DIREITO ADMINISTRATIVO

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1 TEORIA E EXERCÍCIOS AULA 03 Professor Edson Marques

2 Olá! Vamos que vamos. Nesta aula vamos abordar um dos temas mais tranquilos em Direito Administrativo, mas deveras importante, porque sempre é cobrado pela Banca. Veremos PODERES ADMINISTRATIVOS. É isso aí, vamos nessa. À batalha. Bons estudos e grande abraço, 2

3 S U M Á R I O 1. Poderes Administrativos Abuso de Poder Modalidades Poder discricionário/vinculado Poder regulamentar Poder hierárquico Poder disciplinar Poder de polícia QUESTÕES COMENTADAS QUESTÕES SELECIONADAS GABARITO

4 1. Poderes Administrativos Devemos compreender que o ordenamento jurídico confere aos agentes públicos, para o exercício de suas funções e a consecução dos fins públicos, um conjunto de prerrogativas, poderes. E, por força disso, também estabelece uma série de restrições, de deveres. Nesse sentido, o Prof. José dos Santos Carvalho Filho conceitua poderes administrativos como o conjunto de prerrogativas de direito público que a ordem jurídica confere aos agentes administrativos para o fim de permitir que o Estado alcance seus fins. Percebe-se, portanto, que esses poderes são outorgados aos agentes públicos no sentido de que cumpram suas atribuições voltadas ao atendimento do interesse coletivo. Então, é até por isso, pode-se enumerar duas características que lhe são peculiares, ou seja, tais poderes são irrenunciáveis e devem ser obrigatoriamente exercidos. Em razão desse duplo aspecto, os poderes administrativos impõem ao administrador o exercício das prerrogativas e vedam a inércia, eis que o exercício dessas prerrogativas é obrigatório tendo em vista o atendimento dos anseios coletivos. Significa dizer que ao ser conferido certo poder, o é em razão do exercício da atribuição, de modo que o agente público não poderá ficar inerte, não poderá se omitir, deverá realizar suas funções. É que, enquanto o particular quando titular de uma prerrogativa tem a faculdade de exercê-la, o administrador tem o poder-dever de agir. 4

5 Isto é, conforme destaca Bandeira de Mello, tais poderes são instrumentais: servientes do dever de bem cumprir a finalidade a que estão indissoluvelmente atrelados. Logo, aquele que desempenha função, tem, na realidade, deveres-poderes. 1.2 Abuso de Poder Quando se utiliza desses poderes de forma normal dizse que há o uso do poder. Porém, o uso indevido, anormal, ilegítimo, configura o abuso de poder. Assim, abuso de poder é, conforme lição de Carvalho Filho a conduta ilegítima do administrador, quando atua fora dos objetivos expressa e implicitamente traçados na lei. O abuso de poder pode se constatado sob duas vertentes ou espécies, sendo: o excesso de poder e o desvio de poder. O excesso de poder ocorre quando o agente atua fora dos limites da competência que lhe foi atribuída. Já o desvio de poder ocorre quando o agente, muito embora seja competente, atua em descompasso com a finalidade estabelecida em lei para a prática de certo ato. Abuso de Poder Excesso de Poder Desvio de Poder (desvio de finalidade) O desvio de poder também é conhecido como desvio de finalidade, que corresponde à conduta do agente público que dá ao ato finalidade diversa daquele prevista na lei. Cito como exemplo, a remoção de um subordinado pelo superior hierárquico, para comarca distinta, sob a alegação de necessidade do serviço, mas com o fim único de persegui-lo, puni-lo. Tanto quando há excesso ou desvio de poder diz-se que ocorreu abuso de poder, o que configura ilícito administrativo, além 5

6 de ilícito penal tipificado na Lei nº 4.898/65 (abuso de autoridade), além de ser ato de improbidade administrativa, conforme art. 11, inc. I, da Lei nº 8.429/92, que assim dispõe: Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente: I - praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele previsto, na regra de competência; Ademais, como ressaltado, se é dever atuar, também haverá abuso de poder quando o agente deixar de praticar o ato, ou seja, ficar inerte, omisso. Com efeito, o abuso de poder é conduta, omissiva ou comissiva, que afronta os princípios da legalidade, finalidade, moralidade, dentre outros, sujeitando-se, pois, ao controle administrativo (autotutela) ou judicial (mandado de segurança, por exemplo). Outrossim, ao mesmo tempo que são conferidos diversos poderes, também são fixados deveres, restrições, aos agentes públicos, tal como o dever de agir, o dever de probidade, o dever de prestar contas, o dever de eficiência. 1.3 Modalidades De modo geral, a doutrina destaca a existência de diversos poderes administrativos, de modo que é possível enquadrálos nas seguintes modalidades ou espécies: a) poder discricionário/vinculado; b) poder regulamentar; 6

7 c) poder hierárquico; d) poder disciplinar; e) poder de polícia Poder discricionário/vinculado Configura-se o poder discricionário quando a lei não traça todos os parâmetros para atuação do agente público, cabendolhe avaliar a conveniência e oportunidade de se realizar determinado ato em atendimento ao interesse público. Na discricionariedade há margem para valoração da conduta, ou seja, valorar quais as condições e o melhor momento para realizar a conduta. Que dizer, é o poder para decidir o que é conveniente, oportuno para a Administração Pública na condução do interesse coletivo. Poder discricionário, assim, é o poder concedido para mensurar acerca de se praticar ou realizar determinado ato, considerando a conveniência e oportunidade, diante de duas ou mais condutas possíveis, cabendo ao agente eleger aquela que melhor atenda ao interesse público. É importante destacar que a conveniência diz respeito às condições para se praticar o ato. Já a oportunidade, por outro lado, refere-se ao momento em que o ato deve ser praticado. Assim, tome como exemplo, a necessidade de a Administração adquirir material de consumo (caneta, papel etc). A lei determina que seja licitado, mas o momento (oportunidade) e as condições (conveniência) para tanto será definida pelo administrador, com base no seu planejamento administrativo. Vê-se que o poder discricionário encontra-se na margem de espaço permitida pela própria lei. No entanto, em que 7

8 pese essa abertura, o poder discricionário possui limitação, de modo que pode sofrer controle administrativo e judicial. É que no âmbito da discricionariedade permitida, devese observar a adequação da conduta ao alcance da finalidade (razoabilidade / proporcionalidade) expressa em lei. Também devem ser observados os motivos que inspiraram a prática do ato, de modo que é dever do agente expor os fundamentos de fato e de direito que deram ensejo ao ato, a fim de que se possa verificar sua validade. Por isso, discute-se se é possível o controle judicial dos atos com base no poder discricionário. Nesse sentido, com base nos limites impostos, é permitido que o Poder Judiciário afira a legalidade do exercício do poder discricionário, considerando em especial a razoabilidade e proporcionalidade dos atos. O que se veda ao Judiciário é que se faça o juízo de conveniência e oportunidade, substituindo a vontade do administrador, conduta que ensejaria a invasão em esfera de competência adstrita ao agente público, ou seja, redundaria em violação ao princípio da separação de poderes. Porém, é dado ao Poder Judiciário, como destacado, apreciar o ato, inclusive no seu aspecto de liberdade, a fim de verificar se não houve violação aos limites legais, isto é, se o ato não é arbitrário, abusivo, ilegal ou ilegítimo. Veja que é essa a orientação que vem sendo adotada no Supremo Tribunal Federal e no Superior Tribunal de Justiça, cf. Informativo 337 (MS-23981) e REsp /RS (Rel. Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA TURMA, julgado em , DJ p. 249). 8

9 De todo forma, devemos lembrar que todos os atos administrativos são passíveis de controle judicial. Quanto aos atos discricionários o controle é mais limitado, mas é sempre possível. É que poderá sofrer controle acerca dos seus elementos vinculados (competência, finalidade e forma) que estarão previstos na norma, bem como no mérito para verificar a compatibilidade com os princípios constitucionais (razoabilidade, proporcionalidade), ou seja, a adequação aos limites legais. Portanto, a discricionariedade está baseada nos limites legais, de modo que não há discricionariedade contra legem por ser prática arbitrária. É preciso, no entanto, distinguir o que seja discricionariedade, daquilo que se denomina de conceito jurídico indeterminado. Os conceitos jurídicos indeterminados, conforme explica Carvalho Filho, são termos ou expressões contidos em normas jurídicas, que, por não terem exatidão em seu sentido, permitem que o intérprete ou o aplicador possam atribuir certo significado, mutável em função da valoração que se proceda diante dos pressupostos da norma. É que sucede com expressões do tipo ordem pública, bons costumes, interesse público, segurança nacional. São, portanto, expressões previstas no âmbito da norma, que já estabelece seus efeitos, cabendo apenas a concretização ou interpretação pelo aplicador. A discricionariedade reside no campo da aplicação da norma, de forma que permite ao administrador, dentro da margem legal, observando a oportunidade e conveniência, ponderar os interesses concorrentes dando prevalência ao que melhor atenda o fim perseguido. 9

10 Por outro lado, o Poder é vinculado ou regrado quando a lei define todos os elementos e requisitos necessários à prática de ato, não havendo qualquer margem de liberdade para atuação do administrador, devendo realizar o que exatamente estabelece a lei, quando e como ela determina. De todo modo, é bom ressaltar que para alguns autores, tal como a Profa. Zanella Di Pietro, os poderes discricionários e vinculados não existem como poderes autônomos; a discricionariedade e a vinculação são, quando muito, atributos de outros poderes ou competências administrativas. Para autora só existiria os poderes normativo, disciplinar, hierárquico e de polícia. E, nesse sentido, para o Prof. Carvalho Filho só o regulamentar, discricionário e de polícia. De todo modo, como disse inicialmente, em geral, temse aceito os poderes discricionário, vinculado, regulamentar, hierárquico, disciplinar e de polícia Poder regulamentar O Poder regulamentar é a prerrogativa conferida à Administração Pública de editar atos normativos de caráter abstrato e geral visando dar aplicabilidade à lei. Trata-se de poder no sentido de praticar atos de natureza derivada (secundário) tendo em vista complementar o alcance da lei, decorrente da função normativa. Com efeito, como salienta Carvalho Filho, o poder regulamentar é subjacente à lei, ou seja, deve observar as balizas legais, de modo a não contrariar seu sentido e comando. Quer dizer, não pode criar direitos, nem obrigações que não decorram diretamente da Lei. 10

11 É exemplo de este poder os decretos e regulamentos, conforme prevê o art. 84, incisos IV e VI, da CF/88, que por simetria aplica-se a todas as esferas federativas. Assim, muito embora não haja entendimento uniforme, é possível destacar duas espécies de decretos ou regulamentos. Os denominados decretos de execução e os autônomos. Os decretos de execução, no âmbito brasileiro, estariam previstos no art. 84, inc. IV, da CF/88, que seriam utilizados para dar fiel execução às leis, conforme o seguinte: Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: [...] IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução; Por outro lado, os chamados decretos autônomos são utilizados para tutelar hipótese que decorre diretamente da Constituição, ou seja, não estão subordinados à lei em sim à CF. A doutrina tem indicado como hipótese de decreto autônomo a disposição contida no art. 84, inc. VI, da CF/88, ao estabelecer que compete ao chefe do Executivo, mediante decreto, dispor sobre: a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos. No entanto, como disse, trata-se de tema controvertido na doutrina. Assim, em defesa dos decretos autônomos está a Profa. Di Pietro, Hely Lopes, dentre outros. No sentido de o ordenamento Constitucional não prevê tal espécie estão os Profs. Celso Bandeira, Carvalho Filho, por exemplo. 11

12 Contudo, o Supremo Tribunal Federal vem admitindo a figura do decreto autônomo, após a EC 32/01, nos termos do art. 84, inc. VI, da CF/88, nos seguintes termos: INFORMATIVO Nº 324 TÍTULO: Liberação de Recursos: Autorização Presidencial PROCESSO: ADI ARTIGO: Julgado improcedente o pedido formulado em ação direta ajuizada pelo Partido Comunista do Brasil - PC do B contra o Decreto 4.010/2001, que vincula a liberação dos recursos para pagamento dos servidores da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional, à expressa autorização do Presidente da República. O Tribunal considerou não caracterizada, na espécie, a alegada ofensa ao princípio da reserva legal - dado que o art. 84, VI, da CF, na redação dada pela EC 32/2001 permite ao Presidente da República dispor, por decreto, sobre a organização e o funcionamento da administração federal quando isso não implicar aumento de despesa ou criação de órgãos públicos -, afastando, ainda, a argumentação do requerente de que a norma impugnada privaria os ministros de Estado da atuação nas áreas de sua competência, já que, na forma prevista nos artigos 76 e 84, II, da CF, o Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República, com o auxílio dos ministros de Estado. ADI DF, rel. Ministra Ellen Gracie, (ADI-2564) INFORMATIVO Nº 217 TÍTULO: Guerra Fiscal PROCESSO: ADI ARTIGO Julgando o pedido de medida liminar em ação direta de inconstitucionalidade requerida pelo Governador do Estado de São Paulo contra o Decreto 2.736/96 do Estado do Paraná (Regulamento do ICMS do Paraná) - que concede crédito 12

13 presumido de ICMS, incentivos e benefícios fiscais -, o Tribunal, preliminarmente, rejeitou a articulação de nãocabimento da ação por entender que tal norma caracteriza-se como decreto autônomo revestido de conteúdo normativo, e não como simples ato regulamentar. Prosseguindo no julgamento, o Tribunal entendeu relevante a fundamentação jurídica do pedido por aparente contrariedade ao art. 155, 2º, XII, g, da CF, que só admite a concessão de isenções, incentivos e benefícios fiscais por deliberação dos Estados e do Distrito Federal, mediante lei complementar. O Tribunal não conheceu da ação quanto a diversos dispositivos por se tratarem de normas temporárias, cujos efeitos já se exauriram. ADInMC PR, rel. Min. Sydney Sanches, (ADI-2155) Fala-se, ainda, em poder regulatório ou normativo técnico ou regulamentar delegado. É o poder conferido, por exemplo, às agências reguladoras, ao Conselho Nacional de Justiça, ao CADE, ao Conselho Monetário Nacional, dentre outros órgãos e entidades da Administração para, conforme permissão legal, estabelecer normas técnicas acerca de sua área de atuação. Nesses casos há uma delegação legislativa no sentido de permitir a criação de disposições técnicas. Contudo, esse poder não é de inovar na ordem jurídica, está calcando em pormenorizar tecnicamente os aspectos legais (o que se tem chamado de discricionariedade técnica), com a expedição de Instruções Normativas por uma Agência, quanto à edição de uma Resolução por um órgão administrativo, por exemplo. Dessa forma, o poder regulamentar ou o regulatório (normativo técnico) não podem ultrapassar os limites da lei, criando situação jurídica não tutelada na norma, ou seja, devem apenas esclarecer, explicitar, pormenorizar ou viabilizar a operacionalidade técnica da lei. 13

14 Ademais, cumpre lembrar que cabe ao congresso nacional, nos termos do art. 49, inc. V, da CF/88, sustar os atos do poder executivo que exorbitem o exercício do poder regulamentar Poder hierárquico Poder Hierárquico é o poder que decorre da organização hierárquica da Administração Pública, ou seja, da relação de subordinação existente entre os vários órgãos e agentes. Trata-se de relação de subordinação entre os vários órgãos e agentes componentes de uma estrutura administrativa. São poderes implícitos ou decorrentes do poder hierárquico no sentido de permitir ao superior comandar (estabelecer normas), ordenar (dar ordens), coordenar (gerenciar, distribuir atividades, delegar ou avocar funções), controlar (fiscalizar e exigir o cumprimento das ordens) e corrigir (rever os atos, anulando ou revogando) as atividades administrativas. Notadamente, a hierarquia é o poder de comando, de orientação, de coordenação, de fiscalizar das atividades desempenhadas no cotidiano administrativo. O poder comando ou de direção é o de orientar as atividades administrativas, mediante a expedição de atos gerais e determinações específicas através dos quais, como ressaltamos, são repartidas e escalonadas as funções dos agentes e órgãos públicos, com o objetivo de assegurar seu exercício harmônico e coordenado da função administrativa. Assim, o poder de direção subjacente ao poder hierárquico será exercido através da expedição de atos normativos que vinculam a atuação do agente em determinadas situações, de modo a realizar certas condutas (instruções) ou por ordens concretas 14

15 individualizadas (portarias) a fim de que os órgãos inferiores observem o direcionamento dado pelos órgãos de comando. Por isso, recorde-se que é dever funcional observar as ordens superiores, somente podendo descumpri-las se forem manifestamente ilegais. Não se deve, no entanto, confundir subordinação com vinculação administrativa. A subordinação decorre do poder hierárquico, a vinculação resulta do poder de supervisão ministerial (tutela) sobre a entidade vinculada e é exercida nos limites legais, não retirando a autonomia administrativa da entidade, sendo controle apenas de finalidade, de resultado, ou seja, dos fins da entidade. Dessa relação de subordinação administrativa (hierarquia) decorre o poder de autotutela, ou seja, do superior rever os atos do subordinado anulando-o quando ilegais ou revogando quando inconvenientes ou inoportunos, seja de ofício ou por meio de recurso hierárquico Poder disciplinar O poder disciplinar é a faculdade conferida à Administração Pública no sentido de punir no âmbito interno os ilícitos funcionais de seus agentes, bem como de outras pessoas sujeitas à disciplina da Administração. É uma decorrência do poder hierárquico, porém não se confunde com este na medida em que o poder hierárquico induz à ideia de escalonamento de funções e subordinação entre os diversos graus. O poder disciplinar, por outro lado, é o poder de controlar e fiscalizar no âmbito interno o exercício dessas funções, de modo a responsabilizar o agente pelos ilícitos cometidos, aplicando penalidades. Então, o poder disciplinar é o poder conferido à Administração para responsabilizar os agentes, órgão ou entidade, ou 15

16 ainda demais pessoas submetidas à disciplina interna da Administração. Observe, portanto, que o poder disciplinar pode incidir sobre agentes públicos (regime disciplinar) ou mesmo sobre pessoas particulares que mantenham vínculo contratual com a Administração (poder disciplinar contratual) ou pessoas sob sujeição especial, tal como os alunos em escola pública, detentos, pessoas internadas em hospitais públicos etc. Funcional (aplica-se aos servidores) Pode Disciplinar Contratual (aplica-se aos contratados pela Adm.) Especial (regime especial de sujeição: Preso, alunos) No entanto, se não houver nenhum vínculo com a Administração, não poderá incidir o poder disciplinar. Eventual sanção a ser aplicada decorrerá do poder de polícia. Com efeito, conforme menciona a Profa. Raquel Melo Urbano, esclareça-se que o poder disciplinar não abrange as sanções impostas a terceiros estranhos ao quadro de pessoal do Poder Público. Particulares que não foram investidos em cargos, empregos ou funções públicas não estão sujeitos à disciplina punitiva da Administração. Significa dizer que se o particular não tem qualquer vínculo com a Administração (funcional, contratual ou sujeição especial), não poderá sofrer sanção em razão do poder disciplinar da Administração, mas poderá em razão do poder de polícia (fiscalização de atividade, por exemplo). Lembre-se, no entanto, se esse particular tiver algum vínculo com o Estado (contrato de prestação de serviço, concessionário, permissionário) sofrerá sanção disciplinar (multa, 16

17 advertência, suspensão etc), e se não tiver qualquer vínculo somente poderá sofrer sanção decorrente do poder de polícia Poder de polícia O poder de polícia é a prerrogativa de que dispõe a Administração Pública para condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais, em benefício da coletividade ou do próprio Estado. Esse poder tem por fundamento, conforme lição da Profa. Di Pietro, no princípio da predominância do interesse público sobre o particular, que dá a Administração posição de supremacia sobre os administrados, na medida em que a Administração dispõe de prerrogativas especiais para a consecução de seus fins. Com efeito, a definição de poder de polícia fora positivada no Código Tributário Nacional, em seu artigo 78, ao expressar que: Art. 78. Considera-se poder de polícia a atividade da Administração Pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividade econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais e coletivos. ou numa acepção restrita. O poder de polícia pode ser visto numa acepção ampla Em sentido amplo compreende toda a atividade estatal de condicionar, restringir, direitos individuais em prol do interesse 17

18 coletivo. Assim, compreenderia, por exemplo, a atividade legislativa, isto é, a criação de leis restritiva de direitos. Em sentido estrito corresponde à atividade administrativa que impõe restrições à atividade, liberdade e à propriedade, por meio de intervenções abstratas ou concretas da Administração Pública, sendo denominado de polícia administrativa. Com efeito, o poder de polícia pode ser preventivo ou repressivo. É preventivo quando destina a evitar condutas que violem o interesse da coletividade. É repressivo quando destinado a combater ilícitos que redundem em afronta ao interesse público. Significa dizer que no exercício da polícia administrativa preventiva a Administração expedirá os atos normativos (regulamentos, portarias etc), ou seja, atos gerais e abstratos, que delimitarão a atividade e o interesse dos particulares em razão do interesse público. No tocante ao poder de polícia repressivo a Administração irá atuar no sentido de fiscalizar atividades e bens, verificando a existência de infrações às disposições preventivas e punindo as condutas ilícitas administrativas. No primeiro caso, ou seja, do exercício do poder de polícia preventivo podemos citar a necessidade, por exemplo, de se requerer o alvará de funcionamento para abertura de bares ou restaurantes. No segundo caso, polícia repressiva, temos a fiscalização estatal a fim de verificar se os bares e restaurantes têm os referidos alvarás e se cumprem as regras inerentes à segurança, saúde etc. Nesse sentido, distingue-se a polícia administrativa, que incide sobre bens, atividades ou direitos, da polícia judiciária que atua sobre pessoas, voltada ao combate de ilícitos criminais. 18

19 A Polícia Judiciária atua no sentido de manter a ordem e a segurança da sociedade, combatendo a criminalidade, atuando por meio de órgãos de defesa (Polícia Civil, Polícia Federal e a PM nos IPM s). Então, podemos dizer que a polícia judiciária tem atuação predominantemente voltada para as pessoas, no combate à criminalidade, à repressão penal, à segurança pública. A polícia administrativa, por outro lado, não incide sobre pessoas, incide sobre bens, atividades, e liberdades individuais, tanto preventiva quanto repressivamente, ou seja, atua no combate a ilícitos administrativos, anti-sociais, na fiscalização dos diversos setores sociais (comércio, sanitário, meio ambiente etc). Portanto, enquanto a polícia administrativa é regida pelo Direito Administrativo, a polícia judiciária deve observar as normas de direito criminal (processuais e penais). Assim, como o poder de polícia, a polícia administrativa, é atividade conferida ao Estado para impor restrições a esfera particular, devemos entender que se trata de prerrogativa especial, e como tal, goza de atributos diferenciados. Assim, o poder de polícia goza dos seguintes atributos específicos: a discricionariedade, a autoexecutoriedade e a coercibilidade (DAC). A discricionariedade deve ser entendida no sentido de que cabe à Administração definir quando e onde exercitar seu poder de fiscalização e controle, ou seja, a oportunidade e conveniência de exercer o poder de polícia, aplicando as sanções e os meios necessários à proteção do interesse público. Contudo, deve-se ressaltar que o poder de polícia é em regra discricionário, isso porque a lei pode estabelecer o modo e a forma de sua realização quando, então, não haverá margem de 19

20 escolha da Administração, sendo, pois, vinculado, tal como a concessão de licença para dirigir (habilitação). Com efeito, a licença é ato de polícia vinculado, ou seja, ocorre quando o indivíduo, preenchidos os requisitos, tem o direito de praticar o ato, por isso são atos vinculados (licença para construir, para dirigir etc). A autorização, por outro lado, é ato decorrente do poder de polícia discricionária, ou seja, dependerá da conveniência e oportunidade da administração em permitir ou conceder o ato (ex. porte arma), podendo, portanto, ser revogada. Assim, podemos concluir que nem todo ato do poder de polícia é discricionário. A autoexecutoridade é a prerrogativa conferida à Administração para decidir e executar diretamente suas decisões, por seus próprios meios, sem intervenção do Poder Judiciário. Veja que a Administração para praticar seus atos condizentes com o poder de polícia não necessita de autorização judicial, de modo que por si mesma pode executá-los. A coercibilidade é o atributo que confere à Administração poder de impor obrigações ou condutas aos particulares, de forma a exigir seu cumprimento, sob pena de a Administração fazer-se cumprir pelo uso da força. Quanto à titularidade do poder de polícia, é importante observar que a competência para exercê-lo decorre diretamente do sistema de partilha de competências constitucional. Assim, em regra, a competência é da pessoa política a qual a Constituição conferiu o poder de regular a matéria. Portanto, tratando-se de assuntos de interesses nacionais, a competência é da União. De assuntos estaduais, a 20

21 competência é do Estado-membro. E, regionais, a competência é do Município. Porém, devemos lembrar que haverá a possibilidade de exercício concorrente, daí a necessidade de atuação em sistema de gestão associada, conforme prescreve o art. 241, CF/88. Nesse sentido, quando o poder de polícia é exercido diretamente pela pessoa política, ou seja, pela Administração Pública direta, por seus órgãos e agentes, fala-se em poder de polícia originário. Contudo, quando outorgado (delegação feita por lei) à pessoa jurídica integrante da Administração Indireta, tal como as autarquias, denomina-se poder de polícia delegado ou outorgado. Daí a grande celeuma no âmbito dessa matéria. Pode o poder de polícia ser delegado? É preciso ter cuidado, pois acabamos de ver que a resposta é positiva, desde que a delegação ocorra por força de lei. Agora, a delegação poderá ocorrer para pessoa jurídica de direito privado? E para particulares? Bem, aí a questão é um pouco mais complexa. A jurisprudência tem pacificado o entendimento de que o poder de polícia é atividade exclusivamente estatal, por isso, não poderia ser delegado a particulares. Nesse sentido, entende o professor Celso Antônio Bandeira de Mello que, em regra, não se pode delegar os atos de poder de polícia a particulares e essa tem sido a orientação jurisprudencial do próprio Supremo Tribunal Federal (ADI 1.717/DF) e do Superior Tribunal de Justiça. Ilustrativamente: PROCESSUAL CIVIL CONFLITO DE COMPETÊNCIA CONSELHO DE FISCALIZAÇÃO PROFISSIONAL PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO PROCESSO LICITATÓRIO COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL. 21

22 1. O Supremo Tribunal Federal, na ADIn 1.717/DF, declarou a inconstitucionalidade dos dispositivos da Lei 9.649/98, que alteraram a natureza jurídica dos conselhos profissionais por ser indelegável a entidade privada atividade típica de Estado, que abrange até poder de polícia, de tributar e de punir, no que concerne ao exercício das atividades profissionais regulamentadas. 2. Mantida a natureza autárquica dos conselhos profissionais permanece competente a Justiça Federal para julgar mandado de segurança, ainda que o ato impugnado seja de gestão e não de delegação, como in casu. 3. Conflito conhecido para declarar-se competente o Juízo Federal, suscitado. (CC /RR, Rel. Ministra ELIANA CALMON, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 28/06/2006, DJ 07/08/2006 p. 197) Contudo, o ilustre professor ressalva o caso de capitães de navios, em que há o exercício do poder de polícia por pessoa privada. No entanto, trata-se de uma excepcionalidade, segundo o próprio mestre. Destaca-se, todavia, que é possível que se permita ao particular, pessoa privada, a prática de atos materiais que precedam os atos jurídicos do poder de polícia, que é a instrumentalização do poder de polícia, tal como colocação de fotossensores, radares, pardais, detectores de produtos ilícitos ou metais em aeroportos etc, conforme orientação jurisprudencial. Vejamos: ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL. MULTA DE TRÂNSITO. NECESSIDADE DE IDENTIFICAÇÃO DO AGENTE. AUTO DE INFRAÇÃO. 1. Nos termos do artigo 280, 4º, do Código de Trânsito, o agente da autoridade de trânsito competente para lavrar o auto de infração poderá ser servidor civil, estatutário ou celetista ou, ainda, policial militar designado pela autoridade de trânsito com jurisdição sobre a via no âmbito de sua 22

23 competência. O aresto consignou que toda e qualquer notificação é lavrada por autoridade administrativa. 2. "Daí não se segue, entretanto, que certos atos materiais que precedem atos jurídicos de polícia não possam ser praticados por particulares, mediante delegação, propriamente dita, ou em decorrência de um simples contrato de prestação. Em ambos os casos (isto é, com ou sem delegação), às vezes, tal figura aparecerá sob o rótulo de "credenciamento". Adílson Dallari, em interessantíssimo estudo, recolhe variado exemplário de "credenciamentos". É o que sucede, por exemplo, na fiscalização do cumprimento de normas de trânsito mediante equipamentos fotossensores, pertencentes e operados por empresas privadas contratadas pelo Poder Público, que acusam a velocidade do veículo ao ultrapassar determinado ponto e lhe captam eletronicamente a imagem, registrando dia e momento da ocorrência" (Celso Antônio Bandeira de Mello, in "Curso de Direito Administrativo, Malheiros, 15ª edição, pág. 726): 3. É descabido exigir-se a presença do agente para lavrar o auto de infração no local e momento em que ocorreu a infração, pois o 2º do CTB admite como meio para comprovar a ocorrência "aparelho eletrônico ou por equipamento audiovisual (...)previamente regulamentado pelo CONTRAN." 4. Não se discutiu sobre a impossibilidade da administração valer-se de cláusula que estabelece exceção para notificação pessoal da infração para instituir controle eletrônico. 5. Recurso especial improvido. (REsp /DF, Rel. Ministro CASTRO MEIRA, SEGUNDA TURMA, julgado em 18/08/2005, DJ 21/03/2006 p. 113) Mas, e se essa pessoa jurídica de direito privado for integrante da Administração Pública? Bem, o entendimento era no sentido de que pessoa jurídica de direito privado não poderia exercer atos do poder de 23

