O DUALISMO ESQUEMA-CONTEÚDO EM QUINE 1

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1 O DUALISMO ESQUEMA-CONTEÚDO EM QUINE 1 NAIDON, Karen Giovana Videla da Cunha 2 ; ROMANINI, Mateus 3 1 Trabalho de Pesquisa _UFSM 2 Curso de Pós-graduação em Filosofia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Santa Maria, RS, Brasil 3 Curso de Pós-graduação em Filosofia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Santa Maria, RS, Brasil karengvidela@yahoo.com.br; ironmateus@yahoo.com.br RESUMO O objetivo deste trabalho é fazer uma breve reconstrução da discussão entre os filósofos Quine e Davidson acerca do conhecido terceiro dogma do empirismo. Este consistiria num dualismo entre esquema conceitual e conteúdo empírico e seria sustentado, dentre outros autores, pelo próprio Quine. Davidson, porém, dirige críticas a esse dualismo, alegando que o mesmo constituiria um dogma remanescente do empirismo e que, em última instância, acabaria por conduzir ao ceticismo. Diante dessas críticas, Quine oferece resposta, tentando melhor caracterizar o dualismo que sustenta. O trabalho está dividido em três partes principais. Na primeira delas, será apresentada a maneira como Davidson caracteriza o dualismo esquemaconteúdo de um modo geral e o modo como ele estaria configurado na filosofia de Quine. Na segunda parte, então, serão expostas as criticas de Davidson a referido dualismo. Na terceira e última parte, por fim, será apresentada a resposta de Quine frente a essas críticas. Palavras-chave: Quine; Davidson; Dualismo esquema-conteúdo. 1. INTRODUÇÃO O objetivo deste trabalho é proceder a uma breve reconstrução da discussão entre os filósofos W. Quine e D. Davidson acerca do que restou conhecido como o terceiro dogma do empirismo. Este consistiria num dualismo entre esquema conceitual e conteúdo empírico e seria sustentado, dentre outros autores, pelo próprio Quine. Davidson, porém, dirige críticas a esse dualismo, alegando que o mesmo constituiria um dogma remanescente do empirismo e que, em última instância, acabaria por conduzir ao ceticismo. Diante dessas críticas, Quine oferece resposta, tentando melhor caracterizar o dualismo que sustenta. 1

2 2. METODOLOGIA Precedeu-se à leitura e análise dos textos relevantes para o tema, sobretudo do artigo On the Very Idea of a Conceptual Scheme de Davidson e do artigo On the Very Idea of a Third Dogma de Quine. Com base nisso, apresentar-se-á, num primeiro momento, a maneira como Davidson caracteriza o dualismo esquema-conteúdo de um modo geral e o modo como ele estaria configurado na filosofia de Quine. Após isso, serão expostas as criticas de Davidson a referido dualismo. Por fim, será apresentada a resposta de Quine frente a essas críticas. 3. RESULTADOS E DISCUSSÕES 3.1. Terceiro dogma do empirismo e a filosofia de Quine O que diz Davidson sobre o terceiro dogma do empirismo? Davidson aborda a questão do terceiro dogma do empirismo sobretudo em seu artigo On the Very Idea of a Conceptual Scheme, no qual ele é descrito como um dualismo entre esquema conceitual, por um lado, e conteúdo empírico, por outro. Segundo o autor, tal dualismo seria sustentado por diversos filósofos, dentre os quais Quine. Para aqueles que sustentam o terceiro dogma, a linguagem na qual o esquema conceitual é expresso estaria em uma certa relação com o conteúdo empírico, relação esta que varia conforme o autor. Haveria, então, para Davidson, duas metáforas pelas quais os dualistas poderiam ser divididos: em uma delas, o esquema organiza o conteúdo empírico; na outra, ele se adapta a esse conteúdo. (2001: 191) Outro ponto importante que o autor esclarece é a variação quanto ao que constituiria o conteúdo empírico para os diferentes autores que sustentam o dualismo. Conforme Davidson, haveria também dois grupos entre os dualistas no que toca a este particular: um deles que entende por conteúdo algo como uma realidade (podendo ser usados também termos como natureza e universo ); o outro grupo costuma falar em experiência (ou então a cena presente, irritações da superfície, estímulos sensoriais dados dos sentidos ou simplesmente dados). (DAVIDSON, 2001: 192) Como Davidson coloca, a razão pela qual muitos autores sustentariam esse tipo de dualismo seria para viabilizar alguma espécie de relativismo conceitual. Para esta doutrina, não havia um único esquema conceitual partilhado, no qual mudanças de opinião ocorrem (pela mudança no elenco das sentenças que são tomadas como verdadeiras), mas sim esquemas distintos. 2

3 O ponto crucial aqui destacado por Davidson reside no fato de que, para tentar dar sentido à idéia de contraste ou mudança conceitual, muitos autores acabam por recorrer a uma base neutra, externa ao esquema conceitual, por referência à qual se pudesse concluir que dois esquemas conceituais são, de fato, distintos. Dita base neutra seria fornecida, justamente, pelo conteúdo empírico, razão pela qual muitos relativistas sustentam também um dualismo esquema-conteúdo. Davidson rejeita e critica a doutrina do relativismo conceitual e, com isso, o próprio dualismo que é utilizado por muitos para sustentá-la. Para o autor, referido dualismo seria insustentável e constituiria um dogma remanescente do empirismo tradicional. (DAVIDSON, 2001:189) Terceiro dogma do empirismo em Quine A despeito de sua famosa crítica aos dois dogmas do empirismo, Quine continuou a sustentar uma postura empirista. Com efeito, ele sustenta as duas seguintes teses empiristas: (1) se há evidência para a ciência é evidencia sensorial (QUINE, 1969: 75) (2) toda inculcação de significados repousa em última instância sobre evidência sensorial (QUINE, 1969: 75) Sendo assim, parece ser correto afirmar que ele sustenta uma concepção empirista com respeito à evidência e ao significado, uma vez que a evidência sensorial exerce um papel crucial em ambos os casos. Aquilo que Quine entende por evidência sensorial, contudo, difere do modo como conceberam outros empiristas que o antecederam. Evidência sensorial não seria, para ele, uma experiência de um sujeito cognoscente entendida como algo mental, algo que já envolveria sua consciência. Em vez disso, Quine prefere introduzir em seu lugar a noção de estimulação dos receptores sensoriais, a qual consistiria num evento físico que ocorre na superfície sensorial do corpo do indivíduo. Seriam essas estimulações, portanto, que seriam cruciais para o significado e para a evidência. Uma preocupação central de Quine consiste em fornecer uma explicação de como os seres humanos, enquanto sujeitos cognoscentes, adquirem sua teoria sobre o mundo. Nesse ponto, há que se ter presente que a estimulação dos receptores sensoriais do indivíduo seria a base para tal aquisição. A partir delas é que ele elabora conceitualizações sobre o que constitui o mundo, as quais, por sua vez, são formuladas na linguagem. O esquema conceitual daí resultante, que está consubstanciado em um conjunto de sentenças ligadas umas com as 3

4 outras formando uma espécie de rede, pode ser considerado como a teoria que esse indivíduo possui sobre o mundo. Dentre as sentenças que compõem tal teoria, umas estão mais diretamente ligadas às estimulações, enquanto outras, menos. Não obstante, pode-se dizer que o significado e a evidência para a verdade de tais sentenças depende, direta ou indiretamente, das estimulações dos receptores sensoriais do falante. Diante do até aqui exposto, então, pode-se perceber haver, na filosofia de Quine, um dualismo esquema-conteúdo como descrito por Davidson: o esquema conceitual estaria consubstanciado num conjunto de sentenças pertencentes a uma teoria e o conteúdo empírico consistiria nas estimulações dos receptores sensoriais do indivíduo Críticas de Davidson ao terceiro dogma do empirismo Há duas críticas principais de Davidson ao dualismo esquema-conteúdo: (1) a impossibilidade de dar sentido à própria noção e (2) o fato de ele conduzir ao ceticismo. Para Davidson, é impossível dar um sentido para a noção de dualismo esquemaconteúdo em função de dois fatores principais. Um desses fatores é que não se consegue atribuir um sentido claro à noção de organização de um objeto simples, mas tão somente se pode aplicar a noção a pluralidades. (DAVIDSON, 2001: 192) Isso ofereceria problemas, segundo Davidson, tanto se a coisa organizada for a realidade (mundo, universo, natureza), quanto se for a experiência (irritações da superfície, sensações, etc.). Em ambos os casos, haveria que se pensar na coisa organizada como algo composto de partes. Além disso, o autor aponta outra dificuldade no que atine a noção de experiência: se a linguagem na qual o esquema é expresso organiza a experiência, então, como poderiam ser excluídas do âmbito do que é organizado aquelas coisas sobre as quais as sentenças dessa linguagem falam, tais como facas, garfos, etc.? (DAVIDSON, 2001: 192) O segundo fator pelo qual Davidson pensa que a noção de dualismo esquema-conteúdo não pode ter um sentido claro reside na impossibilidade de recorrer também à noção de adaptação. Essa noção seria utilizada do seguinte modo: as sentenças de uma teoria (ou a teoria inteira) são verdadeiras quando se adaptam, ajustam à experiência. Assim, mesmo que uma sentença fale sobre mesas, cadeiras, etc., ela será verdadeira se se adaptar a experiência. O que ocorre, segundo Davidson, é que A noção de ajuste à totalidade da experiência (...) não acrescenta nada ao conceito simples de ser verdadeiro. (...) Nada, contudo, nenhuma coisa, torna sentenças e teorias verdadeiras: nem experiência, nem 4

