Positivo Informática reverte resultado e registra lucro líquido de R$ 8,8 milhões em 2016

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1 Positivo Informática reverte resultado e registra lucro líquido de R$ 8,8 milhões em 2016 Curitiba, 16 de março de 2017 A Positivo Informática S.A. (BM&FBOVESPA: POSI3) anuncia hoje seus resultados do 4T16. As informações financeiras e operacionais a seguir se referem aos resultados consolidados da Positivo Informática S.A. e estão apresentadas em IFRS e em reais (R$). As comparações, exceto onde indicado, referem-se aos resultados do 4T15 e DESTAQUES DO 4T16 E 2016 Recuperação da lucratividade, mesmo com a economia brasileira sob forte recessão e cenário altamente desfavorável para o consumo; Preservação do market share no mercado de PCs, atingindo 15,3%¹ em 2016 (+0,6 p.p.); Contínuo avanço na diversificação do negócio, com celulares atingindo 38,7% do faturamento consolidado no 4T16 (+24,0 p.p.): Crescimento de 126% da receita líquida neste segmento no 4T16 Market share passou de 2,3%¹ em 2015 para 4,8%¹ em 2016 (+2,5 p.p.) Nova redução das despesas gerais e administrativas recorrentes de 29,2% no 4T16 e de 28,4% em 2016, mesmo sob o efeito da alta inflação; EBITDA Ajustado de R$ 35,9 milhões no 4T16 (+217,0%) e de R$ 143,7 milhões em 2016 (+59,5%), com margem de 8,2% (+3,3 p.p.); Lucro Líquido de R$ 8,8 milhões em 2016, revertendo o prejuízo de R$ 79,9 milhões registrado em 2015; Boa evolução dos projetos de geração de caixa, com redução do excesso de estoques e monetização de créditos tributários de R$ 88 milhões em 2016; Redução do endividamento líquido para R$ 220,2 milhões, o menor fechamento de exercício em cinco anos, e relação Dívida Líquida / EBITDA Ajustado de 1,5x; e Expansão na África: no 4T16 foram iniciadas as entregas do novo projeto educacional no Quênia para fornecimento de computadores e tablets para estudantes. ¹ Fonte: IDC

2 1) DESTAQUES FINANCEIROS Demonstrações de Resultados Var% Var% Var% (R$ milhões) 4T15 3T16 4T16 4T16 X 4T15 4T16 X 3T X 2015 Receita Líquida 496,4 413,8 392,1-21,0-5, , ,0-5,3 EBITDA (7,4) 42,3 40,5-644,0-4,4 (2,8) 147, ,3 EBITDA Ajustado* 11,3 33,0 35,9 217,0 8,7 90,1 143,7 59,5 Lucro (Prejuízo) Líquido -53,0 5,5 1,1-102,2-79,1 (79,9) 8,8-111,1 6 5,6 0,0 Margem EBITDA Ajustada 2,3% 8,0% 9,1% +6,9 p.p. +1,2 p.p. 4,9% 8,2% +3,3 p.p. Múltiplo 4T15 3T16 4T16 Dívida Líquida - fim de período 264,6 209,9 220,2 EBITDA Ajustado - últimos 12 meses 90,1 119,1 143,7 Múltiplo Dívida Líquida / EBITDA Ajustado 2,9x 1,8x 1,5x * Ajustado pelo efeito caixa do hedge cambial dos insumos, pela adição de 50% do EBITDA da joint-venture IFSA e por itens não recorrentes reconhecidos no resultado do 4T15. Maiores detalhes na seção EBITDA. 2) CONTEXTO ATUAL DA INDÚSTRIA E DA COMPANHIA No 4T16, o mercado de PCs no Brasil apresentou volumes modestos, embora dentro das expectativas da indústria. Segundo a IDC, foram 1,2 milhão de computadores vendidos, redução de 11,4% em relação ao 4T15. As maiores contrações foram verificadas nos segmentos de varejo (-19,0%) e de governo (-46,6%). No varejo, a demanda continua enfraquecida pela alta no desemprego, que em dezembro atingiu o recorde da série histórica da PNAD-IBGE, ao registrar 12,0%. A baixa confiança do consumidor inibe a compra dos itens com preços mais elevados, tipicamente vendidos em parcelas, como é o caso dos PCs. No governo, a instabilidade política e as iniciativas de contenção de gastos praticadas pelos principais órgãos resultaram em baixos volumes de licitações durante todo o ano. De fato, entre todos os segmentos, o de governo foi o que apresentou a retração mais brusca em 2016, com queda de 40,3%. Para efeito de comparação, entre janeiro e dezembro o mercado total de PCs no Brasil retraiu 31,9%, com variações de -28,5% no varejo e -24,7% no corporativo. O mercado de celulares apresentou números mais favoráveis. Embora no ano tenham reduzido 5,8%, no 4T16 foram vendidos 13,9 milhões de aparelhos no Brasil, crescimento de 14,6%. A dinâmica positiva se deve à grande intenção de compra de smartphones pela população brasileira. O produto é considerado como primeira necessidade e, entre os que já possuem, há forte anseio por reposição. Em pesquisa realizada pelo Google em parceria com o Ibope, durante a Black Friday de 2016, os smartphones apareceram no topo das intenções de compra de eletrônicos, com 38% da categoria. A Positivo Informática buscou capturar as oportunidades de crescimento em celulares e registrou avanço de 126% em termos de receita líquida no 4T16, que totalizou R$ 149 milhões. O destaque foi a linha Quantum, que foi introduzida no varejo em agosto e desde então tem apresentado crescente participação na receita total de celulares da companhia. No 4T16, os produtos Quantum foram responsáveis por 43% da receita consolidada de celulares, registrando crescimentos de 446% em relação ao 4T15 e de 104% na comparação com o 3T16. O desenvolvimento desta unidade de negócios é uma das principais bandeiras da companhia para Os PCs e tablets, por sua vez, apresentaram queda de 43% na receita líquida no 4T16, totalizando R$ 223 milhões, causada principalmente pela contração de 65% do faturamento no mercado de governo. Cumpre destacar que a companhia encerrou o ano com um volume atipicamente elevado de produtos faturados e em trâmite de entrega, o chamado cut-off contábil. Este efeito foi observado principalmente no segmento de governo, que possui um lento processo de aceite de entregas. No fechamento de 2016, este montante totalizou R$ 102 milhões (+141% vs. 4T15 e +133% vs. 3T16), sendo reconhecido como receita em janeiro de

