Situação do câncer em Minas Gerais e suas macrorregiões de saúde

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1 Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer e seus fatores de risco de Minas Gerais Situação do câncer em Minas Gerais e suas macrorregiões de saúde Estimativas de Incidência e Mortalidade para o ano 2013, válidas para 2014 Perfil da Mortalidade Perfil da Assistência na Alta Complexidade Belo Horizonte, MG 2013

2 SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DE MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais (SES-MG) Subsecretaria de Vigilância e Proteção à Saúde (SVPS) Superintendência de Vigilância Epidemiológica, Ambiental e Saúde do Trabalhador (SVEAST) Diretoria de Análise e Situação de Saúde (DASS) Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer e seus Fatores de Risco (PAV-MG) Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves Rodovia Prefeito Américo Gianetti S/N 13 andar Ala Par Bairro Serra Verde CEP Belo Horizonte, MG pav.se@saude.mg.gov.br Tel: (31) Governador do Estado de Minas Gerais Antônio Augusto Junho Anastasia Secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais Antônio Jorge de Souza Marques Secretário Adjunto de Saúde Francisco Antônio Tavares Jr. Chefe de Gabinete Marta de Souza Lima Subsecretário de Vigilância e Proteção à Saúde Carlos Alberto Pereira Gomes Subsecretário de Políticas e Ações em Saúde Maurício Rodrigues Botelho Subsecretário de Inovação e Logística em Saúde João Luiz Soares Subsecretária de Regulação Maria Letícia Duarte Campos Subsecretário de Gestão Regional Gilberto José Rezende dos Santos Assessora de Comunicação Social Gisele Maria Bicalho Rezende Superintendente de Vigilância Epidemiológica, Ambiental e Saúde do Trabalhador Deise Aparecida dos Santos Diretoria de Saúde do Trabalhador / CEREST Estadual Elice Eliane Nobre Ribeiro Diretoria de Análise de Situação de Saúde Aline Machado Caetano Costa Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer PAV-MG Coordenadora Berenice Navarro Antoniazzi (Epidemiologista) Estatísticas Carina Celi Inácio do Nascimento Thays Aparecida Leão D Alessandro Médico Patologista dos Registros de Câncer Gil Patrus Mundim Pena Supervisoras de Campo dos Registros de Câncer Claudina Agnese Casale (RHC) Karina Elizabeth Evangelista (RCBP) Apoio dos Registros de Câncer Sheila Braz Francisco Registradoras de Câncer do RCBP Emília Aparecida Pereira Aguiar Gleisson Neves Gazeta Jane Reis Benevides Raquel Regina Rodrigues Silvania Lourenço Ribeiro Digitador do RCBP Emerson Pacheco de Carvalho Apoio Administrativo e Supervisora de Campo de Inquéritos Angela Maria do Amparo Projeto gráfico e produção gráfica Autêntica Editora A635s MINAS GERAIS. Secretaria de Estado da Saúde. Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer e seus Fatores de Risco PAV/MG. Situação do câncer em Minas Gerais e suas macrorregiões de saúde: estimativas de incidência e mortalidade para o ano 2013, válidas para 2014: perfil da mortalidade: perfil da assistência na alta complexidade / Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais. Belo Horizonte: SES-MG, v p.; il. Color. Inclui bibliografia Inclui anexo 1. Neoplasias. 2. Estimativas 3. Mortalidade 4. Assistência. I. Secretaria de Estado da Saúde. Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer e seus Fatores de Risco PAV/MG III. Título NLM QZ 200 Esta publicação é uma produção da Superintendência de Vigilância Epidemiológica, Ambiental e Saúde do Trabalhador SVPS/SES/MG, com recursos dos Rendimentos do Convênio 199/02 Prevenção e Controle do Câncer Ações de Vigilância. Permitida a reprodução desde que citada a fonte. Tiragem: exemplares.

3 Elaboração Berenice Navarro Antoniazzi Carina Celi Inácio do Nascimento Thays Aparecida Leão D Alessandro Colaboradores Erika Guerrieri Barbosa Gil Patrus Mundim Pena Mariana Gonçalves de Freitas Agradecimentos Agradecemos à equipe técnica da Coordenação Geral de Prevenção e Vigilância do Instituto Nacional de Câncer (INCA) responsável pela elaboração das estimativas nacionais, por nos doar seu tempo e sua metodologia. Às fontes notificadoras dos Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) de Belo Horizonte e de Poços de Caldas, que contribuíram com seus dados para que pudéssemos construir as estimativas de câncer para as macroregiões do estado de Minas Gerais; fato inédito que muito nos orguha. À Secretaria Municipal de Saúde de Poços de Caldas pela contribuição de seu RCPB nas estimativas de incidência de câncer no estado. Aos Registros Hospitalares de Câncer de Minas Gerais, que nos enviam seus dados e acreditam no nosso trabalho. À equipe da Diretoria de Saúde do Trabalhador da SVPS/SES-MG, pelos dados das atividades produtivas do estado e das macrorregiões. Fontes Notificadoras do Registro de Câncer de Base Populacional (RCBP) de Belo Horizonte Associação dos Amigos do Hospital Mário Penna Citocenter Centro de Citologia e Anatomia Patológica Ltda. Citodiagnóstico Serviços Ltda.

4 Citokraft Laboratório de Citologia e Anatomia Patológica Ltda. Diagnose Anatomia Patológica e Citologia Ltda. Fundação Benjamin Guimarães Hospital da Baleia Hospital Alberto Cavalcanti Hospital Belo Horizonte Hospital da Policia Militar Hospital das Clínicas da UFMG Hospital Evangélico Hospital Felício Rocho Hospital Governador Israel Pinheiro (HGIP) Hospital Júlia Kubitschek Hospital Luxemburgo Hospital Madre Teresa Hospital Mater Dei S.A. Hospital Municipal Odilon Bherens Hospital São Francisco Hospital Semper Hospital Vera Cruz Instituto Moacyr Junqueira Ltda. IRA Instituto Roberto Alvarenga Ltda. José de Souza Andrade Filho Sociedade Civil Ltda. Labo Cito Exames Citológicos Ltda. Laboratório Analys Ltda. Laboratório da Faculdade de Odontologia da UFMG Laboratório Dairton Miranda Ltda. Laboratório de Análises Clínicas Humberto Abrão Ltda. Laboratório de Anatomia Patológica e Citopatologia Confins Ltda. (CONLAB) Laboratório Hermes Pardini Laboratório Hugo Silviano Brandão Laboratório Municipal de Referências e Análises Clínicas Laboratório PUC Patologia Faculdade de Odontologia Laboratório Salomé Anatomia Patológica e Citologia Ltda. Laboratório Tafuri de Patologia Laboratórios Boechat Anatomia Patológica e Citologia Ltda. Maternidade Odete Valadares Núcleo de Anatomia Patológica e Citopatalogia S. C. Ltda. Pittella & Andrade Anatomia Patológica e Citopatologia Ltda. Pró Célula Exames Citológicos Ltda. Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte Serviço de Anatomia Patológica Virchow Ltda. Sistema de Informação do Câncer de Mama (SISMAMA) Sistema de Informação do Câncer do Colo do Útero (SISCOLO) Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM)

