Big One. Você sabe o que é um Big One? Como ele nasceu? E por que ele é tão adorado pelos fãs da NASCAR? Isso e muito mais vamos ver agora.

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Gonçalo Coradelli Salvado
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1 Big One Você sabe o que é um Big One? Como ele nasceu? E por que ele é tão adorado pelos fãs da NASCAR? Isso e muito mais vamos ver agora. O que é um Big One Big One ( O Grandão ) é um termo muito utilizado em gigantescos desastres naturais, em especial, provocados por terremotos com escalas acima de 7.0 na escala Richter e que causam grandes catástrofes, mudando completamente o visual do ambiente ao qual sofreu a avaria. Estas catástrofes podem, ou não, serem previsíveis. Dentro do automobilismo, este termo é utilizado quando ocorre um acidente de grandes proporções, onde envolvam 5 ou mais carros. O termo é comumente utilizado pelas categorias Stock Car nos Estados Unidos, em especial, em todas as categorias da NASCAR e da ARCA. Contudo, ele também é utilizado, mesmo que com pouca frequência, nas categorias de Monopostos como na Verizon Indycar Series e a F1 (no caso da F1 o termo mais utilizado é Terrible ou Big Crash ), ou ainda em categorias com carros GT e de Endurance por exemplo. O termo começou a ser utilizado em 2001, porém, sua história começou em meados dos anos 90.

Um tipico Big One em Talladega História, primeiros nomes Entre meados dos anos 90 até o ano 2000, os acidentes de grandes proporções eram chamados de Major ou Terrific Crash (Grande ou Terrível

2 Um tipico Big One em Talladega História, primeiros nomes Entre meados dos anos 90 até o ano 2000, os acidentes de grandes proporções eram chamados de Major ou Terrific Crash (Grande ou Terrível acidente). Alguns pilotos e a mídia estadunidense chamavam os acidentes de multi-car wreck (muitos ou múltiplos carros destruídos). Estes acidentes passaram a acontecer com mais frequência a partir do final dos anos 80, principalmente nos ovais de Daytona etalladega, quando foram implantadas as placas restritoras (em 1988) para estes 2 circuitos. Isto permitiu que os carros andassem muito juntos devido a limitação que as placas proporcionavam. Antes desta época, quando os carros não tinham estes limitadores, as duplas (packs) é que faziam uma maior diferença nas provas, já que o carro da frente não tinha limitador e o de trás utilizava o vácuo que o da frente proporcionava para ser puxado e empurrar o da frente, além é claro, dos acertos aerodinâmicos e técnicos. A partir da introdução das placas, quem está na frente dificilmente tem vantagem e, no máximo conduz uma espécie de fila indiana para os demais não perderem vantagem. Obviamente que novos acertos e o layout da estrutura interna dos carros também foram mudando com o passar dos anos. Apenas lembrando que, mesmo sem placas restritoras do final da década de 80 para trás, ainda assim ocorriam acidentes graves, principalmente com capotagens e decolagens, porém, eram entre poucos carros.

Uma placa restritora (restrictor plate), utilizada em Daytona, Talladega e New Hampshire (na Whelen Modified Tour) Em 1997, após um acidente de grandes proporções na 16ª etapa em Daytona, a Pepsi 400

3 Uma placa restritora (restrictor plate), utilizada em Daytona, Talladega e New Hampshire (na Whelen Modified Tour) Em 1997, após um acidente de grandes proporções na 16ª etapa em Daytona, a Pepsi 400 (nome, na época, da 2ª corrida de Daytona na Sprint Cup), Dale Earnhardt, em uma entrevista, chamou o acidente da última volta de Big Wreck (Grande Destruição). A mídia noticiou este acidente com o termo utilizado pelo The Intimidator e, a partir de 1998, os acidentes de grandes proporções passaram a se chamar Big Wrecks. Nascimento do Big One A primeira vez que o termo Big One foi utilizado foi pela 29ª etapa da Sprint Cup (Winston Cup na época) de Foi na Winston 500 em Talladega (um dos nomes utilizados na 2ª corrida em Talladega naquela época). Bob Jenkins, comentarista da ESPN na época, utilizou o termo após um acidente na volta 134 da corrida. Na 9ª etapa da Winston Cup de 2000, na época, a DieHard 500, também em Talladega, após um grande acidente na volta 139, os espectadores na corrida, utilizavam o termo Big One para se referir ao acidente.