24 polícia, por ser atividade tipicamente estatal, ou seja, que deveria ser exercida por pessoa jurídica de direito público. Contudo, em recente decisão o STJ passou a entender que o poder de polícia, que atualmente é desmembrado em quatro atividades, qual seja: legislação, consentimento, fiscalização e sanção -, poderá ser delegado à pessoa jurídica de direito privado, integrante da Administração Pública, no tocante às atividades de consentimento e fiscalização. Significa dizer que, para o STJ, as atividades de consentimento (tal como expedição de alvará, carteira de motorista, dentre outras) e de fiscalização (fiscalização de trânsito, postura, obras, sanitária etc) podem ser delegadas às entidades de direito privado. No entanto, conforme entendimento do STJ não poderá ser delegado atividades de legislação e aplicação de sanções, por se caracterizar como atividades intrínsecas do campo administrativo. Nesse sentido, vale transcrever a notícia veiculada no âmbito do STJ: "A Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu pela possibilidade de a Empresa de Transporte de Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans) exercer atos relativos à fiscalização no trânsito da capital mineira. Entretanto, os ministros da Turma mantiveram a vedação à aplicação de multas pela empresa privada. A Turma decidiu reformar, parcialmente, decisão de novembro último que garantiu ao poder público a aplicação de multa de trânsito. Na ocasião, os ministros acompanharam o entendimento do relator, ministro Mauro Campbell Marques, de ser impossível a transferência do poder de polícia para a sociedade de economia mista, que é o caso da BHTrans. Ele explicou que o poder de polícia é o dever estatal de limitar o exercício da propriedade e da liberdade em favor do interesse público. E suas atividades se 24

25 dividem em quatro grupos: legislação, consentimento, fiscalização e sanção. O prof. Carvalho Filho, neste aspecto, diverge, pois entende que qualquer pessoa administrativa também poderá exercer a atividade de fiscalização e aplicar sanção. A propósito, são sanções decorrentes do poder de polícia as multas, interdição de atividades, embargo de obras, cassação de patentes, demolições, proibição de fabricar, suspensão ou cassação de direito, por exemplo. De toda sorte, por ser ato administrativo, os atos de poder de polícia se submetem ao controle administrativo, de autotutela, bem como ao controle judicial de legalidade. Ademais, vale destacar que a Lei nº 9.873/99 estabelece prazo prescricional de cinco anos para o exercício de ação punitiva pela Administração Pública Federal direta e indireta, no exercício do poder de polícia, conforme determina o art. 1º: Art. 1 o Prescreve em cinco anos a ação punitiva da Administração Pública Federal, direta e indireta, no exercício do poder de polícia, objetivando apurar infração à legislação em vigor, contados da data da prática do ato ou, no caso de infração permanente ou continuada, do dia em que tiver cessado. Observe que esta lei não se aplica às infrações de natureza funcional e aos processos e procedimentos de natureza tributária, conforme art. 5º, mas ao exercício do poder de polícia. Vamos às questões. 25

26 2. QUESTÕES COMENTADAS 1. (ANALISTA JUDICIÁRIO JUDICIÁRIA TRE/AC FCC/2010) Acerca dos poderes e deveres do administrador público, é correto afirmar que a) o dever de prestar contas aplica-se apenas aos ocupantes de cargos eletivos e aos agentes da administração direta que tenham sob sua guarda bens ou valores públicos. b) o agente público, mesmo quando despido da função ou fora do exercício do cargo, pode usar da autoridade pública para sobrepor-se aos demais cidadãos. c) o poder tem, para o agente público, o significado de dever para com a comunidade e para com os indivíduos, no sentido de que, quem o detém está sempre na obrigação de exercitá-lo. d) o dever de eficiência exige que o administrador público, no desempenho de suas atividades, atue com ética, honestidade e boafé. e) o dever de probidade traduz-se na exigência de elevado padrão de qualidade na atividade administrativa. A alternativa a está errada. O dever de prestar contas aplica-se a todos os agentes públicos, alcança inclusive particulares que façam uso de verbas ou bens públicos. A alternativa b está errada. O agente público não pode usar da função pública, sobretudo quando fora do exercício do cargo, para sobrepor-se aos demais cidadãos. Tal possibilidade somente é possível quando necessário ao exercício de suas funções e expressamente previsto em lei. A alternativa c está correta. De fato, o poder tem, para o agente público, o significado de dever para com a comunidade e para com os indivíduos, no sentido de que, quem o detém está sempre na obrigação de exercitá-lo. A alternativa d está errada. O dever de probidade exige que o administrador público, no desempenho de suas 26

27 atividades, atue com ética, honestidade e boa-fé. O dever de eficiência exige que atue perfeição, celeridade e técnica. A alternativa e está errada. O dever de eficiência traduz-se na exigência de elevado padrão de qualidade na atividade administrativa. Gabarito: C. 2. (AGENTE ADMINISTRATIVO MPE/RN FCC/2010) Sobre o poder da autoridade, analise: I. A autoridade, embora competente para praticar o ato, vai além do permitido e exorbita no uso de suas faculdades administrativas. II. A autoridade, embora atuando nos limites de sua competência, pratica o ato por motivos ou com fins diversos dos objetivados pela lei ou exigidos pelo interesse público. Tais espécies configuram, técnica e respectivamente, a) desvio de finalidade e uso de gestão de poder. b) desvio de poder e excesso de poder. c) abuso de poder e uso regular do poder. d) uso de gestão do poder e excesso de poder. e) excesso de poder e desvio de finalidade. Quando a autoridade, embora competente para praticar o ato, vai além do permitido e exorbita no uso de suas faculdades administrativas temos o excesso de poder. Por exemplo, quando o chefe imediato aplica a pena de demissão a servidor que comete ilícito grave. Veja que a pena até poderia ser adequada, porém o chefe imediato não tem competência para tanto, por isso, embora competente para aplicar a punição, no caso exorbitou no uso de suas atribuições, poderes. Foi além do que lhe era permitido. Por isso, o ato é ilegal. 27

28 Quando a autoridade, embora atuando nos limites de sua competência, pratica o ato por motivos ou com fins diversos dos objetivados pela lei ou exigidos pelo interesse público, ocorre o desvio de poder ou de finalidade. Por exemplo, quando aquele mesmo chefe, com a finalidade de perseguir ou de punir outro servidor, que lhe é subordinado, mas que não tem muita simpatia, o remove para outra localidade, não para atender a necessidade do serviço, mas para satisfazer seu ego. Gabarito: E. 3. (ANALISTA JUDICIÁRIO TRE/AL FCC/2010) O abuso de poder a) não pode ser combatido por meio de Mandado de Segurança. b) caracteriza-se na forma omissiva, apenas. c) não se configura se a Administração retarda ato que deva praticar, sendo certo que essa conduta caracteriza mera falha administrativa. d) pode se configurar nas modalidades de excesso de poder e desvio de finalidade ou de poder. e) embora constitua vício do ato administrativo, nunca é causa de nulidade do mesmo. A alternativa a está errada. O abuso de poder pode ser combatido por meio de Mandado de Segurança, conforme dispõe o art. 5º, inc. LXIX, CF/88, ao estabelecer que conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por "habeas-corpus" ou "habeas-data", quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público. A alternativa b está errada. Percebe o que destacamos. O abuso de poder poderá ocorrer tanto por ação quanto por omissão. Ou seja, ocorre quando o agente pratica um ato com fim 28

29 diverso do da regra de competência, ou quando não tem competência para praticá-lo, mas também ocorre quando o agente deixa de praticar o ato que deveria ter praticado, na forma e tempo determinado em lei. A alternativa c está errada. Então, o abuso pode ser por ação ou omissão. Assim, se a Administração retarda ato que deva praticar, estará cometendo abuso de poder. A alternativa e está errada. O abuso, em qualquer de suas formas, é sempre causa de nulidade. Assim, a alternativa d é a correta. O abuso de poder pode se configurar nas modalidades de excesso de poder e desvio de finalidade ou de poder. Gabarito: D 4. (TÉCNICO JUDICIÁRIO TRE/AM FCC/2010) Sobre o abuso de poder, é correto afirmar que: a) para combatê-lo, não há medida judicial cabível, devendo o prejudicado recorrer à via administrativa. b) o abuso de poder só pode revestir a forma omissiva, não a comissiva. c) o uso do poder é lícito, enquanto o abuso pode ser lícito ou ilícito, dependendo da finalidade. d) a improbidade deve sempre ser considerada uma espécie de abuso de poder. e) todo ato abusivo é nulo, por excesso ou desvio de poder. A alternativa a está errada. O abuso de poder poderá ser combatido pela via do mandado de segurança. A alternativa b está errada. O abuso de poder pode ocorrer tanto por ação quanto por omissão. 29

30 A alternativa c está errada. O abuso de poder é uso anormal, inadequado, ilícito do poder. A alternativa d está errada. O abuso de poder pode se verificar em uma das modalidades de improbidade. No entanto, nem toda improbidade é considerada abuso de poder. Assim, a alternativa e está correta. Todo ato abusivo é nulo, por excesso ou desvio de poder. Gabarito: E. 5. (OFICIAL DE JUSTIÇA TJ/PE FCC/2012) No que se refere aos poderes administrativo, discricionário e vinculado, é INCORRETO afirmar: a) Mesmo quanto aos elementos discricionários do ato administrativo há limitações impostas pelos princípios gerais de direito e pelas regras de boa administração. b) A discricionariedade é sempre relativa e parcial, porque, quanto à competência, à forma e à finalidade do ato, a autoridade está subordinada ao que a lei dispõe. c) Poder vinculado é aquele que o Direito Positivo a Lei confere à Administração Pública para a prática de ato de sua competência, determinando os elementos e requisitos necessários à sua formalização, mas lembrando a dificuldade de se encontrar um ato administrativo inteiramente vinculado. d) A atividade discricionária encontra plena justificativa na impossibilidade de o legislador catalogar na lei todos os atos que a prática administrativa exige. e) Na categoria dos atos administrativos vinculados, a liberdade de ação do administrador é ampla, visto que não há necessidade de se ater à enumeração minuciosa do Direito Positivo para realizá-la. A alternativa a está correta. De fato, mesmo quanto aos elementos discricionários do ato administrativo há limitações 30

31 impostas pelos princípios gerais de direito e pelas regras de boa administração. Lembremos que não existe conduta absolutamente livre e que mesmo a discricionariedade é decorrência de margem que a lei estabelece para se optar pela conduta mais compatível com o interesse público. A alternativa b está correta. A discricionariedade é sempre relativa e parcial, porque, quanto à competência, à forma e à finalidade do ato, que são sempre elementos vinculados, a autoridade está subordinada ao que a lei dispõe. A alternativa c está correta. O poder vinculado é aquele que o Direito Positivo a Lei confere à Administração Pública para a prática de ato de sua competência, determinando os elementos e requisitos necessários à sua formalização. Todavia, deve-se ressaltar a dificuldade de se encontrar um ato administrativo inteiramente vinculado. É que geralmente os atos são produzidos no âmbito de um procedimento administrativo onde haverá a conjugação de vários atos. A alternativa d está correta. De fato, a atividade discricionária encontra plena justificativa na impossibilidade de o legislador catalogar na lei todos os atos que a prática administrativa exige. A alternativa e é a incorreta. Não existe liberdade ampla. Ademais, na categoria dos atos administrativos discricionários há margem de liberdade de ação do administrador que é restrita, limitada, visto que deve observar os limites impostos pela Lei. A atividade vinculada, por outro lado, não há margem de liberdade, visto que há necessidade de se ater à enumeração minuciosa do Direito Positivo para realizá-la. Gabarito: E. 31

32 6. (TÉCNICO JUDICIÁRIO TRF 2ª REGIÃO FCC/2012) Em matéria de poderes administrativos, o poder regulamentar tem como objeto a edição de atos administrativos normativos, os quais contêm determinações a) gerais, incidindo sobre todos os fatos ou situações enquadradas nas hipóteses que abstratamente preveem. b) específicas, aplicáveis nas hipóteses delineadas e enumeradas em seus termos e correspondentes condições. c) que devem ser observadas em determinadas e específicas situações, observadas as regulamentações específicas. d) especificadas no próprio ato, mas cuja aplicabilidade depende da expedição de ato complementar. e) a serem aplicadas sempre que não for possível estabelecer critérios subjetivos para elucidar determinadas situações. O poder regulamentar (modernamente chamado normativo) compreende a edição de atos infralegais gerais e abstratos, ou seja, trata-se da edição de atos que incidirão sobre todos os fatos ou situações enquadradas nas hipóteses que abstratamente preveem. Contudo, sempre são subjacentes à Lei. Gabarito: A. 7. (TÉCNICO JUDICIÁRIO TRT 6ª REGIÃO FCC/2012) O poder regulamentar cabe ao chefe do Poder Executivo e compreende a edição de normas complementares à lei, para sua fiel execução. Constitui forma de expressão do poder a) normativo. b) hierárquico. c) discricionário. d) de polícia. e) disciplinar. 32

33 Nos termos da CF, art. 84, inc. IV, o poder regulamentar é conferido ao chefe do Executivo, de modo a expedir atos (decreto executivo) para dar fiel execução à lei. Gabarito: A. 8. (ANALISTA JUDICIÁRIO JUDICIÁRIA TRT 4ª REGIÃO FCC/2011) É correta a afirmação de que o exercício do poder regulamentar está consubstanciado na competência a) das autoridades hierarquicamente superiores das administrações direta e indireta, para a prática de atos administrativos vinculados, objetivando delimitar o âmbito de aplicabilidade das leis. b) dos Chefes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, objetivando a fiel aplicação das leis, mediante atos administrativos expedidos sob a forma de homologação. c) originária dos Ministros e Secretários estaduais, de editarem atos administrativos destinados a esclarecer a aplicabilidade das leis ordinárias. d) dos Chefes do Poder Executivo para editar atos administrativos normativos destinados a dar fiel execução às leis. e) do Chefe do Poder Executivo Federal, com a finalidade de editar atos administrativos de gestão, para esclarecer textos controversos de normas federais. O poder regulamentar decorre da atuação dos Chefes do Poder Executivo para editar atos administrativos normativos destinados a dar fiel execução às leis. Gabarito: D. 9. (ANALISTA JUDICIÁRIO JUDICIÁRIA TRE/PR FCC/2012) De acordo com Maria Sylvia Zanella di Pietro, o poder regulamentar é uma das formas de expressão da competência normativa da Administração Pública. Referido poder regulamentar, de acordo com a Constituição Federal, 33

34 a) é competência exclusiva do Chefe do Poder Executivo, que também pode editar decretos autônomos, nos casos previstos. b) admite apenas a edição de decretos executivos, complementares à lei. c) compreende a edição de decretos regulamentares autônomos sempre que houver lacuna na lei. d) admite a delegação da competência originária em caráter geral e definitivo. e) compreende a edição de decretos autônomos e regulamentares, quando houver lacuna na lei. A alternativa b está errada. O poder regulamentar não admite apenas a edição de decretos executivos, complementares à lei. Observa-se também a possibilidade de edição de decreto autônomo. A alternativa c está errada. De fato, o pder regulamentar compreende a edição de decretos regulamentares e autônomos. Todavia, o regulamentar é expedido em complemento á Lei, e o autônomo em situação peculiar prevista expressamente na Constituição. A alternativa d está errada. A Constituição autoriza a delegação para a edição de decreto autônomo. Todavia, não será em caráter geral e definitivo, é sempre específica e temporária. A alternativa e está errada. Não compreende a edição de atos para preencher lacuna na Lei. É para detalhar, explicitar, o alcance da lei. Assim, a banca considerou a alternativa a como correta. Todavia, como a FCC cobra a literalidade em algumas questões devemos ter cuidado, pois a CF/88 estabelece que a competência é privativa do Chefe do Poder Executivo, que também pode editar decretos autônomos, nos casos previstos. Gabarito: A. 34

35 10. (ANALISTA JUDICIÁRIO ADMINISTRATIVA TRT 8ª REGIÃO FCC/2010) O Poder Legislativo aprova lei que proíbe fumar em lugares fechados, cujo texto prevê o seu detalhamento por ato do Poder Executivo. Sancionando a Lei, o Chefe do Poder Executivo edita, imediatamente, decreto detalhando a aplicação da norma, conforme previsto. Ao fazêlo o Chefe do Poder Executivo exerce o poder a) disciplinar. b) regulamentar. c) discricionário. d) de polícia. e) hierárquico. Observe que na hipótese a Administração vai expedir ato no sentido de detalhar a aplicação da norma, nos limites dela própria. Assim, estaremos diante do poder regulamentar. Gabarito: B. 11. (ANALISTA MINISTERIAL MPE/PE FCC/2012) No que concerne ao poder regulamentar, considere a seguinte situação hipotética: o Prefeito de Olinda expediu decreto regulamentar cujo conteúdo contraria lei do mesmo Município, bem como impõe obrigações que não estão previstas na mencionada lei. Sobre o tema, é correto afirmar que decreto regulamentar a) não pode contrariar a lei, nem impor obrigações que nela não estejam previstas. b) não pode contrariar a lei, porém pode impor obrigações que nela não estejam previstas. c) pode contrariar a lei, bem como impor obrigações que nela não estejam previstas, tendo em vista a autonomia e independência do Poder Executivo. 35

36 d) pode contrariar a lei, porém não pode impor obrigações que nela não estejam previstas. e) não faz parte do poder normativo da Administração, vez que não é da competência do Chefe do Executivo. O decreto regulamentar deve ser editado para explicitar, detalhar, minudenciar a aplicação da Lei, ou seja, é sempre subjacente à lei, não podendo extrapolá-la. Não pode contrariar a lei, nem impor obrigações que nela não estejam previstas. Gabarito: A. 12. (PROCURADOR TCE/RO FCC/2010) O poder normativo conferido à Administração Pública compreende a a) edição de decretos autônomos para criação e extinção de órgãos públicos, na medida em que são tradução de seu poder de autoorganização. b) edição de atos normativos de competência exclusiva do Chefe do Executivo, tais como, decretos regulamentares, resoluções, portarias, deliberações e instruções. c) promulgação de atos normativos originários e derivados, sendo os primeiros os regulamentos executivos e os segundos, os regulamentos autônomos. d) promulgação de atos legislativos de efeitos concretos, desde que se refiram a objeto passível de ser disposto por meio de decreto regulamentar. e) edição de decretos autônomos, restringindo-se estes às hipóteses decorrentes de exercício de competência própria, outorgada diretamente pela Constituição. Veja aí. A banca utiliza as duas expressões: Poder normativo ou poder regulamentar. Entenda assim: Em regra, poder normativo é gênero, sendo espécie o poder regulamentar e o poder normativo técnico. 36

37 Poder Regulamentar Poder Normativo Poder Normativo Técnico Por isso, a alternativa a está errada. Por decreto não se pode criar ou extinguir órgãos públicos. O decreto autônomo (art. 84, inc. VI, da CF/88) permite ao Presidente da República dispor sobre a organização e o funcionamento da administração federal quando isso não implicar aumento de despesa ou criação de órgãos públicos. A alternativa b está errada. Veja aí o que disse. É uma maldade essa questão. Pois na hora da prova, lembrar se é privativa ou exclusiva é dose. Mas, de toda sorte, quando se falar do art. 84, lembre-se que é privativo. Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: [...] IV sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução; A alternativa c está errada. A promulgação de atos normativos originários e derivados. Os originários, de forma excepcional, sendo exemplo os regulamentos autônomos, e derivados, os regulamentos executivos. A alternativa d está errada. A promulgação de atos legislativos de efeitos concretos não se insere no âmbito do poder regulamentar, já que os atos são gerais e abstratos. Assim, a alternativa e está correta. De fato, o poder normativo da Administração compreende a edição de decretos autônomos, restringindo-se estes às hipóteses decorrentes de exercício de competência própria, outorgada diretamente pela Constituição. 37

38 Gabarito: E. 13. (DEFENSOR PÚBLICO DPE/MT FCC/2009) Considere os dispositivos abaixo, extraídos do art. 84 da Constituição Federal, cujo caput é "Compete privativamente ao Presidente da República": I. "iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Constituição". II. "sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução". III. "vetar projetos de lei, total ou parcialmente". Há exemplo de poder regulamentar da Administração Pública em: a) II e III, apenas. b) I, II e III. c) I, apenas. d) II, apenas. e) III, apenas. A assertiva I não trata do poder regulamentar e sim da iniciativa legislativa, ou seja, de processo legislativo, bem como a assertiva III, porque trata da fase final do processo legislativo que é a sanção ou veto a projeto de lei. A assertiva II na primeira parte também se insere no processo legislativo ("sancionar, promulgar e fazer publicar as leis ). Porém, a parte final ( expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução") é a aplicação do poder regulamentar. Por isso, somente na assertiva II há exemplo do poder regulamentar. Gabarito: D. 14. (ANALISTA JUDICIÁRIO TJ/AP FCC/2009) É exemplo que se refere ao poder regulamentar, em matéria de 38

39 competências do Presidente da República, a) exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior da administração federal. b) vetar projetos de lei, total ou parcialmente. c) celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional. d) expedir decretos e regulamentos para fiel execução das leis. e) conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei. Dentre as alternativas, somente na alternativa d é que temos como exemplo do poder regulamentar, conforme parte final do art. 84, inc. IV, da CF/88, o qual estabelece competir privativamente ao Presidente da República privativamente expedir decretos e regulamentos para fiel execução das leis. Os demais atos contidos nas alternativas a, b, c, e e não se inserem no âmbito do poder regulamentar, sendo atos administrativos, legislativos ou políticos. Gabarito: D. 15. (FCC/2014 PREF. CUIABÁ/MT PROCURADOR MUNICIPAL) Acerca do poder normativo da Administração Pública, é correto afirmar: a) Os chamados regulamentos executivos não existem no Direito Brasileiro, que somente admite os chamados regulamentos autorizados ou delegados. b) É exercido por meio de decretos regulamentares, resoluções, portarias e outros atos dotados de natureza normativa primária. c) Não se confunde com o poder regulamentar, pois ambos têm natureza jurídica distinta. d) Compete ao Congresso Nacional sustar atos normativos dos demais Poderes que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa. 39

40 e) Nem toda lei depende de regulamento para ser executada, mas toda e qualquer lei pode ser regulamentada se o Executivo julgar conveniente fazê-lo. A alternativa a está errada. Os chamados regulamentos executivos existem no Direito Brasileiro (art. 84, inc. IV, CF/88), podendo ainda se verificar os regulamentos autorizados ou delegados. O que se discute na doutrina é a existência dos regulamentos autônomos (decreto autônomo). A alternativa b está errada. É exercido por meio de decretos regulamentares, resoluções, portarias e outros atos dotados de natureza normativa secundária. Ato normativo primário são as espécies legislativas (art. 59, CF/88). A alternativa c está errada. O poder normativo é o próprio poder regulamentar. A alternativa d está errada. Compete ao Congresso Nacional (art. 49, V, CF/88) sustar atos normativos dos demais do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa. A alternativa e está correta. De fato, nem toda lei depende de regulamento para ser executada, mas toda e qualquer lei pode ser regulamentada se o Executivo julgar conveniente fazê-lo, pois pode expedir decreto para dar-lhe fiel execução. Gabarito: E. 16. (FCC/2013 DPE/RS TÉCNICO DE APOIO ESPECIALIZADO ADMINISTRATIVO) O Secretário de Estado da Justiça editou decreto para regulamentar o horário de atendimento dos fóruns estaduais, estabelecendo, diversamente do previsto na legislação estadual, que o atendimento aos advogados seria feito no período da tarde. A 40

41 medida é a) legal quanto à competência e ilegal quanto ao objeto, na medida em que não poderia ter contrariado a legislação estadual, devendo o decreto apenas explicitar os termos da lei. b) legal, desde que o decreto não tenha restringido o número de horas de atendimento franqueadas aos advogados, apenas concentrado a disponibilidade delas no período da tarde. c) inconstitucional, na medida em que a competência para editar decretos é privativa do Chefe do Executivo, não podendo o Secretário de Estado fazê-lo. d) constitucional quanto à forma, pois a competência para edição de decretos é passível de delegação, mas é ilegal quanto ao conteúdo, pois contrariou a legislação vigente. e) inconstitucional quanto à forma, pois a competência para edição de decretos é privativa do Chefe do Executivo, mas é legal quanto ao conteúdo, tendo em vista que a medida se encaixa na competência para edição de decretos autônomos, uma vez que trata da organização da administração. A medida é inconstitucional, na medida em que a competência para editar decretos é privativa do Chefe do Executivo, não podendo o Secretário de Estado fazê-lo. E nem mesmo poder haver delegação para isso, pois é vedada a delegação de edição de ato normativo. (art. 13, I, Lei n /99). Gabarito: E. 17. (TÉCNICO JUDICIÁRIO TRT 20ª REGIÃO FCC/2011) Dispõe o Poder Executivo de poder para distribuir e escalonar as funções de seus órgãos, ordenar e rever a atuação de seus agentes, estabelecendo a relação de subordinação entre os servidores do seu quadro de pessoal. Trata-se do poder a) disciplinar. b) discricionário. c) regulamentar. 41

42 d) de polícia. e) hierárquico. Com efeito, o poder hierárquico é o poder conferido à Administração Pública, não só ao Poder Executivo, mas a esse também, de poder para distribuir e escalonar as funções de seus órgãos, ordenar e rever a atuação de seus agentes, estabelecendo a relação de subordinação entre os servidores do seu quadro de pessoal. Gabarito: E. 18. (ANALISTA JUDICIÁRIO TJ/PA FCC/2009) Poder hierárquico é a) o de que dispõe o Executivo para distribuir e escalonar as funções de seus órgãos, ordenar e rever a atuação de seus agentes. b) a faculdade de punir as infrações funcionais dos servidores e demais pessoas sujeitas à disciplina dos órgãos e serviços da Administração. c) a faculdade de que dispõe a Administração Pública para condicionar e restringir o uso e o gozo de bens, atividades e direitos individuais em benefício da coletividade. d) o poder que as Corregedorias têm de investigar e aplicar penalidades em servidores pela prática de atos administrativos ilegais e) o poder de que dispõem os chefes de Executivo de expedir decretos autônomos sobre matéria de sua competência ainda não disciplinada em lei. A alternativa a está correta. De acordo com o que vimos, o poder hierárquico é o que permite distribuir e escalonar as funções de seus órgãos, ordenar e rever a atuação de seus agentes, seja no âmbito do Poder Executivo, seja no âmbito do Legislativo e Judiciário, quando atuarem no exercício da função administrativa. 42

43 A alternativa b está errada. A faculdade de punir as infrações funcionais dos servidores e demais pessoas sujeitas à disciplina dos órgãos e serviços da Administração decorre do poder disciplinar. A alternativa c está errada. A faculdade de que dispõe a Administração Pública para condicionar e restringir o uso e o gozo de bens, atividades e direitos individuais em benefício da coletividade é o poder de polícia. A alternativa d está errada. O poder que as Corregedorias têm de investigar e aplicar penalidades em servidores pela prática de atos administrativos ilegais também decorre do poder disciplinar. A alternativa e está errada. Insere-se no âmbito do poder regulamentar o poder de que dispõem os chefes de Executivo de expedir decretos autônomos sobre matéria de sua competência ainda não disciplinada em lei. Gabarito: A. 19. (ANALISTA JUDICIÁRIO TJ/AP FCC/2009) Exerce poder hierárquico, no sentido tradicional do Direito administrativo, a) um Governador de Estado em relação a um Prefeito de Município daquele Estado. b) o Presidente da República em relação a um presidente de autarquia federal. c) o Governador de Estado em relação ao Presidente do Tribunal de Justiça daquele Estado. d) o Presidente da República em relação ao Presidente do Congresso Nacional. e) um Prefeito de Município em relação a um Secretário daquele Município. 43

44 A alternativa a está errada. Não há hierarquia entre os entes federativos. Todos os entes federados são autônomos politicamente, de modo que um Município não está subordinado ao Estado e, portanto, o Prefeito ao Governador. A alternativa b está errada. O Presidente da República, muito embora seja o Chefe de Estado, trata-se de função de representação externa. No que tange à Administração Pública é o Chefe da Administração Pública Federal (da União). Então, lembre-se que a União é uma pessoa jurídica distinta de uma Autarquia, que também tem personalidade jurídica. Assim, no âmbito administrativo não há subordinação entre duas pessoas jurídicas. Portanto, não há subordinação entre a União e uma autarquia federal, eis que ambas são pessoas jurídicas, dotadas de autonomia administrativa, não havendo, por isso, subordinação entre o Presidente da República e um presidente de autarquia federal. A alternativa c está errada. Também não há hierarquia entre o Governador de Estado e o Presidente do Tribunal de Justiça daquele Estado. Devemos lembrar que aqui se aplica a separação de poderes, não havendo subordinação de um em relação ao outro. A alternativa d também está errada. É idêntica a situação da alternativa anterior. Não há subordinação entre o Presidente do Congresso Nacional e o Presidente da República, na medida em que um poder não está subordinado ao outro. A alternativa e, portanto, é a correta. O Secretário Municipal está subordinado ao Prefeito do respectivo município, eis que o Secretário é um agente político auxiliar do Prefeito. Gabarito: E. 20. (ANALISTA JUDICIÁRIO CONTABILIDADE TJ/PE 44