5 Fontes Notificadoras do Registro de Câncer de Base Populacional (RCBP) de Poços de Caldas Centro Infantil de Investigacões Hematológicas Dr. Domingos A. Boldrini (Campinas) Centro Médico para Prestação de Serviços (Dr. Nimio Rafael Garcete Balbuena) Centro Municipal de Especialidades Médicas Núcleo Leste Clínica Memorial Ltda. Fundação Oncocentro de São Paulo (FOSP) Fundação Pio XII (Barretos) Hospital Pedro Sanches Hospital Santa Lúcia Hospital do Coração Hospital São Domingos Hospital Unimed Pronto Atendimento Instituto de Onco-Hematologia SC Ltda. Instituto de Patologia José Carlos Correa Ltda. Instituto de Prevenção e Diagnóstico (IPD) J Janini (Varginha) Irmandade do Hospital da Santa Casa de Poços de Caldas Laboratório Prognose Lapaci Poços de Caldas Ltda. Oncogen Centro de Oncologia e Genética Molecular Ltda. Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) Sistema de Informação do Câncer do Colo do Útero (SISCOLO) Sistema de Informação do Câncer de Mama (SISMAMA) Sonner Sistemas de Informática Registros Hospitalares de Câncer de Minas Gerais Associação Feminina de Prevenção e Combate ao Câncer de Juiz de Fora (ASCOMCER) Associação de Combate ao Câncer do Brasil Central Hospital Dr. Hélio Angotti de Uberaba Associação dos Amigos do Hospital Mário Penna de Belo Horizonte Casa de Caridade Nossa Senhora do Perpétuo Socorro de Alfenas Centro de Quimioterapia Antiblástica e Imunoterapia (CQAI) de Belo Horizonte Clínica Memorial Ltda. de Poços de Caldas Fundação Benjamim Guimarães - Hospital da Baleia de Belo Horizonte Fundação de Saúde Dílson de Quadros Godinho de Montes Claros Hospital Alberto Cavalcanti de Belo Horizonte Hospital Bom Pastor de Varginha Hospital das Clínicas da UFMG de Belo Horizonte Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) de Uberaba Hospital das Clínicas Samuel Libânio de Pouso Alegre Hospital de Cataguases Hospital do Câncer de Muriaé Hospital Dr. João Felício de Juiz de Fora Hospital Felício Rocho de Belo Horizonte Hospital Ibiapaba de Barbacena Hospital Luxemburgo de Belo Horizonte Hospital Márcio Cunha de Ipatinga

6 Hospital Nossa Senhora das Dores de Ponte Nova Hospital Nossa Senhora das Graças Irmandade de Nossa Senhora de Sete Lagoas Hospital Professor Osvaldo R. Franco de Betim Hospital Samaritano Beneficência Social Bom Samaritano de Governador Valadares Hospital São Francisco de Belo Horizonte Hospital São João de Deus - Fundação Geraldo Corrêa de Divinópolis Instituto Oncológico de Juiz de Fora Irmandade do Hospital da Santa Casa de Poços de Caldas Irmandade Nossa Senhora de Montes Claros Santa Casa de Misericórdia de São João Del Rei Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte Santa Casa de Misericórdia de Passos Secretaria Municipal de Saúde de Poços de Caldas Secretária Municipal de Saúde: Aparecida Linhares Pimenta Equipe técnica do RCPB de Poços de Caldas Yula Merola Rosilene de Oliveira Rosimeire Garcia Cristiano de Lima Comissão Assessora do RCPB de Poços de Caldas Yua Merola (presidente) André Schenka (médico patologista) Helena Maria Barbosa (médica oncologista) Nímio Rafael Garcete Balbuena (médico oncologista) Nivaldo Carlos Silva (pesquisador do LAPOC da Comissão Nacional de Energia Nuclear CNEN) Romeu Nacarato (médico cirurgião) Victor Cardillo (médico clínico geral) Equipe técnica da Diretoria da Saúde do Trabalhador/CEREST Estadual da SVPS/SES-MG Elice Eliane Nobre Ribeiro Cecília Martins Coelho Cristiane Moreira Magalhães Andrade Érika Guerrieri Barbosa Hellen Alessandra Pereira Janaina Passos de Paula Marcela de Lacerda Alexandrino Maria José Barbosa Sá de Souza Mariana Gonçalves de Freitas Patrícia Malta Pinto Sandra Regina Soares Moreno de Souza Claúdia Regina de Carvalho Rocha Roberta Silva de Faria Rosemary da Silva

7 APRESENTAÇÃO A Subsecretaria de Vigilância e Proteção à Saúde através da Superintendência de Vigilância Epidemiológica, Ambiental e Saúde do Trabalhador e da Diretoria de Vigilância da Situação de Saúde, apresenta a nova publicação do Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer de Minas Gerais, que desde o ano 2000 tem se empenhado na otimização de seus processos de trabalho para a obtenção do cenário de Minas Gerais em relação ao câncer, especialmente nos aspectos que tangem a morbidade, que traduz a incidência e o perfil da doença no Estado, aspectos até então não priorizados ou não tão bem explorados em estudos anteriores. Esta realização encontra-se alinhada à agenda estratégica do Projeto desta Subsecretaria, que prioriza o fortalecimento da vigilância em saúde, bem como a diretriz dos projetos estruturadores do Governo Estadual e diretrizes nacionais do Ministério da Saúde de qualificar a informação para tomada de decisão visando serviços públicos efetivos e de alto valor agregado. Foi sob esta ótica, a de publicar um documento que sirva à qualificação da política mineira de abordagem do câncer, que a equipe técnica do Programa de Vigilância do Câncer utilizou de toda a sua expertise analítica e institucional para a tradução e divulgação da presente análise. O ponto alto da mesma é de expor, pela primeira vez, as estimativas de incidência e mortalidade por câncer em cada um dos territórios sanitários macrorregionais para o ano de 2013, válidas para Assim, é com grande satisfação que convidamos profissionais, estudiosos do tema, cidadãos e especialmente os gestores de políticas públicas de saúde deste Estado, à apreciação desta relevante publicação, na expectativa de que a mesma proporcione as reflexões e o desenvolvimento de medidas necessárias à concretização de resultados ao cidadão, resultados estes passíveis de serem mensurados pelas edições vindouras. Carlos Alberto Pereira Gomes Subsecretário de Vigilância e Proteção à Saúde de Minas Gerais Deise Aparecida dos Santos Superintendente de Vigilância Epidemiológica, Ambiental e Saúde do Trabalhador de Minas Gerais

