Indianapolis Motor Speedway

Transcrição

1 Indianapolis Motor Speedway Indianapolis Motor Speedway, simplesmente o templo sagrado do automobilismo mundial. Palco de uma das principais corridas do mundo, a Indianapolis 500 (ou Indy 500), que completou a sua 100ª edição em O autódromo de Indianapolis conta com 107 anos de existência e uma história para lá de rica em conteúdo. Devido a sua imensa importância é praticamente impossível falar apenas sobre os 22 anos que o autódromo tem junto com a NASCAR. Isso não seria o suficiente. Por tanto vamos conhecer a história da pista a fundo e ver os principais fatos e curiosidades tanto da NASCAR quanto de outras categorias e também vermos os principais fatos e curiosidades sobre a Indy 500. Espero que aproveitem o material, tenham uma boa leitura e vamos nessa porque é o Indianapolis Motor Speedway. História Como tudo começou Localizado na cidade de Speedway, no Estado de Indiana, o Indianapolis Motor Speedway (ou IMS) teve como principal mentor Carl Graham Fisher, que foi um homem de negócios no Estado de Indiana. A ideia de se construir um autódromo nasceu em 1905, quando Fisher estava na França e viu alguns amigos franceses disputando entre si corridas de automóvel. A princípio, sua ideia era de se construir um autódromo em formato oval no Estado de Indiana, que viesse a ter entre 3 a 5 milhas de extensão (entre 5 e 8km), sem inclinações, porém, com uma superfície larga, já que, Fisher achou que as pistas em que ele acompanhou as corridas na França eram muito estreitas. Entretanto, a ideia de se construir um gigantesco oval não foi muito longe, até porque, se atingiriam velocidades muito altas e, nas frenagens (para os carros da época) os carros ficariam extremamente

2 instáveis, o que poderiam gerar acidentes graves. Para se ter uma idéia, na época, 120mph (190km/h) era considerada a velocidade máxima já atingida. Com isso, Fisher viajou para a Inglaterra, mais precisamente para a cidade de Surrey, onde visitou o recente inaugurado circuito oval de Brookland, em Fisher percebeu que a pista tinha inclinações em suas curvas, nas quais, permitiam que os carros, mesmo em velocidade alta, pudessem contornar as curvas de maneira mais aderente e quase sem utilizar os freios. Com essa ideia e, usando como inspiração as inclinações de Brookland (que eram de 30º nas curvas), Fisher voltou para os Estados Unidos e continuou a planejar o seu projeto de autódromo para o Estado de Indiana. OBS: O oval de Brookland existiu entre 1907 e Atualmente ele não existe mais. Chegou a ser um dos maiores circuitos ovais do mundo com 2.75 milhas de extensão (4.42km) e era do tipo dogleg com uma curva para a direita, localizada na região da reta oposta. Carl G. Fisher, o homem que deu início ao projeto do Indianapolis Motor Speedway (fonte: Wikipedia) Com isso, Fisher começou a procurar um grande terreno para a construção da pista, lá por volta de 1908, até que, encontrou um gigantesco terreno rural, o Pressley Farm (Fazenda Pressley), pertencente à família Pressley. Fisher viu a oportunidade de o adquirir e assim poder construir o futuro autódromo de Indianapolis. Para isso, em dezembro de 1908, Fisher convence James A. Allison, Arthur Newby e Frank W. Wheeler a participarem das construções do futuro autódromo. Eles compram o terreno e o Pressley Farm por U$72,000. Além disso, Fisher e Allison entram com um capital de U$75,000 cada e Newby e Wheeler com U$50,000 cada um, totalizando um montante de U$250,000. Assim, foi dado início as construções do autódromo de Indianapolis, no dia 15 de

3 março de Além disso, os 4 empresários fundam a Indianapolis Motor Speedway Company no dia 20 de março de 1909, na qual, ficaria responsável pelos eventos e negócios feitos no autódromo. Da esquerda para a direita, Arthur Newby, Frank W. Wheeler, Carl G. Fisher e James A. Allison, responsáveis pelo nascimento do Indianapolis Motor Speedway e do Indianapolis Motor Speedway Company (fonte: MFT) A ideia de circuito gigante ficou de lado. Agora o plano era fazer um grande circuito com um formato quadrilátero de 3 milhas (5km). Para isso, eles contaram com a ajuda de um piloto famoso no Século XIX, Lewis Strang, que ajudou os empresários com o traçado do oval de Indianapolis. Além do oval, Fisher e seus sócios queriam construir um circuito misto no meio, que pudesse se interligar junto a praticamente todo o oval. Este misto teria 2.5 milhas de extensão (4km). Entretanto, tanto a ideia do oval de 3 milhas, quanto o misto também não deram certo, já que, a pista seria grande demais para que o público pudesse acompanhar os carros, na época. Com isso, o oval foi diminuído em 0.5 milha passando a ter 2.5 milhas de extensão e a ideia do circuito misto foi deixada de lado.