3 1 0,9 0,8 0,7 0,6 0,5 0,4 0,3 0,2 0,1 0 16, 0% 14, 0% 12, 0% 10, 0% 8,0 % 6,0 % 4,0 % 2,0 % 0,0 % Rentabilidade As margens no 4T16 foram bastante saudáveis e registraram novo avanço, graças às ações envolvendo cortes agressivos de custo fixo, ganhos de eficiência em fábrica, logística e pós-vendas, além de medidas para eliminação do excesso de estoques, reduzindo as vendas promocionais de itens de giro lento em inventário. Os gráficos a seguir evidenciam a recuperação da rentabilidade da companhia. No caso das despesas gerais e administrativas, a redução de 29,2% em um ano pode ser considerada muito significativa, considerando a elevada inflação em Margem das Vendas¹ (% da Receita Líquida) 14,1% Despesas Gerais e Administrativas 2 (R$ milhões) 8,3% 5,2% 8,1% 4,8% 8,1% 9,6% 11,8% 20,9-11,4% -37,3% 18,5-29,2% 13,1 1T15 2T15 3T15 4T14 4T15 4T16 ¹Calculada pela receita líquida deduzida do CPV ajustado pelo hedge, das despesas com vendas e depreciações 2 Expurgando o histórico de gastos obrigatórios com P&D, itens extraordinários e depreciação. Ver item 4.2 Despesas Gerais e Administrativas Geração de Caixa A companhia tem se dedicado a dois projetos para incentivar a geração de caixa: (i) a monetização de impostos a recuperar e (ii) a redução do excesso de estoques. A seguir, estão apresentados os status destes projetos. (i) Plano de Monetização de Ativos Tributários (Projeto Manaus): em novembro de 2015, a companhia executou a migração da totalidade da produção de PCs e tablets de Curitiba para a Manaus, como parte do plano de monetização de ativos tributários. Em maio de 2016 foi realizada a migração da produção de smartphones. A última etapa foi iniciada em dezembro de 2016, com a migração da produção de placas-mãe de computadores e smartphones e de baterias para smartphones. Conforme detalhado nas últimas divulgações de resultados, o novo arranjo de fábricas proporciona um importante influxo de caixa. A razão é o diferimento do pagamento de impostos nas compras de insumos voltados à produção na Zona Franca de Manaus, que passam a ser pagos no momento da venda dos produtos acabados. Desta forma, há redução significativa da geração de novos créditos tributários e, por conseguinte, acelera-se o consumo do saldo detido de impostos federais a recuperar. Como efeito do plano, em 2016 a companhia monetizou R$ 88 milhões de seus créditos tributários, conforme pode ser observado pela variação de mesmo montante das contas de Impostos a Recuperar (ativo) e Obrigações Tributárias (passivo). 3

4 Simulação de Eficiência Tributária Caixa - R$ milhões Impostos a Recuperar 2015 Simulado Ano¹ Realizado no Ano 2015 (71) 80 (71) R$ 151 MM vs R$ 159 MM vs ¹Simulado com base na repetição do perfil de faturamento de 2015 nos próximos anos, no novo arranjo de plantas (ii) Redução do excesso de estoques: no segundo semestre de 2015, foram lançadas medidas para reduzir o excesso de estoques então existente e evitar sua reincidência. No 4T16, a companhia manteve seu conservadorismo nas aquisições de insumos, encerrando o período com R$ 62 milhões de estoques em excesso, redução de 54,1% em relação ao fim do 4T Excesso de Estoques (acima de 54 dias de produção)* R$ milhões set/15 dez/15 mar/16 jun/16 set/16 out/16 nov/16 dez/16 * Para fins de apuração, consideramos como excesso o estoque que supera 54 dias de produção, que representa o tempo médio desde a entrada dos materiais em estoque até a expedição dos produtos acabados. Posição de Caixa e Dívida Líquida: a companhia encerrou o exercício de 2016 com uma dívida líquida de R$ 220 milhões, o menor nível de encerramento do exercício em cinco anos. Também como parte de uma estratégia financeira conservadora, foi mantida elevada posição de caixa, com disponibilidades totais de R$ 478 milhões no fim do 4T16. 4

5 Perspectivas A companhia iniciou 2017 confiante no bom andamento de sua estratégia de diversificação de receitas, proteção de rentabilidade e geração de caixa. A seguir, detalhamos os principais fatores que devem favorecer o alcance desses objetivos: Celulares: após um aumento agressivo de receita em 2016, a companhia inicia o ano com boas perspectivas de se manter em trajetória de crescimento ainda que menos inclinada. A principal expectativa de crescimento recai sobre a Quantum, marca de smartphones com a melhor relação entre preço e configuração do mercado brasileiro, considerando os segmentos de configurações intermediárias e avançadas. Esta marca foi lançada em setembro de 2015 exclusivamente para vendas diretas e, no segundo semestre de 2016, foi introduzida no varejo brasileiro, proporcionando a capilaridade necessária para a alavancagem de vendas em Evolução Market Share Positivo (Brasil)¹ 4,0% 4,6% 4,8% Projeção do Mercado Brasileiro de PCs e Celulares (US$ bilhões 2017E) 2 13,1 3,0% 1,9% 2,3% 0,8% 1,3% 3,1 15,3% 4,8% 1T15 2T15 3T15 PCs Celulares ¹Fonte: IDC (anualizado) Market Share Positivo 2016 ²Fonte: IDC Conforme gráficos acima, constata-se que o mercado brasileiro de celulares é significativamente maior do que o de computadores e que a participação da companhia, embora crescente, ainda é relativamente pequena. Projeto TV Digital: conforme divulgado em Fato Relevante em fevereiro de 2017, a companhia celebrou com a Seja Digital um contrato para o fornecimento de decodificadores set-top-box, no âmbito do programa de migração do sinal analógico para o digital da televisão aberta do Brasil. Esta contratação deve garantir uma receita de R$ 267 milhões, com reconhecimento previsto entre fevereiro e setembro de Este faturamento poderá ser ampliado, dado que estão previstas novas rodadas de tomadas de preço, por parte da Seja Digital, para aquisição de lotes adicionais de decodificadores. A companhia continuará participando destas concorrências com o objetivo de ampliar seu faturamento no programa, que prevê a distribuição destes aparelhos para as 14 milhões de famílias beneficiárias do programa Bolsa Família. Expansão na África: a partir do 4T16, os produtos Positivo BGH começaram a ser fornecidos em um novo projeto educacional no continente africano. A joint venture entre a companhia e o grupo argentino BGH celebrou um acordo com o governo do Quênia, em parceria com uma universidade local, para o fornecimento de computadores e tablets para estudantes. O contrato prevê o fornecimento de 324 mil dispositivos entre o 4T16 e 2017, com faturamento estimado de US$ 100 milhões para a sociedade estabelecida para este projeto. 5