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9 SUMÁRIO INTRODUÇÃO...11 O QUE É CÂNCER...13 METODOLOGIA MINAS GERAIS MACRORREGIÃO CENTRO MACRORREGIÃO CENTRO SUL MACRORREGIÃO JEQUITINHONHA MACRORREGIÃO LESTE MACRORREGIÃO LESTE DO SUL MACRORREGIÃO NORDESTE MACRORREGIÃO NOROESTE MACRORREGIÃO NORTE MACRORREGIÃO OESTE MACRORREGIÃO SUDESTE MACRORREGIÃO SUL MACRORREGIÃO TRIÂNGULO DO NORTE MACRORREGIÃO TRIÂNGULO DO SUL REFERÊNCIAS ANEXOS As Principais Localizações Primárias de Câncer Fatores de Risco para o Câncer Registros de Câncer Projeção Populacional para o ano de 2013 por Minas Gerais e Macrorregiões de Saúde Proporção de Causas mal definidas em Minas Gerais e Macrorregiões de Saúde entre 2000 e Detalhamento dos Setores de Atividade Econômica...355

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11 INTRODUÇÃO São vários tipos de doenças que englobam a palavra câncer e que cada vez mais conquistam espaço como problema de saúde pública no nosso Estado. Conforme a literatura, os cânceres acometem indistintamente pessoas de todas as idades, sexo, raça, culturas, países e religiões. Diferenças regionais são atribuídas à diferença na exposição da população a fatores de risco, associados ao estilo de vida ou diretamente relacionados a características genéticas da população. O propósito dessa publicação é o de reunir um conjunto de informações para situar a magnitude do câncer e as projeções futuras, no Estado e macrorregiões, para fundamentar o planejamento estratégico dos gestores em sua região de abrangência. Nessas análises foram amplamente utilizados os sistemas de informação do Ministério da Saúde, o de mortalidade do DATASUS e dos registros de câncer do Instituto Nacional de Câncer, que estão disponíveis na internet para acesso ao público. Ressalte-se que a captação primária desses dados ocorre em Minas Gerais e que a rede estadual de informação de câncer conta com dois registros de câncer de base populacional e trinta e três registros hospitalares de câncer. Para cada território de análise, são apresentados os aspectos gerais da região, as estimativas de incidência de câncer para o ano 2013, a mortalidade por neoplasias no ano 2010 e o perfil da assistência no ano Mediante à complexidade do tema, foi também realizada a análise de situação para dez principais localizações primárias. Nos anexos encontram-se informações gerais de suporte aos textos como também uma revisão de literatura do tema de estudo. Não poderíamos deixar de considerar sobre o monitoramento do Instituto Nacional de Câncer ao Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer ao longo desses anos, possibilitando dados de qualidade e que hoje pudéssemos contar com as estimativas regionais. De outro modo, igualmente importantes são os colaboradores, hospitais e laboratórios, públicos ou privados, eixos estruturadores do sistema estadual de informação de câncer. Esperamos que essas análises promovam a revisão de responsabilidades de todos nós para o controle do câncer em nosso Estado. Berenice Navarro Antoniazzi Coordenadora do Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer de Minas Gerais Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 11

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13 O QUE É CÂNCER? O câncer denota genericamente o conjunto de neoplasias malignas. Embora a palavra câncer evoque a noção de mal, a denominação abarca grande grupo de doenças diversas, desde doenças de evolução indolente até doenças de progressão fulminante. Entre esses extremos, podemos encontrar doenças em matizes intermediários de agressividade. Diferentes tipos celulares (células epiteliais, células mesenquimais, células linfoides, etc.) originam diferentes tipos de neoplasia, com evolução distinta, formas de tratamentos particulares e prognósticos próprios. Simplesmente mencionar o câncer como um problema de saúde não é suficiente para esclarecer com que entidade lidamos: é necessário indicar, pelo menos, qual o órgão acometido (a topografia) e o tipo celular da neoplasia (morfologia). As neoplasias malignas representam crescimentos celulares desordenados, fora dos controles fisiológicos, que constituem novas populações celulares, previamente inexistentes. O comportamento maligno atribuído a determinadas neoplasias deriva de características próprias das células em proliferação, principalmente as propriedades de invadir os tecidos e de originar metástase a distância. Para que uma neoplasia maligna se forme, é necessário que ocorram modificações no material genético (DNA) das células do próprio indivíduo. Essas alterações genéticas podem ser induzidas por agentes químicos, físicos e biológicos. Outras modificações são ainda necessárias, para que o DNA previamente alterado possa se expressar, modificando o fenótipo e o comportamento da célula. Classicamente, a primeira modificação é denominada iniciação e a segunda de promoção. Posteriormente, a neoplasia entra em progressão, etapa em que ocorre o crescimento tumoral. Nesse crescimento, as células se dividem, com possibilidade de novas alterações do DNA e em processos epigenéticos, que alteram ainda mais o fenótipo neoplásico. Para os tumores que se originam em epitélios (carcinomas, melanoma), pode haver uma fase in situ, onde o crescimento celular está restrito ao epitélio, sem invasão do estroma; nesta fase, pela ausência de vasos no epitélio, não ocorrem metástases. A neoplasia invasiva é aquela que penetra o estroma, onde estão vasos sanguíneos e linfáticos, havendo a possibilidade de disseminação a linfonodos regionais e metástases a distância. A evolução do tumor maligno depende das características das células neoplásicas (capacidade de proliferação, de invasão, de penetração em vasos linfáticos ou sanguíneos, de estabelecer metástases a distância, resistência a drogas quimioterápicas, etc.) do órgão onde o tumor está localizado, de fatores constitucionais de cada pessoa, de fatores ambientais e outros. Em relação ao horizonte clínico, as neoplasias só produzem manifestações clínicas (sinais e sintomas), na medida em que alcancem determinado volume, na dependência do órgão acometido. O conhecimento de fatores associados às etapas de iniciação e de progressão possibilitam ações preventivas, evitando ou controlando a exposição a diferentes agentes cancerígenos. Para algumas neoplasias, é possível a detecção precoce de lesões, ainda em fases iniciais, antes que ocorram manifestações clínicas. É o que ocorre no diagnóstico das lesões intraepiteliais (lesões displásicas e carcinoma in situ). Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 13