4 Lewis Strang em 1909, planejando o traçado do futuro Indianapolis Motor Speedway (fonte: Twitter) Desenho inicial do traçado de Indianapolis em 1909, tanto do oval, quanto do misto

5 Seu solo, no princípio era composto por blocos feitos de pedra, com formato em quadrado (5cm x 5cm), envoltos e cobertos por uma solução de piche e óleo. A pista também teria capacidade para lugares a princípio. No dia 05 de junho de 1909 a pista foi aberta ao público, mas, não para uma corrida de carros, mas sim, para uma competição de balões pessoas estiveram presentes para verem 9 balões de hélio sobrevoarem o autódromo, com destino ao Estado do Alabama. Em agosto de 1909 o autódromo fica pronto e no dia 12 de agosto ele é aberto para as competições automobilísticas. Evento de balões em Indianapolis em junho de 1909 (fonte: Automobile) Os primeiros eventos e novas obras A 1ª corrida da história de Indianapolis aconteceu no dia 13 de agosto de Foi uma corrida de motos, sancionada pela FAM (Federation of American Motorcyclists). Outros eventos aconteceram no mês de agosto também, como corridas de carros e bicicletas.

6 A primeira corrida de carros em Indianapolis em 21 de agosto de 1909 (fonte: IMS) Entretanto, a questão segurança chamou a atenção. A pista foi considerada demasiadamente perigosa, principalmente pela composição de seu solo, na qual, o piloto conseguia perder muito fácil o controle do carro (ou da moto) com manobras básicas, além de, soltar uma fumaça escura e nociva a respiração. A AAA (American Automobile Association), uma organização que controlava todos os eventos automobilísticos nos Estados Unidos desde 1902 (além de possuir o seu próprio campeonato de automobilismo), chegou a pedir que a pista fosse fechada para novas reformas. Fisher concordou, mas, pediu que os eventos já agendados fossem até o final. A AAA chegou a concordar com o pedido de Fisher, até acontecerem os primeiros acidentes fatais. Entre os dias 19 e 21 de agosto de 1909, 1 piloto (Wilfred Bourque), 2 mecânicos e 1 torcedor morreram vítimas de acidentes na pista. As 4 mortes (em especial a do torcedor) foram o suficiente para a AAA boicotar os demais eventos na pista e determinar o fechamento da mesma até que fossem feitas as devidas reformas. Com a pista fechada, Fisher e seus sócios decidem repavimentar a pistar, porém, a dúvida seria se o solo passaria a ser de concreto ou de tijolos, presos a areia e cimento. Isto porquê, a pavimentação com asfalto, na época, era muito cara. Após verificar todas as variantes, eles optam pela 2ª opção. O solo da pista passaria a ser todo composto por tijolos feitos de barro. Foram colocados 3.2 milhões de tijolos em toda a superfície da pista, cada um com 4.5kg e fixados com areia e argamassa (cimento). Além disso, a pista passou a ter muros de concreto, separando o público da pista, coisa que não havia. Devido a isso, a pista ganhou o apelido de The Brickyard (O Terreno de Tijolos). Em dezembro de 1909 as reformas ficaram prontas e a pista foi reaberta no início de Entre 1910 e 1955 a AAA foi a responsável por monitorar os eventos automobilísticas que viessem a acontecer no IMS, junto com a Indianapolis Motor Speedway Company.

7 A 1ª Indy 500 e a era de ouro de Indianapolis (De 1911 a 1929) Os primeiros eventos em Indianapolis, agora com a pista reformada, foram corridas que tinham entre 100 e 200 milhas de extensão (160 e 321km). As provas aconteciam sempre antecedentes aos feríados nacionais importantes como o Memorial Day (na época chamado de Decoration Day e que sempre ocorreu na última segunda feira de maio) o Independence Day (no dia 4 de julho) e o Labor Day (na primeira segunda feira de setembro). Apesar do sucesso das provas, a pista ainda era considerada perigosa, porém, menos que anteriormente. Pensando nisso, os sócios do autódromo de Indianapolis decidem realizar uma corrida longa a partir do próximo ano, na qual, viesse a ocorrer 1 vez ao ano ao invés de várias corridas. Esta prova teria uma premiação alta em dinheiro ao vencedor e ela teria 500 milhas de extensão (804km com 200 voltas), algo inédito na época. Além disso, ela ocorreria na semana do Memorial Day, sempre no dia 30 ou 31 de maio. Seu nome seria Indianapolis 500, ou Indy 500. Em 30 de maio de 1911 acontece a 1ª Indy 500 da história e, a 1ª corrida da história do automobilismo mundial com extensão de 500 milhas. Esta prova também ficou conhecida como First 500. Ray Harroun foi o vencedor após quase 7 horas de corrida, com uma média de velocidade, de mph ( km/h). Ele levou uma premiação de U$10,000, considerado um alto valor na época. A corrida foi um tremendo sucesso e passou a atrair mais pilotos de outros países nos anos seguintes (em especial, alguns europeus, apesar da longa viagem). Para ver como foi a 1ª Indy 500 da história, logo abaixo haverá um link com os melhores momentos dela: Em 1913 ocorre a vitória do 1º piloto estrangeiro na Indy 500. A vitória foi do francês Jules Goux (consequentemente, ele se tornou o 1º europeu a vencer a prova). Entre 1911 e 1916 a Indy 500 aconteceu normalmente, parando entre 1917 e 1918 devido a I Guerra Mundial, onde, o autódromo de Indianapolis serviu como base para os militares estadunidenses. As atividades automobilísticas foram retomadas só em 1919.