45 FCC/2012) Considere sob o foco do poder hierárquico: I. Chamar a si funções originariamente atribuídas a um subordinado significa avocar, e só deve ser adotada pelo superior hierárquico e por motivo relevante. II. A revisão hierárquica é possível, desde que o ato já tenha se tornado definitivo para a Administração ou criado direito subjetivo para o particular. III. As delegações quando possíveis, não podem ser recusadas pelo inferior, como também não podem ser subdelegadas sem expressa autorização do delegante. IV. A subordinação e a vinculação política significam o mesmo fenômeno e não admitem todos os meios de controle do superior sobre o inferior hierárquico. Está correto o que se afirma APENAS em a) II, III e IV. b) II e IV. c) I, II e III. d) I e III. e) I, III e IV. A assertiva I está correta. De fato, o poder de avocar, ou seja, chamar a si funções originariamente atribuídas a um subordinado, só deve ser adotada pelo superior hierárquico e por motivo relevante. A assertiva II está errada. A revisão hierárquica pode ocorrer a qualquer tempo, desde que surjam fatos novos suscetíveis de modificar a decisão anteriormente proferida em benefício do administrado. A assertiva III está correta. De fato, por estarem, em regra, no âmbito do poder hierárquico, as delegações quando possíveis, não podem ser recusadas pelo inferior, como também não podem ser subdelegadas sem expressa autorização do delegante. A assertiva IV está errada. A subordinação significa submissão hierárquica, havendo assim a relação de superior e inferior 45

46 e seus controles. Por outro lado, a vinculação política significa ligação em relação aos fins, não havendo relação de hierarquia. Por isso, não significam o mesmo fenômeno. Gabarito: D. 21. (ANALISTA JUDICIÁRIO EXECUÇÃO DE MANDADOS TRT 20ª REGIÃO FCC/2011) NÃO constitui característica do poder hierárquico: a) delegar atribuições que não lhe sejam privativas. b) dar ordens aos subordinados, que implica o dever de obediência, para estes últimos, salvo para as ordens manifestamente ilegais. c) controlar a atividade dos órgãos inferiores, tendo o poder de anular e de revogar atos administrativos. d) avocar atribuições, desde que estas não sejam da competência exclusiva do órgão subordinado. e) editar atos normativos que poderão ser de efeitos internos e externos. citar: Dentre as características do poder hierárquico podemos a) delegar atribuições que não lhe sejam privativas; b) dar ordens aos subordinados, que implica o dever de obediência, para estes últimos, salvo para as ordens manifestamente ilegais; c) controlar a atividade dos órgãos inferiores, tendo o poder de anular e de revogar atos administrativos; e, d) avocar atribuições, desde que estas não sejam da competência exclusiva do órgão subordinado. Portanto, a alternativa E está errada. Não se insere no âmbito do poder hierárquico, a edição de atos normativos que poderão ser de efeitos internos e externos. Gabarito: E. 46

47 22. (ANALISTA JUDICIÁRIO TRT 22ª REGIÃO FCC/2010) Do poder hierárquico decorrem faculdades implícitas ao superior, tais como, delegar e avocar atribuições, bem como rever atos dos inferiores. Sobre o tema, é correto afirmar que a) as delegações podem ser subdelegadas mesmo sem expressa autorização do delegante. b) cabe delegação ainda que a atribuição tenha sido conferida por lei privativamente a determinado órgão ou agente. c) admite-se, no nosso sistema constitucional, a delegação de atribuições de um Poder a outro. d) a avocação, na esfera federal, deve ser feita como regra, isto é, usualmente; mas é necessária a existência de motivos relevantes para a referida substituição. e) a revisão hierárquica não poderá ocorrer se o ato gerou direito adquirido ao particular. A alternativa a está errada. Não há autorização legal para ocorrer subdelegações, até porque a delegação deve partir da autoridade competente. A alternativa b está errada. É vedada a delegação de ato de competência exclusiva. No entanto, tome cuidado, as bancas têm adotado como sinônimo, muito embora não seja, que não cabe delegação ainda que a atribuição tenha sido conferida por lei privativamente a determinado órgão ou agente. Pela literalidade da lei, essa alternativa teria que ser considerada correta, daí a questão anulada. A alternativa c está errada. Em regra, não se admite, no nosso sistema constitucional, a delegação de atribuições de um Poder a outro. Contudo, há hipóteses expressa na Constituição admitido, tal como os casos de lei delegada. Também a questão deveria ser anulada por isso. 47

48 A alternativa d está errada. A avocação, na esfera federal, é excepcional e não regra. A alternativa e está correta. De fato, a revisão hierárquica não poderá ocorrer se o ato gerou direito adquirido ao particular. Gabarito: E. 23. (ANALISTA JUDICIÁRIO TRT 3ª REGIÃO FCC/2009) O poder hierárquico a) autoriza a Administração Direta a rever, de ofício, os atos praticados pelas entidades integrantes da Administração Indireta, quando identificada a sua desconformidade com as diretrizes governamentais. b) corresponde ao poder conferido aos agentes públicos para emitir ordens a seus subordinados e aplicar sanções disciplinares, ainda que não expressamente previstas em lei. c) fundamenta a avocação, pela Administração Direta, de matérias inseridas na competência das autarquias a ela vinculadas. d) constitui fundamento da organização administrativa, estabelecendo relação de coordenação e subordinação entre os vários órgãos integrantes da Administração Pública. e) possibilita ao particular apresentar recurso ordinário ao Ministério ao qual se encontra vinculada entidade integrante da Administração Indireta, insurgindo-se contra o mérito do ato praticado. A alternativa a está errada. Não há subordinação das entidades administrativas (administração indireta) em relação aos entes políticos (administração direta). Assim, pelo poder hierárquico não se autoriza a Administração Direta a rever, de ofício, os atos praticados pelas entidades integrantes da Administração Indireta, quando identificada a sua desconformidade com as diretrizes governamentais. Lembre-se que neste caso temos vinculação e não subordinação. 48

49 A alternativa b está errada. É que o poder hierárquico, muito embora corresponda ao poder conferido aos agentes públicos para emitir ordens a seus subordinados, não é o de aplicar sanções disciplinares, porque este é o disciplinar, sobretudo quando não expressamente previstas em lei. Ressalvo, contudo, que do poder hierárquico, decorre o poder disciplinar, ou seja, o poder de aplicar punições decorre, de certo modo, da subordinação administrativa. A alternativa c está errada. Se não há subordinação entre a Administração Indireta e a Direta, não se pode avocar competências, pois esta, quando possível, somente ocorre na linha de subordinação. A alternativa d está correta. De fato, o poder hierárquico constitui fundamento da organização administrativa, estabelecendo relação de coordenação e subordinação entre os vários órgãos integrantes da Administração Pública. A alternativa e está errada. Não há possibilidade de recurso ordinário (hierárquico) ao Ministério ao qual se encontra vinculada entidade integrante da Administração Indireta, insurgindose contra o mérito do ato praticado. É possível a interposição de recurso (hierárquico impróprio) por descumprimento dos fins da entidade, configura recurso contra legalidade do ato. Gabarito: D. 24. (TÉCNICO JUDICIÁRIO TRE/TO FCC/2011) Sobre o poder hierárquico, é correto afirmar: a) É possível a apreciação da conveniência e da oportunidade das determinações superiores pelos subalternos. b) Em geral, a responsabilidade pelos atos e medidas decorrentes da delegação cabe à autoridade delegante. 49

50 c) As determinações superiores com exceção das manifestamente ilegais -, devem ser cumpridas; podem, no entanto, ser ampliadas ou restringidas pelo inferior hierárquico. d) Rever atos de inferiores hierárquicos é apreciar tais atos em todos os seus aspectos, isto é, tanto por vícios de legalidade quanto por razões de conveniência e oportunidade. e) A avocação de ato pelo superior não desonera o inferior da responsabilidade pelo mencionado ato. A alternativa a está errada. Não cabe ao subalterno avaliar a conveniência e da oportunidade em realizar as determinações superiores, sob pena de descumprimento, que somente é permitido quando for manifestamente ilegal. A alternativa b está errada. Em geral, a responsabilidade pelos atos e medidas decorrentes da delegação cabe àquele que realiza o ato, isto é ao delegado. A alternativa c está errada. As determinações superiores com exceção das manifestamente ilegais -, devem ser cumpridas, nos exatos termos em que foi proferida, nem podendo fazer mais ou menos do que foi determinado. A alternativa d está correta. De fato, no âmbito do poder hierárquico, há o poder de rever atos de inferiores hierárquicos é apreciar tais atos em todos os seus aspectos, isto é, tanto por vícios de legalidade quanto por razões de conveniência e oportunidade. A alternativa e está errada. A avocação de ato pelo superior desonera o inferior da responsabilidade pelo mencionado ato. Gabarito: D. 25. (ACE TCE/AP FCC/2012) Determinado dirigente de autarquia estadual passou a orientar a atuação da entidade para fins diversos daqueles que justificaram a criação da 50

51 entidade. Para a correção dessa situação, o ente instituidor da autarquia deverá exercer o poder a) Disciplinar. b) Normativo. c) Regulamentar. d) De revisão ex oficio. e) de tutela. Discute-se no âmbito do poder hierárquico o poder de autotutela (subordinação/hierarquia) e o poder de tutela (vinculação/autonomia). Obviamente que a relação de tutela não é de subordinação, não é de hierarquia. Trata-se de uma relação entre pessoas distintas. Assim, o poder de tutela é um poder de correção, quando autorizado expressamente e especificamente nos casos previstos em Lei, exercido pela Administração direta (órgão) sobre uma entidade da Administração indireta. Gabarito: E. 26. (FCC/2014 TRT 1ª REGIÃO (RJ) ANALISTA JUDICIÁRIO) Quando se diz que as relações da Administração pública estão sujeitas à hierarquia, se quer dizer que é possível estabelecer alguma relação de coordenação e de subordinação entre os órgãos que compõem a Administração. Essa competência expressa-se quando a Administração a) edita atos normativos de efeitos externos, obrigando seus subordinados e os particulares que com eles se relacionam. b) edita atos normativos para organizar a atuação dos órgãos que integram sua estrutura. c) instaura processos administrativos para apuração de irregularidades e aplicação de sanções disciplinares e contratuais. 51

52 d) celebra contratos com particulares para atendimento do interesse público. e) fiscaliza a atuação dos subordinados e dos particulares, inclusive com a aplicação de penalidades. A alternativa a está errada. Quando se edita atos normativos de efeitos externos, obrigando seus subordinados e os particulares que com eles se relacionam estaremos diante do poder normativo. A alternativa b está correta. Essa competência é expressão do poder hierárquico. Assim, tal relação pode ser observada quando se edita atos normativos para organizar a atuação dos órgãos que integram sua estrutura. A alternativa c está errada. A instauração de processos administrativos para apuração de irregularidades e aplicação de sanções disciplinares e contratuais decorre do poder disciplinar. A alternativa d está errada. A celebração de contratos com particulares para atendimento do interesse público decorre do poder discricionário. A alternativa e está errada. A fiscalização da atuação dos particulares, inclusive com a aplicação de penalidades decorre do poder de polícia. Gabarito: B. 27. (FCC/2014 TRT 2ª REGIÃO (SP) ANALISTA JUDICIÁRIO OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR) Quando a Administração pública edita atos normativos que se prestam a orientar e disciplinar a atuação de seus órgãos subordinados, diz-se que atuação é expressão de seu poder; 52

53 a) hierárquico, traduzindo a competência de ordenar a atuação dos órgãos que integram sua estrutura. b) disciplinar, atingindo eventuais terceiros que não integram a estrutura da Administração. c) de polícia interna, que tem lugar quando os destinatários integram a própria estrutura da Administração. d) normativo, que tem lugar quando os destinatários integram a própria estrutura da Administração. e) de polícia normativa, embora não atinjam os administrados em geral, sujeitos apenas ao poder regulamentar. A expedição de atos normativos com a finalidade de orientar e disciplinar a atuação dos órgãos é manifestação do poder hierárquico, traduzindo a competência de ordenar a atuação dos órgãos que integram sua estrutura. Porque não do poder normativo? O poder normativo se expressa em regulamentação geral e abstrata, ou seja, não é situação de regular, organizar uma estrutura hierárquica interna. Quando a normatização é nesse sentido decorre do poder hierárquico. Gabarito: A. 28. (FCC/2013 TRT 15ª REGIÃO TÉCNICO JUDICIÁRIO) A possibilidade de autoridade superior de órgão da Administração direta revogar ou anular atos praticados por seus subordinados, nos termos da lei, é exteriorização do poder. a) de Tutela. b) Hierárquico. c) Disciplinar. d) Regulamentar. e) Normativo. 53

54 O poder de o superior rever os atos de seus subordinados decorre da chamada autotutela, que se caracteriza com um poder inerente ao poder hierárquico. Gabarito: B. 29. (FCC/2013 MPE/SE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) O ato de delegação fruto do poder hierárquico, poderá transferir atribuições a) relacionadas à edição de atos de competência exclusiva atribuída ao delegante. b) específicas, mediante prazo determinado e publicação do ato de delegação por meio oficial. c) correspondentes à totalidade das competências atribuídas ao delegante pela lei. d) cometidas a qualquer órgão singular, uma vez que não são passíveis de delegação as competências imputadas a órgãos colegiados. e) específicas e, mesmo quando praticadas pelo agente delegado, considerar-se-ão editadas pelo delegante. A alternativa a está errada. A delegação não alcança atos de competência exclusiva atribuída ao delegante (art. 13, inc. III, Lei n /99). Art. 13. Não podem ser objeto de delegação: I - a edição de atos de caráter normativo; II - a decisão de recursos administrativos; III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade. A alternativa b está correta. Pode haver delegação de competências específicas, mediante prazo determinado e publicação do ato de delegação por meio oficial. 54

55 Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial.... Art. 14. O ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados no meio oficial. A alternativa c está errada. Não pode haver delegação da totalidade das competências atribuídas ao delegante pela lei, conforme art. 12 da Lei n /99: Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial. A alternativa d está errada. É possível a delegação de competências de órgãos singulares ou colegiados. Art. 12. Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo aplica-se à delegação de competência dos órgãos colegiados aos respectivos presidentes. A alternativa e está errada. Os atos praticados em delegação considerar-se-ão editados pelo delegado. Art. 14. O ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados no meio oficial

56 3º As decisões adotadas por delegação devem mencionar explicitamente esta qualidade e considerarse-ão editadas pelo delegado. Gabarito: B. 30. (FCC/2014 TRT 19ª REGIÃO (AL) TÉCNICO JUDICIÁRIO) Carlos Eduardo, servidor público estadual e chefe de determinada repartição pública, adoeceu e, em razão de tal fato, ficou impossibilitado de comparecer ao serviço público. No entanto, justamente no dia em que o mencionado servidor faltou ao serviço, fazia-se necessária a prática de importante ato administrativo. Em razão do episódio, Joaquim, servidor público subordinado de Carlos Eduardo, praticou o ato, vez que a lei autorizava a delegação. O fato narrado corresponde a típico exemplo do poder a) disciplinar. b) de polícia. c) regulamentar. d) hierárquico. e) normativo-disjuntivo. O exercício de competência de outro agente (titular) pode ser objeto de delegação, se não houver impedimento legal, sendo uma decorrência do poder hierárquico. Gabarito: D. 31. (FCC/2013 TRT 18ª REGIÃO (GO) TÉCNICO JUDICIÁRIO) O poder hierárquico encontra-se presente: a) nas relações entre a Administração pública e as empresas regularmente contratadas por meio de licitação. b) na relação funcional entre servidores estatutários e seus superiores. 56

57 c) nas relações de limitação de direitos que se trava entre administrados e autoridades públicas. d) entre servidores estatutários de mesmo nível funcional. e) somente entre servidores e superiores militares. O poder hierárquico encontra-se presente nas relações de subordinação. Por isso, não há subordinação entre a Administração pública e as empresas regularmente contratadas por meio de licitação, nas relações de limitação de direitos que se trava entre administrados e autoridades públicas (poder de polícia), tampouco entre servidores estatutários de mesmo nível funcional ou entre servidores e superiores militares. Assim, o poder hierárquico se encontra na relação funcional entre servidores estatutários e seus superiores. Portanto, a alternativa b está correta. Gabarito: B. 32. (ANALISTA JUDICIÁRIO TRE/AL FCC/2010) Dentre as características do poder disciplinar inclui-se: a) Dispensabilidade da apuração regular da falta disciplinar para a aplicação da punição interna da Administração, tendo em vista a informalidade do poder disciplinar. b) Identidade de fundamentos entre a punição disciplinar e a criminal, assim como da natureza das penas. c) Vinculação obrigatória à prévia definição da lei sobre a infração e a respectiva sanção. d) Imprescindibilidade da motivação da punição disciplinar para a validade da pena. e) Discricionariedade ilimitada quanto ao dever de punir, cabendo à autoridade competente decidir entre instaurar ou não o procedimento administrativo em caso de falta disciplinar. 57

58 A alternativa a está errada. Todo é qualquer falta disciplinar, consoante aplicação do poder disciplinar, deve ser apurada regularmente, por meio oficial, em virtude do devido processo legal, contraditório e ampla defesa. A alternativa b está errada. Não há identidade de fundamentos entre a punição disciplinar e a criminal. Um ilícito é administrativo ou outro criminal. Tampouco em relação à natureza das penas, já que a criminal prevê penas de detenção ou reclusão e a administrativa, por outro lado, não prevê prisão, sendo advertência, suspensão, demissão, etc. A alternativa c está errada. Não há vinculação obrigatória à prévia definição da lei sobre a infração e a respectiva sanção. As infrações administrativas são, de certa forma, genéricas, agrupando-se em faltas leves, medianas e graves. E, assim, em razão dessa gradação é que são previstas as sanções. A alternativa d está correta. Para ser aplicada uma punição disciplinar é necessária a motivação do ato, sob pena de nulidade da pena. A alternativa e está errada. Controverte-se a doutrina e jurisprudência no tocante ao poder disciplinar ser vinculado ou discricionário. A doutrina entende que há certa margem de discricionariedade em fixar a pena (sanção) à falta cometida. Não haveria discricionariedade em se apurar ou apenar a infração. Porém, haveria quanto definir qual a pena cabível. No entanto, para o Superior Tribunal de Justiça o poder disciplinar seria disciplinado, ou seja, vinculado, de modo que tanto a apuração quanto a correspondente sanção estariam taxativamente previstas em lei, conforme o seguinte: MANDADO DE SEGURANÇA. SERVIDOR PÚBLICO CIVIL. PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. VEÍCULO LOCADO. UTILIZAÇÃO. PERCURSO CASA/TRABALHO. 58

59 PENALIDADE. DEMISSÃO. DESPROPORCIONALIDADE. SEGURANÇA CONCEDIDA. I Inexiste aspecto discricionário (juízo de conveniência e oportunidade) no ato administrativo que impõe sanção disciplinar. Nesses casos, o controle jurisdicional é amplo e não se limita a aspectos formais (Precedentes: MS nº /DF, 3ª Seção, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, DJe de 26/9/2008; MS nº /DF, 3ª Seção, da minha relatoria, DJ de 15/2/2008). II Esta c. Corte pacificou entendimento segundo o qual, mesmo quando se tratar de imposição da penalidade de demissão, devem ser observados pela Administração Pública os princípios da razoabilidade e proporcionalidade, individualização da pena, bem como o disposto no art. 128 da Lei n.º 8.112/90 (Precedentes: MS nº / DF, 3ª Seção, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, DJe de 8/5/2008; MS nº / DF, 3ª Seção, Rel. Min. Jorge Scartezzini, DJ de 26/8/2002 e MS nº / DF, 3ª Seção, Rel. Min. Edson Vidigal, DJ de 11/6/2001). III In casu, revela-se desproporcional e inadequada a penalidade de demissão do cargo de técnico do seguro social imposta à impetrante, por ter se utilizado de veículo contratado pela agência Rio de Janeiro/Sul do INSS, para efetuar deslocamentos no percurso residência/trabalho e vice-versa, enquanto no exercício do cargo de gerente executiva daquele posto de atendimento, tendo em vista seus bons antecedentes funcionais, a ausência de prejuízo ao erário, bem como a sua comprovada boa-fé. Segurança concedida, sem prejuízo da imposição de outra penalidade administrativa, menos gravosa. Prejudicado o exame do agravo regimental da União. (MS /DF, Rel. Ministro FELIX FISCHER, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 15/12/2008, DJe 13/02/2009) Portanto, não há qualquer discricionariedade quanto ao dever de punir, ainda que haja discussão acerca da punição cabível, havendo para a autoridade competente uma única conduta admissível diante do ilícito, ou seja, determinar a instauração de procedimento administrativo em caso de falta disciplinar. 59

60 Gabarito: D. 33. (ANALISTA JUDICIÁRIO JUDICIÁRIA TRT 6ª REGIÃO FCC/2012) Constitui exemplo do poder disciplinar da Administração pública a) a imposição de restrições a atividades dos cidadãos, nos limites estabelecidos pela lei. b) a imposição de sanção a particulares que contratam com a Administração. c) a edição de atos normativos para ordenar a atuação de agentes e órgãos administrativos. d) a edição de regulamentos para a fiel execução da lei. e) o poder conferido às autoridades de dar ordens a seus subordinados e rever seus atos. É possível pensarmos em três categorias de poder disciplinar: o poder disciplinar hierárquico, o poder disciplinar especial e o poder disciplinar contratual (negocial). Assim, a alternativa a está errada. Decorre do poder de polícia a imposição de restrições a atividades dos cidadãos, nos limites estabelecidos pela lei. A alternativa b está correta. A imposição de sanção a particulares que contratam com a Administração constitui exemplo do poder disciplinar (contratual ou negocial). A alternativa c está errada. A edição de atos normativos para ordenar a atuação de agentes e órgãos administrativos é exemplo do poder regulamentar (normativo). A alternativa d está errada. A edição de regulamentos para a fiel execução da lei é exemplo do poder regulamentar. 60

61 A alternativa e está errada. É exemplo do poder hierárquico, o poder conferido às autoridades de dar ordens a seus subordinados e rever seus atos. Gabarito: B. 34. (TÉCNICO JUDICIÁRIO TRE/CE FCC/2012) No que diz respeito ao poder disciplinar, a apuração regular de infração disciplinar e a motivação da punição disciplinar são, respectivamente, a) indispensável para a legalidade da punição interna da Administração e prescindível para a validade da pena, em razão da discricionariedade do poder disciplinar. b) faculdade da Administração Pública, em razão da discricionariedade presente no poder disciplinar e imprescindível para a validade da pena. c) indispensável para a legalidade da punição interna da Administração e imprescindível para a validade da pena. d) faculdade da Administração Pública, em razão da discricionariedade presente no poder disciplinar e prescindível para a validade da pena, vez que a motivação tanto pode ser resumida, como suprimida em alguns casos. e) dispensável para a aplicação de penalidade, se houver prova contundente acerca do cometimento da infração e imprescindível para a validade da pena. A apuração regular da infração e a motivação da punição são indispensáveis para a legalidade da punição e imprescindível para a validade da pena. Gabarito: C. 35. (PROCURADOR TCE/RO FCC/2010) O poder disciplinar inerente à Administração Pública para o desempenho de suas atividades 61

62 a) aplica-se a todos os servidores e administrados sujeitos ao poder de polícia. b) decorre do poder normativo atribuído à Administração e que lhe permite estabelecer as sanções cabíveis aos administrados quando praticarem atos contrários à lei. c) aplica-se aos servidores públicos hierarquicamente subordinados, bem como àqueles dotados de autonomia funcional. d) aplica-se discricionariamente, permitindo a não aplicação de penalidades previstas em lei na hipótese de arrependimento e desde que não tenha havido prejuízo econômico ao erário. e) dirige-se exclusivamente aos servidores públicos sujeitos ao poder hierárquico estrito da Administração, não se aplicando a outras pessoas ou aos servidores que possuam independência funcional. A alternativa a está errada. De fato, o poder disciplinar aplica-se a todos os servidores, no entanto, aos administrados somente se aplica quando investidos em relação de sujeição especial (disciplina interna da administração). Por isso, quando não sujeitos a essa disciplina, aplica-se apenas o poder de polícia. A alternativa b está errada. O poder disciplinar decorre do poder hierárquico. A alternativa c está correta. O poder disciplinar aplicase aos servidores públicos hierarquicamente subordinados, bem como àqueles dotados de autonomia funcional, pois todos estão sujeitos ao regime disciplinar administrativo. A alternativa d está errada. Como observado e de acordo com a jurisprudência, não se aplica discricionariamente. Não se permite a não aplicação de penalidades previstas em lei, mesmo na hipótese de arrependimento e que não tenha havido prejuízo econômico ao erário. A alternativa e está errada. O poder disciplinar não se dirige exclusivamente aos servidores públicos sujeitos ao poder 62

63 hierárquico estrito da Administração, na medida em que alcança os que possuem autonomia funcional e, ainda, outras pessoas particulares sujeitas à disciplina administrativa (detentos, estudantes etc.). Gabarito: C. 36. (AGENTE TÉCNICO LEGISLATIVO AL/SP FCC/2010) O Poder disciplinar atribuído à Administração pública a) autoriza a aplicação de penalidades aos servidores públicos e demais pessoas sujeitas à disciplina administrativa. b) traduz-se no poder da Administração de impor limitações às liberdades individuais nos limites preestabelecidos na lei. c) caracteriza-se como o poder conferido às autoridades administrativas de dar ordens a seus subordinados e de controlar as atividades dos órgãos inferiores. d) é o poder de editar atos normativos para ordenar a atuação dos diversos órgãos e agentes dotados das competências especificadas em lei. e) é o poder de aplicar, aos agentes públicos e aos administrados em geral, as penalidades fixadas em lei, observado o devido processo legal. A alternativa a está correta. O poder disciplinar autoriza a aplicação de penalidades aos servidores públicos e demais pessoas sujeitas à disciplina administrativa. A alternativa b está errada. Não é o poder disciplinar, mas o poder de polícia que se traduz no poder da Administração de impor limitações às liberdades individuais nos limites préestabelecidos na lei. A alternativa c está errada. É o poder hierárquico que se caracteriza como o poder conferido às autoridades administrativas de dar ordens a seus subordinados e de controlar as atividades dos órgãos inferiores. 63

64 A alternativa d está errada. O poder regulamentar é que é o poder de editar atos normativos para ordenar a atuação dos diversos órgãos e agentes dotados das competências especificadas em lei. A alternativa e está errada. O poder disciplinar não alcança as pessoas em geral, salvo se estiverem submetidas, por força de algum contrato ou vínculo especial, à disciplina administrativa. Gabarito: A. 37. (TÉCNICO JUDICIÁRIO TRT 22ª REGIÃO FCC/2010) No que diz respeito ao poder disciplinar da Administração Pública, é correto afirmar: a) O poder disciplinar é discricionário; isto significa que a Administração, tendo conhecimento de falta praticada por determinado servidor, não está obrigada a instaurar procedimento administrativo para sua apuração. b) O poder disciplinar é correlato com o poder hierárquico, mas com ele não se confunde; no uso do poder disciplinar, a Administração Pública controla o desempenho das funções executivas e a conduta interna de seus agentes, responsabilizando-os pelas faltas cometidas. c) Algumas penalidades administrativas podem ser aplicadas ao infrator, sem prévia apuração por meio de procedimento legal. d) Poder disciplinar é o que cabe à Administração Pública para apurar infrações e aplicar penalidades aos servidores públicos, não abrangendo particulares, ainda que sujeitos à disciplina administrativa. e) Uma mesma infração pode dar ensejo a punição administrativa e a punição criminal; no entanto, a aplicação de ambas as penalidades, nas respectivas searas, caracteriza evidente bis in idem. A alternativa a está errada. A doutrina majoritária entende que é discricionário. Todavia, não quanto ao fato a instaurar procedimento administrativo para apuração de falta administrativa, 64

65 mas seria quanto à penalidade a ser aplicada. No entanto, o poder disciplinar, nos termos da jurisprudência, é vinculado. A alternativa b está correta. De fato, o poder disciplinar é correlato com o poder hierárquico, mas com ele não se confunde; no uso do poder disciplinar, a Administração Pública controla o desempenho das funções executivas e a conduta interna de seus agentes, responsabilizando-os pelas faltas cometidas. A alternativa c está errada. O devido processo legal, o contraditório e a ampla defesa são garantias constitucionais. Assim, nenhuma penalidade administrativa pode ser aplicada, sem observância a esses preceitos. A alternativa d está errada. Poder disciplinar é o que cabe à Administração Pública para apurar infrações e aplicar penalidades aos servidores públicos, inclusive abrangendo particulares sujeitos à disciplina administrativa. A alternativa e está errada. Uma mesma infração pode dar ensejo a punição administrativa e a punição criminal. Desse modo, a aplicação de ambas as penalidades, nas respectivas searas, não caracteriza bis in idem. Gabarito: B. 38. (ACE TCE/AP FCC/2012) Submetem-se ao poder disciplinar da Administração: a) servidores submetidos ao regime estatutário e servidores ocupantes de emprego público. b) funcionários públicos, exclusivamente. c) particulares que atuam em setores considerados de interesse público. d) as entidades da Administração indireta, em face da tutela exercida pelo ente instituidor. e) os administrados, em face do poder da Administração de limitar a atuação privada em prol do interesse coletivo. 65