14 É fundamental a caracterização a mais precisa possível de cada neoplasia, em relação à linha de diferenciação celular, para o adequado planejamento terapêutico. Linfomas, carcinomas, adenocarcinomas e sarcomas de diferentes tipos são doenças totalmente distintas, em relação à evolução e ao tratamento, ainda que abrigadas dentro da denominação genérica de câncer. Independentemente da fase em que o câncer é detectado, há necessidade de se classificar cada caso de acordo com a extensão do tumor e essa classificação é chamada de estadiamento. Para tanto, o método mais utilizado é o preconizado pela União Internacional Contra o Câncer (UICC), denominado Sistema TNM de Classificação de Tumores Malignos, que dá graduações para a extensão do tumor primário (T), a disseminação da doença a linfonodos regionais (N) e a presença de metástases a distância (M). A classificação adequada da neoplasia e o estadiamento permitem ao médico oncologista propor o tratamento mais adequado para cada paciente. O sistema TNM não se aplica a todas as neoplasias. Para os linfomas, por exemplo, há sistemas de estadiamento próprio. Dadas as peculiaridades de cada doença, em relação ao órgão acometido e ao tipo histológico, é apresentada uma breve descrição de algumas neoplasias selecionadas a partir da possibilidade de prevenção, rastreamento e detecção precoce, constantes no Anexo 16.1 (p. 345). 14 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde

15 METODOLOGIA Para análise da situação de câncer em Minas Gerais e suas macrorregiões de saúde foram utilizados os sistemas de informação em saúde, o Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), o Sistema de Registros Hospitalares de Câncer (SisRHC) e o Sistema de Registros de Câncer de Base Populacional (SisBasepopWeb) ambos desenvolvidos pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA). As populações utilizadas como denominador para o cálculo das taxas apresentadas na presente publicação, censitárias (1980, 1991, 1996, 2000 e 2010) e intercensitárias, foram obtidas com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, por intermédio do site do DATASUS. Para a Estimativa para o ano 2013, a população utilizada foi a da projeção populacional para o mesmo ano, disponível no site do IBGE. Como a informação populacional não estava desagregada por sexo, a mesma foi obtida tomando-se como base a distribuição proporcional por sexo da população do Censo 2010 (Anexo 16.4). ESTIMATIVA Para as estimativas de incidência e mortalidade do câncer foram calculadas as taxas brutas de mortalidade dividindo-se o número de óbitos para cada tipo de câncer e sexo pela população específica por 100 mil habitantes, e para as estimativas do número de casos novos de câncer esperados para Minas Gerais e as macrorregiões de saúde, no ano de 2013, seguiu-se o método proposto por Black et al. (1997), o mesmo utilizado pelo Instituto Nacional de Câncer. Para o cálculo das razões foram utilizados os casos novos do Registro de Câncer de Base Populacional (RCBP) de Belo Horizonte referente ao período de 2000 a 2005 e do Registro de Câncer de Base Populacional (RCBP) de Poços de Caldas referente ao período de 2007 e 2008, sendo as mesmas utilizadas para todas as macrorregiões de saúde. As estimativas do número de óbitos foram elaboradas segundo a fórmula: Y=mx+b Onde, Y = Taxa de mortalidade estimada para o ano 2013 m = ângulo de inclinação x = ano calendário b = intercepto Quando o modelo linear não se mostrou aplicável, utilizou-se, como alternativa, a taxa média dos últimos cinco anos. As informações dos óbitos foram obtidas do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) para o período de 1979 a Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 15

16 O método proposto por Black et al. (1997) para o cálculo das estimativas de casos novos permite obter a taxa de incidência de câncer para uma determinada região, multiplicando-se a taxa observada de mortalidade da região pela razão entre os valores de incidência e mortalidade da localidade onde exista RCBP, no caso para as estimativas de Minas foram usados os valores dos registros de Belo Horizonte no período de 2000 a 2005 e de Poços de Caldas no período de 2007 a Sendo assim, a razão incidência/mortalidade (I/M) foi obtida dividindo-se o total de casos novos, nesses registros, pela soma dos óbitos fornecidos pelo SIM, para o mesmo período nessas localidades. As respectivas razões foram aplicadas às taxas de mortalidade estimadas por regressão linear para o ano 2013 para Minas Gerais e 13 macrorregiões de saúde. TIL =TML * (IR/MO) Onde, TIL = Taxa de incidência estimada para a UF ou capital. TML = Taxa de mortalidade estimada pela série histórica de mortalidade para UF ou capital. IR = Número de casos novos dos RCBP (período entre 2000 e 2005). MO= Número de óbitos das localidades onde existem RCBP (período entre 2000 e 2005), obtidos do SIM. A estimativa do número de casos novos para Minas Gerais foi obtida pela soma dos valores absolutos por macrorregião de saúde. As taxas correspondentes foram obtidas dividindo-se os valores de casos novos de Minas Gerais pela sua população específica. Todos os valores absolutos estimados foram arredondados para 10 ou múltiplos de 10. As taxas de incidência apresentadas referem-se aos valores obtidos antes do arredondamento. A fim de descrever o padrão geográfico da ocorrência de câncer, as taxas de incidência obtidas para as macrorregiões de saúde foram representadas espacialmente, baseadas nas distribuições das taxas por quartil. Os critérios gerais para a seleção das localizações de câncer, que constam na estimativa, incluíram a magnitude da mortalidade ou da incidência (exemplo: câncer de mama, próstata, pulmão e pele não melanoma), assim como os sete cânceres passíveis de detecção precoce. Nesta publicação, apresentam-se a estimativa para o ano de 2013 do número de casos novos e do número de óbitos as respectivas taxas brutas para câncer em geral e 10 localizações selecionadas. Os tumores selecionados basearam-se na Classificação Internacional de Doenças para Oncologia, Segunda Edição, CID-O2 (para o período entre 2000 e 2004), e a Terceira Edição, CID-O3 (período entre 2005 e 2008), e foram convertidos para Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde, Décima Revisão, CID Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde

17 Foram incluídos os cânceres cujas localizações primárias encontram-se abaixo descritas: Localização Primária Todas as neoplasias malignas Cavidade oral Esôfago Estômago Cólon e reto Traqueia, brônquios e pulmões Outras neoplasias malignas da pele Mama feminina Colo do útero Próstata Códigos da CID-10 C00 a C97; D46, exceto C77-C79 C00-C10 C15 C16 C18-C21 C33-C34 C44 C50 C53 C61 Fonte: Classificação Estatística Internacional de Doenças Relacionadas à Saúde 10ª revisão (CID 10). PERFIL DA ASSISTÊNCIA Os dados de assistência ao câncer são referentes aos casos hospitalares de 33 Registros Hospitalares de Câncer (RHC) de Minas Gerais, totalizando casos no ano de Para as análises da assistência foram utilizados a distribuição percentual; cálculo de indicadores, como mediana do intervalo de tempo entre o diagnóstico e tratamento dos casos que chegaram ao hospital com diagnóstico e sem tratamento (em dias); número de casos avançados; mediana da idade no diagnóstico; representação espacial do número de casos avançados para cada macrorregião de saúde, segundo município de procedência, entre outros. MORTALIDADE Os dados de mortalidade e população foram referentes ao ano de Para cada macrorregião de saúde foram calculadas as taxas brutas de mortalidade e específicas por idade e sexo para os tipos de neoplasias selecionados, além da distribuição percentual dos óbitos. A seleção das localizações das neoplasias, que constam na mortalidade, foi baseada no Capítulo 2 da CID-10, Neoplasias (Lista de Tabulação CID-BR-10) para o ano 2010, exceto para a neoplasia maligna da pele (C43) pois nesta publicação será apresentada a pele não melanoma (C44). Enfatizamos que as análises da mortalidade, aqui apresentadas, incluem todas as neoplasias (C00-D48), referente ao Capítulo II da CID 10. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 17

18 As codificações estão descritas a seguir. Capítulo Código Elemento da Tabela Códigos da CID-10 II Neoplasias [tumores] C00-D Neoplasia maligna do lábio, da cavidade oral e da faringe C00-C Neoplasia maligna do esôfago C Neoplasia maligna do estômago C Neoplasia maligna do cólon, do reto e do ânus C18-C Neoplasia maligna do fígado e das vias biliares intrahepáticas C Neoplasia maligna do pâncreas C Neoplasia maligna da laringe C Neoplasia maligna da traqueia, dos brônquios e dos pulmões C33-C Outras neoplasias malignas da pele C Neoplasia maligna da mama C Neoplasia maligna do colo do útero C Neoplasia maligna do corpo e de partes não especificadas do útero C54-C Neoplasia maligna do ovário C Neoplasia maligna da próstata C Neoplasia maligna da bexiga C Neoplasia maligna das meninges, do encéfalo e de outras partes do sistema nervoso central C70-C Linfoma não Hodgkin C82-C Mieloma múltiplo e neoplasias malignas de plasmócitos C Leucemia C91-C Neoplasias in-situ, benignas e de comportamento incerto ou desconhecido D00-D Restante de neoplasias malignas C17, C23-C24, C26-C31, C37-C41, C43; C45-C49, C51-C52, C57-C60, C62-C66, C68-C69, C73-C81, C88-C89, C96-C97 Fonte: Adaptado do DATASUS Notas Técnicas. Disponível em: < Acesso em: jan Os dados de mortalidade do ano de 2010 aqui apresentados foram atualizados em 6/6/2012 e estão disponíveis em: < LIMITAÇÕES DO ESTUDO Recomenda-se cautela na interpretação e utilização das análises das estimativas e da mortalidade, pois, apesar da melhoria do percentual de causas mal definidas ao longo do tempo, ainda assim, há macrorregiões com percentuais elevados e esse cenário é refletido nas análises.

19 1. Minas Gerais Minas Gerais

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21 1.1 ASPECTOS TERRITORIAIS, DEMOGRÁFICOS, SOCIAIS E PRODUTIVOS, DE MINAS GERAIS O Estado de Minas Gerais está localizado na Região Sudeste do Brasil e ocupa ,35 km 2 do território nacional. Os seus 853 municípios concentram cerca de 10% da população do país. A urbanização representa 85,3% e a população economicamente ativa é de 9,94 milhões. Possui clima tropical, com temperaturas médias anuais superiores a 18 C 1. De acordo com o Plano Diretor de Regionalização divide-se em 13 macrorregiões de saúde. Na população de habitantes predominam as mulheres ( ) em relação aos homens ( ). A pirâmide etária evidencia maior concentração da população dos 15 aos 29 anos, em ambos os sexos, e sinaliza o envelhecimento populacional com 22% habitantes ( ) com 50 anos ou mais (Figura 1). Minas Gerais Fonte: MS/DATASUS- IBGE Censo Demográfico 2010 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/SVEAST/SVPS/SES-MG, Figura 1 Pirâmide etária da população residente em Minas Gerais, O Índice de Desenvolvimento Humano Médio IDHM, geral e os específicos para renda, longevidade, educação variaram nos municípios, entre os níveis baixo e alto desenvolvimento. Os municípios com índices mais baixos foram Bonito de Minas (IDHM renda 0,423), Setubinha (IDHM 0,568), Montezuma (IDHM longevidade 0,571) e Ninheira (IDHM educação 0,573). Os índices mais elevados foram em Poços de Caldas (IDHM 0,841), Belo Horizonte (IDHM renda 0,828, IDHM educação 0,929) e São Lourenço (IDHM longevidade 0,865) (Tabela 1). Tabela 1 População e Índice de Desenvolvimento Humano, Minas Gerais, 2010 Indicadores Valores População MG, Censo habitantes Homens Mulheres IDH (2000) Mínimo Máximo IDHM Setubinha Poços de Caldas IDHM-Renda Bonito de Minas Belo Horizonte IDHM-Longevidade Montezuma São Lourenço IDHM-Educação Ninheira Belo Horizonte Fontes: Datasus IBGE Censo Demográfico 2010 Atlas de Desenvolvimento Humano PNUD, ano 2000 IDHM = Índice de Desenvolvimento Humano Médio, / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, Nota: Categorização dos níveis de desenvolvimento, segundo a PNUD: IDHM 0-0,4999 (baixo), IDHM 0,50-0,799 (médio) e 0,80-1,0 (alto desenvolvimento) 1 Disponível em: < -gerais-minas/5681-dados-gerais/5146/5044>. Acesso em: 9 jan Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 21