8 Preparativos para a largada da 1ª Indy 500 da história em 30 de maio de 1911 (fonte: ABC News) Carro #32 um Marmon Wasp, utilizado por Ray Harroun em O 1º vencedor da Indy 500 (fonte: Wikipedia)

9 Jules Goux com um Peugeot 1913 de número #16. Foi o 1º estrangeiro a vencer a Indy 500 (fonte: Jalopnik) Entre 1911 e 1929 foi considerada a era de ouro em Indianapolis. Além da corrida de 500 milhas, a pista voltou a realizar algumas corridas menores, a partir de 1919 e a proximidade e as homenagens aos militares estadunidenses eram muito tocantes tanto para o público, quanto para os próprios militares e pilotos. Entretanto, em 1921 um dos fundadores do autódromo de Indinapolis e do Indianapolis Motor Speedway Company, Frank W. Wheeler, cometeu suicídio e em meados da década de 20, Arthur Newby havia se desvinculado da sociedade. Em 1926 Fisher e Allison, os únicos remanescentes do Indianapolis Motor Speedway Company, decidem vender o autódromo e a companhia. O comprador foi Edward Vernon Rickenbacker (ou Eddie Rickenbacker), um militar da aeronáutica que participou da I Guerra Mundial e disputos as Indy 500 de 1914, 1915 e Em 1 de novembro de 1927, Rickenbacker compra o autódromo. O Indianapolis Motor Speedway Company também é desfeito nesta época. E foi em 1927 também que James Allison, morre, vítima de uma pneumonia.

10 Indy 500 em 1922 (fonte: IMS)

11 Eddie V. Rickenbacker se tornou o novo dono do autódromo de Indianapolis entre 1927 e 1944 (fonte: Vanderbilt Cup Races) A entrada da USAC (década de 30) A década de 30 foi considerada muito ruim, principalmente devido à quebra da bolsa de New York em 1929, conhecida como The Great Depression (A Grande Depressão) que gerou uma crise econômica nos Estados Unidos e no mundo. As premiações aos vencedores da Indy 500 de 1930 foi bem pequena em comparação as premiações na década de 20, com prêmio máximo de U$18,000, sendo que, na década de 20 a premiação aos vencedores chegavam a U$100,000. Mais baixo que o de 1930 somente o da 1ª edição. A década de 30 também foi onde mais ocorreram acidentes fatais na Indy 500. Foram 23 mortes, sendo 10 de pilotos. Destas 23 fatalidades, 15 aconteceram na área de pit lane, entre 1931 e 1935, que, por motivos de segurança, precisou ser pavimentada com asfalto. Foram levantados também muros para dividir a pista da área de pit lane, coisa que também não havia. Foi implementado também, em alguns pontos estratégicos da pista, luzes na cor amarela, onde, ao serem acesas, significava que as disputas tinham sido paralisadas temporariamente para entrada do pace car e a entrada de fiscais para a manutenção, limpeza ou resgate na pista. Em 1933, foi criada a entidade USAC (atual INDYCAR), proveniente da AAA. USAC era a sigla para United States Auto Club. Por meio desta entidade, a Indy 500 passou a realizar a sua principal prova anual, porém, ainda sob a monitoria da AAA. Também foi determinado que o máximo de carros a se disputar a Indy 500 eram de 33. Entretanto, na 1ª edição pela USAC 42 carros disputaram a prova. Os principais destaques na década de 30 foram os pilotos Louis Meyer e Warren Wilbur Shaw que se tornaram os primeiros tricampeões da Indy 500. Meyer, que havia vencido a sua 1ª prova em 1928, ganhou também em 1933 e Já Shawn venceu a prova em 1937, 1939 e Em 1938 o criador do autódromo de Indianapolis, Carl Graham Fisher, morreu vítima de uma hemorragia estomacal. IMPORTANTE: Sobre a AAA, ela existe até os dias de hoje, porém, o seu objetivo maior é sancionar as entidades automobilísticas nos Estados Unidos. Como já dito, ela já teve uma campeonato também.

12 Wilbur Shaw em 1941 com um Maserati. Tricampeão da Indy 500, ele veio a ser o presidente do IMS no futuro (fonte: Pinteres) II Guerra Mundial e a entrada da família Hulman (década de 40) No início da década de 40, a organização de Indianapolis já começava a pensar em uma nova solução, afim de aumentar a segurança da pista. Uma das idéias foi pavimentar algumas partes do traçado com asfalto, que, já estava mais barato naquela época. Algumas partes, pois, eles ainda queriam manter a tradição que os tijolos do IMS haviam conquistado. Entre 1942 e 1945 não houve corridas em Indianapolis devido a II Guerra Mundial, onde, diversos autódromos serviram como bases militares. Com Indianapolis não foi diferente. Em 1944, Wilbur Shaw, tricampeão da Indy 500, decide adquirir o autódromo de Indianapolis, porém, ao se encontrar com Rickenbacker, o mesmo diz já ter vendido para outra pessoa. Após diversos contatos com as principais fabricantes automotivas no Estado de Indiana, Shaw finalmente encontra o novo comprador de Indianapolis. Se trata de Anton Hulman Jr. ou Tony Hulman, um homem de negócios que vivia na cidade de Terre Haute em Indiana. Os dois se conhecem e fazem um acordo no dia 14 de novembro de 1945, onde, Tony Hulman e a sua companhia, a Hulman & Company seriam os donos do IMS e Wilbur Shaw se tornaria o presidente executivo do autódromo.