66 Submetem-se ao poder disciplinar os agentes públicos submetidos à disciplina interna da Administração, bem assim os que tenham uma sujeição especial, além daqueles que mantenham algum vínculo negocial (contratual). Por isso, Submetem-se ao poder disciplinar da Administração os servidores submetidos ao regime estatutário e os servidores ocupantes de emprego público. Gabarito: A. 39. (ANALISTA JUDICIÁRIO JUDICIÁRIA TRT 11ª REGIÃO FCC/2012) A Administração Pública, ao tomar conhecimento de infrações, cometidas por estudantes de uma escola pública, utiliza-se de um de seus poderes administrativos, qual seja, o poder disciplinar. Nesse caso, a Administração Pública a) poderia utilizar-se de tal poder contra os estudantes da escola pública. b) não poderia utilizar-se de tal poder, porém, pode impor sanções aos estudantes, com fundamento no poder de polícia do Estado. c) poderia utilizar-se de tal poder, no entanto, ele está limitado à fase de averiguação, não cabendo à Administração, nessa hipótese, punir. d) não poderia utilizar-se de tal poder, vez que ele somente é aplicável aos servidores públicos. e) poderia utilizar-se de tal poder, que, nessa hipótese, será discricionário, ou seja, pode a Administração escolher entre punir e não punir. Observe, assim, que os estudantes das escolas e universidades públicas estão submetidos a um regime especial de sujeição, ou seja, muito embora não sejam servidores públicos em sentido amplo, estão sujeitos à disciplina administrativa da organização e funcionamento escolar. Portanto, aplica-se sobre eles o poder disciplinar (especial). 66

67 Gabarito: A. 40. (TÉCNICO JUDICIÁRIO TRE/TO FCC/2011) Sobre o poder disciplinar, é correto afirmar: a) Existe discricionariedade quanto a certas infrações que a lei não define, como ocorre, por exemplo, com o "procedimento irregular" e a "ineficiência no serviço", puníveis com pena de demissão. b) Há discricionariedade para a Administração em instaurar procedimento administrativo, caso tome conhecimento de eventual falta praticada. c) Inexiste discricionariedade quando a lei dá à Administração o poder de levar em consideração, na escolha da pena, a natureza e a gravidade da infração e os danos que dela provierem para o serviço público. d) O poder disciplinar é sempre discricionário e decorre da supremacia especial que o Estado exerce sobre aqueles que se vinculam à Administração. e) É possível, em determinadas hipóteses, que a Administração deixe de punir o servidor comprovadamente faltoso. A alternativa a está correta. Existe discricionariedade quanto a certas infrações que a lei não as define em completo, ou seja, temos tipos abertos. É que ocorre, por exemplo, com o procedimento irregular e a ineficiência no serviço, a desídia, que são condutas puníveis com pena de demissão. A alternativa b está errada. Não há discricionariedade alguma para a Administração em instaurar procedimento administrativo, caso tome conhecimento de eventual falta praticada, na medida em que se a autoridade que tomou conhecimento do ilícito não determinar sua apuração estará cometendo ilícito criminal chamado de condescendência criminosa. A alternativa c está errada. Conforme a doutrina, existe certa margem de discricionariedade quando a lei dá à 67

68 Administração o poder de levar em consideração, na escolha da pena, a natureza e a gravidade da infração e os danos que dela provierem para o serviço público. Porém, como já ressaltado, para a jurisprudência do STJ e parte da doutrina, tais elementos seria aspectos da legalidade no exercício da proporcionalidade e razoabilidade, de modo que o poder disciplinar seria vinculado. A alternativa d está errada. Como já se observou o poder disciplinar, em regra, é vinculado. A alternativa e está errada. Não é possível, em determinadas hipóteses, que a Administração deixe de punir o servidor comprovadamente faltoso. Gabarito: A. 41. (FCC/2014 TCE/PI ASSESSOR JURÍDICO) O poder disciplinar atribuído à Administração pública, considerando o disposto na Lei nº 8.112/90, a) é incompatível com a discricionariedade, devendo ser aplicado nos estritos termos da lei. b) abrange discricionariedade onde não houver disposição expressa de lei, tal como considerar a natureza e a gravidade da infração na aplicação da pena. c) abrange discricionariedade para instaurar o procedimento disciplinar e punir o acusado, mas não para definição da pena cabível, que se submete à legalidade estrita. d) submete-se ao princípio da eficiência, o que concede discricionariedade para instauração do procedimento disciplinar, prescindindo de previsão legal. e) constitui-se poder essencialmente vinculado, posto que em razão da possibilidade de imposição de punição, a lei não deixa qualquer margem de escolha ao administrador. 68

69 A alternativa a está errada. Existe certa margem de discricionariedade, sobretudo em alguns casos, onde a própria lei não é taxativa sobre a conduta. A alternativa b está correta. De fato, abrange discricionariedade onde não houver disposição expressa de lei, tal como considerar a natureza e a gravidade da infração na aplicação da pena. A alternativa c está errada. Não há discricionariedade para instaurar o procedimento disciplinar e punir o acusado. A alternativa d está errada. Não há discricionariedade para instauração do procedimento disciplinar. A alternativa e está errada. Embora o STJ tenha o entendimento de que se trata de poder vinculado. É possível verificar certa margem de discricionariedade em alguns aspectos, tal como a adequação da pena, a conversão da multa etc. Gabarito: B. 42. (FCC/2013 TRT 1ª REGIÃO (RJ) TÉCNICO JUDICIÁRIO) Entre os poderes atribuídos à Administração pública insere-se o denominado poder disciplinar, que corresponde ao poder de a) impor restrições à atuação de particulares, em prol da segurança pública. b) coordenar e controlar a atividade de órgãos inferiores, verificando a legalidade dos atos praticados. c) editar normas para disciplinar a fiel execução da lei. d) organizar a atividade administrativa, redistribuindo as unidades de despesas. e) apurar infrações e aplicar penalidades aos servidores públicos. 69

70 O poder disciplinar é o poder conferido à administração para apurar infrações e aplicar penalidades aos servidores públicos. Gabarito: E. 43. (FCC/2014 CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAULO/SP PROCURADOR LEGISLATIVO) Analise as seguintes afirmações, acerca do exercício do poder disciplinar pela Administração: I. O afastamento preventivo do servidor público e a chamada verdade sabida não são admitidos após a Constituição Federal de 1988, pois tais institutos violam os princípios da presunção de inocência, da ampla defesa e do contraditório, nela consagrados. II. A anulação de ato punitivo anterior, produzido com vício de legalidade, e a aplicação de outra punição, mais gravosa, não constitui bis in idem. III. A renúncia formal ao direito de defesa, pelo acusado, dispensa a constituição de defensor dativo no processo administrativo disciplinar. Está correto o que se afirma APENAS em a) I e III. b) II e III. c) I e II. d) II. e) III. A assertiva I está errada. Embora a verdade sabida não seja mais admitida, ainda é possível o afastamento preventivo do servidor público. A assertiva II está correta. A anulação de ato punitivo anterior, produzido com vício de legalidade, e a aplicação de outra punição, mais gravosa, não constitui bis in idem. 70

71 A assertiva III está errada. O direito de defesa é irrenunciável. Por isso, em caso de revelia, deverá ser nomeado defensor dativo no processo administrativo disciplinar. Gabarito: D. 44. (FCC/2013 DPE/RS TÉCNICO DE APOIO ESPECIALIZADO) O poder disciplinar a) sujeita todos os administrados, em especial aqueles detentores de especial vínculo com a administração pública. b) se destina exclusivamente à apuração de infração e imposição de sanções aos servidores públicos ocupantes de cargo público, não abrangendo outros vínculos com a administração. c) se aplica às pessoas sujeitas à disciplina interna da administração pública, tais como servidores públicos integrantes da administração direta, indireta, membros do ministério público e da defensoria pública. d) se expressa para aplicação de penalidades às pessoas sujeitas à disciplina interna da administração pública, sendo, no caso de servidores públicos, decorrente da hierarquia. e) se traduz, dentre outras situações, pelo poder de auto-organização, por meio da edição de decreto autônomo, para estabelecimento de condutas e penalidades pelo respectivo descumprimento. A alternativa a está errada. O poder disciplinar não sujeita todos os administrados. Somente sujeita os que estão em relação de subordinação com a administração pública. A alternativa b está errada. O poder disciplinar além dos servidores públicos também alcança aqueles que estão abrangidos por uma subordinação especial. A alternativa c está errada. Os membros do ministério público e da defensoria pública não estão sujeitos à disciplina administrativa nos moldes dos servidores públicos, pois não há 71

72 subordinação já que gozam de independência funcional. Contudo, no aspecto disciplinar respondem junto a suas corregedorias. A alternativa d está correta. O poder disciplinar se expressa para aplicação de penalidades às pessoas sujeitas à disciplina interna da administração pública, sendo, no caso de servidores públicos, decorrente da hierarquia. A alternativa e está errada. O que se traduz, dentre outras situações, pelo poder de auto-organização, por meio da edição de decreto autônomo, para estabelecimento de condutas e penalidades pelo respectivo descumprimento é o poder hierárquico. Gabarito: D. 45. (PERITO MÉDICO INSS FCC/2012) Quando a Administração Pública limita direitos ou atividades de particulares sem qualquer vínculo com a Administração, com base na lei, está atuando como expressão de seu poder a) hierárquico. b) de polícia. c) normativo. d) regulamentar. e) disciplinar. Com efeito, a prerrogativa de que dispõe a Administração Pública para condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais, em benefício da coletividade ou do próprio Estado é denominado poder de polícia. Gabarito: B. 46. (TÉCNICO JUDICIÁRIO TRT 6ª REGIÃO FCC/2012) O conceito moderno de poder de polícia o define como a atividade do Estado que limita o exercício dos direitos 72

73 individuais em benefício do interesse público. Em relação ao poder de polícia administrativa, é correto afirmar que a) é exclusivo da autoridade superior do ente público competente para a fiscalização. b) compreende a adoção de medidas repressivas para aplicação da lei ao caso concreto. c) incide subsidiariamente à polícia judiciária, inclusive para coibir a prática de ilícito penal. d) cria obrigações e limitações aos direitos individuais quando a lei não tiver disposto a respeito. e) impõe apenas obrigações de fazer, na medida em que não pode impor abstenções e proibições aos administrados. Tome cuidado. Não se disse apenas. Então, realmente, o poder de polícia compreende a adoção de medidas repressivas para aplicação da lei ao caso concreto. Mas, é certo também que pode compreender medidas preventivas, gerais, tal como a fixação de limitações administrativas, a criação de uma legislação restritiva etc. Gabarito: B. 47. (PROCURADOR TCE/SP FCC/2011) O poder de polícia expressa-se, em sentido amplo, por meio de a) medidas repressivas, não compreendendo medidas preventivas. b) medidas gerais preventivas de limitação de direitos, podendo ser discricionárias quando não previstas em lei. c) atos administrativos concretos limitadores do exercício de direitos e atividades individuais em caráter geral e abstrato. d) atos administrativos normativos gerais e atos administrativos de aplicação da lei ao caso concreto. e) medidas preventivas abstratas, tais como vistorias e licenças. Em sentido amplo, o poder de polícia se manifesta em quaisquer atos estatais que restringem os direitos individuais, daí que 73

74 os atos administrativos normativos gerais e atos administrativos de aplicação da lei ao caso concreto, se inserem nesse âmbito. Portanto, a alternativa d está correta. A alternativa a está errada, porque o poder de polícia compreende medidas repressivas, bem como medidas preventivas. A alternativa b está errada, porque o poder de polícia deve ser previsto em lei. A alternativa c está errada na medida em que os atos administrativos concretos não têm caráter geral e abstrato. Os atos normativos é que terão. A alternativa e está errada, porque as vistorias e licenças são medidas concretas. Gabarito: D. 48. (FCC/2013 TRE/RO TÉCNICO JUDICIÁRIO) Considere as seguintes atividades: I. Limita direitos. II. Disciplina direitos. III. Regula a prática de ato. IV. Regula a abstenção de fato. Considera-se poder de polícia, desde que preenchidos os demais requisitos legais, as atividades da Administração pública descritas em a) III e IV, apenas. b) I, II, III e IV. c) I e III, apenas. d) II, III e IV, apenas. e) II e IV, apenas. 74

75 O poder de polícia é atividade que (I) limita direitos, (II) disciplina direitos, (III) regula a prática de ato e, ainda, (IV) regula a abstenção de fato, conforme art. 78 do CTN. Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos Gabarito: B. 49. (ANALISTA DE CONTROLE TCE/PR FCC/2011) Os meios de atuação da Administração no exercício do poder de polícia compreendem a) as atuações repressivas, apenas, dotadas de coercibilidade, nos limites da lei, relativamente a ilícitos penais e administrativos. b) os atos preventivos e fiscalizadores, apenas, cabendo exclusivamente à polícia judiciária a prática de atos repressivos dotados de coercibilidade. c) as medidas de caráter geral, restritivas de direitos individuais, editadas por meio de atos administrativos, e as medidas de caráter repressivo operacionalizadas por meio de atos normativos. d) as atividades dotadas de auto-executoriedade e coercibilidade, que impõe aos administrados limitações ao exercício de direitos e as atividades econômicas, prescindindo de previsão legal. e) os atos normativos que estabelecem limitações ao exercício de direitos e atividades individuais e os atos administrativos consubstanciados em medidas preventivas e repressivas, dotados de coercibilidade. 75

76 As alternativas a e b estão erradas. No âmbito do poder de polícia há atuações preventivas e repressivas. Ademais, o exercício do poder de polícia não cabe exclusivamente à polícia judiciária. A alternativa c está errada. É o contrário. As medidas de caráter geral, restritivas de direitos individuais, são editadas por meio de atos normativos, e as medidas de caráter repressivo operacionalizadas por meio de atos administrativos. A alternativa d está errada. As atividades dotadas de autoexecutoriedade e coercibilidade, que impõe aos administrados limitações ao exercício de direitos e as atividades econômicas. Contudo, é imprescindível previsão legal. A alternativa e está correta. De fato, compreende no exercício do poder de polícia os atos normativos que estabelecem limitações ao exercício de direitos e atividades individuais e os atos administrativos consubstanciados em medidas preventivas e repressivas, dotados de coercibilidade. Gabarito: E. 50. (ANALISTA JUDICIÁRIO TRF 4ª REGIÃO FCC/2010) Dentre outros, são atributos ou qualidades do poder de polícia a) o motivo e a tipicidade. b) a forma e a finalidade. c) a discricionariedade e a coercibilidade. d) a auto-executoriedade e a forma. e) a presunção de legitimidade e a competência. As alternativas a, b, d e e estão erradas. É que trazem elementos ou requisitos do ato administrativo (competência, finalidade, forma, motivo e objeto). Já a presunção de legitimidade é atributo geral de qualquer ato administrativo, não se inserindo dentre os atributos específicos do poder de polícia. 76

77 A alternativa c está correta. De fato, os atributos do poder de polícia são a discricionariedade, a autoexecutoriedade a coercibilidade. Gabarito: C. 51. (FCC/2014 TRT 2ª REGIÃO (SP) ANALISTA JUDICIÁRIO JUDICIÁRIA) O Poder de Polícia atribuído à Administração pública para o bom desempenho de suas atribuições a) demanda previsão normativa para sua utilização, embora possa permitir margem de apreciação discricionária no seu desempenho. b) autoriza a imposição de medidas concretas coercitivas de direitos dos administrados, demanda autorização judicial, contudo, para autoexecutoriedade das mesmas c) emana da própria natureza das atribuições, a fim de que seja possível realizá-las, prescindindo de previsão normativa estabelecendo os aspectos da atuação. d) possui alguns atributos inerentes à sua atuação, sem os quais nenhum ato de polícia teria efetividade, tal como a autoexecutoriedade. e) permite a não aplicação de algumas garantias constitucionais estabelecidas em favor dos administrados, tendo em vista que visa ao atendimento do interesse público, que prevalece sobre os demais princípios. A alternativa a está correta. De fato, o poder de polícia demanda previsão normativa para sua utilização, embora possa permitir margem de apreciação discricionária no seu desempenho. A alternativa b está errada. O poder de polícia, em regra, não demanda autorização judicial para autoexecutoriedade de suas medidas. 77

78 A alternativa c está errada. O poder de polícia não dispensa (é imprescindível) a previsão normativa para sua atuação. A alternativa d está errada. Nem todo ato de polícia é autoexecutório. Assim, mesmo sem tal atributo o ato tem efetividade (multa de trânsito, por exemplo). A alternativa e está errada. O poder de polícia deve observar as garantias constitucionais, sob pena de atuação ilegítima, ilegal e inconstitucional. Gabarito: A. 52. (ANALISTA JUDICIÁRIO TRE/AL FCC/2010) O poder de polícia a) na área administrativa não difere do poder de polícia na área judiciária. b) é exercido por meio de medidas preventivas, vedadas as medidas repressivas. c) tem como atributos, dentre outros, a autoexecutoriedade e a coercibilidade. d) tem como fundamentos os princípios da legalidade e da moralidade. e) não se subordina a limites, visto que, sendo prioritariamente discricionário, a forma de atuação fica ao livre arbítrio da autoridade. Como observamos, os atributos do poder de polícia são a discricionariedade, a autoexecutoriedade e a coercibilidade. A alternativa a está errado porque o poder de polícia administrativa difere sobremaneira do poder de polícia judiciária, é que este é voltado ao combate aos crimes e incide sobre pessoas. Aquele, por outro lado, é voltado aos ilícitos administrativos e incide sobre atividades, bens ou propriedade. A alternativa b está errada porque o poder de polícia administrativa tanto é exercido por condutas preventivas (placa de 78

79 sinalização, limite de velocidade etc.), quanto repressivas (aplicação de multa). A alternativa d está errada na medida em que o fundamento do poder de polícia é a supremacia do interesse público sobre o particular. A alternativa e está errada, já que há limites ao exercício do poder de polícia, não podendo ser arbitrário, sob pena de abuso de poder e sendo, consequentemente, nulo. Gabarito: C. 53. (ANALISTA JUDICIÁRIO TJ/SE FCC/2009) Sobre o poder de polícia, considere: I. A diferença entre a polícia administrativa e a polícia judiciária se dá, dentre outros elementos, pela ocorrência ou não de ilícito penal. II. A Polícia Militar não atua na esfera da polícia administrativa, sendo corporação especializada. III. A polícia administrativa não envolve os atos de fiscalização. IV. A auto-executoriedade é um dos atributos do poder de polícia. Está correto o que se afirma APENAS em a) I, II e III. b) I e IV. c) II, III e IV. d) II e IV. e) III e IV. A assertiva I está correta. De fato, dentre as diferenças entre a polícia administrativa e a polícia judiciária teremos a ocorrência ou não de ilícito penal, pois diante deste incide a polícia judiciária. A assertiva II está errada. A polícia militar atua na esfera da polícia administrativa, tal como na polícia de trânsito, meio 79

80 ambiente, muito embora seja uma corporação destinada à segurança pública, também tem atuação no âmbito da polícia administrativa. A assertiva III está errada. Como já observamos, a polícia administrativa envolve os atos de fiscalização, além de legislativo, consentimento e punição. A assertiva IV está correta. A autoexecutoriedade é um dos atributos do poder de polícia, além da discricionariedade e da coercibilidade. Gabarito: B. 54. (ANALISTA JUDICIÁRIO EXECUÇÃO DE MANDADOS TRT 20ª REGIÃO FCC/2011) A Administração Pública, no exercício de seu poder de polícia, aplicou multa a munícipe por infração ao ordenamento jurídico. Não ocorrendo o pagamento espontaneamente pelo administrado, a Administração decide praticar imediatamente e, de forma direta, atos de execução, objetivando o recebimento do valor. A conduta da Administração Pública a) está correta, tendo em vista o atributo da coercibilidade presente nos atos de polícia administrativa. b) não está correta, tendo em vista que nem todas as medidas de polícia administrativa têm a característica da autoexecutoriedade. c) está correta, tendo em vista o atributo da imperatividade existente nos atos de polícia administrativa. d) não está correta, tendo em vista que os atos de polícia administrativa são vinculados e, portanto, inexiste discricionariedade na atuação da Administração Pública e) está correta, tendo em vista a prerrogativa da Administração de praticar os atos de polícia administrativa e colocá-los em imediata execução, sem dependência à manifestação judicial. O poder de polícia goza do atributo da autoexecutoriedade. Contudo, nem todo ato do poder de polícia é 80

81 autoexecutório. Significa dizer que há atos que não podem ser executados diretamente pela Administração. É o caso, por exemplo, da cobrança de multa administrativa. Assim, no caso, a conduta da Administração b) não está correta, tendo em vista que nem todas as medidas de polícia administrativa têm a característica da autoexecutoriedade. Gabarito: B. 55. (ANALISTA JUDICIÁRIO ADMINISTRATIVA TRT 22ª REGIÃO FCC/2010) Analise as assertivas abaixo sobre o poder de polícia. I. O poder de polícia tanto pode ser discricionário, o que ocorre na maioria dos casos, quanto vinculado. II. O Poder Legislativo exerce o poder de polícia ao criar, por lei, as chamadas limitações administrativas ao exercício das liberdades públicas. III. O objeto do poder de polícia é todo bem, direito ou atividade individual que possa afetar a coletividade ou pôr em risco a segurança nacional. IV. O poder de polícia tem atributos específicos ao seu exercício, que são: a autoexecutoriedade e a tipicidade. Está correto o que se afirma APENAS em a) I e II. b) I e III. c) II e IV. d) III e IV. e) I, II e III. A assertiva I está correta. De fato, o poder de polícia tanto pode ser discricionário, o que ocorre na maioria dos casos, quanto vinculado. A assertiva II está correta. O Poder Legislativo exerce o poder de polícia ao criar, por lei, as chamadas limitações 81

82 administrativas ao exercício das liberdades públicas. Trata-se de uma das formas do poder de polícia. A assertiva III também está correta. O objeto do poder de polícia é todo bem, direito ou atividade individual que possa afetar a coletividade ou pôr em risco a segurança nacional. A assertiva IV está errada. O poder de polícia tem atributos específicos ao seu exercício, que são: a discricionariedade, autoexecutoriedade e coercibilidade. Não é atributo específico do poder de polícia a tipicidade, muito embora seja atributo dos atos administrativos. Gabarito: E. 56. (ANALISTA JUDICIÁRIO TRE/AM FCC/2010) No que se refere ao Poder de Polícia, considere as afirmações abaixo. I. Tem como meios de atuação os atos normativos e os atos administrativos e operações materiais de aplicação da lei ao caso concreto. II. Na área de atuação administrativa, tem por escopo punir os infratores da lei penal. III. Possui como atributos a legalidade, a necessidade e a proporcionalidade. IV. A licença constitui modalidade de ato de polícia vinculado. Está correto o que se afirma APENAS em a) I e II. b) I, III e IV. c) I e IV. d) II e III. e) III e IV. A assertiva I está correta. Conforme a doutrina e a jurisprudência, o poder de polícia pode ser dividido em quatro 82

83 atividades: Legislativa, consentimento, fiscalização e punitiva (sancionatória). A assertiva II está errada. Na área de atuação administrativa, não tem por escopo punir os infratores da lei penal, estes estarão submetidos ao poder de polícia judiciária. A assertiva III está errada. O poder de polícia, como vimos, possui os atributos da discricionariedade, autoexecutoriedade e coercibilidade. A assertiva IV está correta. A licença constitui modalidade de ato de polícia vinculado, enquanto a autorização é discricionária. Gabarito: C. 57. (ANALISTA JUDICIÁRIO JUDICIÁRIA FCC/2012) A atividade da Administração consistente na limitação de direitos e atividades individuais em benefício do interesse público caracteriza o exercício do poder a) regulamentar, exercido mediante a edição de atos normativos para fiel execução da lei e com a prática de atos concretos, dotados de autoexecutoriedade. b) de polícia, exercido apenas repressivamente, em caráter vinculado e com atributos de coercibilidade e auto-executoriedade. c) disciplinar, exercido com vistas à aplicação da lei ao caso concreto, dotado de coercibilidade e autoexecutoriedade. d) de polícia, exercido por meio de ações preventivas e repressivas dotadas de coercibilidade e autoexecutoriedade. e) disciplinar, consistente na avaliação de conveniência e oportunidade para aplicação das restrições legais ao caso concreto, o que corresponde à denominada autoexecutoriedade. A atividade da Administração consistente na limitação de direitos e atividades individuais em benefício do interesse público 83

84 caracteriza o exercício do poder de polícia, exercido por meio de ações preventivas e repressivas dotadas de coercibilidade e autoexecutoriedade. Gabarito: D. 58. (ANALISTA JUDICIÁRIO JUDICIÁRIA TRE/PR FCC/2012) Considerando que sejam atributos do poder de polícia a discricionariedade, a coercibilidade e a autoexecutoriedade, da qual são desdobramentos a exigibilidade e a executoriedade, é correto afirmar: a) A discricionariedade está presente em todos os atos emanados do poder de polícia. b) A exigibilidade compreende a necessidade de provocação judicial para adoção de medidas de polícia. c) A autoexecutoriedade prescinde da coercibilidade, que pode ou não estar presente nos atos de polícia. d) A coercibilidade traduz-se na caracterização do ato de polícia como sendo uma atividade negativa, na medida em que se presta a limitar a atuação do particular. e) O poder de polícia pode ser exercido por meio de atos vinculados ou de atos discricionários, neste caso quando houver certa margem de apreciação deixada pela lei. A alternativa a está errada. A discricionariedade não está presente em todos os atos emanados do poder de polícia. É regra. No entanto, há atos vinculados (licença) e atos discricionários (autorização). A alternativa b está errada. A exigibilidade não necessita de provocação judicial para adoção de medidas de polícia. Os atos de polícia são, em regra, exigíveis independentemente de autorização judicial. A alternativa c está errada. A autoexecutoriedade anda de mãos dadas com a coercibilidade, então não prescinde desta. 84

85 É fato, que tanto um quanto o outro atributo podem ou não estar presentes nos atos de polícia. A alternativa d está errada. A coercibilidade traduz-se na caracterização do ato de polícia como sendo uma atividade positiva (a Administração impor obrigações). A alternativa e está correta. De fato, o poder de polícia pode ser exercido por meio de atos vinculados ou de atos discricionários, neste caso quando houver certa margem de apreciação deixada pela lei. Gabarito: E. 59. (TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO TCM/PA FCC/2010) No âmbito do Poder de Polícia do Município é INCORRETO afirmar que a) a polícia administrativa incide sobre os bens, direitos e atividades da população do território. b) é permitida, como prevenção e sanção, a imposição de taxas, quando no exercício do poder de polícia delegado. c) destacam-se a discricionariedade e a autoexecutoriedade dentre os seus atributos. d) é uma faculdade à disposição da Administração Pública para condicionar ou restringir direitos, em benefício da coletividade. e) uma das razões da sua existência é a necessidade de proteção do interesse social. O poder de polícia é uma faculdade à disposição da Administração Pública para condicionar ou restringir direitos, em benefício da coletividade, incidindo sobre os bens, direitos e atividades da população do território. Destacam-se, dentre seus atributos, a discricionariedade e a autoexecutoriedade, além da coercibilidade. 85

86 E, enfim, uma das razões da sua existência é a necessidade de proteção do interesse social, e, por isso, o poder de polícia não pode ser delegado a particulares. Todavia, denomina-se poder de polícia delegado quando exercido por uma autarquia. Sendo, no entanto, remunerado por meio de taxa de polícia, pelo exercício da fiscalização, a qual não pode ser aplicada na atividade de prevenção ou como medida punitiva. Por isso, é incorreto dizer que é permitida, como prevenção e sanção, a imposição de taxas, quando no exercício do poder de polícia delegado. Gabarito: B 60. (OFICIAL DE JUSTIÇA TJ/PE FCC/2012) Em matéria do poder de polícia de que dispõe a Administração Pública, considere: I. A finalidade do poder de polícia se restringe à defesa do Estado e de sua Administração, conferindo-lhe poderes para anular liberdades públicas ou direitos dos cidadãos. II. O poder de polícia tem atributos específicos, peculiares, e tais são a discricionariedade, a autoexecutoriedade e a coercibilidade, mas passíveis de controle em geral. III. No poder de polícia originário e no delegado observa-se que o primeiro é pleno no seu exercício e consectário, ao passo que o segundo é limitado nos termos da delegação e se caracteriza por atos de execução. IV. As condições de validade do poder de polícia são diferentes as dos demais atos administrativos comuns porque limitadas à proporcionalidade da sanção e à legalidade dos meios empregados pela Administração. Está correto o que se afirma APENAS em a) I e II. b) I, II e IV. c) I, III e IV. d) II e III. e) II, III e IV. 86