22 De acordo com os dados de 2010 da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), que tem cobertura de aproximadamente 97% do mercado de trabalho formal, Minas Gerais possui estabelecimentos, com vínculos formais de trabalho. Considerando a atividade econômica dos estabelecimentos, o maior número de vínculos é no setor de serviços (30,5%), seguido por comércio (19,1%), administração pública (19,0%), indústria de transformação (17,4%), construção civil (6,6%), agropecuária (5,4%), extração mineral (1,1%) e serviços industriais de utilidade pública (0,9%). Essas atividades são detalhadas no anexo 16.6, p Essa característica, entretanto, não se reproduz da mesma forma em todas as macros e microrregiões de saúde do Estado. Em 10 das 13 macrorregiões de saúde, predominam os setores de serviços, comércio, administração pública e indústria de transformação, mas não necessariamente na mesma ordem. Nas macrorregiões Noroeste, Nordeste e Jequitinhonha, o setor de agropecuária aparece entre os quatro mais importantes, sendo também relevante nas macrorregiões Sul, Triângulo do Sul, Triângulo do Norte, Norte, Leste do Sul e Oeste. A construção civil também é um setor importante em todas as macrorregiões. Os dados indicam, entretanto, que os serviços industriais de utilidade pública e os serviços de extração mineral têm menor destaque no cenário mineiro. O mapeamento do perfil produtivo possibilita conhecer quem são, quantos são, o que fazem e os riscos e perigos para a saúde dos trabalhadores mineiros. Cada atividade econômica expõe os trabalhadores a determinados riscos e perigos que podem causar danos e agravos à saúde se não forem eliminados ou controlados. Fonte: Diretoria de Saúde do Trabalhador / SVEAST/SVPS/SES-MG. RAIS Relação Anual de Informação Social, ano Nota: Vide anexo 16.6, dos tipos de trabalho das atividades econômicas. Figura 2 Distribuição proporcional das atividades econômicas de trabalho formal em Minas Gerais e suas macrorregiões de saúde, segundo a RAIS do ano Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde

23 1.2 ESTIMATIVAS PARA O ANO DE 2013, DE INCIDÊNCIA E MORTALIDADE POR CÂNCER MINAS GERAIS No ano de 2013, são esperados para Minas Gerais, casos novos e óbitos por câncer. Para todas as neoplasias malignas, as taxas brutas de incidência serão de 284 casos novos por 100 mil homens e 232 casos novos por 100 mil mulheres. Já as taxas brutas de mortalidade serão de 90,5 óbitos por 100 mil homens e de 72,6 óbitos por 100 mil mulheres (Tabela 2). Exceto pele não melanoma, as taxas brutas de incidência mais frequentes serão dos cânceres da próstata, com 87 casos novos por 100 mil homens e da mama feminina, com 54 casos novos por 100 mil mulheres. O câncer de traqueia, brônquios e pulmões será o segundo mais incidente entre os homens, com 14,6 casos novos por 100 mil homens e o câncer do cólon e reto entre as mulheres, com 15,1 casos novos por 100 mil mulheres. Para os demais cânceres, comuns em ambos os sexos, as taxas de incidência serão bem mais elevadas nos homens em relação às mulheres, especialmente para os cânceres da boca, esôfago e estômago (Figura 3). Minas Gerais Fonte: RCBP, SIM-CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, Figura 3 Taxas brutas de incidência estimadas para o ano de 2013 por localização primária e sexo, em Minas Gerais. 47% dos casos novos estimados do Estado de Minas Gerais será por sete tipos de câncer passíveis de ações preventivas e/ou detecção precoce. A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce e início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença poderá mudar positivamente o cenário da mortalidade estimada para o Estado. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 23

24 Tabela 2 Estimativas para o ano 2013 das taxas brutas de incidência e mortalidade por câncer (100 mil), do número de casos novos e óbitos, segundo sexo e localização primária, em Minas Gerais Número de óbitos esperados Número de casos novos esperados CID-10 Descrição Taxa de Mortalidade Masculino Feminino Masculino Feminino Nº de óbitos* Taxa de Mortalidade Nº de óbitos Taxa de Incidência Nº de Casos Novos* Taxa de Incidência Nº de Casos Novos C00-C10 Cavidade oral 3, , , , C15 Esôfago 7, , , , C16 Estômago 8, , , , C18-C21 Cólon, reto e ânus 5, , , , C33-C34 Traqueia, brônquios e pulmões 12, , , , C50 Mama feminina , , C53 Colo do útero - - 3, , C61 Próstata 13, , Todas neoplasias malignas, exceto pele não melanoma 89, , , , C44 Pele não melanoma 0, , , , C00-C97; D46² Todas neoplasias malignas 90, , , , ²exceto C77, C78 e C79 *Números arredondados para 10 ou múltiplos de 10. Fontes: Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) Belo Horizonte e Poços de Caldas, dados atualizados em setembro de MS/DATASUS/Sistema de Informação sobre Mortalidade; Censo 2010 e Projeção Populacional Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde

25 Tabela 3 Estimativas para o ano 2013 das taxas brutas de mortalidade (por 100 mil habitantes) por câncer em Minas Gerais e suas macrorregiões, segundo localização primária Local Cavidade oral Esôfago Estômago Cólon, reto e ânus Traqueia, brônquio e pulmão Mama feminina Colo do útero Próstata Subtotal Pele não melanoma Todas neoplasias malignas* Centro 2,40 4,62 5,89 6,39 9,14 13,04 4,23 14,09 83,48 0,54 84,03 Centro Sul 3,04 6,79 8,86 5,64 9,64 11,28 3,43 14,13 88,70 0,53 89,23 Jequitinhonha 1,42 8,47 5,42 1,90 3,42 4,33 2,00 9,06 51,58 0,27 51,85 Leste 2,08 7,40 6,76 3,76 8,26 9,44 3,70 12,62 73,37 0,58 73,95 Leste do Sul 2,53 7,52 6,48 3,72 8,54 8,51 2,99 11,83 76,29 0,72 77,02 Nordeste 1,92 6,39 7,93 2,36 4,55 4,46 4,07 8,87 55,10 0,62 55,72 Noroeste 1,25 2,68 3,61 3,77 7,58 6,94 3,31 10,24 60,19 0,34 60,53 Norte 1,58 5,11 5,37 2,70 5,27 5,49 2,64 8,07 54,24 0,22 54,47 Oeste 2,06 4,21 5,88 5,96 10,61 12,17 3,83 14,24 86,48 0,80 87,28 Sudeste 3,55 7,35 8,70 7,23 12,47 14,51 4,49 17,02 103,79 0,64 104,43 Sul 1,96 4,55 6,40 6,17 9,86 10,93 2,56 15,32 91,40 0,72 92,11 Triângulo do Norte 2,04 2,68 5,43 5,46 13,34 11,55 4,43 14,13 84,60 0,63 85,22 Triângulo do Sul 2,55 4,45 4,73 6,54 12,32 9,71 3,83 16,84 87,90 0,86 88,76 Minas Gerais 2,26 5,19 6,26 5,40 9,23 10,83 3,69 13,47 80,85 0,58 81,43 *C00 c97; D46, exceto C77 79 Fontes: Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) Belo Horizonte e Poços de Caldas, dados atualizados em setembro de MS/DATASUS/Sistema de Informação sobre Mortalidade; Censo 2010 e Projeção Populacional Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012 Minas Gerais Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 25

26 Tabela 4 Estimativas para o ano 2013 das taxas brutas de incidência (por 100 mil habitantes) por câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões, segundo localização primária Local Cavidade oral Esôfago Estômago Cólon, reto e ânus Traquéia, brônquio e pulmão Mama feminina Colo do útero Próstata Subtotal Pele não melanoma Todas neoplasias malignas* Centro 7,38 6,99 9,91 17,14 11,40 65,14 16,87 90,97 201,56 64,39 265,95 Centro Sul 9,45 10,31 14,92 15,16 11,98 56,35 13,68 91,22 219,71 62,58 282,28 Jequitinhonha 4,35 12,77 9,12 5,10 4,25 21,63 7,98 58,47 132,09 31,73 163,82 Leste 6,43 11,26 11,38 10,08 10,34 47,15 14,76 81,48 165,07 68,93 233,99 Leste do Sul 7,71 11,40 10,92 9,98 10,64 42,49 11,92 76,39 157,91 85,72 243,63 Nordeste 5,94 9,62 13,35 6,31 5,68 22,28 16,23 57,25 102,78 73,36 176,14 Noroeste 3,77 4,01 6,08 10,16 9,44 34,67 13,20 66,12 151,71 39,75 191,46 Norte 4,76 7,70 9,05 7,28 6,56 27,44 10,53 52,08 145,56 26,66 172,22 Oeste 6,36 6,28 9,90 16,06 13,22 60,79 15,27 91,93 181,43 94,72 276,14 Sudeste 10,97 11,12 14,65 19,44 15,53 72,49 17,91 109,91 254,16 76,20 330,35 Sul 5,95 6,82 10,78 16,61 12,28 54,60 10,21 98,89 206,54 84,79 291,33 Triângulo do Norte 6,30 4,01 9,15 14,71 16,68 57,67 17,67 91,22 195,36 74,28 269,64 Triângulo do Sul 7,83 6,66 7,97 17,56 15,41 48,51 15,27 108,75 178,97 101,74 280,71 Minas Gerais 6,94 7,83 10,55 14,51 11,51 54,08 14,72 86,94 188,93 68,70 257,63 *C00 c97; D46, exeto C77 79 Fontes: Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) Belo Horizonte e Poços de Caldas, dados atualizados em setembro de MS/DATASUS/Sistema de Informação sobre Mortalidade; Censo 2010 e Projeção Populacional Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde

27 1.2.1 REPRESENTAÇÃO ESPACIAL DAS TAXAS BRUTAS DE INCIDÊNCIA DE CÂNCER ESTIMADAS PARA 2013 Sexo Feminino Minas Gerais Sexo Masculino Fontes: Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) Belo Horizonte e Poços de Caldas, dados atualizados em setembro de DATASUS/Sistema de Informação sobre Mortalidade; Censo 2010 e Projeção Populacional Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, Figura 4 Representação espacial das taxas brutas de incidência do câncer da Cavidade Oral, por 100 mil, estimadas para o ano de 2013, segundo Macrorregiões de Saúde e Gênero. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 27

28 Sexo Feminino Sexo Masculino Fontes: Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) Belo Horizonte e Poços de Caldas, dados atualizados em setembro de DATASUS/Sistema de Informação sobre Mortalidade; Censo 2010 e Projeção Populacional Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012 Figura 5 Representação espacial das taxas brutas de incidência do câncer de Cólon, Reto e Ânus, por 100 mil, estimadas para o ano de 2013, segundo Macrorregiões de Saúde e Gênero. 28 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde

29 Sexo Feminino Minas Gerais Figura 6 Representação espacial das taxas brutas de incidência do câncer do Colo do Útero, por 100 mil mulheres, estimadas para o ano de 2013, segundo Macrorregiões de Saúde. Fontes: Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) Belo Horizonte e Poços de Caldas, dados atualizados em setembro de DATASUS/Sistema de Informação sobre Mortalidade; Censo 2010 e Projeção Populacional Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012 Figura 7 Representação espacial das taxas brutas de incidência do câncer da Mama Feminina, por 100 mil mulheres, estimadas para o ano de 2013, segundo Macrorregiões de Saúde. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 29

30 Sexo Feminino Sexo Masculino Fontes: Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) Belo Horizonte e Poços de Caldas, dados atualizados em setembro de DATASUS/Sistema de Informação sobre Mortalidade; Censo 2010 e Projeção Populacional Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, Figura 8 Representação espacial das taxas brutas de incidência do câncer de Esôfago, por 100 mil, estimadas para o ano de 2013, segundo Macrorregiões de Saúde e Gênero. 30 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde

31 Sexo Feminino Minas Gerais Sexo Masculino Fontes: Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) Belo Horizonte e Poços de Caldas, dados atualizados em setembro de DATASUS/Sistema de Informação sobre Mortalidade; Censo 2010 e Projeção Populacional Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, Figura 9 Representação espacial das taxas brutas de incidência do câncer de Estômago, por 100 mil, estimadas para o ano de 2013, segundo Macrorregiões de Saúde e Gênero. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 31