13 Wilbur Shaw como presidente executivo do autódromo de Indianapolis (fonte: IMS) Tony Hulman. Por meio dele e de sua empresa, Indianapolis se encaminhava para a modernidade (fonte: International Motorsports Hall of Fame)

14 A ideia da pavimentação da pista também começou a ser implantada, onde parte das retas e as curvas do oval ganharam pavimentação com asfalto. Com isso, além de uma melhor segurança, os carros conseguiam atingir médias de velocidades bem maiores e uma maior estabilidade também. Em 1950, a média passou a ser de 150mph (241km/h) por volta. Indy 500 em 1946, pós II Guerra Mundial (fonte: Indy Star)

15 Indy 500 em Com partes da pista já pavimentada com asfalto (fonte: Reprodução/Internet) A entrada da F1 e a criação da CART Em 1950, com o nascimento da F1 a FIA (Fédération Internationale de l Automobile) passou a sancionar as provas da categoria, inclusive, a Indy 500 (junto da AAA, que ficou até 1955, e da USAC), que passou a fazer parte do calendário do mundial de F1. Bill Vukovich foi o único a ganhar a Indy vezes pela F1 (1953 e 1954). A prova pela F1 durou entre 1950 e 1960, saindo do calendário da categoria por 2 motivos. 1º O perigo que a pista de Indianapolis ainda proporcionava, já que, entre 1950 e pilotos morreram na Indy 500, dados estes que entraram nas estatísticas da F1 e da FIA, sendo, a pista que mais matou pilotos na história da categoria. 2º A falta de interesse dos pilotos da F1 em querer disputar a prova de Indianapolis devido a longa viagem Europa/América do Norte, naquela época. Logo ao lado haverá um link para se assistir a um resumo da 1ª Indy 500, válida pelo mundial de F1:

16 Indy 500 em 1953, válida pelo mundia de F1 (Bill Vukovich) Em 1954 o presidente executivo do IMS, Wilbur Shaw, faleceu em um acidente aéreo. Com isso Tony Hulman se tornou o dono e presidente executivo do IMS e sua família e a Hulman & Company cuidaram da parte administrativa do autódromo. Com a saída da F1, a USAC voltou a ser a única entidade grande a realizar corridas em Indianapolis entre 1961 e Foi em 1961 também que a pista de Indianapolis foi completamente pavimentada, tendo apenas uma linha com 1 metros de largura, na reta principal, que determinaria o início/fim da prova, composta pelos tijolos. Linha esta, que existe até os dias de hoje e é considerada sagrada. Com isso, a média de velocidade nas voltas aumentou ainda mais, ficando entre 190 e 200mph (305 e 321km/h) e esta média foi só aumentando de lá para cá, juntamente com a tecnologia dos carros. No dia 27 de outubro de 1977, Tony Hulman morre vítima de um ataque cardíaco fulminante. Com isso, o seu neto, Tony George assume o comando do IMS, junto da Hulman & Company.

17 Tony George assumiu o comando do IMS em 1977 (fonte: Darron Cummings) Em 1978 a USAC é dividida em dois. De um lado a própria USAC, que continuaria com o seu principal evento, a Indy 500, e do outro nascia a CART (Championship Auto Racing Teams), uma nova entidade que promoveria uma nova categoria de monopostos nos Estados Unidos, a Champ Car World Series (ou CCWS) e que se tornaria uma concorrente da USAC. Apesar desta concorrência, CART e USAC continuariam realizando a Indy 500 juntas, de 1979 até Os maiores destaques entre 1960 e 1994 foram os 3 tetracampeões da Indy 500, A.J. Foyt (1961, 1964, 1967 e 1977), Al Unser (1970, 1971, 1978 e 1987) e Rick Mears (1979, 1984, 1988 e 1991). Os prêmios também passaram a ser milionários, onde, o vencedor da corrida leva mais de U$1, como prêmio. Isto ocorre até os dias de hoje. Destaque também para a 1ª vitória de um sul americano na Indy 500. A do brasileiro Emerson Fittipaldi, em 1989.

18 Da esquerda para a direita: Al Unser, A.J. Foyt e Rick Mears. Os 3 possuem 4 títulos da Indy 500 cada um (fonte: IMS) Emerson Fittipaldi, vencedor da Indy 500 em 1989 e em Em 1989 se tornou o 1º sul americano a vencer a Indy 500 (fonte: Reprodução/Internet) Entrada da NASCAR, nascimento e unificação da INDYCAR com a CART e a volta da F1 No início da década de 90, Tony George decide expandir os negócios no IMS e busca trazer novas categorias automobilísticas para o autódromo. Em 1994 ele traz a NASCAR para Indianapolis. Jeff Gordon foi o vencedor da 1ª edição, em 1994 pela Winston Cup Series (atual Sprint Cup). Quem quiser ver como foi a 1ª corrida da NASCAR no IMS é só clicar no link abaixo:

19 Lembrando que esta corrida acontece até os dias de hoje. A IROC (International Race of Championship), uma categoria onde somente os campeões e os melhores pilotos do automobilismo nos Estados Unidos a disputavam, também passou a realizar corridas em Indianapolis. Isto foi entre 1998 e Mark Martin venceu a 1º prova ocorrida no IMS pela categoria. 1ª corrida da NASCAR Sprint Cup Series (Winston Cup na época) em Indianapolis em 1994 (fonte: Reprodução/Internet) Um pouco antes, em 1994 a USAC é adquirida por Tony George, passando, em 1996, a se chamar INDYCAR, que, passou a ser uma organização automobilística (igual a NASCAR). Com isso, foi criada também uma categoria dentro da INDYCAR, a Indy Racing League (ou IRL), que, teria em sua maioria, corridas em circuitos ovais e, como evento principal a Indy 500. Isso gerou uma briga muito grande entre a INDYCAR e a CART, que passou a não disputar mais a Indy 500 entre 1996 e 2008 (exceto algumas equipes na CART que, mesmo assim, participavam da prova). O que era uma concorrência, acabou virando uma rivalidade. Em 1998 Tony George firma mais um acordo. Agora, para trazer a F1 de volta a Indianapolis. Para isso, foi construído um circuito misto, utilizando a região interna do autódromo de Indianapolis. Este misto utilizaria a 1º reta menor, a curva 1 do oval e grande parte da reta principal. No ano 2000 a F1 estava de volta a Indianapolis com United States Grand Prix, ou o GP dos Estados Unidos, na qual durou de 2000 até O alemão Michael Schumacher foi o vencedor da 1º prova por lá. Entretanto, as provas no misto de Indianapolis não foram tão bem vistas pelos fãs da categoria e, isso ficou ainda pior em 2005, devido a problemas de confiabilidade dos pneus da marca francesa

20 Michelin. Com isso, o grid para a prova contou com apenas 6 carros (os que utilizavam os pneus da marca japonesa Bridgestone) e muitas vaias durante a prova inteira. Largada para o GP dos Estados Unidos de F1 em 2004 em Indianapolis (fonte: Reprodução/Internet) Em 2008, a CART, que estava sofrendo com uma grande crise financeira e chegou a pedir falência, acaba sendo adquirida pela INDYCAR, fundindo as duas entidades, que, continuou apenas com o nome de INDYCAR e o seu campeonato passou a se chamar Indycar Series, ainda em 2008 (atual Verizon Indycar Series). Dias atuais Em 2008 o misto de Indianapolis passou por algumas reformas e começou a receber provas da MOTO GP. Foi a 1ª vez, depois de quase 100 anos, que Indianapolis voltava a receber corridas de motos. As corridas aconteceram por lá de 2008 a 2015.

21 MOTO GP em 2014 no GP de Indianapolis (fonte: MOTO GP) A INDYCAR também passou a receber provas no misto de Indianapolis. Em 2005 a Infiniti Indy Pro Series (atual Indy Lights), uma das categorias de acesso da INDYCAR, passa a realizar corridas no misto de Indianapolis. Entre 2005 e 2007 a categoria utilizava o traçado que a F1 utilizou. Entre 2008 e 2012 não houve provas no misto de Indianapolis pela INDYCAR. Em 2013 a principal categoria da INDYCAR, a Verizon Indycar Series, passa a receber corridas no misto de Indianapolis. Em 2014 a Indy Lights volta a realizar provas no misto de Indianapolis, além da U.S. F2000 National Championship, outra categoria menor da INDYCAR. As provas no misto de Indianapolis pelas categorias da INDYCAR acontecem até os dias de hoje e ocorrem 2 semanas antes da Indy 500. Pela NASCAR, além da Sprint Cup, a Xfinity Series também passou a receber corridas no oval de Indianapolis a partir de A Hulman & Company ainda é a dona do autódromo, tendo como principais representantes Tony George e Mari Hulman George. Seu CEO é Curt Brighton.

22 Mari Hulman George e o cantor da música tema de Indianapolis Jim Nabors (fonte: IMS) Características Nos dias atuais, o Indianapolis Motor Speedway pode ser considerado um complexo automobilístico. Com um circuito oval e um circuito misto. Layout do Indianapolis Motor Speedway (fonte: IMS)

23 Referente ao oval, o circuito possui o formato retangular, também chamado de rectangular oval ou ainda square oval, pois, se encaixa em uma figura geométrica quadrilateral, o que, o caracteriza como um quadrado também. Lembrando que todo retângulo é um quadrado, porém, nem todo o quadrado é um retângulo, na visão da geometria. O circuito também pode ser encaixado na categoria de quad oval (igual Atlanta, Texas e Charlotte pela NASCAR, por exemplo), pois, possui 4 curvas tanto visualmente quanto na pratica. O oval é composto por 4 curvas de 1/4 de milha de extensão cada (0.25 milhas ou 400 metros), 2 pequenas retas verticais com 1/8 de milha de extensão cada (0.12 milhas ou 200 metros) e 2 longas retas horizontais com 5/8 de milha de extensão cada (0.62 milhas ou 1km). Com isso, o traçado oval possui 2.5 milhas de extensão (4km). As 4 curvas possuem 9.2º de inclinação, enquanto suas 4 retas não possuem inclinações. O autódromo tem capacidade para receber pessoas, podendo, em eventos especiais, ser ampliada esta capacidade para até pessoas. O oval de Indianapolis é considerado um oval grande e um superspeedway por possuir 2.5 milhas de extensão. Pilotos a partir de 18 anos podem correr em Indianapolis. Traçado do retângulo de Indianapolis (fonte: Wikipedia) Quanto ao circuito misto, se trata de um traçado que se localiza na região interna do autódromo e, atualmente, utiliza parte da 1ª reta menor e grande parte da reta principal do oval como pista. Podem ser desenhados até 2 tipos de traçados mistos: O misto utilizado nos Grand Prix da INDYCAR. Possui milhas de extensão (3.925 metros) e conta com 13 curvas. Este traçado é percorrido no sentido horário.