87 A assertiva I está errada. A finalidade do poder de polícia é o bem estar comum, ou seja, a defesa do interesse coletivo, da sociedade. Assim, somente poderá restringir, limitar, liberdades públicas ou direitos dos cidadãos nos casos autorizados por Lei. A assertiva II está correta. Como já observamos, o poder de polícia tem atributos específicos, peculiares, e tais são a discricionariedade, a autoexecutoriedade e a coercibilidade, mas passíveis de controle em geral. A assertiva III está correta. No poder de polícia originário e no delegado observa-se que o primeiro é pleno no seu exercício e consectário, ao passo que o segundo é limitado nos termos da delegação (atos materiais, por exemplo) e se caracteriza por atos de execução. A assertiva IV está errada. Do exercício do poder de polícia temos a expedição de atos administrativos em geral. Assim, as suas condições de validade não são diferentes as dos demais atos administrativos comuns, que também vão encontrar limites na proporcionalidade da sanção e legalidade dos meios empregados pela Administração. Gabarito: D. 61. (FCC/2013 DPE/RS TÉCNICO DE APOIO ESPECIALIZADO) Pelo atributo da autoexecutoriedade, a administração pública, no regular exercício de seu poder de polícia, a) edita atos normativos de limitações genéricas aos direitos individuais dos administrados, indistintamente. b) edita atos normativos estabelecendo atos materiais concretos passíveis de serem aplicados preventiva e repressivamente. 87

88 c) impõe limitações ao exercício dos direitos individuais em benefício do interesse público, podendo se expressar por meio de medidas gerais ou específicas. d) exerce margem de apreciação quanto a determinados elementos do ato, tornando discricionária a atuação de polícia em alguns casos. e) pode executar, por seus próprios meios, suas decisões, prescindindo de autorização judicial. Pelo atributo da autoexecutoriedade a administração pode executar, por seus próprios meios, suas decisões, prescindindo de autorização judicial. Gabarito: E. 62. (FCC/2014 TRT 18ª REGIÃO (GO) JUIZ DO TRABALHO) É tradicional a distinção entre polícia judiciária e polícia administrativa. Dentre os critérios que permitem distinguir as duas modalidades de exercício do poder estatal por agentes públicos, é correto afirmar que a polícia judiciária a) age somente repressivamente e a polícia administrativa age somente preventivamente. b) age sempre de maneira vinculada e a polícia administrativa atua sempre de maneira discricionária. c) é privativa de corporações especializadas e a polícia administrativa é exercida por vários órgãos administrativos. d) é exercida com autoexecutoriedade e a polícia administrativa é exercida com coercibilidade. e) atua exclusivamente com base no princípio da tipicidade e a polícia administrativa atua exclusivamente com base no princípio da atipicidade. 88

89 A única distinção entre as apresentadas é que estabelece que a polícia judiciária é privativa de corporações especializadas e a polícia administrativa é exercida por vários órgãos administrativos. Gabarito: C. 63. (DEFENSOR PÚBLICO DPE/SP FCC/2010) A restrição de acesso a local de repartição pública, onde se realiza atendimento ao público, de determinada pessoa que rotineiramente ali comparece, causando tumultos aos trabalhos desenvolvidos, é a) arbitrária, uma vez que coíbe direito individual constitucional de liberdade de locomoção. b) legal, por força do poder regulamentar conferido à Administração Pública. c) normal, se o servidor responsável pelo serviço público possuir autonomia funcional. d) irregular, pois extrapola o uso do poder normativo da Administração Pública. e) admissível, com base no poder de polícia exercido em prol da coletividade. Restringir o acesso de particulares a repartições públicas, em virtude de tumulto que esteja causando, trata-se de uma limitação a sua liberdade, portanto, seria decorrência do poder de polícia. Contudo, somente a título de ilustração, o Superior Tribunal de Justiça concedeu habeas corpus a paciente que questionava justamente essa restrição. Adotou o STJ a fundamentação de que tal medida não tem previsão legal e por isso não poderia ser determinada. Precedente: HABEAS CORPUS. DIREITO DE LOCOMOÇÃO. VEDAÇÃO DE ACESSO À REPARTIÇÕES PÚBLICAS. SANÇÃO 89

90 ADMINISTRATIVA CARENTE DE PREVISÃO LEGAL. AFRONTA AO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE. ORDEM PARCIALMENTE CONCEDIDA. 1. Diante da descrição de condutas que, pelo menos em tese, configuram ilícitos penais, a pretensão deduzida de expedição de salvo-conduto para evitar futura prisão preventiva traduz-se em verdadeira pretensão de impedir a ação investigatória e repressiva da Polícia Federal, o que se afigura absolutamente inviável. 2. O poder de polícia, decorrente da supremacia do interesse público sobre o privado, traduz-se em uma necessidade imposta em nome do equilíbrio social, mas que, sob pena de sujeitar a própria coletividade à arbitrariedades da Administração, não pode se exercer de forma ilimitada. 3. A aplicação de sanções administrativas, como elemento de coerção e intimidação, somente será legítima quando o ato praticado pelo administrado estiver previamente previsto como infração administrativa, além de que a punição imposta também terá de ser exatamente aquela cominada para o caso. 4. Não está inserido no rol de atribuições do Juiz Corregedor a possibilidade de se vedar o direito de acesso a qualquer cidadão às dependências do Tribunal, dada a natureza pública da repartição, bem como à mingua de previsão legal. 5. Parecer do Ministério Público pela concessão parcial da ordem. 6. Habeas Corpus parcialmente concedido, apenas para assegurar o direito de acesso individual da paciente às repartições públicas do Tribunal Regional do Trabalho da 22ª Região. (HC /PI, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, QUINTA TURMA, julgado em 07/08/2007, DJ 10/09/2007 p. 248) Assim, muito embora, o gabarito tenha sido E, devemos tomar cuidado, pois o STJ entendeu que não há previsão legal para tanto, de modo que o ato seria ilegal e, portanto, abuso de poder. Gabarito: E. 90

91 64. (PROCURADOR PGM/TERESINA FCC/2010) NÃO exemplifica uma forma de atuação da polícia administrativa: a) decreto sobre o regulamento de determinada profissão. b) a interdição de atividade. c) a apreensão de mercadorias deterioradas. d) lei strictu sensu, isto é, emanada do Poder Legislativo, criando limitação administrativa. e) a inspeção em estabelecimento, destinada à investigação de crime. Podemos citar como atos do poder de polícia, a expedição de decreto sobre o regulamento de determinada profissão; a interdição de atividade; a apreensão de mercadorias deterioradas, bem como a edição de lei (strictu sensu), isto é, emanada do Poder Legislativo, criando limitação administrativa. Portanto, não é ato decorrente do poder de polícia administrativa, a inspeção em estabelecimento, destinada à investigação de crime, por se tratar de ato de polícia judiciária. Gabarito: E. 65. (ANALISTA JUDICIÁRIO EXECUÇÃO DE MANDADOS TRT 14ª REGIÃO FCC/2011) O poder de polícia a) possui, como meio de atuação, apenas medidas de caráter repressivo. b) delegado é limitado aos termos da delegação e se caracteriza por atos de execução. c) é sempre discricionário. d) não é inerente a toda Administração, não estando presente, por exemplo, na esfera administrativa dos Municípios. e) não tem como um de seus limites a necessidade de observância aos princípios da proporcionalidade e razoabilidade. 91

92 A alternativa a está errada. O poder de polícia possui, como meio de atuação, medidas de caráter repressivo (multa, por exemplo), como preventivo (sinalização de ruas). A alternativa b está correta. O poder de polícia delegado é limitado aos termos da delegação e se caracteriza por atos de execução. A alternativa c está errada. O poder de polícia, em regra, é discricionário, porém poderá haver na forma vinculada também (carteira de habilitação). A alternativa d está errada. É possível verificarmos o exercício do poder de polícia em qualquer esfera administrativa, seja ela federal, estadual, distrital ou municipal. A alternativa e está errada. É limite do poder de polícia, em decorrência da legalidade, a observância aos princípios da proporcionalidade e razoabilidade. Por exemplo, na aplicação de multas. Gabarito: B. 66. (TÉCNICO JUDICIÁRIO TRE/TO FCC/2011) No que concerne ao poder de polícia, é correto afirmar: a) É vedada a utilização de meios diretos de coação. b) Constitui-se somente por atividades preventivas. c) É puramente discricionário. d) Incide sobre pessoas. e) É possível a utilização de meios indiretos de coação. A alternativa a está errada. Não se veda, no âmbito do exercício do poder de polícia, a utilização de meios diretos de coação. É possível a coação direta como a indireta, isto é a utilização 92

93 de expedientes para que o administrado sinta-se compelido a realizar o ato. Por exemplo, não se envia o licenciamento do veículo se houver multa pendente de pagamento. A alternativa b está errada. O poder de polícia pode ser visto na forma preventiva, como na repressiva. A alternativa c está errada, pois pode ser vinculado ou discricionário. A alternativa d está errada. A atividade da polícia judiciária que incide sobre pessoas, no combate ao crime. Já o poder de polícia administrativo incide sobre bens, direitos ou atividades. A alternativa e está correta. De fato, é possível a utilização de meios indiretos de coação, como já vimos. Gabarito: E. 67. (ANALISTA JUDICIÁRIO TRT 3ª REGIÃO FCC/2009) São exemplos de atuação concreta da Administração Pública fundada no poder de polícia em sentido estrito: a) desapropriação de terras improdutivas. b) penhora de bens em execução fiscal. c) controle da concorrência e fixação de tarifas em setores regulados. d) prisão de depositário infiel. e) interdição de estabelecimentos comerciais. Como exemplo de medidas decorrentes do poder de polícia tem a apreensão de mercadorias, a cassação de registro, a suspensão de direito, a interdição de estabelecimento, a aplicação de multa etc. Gabarito: E. 93

94 68. (ANALISTA JUDICIÁRIO ADMINISTRATIVA TRT 6ª REGIÃO FCC/2012) A interdição de estabelecimento comercial privado por autoridade administrativa constitui exemplo do exercício do poder a) disciplinar. b) regulamentar. c) normativo. d) hierárquico. e) de polícia. A interdição de estabelecimento comercial privado por autoridade administrativa constitui exemplo de poder de polícia. Gabarito: E. 69. (ANALISTA JUDICIÁRIO TJ/PA FCC/2009) No exercício do poder de polícia, a) a Administração pode ditar e executar medidas restritivas do direito individual em benefício do bem-estar da coletividade e da preservação do próprio estado. b) os atos praticados pela Administração, por serem discricionários, não podem ser objeto de contestação no Poder Judiciário. c) a Administração não pode demolir construção ilegal nem pode inutilizar gêneros alimentícios. d) o ato praticado pelo agente da Administração não se sujeita às condições de validade dos demais atos administrativos. e) quando se tratar de ação preventiva, a aplicação da sanção dispensa o devido processo e a ampla defesa do autuado. A alternativa a está correta. A Administração pode ditar e executar medidas restritivas do direito individual em benefício 94

95 do bem-estar da coletividade e da preservação do próprio estado, sendo, pois, decorrência do exercício do poder de polícia. A alternativa b está errada. Os atos praticados, muito embora em regra sejam discricionários, podem ser objeto de controle, em especial no tocante aos próprios limites legais, aferindo, por exemplo, a razoabilidade e proporcionalidade. A alternativa c está errada. Como medida decorrente do poder de polícia, poderá a Administração demolir construção ilegal, bem como inutilizar gêneros alimentícios. A alternativa d está errada. Os atos praticados no exercício do poder de polícia, também são atos administrativos, e, por isso, se sujeitam às condições de validade dos demais atos administrativos. A alternativa e está errada. A aplicação de sanção sempre deve observar o devido processo e a ampla defesa do autuado. O que pode ocorrer é que ela seja observada em momento posterior a autuação, quando dissemos que é diferida. Assim, como observamos nos casos de multa de trânsito. Quer dizer, somos autuados e só depois exercemos o contraditório e a ampla defesa. Gabarito: A. 70. (TÉCNICO JUDICIÁRIO TRE/CE FCC/2012) Analise as assertivas abaixo concernentes ao poder de polícia. I. O poder de polícia só poderá reduzir os direitos individuais quando em conflito com interesses maiores da coletividade e na medida estritamente necessária à consecução dos fins estatais. II. Constituem meios de atuação do poder de polícia, dentre outros, as medidas repressivas, como, por exemplo, dissolução de reunião, interdição de atividade e apreensão de mercadorias deterioradas. III. A medida de polícia, quando discricionária, não esbarra em algumas limitações impostas pela lei, como por exemplo, no que concerne à competência e à finalidade. 95

96 IV. O poder de polícia tanto pode ser discricionário, como vinculado, ressaltando-se que ele é vinculado na maior parte dos casos. Está correto o que se afirma APENAS em a) I, II e III. b) II, III e IV. c) I e IV. d) III e IV. e) I e II. A assertiva I está correta. É verdade, o poder de polícia só poderá reduzir os direitos individuais quando em conflito com interesses maiores da coletividade e na medida estritamente necessária à consecução dos fins estatais. A assertiva II está correta. De fato, constituem meios de atuação do poder de polícia, dentre outros, as medidas repressivas, como, por exemplo, dissolução de reunião, interdição de atividade e apreensão de mercadorias deterioradas. A assertiva III está errada. Ao contrário. A medida de polícia, quando discricionária, esbarra em algumas limitações impostas pela lei, como por exemplo, no que concerne à competência e à finalidade, bem como a proporcionalidade e razoabilidade da conduta. A assertiva IV está errada. É certo que o poder de polícia tanto pode ser discricionário, como vinculado. No entanto, em regra, é discricionário. Gabarito: E. 71. (FCC/2014 TJ/CE JUIZ) NÃO é medida de polícia administrativa, no sentido estrito da expressão, a a) imposição de contrapropaganda pelo órgão de defesa do consumidor, ao fornecedor que incorrer na prática de propaganda enganosa ou abusiva. 96

97 b) imposição de imunização obrigatória às populações sujeitas a determinada moléstia epidêmica. c) aplicação de sanção a condenado em pena privativa de liberdade, por promover motim no estabelecimento penitenciário. d) medida restritiva imposta pelo CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) a atos de concentração econômica. e) liquidação extrajudicial de instituição financeira, determinada pelo Banco Central. São medidas do poder de polícia: a) imposição de contrapropaganda pelo órgão de defesa do consumidor, ao fornecedor que incorrer na prática de propaganda enganosa ou abusiva; b) imposição de imunização obrigatória às populações sujeitas a determinada moléstia epidêmica; d) medida restritiva imposta pelo CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) a atos de concentração econômica; e) liquidação extrajudicial de instituição financeira, determinada pelo Banco Central. Assim, a alternativa c é que traz medida que não se enquadra nas de poder de polícia, já que a aplicação de sanção a condenado em pena privativa de liberdade, por promover motim no estabelecimento penitenciário decorre do poder disciplinar especial. Gabarito: C. 72. (FCC/2013 TRT 15ª REGIÃO TÉCNICO JUDICIÁRIO) Caracteriza-se o poder de polícia administrativa, de forma não exaustiva, pela prática de atos. a) concretos e específicos, que envolvem fiscalização e repressão, tal como a apreensão de mercadorias farmacêuticas armazenadas irregularmente. b) impositivos de obrigações de não fazer, jamais impondo obrigações positivas. c) preventivos, no sentido de conformar a conduta dos administrados à lei, ficando os atos repressivos na esfera da polícia judiciária. 97

98 d) normativos gerais inovados, cuja finalidade é sempre estabelecer as condutas esperadas dos administrados e aquelas passíveis de reprimenda. e) repressivos, mediante provocação de administrados diante de danos verificados, não havendo espaço para a prática de atos de fiscalização preventiva. O poder de polícia pode ter atos repressivos ou preventivos, gerais ou específicos, abstratos (normativos, mas que não inovem) ou concretos, com imponha obrigação de fazer (obrigações positivas) ou não fazer (obrigações negativas). Assim, caracteriza-se por atos concretos e específicos, que envolvem fiscalização e repressão, tal como a apreensão de mercadorias farmacêuticas armazenadas irregularmente. Gabarito: A. 73. (SECRETÁRIO DE DILIGÊNCIAS MPE/RS FCC/2010) Pelo exercício do Poder de Polícia, a Administração está autorizada a cobrar a) imposto sobre serviços de qualquer natureza. b) tarifa. c) taxa. d) imposto. e) contribuição de melhoria. Conforme estabelece a Constituição, em seu artigo 145, inciso II, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir taxas, em razão do exercício do poder de polícia. 98

99 Com efeito, no exercício do poder de polícia a Administração Pública poderá não efetuar qualquer cobrança, tendo em vista a atividade já ser custeado pelos impostos em geral. Contudo, qualquer se tratar de atividade específica, poderá ser instituída a cobrança de taxa, tal como taxa de fiscalização, taxa de inspeção veicular etc. Gabarito: C. 74. (ANALISTA JUDICIÁRIO TRT 9ª REGIÃO FCC/2010) No que concerne ao tema poder de polícia, é correto afirmar: a) Na esfera federal, prescreve em dez anos a ação punitiva da Administração, no exercício do poder de polícia, objetivando apurar infração (que não constitua crime), contados da data da prática do ato ou, no caso de infração permanente ou continuada, do dia em que tiver cessado. b) Nem sempre o poder de polícia será discricionário, ou seja, em algumas hipóteses, a lei já estabelece que, diante de determinados requisitos, a Administração terá que adotar solução previamente estabelecida, como é o caso da autorização. c) No desempenho do poder de polícia, a Administração Pública não pode determinar medidas sumárias, isto é, sem a oitiva do particular; logo, ainda que se trate de situação de urgência, mister se faz a garantia da plenitude da defesa. d) Polícia administrativa e polícia judiciária não se confundem; a primeira rege-se pelo Direito Administrativo e incide sobre bens, direitos ou atividades; a segunda, pelo Direito Processual Penal, incidindo sobre pessoas. e) Os meios de atuação do poder de polícia compreendem somente duas categorias: atos administrativos preventivos, como, por exemplo, vistoria e fiscalização, e atos administrativos repressivos, como interdição de atividade e apreensão de mercadorias deterioradas. 99

100 A alternativa a está errada. É que na esfera federal, prescreve em cinco anos a ação punitiva da Administração, no exercício do poder de polícia, objetivando apurar infração (que não constitua crime), contados da data da prática do ato ou, no caso de infração permanente ou continuada, do dia em que tiver cessado, conforme Lei nº 9.873/99. A alternativa b está errada. Aqui temos um peguinha! Como já falamos, nem sempre o poder de polícia será discricionário, ou seja, em algumas hipóteses, a lei já estabelece que, diante de determinados requisitos, a Administração terá de adotar solução previamente estabelecida, como é o caso da LICENÇA (ex: licença para dirigir, para construir). Porém, no caso da autorização é hipótese discricionária (autorização para porte de arma, por exemplo). A alternativa c está errada. Observamos que o poder de polícia goza dos atributos específicos da discricionariedade, coercibilidade e autoexecutoriedade. Portanto, no seu desempenho, a Administração Pública PODE determinar medidas sumárias, isto é, sem a oitiva do particular, sobretudo quando se tratar de situação de urgência, emergencial. Nesses casos, o contraditório é diferido, ou seja, postergado para outro momento, quando deflagrado o processo administrativo. Por exemplo, um fiscal adentra um estabelecimento comercial e lá verifica que há produto vencido ou nocivo ao consumo. Ele vai primeiro determinar a abertura de processo administrativo, garantir o contraditório e ampla defesa? Claro que não. Primeiro resguardar o interesse coletivo, apreende as mercadorias, lavra auto de infração e daí procede-se a abertura de processo administrativo, garantindo-se o contraditório e a ampla defesa. A alternativa d está correta. A Polícia administrativa e polícia judiciária não se confundem; a primeira rege-se pelo Direito Administrativo e incide sobre bens, direitos ou atividades; a segunda, pelo Direito Processual Penal, incidindo sobre pessoas

101 A alternativa e está errada. Os meios de atuação do poder de polícia compreendem quatro categorias: atividade legislativa, de consentimento, fiscalização e sanção. Gabarito: D. 75. (FCC/2013 MPE/SE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) O Município de Aracajú, no exercício de sua competência de controle do uso e ocupação do solo urbano, determina que os estabelecimentos empresariais sujeitem-se ao procedimento de obtenção de alvará de localização e funcionamento, em conformidade ao Código Municipal de Posturas. O juízo exercido pela autoridade municipal que obriga os estabelecimentos à obtenção do alvará é relacionado ao a) poder disciplinar, em razão da aplicação do princípio da superioridade do interesse público sobre o interesse privado, que subordina as atividades empresariais ao prévio controle de legalidade e adequação, com cominação de penalidades para os usos desconformes. b) poder de polícia, exercido por meio de autorização, de juízo vinculado da autoridade, pois se consubstancia em atividade de fiscalização preventiva que limita o exercício dos direitos individuais em benefício da segurança e do interesse público. c) poder disciplinar, em razão do controle prévio de orientação à ordenação do uso e do solo urbano segundo as regras prévias estabelecidas no zoneamento municipal. d) poder regulamentar, exercido por meio de autorização, de juízo discricionário da autoridade, pois se materializa em atividade de aplicação de preceitos legais ao caso concreto, visando a limitação de direitos individuais em benefício da segurança e do interesse público. e) poder de polícia, exercido por meio de licença, de juízo vinculado da autoridade, pois se concretiza em atividade de fiscalização preventiva que limita o exercício dos direitos individuais em benefício da segurança e do interesse público

102 A licença, por meio da expedição de alvará, é uma medida decorrente do poder de polícia, de juízo vinculado da autoridade (na medida em que preenchidos os requisitos legais é obrigatória a expedição), pois se concretiza em atividade de fiscalização preventiva que limita o exercício dos direitos individuais em benefício da segurança e do interesse público. Gabarito: E. 76. (FCC/2014 TJ/AP JUIZ) No que tange ao exercício do poder de polícia, é INCORRETO afirmar: a) É constitucional a cobrança, pelos Municípios, de taxa de prevenção e combate a incêndio, como contraprestação a serviço essencial, específico e divisível que seja prestado pela municipalidade a esse título. b) Não configura limitação ao tráfego de bens vedada pela Constituição Federal a apreensão de mercadorias, quando desacompanhadas de documentação fiscal idônea, bem como sua retenção até a comprovação da legitimidade de sua posse pelo proprietário. c) É inconstitucional a cobrança de taxa pela utilização efetiva ou potencial de serviço público de segurança, ainda que tal serviço seja solicitado por particular, para sua segurança ou a de terceiros, em evento aberto ao público. d) A edição, pelo Estado-membro, de norma regulamentando o serviço de fretamento de ônibus para finalidade turística viola a Constituição Federal, pois invade competência privativa da União para legislar sobre trânsito e transporte. e) Para cobrança de taxa pelo exercício de poder de polícia, não é necessária a comprovação de efetiva vistoria da atividade fiscalizada, bastando o funcionamento de órgão competente e apto a exercer a fiscalização

103 A alternativa a está correta. O STF declarou legítima da cobrança pelo Município da taxa de segurança exigida para cobrir despesas com a manutenção dos serviços de prevenção e extinção de incêndios (RE SP), desde que como contraprestação a serviço essencial, específico e divisível que seja prestado pela municipalidade a esse título. A alternativa b está correta. Segundo o STF não se compreende como limitação ao tráfego de pessoas ou bens, a apreensão de mercadorias desacompanhadas de documentação fiscal idônea e sua retenção até a comprovação da legitimidade da posse pelo proprietário, atribuição inerente ao poder de polícia tributária (ADI 395/SP) A alternativa c está correta. É inconstitucional a cobrança de taxa pela utilização efetiva ou potencial de serviço público de segurança, conforme orientação do STF: 1. TRIBUTO. Taxa de Segurança Pública. É inconstitucional a taxa que tenha por fato gerador a prestação de serviço de segurança pública, ainda que requisitada por particular. Serviço Público indivisível e não específico. Agravo regimental improvido. Precedentes. Dado seu caráter uti universi, o serviço de segurança pública não é passível de ser remunerado mediante taxa, atividade que só pode ser sustentada pelos impostos. 2. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Jurisprudência assentada. Ausência de razões consistentes. Decisão mantida. Agravo regimental improvido. Nega-se provimento a agravo regimental tendente a impugnar, sem razões consistentes, decisão fundada em jurisprudência assente na Corte. (RE AgR, Relator(a): Min. CEZAR PELUSO, Segunda Turma, julgado em 07/08/2012) A alternativa d está errada. A edição, pelo Estadomembro, de norma regulamentando o serviço de fretamento de ônibus para finalidade turística não viola a Constituição Federal, e nem invade competência privativa da União para legislar sobre trânsito e transporte

104 CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. ESTADO-MEMBRO: PODER DE POLÍCIA ADMINISTRATIVA. ÔNIBUS: FRETAMENTO PARA FINS TURÍSTICOS: DECRETO ESTADUAL REGULAMENTADOR. Decreto , de 1989, do Estado de São Paulo. I. - Fretamento de ônibus para o transporte com finalidade turística, ou para o atendimento do turismo no Estado. Transporte ocasional de turistas, que reclama regramento por parte do Estado-membro, com base no seu poder de polícia administrativa, com vistas à proteção dos turistas e do próprio turismo. CF, art. 25, 1º. Inocorrência de ofensa à competência privativa da União para legislar sobre trânsito e transporte (CF, art. 22, XI). II. - RE conhecido e não provido. (RE , Relator(a): Min. CARLOS VELLOSO, Segunda Turma, julgado em 28/10/2004) A alternativa e foi considerada correta pela Banca. Contudo, deve-se tomar muito cuidado. É que, realmente, não é o ato em si (vistoria efetiva) que permite a cobrança da taxa, mas a existência da efetiva fiscalização. Segundo a orientação do STF a cobrança de taxa pelo exercício de poder de polícia só se mostra adequada quando efetiva a fiscalização, não bastando apenas o funcionamento de órgão competente. Precedente: EMENTA Agravo regimental em recurso extraordinário. Taxa anual de fiscalização. Cobrança. Poder de polícia. Exercício efetivo. Necessidade. Aparato administrativo. Ausência de comprovação. Balizas firmadas no acórdão recorrido. Impossibilidade de revisão. Súmula nº 279/STF. 1. O entendimento atual da Corte, assentado a partir do que decidido no RE nº /RO, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 3/9/10, é no sentido de que a regularidade do exercício do poder de polícia é imprescindível para a cobrança de taxas de localização e fiscalização, ou seja, a cobrança de taxa de polícia apenas se justifica quando a fiscalização é efetiva. 2. À luz da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a existência de órgão administrativo não é condição para o reconhecimento da constitucionalidade da cobrança 104

105 de taxas de localização e fiscalização, mas constitui um dos elementos admitidos para se inferir o efetivo exercício do poder de polícia, exigido constitucionalmente. 3. O acórdão recorrido foi categórico ao firmar não haver prova de que a cobrança da taxa teve origem no efetivo exercício do poder de polícia, assentando, além disso, que não estaria comprovada a existência de órgão específico para tal finalidade, o de que o impetrante sofrera algum tipo de fiscalização ou ainda de nova análise para deferimento das renovações de sua licença de funcionamento. 4. Para dissentir do que restou decidido, mister seria o revolvimento do conjunto fático probatório, o que é vedado, a teor da Súmula nº 279/STF. 5. Agravo regimental não provido. (RE AgR, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, julgado em 13/08/2013) Gabarito: D. (*) 77. (FCC/2014 AL/PE AGENTE LEGISLATIVO) Considere o texto abaixo. Prorrogado para 8 de fevereiro prazo para realização de Vistoria de Transporte Escolar 24 de janeiro de 2014, às 17h16min o DETRAN-PE estendeu para 8 de fevereiro a data limite para a realização de vistorias de transporte escolar, que são obrigatórias, semestralmente, para aqueles que efetuam este tipo de atividade. O serviço é prestado de forma gratuita. Nas cidades da Região Metropolitana (RMR), as vistorias acontecem, aos sábados, das 8 às 14h, na Unidade de Táxi e Coletivos (DUAT) do Órgão, localizada na BR 101, bairro da Iputinga (zona Oeste de Recife). No Interior, a vistoria de escolares ocorre, de segunda a sexta-feira, das 8 às 13h, em uma das seguintes Circunscrições Regionais de Trânsito (CIRETRANs) Especiais: Goiana, Vitória de Santo Antão, Limoeiro, Carpina, Timbaúba, Caruaru, Garanhuns, Gravatá, Belo Jardim, Arcoverde, Afogados da Ingazeira, Araripina, Ouricuri, Pesqueira, Petrolina, Serra Talhada e Salgueiro. Em Pernambuco, há cerca de 1500 veículos de transporte escolar registrados. Conforme determinação do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), por meio da Resolução 439/2013, um 105

106 novo equipamento passa a ser exigido para os veículos de transporte escolar. Trata-se dos dispositivos de visibilidade dianteira e traseira, que podem ser espelhos retrovisores ou câmera de monitoramento. Nas cidades de Recife, Caruaru, Jaboatão dos Guararapes, Camaragibe, Moreno e Petrolina, além da vistoria do DETRAN, o veículo de transporte escolar deve possuir documentação que comprove sua regularização junto à Prefeitura. (...) ( último acesso em 27 de fevereiro de 2014) A matéria acima transcrita revela o exercício preponderante, pela Administração pública pernambucana, do poder a) disciplinar. b) hierárquico. c) normativo. d) legislativo. e) de polícia. A matéria mostra típico exemplo do exercício do poder de polícia na medida em que há limitações ao exercício de certas atividades, bem como do uso de bem (veículos). Gabarito: E. 78. (ANALISTA JUDICIÁRIO TRE/AM FCC/2010) Considere os conceitos abaixo, sobre os poderes administrativos. I. Poder que o Direito concede à Administração, de modo explícito ou implícito, para a prática de atos administrativos com liberdade na escolha de sua conveniência e oportunidade. II. Poder de que dispõe o Executivo para distribuir e escalonar as funções de seus órgãos e ordenar a atuação dos seus agentes, estabelecendo a relação de subordinação entre os servidores do seu quadro de pessoal