32 Sexo Feminino Sexo Masculino Fontes: Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) Belo Horizonte e Poços de Caldas, dados atualizados em setembro de DATASUS/Sistema de Informação sobre Mortalidade; Censo 2010 e Projeção Populacional Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, Figura 10 Representação espacial das taxas brutas de incidência do câncer da Pele Não Melanoma, por 100 mil, estimadas para o ano de 2013, segundo Macrorregiões de Saúde e Gênero. 32 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde

33 Sexo Masculino Minas Gerais Fontes: Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) Belo Horizonte e Poços de Caldas, dados atualizados em setembro de DATASUS/Sistema de Informação sobre Mortalidade; Censo 2010 e Projeção Populacional Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, Figura 11 Representação espacial das taxas brutas de incidência do câncer da Próstata, por 100 mil homens, estimadas para o ano de 2013, segundo Macrorregiões de Saúde. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 33

34 Sexo Feminino Sexo Masculino Fontes: Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) Belo Horizonte e Poços de Caldas, dados atualizados em setembro de DATASUS/Sistema de Informação sobre Mortalidade; Censo 2010 e Projeção Populacional Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, Figura 12 Representação espacial das taxas brutas de incidência do câncer da Traqueia, brônquios e pulmões, por 100 mil, estimadas para o ano de 2013, segundo Macrorregiões de Saúde e Gênero. 34 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde

35 Sexo Feminino Minas Gerais Sexo Masculino Fontes: Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) Belo Horizonte e Poços de Caldas, dados atualizados em setembro de DATASUS/Sistema de Informação sobre Mortalidade; Censo 2010 e Projeção Populacional Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, Figura 13 Representação espacial das taxas brutas de incidência de Todas as Neoplasias Malignas, por 100 mil, estimadas para o ano de 2013, segundo Macrorregiões de Saúde e Gênero. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 35

36 1.3 A MORTALIDADE POR NEOPLASIAS NO ESTADO DE MINAS GERAIS, ANO As neoplasias ocuparam a 3ª e 2ª posições no cenário da mortalidade proporcional das causas básicas de mortes de Minas Gerais, nos anos 2000 e 2010 (12% e 15%, respectivamente). As causas mal definidas passaram da 2ª posição (14%) no ano 2000 para a 5ª posição (9,9%) no ano 2010 (Figura 14). A presente análise é relativa à mortalidade por neoplasias no Estado de Minas Gerais, no ano de Fontes: MS/SVS/DASIS Sistema de Informações sobre Mortalidade SIM, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, Figura 14 Mortalidade proporcional por causas básicas em Minas Gerais, anos 2000 e No ano de 2010, 85,5% das mortes por neoplasias ocorreram nas faixas etárias anos ou mais, em ambos os sexos (Figura 15). Fontes: MS/SVS/DASIS Sistema de Informações sobre Mortalidade SIM, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, Figura 15 Distribuição proporcional dos óbitos por neoplasias, segundo sexo e faixa etária, no Estado de Minas Gerais, ano Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde

37 Do total de mortes por neoplasias em Minas Gerais, 43% (8.054 óbitos) foram por sete localizações primárias que apresentam potencial para prevenção e/ou detecção precoce (Figura 16). Minas Gerais Fontes: MS/SVS/DASIS Sistema de Informações sobre Mortalidade SIM, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, Figura 16 Mortalidade proporcional das neoplasias passíveis de ações preventivas, Minas Gerais, ano A taxa bruta de mortalidade por todas as neoplasias malignas de Minas Gerais foi de 94,6 óbitos por 100 mil habitantes de ambos os sexos. Destacaram-se os cânceres da próstata (13,7/100 mil), mama feminina (11,5/100 mil) e pulmão (9,8/100 mil). Tabela 5 Taxas brutas de mortalidade por tipo de câncer, Minas Gerais (por 100 mil), segundo sexo ano 2010 Masculino Feminino Total Neoplasias coef. por coef. por coef. por Nº Nº Nº 100 mil 100 mil 100 mil Lábio, cav. oral e faringe 549 5, , ,52 Esôfago 820 8, , ,55 Estômago 934 9, , ,28 Cólon, reto e ânus 566 5, , ,03 Fígado e vias bil. intra-hepát , , ,57 Pâncreas 396 4, , ,92 Laringe 298 3, , ,73 Traquéia, brônquios e pulmões , , ,83 Pele Não Melanoma 71 0, , ,64 Mama feminina , ,55 Colo do útero , ,64 Corpo e partes n/esp útero , ,98 Ovário , ,08 Próstata , ,66 Bexiga 200 2, , ,59 Mening., encéf. e out. partes SNC 454 4, , ,30 Linfoma não-hodgkin 206 2, , ,74 Mieloma mult e neopl malig de plasmócitos 151 1, , ,43 Leucemia 337 3, , ,18 Neoplasias in situ, benig, comport incert 216 2, , ,11 Restante de neoplasias malignas , , ,69 Total , , ,63 Fontes: MS/SVS/DASIS Sistema de Informações sobre Mortalidade SIM, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 37

38 As taxas brutas de mortalidade por neoplasias malignas, por sexo, em Minas Gerais, foram 105,8 óbitos por 100 mil homens e 83,8 óbitos por 100 mil mulheres, no ano de As três principais taxas brutas, por 100 mil homens ou mulheres, foram as seguintes: Homens: próstata (13,6/100 mil), pulmão (13/100 mil), estômago (9,7/100 mil) Mulheres: mama (11,5/100 mil), pulmão (6,7/100 mil), colorretal (6,2/100 mil) Pode-se notar que, na maioria dos cânceres comuns em ambos os sexos, as taxas brutas de mortalidade são muito mais elevadas no sexo masculino em relação ao feminino, o que evidencia um maior de risco de morte para homens (Figura 17). Fontes: MS/SVS/DASIS Sistema de Informações sobre Mortalidade SIM, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, Figura 17 Taxa bruta de mortalidade por tipo de neoplasias e sexo, Minas Gerais, por 100 mil homens ou mulheres, ano No ano 2010, em Minas Gerais, o risco de morte por neoplasias foi maior a partir da 6ª década de vida, quando ocorreram 85,5% desses óbitos. 43% dos casos de mortes por neoplasias ocorridos na população mineira foram por sete tipos de câncer, passíveis de ações preventivas e/ou detecção precoce. Portanto, há potencial para o controle da mortalidade por essa causa básica. A linha de cuidados com vistas à promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce e início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença, poderão mudar positivamente o cenário da mortalidade estimada para Minas Gerais. 38 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde

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