,29%. Na modalidade à distância, em média 91% das matrículas estão na rede pública. Outro aspecto importante foi a redução do número de matrículas nessa modalidade, que no setor público foi igual a 26%. 343
7 Figura 8: Número de matrículas nos cursos de Licenciatura em Física segundo os anos, a categoria administrativa e a modalidade de ensino. 3.5Concluintes Ao longo do período investigado, o país titulou cerca de 8,8 milhões de pessoas em todos os cursos presenciais de graduação. Desse total, 26,2% o fizeram em instituições públicas, a qual cresceu 80,0%, enquanto a iniciativa privada cresceu 217,3%. A modalidade a distância, no período de 2008 a 2012, titulou 672 mil pessoas, das quais 14,6% foram em instituições públicas. Figura 9: Número de concluintes segundo os anos, a modalidade de ensino e a categoria administrativa. Sobre o curso de Licenciatura em Física na modalidade presencial, 70,4% dos concluintes estão no setor público. No período entre 2009 e 2012, o percentual da participação do setor público na titulação de licenciados em Física por meio da modalidade a distância foi igual a 64,4%. Com relação à evolução, é possível afirmar que a iniciativa pública cresceu 460% na modalidade presencial e 941% na modalidade à distância (para o período de 2009 a 2012). Já a iniciativa privada teve um crescimento de 86% e 671% nas respectivas modalidades e intervalos de tempo. Considerando todas as categorias administrativas e modalidades de ensino para o 344
8 período de 2000 a 2012, é possível apontar que dos 15,6 mil professores de física titulados, 8,0% o fizeram na modalidade a distância. Figura 10: Número de concluintes nos cursos de Licenciatura em Física segundo os anos, a categoria administrativa e a modalidade de ensino. 3.6 Evasão As taxas de evasão para todos os cursos presenciais de graduação do país encontram-se na figura a seguir. Os valores obtidos sãodiferentes porque foram obtidos a partir de diferentes modelos matemáticos. Figura 11: Taxas de Evasão dos cursos de graduação segundo os anos e os diferentes modelos matemáticos para o seu cálculo. As taxas de evasão para o curso a Licenciatura em Física encontram-se na figura a seguir. Observa-se que as taxas do Instituto Lobo e do PROUNI, apresentam uma evasão média igual a 20%, enquanto que segundo o modelo adotado pela OCDE a média foi igual a 55%. Comparando-se esses resultados com todos os cursos de graduação, percebe-se que a evasão no curso de Licenciatura em Física é mais elevada. 345
9 Figura 12: Taxas de Evasão do curso presencial em Licenciatura em Físicasegundo os anos e os diferentes modelos matemáticos para o seu cálculo. 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS Esse estudo fez uma análise dos dados publicados pelo INEP sobre o ensino superior brasileiro, tendo o curso de Licenciatura em Física como foco. Seu foco não foi, à priori, discutir a evasão no curso de Licenciatura em Física, sendo este apenas um dos muitos dados relevantes. O objetivo foi analisar os resultados da política pública implementada pelo governo para a redução da carência de professores. Análises complementares serão adicionadas a esse estuo futuramente. Ao longo do trabalho, percebemos que o número de vagas na Licenciatura em Física aumentou 387%, um crescimento superior àquele observado nos demais cursos superiores, que foi igual a 200%. Esse aspecto pode ser uma evidência de que no momento atual a formação de professores tenha se tornando uma meta para o país. Destaca-se, contudo, que isso pode não ser suficiente para suprir a carência de professores, pois com o aumento das vagas, também cresceu o número de bancos vazios nas universidades. Em números, isso significa que 56,6 mil vagas não foram ocupadas. Assim, não basta apenas ofertar mais vagas, é preciso também instrumentos que minimizem essa ociosidade. Observou-se também que houve um aumento do número de candidatos para o curso presencial de Licenciatura em Física, principalmente nos últimos três anos. Esse crescimento recente foi semelhante ao observado nos demais cursos presenciais do ensino superior. Dentre as ações do governo que podem explicar esse crescimento, destaca-se o Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Esse sistema tornou osprocessos seletivosgratuitos, reduziu o número de provas que os candidatos fariam para tentar diferentes instituições de ensino superior e possibilitou os estudantes cursarem uma universidade distante de sua residência. Um dado que não está na análise realizada, mas encontra-se presente nos jornais são as baixas notas de corte nos cursos de Licenciatura, que frequentemente são menores que 600, enquanto que cursos como Medicina, Direito e Engenharia apresentam notas de corte superiores a 700. Nesse contexto, muitos alunos ingressam no curso de Licenciatura pela falta de opção ou pelo interesse de, posteriormente, migrar para outra opção. Assim, candidatos que não desejam ou não tem a formação mínima necessária para cursar uma Licenciatura em Física ingressam e, posteriormente, com os resultados obtidos em disciplinas como Física e Cálculo, evadem. Percebemos que em relação aos demais cursos superiores, a evasão em Física é maior. Isso reduz a eficiência das ações do governo e afasta a solução do problema da carência de professores de Física para a Educação Básica. A relação candidato/vaga era igual a 3,1 em Em 2007 essa relação caiu para 1,8. Foi apenas depois de 2011, com o grande crescimento de candidatos, que a relação candidato/vaga cresceu para 5,8. Algo que está de acordo com os dados mostrados, ou seja, aumentou a procura 346