6 Início das vendas de produtos VAIO na América do Sul: em setembro de 2016, foi inaugurada a operação com a marca VAIO na Argentina, em operação administrada pela joint venture entre a companhia e a BGH. No primeiro trimestre de 2017 a sociedade iniciou as vendas no Chile. O projeto de expansão ainda prevê a comercialização de dispositivos para o Uruguai no primeiro semestre de Hi Technologies: para o primeiro semestre de 2017, está previsto o lançamento de dispositivos inovadores na área de saúde pela Hi Technologies, empresa que teve 50% de seu capital adquirido pela Positivo Informática no início de A companhia visualiza uma grande oportunidade no segmento, caracterizado pela forte ênfase em P&D e com propriedade intelectual protegida. 3) VOLUMES E RECEITAS 3.1) VOLUMES No 4T16, as vendas de telefones celulares registraram 490,6 mil aparelhos, crescimento de 49,7% em relação ao 4T15. O volume foi impulsionado pelos smartphones, que atingiram 375,0 mil unidades (+142,4%), em função da entrada da marca Quantum no varejo a partir de agosto de 2016 e da boa aceitação da linha Positivo Twist. As vendas de tablets reduziram 53,8% em relação ao 4T15, basicamente devido à decisão da companhia de restringir a venda deste formato no Brasil a projetos pontuais e sob encomenda no varejo. Nos mercados corporativos e de governo continua a atuar normalmente. Por sua vez, os computadores apresentaram redução de 37,5% no volume de vendas no 4T16, em função da contração nos mercados de governo e varejo no Brasil, em que a companhia possui maior exposição. As vendas sob a marca Positivo BGH reduziram 20,7% devido a menores entregas a clientes de governo no período. Espera-se a recuperação de volumes no continente africano nos próximos trimestres devido à aceleração das entregas do projeto no Quênia. Volume de Vendas Var% Var% Var% (em unidades) 4T15 3T16 4T16 4T16 X 4T15 4T16 X 3T X 2015 Telefones Celulares ,7-30, ,9 Smartphones ,4-30, ,6 Feature Phones ,2-30, ,8 Tablets ,8 4, ,0 Positivo ,4-14, ,4 Positivo BGH ,3 14, ,9 PCs ,5 19, ,6 Desktops ,1-25, ,5 Notebooks ,6 37, ,8 PCs - por canal ,5 19, ,6 Varejo ,8 12, ,6 Governo ,8 74, ,3 Corporativo ,7-33, ,8 PCs - por marca ,5 19, ,6 Positivo ,2 10, ,4 Positivo BGH ,7 48, ,6 6

7 Participação dos Dispositivos nas Vendas (unidades) PCs e Tablets Telefones Celulares 20,4% 7,3% 16,3% 17,8% 15,9% 50,3% 73,3% 54,5% 59,0% 69,3% 29,2% 19,5% 29,3% 23,2% 14,8% Tablets Notebooks Desktops 23,7% 23,6% 52,8% 50,6% 46,8% 49,4% 76,3% 76,4% 53,2% 47,2% Feature Phones Smartphones Composição da Receita Líquida de Dispositivos Produto Canal DT 45,4% NB 31,2% Outros 6,8% Outros 3,7% NB 33,1% DT 23,9% Varejo 48,2% Gov. 40,0% Gov. 17,8% Varejo 69,1% TB 3,1% TB 0,8% TC 13,4% TC 38,5% Corp. 11,8% Corp. 13,0% 4T15 4T16 4T15 4T16 NB: Notebooks TB: Tablets DT: Desktops TC: Telefones Celulares Corp : Corporativo Gov.: Governo 3.2) PREÇO MÉDIO Apresentamos a seguir os fatores que influenciaram a variação de preço médio em reais dos produtos no 4T16 em relação ao 3T16: Desktops: +21,1%, devido à maior proporção de entregas a clientes de governo, que usualmente apresentam configurações, serviços e tempo de garantia superiores aos praticados no varejo. Notebooks: -7,0%, pelo efeito da queda do dólar e do aumento da proporção de vendas de configurações de entrada para o mercado de varejo. Tablets: -15,3%, refletindo a menor proporção de vendas de equipamentos de maior configuração no mercado corporativo. Telefones celulares: +22,9%, devido ao avanço da proporção de smartphones Quantum, vendidos com preços sempre superiores em relação aos produtos com marca Positivo. 7

8 Preço Médio Var% Var% Var% Positivo (1) 4T15 3T16 4T16 4T16 X 4T15 4T16 X 3T X 2015 Dólar Médio do Período (2) 3,0822 3,8610 3, ,1-9,8 3,2568 3,2478-0,3 Desktops Em R$ 1.943, , ,9 49,5 21, , ,6 28,5 Em US$ 506,6 737,2 876,8 73,1 18,9 586,6 715,8 22,0 Notebooks Em R$ 1.088, , ,1 6,4-7, , ,0 19,2 Em US$ 284,1 737,2 352,9 24,2-52,1 326,2 363,6 11,5 Tablets Em R$ 334,7 360,8 305,6-8,7-15,3 398,0 466,2 17,1 Em US$ 86,9 111,2 92,2 6,1-17,1 122,9 134,4 9,3 Telefones Celulares Em R$ 237,0 280,8 345,2 45,7 22,9 212,5 265,1 24,8 Em US$ 61,7 86,4 104,9 69,8 21,3 62,8 77,9 24,1 ¹Considera apenas os produtos comercializados no mercado brasileiro. ²Cálculo da companhia, ponderado pela venda mensal para reduzir distorções sazonais, com base na PTAX Venda do BACEN. 3.3) RECEITA BRUTA A receita bruta registrou R$ 437,9 milhões no 4T16, redução de 17,1% em relação ao 4T15, basicamente em função da forte contração de vendas no mercado de governo. A receita no varejo foi impulsionada pelo bom desempenho com celulares, cuja receita bruta avançou 118,0%. No exercício de 2016 a receita bruta registrou R$ 1.941,4 milhões, reduçao de 2,7%. Receita Bruta Var% Var% Var% (R$ milhões) 4T15 3T16 4T16 4T16 X 4T15 4T16 X 3T X 2015 Receita Bruta Total 528,3 465,7 437,9-17,1-6, , ,4-2,7 Dispositivos por tipo 519,2 458,9 430,8-17,0-6, , ,2-2,9 Desktops 229,5 114,5 106,1-53,8-7,4 846,2 620,7-26,6 Notebooks 161,7 113,6 136,2-15,8 19,9 631,4 553,1-12,4 Telefones Celulares 77,7 197,5 169,4 118,0-14,3 254,1 617,7 143,1 Tablets 16,6 4,7 3,4-79,4-27,6 118,0 24,6-79,2 Outros 33,7 28,6 15,8-53,2-44,9 116,4 92,0-21,0 Dispositivos por canal 519,2 458,9 430,8-17,0-6, , ,2-2,9 Varejo 258,6 305,2 297,2 14,9-2,6 991, ,3 22,0 Governo 197,3 69,8 79,6-59,6 14,1 707,2 463,5-34,5 Corporativo 63,3 83,9 54,0-14,6-35,6 267,6 235,3-12,1 Tecnologia Educacional 9,1 6,8 7,1-22,3 4,2 29,9 33,2 10,9 3.4) DEDUÇÕES SOBRE A RECEITA BRUTA As deduções da receita bruta, compostas por impostos e devoluções, totalizaram R$ 45,7 milhões no 4T16 e corresponderam a 10,4% do faturamento, aumento de 4,4 p.p. em relação ao 4T15, principalmente em decorrência da nova cobrança do diferencial de alíquota de ICMS para vendas diretas interestaduais desde janeiro de Em 2016, as deduções totalizaram R$ 195,3 milhões, o que representou 10,1% da receita bruta, aumento de 2,4 p.p. em relação ao exercício de