24 O misto que foi utilizado pela MOTO GP entre 2008 e Possui milhas (4.218 metros) e 16 curvas. Este traçado é percorrido no sentido anti horário. Houve também o traçado utilizado pela F1, entre 2000 e Possuía milhas (4.192 metros), 13 curvas e era percorrido no sentido horário. Ele utilizava a curva 1 do oval com pista também.

25 Fatos e curiosidades de Indianapolis na NASCAR Pela NASCAR apenas a Sprint Cup e a Xfinity Series realizam corridas em Indianapolis. As 2 categorias sempre realizaram 1 prova ao ano por lá. A 1ª corrida da NASCAR Sprint Cup Series em Indianapolis ocorreu em 1994 com vitória de Jeff Gordon. Pela Xfinity Series a 1ª prova ocorreu em 2012 e Brad Keselowski a venceu. A prova da Sprint Cup de 1994 foi em conjunto com a NASCAR K&N Pro Series West, sendo esta, a única corrida que a categoria regional do Oeste dos Estados Unidos fez no IMS. As provas de Indianapolis pela NASCAR são nomeadas por milhagem. Na Sprint Cup a prova possui 400 milhas (643km ou 160 voltas) e na Xfinity Series 250 milhas (402km ou 100 voltas).

26 Ty Dillon venceu a etapa de Indianapolis em 2014 pela Xfinity Series (Nationwide Series na época) (fonte: Richard Childress Racing) A 1ª prova de Indianapolis pela Sprint Cup, a princípio, era para ter 500 milhas, assim como a Indy 500 pela Verizon Indycar Series. Porém, para evitar conflitos entre as organizações, a NASCAR e a INDYCAR (USAC na época) e, até porque, a NASCAR já possui a Daytona 500, como corrida principal de 500 milhas, e a Coca Cola 600 que concorre diretamente com a Indy 500, ficou acordado que a prova da Sprint Cup seria com extensão de 400 milhas apenas. Algo que ocorre até os dias de hoje. Assim como em Sonoma, nunca choveu em nenhuma edição da corrida de Indianapolis pela Sprint Cup até hoje. Junto com Dover e Pocono, Indianapolis é uma das pistas da NASCAR Sprint Cup Series que não pertencem e/ou são sancionadas pela ISC (International Speedway Corporation) ou pela SMI (Speedway Motorsports Inc.). Em 2016, pela Xfinity Series, Indianapolis recebeu a última prova na temporada com a disputa do Dash4Cash, onde, o prêmio, pode chegar a até U$600,000, caso o piloto, que esteja disputando o Dash4Cash vença a prova. Corridas mais longas e mais curtas em Indianapolis pela NASCAR (em tempo e em distância) Em tempo, a corrida mais longa pela NASCAR Sprint Cup Series foi a de 2004 com 03h29min56 e vitória de Jeff Gordon. Já a mais curta foi a do ano 2000 com 02h33min56, sendo vencida por Bobby Labonte. Pela NASCAR Xfinity Series a corrida mais longa foi a de 2012 com 01h59min00, vencida por Brad Keselowski. Já a mais curta foi a de 2016 com 01h09min20 e Kyle Busch a venceu. OBS1: A corrida de 2016, apesar de ter tido 100 voltas, foi dividida em 3 partes devido ao Dash4Cash. Por causa disso, as 2 primeiras partes (cada uma com 20 voltas) não foram consideradas para o tempo total da corrida. OBS2: Como corrida normal, a mais curta aconteceu na prova de 2014 com o tempo de 01h49min22 e foi vencida por Ty Dillon. Com isso, a corrida mais longa em Indianapolis, em tempo, na história da NASCAR foi a de 2004, pela Sprint Cup, com o tempo de 03h29min56 e vitória de Jeff Gordon e a mais curta foi a corrida de 2016, pela Xfinity Series, com o tempo de 01h09min20 e vitória de Kyle Busch. Em distância, a mais longa foi a de 2016, pela Sprint Cup, com 425 milhas (683km) e vitória de Kyle Busch e a mais curta foram as 4 corridas que aconteceram até hoje pela Xfinity Series. Todas tiveram as 250 milhas de extensão pré-determinadas (402km). Maior vencedor em Indianapolis pela NASCAR Jeff Gordon e Kyle Busch são os pilotos que mais beijaram os tijolos de Indianapolis pela NASCAR. Eles venceram por lá 5 vezes cada um, sendo: Jeff Gordon: As 5 pela Sprint Cup (1994, 1998, 2001, 2004 e 2014). Kyle Busch:

27 2 pela Sprint Cup (2015 e 2016); 3 pela Xfinity Series (2013, 2015 e 2016). Jeff Gordon, um dos maiores vencedores em Indianapolis pela NASCAR (fonte: Brian Spurlock/USA TODAY Sports) Maior número de pole positions já feitas em Indianapolis pela NASCAR Kyle Busch também é o piloto que mais fez pole positions em Indianapolis na história da NASCAR. Foram 5 conquistadas, sendo: 1 pela Sprint Cup (2016); 4 pela Xfinity Series (2013, 2014, 2015 e 2016). Volta mais rápida já feita em Indianapolis pela NASCAR Kevin Harvick é o dono da volta mais rápida já feita em Indianapolis na história da NASCAR. Em 2014, pela Sprint Cup, ele fez o tempo de 00:47:647 com média de velocidade de mph ( km/h). Nome das atuais provas de Indianapolis pela NASCAR As atuais corridas de Indianapolis pela Sprint Cup e Xfinity Series já tiveram diversos nomes. Vamos ver quais foram: NASCAR Sprint Cup Series: Brickyard 400 (De 1994 até 2004 e em 2010) Allstate 400 at the Brickyard (De 2005 até 2009) Brickyard 400 presented by BigMachineRecords.com (Em 2011)