4 Na Daytona 500 de 2001 (aquela mesmo que matou Dale Earnhardt), Darrell Waltrip, comentarista da FOX e da FOX Sports, chamou o acidente que ocorreu na volta 173, envolvendo 18 carros, de Big One. De lá para cá o termo tem sido utilizado para acidentes de grandes proporções.

6 Carro #3 de Austin Dillon logo após se chocar contra a cerca de proteção. Tudo devido a um Big One pós corrida. Acidente ocorrido em 2015 em Daytona na Coke Zero 400 na Sprint Cup. Acidentes gigantes no passado Acidentes gigantes sempre aconteceram na NASCAR, inclusive em seus primórdios. Claro, com menos frequências naquela época, mas, ainda assim, eram assustadores. O 1º Big One que se tem registro ocorreu em 1951 na etapa de Langhorne pela Modified Division. 106 carros largaram naquela prova. O acidente envolveu uns 20 carros, porém, alguns conseguiram escapar, outros não. Um dos carros pegou fogo e interditou a passagem dos outros carros pela pista. Por causa disso a corrida foi encerrada. Quem quiser ver como foi, o link está logo abaixo. A corrida está em 2 partes e o acidente está na 2ª parte: Na década de 50, no Daytona Beach Road Course havia o chamado Parking (estacionamento), entre as curvas 1 e 2. Se Tratava de uma área em declive com um enorme banco de areia da praia de Daytona Beach, onde, quem perdesse o controle na tangência das curvas e fosse para lá, ficava atolado e não saía mais, tendo que abandonar a prova. O problema é que os carros que iam para lá não eram retirados e, naquela época a corrida não era paralisada por qualquer acidente ou detritos na pista. Com isso, muitos carros escapavam naquela parte e acertavam os outros que já estavam parados, causando um verdadeiro estacionamento de carros destruídos. Em 1960, na Daytona 500, houve o considerado pior acidente da história da NASCAR. 37 carros se envolveram em um acidente, logo nas primeiras voltas da corrida. Apesar do acidente gigante, muitos até conseguiram voltar para a prova e ninguém se feriu gravemente. Logo abaixo você pode ver como foi este pandemônio: O estacionamento de Daytona Beach Road Course

7 Big Ones ocorrem apenas em superspeedways? Não, os Big Ones podem ocorrer em qualquer tipo de pista, seja oval ou misto. A sua frequência maior é em ovais, com destaque para os superspeedways de Daytona e Talladega, entretanto, pistas como Bristol, Martinsville, Darlington, Charlotte e Watkins Glen, também já tiveram Big Ones. Abaixo seguem links com vídeos de diversos Big Ones já ocorridos na NASCAR tanto em Daytona e Talladega, como em outros circuitos pela NASCAR. Big Ones em Daytona: lzseuf8; Big Ones em Talladega: (alguns acidentes no vídeo não são big ones); Big Ones em outros circuitos: COdY / Conclusão Big Ones são assustadores, perigosos e chamam muito a atenção, mas, os fãs de NASCAR e do automobilismo adoram isso. Claro, não desejamos que isso aconteça com frequência, muito menos que alguém saia ferido, pelo contrário, quando o piloto sai do carro ele é ovacionado. Contudo, são os riscos ao se correr de automóvel. Faz parte do ofício e são um dos charmes de uma corrida de automóvel, seja pela NASCAR ou por outra categoria.

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