9 3.5) RECEITA LÍQUIDA Receita Líquida Var% Var% Var% (R$ milhões) 4T15 3T16 4T16 4T16 X 4T15 4T16 X 3T X 2015 Receita Líquida Total 496,4 413,8 392,1-21,0-5, , ,2-5,3 Dispositivos por tipo 487,9 407,3 385,3-21,0-5, , ,7-5,3 Desktops 221,7 101,0 92,1-58,4-8,8 798,1 561,2-29,7 Notebooks 152,2 102,4 127,5-16,2 24,5 581,3 506,0-13,0 Telefones Celulares 65,6 176,2 148,5 126,3-15,7 218,5 544,8 149,3 Tablets 15,2 2,9 3,1-79,5 7,5 107,6 21,6-79,9 Outros 33,2 24,8 14,1-57,5-43,2 109,8 86,1-21,6 Dispositivos por canal 487,9 407,3 385,3-21,0-5, , ,7-5,3 Varejo 235,2 267,9 266,3 13,2-0,6 883, ,6 20,4 Governo 194,9 64,7 68,8-64,7 6,3 684,6 439,8-35,7 Corporativo 57,7 74,8 50,3-12,9-32,8 247,1 216,3-12,5 Tecnologia Educacional 8,5 6,5 6,8-20,0 4,7 28,0 26,5-5,3 4) DESEMPENHO FINANCEIRO 4.1) CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS (CPV) E LUCRO BRUTO Custo dos Produtos Vendidos Var% Var% Var% (R$ milhões) 4T15 3T16 4T16 4T16 X 4T15 4T16 X 3T X 2015 Matéria Prima e Insumos (376,0) (262,1) (242,5) -35,5-7,5 (1.403,2) (1.169,5) -16,7 Depreciação e Amortização (15,7) (4,2) (4,1) -73,6-2,0 (29,3) (18,5) -36,7 Outros (18,2) (14,3) (12,8) -29,7-10,7 (63,5) (51,6) -18,8 Total (409,9) (280,7) (259,4) -36,7-7,6 (1.496,0) (1.239,6) -17,1 Conciliação CPV ajustado (+) Efeito caixa do hedge dos insumos* (2,1) (13,5) (9,6) 357,1-28,9 25,7 (44,3) -272,4 Total ajustado (412,0) (294,2) (269,0) -34,7-8,6 (1.470,3) (1.283,9) -12,7 * Representa os valores recebidos (ou pagos) pela companhia em instrumentos de hedge cambial contratados para a cobertura dos insumos dolarizados. Tais valores são líquidos da variação cambial sobre as faturas em dólar. Custo dos Produtos Vendidos (% da Receita Líquida) 83,0% 78,6% 75,4% 71,1% 68,0% 81,2% 73,4% 82,6% 78,2% 71,9% 67,8% 66,2% 79,8% 71,0%

10 O CPV ajustado pelo hedge representou 68% da receita líquida consolidada, redução de 15,0 p.p. em relação ao 4T15, acompanhando a normalização das margens de contribuição. Em 2016, o CPV ajustado pelo hedge consumiu 73,4% da receita líquida, redução de 6,4 p.p. em relação a Insumos A conta de matéria-prima e insumos com ajuste do hedge correspondeu a 64,3% da receita líquida no 4T16, redução de 11,9 p.p. em relação ao 4T15. A melhora decorreu da normalização das margens precificadas para venda, dado que no segundo semestre de 2015 a companhia realizou vendas promocionais de itens de giro lento em inventário. A taxa média do dólar na internalização registrou R$ 3,28 no 4T16, redução de 15,0% em relação ao 4T15. A companhia entende que a análise desta conta com ajuste pelo resultado do hedge e da variação cambial é a forma mais adequada para compreender a dinâmica das margens, pois a precificação é estabelecida considerando as posições de hedge contratadas, que são exigidas por política interna. Outros Os outros custos totalizaram 4,3% da receita líquida do 4T16, redução de 1,3 p.p. em relação ao 4T15, em função do menor custo com depreciações e com serviços de instalações de equipamentos, que foram contratados em maior escala no fim de 2015 para o atendimento a um projeto envonvendo uma rede nacional de agências bancárias. Lucro Bruto O lucro bruto registrou R$ 132,7 milhões no 4T16, acompanhado de margem bruta de 33,8%. Em 2016, o lucro bruto atingiu R$ 506,4 milhões (+45,9%), acompanhado de margem bruta de 29,0% (+10,2 p.p.). Com os dados ajustados pelo resultado do hedge e da variação cambial, a margem bruta registrou 32,0% no 4T16 (+15,0 p.p.) e 26,6% em 2016 (+6,4 p.p.). 4.2) DESPESAS OPERACIONAIS Despesas Operacionais Var% Var% Var% (R$ milhões) 4T15 3T16 4T16 4T16 X 4T15 4T16 X 3T X 2015 Despesas com Vendas (82,7) (78,1) (77,1) -6,8-1,3 (305,4) (308,2) 0,9 Despesas Gerais e Administrativas (33,8) (25,0) (27,5) -18,7 9,8 (107,3) (101,8) -5,1 Resultado Financeiro (14,1) (19,9) (25,5) 80,4 27,7 (17,8) (111,6) 527,4 Outras Receitas (Despesas) (4,1) 0,3 0,3-107,4 2,3 (4,1) 1,4-133,6 Total (134,7) (122,8) (129,7) -3,7 5,6 (434,5) (520,2) 389,6 Despesas com Vendas As despesas com vendas totalizaram R$ 77,1 milhões no 4T16 e corresponderam a 19,7% da receita líquida, crescimento de 3,0 p.p. em relação ao 4T15. No acumulado do ano, as despesas com vendas representaram 17,6%, crescimento de 1,0 p.p. em relação a Ambas as variações foram causadas pelo aumento das despesas com marketing, devido ao maior desembolso com verbas de propaganda cooperada e rebate, com a finalidade de combater os efeitos do enfraquecimento da demanda. 10