28 Crown Royal presents the Your Hero s Name Here 400 powered by Big Machine Records (De 2012 até 2014) Crown Royal presents the Jeff Kyle at the Brickyard presented by Big Machine Records.com (Em 2015 Crown Royal Presents the Combat Wounded Coalition 400 at the Brickyard (Em 2016) NASCAR Xfinity Series: Indiana 250 (De 2012 a 2013) Lilly Diabetes 250 (De 2014 até o momento) Fatos e curiosidades sobre a Indy 500 Como dito no começo desta post, falar de Indianapolis sem falar da Indy 500 não é possível. E como na história da pista, a prova foi bastante citada, vamos ver alguns fatos e curiosidades desta, que é uma das principais corridas do automobilismo mundial. Pela INDYCAR, a Indy 500 só passou a fazer parte do calendário da entidade no ano de 1933 (na época, como USAC). Entre 1911 e 1932 a corrida era disputada como uma prova especial pelo automobilismo mundial apenas. Em 1916 não houve uma Indy 500, mas sim, uma Indy 300. A corrida teve apenas 120 voltas (300 milhas ou 482km), determinadas pela organização do evento. Isto porque, já estava acontecendo a I Guerra Mundial, e o autódromo de Indianapolis, devido a sua grande extensão, precisava ser utilizado como base militar para os combatentes dos Estados Unidos. Como a organização não queria cancelar o evento, optaram por a encurtar. Inclusive, a corrida de 1916 foi a única, até hoje, que aconteceu no horário da manhã, tendo ocorrida às 10:00 A.M. Nos primeiros anos da Indy 500, os 10 primeiros colocados (no mínimo), caso ainda estivessem na corrida, deveriam, obrigatoriamente, completar as 200 voltas da corrida, mesmo que eles estivessem a uma diferença de diversas voltas de desvantagem para o vencedor. Um bom exemplo, foi na 2ª edição da Indy 500, em 1912, quando o vencedor, Joe Dawson, terminou a prova com 06h21min06, enquanto que o 10º colocado, Ralph Mulford, completou as 200 voltas com 08h53min00. Ou seja, o2h31min54 de desvantagem para o vencedor. Algo inimaginável de se acontecer nos dias de hoje. Entre 1911 e 1955 a Indy 500 era sancionada pela AAA (American Automobile Association), organização que existe até os dias de hoje e fiscaliza todos os eventos automobilísticos nos Estados Unidos. Além da AAA, entre 1950 e 1960, a FIA (Fédération Internationale de l Automobile) também sancionava a Indy 500, que ocorreu naquela época pela F1, em conjunto com a USAC. Entre 1911 e 1970 a Indy 500 era disputada apenas no dia 30 ou 31 de maio, não importando se a data viesse a cair em um dia da semana e/ou mesmo na última segunda feira de maio, na qual, se comemora o Memorial Day nos Estados Unidos. Apesar de a Indy 500 ter feito parte do calendário da F1, entre 1950 e 1960, nem todos os pilotos da F1 iam para os Estados Unidos disputar a prova. O oval de Indianapolis foi o único circuito oval até hoje a receber corridas pela F1. Apesar de a pista de Monza, na Itália, possuir uma pista oval, onde eram disputadas corridas da F1 na época, este era interligado ao circuito misto.

29 Na década de 50, pela F1, foi onde aconteceram mais acidentes fatais na história da categoria. Foram 13 fatalidades de pilotos naquela década. 7 só na Indy 500. Desde que a Indy 500 passou a fazer parte do calendário da USAC, o número fixo de pilotos que podem disputar a prova são de, no máximo, 33. Porém, houveram 2 exceções. Na 1ª edição pela USAC, em 1933, largaram 42 carros, e na corrida de 1979 largaram 35 carros. A Indy 500 de 1933 foi a que mais carros largaram na história da corrida. Foram 42 carros e quem a venceu foi Louis Meyer. Já a edição que teve menos carros largando foi a de 1916 quando apenas 21 carros disputaram a prova. O britânico Dario Resta foi o vencedor. O 1º piloto estrangeiro a vencer a Indy 500 foi o francês Jules Goux na 3ª edição da corrida em Em 1931 Dave Evans completou a Indy 500 sem fazer nenhum pit stop. O seu carro tinha um motor da empresa Cummins, que era a base de combustível diesel, o que demorava mais tempo para que o combustível se queimasse. Apesar de não ter feito nenhuma parada no pit lane, Evans terminou a prova apenas em 13º. Em 2011 foram comemorados os 100 anos da 1ª Indy 500 da história. O vencedor da prova de 2011 foi o britânico Dan Wheldon. Já em 2016, ocorreu a 100ª edição da Indy 500, vencida por Alexander Rossi. Esta diferença entre datas se deve ao fato de que, entre 1917 e 1918 e entre 1942 e 1945 não houve corridas devido as I e II Guerras Mundiais respectivamente. Preparativos para a largada da Indy 500 em 2011 (fonte: Reddit) Até hoje, 7 edições da Indy 500 terminaram antes das 200 voltas devido a chuva. Foram em: 1926 (vitória de Frank Lockhart); 1950 (vitória de Johnnie Parson); 1973 (vitória de Gordon Johncock); 1975 (vitória de Bobby Unser);