107 III. Faculdade de punir internamente as infrações funcionais dos servidores e demais pessoas sujeitas à disciplina dos órgãos e serviços da Administração. Os conceitos acima se referem, respectivamente, aos poderes a) regulamentar, vinculado e disciplinar. b) arbitrário, disciplinar e de polícia. c) vinculado, subordinado e hierárquico. d) de polícia, disciplinar e hierárquico. e) discricionário, hierárquico e disciplinar. Na assertiva I, temos o poder discricionário que é o poder que o Direito concede à Administração, de modo explícito ou implícito, para a prática de atos administrativos com liberdade na escolha de sua conveniência e oportunidade. Na assertiva II, verificamos a ocorrência do poder hierárquico, ou seja, poder de que dispõe o Executivo para distribuir e escalonar as funções de seus órgãos e ordenar a atuação dos seus agentes, estabelecendo a relação de subordinação entre os servidores do seu quadro de pessoal. Na assertiva III, observa-se o poder disciplinar, que é a faculdade de punir internamente as infrações funcionais dos servidores e demais pessoas sujeitas à disciplina dos órgãos e serviços da Administração. Assim, temos poder discricionário, hierárquico e disciplinar, ou seja, alternativa E. Gabarito: E. 79. (ANALISTA JUDICIÁRIO TRE/RS FCC/2010) Sobre os poderes administrativos, considere as seguintes afirmações: I. A discricionariedade do poder discricionário diz respeito apenas à conveniência, oportunidade e conteúdo do ato administrativo

108 II. Poder hierárquico é a faculdade de punir as infrações funcionais dos servidores e demais pessoas sujeitas à disciplina dos órgãos e serviços da Administração. III. Por força do poder disciplinar o Chefe do Executivo pode distribuir e escalonar as funções dos seus órgãos, ordenar e rever a atuação dos seus agentes. IV. Poder regulamentar é a faculdade de que dispõem os Chefes de Poder Executivo de explicar a lei para sua correta execução, ou de expedir decretos autônomos sobre matéria de sua competência ainda não disciplinada em lei. V. Quando o Poder Executivo exorbita do seu poder regulamentar pode ter seus atos sustados pelo Congresso Nacional. Está correto o que se afirma SOMENTE em a) I e III. b) I, IV e V. c) II, III e V. d) II e IV. e) III e IV. A assertiva I está correta. De fato, a discricionariedade do poder discricionário diz respeito apenas à conveniência, oportunidade e conteúdo do ato administrativo, ou seja, é margem de liberdade em se decidir o conveniente, oportuno, bem como o conteúdo do ato. A assertiva II está errada. É o poder disciplinar que é a faculdade de punir as infrações funcionais dos servidores e demais pessoas sujeitas à disciplina dos órgãos e serviços da Administração. A assertiva III está errada. Por força do poder hierárquico o Chefe do Executivo pode distribuir e escalonar as funções dos seus órgãos, ordenar e rever a atuação dos seus agentes. A assertiva IV está correta. Poder regulamentar é a faculdade de que dispõem os Chefes de Poder Executivo de explicar a lei para sua correta execução, ou de expedir decretos autônomos sobre matéria de sua competência ainda não disciplinada em lei

109 E, enfim, a assertiva V também está correta. Quando o Poder Executivo exorbita do seu poder regulamentar pode ter seus atos sustados pelo Congresso Nacional, conforme art. 49, inc. V, da CF/88, que assim dispõe: Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: V sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa; Assim, as assertivas I, IV e V estão corretas, sendo a alternativa B a correta. Gabarito: B. 80. (ANALISTA JUDICIÁRIO TRF 4ª REGIÃO FCC/2010) Em relação aos poderes administrativos, é INCORRETO afirmar: a) O poder de polícia administrativa, tendo em vista os meios de atuação, vem dividido em dois grupos: poder de polícia originário e poder de polícia outorgado. b) O poder disciplinar da Administração Pública e o poder punitivo do Estado (jus puniendi) exercido pelo Poder Judiciário não tem qualquer distinção no que se refere à sua natureza. c) Os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade são apontados como relevantes e eficazes limitações impostas ao poder discricionário da Administração Pública. d) A Administração Pública, como resultado do poder hierárquico, é dotada da prerrogativa de ordenar, coordenar, controlar e corrigir as atividades de seus órgãos e agentes no seu ambiente interno. e) Os atos normativos do Chefe do Poder Executivo têm suporte no poder regulamentar, ao passo que os atos normativos de qualquer autoridade administrativa têm fundamento em um genérico poder normativo

110 A alternativa a está correta. O poder de polícia administrativa, tendo em vista os meios de atuação, vem dividido em dois grupos: poder de polícia originário, aquele concedido à administração direta, aos entes políticos, e poder de polícia outorgado, aquele concedido às autarquias. A alternativa b está errada. O poder disciplinar da Administração Pública e o poder punitivo do Estado (jus puniendi) exercido pelo Poder Judiciário são distintos quanto a sua natureza, eis que um é concedido ao Estado, submetido ao Direito penal, e o outro a Administração Pública, ante a subordinação administrativa, submetido ao Direito Administrativo. Ademais, o poder punitivo aplica-se a qualquer pessoa que tenha cometido ilícito penal, já o poder disciplinar somente se aplica às pessoas subordinadas à disciplina administrativa. A alternativa c está correta. De fato, os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade são apontados como relevantes e eficazes limitações impostas ao poder discricionário da Administração Pública, eis que serve para verificar a atuação dentro dos limites legais. A alternativa d está correta. A Administração Pública, como resultado do poder hierárquico, é dotada da prerrogativa de ordenar, coordenar, controlar e corrigir as atividades de seus órgãos e agentes no seu ambiente interno. E, a alternativa e também está correta. Os atos normativos do Chefe do Poder Executivo têm suporte no poder regulamentar, ao passo que os atos normativos de qualquer autoridade administrativa têm fundamento em um genérico poder normativo. Gabarito: B. 81. (DEFENSOR PÚBLICO DPE/MA FCC/2009) Dentre os chamados Poderes da Administração, aquele que pode ser 110

111 qualificado como autônomo e originário em determinadas situações previstas na Constituição Federal é o poder a) hierárquico, que permite à autoridade superior a possibilidade de punição disciplinar independentemente de expressa previsão legal. b) disciplinar, na medida que permite a imposição de sanções não previstas em lei. c) regulamentar, que permite o exercício da função normativa do Poder Executivo com fundamento direto na Constituição Federal. d) discricionário, que permite à Administração Pública atuar sem expressa vinculação à lei, nos casos em que inexista disciplina normativa para o assunto. e) de polícia, que permite à Administração Pública a prática de atos administrativos, preventivos e repressivos, para a disciplina de situações não previstas pela legislação. Conforme art. 84, IV e VI, CF/88 é o exercício do poder regulamentar, o qual permite o exercício da função normativa do Poder Executivo. Gabarito: C. 82. (TÉCNICO JUDICIÁRIO TJ/SE FCC/2009) Sobre os poderes administrativos é INCORRETO afirmar que a) o poder normativo ou poder regulamentar é o que cabe ao Chefe do Poder Executivo da União, dos Estados e dos Municípios, de editar normas complementares à lei. b) o poder hierárquico é o que cabe à Administração para apurar infrações e aplicar penalidades aos servidores e às demais pessoas sujeitas à disciplina administrativa. c) o poder de polícia é exercido sobre todas as atividades que possam, direta ou indiretamente, afetar os interesses da coletividade. d) a avocação consiste no poder que possui o superior de chamar para si a execução de atribuições cometidas originalmente a seus subordinados

112 e) o poder de polícia originário é aquele exercido pelas pessoas políticas do Estado (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) alcançando os atos administrativos. A alternativa a está correta. O poder normativo ou poder regulamentar é o que cabe ao Chefe do Poder Executivo da União, dos Estados e dos Municípios, de editar normas complementares à lei. A alternativa b está incorreta. O poder disciplinar é o que cabe à Administração para apurar infrações e aplicar penalidades aos servidores e às demais pessoas sujeitas à disciplina administrativa. A alternativa c está correta. De fato, o poder de polícia é exercido sobre todas as atividades que possam, direta ou indiretamente, afetar os interesses da coletividade, de modo que podem sofrer restrições, limitações ou condicionamentos em razão do interesse coletivo. A alternativa d está correta. A avocação consiste no poder que possui o superior de chamar para si a execução de atribuições cometidas originalmente a seus subordinados. A alternativa e está correta. O poder de polícia originário é aquele exercido pelas pessoas políticas do Estado (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) alcançando os atos administrativos. Gabarito: B. 83. (DEFENSOR PÚBLICO DPE/SP FCC/2009) Em relação aos poderes administrativos, assinale a alternativa que apresenta ordem de ideias verdadeira

113 a) O regulamento autônomo, sobre temática não prevista em lei, de autoria dos chefes do Executivo é válido e está dentro do âmbito do chamado Poder Regulamentar. b) Caracterizam-se como atributos do poder de polícia discricionário o juízo de conveniência e oportunidade, a auto-executoriedade e a coercibilidade, obedecidos os requisitos da competência, objeto, forma, finalidade e motivo, bem assim os princípios da administração pública, consistentes na legalidade, moralidade, proporcionalidade e vinculação. c) Normas gerais e abstratas editadas pela Administração Pública de forma independente ou autônoma em relação a regras gerais não são admitidas no Direito Administrativo brasileiro, ressalvadas situações excepcionais previstas necessariamente na Constituição Federal de d) Normas gerais e abstratas editadas pela Administração Pública para a explicitação de conceitos legal mente previstos não são admitidas no Direito Administrativo brasileiro, haja vista a existência de matérias absolutamente reservadas à lei pela Constituição Federal de e) São atribuições da Administração Pública, decorrentes exclusivamente do poder hierárquico, delegar atribuições, impor prestação de contas, controlar e avocar atividades dos órgãos subordinados, aplicar sanções disciplinares e editar atos regulamentares. A alternativa a está errada. A previsão de decreto autônomo para dispor sobre certas situações previstas na CF/88, art. 84, inc. VI, na se confunde como o regulamento, o qual deverá dispor sobre temática prevista em lei. A alternativa b está errada. Se se trata de poder de polícia discricionário, não estará submetido ao princípio da vinculação. A alternativa c está correta. De fato, normas gerais e abstratas editadas pela Administração Pública de forma independente ou autônoma em relação a regras gerais não são admitidas no Direito Administrativo brasileiro, ressalvadas situações excepcionais 113

114 previstas necessariamente na Constituição Federal de 1988, conforme art. 84, inc. VI, por exemplo. A alternativa d está errada. Decorre do poder regulamentar a edição de normas gerais e abstratas editadas pela Administração Pública para a explicitação de conceitos legalmente previstos, conforme estabelece o art. 84, inc. IV, da CF/88. A alternativa e está errada. As atribuições de editar atos regulamentares e aplicar sanções, muito embora também decorram do poder hierárquico, decorrem dos poderes regulamentares e disciplinar, respectivamente. Gabarito: B. 84. (PROCURADOR PGM/TERESINA FCC/2010) Poderes da Administração Pública. I. Poder disciplinar é a faculdade de punir internamente as infrações funcionais dos servidores e demais pessoas sujeitas à disciplina dos órgãos e serviços da Administração. II. A hierarquia não é cabível apenas no âmbito da função administrativa, sendo plenamente aplicável aos agentes públicos no exercício das funções jurisdicional e legislativa. III. O poder regulamentar pode ser definido como o que cabe ao Chefe do Poder Executivo da União, dos Estados e dos Municípios, de editar normas complementares à lei, para sua fiel execução. IV. O poder discricionário consiste na liberdade de ação administrativa, dentro dos limites permitidos em lei, aplicando-se inclusive para o requisito da finalidade do ato administrativo. SOMENTE estão corretas as assertivas a) II e IV. b) I e II. c) I e III. d) I e IV. e) II e III

115 A assertiva I está correta. O poder disciplinar é a faculdade de punir internamente as infrações funcionais dos servidores e demais pessoas sujeitas à disciplina dos órgãos e serviços da Administração. A assertiva II está errada. A hierarquia é cabível apenas no âmbito da função administrativa. Os agentes públicos que atuam no exercício das funções jurisdicional e legislativa o fazem com autonomia funcional, daí que não estão submetidos à hierarquia quando estiverem investidos no exercício dessas funções. A assertiva III está correta. O poder regulamentar pode ser definido como o que cabe ao Chefe do Poder Executivo da União, dos Estados e dos Municípios, de editar normas complementares à lei, para sua fiel execução, conforme dispõe o art. 84, inc. IV, CF/88. A assertiva IV está errada. O poder discricionário consiste na liberdade de ação administrativa, dentro dos limites permitidos em lei. Contudo, a finalidade é sempre elemento vinculado do ato administrativo. Gabarito: C. 85. (JUIZ TJ/GO FCC/2012) NÃO se inclui no rol das sanções aplicáveis pela Administração Pública, no exercício de seus poderes típicos, a) a pena de perda da função pública, no processo de improbidade. b) a prisão administrativa, no processo disciplinar militar. c) a caducidade, nas concessões de serviço público. d) a pena de comisso, no regime jurídico dos bens públicos aforados. e) o licenciamento compulsório de patentes, no regime jurídico da propriedade industrial. A alternativa a é exemplo do poder disciplinar existente no âmbito da disciplina militar. Ou seja, a prisão administrativa, no processo disciplinar militar

116 A alternativa c, a caducidade, nas concessões de serviço público é exemplo do poder disciplinar. A alternativa d é exemplo do poder disciplinar. A pena de comisso é instituto da enfiteuse, é uma espécie de caducidade por descumprimento do pagamento (foro) ou em virtude de alienação de terra, no regime jurídico dos bens públicos aforados. A alternativa e, o licenciamento compulsório de patentes, no regime jurídico da propriedade industrial, é exemplo também do poder de polícia e do poder vinculado. Assim, a alternativa a, ou seja, a pena de perda da função pública, no processo de improbidade, não é decorrência de poder administrativo, pois se trata de processo judicial. Gabarito: A. 86. (ANALISTA JUDICIÁRIO JUDICIÁRIA TRE/AC FCC/2010) Sobre os poderes administrativos, considere: I. Poder que a lei confere à Administração Pública para a prática de ato de sua competência, determinando os elementos e requisitos necessários à sua formalização. II. Poder que o Direito concede à Administração Pública, de modo implícito ou explícito, para a prática de atos administrativos com liberdade de escolha de sua conveniência, oportunidade e conteúdo. III. Faculdade de que dispõem os Chefes de Executivo de explicar a lei para a sua correta execução, ou de expedir decretos autônomos sobre matéria de sua competência ainda não disciplinada por lei. Os conceitos acima se referem, respectivamente, aos poderes a) subordinado, discricionário e hierárquico. b) discricionário, arbitrário e disciplinar. c) vinculado, disciplinar e de polícia. d) hierárquico, de polícia e regulamentar. e) vinculado, discricionário e regulamentar

117 A assertiva I, isto é, o poder que a lei confere à Administração Pública para a prática de ato de sua competência, determinando os elementos e requisitos necessários à sua formalização, é o poder vinculado. A assertiva II, o poder que o Direito concede à Administração Pública, de modo implícito ou explícito, para a prática de atos administrativos com liberdade de escolha de sua conveniência, oportunidade e conteúdo, é o discricionário. E, a assertiva III, a faculdade de que dispõem os Chefes de Executivo de explicar a lei para a sua correta execução, ou de expedir decretos autônomos sobre matéria de sua competência ainda não disciplinada por lei, é o poder regulamentar. Gabarito: E. 87. (PROCURADOR TCE/SP FCC/2011) Em relação aos poderes da Administração Pública, é correto afirmar que o poder a) normativo é decorrência do poder vinculado da Administração, na medida em que só admite a prática de atos expressamente previstos em lei. b) normativo é reflexo do poder discricionário nos casos em que é dado à Administração Pública o poder de substituir a lei em determinada matéria. c) disciplinar é decorrente do poder de polícia administrativo, na medida em que admite a aplicação de sanções a todos os particulares. d) disciplinar, no que diz respeito aos servidores públicos, é decorrente do poder hierárquico, na medida em que se traduz no poder da Administração de apurar infrações e aplicar penalidades aos servidores públicos sujeitos à sua disciplina. e) regulamentar, quando decorrente do poder hierárquico, é discricionário, porque não encontra estabelecidos em lei as hipóteses taxativas de sua incidência

118 A alternativa a está errada. O poder normativo não é uma decorrência do poder vinculado da Administração, na medida em que se reveste de prerrogativa da Administração de regulamentar a lei a fim de bem cumpri-la. A alternativa b também está errada. Não é dado à Administração o poder de substituir a lei, mas de detalhar sua aplicação. A alternativa c está errada. O poder disciplinar não é decorrente do poder de polícia administrativo. Não se confundem. A alternativa d está correta. O poder disciplinar, no que diz respeito aos servidores públicos, é decorrente do poder hierárquico, na medida em que se traduz no poder da Administração de apurar infrações e aplicar penalidades aos servidores públicos sujeitos à sua disciplina. A alternativa e está errada. O poder regulamentar é prerrogativa da Administração de detalhar a lei, e isso somente é possível quando a lei expressamente estabelece ou exige tal complemento. Gabarito: D. 88. (FCC/2014 TRT 16ª REGIÃO (MA) ANALISTA JUDICIÁRIO JUDICIÁRIA) Considere as afirmações abaixo. I. O poder disciplinar não abrange as sanções impostas a particulares não sujeitos à disciplina interna da Administração. II. Os órgãos consultivos, embora incluídos na hierarquia administrativa para fins disciplinares, fogem à relação hierárquica no que diz respeito ao exercício de suas funções. III. A discricionariedade existe, ilimitadamente, nos procedimentos previstos para apuração da falta funcional, pois os Estatutos funcionais não estabelecem regras rígidas como as que se impõem na esfera criminal

119 A propósito dos poderes disciplinar e hierárquico, está correto o que se afirma em: a) III, apenas. b) I, II e III. c) I e II, apenas. d) II, apenas. e) I e III, apenas. A assertiva I está correta. O poder disciplinar não abrange as sanções impostas a particulares não sujeitos à disciplina interna da Administração, tal poder seria o de polícia. A assertiva II está correta. De fato, os órgãos consultivos, embora incluídos na hierarquia administrativa para fins disciplinares, fogem à relação hierárquica no que diz respeito ao exercício de suas funções. ilimitada. A assertiva III está errada. Não há discricionariedade Gabarito: C. 89. (FCC/2014 PREF. RECIFE/PE PROCURADOR) Sobre Poderes da Administração, considere os seguintes itens: I. A nomeação de pessoa para um cargo de provimento em comissão é expressão do exercício do poder discricionário. II. É possível que um ato administrativo consubstancie o exercício concomitante de mais de um poder pela Administração pública. III. A Súmula vinculante nº 13, relativa à vedação ao nepotismo, é expressão dos poderes normativo e disciplinar da Administração pública. Está correto o que consta em a) I, II e III. b) I, apenas. c) III, apenas

120 d) I e II, apenas. e) II e III, apenas. A assertiva I está correta. De fato, a nomeação de pessoa para um cargo de provimento em comissão é expressão do exercício do poder discricionário, pois o cargo é de livre nomeação e exoneração. A assertiva II está correta. Realmente, é possível que um ato administrativo consubstancie o exercício concomitante de mais de um poder pela Administração pública, a exemplo da concessão de habilitação, que decorre do poder de polícia e também do poder vinculado. A assertiva III está errada. A Súmula vinculante nº 13, relativa à vedação ao nepotismo, é expressão dos poderes normativo, mas não é do poder disciplinar, pois não se está aplicando penalidades aos servidores ou demais pessoas submetidas a disciplina interna. Gabarito: D. 90. (FCC/2013 TRT 5ª REGIÃO (BA) TÉCNICO JUDICIÁRIO) São Poderes inerentes à Administração pública o poder normativo, o poder disciplinar e o poder de polícia. Quanto a estes dois últimos, é correto afirmar que o a) poder disciplinar alcança as sanções impostas aos servidores públicos, mas não abrange as sanções impostas às demais pessoas sujeitas à disciplina interna administrativa, como, por exemplo, os estudantes de uma escola pública. b) poder de polícia é o que cabe à Administração para apurar infrações e aplicar penalidades às pessoas sujeitas a sua disciplina interna. c) poder disciplinar é discricionário, por essa razão a Administração, pautada em juízo de conveniência e oportunidade, pode decidir entre instaurar ou não procedimento adequado para apurar falta cuja prática é imputada a servidor público

121 d) poder disciplinar é o que cabe à Administração para apurar infrações e aplicar penalidades às pessoas sujeitas a sua disciplina interna. e) fundamento do poder de polícia é a hierarquia, por essa razão, referido poder abrange as sanções impostas a particulares que não integram a estrutura interna administrativa. O poder disciplinar é o que cabe à Administração para apurar infrações e aplicar penalidades às pessoas sujeitas a sua disciplina interna. Gabarito: D

122 3. QUESTÕES SELECIONADAS 1. (ANALISTA JUDICIÁRIO JUDICIÁRIA TRE/AC FCC/2010) Acerca dos poderes e deveres do administrador público, é correto afirmar que a) o dever de prestar contas aplica-se apenas aos ocupantes de cargos eletivos e aos agentes da administração direta que tenham sob sua guarda bens ou valores públicos. b) o agente público, mesmo quando despido da função ou fora do exercício do cargo, pode usar da autoridade pública para sobrepor-se aos demais cidadãos. c) o poder tem, para o agente público, o significado de dever para com a comunidade e para com os indivíduos, no sentido de que, quem o detém está sempre na obrigação de exercitá-lo. d) o dever de eficiência exige que o administrador público, no desempenho de suas atividades, atue com ética, honestidade e boafé. e) o dever de probidade traduz-se na exigência de elevado padrão de qualidade na atividade administrativa. 2. (AGENTE ADMINISTRATIVO MPE/RN FCC/2010) Sobre o poder da autoridade, analise: I. A autoridade, embora competente para praticar o ato, vai além do permitido e exorbita no uso de suas faculdades administrativas. II. A autoridade, embora atuando nos limites de sua competência, pratica o ato por motivos ou com fins diversos dos objetivados pela lei ou exigidos pelo interesse público. Tais espécies configuram, técnica e respectivamente, a) desvio de finalidade e uso de gestão de poder. b) desvio de poder e excesso de poder. c) abuso de poder e uso regular do poder. d) uso de gestão do poder e excesso de poder. e) excesso de poder e desvio de finalidade. 3. (ANALISTA JUDICIÁRIO TRE/AL FCC/2010) O abuso de poder a) não pode ser combatido por meio de Mandado de Segurança. b) caracteriza-se na forma omissiva, apenas

123 c) não se configura se a Administração retarda ato que deva praticar, sendo certo que essa conduta caracteriza mera falha administrativa. d) pode se configurar nas modalidades de excesso de poder e desvio de finalidade ou de poder. e) embora constitua vício do ato administrativo, nunca é causa de nulidade do mesmo. 4. (TÉCNICO JUDICIÁRIO TRE/AM FCC/2010) Sobre o abuso de poder, é correto afirmar que: a) para combatê-lo, não há medida judicial cabível, devendo o prejudicado recorrer à via administrativa. b) o abuso de poder só pode revestir a forma omissiva, não a comissiva. c) o uso do poder é lícito, enquanto o abuso pode ser lícito ou ilícito, dependendo da finalidade. d) a improbidade deve sempre ser considerada uma espécie de abuso de poder. e) todo ato abusivo é nulo, por excesso ou desvio de poder. 5. (OFICIAL DE JUSTIÇA TJ/PE FCC/2012) No que se refere aos poderes administrativo, discricionário e vinculado, é INCORRETO afirmar: a) Mesmo quanto aos elementos discricionários do ato administrativo há limitações impostas pelos princípios gerais de direito e pelas regras de boa administração. b) A discricionariedade é sempre relativa e parcial, porque, quanto à competência, à forma e à finalidade do ato, a autoridade está subordinada ao que a lei dispõe. c) Poder vinculado é aquele que o Direito Positivo a Lei confere à Administração Pública para a prática de ato de sua competência, determinando os elementos e requisitos necessários à sua formalização, mas lembrando a dificuldade de se encontrar um ato administrativo inteiramente vinculado. d) A atividade discricionária encontra plena justificativa na impossibilidade de o legislador catalogar na lei todos os atos que a prática administrativa exige. e) Na categoria dos atos administrativos vinculados, a liberdade de ação do administrador é ampla, visto que não há necessidade de se ater à enumeração minuciosa do Direito Positivo para realizá-la

124 6. (TÉCNICO JUDICIÁRIO TRF 2ª REGIÃO FCC/2012) Em matéria de poderes administrativos, o poder regulamentar tem como objeto a edição de atos administrativos normativos, os quais contêm determinações a) gerais, incidindo sobre todos os fatos ou situações enquadradas nas hipóteses que abstratamente preveem. b) específicas, aplicáveis nas hipóteses delineadas e enumeradas em seus termos e correspondentes condições. c) que devem ser observadas em determinadas e específicas situações, observadas as regulamentações específicas. d) especificadas no próprio ato, mas cuja aplicabilidade depende da expedição de ato complementar. e) a serem aplicadas sempre que não for possível estabelecer critérios subjetivos para elucidar determinadas situações. 7. (TÉCNICO JUDICIÁRIO TRT 6ª REGIÃO FCC/2012) O poder regulamentar cabe ao chefe do Poder Executivo e compreende a edição de normas complementares à lei, para sua fiel execução. Constitui forma de expressão do poder a) normativo. b) hierárquico. c) discricionário. d) de polícia. e) disciplinar. 8. (ANALISTA JUDICIÁRIO JUDICIÁRIA TRT 4ª REGIÃO FCC/2011) É correta a afirmação de que o exercício do poder regulamentar está consubstanciado na competência a) das autoridades hierarquicamente superiores das administrações direta e indireta, para a prática de atos administrativos vinculados, objetivando delimitar o âmbito de aplicabilidade das leis. b) dos Chefes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, objetivando a fiel aplicação das leis, mediante atos administrativos expedidos sob a forma de homologação. c) originária dos Ministros e Secretários estaduais, de editarem atos administrativos destinados a esclarecer a aplicabilidade das leis ordinárias

125 d) dos Chefes do Poder Executivo para editar atos administrativos normativos destinados a dar fiel execução às leis. e) do Chefe do Poder Executivo Federal, com a finalidade de editar atos administrativos de gestão, para esclarecer textos controversos de normas federais. 9. (ANALISTA JUDICIÁRIO JUDICIÁRIA TRE/PR FCC/2012) De acordo com Maria Sylvia Zanella di Pietro, o poder regulamentar é uma das formas de expressão da competência normativa da Administração Pública. Referido poder regulamentar, de acordo com a Constituição Federal, a) é competência exclusiva do Chefe do Poder Executivo, que também pode editar decretos autônomos, nos casos previstos. b) admite apenas a edição de decretos executivos, complementares à lei. c) compreende a edição de decretos regulamentares autônomos sempre que houver lacuna na lei. d) admite a delegação da competência originária em caráter geral e definitivo. e) compreende a edição de decretos autônomos e regulamentares, quando houver lacuna na lei. 10. (ANALISTA JUDICIÁRIO ADMINISTRATIVA TRT 8ª REGIÃO FCC/2010) O Poder Legislativo aprova lei que proíbe fumar em lugares fechados, cujo texto prevê o seu detalhamento por ato do Poder Executivo. Sancionando a Lei, o Chefe do Poder Executivo edita, imediatamente, decreto detalhando a aplicação da norma, conforme previsto. Ao fazêlo o Chefe do Poder Executivo exerce o poder a) disciplinar. b) regulamentar. c) discricionário. d) de polícia. e) hierárquico. 11. (ANALISTA MINISTERIAL MPE/PE FCC/2012) No que concerne ao poder regulamentar, considere a seguinte situação hipotética: o Prefeito de Olinda expediu decreto regulamentar cujo conteúdo contraria lei do mesmo Município, 125

126 bem como impõe obrigações que não estão previstas na mencionada lei. Sobre o tema, é correto afirmar que decreto regulamentar a) não pode contrariar a lei, nem impor obrigações que nela não estejam previstas. b) não pode contrariar a lei, porém pode impor obrigações que nela não estejam previstas. c) pode contrariar a lei, bem como impor obrigações que nela não estejam previstas, tendo em vista a autonomia e independência do Poder Executivo. d) pode contrariar a lei, porém não pode impor obrigações que nela não estejam previstas. e) não faz parte do poder normativo da Administração, vez que não é da competência do Chefe do Executivo. 12. (PROCURADOR TCE/RO FCC/2010) O poder normativo conferido à Administração Pública compreende a a) edição de decretos autônomos para criação e extinção de órgãos públicos, na medida em que são tradução de seu poder de autoorganização. b) edição de atos normativos de competência exclusiva do Chefe do Executivo, tais como, decretos regulamentares, resoluções, portarias, deliberações e instruções. c) promulgação de atos normativos originários e derivados, sendo os primeiros os regulamentos executivos e os segundos, os regulamentos autônomos. d) promulgação de atos legislativos de efeitos concretos, desde que se refiram a objeto passível de ser disposto por meio de decreto regulamentar. e) edição de decretos autônomos, restringindo-se estes às hipóteses decorrentes de exercício de competência própria, outorgada diretamente pela Constituição. 13. (DEFENSOR PÚBLICO DPE/MT FCC/2009) Considere os dispositivos abaixo, extraídos do art. 84 da Constituição Federal, cujo caput é "Compete privativamente ao Presidente da República": I. "iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Constituição"