11 Despesas com Vendas Var% Var% Var% (R$ milhões) 4T15 3T16 4T16 4T16 X 4T15 4T16 X 3T X 2015 Marketing (31,1) (34,8) (38,5) 23,9 10,8 (112,8) (134,6) 19,4 Assistência Técnica e Garantia (25,7) (19,3) (18,3) -29,0-5,5 (87,9) (80,6) -8,4 Depreciação e Amortização (6,5) (3,2) (2,9) -55,1-9,4 (24,2) (13,9) -42,4 Outros (19,4) (20,8) (17,4) -10,2-16,6 (80,5) (79,0) -1,9 Total (82,7) (78,1) (77,1) -6,8-1,3 (305,4) (308,2) 0,9 % da Receita Líquida 16,7 18,9 19,7 +3,0 p.p. +0,8 p.p. 16,6 17,6 +1,1 p.p. Despesas com Vendas (% da Receita Líquida) Despesas de Marketing (% da Receita Líquida) 16,7% 15,9% 16,5% 18,9% 19,7% 6,3% 6,8% 6,3% 8,4% 9,8% Despesas de Assistência Técnica e Garantia (% da Receita Líquida) Outras Despesas com Vendas (% da Receita Líquida) 5,2% 4,4% 4,7% 4,7% 4,7% 3,9% 3,7% 4,8% 5,0% 4,4% Marketing Os investimentos em marketing totalizaram R$ 38,5 milhões no 4T16 e representaram 9,8% da receita líquida, crescimento de 3,6 p.p. em relação ao 4T15. O aumento está relacionado ao aumento da proporção de faturamento no varejo em 20,9 p.p. na comparação anual, mercado que leva maiores provisões de verbas comerciais. Adicionalmente, foram concedidos maiores rebates para os canais de venda, de forma a estimular o giro dos produtos. Vale destacar que tais aumentos tem sido devidamente repassados aos preços, conforme atestado pela melhora da margem de contribuição nos últimos períodos. Assistência Técnica e Garantia Os recursos destinados à assistência técnica e garantia totalizaram R$ 18,3 milhões no 4T16 e representaram 4,7% da receita líquida, redução de 0,5 p.p. em relação ao 4T15, acompanhando a menor proporção de vendas no mercado de governo, que usualmente possuem prazo de garantia mais longo e serviços de pós-venda com maior custo e complexidade, em relação ao mercado de varejo. Em 2016, tais despesas totalizaram R$ 80,6 milhões e corresponderam a 4,6% da receita líquida, redução de 0,2 p.p. em relação a 2015, refletindo ganhos de eficiência e o aumento na proporção de vendas de celulares, que levam menores provisões para despesas desta natureza. 11

12 Despesas Gerais e Administrativas No 4T16, as despesas gerais e administrativas totalizaram R$ 27,5 milhões, redução de 18,7% em relação ao 4T15. No período, o montante de R$ 6,7 milhões foi reconhecido como despesas obrigatórias com P&D e outros R$ 2,8 milhões como valores extraordinários, relativos principalmente a custos com rescisões do projeto de reestruturação do quadro administrativo Expurgando-se o histórico de itens extraordinários, de gastos obrigatórios com P&D e os efeitos depreciação, esta conta teria registrado R$ 13,1 milhões, redução de 29,2% em relação aos dados também ajustados do 4T15. Em 2016, as despesas gerais e administrativas registraram R$ 101,8 milhões, redução de 5,1% em um ano. Expurgando-se os itens extraordinários, os gastos obrigatórios com P&D e os efeitos de depreciação e amortização, o ganho anual atingiu 28,4%, mesmo sob elevada inflação entre os períodos. Gerais e Administrativas Var% Var% Var% (R$ milhões) 4T15 3T16 4T16 4T16 X 4T15 4T16 X 3T X 2015 Pessoal e Remuneração dos Administradores (11,2) (11,2) (11,6) 3,6 3,7 (45,3) (44,5) -1,8 Outros (7,3) (1,4) (1,5) -79,5 5,1 (29,3) (9,0) -69,4 Subtotal - pré itens extraordinários, P&D, depreciação e amortização (18,5) (12,6) (13,1) -29,2 3,8 (74,6) (53,4) -28,4 (+) Depreciação e Amortização (3,6) (4,5) (4,8) 34,8 7,5 (12,1) (17,0) 40,0 (+) Pesquisa e Desenvolvimento - P&D (4,1) (5,3) (6,7) 63,2 27,3 (11,4) (21,5) 89,0 (+) Itens extraordinários (7,6) (2,6) (2,8) -63,0 7,4 (9,1) (9,9) 8,1 Total Geral (33,8) (25,0) (27,5) -18,7 9,8 (107,3) (101,8) -5,1 Resultado Financeiro O resultado financeiro do 4T16 ficou negativo em R$ 25,5 milhões, prejudicado pela perda na conta de variação cambial, de R$ 8,6 milhões. Esta conta está representada pela soma do (i) resultado dos instrumentos de hedge, que foi negativo em R$ 6,6 milhões; e (ii) do efeito da oscilação cambial sobre as obrigações em aberto denominadas em moeda estrangeira, que registrou uma perda em R$ 2,0 milhões. As demais despesas financeiras totalizaram R$ 16,9 milhões, afetadas por um maior volume de cartas de crédito ao final de 2016 e por um ganho, reconhecido no 4T15, de R$ 3,9 milhões referentes à atualização monetária de depósitos judiciais. Em 2016, o resultado financeiro ficou negativo em R$ 111,6 milhões, também afetado pela perda na conta de variação cambial de R$ 58,0 milhões. Cumpre mencionar que a perda financeira com variação cambial em 2016 foi compensada pela redução no custo dos produtos vendidos, conforme mencionado na seção 4.1. Desconsiderando a conta de variação cambial, o resultado financeiro de 2016 totalizou um montante negativo de R$ 53,6 milhões, referente ao custo da dívida líquida, das cartas de crédito a fornecedores e do custo de carregamento da posição elevada de caixa. Este resultado foi praticamente em linha com o registrado em 2015, quando a soma de receitas e despesas financeiras resultou em perda de R$ 52,3 milhões. Resultado Financeiro Var% Var% Var% (R$ milhões) 4T15 3T16 4T16 4T16 X 4T15 4T16 X 3T X 2015 Efeito caixa do hedge dos insumos (2,1) (13,5) (9,6) 357,1-28,9 25,7 (44,3) -272,4 Marcação a mercado e outros itens não caixa (3,2) 8,9 1,0-132,1-88,4 8,8 (13,7) -255,0 Subtotal - Variação Cambial (a) (5,3) (4,6) (8,6) 61,7 86,2 34,5 (58,0) -267,9 Receitas Financeiras 24,9 20,4 22,6-9,2 10,9 70,3 91,0 29,4 Despesas Financeiras (33,7) (35,7) (39,5) 17,2 10,6 (122,6) (144,6) 17,9 Subtotal - Custo da Dívida e outros (b) (8,8) (15,3) (16,9) 91,7 10,1 (52,3) (53,6) 2,4 Total Geral (a + b) (14,1) (19,9) (25,5) 80,4 27,7 (17,8) (111,6) 527,4 12