5 irritações da superfície, nem o mundo podem tornar uma sentença verdadeira. (2001: 194) Davidson rejeita essa abordagem, ao que parece, pelo fato de que ela contém uma concepção que ele considera errônea acerca do conceito de verdade. A segunda e principal crítica de Davidson contra o dualismo esquema-conteúdo de Quine consiste na alegação de que o mesmo conduziria ao ceticismo. Para aquele autor, atribuir às estimulações sensoriais um papel crucial para a evidência e para o significado acabaria por criar um nível epistêmico intermediário entre o esquema conceitual consubstanciado em nossa teoria sobre o mundo e o próprio mundo. É nesse sentido que Davidson afirma que há um nível epistêmico intermediário entre o mundo que (nós assumimos que) causa nossas sensações e nossa conceitualização do mundo. O problema que eu vejo em tal epistemologia é que ela não escapa do ceticismo dos sentidos, porque nós podemos sempre perguntar se o mundo é do modo como imaginamos que ele é ou se estamos tendo as impressões que nós teríamos se o mundo fosse desse modo. (1994: 187) Em seu artigo Meaning, Truth and Evidence, Davidson propõe o seguinte experimento de pensamento que reforça sua crítica: imaginemos alguém que, quando um porco passa, tem precisamente os modelos de estimulação que eu tenho quando há um coelho em vista. Suponhamos que a sentença de uma palavra que o porco o inspira a assentir seja Gavagai. (DAVIDSON, 1990: 74) Nessa situação, se se quiser traduzir a sentença Gavagai desse indivíduo para a nossa linguagem, ter-se-á de traduzi-la por Olha, um coelho, já que ele está tendo as estimulações de coelho e as estimulações é que determinam o significado para Quine. Contudo, ao assim proceder, se estaria atribuindo uma crença falsa ao sujeito, a saber, a crença de que ele está diante de um coelho, enquanto ele está, em verdade, diante de um porco. Diante dessa hipótese, postular que as estimulações são cruciais para o significado e para a evidência acabaria por conduzir ao ceticismo, na medida em que restaria aberta a possibilidade de serem falsas, em sua maioria, as crenças de sujeitos como o do experimento mental acima, possibilidade esta que pode ser estendida, por sua vez, a nossas próprias crenças. De acordo com Davidson, faz-se necessária uma teoria do significado e uma epistemologia que de algum modo una os conteúdos de fala e pensamento às situações e objetos sobre os quais assumimos que aqueles conteúdos são (DAVIDSON, 1994: 190) Diante disso, há que se abandonar o terceiro dogma do empirismo. 5

6 3.3. Resposta de Quine Em seu artigo On the Very Idea of a Third Dogma, Quine oferece uma réplica à acusação de Davidson de que sustentaria o terceiro dogma do empirismo. Nessa ocasião, Quine tenta esclarecer precisamente a natureza do dualismo que sustenta. Para tanto, ele distingue entre duas formas de interpretar o dualismo esquemaconteúdo: uma delas na qual se tenta dar um suporte para a verdade e outra delas em que o suporte se restringe à evidência. Quine alega rejeitar o dualismo se a ele for conferida a primeira interpretação; contudo, a partir da segunda interpretação, Quine aceita o dualismo e afirma não se trata de um dogma. Nas palavras de Quine, se o empirismo é construído como uma teoria da verdade, então o que Davidson imputa a ele como um terceiro dogma é corretamente imputado e corretamente renunciado. (1981: 39) Por outro lado, se o empirismo é construído como uma teoria da evidência, porém, [ele] permanece conosco, salvo os dois dogmas (QUINE, 1981: 39) Para ele, então, o papel próprio da experiência ou irritação da superfície é como base não para a verdade mas para a crença justificada (1981: 39) 4. CONCLUSÃO Diante do exposto, pôde-se perceber que a maneira como Davidson interpreta o dualismo quineano não se coaduna perfeitamente com a maneira como o próprio Quine o entende. Não obstante, ainda assim resta o problema de explicar como a epistemologia de Quine poderia escapar do ceticismo ao qual parece conduzir, problema este que persiste mesmo entendendo-se o dualismo na interpretação mais restrita que propõe. REFERÊNCIAS DAVIDSON, D. On the Very Idea of a Conceptual Scheme. In: Inquiries into Truth and Interpretation. 2ª Ed. New York: Oxford University Press, On Quine s Philosophy. Theoria, n. 60, p , Meaning, Truth and Evidence. In: Barrett, R.; Gibson, R. (Org.) Perspectives on Quine. Cambridge: Blackwell, GIBSON, R. The Philosophy of W. V. Quine: An Expository Essay. Tampa: University of South Florida Press, QUINE, W. V. O. Two Dogmas of Empiricism. In: From a Logical Point of View. Cambridge: Harvard University Press,

7 . Word and Object. Cambridge: M. I. T. Press, Ontological Relativity and Other Essays. New York: Columbia University Press, Progress on Two Fronts. In: The Journal of Philosophy, v. XCIII, p , On the Very Idea of a Third Dogma. In: Theories and Things. Cambridge: Harvard University Press, HANASHIRO,D. M. M. ET AL. Gestão do Fator Humano: uma visão baseada em stakeholders. São Paulo: Saraiva,

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