127 II. "sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução". III. "vetar projetos de lei, total ou parcialmente". Há exemplo de poder regulamentar da Administração Pública em: a) II e III, apenas. b) I, II e III. c) I, apenas. d) II, apenas. e) III, apenas. 14. (ANALISTA JUDICIÁRIO TJ/AP FCC/2009) É exemplo que se refere ao poder regulamentar, em matéria de competências do Presidente da República, a) exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior da administração federal. b) vetar projetos de lei, total ou parcialmente. c) celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional. d) expedir decretos e regulamentos para fiel execução das leis. e) conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei. 15. (FCC/2014 PREF. CUIABÁ/MT PROCURADOR MUNICIPAL) Acerca do poder normativo da Administração Pública, é correto afirmar: a) Os chamados regulamentos executivos não existem no Direito Brasileiro, que somente admite os chamados regulamentos autorizados ou delegados. b) É exercido por meio de decretos regulamentares, resoluções, portarias e outros atos dotados de natureza normativa primária. c) Não se confunde com o poder regulamentar, pois ambos têm natureza jurídica distinta. d) Compete ao Congresso Nacional sustar atos normativos dos demais Poderes que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa. e) Nem toda lei depende de regulamento para ser executada, mas toda e qualquer lei pode ser regulamentada se o Executivo julgar conveniente fazê-lo

128 16. (FCC/2013 DPE/RS TÉCNICO DE APOIO ESPECIALIZADO ADMINISTRATIVO) O Secretário de Estado da Justiça editou decreto para regulamentar o horário de atendimento dos fóruns estaduais, estabelecendo, diversamente do previsto na legislação estadual, que o atendimento aos advogados seria feito no período da tarde. A medida é a) legal quanto à competência e ilegal quanto ao objeto, na medida em que não poderia ter contrariado a legislação estadual, devendo o decreto apenas explicitar os termos da lei. b) legal, desde que o decreto não tenha restringido o número de horas de atendimento franqueadas aos advogados, apenas concentrado a disponibilidade delas no período da tarde. c) inconstitucional, na medida em que a competência para editar decretos é privativa do Chefe do Executivo, não podendo o Secretário de Estado fazê-lo. d) constitucional quanto à forma, pois a competência para edição de decretos é passível de delegação, mas é ilegal quanto ao conteúdo, pois contrariou a legislação vigente. e) inconstitucional quanto à forma, pois a competência para edição de decretos é privativa do Chefe do Executivo, mas é legal quanto ao conteúdo, tendo em vista que a medida se encaixa na competência para edição de decretos autônomos, uma vez que trata da organização da administração. 17. (TÉCNICO JUDICIÁRIO TRT 20ª REGIÃO FCC/2011) Dispõe o Poder Executivo de poder para distribuir e escalonar as funções de seus órgãos, ordenar e rever a atuação de seus agentes, estabelecendo a relação de subordinação entre os servidores do seu quadro de pessoal. Trata-se do poder a) disciplinar. b) discricionário. c) regulamentar. d) de polícia. e) hierárquico. 18. (ANALISTA JUDICIÁRIO TJ/PA FCC/2009) Poder 128

129 hierárquico é a) o de que dispõe o Executivo para distribuir e escalonar as funções de seus órgãos, ordenar e rever a atuação de seus agentes. b) a faculdade de punir as infrações funcionais dos servidores e demais pessoas sujeitas à disciplina dos órgãos e serviços da Administração. c) a faculdade de que dispõe a Administração Pública para condicionar e restringir o uso e o gozo de bens, atividades e direitos individuais em benefício da coletividade. d) o poder que as Corregedorias têm de investigar e aplicar penalidades em servidores pela prática de atos administrativos ilegais e) o poder de que dispõem os chefes de Executivo de expedir decretos autônomos sobre matéria de sua competência ainda não disciplinada em lei. 19. (ANALISTA JUDICIÁRIO TJ/AP FCC/2009) Exerce poder hierárquico, no sentido tradicional do Direito administrativo, a) um Governador de Estado em relação a um Prefeito de Município daquele Estado. b) o Presidente da República em relação a um presidente de autarquia federal. c) o Governador de Estado em relação ao Presidente do Tribunal de Justiça daquele Estado. d) o Presidente da República em relação ao Presidente do Congresso Nacional. e) um Prefeito de Município em relação a um Secretário daquele Município. 20. (ANALISTA JUDICIÁRIO CONTABILIDADE TJ/PE FCC/2012) Considere sob o foco do poder hierárquico: I. Chamar a si funções originariamente atribuídas a um subordinado significa avocar, e só deve ser adotada pelo superior hierárquico e por motivo relevante. II. A revisão hierárquica é possível, desde que o ato já tenha se tornado definitivo para a Administração ou criado direito subjetivo para o particular

130 III. As delegações quando possíveis, não podem ser recusadas pelo inferior, como também não podem ser subdelegadas sem expressa autorização do delegante. IV. A subordinação e a vinculação política significam o mesmo fenômeno e não admitem todos os meios de controle do superior sobre o inferior hierárquico. Está correto o que se afirma APENAS em a) II, III e IV. b) II e IV. c) I, II e III. d) I e III. e) I, III e IV. 21. (ANALISTA JUDICIÁRIO EXECUÇÃO DE MANDADOS TRT 20ª REGIÃO FCC/2011) NÃO constitui característica do poder hierárquico: a) delegar atribuições que não lhe sejam privativas. b) dar ordens aos subordinados, que implica o dever de obediência, para estes últimos, salvo para as ordens manifestamente ilegais. c) controlar a atividade dos órgãos inferiores, tendo o poder de anular e de revogar atos administrativos. d) avocar atribuições, desde que estas não sejam da competência exclusiva do órgão subordinado. e) editar atos normativos que poderão ser de efeitos internos e externos. 22. (ANALISTA JUDICIÁRIO TRT 22ª REGIÃO FCC/2010) Do poder hierárquico decorrem faculdades implícitas ao superior, tais como, delegar e avocar atribuições, bem como rever atos dos inferiores. Sobre o tema, é correto afirmar que a) as delegações podem ser subdelegadas mesmo sem expressa autorização do delegante. b) cabe delegação ainda que a atribuição tenha sido conferida por lei privativamente a determinado órgão ou agente. c) admite-se, no nosso sistema constitucional, a delegação de atribuições de um Poder a outro. d) a avocação, na esfera federal, deve ser feita como regra, isto é, usualmente; mas é necessária a existência de motivos relevantes para a referida substituição

131 e) a revisão hierárquica não poderá ocorrer se o ato gerou direito adquirido ao particular. 23. (ANALISTA JUDICIÁRIO TRT 3ª REGIÃO FCC/2009) O poder hierárquico a) autoriza a Administração Direta a rever, de ofício, os atos praticados pelas entidades integrantes da Administração Indireta, quando identificada a sua desconformidade com as diretrizes governamentais. b) corresponde ao poder conferido aos agentes públicos para emitir ordens a seus subordinados e aplicar sanções disciplinares, ainda que não expressamente previstas em lei. c) fundamenta a avocação, pela Administração Direta, de matérias inseridas na competência das autarquias a ela vinculadas. d) constitui fundamento da organização administrativa, estabelecendo relação de coordenação e subordinação entre os vários órgãos integrantes da Administração Pública. e) possibilita ao particular apresentar recurso ordinário ao Ministério ao qual se encontra vinculada entidade integrante da Administração Indireta, insurgindo-se contra o mérito do ato praticado. 24. (TÉCNICO JUDICIÁRIO TRE/TO FCC/2011) Sobre o poder hierárquico, é correto afirmar: a) É possível a apreciação da conveniência e da oportunidade das determinações superiores pelos subalternos. b) Em geral, a responsabilidade pelos atos e medidas decorrentes da delegação cabe à autoridade delegante. c) As determinações superiores com exceção das manifestamente ilegais -, devem ser cumpridas; podem, no entanto, ser ampliadas ou restringidas pelo inferior hierárquico. d) Rever atos de inferiores hierárquicos é apreciar tais atos em todos os seus aspectos, isto é, tanto por vícios de legalidade quanto por razões de conveniência e oportunidade. e) A avocação de ato pelo superior não desonera o inferior da responsabilidade pelo mencionado ato. 25. (ACE TCE/AP FCC/2012) Determinado dirigente de autarquia estadual passou a orientar a atuação da entidade para fins diversos daqueles que justificaram a criação da 131

132 entidade. Para a correção dessa situação, o ente instituidor da autarquia deverá exercer o poder a) Disciplinar. b) Normativo. c) Regulamentar. d) De revisão ex oficio. e) de tutela. 26. (FCC/2014 TRT 1ª REGIÃO (RJ) ANALISTA JUDICIÁRIO) Quando se diz que as relações da Administração pública estão sujeitas à hierarquia, se quer dizer que é possível estabelecer alguma relação de coordenação e de subordinação entre os órgãos que compõem a Administração. Essa competência expressa-se quando a Administração a) edita atos normativos de efeitos externos, obrigando seus subordinados e os particulares que com eles se relacionam. b) edita atos normativos para organizar a atuação dos órgãos que integram sua estrutura. c) instaura processos administrativos para apuração de irregularidades e aplicação de sanções disciplinares e contratuais. d) celebra contratos com particulares para atendimento do interesse público. e) fiscaliza a atuação dos subordinados e dos particulares, inclusive com a aplicação de penalidades. 27. (FCC/2014 TRT 2ª REGIÃO (SP) ANALISTA JUDICIÁRIO OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR) Quando a Administração pública edita atos normativos que se prestam a orientar e disciplinar a atuação de seus órgãos subordinados, diz-se que atuação é expressão de seu poder; a) hierárquico, traduzindo a competência de ordenar a atuação dos órgãos que integram sua estrutura. b) disciplinar, atingindo eventuais terceiros que não integram a estrutura da Administração. c) de polícia interna, que tem lugar quando os destinatários integram a própria estrutura da Administração. d) normativo, que tem lugar quando os destinatários integram a própria estrutura da Administração

133 e) de polícia normativa, embora não atinjam os administrados em geral, sujeitos apenas ao poder regulamentar. 28. (FCC/2013 TRT 15ª REGIÃO TÉCNICO JUDICIÁRIO) A possibilidade de autoridade superior de órgão da Administração direta revogar ou anular atos praticados por seus subordinados, nos termos da lei, é exteriorização do poder. a) de Tutela. b) Hierárquico. c) Disciplinar. d) Regulamentar. e) Normativo. 29. (FCC/2013 MPE-SE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) O ato de delegação fruto do poder hierárquico, poderá transferir atribuições a) relacionadas à edição de atos de competência exclusiva atribuída ao delegante. b) específicas, mediante prazo determinado e publicação do ato de delegação por meio oficial. c) correspondentes à totalidade das competências atribuídas ao delegante pela lei. d) cometidas a qualquer órgão singular, uma vez que não são passíveis de delegação as competências imputadas a órgãos colegiados. e) específicas e, mesmo quando praticadas pelo agente delegado, considerar-se-ão editadas pelo delegante. 30. (FCC/2014 TRT 19ª REGIÃO (AL) TÉCNICO JUDICIÁRIO) Carlos Eduardo, servidor público estadual e chefe de determinada repartição pública, adoeceu e, em razão de tal fato, ficou impossibilitado de comparecer ao serviço público. No entanto, justamente no dia em que o mencionado servidor faltou ao serviço, fazia-se necessária a prática de importante ato administrativo. Em razão do episódio, Joaquim, servidor público subordinado de Carlos Eduardo, praticou o ato, vez que a lei autorizava a delegação. O fato narrado 133

134 corresponde a típico exemplo do poder a) disciplinar. b) de polícia. c) regulamentar. d) hierárquico. e) normativo-disjuntivo. 31. (FCC/2013 TRT 18ª REGIÃO (GO) TÉCNICO JUDICIÁRIO) O poder hierárquico encontra-se presente: a) nas relações entre a Administração pública e as empresas regularmente contratadas por meio de licitação. b) na relação funcional entre servidores estatutários e seus superiores. c) nas relações de limitação de direitos que se trava entre administrados e autoridades públicas. d) entre servidores estatutários de mesmo nível funcional. e) somente entre servidores e superiores militares. 32. (ANALISTA JUDICIÁRIO TRE/AL FCC/2010) Dentre as características do poder disciplinar inclui-se: a) Dispensabilidade da apuração regular da falta disciplinar para a aplicação da punição interna da Administração, tendo em vista a informalidade do poder disciplinar. b) Identidade de fundamentos entre a punição disciplinar e a criminal, assim como da natureza das penas. c) Vinculação obrigatória à prévia definição da lei sobre a infração e a respectiva sanção. d) Imprescindibilidade da motivação da punição disciplinar para a validade da pena. e) Discricionariedade ilimitada quanto ao dever de punir, cabendo à autoridade competente decidir entre instaurar ou não o procedimento administrativo em caso de falta disciplinar. 33. (ANALISTA JUDICIÁRIO JUDICIÁRIA TRT 6ª REGIÃO FCC/2012) Constitui exemplo do poder disciplinar da Administração pública a) a imposição de restrições a atividades dos cidadãos, nos limites estabelecidos pela lei

135 b) a imposição de sanção a particulares que contratam com a Administração. c) a edição de atos normativos para ordenar a atuação de agentes e órgãos administrativos. d) a edição de regulamentos para a fiel execução da lei. e) o poder conferido às autoridades de dar ordens a seus subordinados e rever seus atos. 34. (TÉCNICO JUDICIÁRIO TRE/CE FCC/2012) No que diz respeito ao poder disciplinar, a apuração regular de infração disciplinar e a motivação da punição disciplinar são, respectivamente, a) indispensável para a legalidade da punição interna da Administração e prescindível para a validade da pena, em razão da discricionariedade do poder disciplinar. b) faculdade da Administração Pública, em razão da discricionariedade presente no poder disciplinar e imprescindível para a validade da pena. c) indispensável para a legalidade da punição interna da Administração e imprescindível para a validade da pena. d) faculdade da Administração Pública, em razão da discricionariedade presente no poder disciplinar e prescindível para a validade da pena, vez que a motivação tanto pode ser resumida, como suprimida em alguns casos. e) dispensável para a aplicação de penalidade, se houver prova contundente acerca do cometimento da infração e imprescindível para a validade da pena. 35. (PROCURADOR TCE/RO FCC/2010) O poder disciplinar inerente à Administração Pública para o desempenho de suas atividades a) aplica-se a todos os servidores e administrados sujeitos ao poder de polícia. b) decorre do poder normativo atribuído à Administração e que lhe permite estabelecer as sanções cabíveis aos administrados quando praticarem atos contrários à lei. c) aplica-se aos servidores públicos hierarquicamente subordinados, bem como àqueles dotados de autonomia funcional

136 d) aplica-se discricionariamente, permitindo a não aplicação de penalidades previstas em lei na hipótese de arrependimento e desde que não tenha havido prejuízo econômico ao erário. e) dirige-se exclusivamente aos servidores públicos sujeitos ao poder hierárquico estrito da Administração, não se aplicando a outras pessoas ou aos servidores que possuam independência funcional. 36. (AGENTE TÉCNICO LEGISLATIVO AL/SP FCC/2010) O Poder disciplinar atribuído à Administração pública a) autoriza a aplicação de penalidades aos servidores públicos e demais pessoas sujeitas à disciplina administrativa. b) traduz-se no poder da Administração de impor limitações às liberdades individuais nos limites preestabelecidos na lei. c) caracteriza-se como o poder conferido às autoridades administrativas de dar ordens a seus subordinados e de controlar as atividades dos órgãos inferiores. d) é o poder de editar atos normativos para ordenar a atuação dos diversos órgãos e agentes dotados das competências especificadas em lei. e) é o poder de aplicar, aos agentes públicos e aos administrados em geral, as penalidades fixadas em lei, observado o devido processo legal. 37. (TÉCNICO JUDICIÁRIO TRT 22ª REGIÃO FCC/2010) No que diz respeito ao poder disciplinar da Administração Pública, é correto afirmar: a) O poder disciplinar é discricionário; isto significa que a Administração, tendo conhecimento de falta praticada por determinado servidor, não está obrigada a instaurar procedimento administrativo para sua apuração. b) O poder disciplinar é correlato com o poder hierárquico, mas com ele não se confunde; no uso do poder disciplinar, a Administração Pública controla o desempenho das funções executivas e a conduta interna de seus agentes, responsabilizando-os pelas faltas cometidas. c) Algumas penalidades administrativas podem ser aplicadas ao infrator, sem prévia apuração por meio de procedimento legal. d) Poder disciplinar é o que cabe à Administração Pública para apurar infrações e aplicar penalidades aos servidores públicos, não 136

137 abrangendo particulares, ainda que sujeitos à disciplina administrativa. e) Uma mesma infração pode dar ensejo a punição administrativa e a punição criminal; no entanto, a aplicação de ambas as penalidades, nas respectivas searas, caracteriza evidente bis in idem. 38. (ACE TCE/AP FCC/2012) Submetem-se ao poder disciplinar da Administração: a) servidores submetidos ao regime estatutário e servidores ocupantes de emprego público. b) funcionários públicos, exclusivamente. c) particulares que atuam em setores considerados de interesse público. d) as entidades da Administração indireta, em face da tutela exercida pelo ente instituidor. e) os administrados, em face do poder da Administração de limitar a atuação privada em prol do interesse coletivo. 39. (ANALISTA JUDICIÁRIO JUDICIÁRIA TRT 11ª REGIÃO FCC/2012) A Administração Pública, ao tomar conhecimento de infrações, cometidas por estudantes de uma escola pública, utiliza-se de um de seus poderes administrativos, qual seja, o poder disciplinar. Nesse caso, a Administração Pública a) poderia utilizar-se de tal poder contra os estudantes da escola pública. b) não poderia utilizar-se de tal poder, porém, pode impor sanções aos estudantes, com fundamento no poder de polícia do Estado. c) poderia utilizar-se de tal poder, no entanto, ele está limitado à fase de averiguação, não cabendo à Administração, nessa hipótese, punir. d) não poderia utilizar-se de tal poder, vez que ele somente é aplicável aos servidores públicos. e) poderia utilizar-se de tal poder, que, nessa hipótese, será discricionário, ou seja, pode a Administração escolher entre punir e não punir. 40. (TÉCNICO JUDICIÁRIO TRE/TO FCC/2011) Sobre o poder disciplinar, é correto afirmar: 137

138 a) Existe discricionariedade quanto a certas infrações que a lei não define, como ocorre, por exemplo, com o "procedimento irregular" e a "ineficiência no serviço", puníveis com pena de demissão. b) Há discricionariedade para a Administração em instaurar procedimento administrativo, caso tome conhecimento de eventual falta praticada. c) Inexiste discricionariedade quando a lei dá à Administração o poder de levar em consideração, na escolha da pena, a natureza e a gravidade da infração e os danos que dela provierem para o serviço público. d) O poder disciplinar é sempre discricionário e decorre da supremacia especial que o Estado exerce sobre aqueles que se vinculam à Administração. e) É possível, em determinadas hipóteses, que a Administração deixe de punir o servidor comprovadamente faltoso. 41. (FCC/2014 TCE/PI ASSESSOR JURÍDICO) O poder disciplinar atribuído à Administração pública, considerando o disposto na Lei nº 8.112/90, a) é incompatível com a discricionariedade, devendo ser aplicado nos estritos termos da lei. b) abrange discricionariedade onde não houver disposição expressa de lei, tal como considerar a natureza e a gravidade da infração na aplicação da pena. c) abrange discricionariedade para instaurar o procedimento disciplinar e punir o acusado, mas não para definição da pena cabível, que se submete à legalidade estrita. d) submete-se ao princípio da eficiência, o que concede discricionariedade para instauração do procedimento disciplinar, prescindindo de previsão legal. e) constitui-se poder essencialmente vinculado, posto que em razão da possibilidade de imposição de punição, a lei não deixa qualquer margem de escolha ao administrador. 42. (FCC/2013 TRT 1ª REGIÃO (RJ) TÉCNICO JUDICIÁRIO) Entre os poderes atribuídos à Administração pública insere-se o denominado poder disciplinar, que corresponde ao poder de 138

139 a) impor restrições à atuação de particulares, em prol da segurança pública. b) coordenar e controlar a atividade de órgãos inferiores, verificando a legalidade dos atos praticados. c) editar normas para disciplinar a fiel execução da lei. d) organizar a atividade administrativa, redistribuindo as unidades de despesas. e) apurar infrações e aplicar penalidades aos servidores públicos. 43. (FCC/2014 CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAULO/SP PROCURADOR LEGISLATIVO) Analise as seguintes afirmações, acerca do exercício do poder disciplinar pela Administração: I. O afastamento preventivo do servidor público e a chamada verdade sabida não são admitidos após a Constituição Federal de 1988, pois tais institutos violam os princípios da presunção de inocência, da ampla defesa e do contraditório, nela consagrados. II. A anulação de ato punitivo anterior, produzido com vício de legalidade, e a aplicação de outra punição, mais gravosa, não constitui bis in idem. III. A renúncia formal ao direito de defesa, pelo acusado, dispensa a constituição de defensor dativo no processo administrativo disciplinar. Está correto o que se afirma APENAS em a) I e III. b) II e III. c) I e II. d) II. e) III. 44. (FCC/2013 DPE/RS TÉCNICO DE APOIO ESPECIALIZADO) O poder disciplinar a) sujeita todos os administrados, em especial aqueles detentores de especial vínculo com a administração pública. b) se destina exclusivamente à apuração de infração e imposição de sanções aos servidores públicos ocupantes de cargo público, não abrangendo outros vínculos com a administração

140 c) se aplica às pessoas sujeitas à disciplina interna da administração pública, tais como servidores públicos integrantes da administração direta, indireta, membros do ministério público e da defensoria pública. d) se expressa para aplicação de penalidades às pessoas sujeitas à disciplina interna da administração pública, sendo, no caso de servidores públicos, decorrente da hierarquia. e) se traduz, dentre outras situações, pelo poder de auto-organização, por meio da edição de decreto autônomo, para estabelecimento de condutas e penalidades pelo respectivo descumprimento. 45. (PERITO MÉDICO INSS FCC/2012) Quando a Administração Pública limita direitos ou atividades de particulares sem qualquer vínculo com a Administração, com base na lei, está atuando como expressão de seu poder a) hierárquico. b) de polícia. c) normativo. d) regulamentar. e) disciplinar. 46. (TÉCNICO JUDICIÁRIO TRT 6ª REGIÃO FCC/2012) O conceito moderno de poder de polícia o define como a atividade do Estado que limita o exercício dos direitos individuais em benefício do interesse público. Em relação ao poder de polícia administrativa, é correto afirmar que a) é exclusivo da autoridade superior do ente público competente para a fiscalização. b) compreende a adoção de medidas repressivas para aplicação da lei ao caso concreto. c) incide subsidiariamente à polícia judiciária, inclusive para coibir a prática de ilícito penal. d) cria obrigações e limitações aos direitos individuais quando a lei não tiver disposto a respeito. e) impõe apenas obrigações de fazer, na medida em que não pode impor abstenções e proibições aos administrados. 47. (PROCURADOR TCE/SP FCC/2011) O poder de polícia expressa-se, em sentido amplo, por meio de 140

141 a) medidas repressivas, não compreendendo medidas preventivas. b) medidas gerais preventivas de limitação de direitos, podendo ser discricionárias quando não previstas em lei. c) atos administrativos concretos limitadores do exercício de direitos e atividades individuais em caráter geral e abstrato. d) atos administrativos normativos gerais e atos administrativos de aplicação da lei ao caso concreto. e) medidas preventivas abstratas, tais como vistorias e licenças. 48. (FCC/2013 TRE/RO TÉCNICO JUDICIÁRIO) Considere as seguintes atividades: I. Limita direitos. II. Disciplina direitos. III. Regula a prática de ato. IV. Regula a abstenção de fato. Considera-se poder de polícia, desde que preenchidos os demais requisitos legais, as atividades da Administração pública descritas em a) III e IV, apenas. b) I, II, III e IV. c) I e III, apenas. d) II, III e IV, apenas. e) II e IV, apenas. 49. (ANALISTA DE CONTROLE TCE/PR FCC/2011) Os meios de atuação da Administração no exercício do poder de polícia compreendem a) as atuações repressivas, apenas, dotadas de coercibilidade, nos limites da lei, relativamente a ilícitos penais e administrativos. b) os atos preventivos e fiscalizadores, apenas, cabendo exclusivamente à polícia judiciária a prática de atos repressivos dotados de coercibilidade. c) as medidas de caráter geral, restritivas de direitos individuais, editadas por meio de atos administrativos, e as medidas de caráter repressivo operacionalizadas por meio de atos normativos. d) as atividades dotadas de auto-executoriedade e coercibilidade, que impõe aos administrados limitações ao exercício de direitos e as atividades econômicas, prescindindo de previsão legal. e) os atos normativos que estabelecem limitações ao exercício de direitos e atividades individuais e os atos administrativos 141

142 consubstanciados em medidas preventivas e repressivas, dotados de coercibilidade. 50. (ANALISTA JUDICIÁRIO TRF 4ª REGIÃO FCC/2010) Dentre outros, são atributos ou qualidades do poder de polícia a) o motivo e a tipicidade. b) a forma e a finalidade. c) a discricionariedade e a coercibilidade. d) a auto-executoriedade e a forma. e) a presunção de legitimidade e a competência. 51. (FCC/2014 TRT 2ª REGIÃO (SP) ANALISTA JUDICIÁRIO JUDICIÁRIA) O Poder de Polícia atribuído à Administração pública para o bom desempenho de suas atribuições a) demanda previsão normativa para sua utilização, embora possa permitir margem de apreciação discricionária no seu desempenho. b) autoriza a imposição de medidas concretas coercitivas de direitos dos administrados, demanda autorização judicial, contudo, para autoexecutoriedade das mesmas c) emana da própria natureza das atribuições, a fim de que seja possível realizá-las, prescindindo de previsão normativa estabelecendo os aspectos da atuação. d) possui alguns atributos inerentes à sua atuação, sem os quais nenhum ato de polícia teria efetividade, tal como a autoexecutoriedade. e) permite a não aplicação de algumas garantias constitucionais estabelecidas em favor dos administrados, tendo em vista que visa ao atendimento do interesse público, que prevalece sobre os demais princípios. 52. (ANALISTA JUDICIÁRIO TRE/AL FCC/2010) O poder de polícia a) na área administrativa não difere do poder de polícia na área judiciária. b) é exercido por meio de medidas preventivas, vedadas as medidas repressivas

143 c) tem como atributos, dentre outros, a autoexecutoriedade e a coercibilidade. d) tem como fundamentos os princípios da legalidade e da moralidade. e) não se subordina a limites, visto que, sendo prioritariamente discricionário, a forma de atuação fica ao livre arbítrio da autoridade. 53. (ANALISTA JUDICIÁRIO TJ/SE FCC/2009) Sobre o poder de polícia, considere: I. A diferença entre a polícia administrativa e a polícia judiciária se dá, dentre outros elementos, pela ocorrência ou não de ilícito penal. II. A Polícia Militar não atua na esfera da polícia administrativa, sendo corporação especializada. III. A polícia administrativa não envolve os atos de fiscalização. IV. A auto-executoriedade é um dos atributos do poder de polícia. Está correto o que se afirma APENAS em a) I, II e III. b) I e IV. c) II, III e IV. d) II e IV. e) III e IV. 54. (ANALISTA JUDICIÁRIO EXECUÇÃO DE MANDADOS TRT 20ª REGIÃO FCC/2011) A Administração Pública, no exercício de seu poder de polícia, aplicou multa a munícipe por infração ao ordenamento jurídico. Não ocorrendo o pagamento espontaneamente pelo administrado, a Administração decide praticar imediatamente e, de forma direta, atos de execução, objetivando o recebimento do valor. A conduta da Administração Pública a) está correta, tendo em vista o atributo da coercibilidade presente nos atos de polícia administrativa. b) não está correta, tendo em vista que nem todas as medidas de polícia administrativa têm a característica da autoexecutoriedade. c) está correta, tendo em vista o atributo da imperatividade existente nos atos de polícia administrativa. d) não está correta, tendo em vista que os atos de polícia administrativa são vinculados e, portanto, inexiste discricionariedade na atuação da Administração Pública 143

144 e) está correta, tendo em vista a prerrogativa da Administração de praticar os atos de polícia administrativa e colocá-los em imediata execução, sem dependência à manifestação judicial. 55. (ANALISTA JUDICIÁRIO ADMINISTRATIVA TRT 22ª REGIÃO FCC/2010) Analise as assertivas abaixo sobre o poder de polícia. I. O poder de polícia tanto pode ser discricionário, o que ocorre na maioria dos casos, quanto vinculado. II. O Poder Legislativo exerce o poder de polícia ao criar, por lei, as chamadas limitações administrativas ao exercício das liberdades públicas. III. O objeto do poder de polícia é todo bem, direito ou atividade individual que possa afetar a coletividade ou pôr em risco a segurança nacional. IV. O poder de polícia tem atributos específicos ao seu exercício, que são: a autoexecutoriedade e a tipicidade. Está correto o que se afirma APENAS em a) I e II. b) I e III. c) II e IV. d) III e IV. e) I, II e III. 56. (ANALISTA JUDICIÁRIO TRE/AM FCC/2010) No que se refere ao Poder de Polícia, considere as afirmações abaixo. I. Tem como meios de atuação os atos normativos e os atos administrativos e operações materiais de aplicação da lei ao caso concreto. II. Na área de atuação administrativa, tem por escopo punir os infratores da lei penal. III. Possui como atributos a legalidade, a necessidade e a proporcionalidade. IV. A licença constitui modalidade de ato de polícia vinculado. Está correto o que se afirma APENAS em a) I e II. b) I, III e IV. c) I e IV. d) II e III