10 pela Licenciatura em Física. Fato positivo, não fosse à alta evasão, que faz com que a ociosidade aumente ainda mais. Outro aspecto relevante é a evasão. Nesse trabalho, pretendeu-se apenas conhecer os valores desta a partir dos dados coletados pelo governo e dos modelos matemáticos encontrados na literatura. Não houve o objetivo de se analisar as causas, principalmente porque os dados analisados não permitem, tampouco de se propor soluções, pois este é um problema complexo. Ele envolve variáveis não acadêmicas como saúde e problemas financeiros dos alunos, falta de interesse/motivação, má remuneração do profissional diplomado, péssimas condições de trabalho do professor, problemas na estrutura formativa dos cursos de Licenciatura que envolve desde o currículo até as políticas afirmativas implementadas, etc. Esse aspecto pode ser visto, por exemplo, em uma pesquisa que procurou conhecer os motivos que levam os jovens com a melhor formação e interesse em realizar um curso de Licenciatura a evitar a carreira docente. A autora apresenta o seguinte resultado: Tabela 2: Fatores negativos sobre a docência respondidos pelos jovens que já pensaram em ser professores [11]. Fator % Baixa remuneração 40 Falta de identificação pessoal 19 Desvalorização social 19 Desinteresse e desrespeito dos alunos 17 Exigência de envolvimento pessoal na profissão 15 Falta de identificação profissional 13 Condições de trabalho 12 Com relação a modalidade à distância, a queda do número de matrículas nesta modalidade é uma consequência do modelo de EaD adotado pelo governo federal. O Sistema UAB foi montado a partir de editais da CAPES, tal que não se trata de um modelo de educação de fluxo contínuo implementado pelas instituições de ensino superior. Esse sistema foi implementado pelo governo federal por meio de bolsas temporárias pagas a professores de universidades que já exerciam as funções de ensino, pesquisa, extensão e administração em regimes de trabalho de 40 horas/semana. O que configura, de certa forma, uma precarização do trabalho docente. Conclui-se esse trabalho apontando que ele está em desenvolvimento e novas análises o complementarão a fim de melhor descrever a formação de professores de Física sob um olhar quantitativo. 1. R. S. Araujo; D. M. Vianna. A história da legislação dos cursos de Licenciatura em Física no Brasil: do colonial presencial ao digital a distância. Rev. Bras. Ensino Fís., São Paulo, v. 32, n. 4, dez Brasil. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Escassez de professores no ensino médio: propostas estruturais e emergenciais. Brasília: MEC, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Estudo exploratório do professor brasileiro com base nos resultados do Censo Escolar da Educação Básica Brasília: INEP. Disponível em: Acesso em: 30 jan F. Foreque, M.Falcão, F. Takahashi. 55% dos professores dão aula sem ter formação na disciplina. Folha de São Paulo. São Paulo, 26 dez Cotidiano, p P. R. M. Lima Junior. Evasão do ensino superior de Física segundo a tradição disposicionalista em sociologia da educação. Tese de Doutorado, UFRGS, M. F. Barroso, E. B. M. Falcão. Evasão universitária: o caso do Instituto de Física da UFRJ. In: Encontro Nacional de Pesquisa em Ensino de Física, IX. Anais,Jaboticatubas: SBF, S. M. Arruda et al. Dados comparativos sobre a evasão em Física, Matemática, Química e Biologia da Universidade Estadual de Londrina: 1996 a Caderno Brasileiro de Ensino de Física. V. 23, n.3,
11 8. P. Lima Junior; F. L. da Silveira; F. Ostermann. Análise de sobrevivência aplicada ao estudo do fluxo escolar nos cursos de graduação em física: um exemplo de uma universidade brasileira. Rev. Bras. Ensino Fís., São Paulo, v. 34, n. 1, mar R. S. Araújo, D. M. Vianna. A carência de professores de ciências e matemática na educação básica e a ampliação das vagas no ensino superior. Ciência & Educação, São Paulo, v. 17, n. 4, p , MOTULSKY, H. Intuitive Biostatistics. New York: Oxford University Press, B. A. Gatti. Atratividade da carreira docente no Brasil. São Paulo: Fundação Carlos Chagas Disponível em: Acesso em 14 de abr
20/09/2018
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