13 4.3) EBITDA Apresentamos a seguir a conciliação do EBITDA Ajustado com o efeito caixa do hedge dos insumos e de despesas extraordinárias. No 4T16, o EBITDA Ajustado registrou R$ 35,9 milhões, acompanhado de margem de 9,1% (+6,9 p.p.), favorecido pela normalização das margens de contribuição, que no segundo semestre de 2015 foram afetadas por vendas promocionais de itens de giro lento em inventário. Em 2016, o EBITDA Ajustado totalizou R$ 143,7 milhões, crescimento de 59,5% em relação a A margem EBITDA ajustada encerrou 2016 em 8,2% (+3,3 p.p.). EBITDA Var% Var% Var% (R$ milhões) 4T15 3T16 4T16 4T16 X 4T15 4T16 X 3T X 2015 Lucro (Prejuízo) Líquido (53,0) 5,5 1,1-102,2-79,1 (79,9) 8,8-111,1 Depreciação e Amortização (26,6) (12,0) (12,0) -54,9-0,4 (66,8) (49,9) -25,3 Resultado Financeiro (14,1) (19,9) (25,5) 80,4 27,7 (17,8) (111,6) 527,4 Equivalência Patrimonial (4,9) (4,8) (1,0) -78,8-78,8 7,6 23,5 207,3 IR e Contribuição Social 0,0 (0,0) (0,8) N/A ,0 (0,1) (0,8) 495,7 EBITDA (7,4) 42,3 40,5-644,0-4,4 (2,8) 147, ,3 Margem EBITDA (%) -1,5 10,2 10,3 +11,8 p.p. +0,1 p.p. -0,2 8,5 +8,6 p.p. Conciliação de EBITDA Ajustado: EBITDA (7,4) 42,3 40,5-644,0-4,4 (2,8) 147, ,3 (1) Efeito caixa do hedge dos insumos (2,1) (13,5) (9,6) 357,1-28,9 25,7 (44,3) -272,4 (2) Rescisões extraordinárias 5,7 0,0 0,0-100,0 N/A 9,5 4,1-56,7 (3) Excedente de despesas de P&D 1,5 0, ,0 N/A 12, ,0 (4) Despesas - Projeto Manaus 0,6 0, ,0 N/A 0, ,0 (5) EBITDA Joint Ventures (50%) 13,1 4,2 5,0-61,7 19,0 43,9 36,2-17,5 EBITDA Ajustado 11,3 33,0 35,9 217,0 8,7 90,1 143,7 59,5 Margem EBITDA Ajustada (%) 2,3 8,0 9,1 +6,9 p.p. +1,2 p.p. 4,9 8,2 +3,3 p.p. Múltiplo Dívida Líquida - fim de período 264,6 209,9 220,2 EBITDA Ajustado - últimos 12 meses 90,1 119,2 143,7 Múltiplo Dívida Líquida / EBITDA Ajustado 2,9x 1,8x 1,5x A seguir, estão descritos os itens que compõem o EBITDA Ajustado: 1) Ganho caixa do hedge dos insumos: representa os valores recebidos (ou pagos) pela companhia em instrumentos de hedge cambial contratados para a cobertura dos insumos dolarizados. Tais valores são líquidos da variação cambial sobre as faturas em dólar. Por serem integralmente ligados aos insumos, a companhia entende que seu resultado é operacional. 2) Rescisões extraordinárias: referem-se à adequação do quadro de colaboradores ao menor patamar de receita, dado o cenário recessivo, e à migração de posições de trabalho de Curitiba para Manaus. 3) Excedente de despesas de P&D: são desembolsos com projetos de P&D exigidos pela Lei de Informática, regulados em cerca de 2% da receita da companhia. Em 2015, tais despesas haviam sido previamente contratadas com base em uma perspectiva de faturamento maior do que a realizada. Sendo assim, nos primeiros nove meses de 2015, já haviam sido reconhecidas despesas suficientes para cobrir a obrigação do ano. 4) Despesas Projeto Manaus: referem-se a gastos que não foram considerados como investimento. 13

14 5) EBITDA Joint Venture (IFSA): refere-se a metade do EBITDA apurado pelas operações na Argentina e Ruanda, cuja participação da companhia nestas sociedades é de 50%. Divulgamos este ajuste desde o 1T13, devido à introdução de uma regulamentação contábil que passou a tratar joint ventures pelo método de equivalência patrimonial, que é excluído do cômputo do EBITDA tradicional. 4.4) LUCRO (PREJUÍZO) LÍQUIDO Foi apurado lucro líquido contábil de R$ 1,1 milhão no 4T16. Em 2016, a companha apurou lucro líquido de R$ 8,8 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 79,9 milhões registrado em ) CAPITAL DE GIRO O capital de giro financeiro, composto pelos estoques, contas a receber e fornecedores, totalizou R$ 416,8 milhões no fim do 4T16, aumento de 7,3% em relação ao 4T15. O crescimento foi causado primordialmente pelo elevado volume de produtos faturados e em trâmite de entrega ( cut-off contábil), que totalizou R$ 102 milhões (+141% vs. 4T15 e +133% vs. 3T16). Adicionalmente, a companhia encerrou 2016 com um maior volume de compras para atendimento das vendas do primeiro trimestre, se comparado à mesma posição no fim de 2015, em virtude de uma expectativa de receita superior. O capital de giro representou 23,9% da receita líquida anualizada em 31/12/2016, aumento de 2,8 p.p. em relação ao registrado no 4T15. Capital de Giro COM Materiais em Trânsito (R$ Milhões final do período) Capital de Giro SEM Materiais em Trânsito (em dias final do período) (1) Em dias da receita líquida (2) Em dias do CPV Contas a Receber 277,8 252,7 381,3 307,1 288,3 Estoques 393,7 369,2 374,9 439,1 468,4 Fornecedores (283,1) (242,4) (315,0) (335,6) (339,9) Capital de Giro 388,4 379,6 441,2 410,6 416,8 Contas a Receber (1) Estoques (2) Fornecedores (2) (55) (57) (51) (80) (89) Ciclo de Conversão de Caixa Evolução do Capital de Giro (em % da receita líquida dos últimos 12 meses) Evolução do Ciclo de Conversão de Caixa (em dias) +2,8 p.p. +36 dias 21,1% 21,5% 23,5% 22,2% 23,9%

15 500,0 450,0 400,0 350,0 300,0 250,0 200,0 150,0 100,0 2,9 x 2,4 x 1,9 x 1,4 x 0,9 x 0,4 x -0,1x 6) FLUXO DE CAIXA E DÍVIDA LÍQUIDA No 4T16 a geração operacional de caixa ficou negativa em R$ 1,6 milhões, principalmente em decorrência de pagamentos de ajustes de operações de hedge referentes a vendas futuras, no montante de R$ 12,7 milhões. Em 2016, a geração operacional atingiu R$ 79,7 milhões, beneficiada pela melhora dos resultados e pela monetização de impostos a recuperar, no valor de R$ 88 milhões. Fluxo de Caixa Sintético (R$ milhões) 4T15 3T16 4T Lucro (Prejuízo) Líquido do Período (53,0) 5,5 1,1 (79,9) 8,8 (+) Depreciação e amortização 26,6 12,0 12,0 66,7 49,9 Geração de Caixa Interna (26,4) 17,5 13,1 (13,1) 58,7 (+) Capital giro operacional 91,8 5,5 (6,9) 260,7 (26,3) (+) Outros ativos e passivos 3,8 (6,6) (8,9) (136,2) 70,8 (+) Equivalência Patrimonial 4,9 4,8 1,0 (7,6) (23,5) Geração de Caixa Operacional 74,0 21,2 (1,6) 103,8 79,7 (+) Investimentos (44,5) (5,7) (9,2) (69,9) (36,6) (+) Dividendos 0,1 0,0 0,0 1,4 0,0 (+) Ações de tesouraria 0,0 0,8 0,5 0,0 1,3 Aumento (Redução) da Dívida Líquida (29,6) (16,3) 10,3 (35,2) (44,4) Dívida (Caixa) Líquida no Início do Período 294,2 226,2 209,9 299,8 264,6 Dívida (Caixa) Líquida no Final do Período 264,6 209,9 220,2 264,6 220,2 A geração de caixa auferida em 2016 permitiu uma redução do endividamento líquido da companhia da ordem de R$ 44,4 milhões, queda de 16,8% em relação ao fim de Evolução da Dívida Líquida e Múltiplo Trimestral (R$ milhões) * R$ -44,4 milhões 2,9x 2,7x 1,9x 1,7x 1,5x 264,6 244,7 226,2 209,9 220,2 Dívida Líquida Múltiplo Dívida Líquida / EBITDA Ajustado *Inclui saldo de instrumentos financeiros 15

16 7) INVESTIMENTOS Os investimentos totalizaram R$ 9,0 milhões no 4T16 e R$ 39,5 milhões em 2016, sendo em sua maior parte relacionados a atividades de P&D da unidade de Tecnologia Educacional, aumento de capital efetuado na joint venture com o grupo BGH, de forma a suportar o crescimento de sua operação na África e investimentos no desenvolvimento e adequação de soluções de TI para o Projeto Manaus, que demandou diversos ajustes no sistema integrado de gestão empresarial (ERP). Para o ano de 2017, a companhia deverá realizar investimentos de R$ 28,0 milhões, compreendendo, basicamente, o desenvolvimento de soluções em tecnologia educacional, adequação da produção de placas-mãe e baterias em Manaus, aprimoramentos do sistema ERP e desembolsos gerais de manutenção de infraestrutura. 8) MERCADO DE CAPITAIS Performance das Ações As ações da Positivo Informática encerraram o 4T16 cotadas a R$ 2,79, indicando um valor de mercado de R$ 245,0 milhões. A performance da POSI3 no 4T16 está demonstrada na tabela a seguir. Parâmetros 4T16 Cotação de Fechamento (R$) 2,79 Cotação Mínima (R$) 2,71 Cotação Máxima (R$) 4,24 Variação POSI3-10,3% Variação Ibovespa 3,2% Alocação das Ações em Circulação Em 31 de dezembro de 2016, a companhia contava com 5,0 mil pessoas físicas em sua base acionária, detentoras de 54,1% das ações em circulação. Os investidores institucionais detinham 37,8% do freefloat, conforme apresentado a seguir: Alocação do Free-Float Institucional Estrangeiro 26,1% Varejo 54,1% Institucional Local 11,7% Tesouraria 8,1% 31/12/

17 Contato RI Lincon Lopes Ferraz Diretor Financeiro e de RI Diogo Fantinato Coordenador de Planejamento Financeiro e RI ir@positivo.com.br Tel: (+55 41) Website de RI: Teleconferência 4T16 Sexta-feira, 17 de março de 2017 > Português 10h30 (horário de Brasília) 09h30 (horário NY) Ligações originadas no Brasil: (11) Ligações originadas no exterior: +55 (11) Código: Positivo > Inglês 11h30 (horário de Brasília) 10h30 (horário NY) Ligações originadas nos Estados Unidos: 1 (844) Ligações originadas em outros países: 1 (412) Código: Positivo Sobre a Positivo Informática: Criada em 1989, a Positivo Informática (BM&FBOVESPA: POSI3) tem presença nacional e internacional, oferecendo as mais avançadas soluções de tecnologia, da fabricação de computadores ao desenvolvimento de ferramentas educacionais. A companhia atua com dois segmentos de negócios: Hardware e Tecnologia Educacional. No portfólio do segmento de Hardware, a empresa oferece uma linha completa de computadores (desktops e notebooks), tablets e telefones celulares. Para dar suporte a todas as suas atividades conta com uma rede de assistências técnicas cobrindo a totalidade das cidades brasileiras, além da CRP - Central de Relacionamento Positivo. No segmento de Tecnologia Educacional, a Positivo Informática é reconhecida pelo pioneirismo no desenvolvimento e pela qualidade das soluções tecnológicas em seus três segmentos de atuação: ensino particular, ensino público e varejo. As soluções educacionais da Positivo Informática estão presentes em mais de 14 mil escolas e são exportadas para mais de 40 países. Positivo Informática na Internet: 17

18 DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADO (Em R$ mil) 4T15 3T16 4T16 Var% 4T16 x 4T15 Var% 4T16 x 3T Var% 2016 x 2015 RECEITA BRUTA DE VENDAS Venda de produtos ,0-6, ,2 Prestação de serviços ,2-1, ,0 DEDUÇÕES SOBRE VENDAS ,1-6, ,7 Devoluções e descontos comerciais (8.165) (21.719) (23.050) 182,3 6,1 (54.931) (84.988) 54,7 Impostos e contribuições (23.723) (30.213) (22.705) -4,3-24,9 (97.860) ( ) 12,8 (31.888) (51.932) (45.755) 43,5-11,9 ( ) ( ) 27,9 RECEITA LÍQUIDA ,0-5, ,3 CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS E SERVIÇOS PRESTADOS ( ) ( ) ( ) -36,7-7,6 ( ) ( ) -17,1 LUCRO BRUTO ,3-0, ,9 (DESPESAS) RECEITAS OPERACIONAIS Com vendas (82.670) (78.133) (77.084) -6,8-1,3 ( ) ( ) 0,9 Gerais e administrativas (33.785) (25.007) (27.458) -18,7 9,8 ( ) ( ) -5,1 Receitas financeiras ,2 10, ,4 Despesas financeiras (33.705) (35.731) (39.506) 17,2 10,6 ( ) ( ) 17,9 Variação cambial e monetária (5.302) (4.603) (8.572) -61,7-86, (58.008) 267,9 Outras receitas (despesas) operacionais líquidas (4.140) ,4 2,3 (4.051) ,7 ( ) ( ) ( ) -3,7 5,6 ( ) ( ) 19,7 RESULTADO DE EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL (4.857) (4.844) (1.029) -78,8-78, ,3 LUCRO OPERACIONAL (53.022) ,7-64,0 (79.742) ,1 LUCRO LÍQUIDO APTES DOS EFEITOS TRIBUTÁRIOS (53.022) ,7-64,0 (79.742) ,1 Provisão para Imposto de Renda 0 (2) (828) 0,0 0,0 (139) (828) 495,7 Provisão para Contribuição Social ,0 0, ,0 Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos ,0 0, ,0 LUCRO LÍQUIDO DO PERÍODO (53.022) ,2-79,1 (79.881) ,1 18

19 BALANÇO PATRIMONIAL (R$ mil) ATIVO 31/12/ /09/ /12/2015 PASSIVO 31/12/ /09/ /12/2015 CIRCULANTE Disponibilidades CIRCULANTE Empréstimos e financiamentos Contas a receber Fornecedores Estoques Salários e encargos a pagar Impostos a recuperar Provisões Adiantamento diversos Impostos e contribuições Impostos diferidos circulante Dividendos a pagar Saldo de instrumentos financeiros Partes Relacionadas Receita diferida Saldo de instrumentos financeiros Outros créditos Partes Relacionadas Outras contas a pagar Total do circulante Total do circulante NÃO CIRCULANTE NÃO CIRCULANTE Realizável a Longo Prazo Exigível à Longo Prazo Impostos a recuperar Empréstimos e financiamentos Tributos diferidos Outras Provisões Contas a receber Provisão para contigências Outros créditos Impostos diferidos LP Investimentos Investimentos - Joint Venture Imobilizado líquido Intangível líquido Passivo a descoberto em controladas Outros contas a pagar Total do não circulante Total do não circulante PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital social Reserva de capital Reserva de lucros Ações em tesouraria Ajuste de avaliação patrimonial Total do patrimônio líquido TOTAL DO ATIVO TOTAL DO PASSIVO

20 DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA (Em R$ mil) 4T15 3T16 4T (Prejuízo) Lucro Líquido do Período (53.022) (79.881) Reconciliação do lucro líquido com o caixa obtido nas operacões: Depreciação e Amortização Ganho (perda) no valor justo dos instrumentos financeiros (47.084) (18.760) (38.282) Provisão para riscos trabalhistas, tributários e cíveis (1.521) (234) (1.626) (4.028) Provisão para créditos de liquidação duvidosa Provisão para estoques obsoletos (4.928) Stock Options Ganho/perda na alienação de imobilizados (271) - - (1.909) - Juros sobre empréstimos (59.456) Variação cambial (188) ( ) Atualização monetária - - (4.252) - (11.559) Imposto de renda e contribuição social diferidos Equivalência patrimonial (7.642) (23.482) (Aumento) diminuição de ativos: Contas a receber (23.757) Estoques (74.260) (5.977) (82.513) Impostos a recuperar (5.558) (71.210) Adiantamentos diversos (5.842) (11.239) (10.274) (8.249) Outros ativos (3.304) (764) (3.995) Aumento (diminuição) de passivos: Fornecedores (83.437) (28.097) Contas a pagar e provisões (6.719) (14.554) (16.340) (22.373) Obrigações tributárias (10.419) Outros passivos (18.808) (18.554) Caixa líquido obtido das (aplicado nas) atividades Operacionais FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO Recebimento de dividendos Aquisição do Investimento (6.765) Aquisição de imobilizado (7.779) (2.199) (1.044) (15.485) (9.977) Aumento do Intangível (36.717) (3.517) (8.138) (54.439) (19.873) Caixa líquido aplicado nas atividades de investimento (38.609) (5.716) (9.182) (58.333) (36.615) FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO Pagamento de lucros e dividendos (5.815) - - (5.815) - Empréstimos (pagos)/captados, líquido Partes relacionadas (5.639) 316 (2.212) (10.373) Ações em tesouraria Caixa líquido obtido das (aplicado nas) atividades de financiamento (34.464) ( ) AUMENTO (REDUÇÃO) NO CAIXA E EQUIVALENTES NO PERÍODO (9.108) (72.507) CAIXA E EQUIVALENTES NO INICIO DO PERÍODO Variação cambial sobre caixa e equivalentes (4.002) CAIXA E EQUIVALENTES NO FINAL DO PERÍODO

21 Algumas das afirmações aqui contidas se baseiam nas hipóteses e perspectivas atuais da administração da Companhia que poderiam ocasionar variações materiais entre os resultados, performance e eventos futuros. Os resultados reais, desempenho e eventos podem diferir significativamente daqueles expressos ou implicados por essas afirmações, como um resultado de diversos fatores, tais como condições gerais e econômicas no Brasil e outros países; níveis de taxa de juros e de câmbio, mudanças em leis e regulamentos e fatores competitivos gerais (em bases global, regional ou nacional). 21