145 e) III e IV. 57. (ANALISTA JUDICIÁRIO JUDICIÁRIA FCC/2012) A atividade da Administração consistente na limitação de direitos e atividades individuais em benefício do interesse público caracteriza o exercício do poder a) regulamentar, exercido mediante a edição de atos normativos para fiel execução da lei e com a prática de atos concretos, dotados de autoexecutoriedade. b) de polícia, exercido apenas repressivamente, em caráter vinculado e com atributos de coercibilidade e auto-executoriedade. c) disciplinar, exercido com vistas à aplicação da lei ao caso concreto, dotado de coercibilidade e autoexecutoriedade. d) de polícia, exercido por meio de ações preventivas e repressivas dotadas de coercibilidade e autoexecutoriedade. e) disciplinar, consistente na avaliação de conveniência e oportunidade para aplicação das restrições legais ao caso concreto, o que corresponde à denominada autoexecutoriedade. 58. (ANALISTA JUDICIÁRIO JUDICIÁRIA TRE/PR FCC/2012) Considerando que sejam atributos do poder de polícia a discricionariedade, a coercibilidade e a autoexecutoriedade, da qual são desdobramentos a exigibilidade e a executoriedade, é correto afirmar: a) A discricionariedade está presente em todos os atos emanados do poder de polícia. b) A exigibilidade compreende a necessidade de provocação judicial para adoção de medidas de polícia. c) A autoexecutoriedade prescinde da coercibilidade, que pode ou não estar presente nos atos de polícia. d) A coercibilidade traduz-se na caracterização do ato de polícia como sendo uma atividade negativa, na medida em que se presta a limitar a atuação do particular. e) O poder de polícia pode ser exercido por meio de atos vinculados ou de atos discricionários, neste caso quando houver certa margem de apreciação deixada pela lei. 59. (TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO TCM/PA FCC/2010) No âmbito do Poder de Polícia do Município é 145

146 INCORRETO afirmar que a) a polícia administrativa incide sobre os bens, direitos e atividades da população do território. b) é permitida, como prevenção e sanção, a imposição de taxas, quando no exercício do poder de polícia delegado. c) destacam-se a discricionariedade e a autoexecutoriedade dentre os seus atributos. d) é uma faculdade à disposição da Administração Pública para condicionar ou restringir direitos, em benefício da coletividade. e) uma das razões da sua existência é a necessidade de proteção do interesse social. 60. (OFICIAL DE JUSTIÇA TJ/PE FCC/2012) Em matéria do poder de polícia de que dispõe a Administração Pública, considere: I. A finalidade do poder de polícia se restringe à defesa do Estado e de sua Administração, conferindo-lhe poderes para anular liberdades públicas ou direitos dos cidadãos. II. O poder de polícia tem atributos específicos, peculiares, e tais são a discricionariedade, a autoexecutoriedade e a coercibilidade, mas passíveis de controle em geral. III. No poder de polícia originário e no delegado observa-se que o primeiro é pleno no seu exercício e consectário, ao passo que o segundo é limitado nos termos da delegação e se caracteriza por atos de execução. IV. As condições de validade do poder de polícia são diferentes as dos demais atos administrativos comuns porque limitadas à proporcionalidade da sanção e à legalidade dos meios empregados pela Administração. Está correto o que se afirma APENAS em a) I e II. b) I, II e IV. c) I, III e IV. d) II e III. e) II, III e IV. 61. (FCC/2013 DPE/RS TÉCNICO DE APOIO ESPECIALIZADO) Pelo atributo da autoexecutoriedade, a administração pública, no regular exercício de seu poder de 146

147 polícia, a) edita atos normativos de limitações genéricas aos direitos individuais dos administrados, indistintamente. b) edita atos normativos estabelecendo atos materiais concretos passíveis de serem aplicados preventiva e repressivamente. c) impõe limitações ao exercício dos direitos individuais em benefício do interesse público, podendo se expressar por meio de medidas gerais ou específicas. d) exerce margem de apreciação quanto a determinados elementos do ato, tornando discricionária a atuação de polícia em alguns casos. e) pode executar, por seus próprios meios, suas decisões, prescindindo de autorização judicial. 62. (FCC/2014 TRT 18ª REGIÃO (GO) JUIZ DO TRABALHO) É tradicional a distinção entre polícia judiciária e polícia administrativa. Dentre os critérios que permitem distinguir as duas modalidades de exercício do poder estatal por agentes públicos, é correto afirmar que a polícia judiciária a) age somente repressivamente e a polícia administrativa age somente preventivamente. b) age sempre de maneira vinculada e a polícia administrativa atua sempre de maneira discricionária. c) é privativa de corporações especializadas e a polícia administrativa é exercida por vários órgãos administrativos. d) é exercida com autoexecutoriedade e a polícia administrativa é exercida com coercibilidade. e) atua exclusivamente com base no princípio da tipicidade e a polícia administrativa atua exclusivamente com base no princípio da atipicidade. 63. (DEFENSOR PÚBLICO DPE/SP FCC/2010) A restrição de acesso a local de repartição pública, onde se realiza atendimento ao público, de determinada pessoa que rotineiramente ali comparece, causando tumultos aos trabalhos desenvolvidos, é a) arbitrária, uma vez que coíbe direito individual constitucional de liberdade de locomoção

148 b) legal, por força do poder regulamentar conferido à Administração Pública. c) normal, se o servidor responsável pelo serviço público possuir autonomia funcional. d) irregular, pois extrapola o uso do poder normativo da Administração Pública. e) admissível, com base no poder de polícia exercido em prol da coletividade. 64. (PROCURADOR PGM/TERESINA FCC/2010) NÃO exemplifica uma forma de atuação da polícia administrativa: a) decreto sobre o regulamento de determinada profissão. b) a interdição de atividade. c) a apreensão de mercadorias deterioradas. d) lei strictu sensu, isto é, emanada do Poder Legislativo, criando limitação administrativa. e) a inspeção em estabelecimento, destinada à investigação de crime. 65. (ANALISTA JUDICIÁRIO EXECUÇÃO DE MANDADOS TRT 14ª REGIÃO FCC/2011) O poder de polícia a) possui, como meio de atuação, apenas medidas de caráter repressivo. b) delegado é limitado aos termos da delegação e se caracteriza por atos de execução. c) é sempre discricionário. d) não é inerente a toda Administração, não estando presente, por exemplo, na esfera administrativa dos Municípios. e) não tem como um de seus limites a necessidade de observância aos princípios da proporcionalidade e razoabilidade. 66. (TÉCNICO JUDICIÁRIO TRE/TO FCC/2011) No que concerne ao poder de polícia, é correto afirmar: a) É vedada a utilização de meios diretos de coação. b) Constitui-se somente por atividades preventivas. c) É puramente discricionário. d) Incide sobre pessoas. e) É possível a utilização de meios indiretos de coação. 67. (ANALISTA JUDICIÁRIO TRT 3ª REGIÃO FCC/2009) 148

149 São exemplos de atuação concreta da Administração Pública fundada no poder de polícia em sentido estrito: a) desapropriação de terras improdutivas. b) penhora de bens em execução fiscal. c) controle da concorrência e fixação de tarifas em setores regulados. d) prisão de depositário infiel. e) interdição de estabelecimentos comerciais. 68. (ANALISTA JUDICIÁRIO ADMINISTRATIVA TRT 6ª REGIÃO FCC/2012) A interdição de estabelecimento comercial privado por autoridade administrativa constitui exemplo do exercício do poder a) disciplinar. b) regulamentar. c) normativo. d) hierárquico. e) de polícia. 69. (ANALISTA JUDICIÁRIO TJ/PA FCC/2009) No exercício do poder de polícia, a) a Administração pode ditar e executar medidas restritivas do direito individual em benefício do bem-estar da coletividade e da preservação do próprio estado. b) os atos praticados pela Administração, por serem discricionários, não podem ser objeto de contestação no Poder Judiciário. c) a Administração não pode demolir construção ilegal nem pode inutilizar gêneros alimentícios. d) o ato praticado pelo agente da Administração não se sujeita às condições de validade dos demais atos administrativos. e) quando se tratar de ação preventiva, a aplicação da sanção dispensa o devido processo e a ampla defesa do autuado. 70. (TÉCNICO JUDICIÁRIO TRE/CE FCC/2012) Analise as assertivas abaixo concernentes ao poder de polícia. I. O poder de polícia só poderá reduzir os direitos individuais quando em conflito com interesses maiores da coletividade e na medida estritamente necessária à consecução dos fins estatais

150 II. Constituem meios de atuação do poder de polícia, dentre outros, as medidas repressivas, como, por exemplo, dissolução de reunião, interdição de atividade e apreensão de mercadorias deterioradas. III. A medida de polícia, quando discricionária, não esbarra em algumas limitações impostas pela lei, como por exemplo, no que concerne à competência e à finalidade. IV. O poder de polícia tanto pode ser discricionário, como vinculado, ressaltando-se que ele é vinculado na maior parte dos casos. Está correto o que se afirma APENAS em a) I, II e III. b) II, III e IV. c) I e IV. d) III e IV. e) I e II. 71. (FCC/2014 TJ/CE JUIZ) NÃO é medida de polícia administrativa, no sentido estrito da expressão, a a) imposição de contrapropaganda pelo órgão de defesa do consumidor, ao fornecedor que incorrer na prática de propaganda enganosa ou abusiva. b) imposição de imunização obrigatória às populações sujeitas a determinada moléstia epidêmica. c) aplicação de sanção a condenado em pena privativa de liberdade, por promover motim no estabelecimento penitenciário. d) medida restritiva imposta pelo CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) a atos de concentração econômica. e) liquidação extrajudicial de instituição financeira, determinada pelo Banco Central. 72. (FCC/2013 TRT 15ª REGIÃO TÉCNICO JUDICIÁRIO) Caracteriza-se o poder de polícia administrativa, de forma não exaustiva, pela prática de atos. a) concretos e específicos, que envolvem fiscalização e repressão, tal como a apreensão de mercadorias farmacêuticas armazenadas irregularmente. b) impositivos de obrigações de não fazer, jamais impondo obrigações positivas

151 c) preventivos, no sentido de conformar a conduta dos administrados à lei, ficando os atos repressivos na esfera da polícia judiciária. d) normativos gerais inovados, cuja finalidade é sempre estabelecer as condutas esperadas dos administrados e aquelas passíveis de reprimenda. e) repressivos, mediante provocação de administrados diante de danos verificados, não havendo espaço para a prática de atos de fiscalização preventiva. 73. (SECRETÁRIO DE DILIGÊNCIAS MPE/RS FCC/2010) Pelo exercício do Poder de Polícia, a Administração está autorizada a cobrar a) imposto sobre serviços de qualquer natureza. b) tarifa. c) taxa. d) imposto. e) contribuição de melhoria. 74. (ANALISTA JUDICIÁRIO TRT 9ª REGIÃO FCC/2010) No que concerne ao tema poder de polícia, é correto afirmar: a) Na esfera federal, prescreve em dez anos a ação punitiva da Administração, no exercício do poder de polícia, objetivando apurar infração (que não constitua crime), contados da data da prática do ato ou, no caso de infração permanente ou continuada, do dia em que tiver cessado. b) Nem sempre o poder de polícia será discricionário, ou seja, em algumas hipóteses, a lei já estabelece que, diante de determinados requisitos, a Administração terá que adotar solução previamente estabelecida, como é o caso da autorização. c) No desempenho do poder de polícia, a Administração Pública não pode determinar medidas sumárias, isto é, sem a oitiva do particular; logo, ainda que se trate de situação de urgência, mister se faz a garantia da plenitude da defesa. d) Polícia administrativa e polícia judiciária não se confundem; a primeira rege-se pelo Direito Administrativo e incide sobre bens, direitos ou atividades; a segunda, pelo Direito Processual Penal, incidindo sobre pessoas. e) Os meios de atuação do poder de polícia compreendem somente duas categorias: atos administrativos preventivos, como, por 151

152 exemplo, vistoria e fiscalização, e atos administrativos repressivos, como interdição de atividade e apreensão de mercadorias deterioradas. 75. (FCC/2013 MPE/SE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) O Município de Aracajú, no exercício de sua competência de controle do uso e ocupação do solo urbano, determina que os estabelecimentos empresariais sujeitem-se ao procedimento de obtenção de alvará de localização e funcionamento, em conformidade ao Código Municipal de Posturas. O juízo exercido pela autoridade municipal que obriga os estabelecimentos à obtenção do alvará é relacionado ao a) poder disciplinar, em razão da aplicação do princípio da superioridade do interesse público sobre o interesse privado, que subordina as atividades empresariais ao prévio controle de legalidade e adequação, com cominação de penalidades para os usos desconformes. b) poder de polícia, exercido por meio de autorização, de juízo vinculado da autoridade, pois se consubstancia em atividade de fiscalização preventiva que limita o exercício dos direitos individuais em benefício da segurança e do interesse público. c) poder disciplinar, em razão do controle prévio de orientação à ordenação do uso e do solo urbano segundo as regras prévias estabelecidas no zoneamento municipal. d) poder regulamentar, exercido por meio de autorização, de juízo discricionário da autoridade, pois se materializa em atividade de aplicação de preceitos legais ao caso concreto, visando a limitação de direitos individuais em benefício da segurança e do interesse público. e) poder de polícia, exercido por meio de licença, de juízo vinculado da autoridade, pois se concretiza em atividade de fiscalização preventiva que limita o exercício dos direitos individuais em benefício da segurança e do interesse público. 76. (FCC/2014 TJ/AP JUIZ) No que tange ao exercício do poder de polícia, é INCORRETO afirmar: a) É constitucional a cobrança, pelos Municípios, de taxa de prevenção e combate a incêndio, como contraprestação a serviço essencial, 152

153 específico e divisível que seja prestado pela municipalidade a esse título. b) Não configura limitação ao tráfego de bens vedada pela Constituição Federal a apreensão de mercadorias, quando desacompanhadas de documentação fiscal idônea, bem como sua retenção até a comprovação da legitimidade de sua posse pelo proprietário. c) É inconstitucional a cobrança de taxa pela utilização efetiva ou potencial de serviço público de segurança, ainda que tal serviço seja solicitado por particular, para sua segurança ou a de terceiros, em evento aberto ao público. d) A edição, pelo Estado-membro, de norma regulamentando o serviço de fretamento de ônibus para finalidade turística viola a Constituição Federal, pois invade competência privativa da União para legislar sobre trânsito e transporte. e) Para cobrança de taxa pelo exercício de poder de polícia, não é necessária a comprovação de efetiva vistoria da atividade fiscalizada, bastando o funcionamento de órgão competente e apto a exercer a fiscalização. 77. (FCC/2014 AL/PE AGENTE LEGISLATIVO) Considere o texto abaixo. Prorrogado para 8 de fevereiro prazo para realização de Vistoria de Transporte Escolar 24 de janeiro de 2014, às 17h16min o DETRAN-PE estendeu para 8 de fevereiro a data limite para a realização de vistorias de transporte escolar, que são obrigatórias, semestralmente, para aqueles que efetuam este tipo de atividade. O serviço é prestado de forma gratuita. Nas cidades da Região Metropolitana (RMR), as vistorias acontecem, aos sábados, das 8 às 14h, na Unidade de Táxi e Coletivos (DUAT) do Órgão, localizada na BR 101, bairro da Iputinga (zona Oeste de Recife). No Interior, a vistoria de escolares ocorre, de segunda a sexta-feira, das 8 às 13h, em uma das seguintes Circunscrições Regionais de Trânsito (CIRETRANs) Especiais: Goiana, Vitória de Santo Antão, Limoeiro, Carpina, Timbaúba, Caruaru, Garanhuns, Gravatá, Belo Jardim, Arcoverde, Afogados da Ingazeira, Araripina, Ouricuri, Pesqueira, Petrolina, Serra Talhada e Salgueiro. Em Pernambuco, há cerca de 1500 veículos de transporte escolar 153

154 registrados. Conforme determinação do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), por meio da Resolução 439/2013, um novo equipamento passa a ser exigido para os veículos de transporte escolar. Trata-se dos dispositivos de visibilidade dianteira e traseira, que podem ser espelhos retrovisores ou câmera de monitoramento. Nas cidades de Recife, Caruaru, Jaboatão dos Guararapes, Camaragibe, Moreno e Petrolina, além da vistoria do DETRAN, o veículo de transporte escolar deve possuir documentação que comprove sua regularização junto à Prefeitura. (...) ( último acesso em 27 de fevereiro de 2014) A matéria acima transcrita revela o exercício preponderante, pela Administração pública pernambucana, do poder a) disciplinar. b) hierárquico. c) normativo. d) legislativo. e) de polícia. 78. (ANALISTA JUDICIÁRIO TRE/AM FCC/2010) Considere os conceitos abaixo, sobre os poderes administrativos. I. Poder que o Direito concede à Administração, de modo explícito ou implícito, para a prática de atos administrativos com liberdade na escolha de sua conveniência e oportunidade. II. Poder de que dispõe o Executivo para distribuir e escalonar as funções de seus órgãos e ordenar a atuação dos seus agentes, estabelecendo a relação de subordinação entre os servidores do seu quadro de pessoal. III. Faculdade de punir internamente as infrações funcionais dos servidores e demais pessoas sujeitas à disciplina dos órgãos e serviços da Administração. Os conceitos acima se referem, respectivamente, aos poderes a) regulamentar, vinculado e disciplinar. b) arbitrário, disciplinar e de polícia. c) vinculado, subordinado e hierárquico

155 d) de polícia, disciplinar e hierárquico. e) discricionário, hierárquico e disciplinar. 79. (ANALISTA JUDICIÁRIO TRE/RS FCC/2010) Sobre os poderes administrativos, considere as seguintes afirmações: I. A discricionariedade do poder discricionário diz respeito apenas à conveniência, oportunidade e conteúdo do ato administrativo. II. Poder hierárquico é a faculdade de punir as infrações funcionais dos servidores e demais pessoas sujeitas à disciplina dos órgãos e serviços da Administração. III. Por força do poder disciplinar o Chefe do Executivo pode distribuir e escalonar as funções dos seus órgãos, ordenar e rever a atuação dos seus agentes. IV. Poder regulamentar é a faculdade de que dispõem os Chefes de Poder Executivo de explicar a lei para sua correta execução, ou de expedir decretos autônomos sobre matéria de sua competência ainda não disciplinada em lei. V. Quando o Poder Executivo exorbita do seu poder regulamentar pode ter seus atos sustados pelo Congresso Nacional. Está correto o que se afirma SOMENTE em a) I e III. b) I, IV e V. c) II, III e V. d) II e IV. e) III e IV. 80. (ANALISTA JUDICIÁRIO TRF 4ª REGIÃO FCC/2010) Em relação aos poderes administrativos, é INCORRETO afirmar: a) O poder de polícia administrativa, tendo em vista os meios de atuação, vem dividido em dois grupos: poder de polícia originário e poder de polícia outorgado. b) O poder disciplinar da Administração Pública e o poder punitivo do Estado (jus puniendi) exercido pelo Poder Judiciário não tem qualquer distinção no que se refere à sua natureza. c) Os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade são apontados como relevantes e eficazes limitações impostas ao poder discricionário da Administração Pública

156 d) A Administração Pública, como resultado do poder hierárquico, é dotada da prerrogativa de ordenar, coordenar, controlar e corrigir as atividades de seus órgãos e agentes no seu ambiente interno. e) Os atos normativos do Chefe do Poder Executivo têm suporte no poder regulamentar, ao passo que os atos normativos de qualquer autoridade administrativa têm fundamento em um genérico poder normativo. 81. (DEFENSOR PÚBLICO DPE/MA FCC/2009) Dentre os chamados Poderes da Administração, aquele que pode ser qualificado como autônomo e originário em determinadas situações previstas na Constituição Federal é o poder a) hierárquico, que permite à autoridade superior a possibilidade de punição disciplinar independentemente de expressa previsão legal. b) disciplinar, na medida que permite a imposição de sanções não previstas em lei. c) regulamentar, que permite o exercício da função normativa do Poder Executivo com fundamento direto na Constituição Federal. d) discricionário, que permite à Administração Pública atuar sem expressa vinculação à lei, nos casos em que inexista disciplina normativa para o assunto. e) de polícia, que permite à Administração Pública a prática de atos administrativos, preventivos e repressivos, para a disciplina de situações não previstas pela legislação. 82. (TÉCNICO JUDICIÁRIO TJ/SE FCC/2009) Sobre os poderes administrativos é INCORRETO afirmar que a) o poder normativo ou poder regulamentar é o que cabe ao Chefe do Poder Executivo da União, dos Estados e dos Municípios, de editar normas complementares à lei. b) o poder hierárquico é o que cabe à Administração para apurar infrações e aplicar penalidades aos servidores e às demais pessoas sujeitas à disciplina administrativa. c) o poder de polícia é exercido sobre todas as atividades que possam, direta ou indiretamente, afetar os interesses da coletividade. d) a avocação consiste no poder que possui o superior de chamar para si a execução de atribuições cometidas originalmente a seus subordinados

157 e) o poder de polícia originário é aquele exercido pelas pessoas políticas do Estado (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) alcançando os atos administrativos. 83. (DEFENSOR PÚBLICO DPE/SP FCC/2009) Em relação aos poderes administrativos, assinale a alternativa que apresenta ordem de ideias verdadeira. a) O regulamento autônomo, sobre temática não prevista em lei, de autoria dos chefes do Executivo é válido e está dentro do âmbito do chamado Poder Regulamentar. b) Caracterizam-se como atributos do poder de polícia discricionário o juízo de conveniência e oportunidade, a auto-executoriedade e a coercibilidade, obedecidos os requisitos da competência, objeto, forma, finalidade e motivo, bem assim os princípios da administração pública, consistentes na legalidade, moralidade, proporcionalidade e vinculação. c) Normas gerais e abstratas editadas pela Administração Pública de forma independente ou autônoma em relação a regras gerais não são admitidas no Direito Administrativo brasileiro, ressalvadas situações excepcionais previstas necessariamente na Constituição Federal de d) Normas gerais e abstratas editadas pela Administração Pública para a explicitação de conceitos legal mente previstos não são admitidas no Direito Administrativo brasileiro, haja vista a existência de matérias absolutamente reservadas à lei pela Constituição Federal de e) São atribuições da Administração Pública, decorrentes exclusivamente do poder hierárquico, delegar atribuições, impor prestação de contas, controlar e avocar atividades dos órgãos subordinados, aplicar sanções disciplinares e editar atos regulamentares. 84. (PROCURADOR PGM/TERESINA FCC/2010) Poderes da Administração Pública. I. Poder disciplinar é a faculdade de punir internamente as infrações funcionais dos servidores e demais pessoas sujeitas à disciplina dos órgãos e serviços da Administração

158 II. A hierarquia não é cabível apenas no âmbito da função administrativa, sendo plenamente aplicável aos agentes públicos no exercício das funções jurisdicional e legislativa. III. O poder regulamentar pode ser definido como o que cabe ao Chefe do Poder Executivo da União, dos Estados e dos Municípios, de editar normas complementares à lei, para sua fiel execução. IV. O poder discricionário consiste na liberdade de ação administrativa, dentro dos limites permitidos em lei, aplicando-se inclusive para o requisito da finalidade do ato administrativo. SOMENTE estão corretas as assertivas a) II e IV. b) I e II. c) I e III. d) I e IV. e) II e III. 85. (JUIZ TJ/GO FCC/2012) NÃO se inclui no rol das sanções aplicáveis pela Administração Pública, no exercício de seus poderes típicos, a) a pena de perda da função pública, no processo de improbidade. b) a prisão administrativa, no processo disciplinar militar. c) a caducidade, nas concessões de serviço público. d) a pena de comisso, no regime jurídico dos bens públicos aforados. e) o licenciamento compulsório de patentes, no regime jurídico da propriedade industrial. 86. (ANALISTA JUDICIÁRIO JUDICIÁRIA TRE/AC FCC/2010) Sobre os poderes administrativos, considere: I. Poder que a lei confere à Administração Pública para a prática de ato de sua competência, determinando os elementos e requisitos necessários à sua formalização. II. Poder que o Direito concede à Administração Pública, de modo implícito ou explícito, para a prática de atos administrativos com liberdade de escolha de sua conveniência, oportunidade e conteúdo. III. Faculdade de que dispõem os Chefes de Executivo de explicar a lei para a sua correta execução, ou de expedir decretos autônomos sobre matéria de sua competência ainda não disciplinada por lei. Os conceitos acima se referem, respectivamente, aos poderes a) subordinado, discricionário e hierárquico

159 b) discricionário, arbitrário e disciplinar. c) vinculado, disciplinar e de polícia. d) hierárquico, de polícia e regulamentar. e) vinculado, discricionário e regulamentar. 87. (PROCURADOR TCE/SP FCC/2011) Em relação aos poderes da Administração Pública, é correto afirmar que o poder a) normativo é decorrência do poder vinculado da Administração, na medida em que só admite a prática de atos expressamente previstos em lei. b) normativo é reflexo do poder discricionário nos casos em que é dado à Administração Pública o poder de substituir a lei em determinada matéria. c) disciplinar é decorrente do poder de polícia administrativo, na medida em que admite a aplicação de sanções a todos os particulares. d) disciplinar, no que diz respeito aos servidores públicos, é decorrente do poder hierárquico, na medida em que se traduz no poder da Administração de apurar infrações e aplicar penalidades aos servidores públicos sujeitos à sua disciplina. e) regulamentar, quando decorrente do poder hierárquico, é discricionário, porque não encontra estabelecidos em lei as hipóteses taxativas de sua incidência. 88. (FCC/2014 TRT 16ª REGIÃO (MA) ANALISTA JUDICIÁRIO JUDICIÁRIA) Considere as afirmações abaixo. I. O poder disciplinar não abrange as sanções impostas a particulares não sujeitos à disciplina interna da Administração. II. Os órgãos consultivos, embora incluídos na hierarquia administrativa para fins disciplinares, fogem à relação hierárquica no que diz respeito ao exercício de suas funções. III. A discricionariedade existe, ilimitadamente, nos procedimentos previstos para apuração da falta funcional, pois os Estatutos funcionais não estabelecem regras rígidas como as que se impõem na esfera criminal. A propósito dos poderes disciplinar e hierárquico, está correto o que se afirma em: a) III, apenas. b) I, II e III

160 c) I e II, apenas. d) II, apenas. e) I e III, apenas. 89. (FCC/2014 PREF. RECIFE/PE PROCURADOR) Sobre Poderes da Administração, considere os seguintes itens: I. A nomeação de pessoa para um cargo de provimento em comissão é expressão do exercício do poder discricionário. II. É possível que um ato administrativo consubstancie o exercício concomitante de mais de um poder pela Administração pública. III. A Súmula vinculante nº 13, relativa à vedação ao nepotismo, é expressão dos poderes normativo e disciplinar da Administração pública. Está correto o que consta em a) I, II e III. b) I, apenas. c) III, apenas. d) I e II, apenas. e) II e III, apenas. 90. (FCC/2013 TRT 5ª REGIÃO (BA) TÉCNICO JUDICIÁRIO) São Poderes inerentes à Administração pública o poder normativo, o poder disciplinar e o poder de polícia. Quanto a estes dois últimos, é correto afirmar que o a) poder disciplinar alcança as sanções impostas aos servidores públicos, mas não abrange as sanções impostas às demais pessoas sujeitas à disciplina interna administrativa, como, por exemplo, os estudantes de uma escola pública. b) poder de polícia é o que cabe à Administração para apurar infrações e aplicar penalidades às pessoas sujeitas a sua disciplina interna. c) poder disciplinar é discricionário, por essa razão a Administração, pautada em juízo de conveniência e oportunidade, pode decidir entre instaurar ou não procedimento adequado para apurar falta cuja prática é imputada a servidor público. d) poder disciplinar é o que cabe à Administração para apurar infrações e aplicar penalidades às pessoas sujeitas a sua disciplina interna

161 e) fundamento do poder de polícia é a hierarquia, por essa razão, referido poder abrange as sanções impostas a particulares que não integram a estrutura interna administrativa

162 4. GABARITO 01 C 11 A 21 E 31 B 41 B 51 A 61 E 71 C 81 C 02 E 12 E 22 E 32 D 42 E 52 C 62 C 72 A 82 B 03 D 13 D 23 D 33 B 43 D 53 B 63 E 73 C 83 B 04 E 14 B 24 D 34 C 44 D 54 B 64 E 74 D 84 C 05 E 15 E 25 E 35 C 45 B 55 E 65 B 75 E 85 A 06 A 16 E 26 B 36 A 46 B 56 C 66 E 76 D* 86 E 07 A 17 E 27 A 37 B 47 D 57 D 67 E 77 E 87 D 08 D 18 A 28 B 38 A 48 B 58 E 68 E 78 E 88 C 09 A 19 E 29 B 39 A 49 E 59 B 69 A 79 B 89 D 10 B 20 D 30 D 40 A 50 C 60 D 70 E 80 B 90 D 162

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