30 1976 (vitória de Johnny Rutherford); 2004 (vitória de Buddy Rice); 2007 (vitória do escocês Dario Franchitti). Inclusive, a Indy 500 de 1976 foi a mais curta de todas, em distância. Teve apenas 102 voltas (255 milhas ou 410km). A edição mais longa, em tempo, da Indy 500 foi a de 1911 com 06h42min08 com vitória de Ray Harroun. A mais curta foi a de 1976, já citada, com 01h42min52. Lembrando que a prova de 1976 foi encerrada antes das 200 voltas previstas devido à chuva. Como corrida completa, a mais curta foi a de 2013 com 02h40min03 e vitória do brasileiro Tony Kanaan. Os maiores vencedores da Indy 500 são A.J. Foyt (1961, 1964, 1967 e 1977), Al Unser (1970, 1971, 1978 e 1987) e Rick Mears (1979, 1984, 1988 e 1991). Os 3 possuem 4 títulos cada um. Rick Mears também é o recordista de pole positions na Indy 500. Foram 6 conquistadas (1979, 1982, 1986, 1988, 1989, e 1991). O holandês Arie Luyendyk é o dono da volta mais rápida da história da Indy 500 e da história do oval de Indianapolis. Com o tempo de 00:37:895 e média de velocidade de mph (382km/h), este tempo foi obtido em Apesar do nome Indy 500, este, se trata de um diminutivo do nome da prova. O nome real é Indianapolis 500. Aliás, a prova já teve os seguintes nomes: International Sweepstakes (De 1911 até 1915, de 1920 até 1941 e de 1946 até 1980) International 300 (Em 1916) Liberty Sweepstakes (Em 1919) Indianapolis 500 (De 1981 até 2015) 100th Running of the Indianapolis 500 (Em 2016) OBS: Entre 1917 e 1918 e entre 1942 e 1945 não houve a Indy 500 devido as I e II Guerras Mundiais respectivamente. Outras curiosidades sobre o Indianapolis Motor Speedway Indianapolis possui 2 apelidos. IMS; Brickyard. Brickyard, significa terreno de tijolos. Brick = Tijolo e Yard = Lugar e/ou terreno. No caso de Indianapolis, a pista, em seus primórdios, era com o solo totalmente composto por tijolos. Existem 3.2 milhões de tijolos em todo o traçado de Indianapolis, cada um pesando 4.5kg. Apesar da pista, hoje, ser toda pavimentada, estes tijolos ainda estão lá. Apenas a linha de partida/chegada que não é pavimentada e é composta por estes tijolos, possuindo 1 metro de largura. Indianapolis é um dos poucos circuitos ovais nos Estados Unidos que não possui iluminação artificial. Em 1987 o Indianapolis Motor Speedway foi palco da abertura e do fechamento do X Jogos Panamericanos, ocorridos no Estado de Indianapolis. Os maiores vencedores do Indianapolis Motor Speedway são Jeff Gordon, pela NASCAR, e Michael Schumacher, pela F1. Ambos possuem 5 vitórias cada um, sendo:

31 Jeff Gordon (1994, 1998, 2001, 2004 e 2014) Michael Schumacher (2000, 2003, 2004, 2005 e 2006). Acidentes fatais em Indianapolis Pela NASCAR nunca houve acidentes fatais em Indianapolis até hoje, porém, o autódromo de Indianapolis possui um dado triste. É um dos circuitos que mais matou pilotos no mundo. Foram 43 mortes de pilotos, 13 mortes de mecânicos e 17 mortes envolvendo espectadores e/ou outros membros organizadores dos eventos na pista. O que totalizam 74 mortes de pessoas até os dias de hoje no Indianapolis Motor Speedway, sem contar os diversos acidentes graves que ocorrem por lá vez ou outra. Destaque para a década de 30 onde houveram 23 mortes no geral. Indianapolis só perde em quantidade de pessoas falecidas em eventos automobilísticos para Le Mans, na França e, ainda assim, Le Mans está em 1º lugar por causa da Tragédia de Le Mans de 1955 onde 84 pessoas morreram de uma vez. O piloto francês Pierre Levegh e outros 83 torcedores. Até hoje, vários pilotos consideram Indianapolis um dos circuitos mais perigosos do mundo, mesmo com a infraestrutura de segurança que o autódromo possui nos dias de hoje. Na conclusão do post haverá um link com uma lista detalhada de todos os acidentes fatais em Indianapolis e como eles ocorreram. Está em inglês. Conclusão É simplesmente o templo sagrado do automobilismo mundial. Digna deste título, Indianapolis é uma pista de respeito. Seus vencedores mudam completamente suas vidas dentro do automobilismo mundial, alguns se tornando verdadeiras lendas. Suas provas costumam ser muito boas e imperdíveis, seja qual for a categoria automobilística e/ou motociclística. Para conhecer ainda mais o Indianapolis Motor Speedway, sua história, seus eventos e muito mais, logo abaixo haverá o link com o site oficial da pista. É de recomendável visita e leitura. Site oficial do Indianapolis Motor Speedway: Lista com todos os acidentes fatais na história de Indianapolis: