Doença do Enxerto-Contra-Hospedeiro (DECH) em pacientes transplantados de medula óssea relato de caso

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Doença do Enxerto-Contra-Hospedeiro (DECH) em pacientes transplantados de medula óssea relato de caso"

Transcrição

1 RPG Rev Pós Grad 2005;12(4) Doença do Enxerto-Contra-Hospedeiro (DECH) em pacientes transplantados de medula óssea relato de caso PAULO SÉRGIO DA SILVA SANTOS*, ROBERTO BRASIL LIMA**, MARINA HELENA CURY GALLOTTINI DE MAGALHÃES*** * Mestre e Doutorando em Patologia Bucal pela Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo. ** Mestrando em Ciências da Saúde pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. *** Professora Livre-Docente da Disciplina de Patologia Bucal pela Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo. RESUMO Doença do Enxerto-Contra-Hospedeiro (DECH), é a maior causa de morbidade em pacientes submetidos à transplante de medula óssea. Os autores apresentam dois casos de DECH crônica e descrevem os cuidados com as complicações orais. Esse estudo sugere que, para a redução da morbidade, a avaliação estomatológica e o tratamento de todas as fontes de infecção bucal em potencial, devem se tornar padrão de cuidados para esses pacientes. DESCRITORES Transplante de medula óssea. Doença Enxerto- Hospedeiro. Manifestações bucais. INTRODUÇÃO O transplante de medula óssea (TMO) é considerado o tratamento de escolha para muitas doenças que afetam a produção de Stem cells - célula mãe hematopoiética - e elementos do sistema imunológico. Os pacientes receptores de TMO se submetem à severa imunodepressão para que o transplante não seja rejeitado pelo sistema imunológico do hospedeiro. A imunodepressão é induzida por quimioterapia e/ou radioterapia e, apesar de ser desejada para viabilizar o transplante de medula, desencadeia uma série de efeitos secundários, dentre eles a Doença do Enxerto-Contra-Hospedeiro (DECH). A DECH é a maior causa de morbidade e mortalidade em pacientes submetidos ao TMO 1,4,5,7. Os Endereço para correspondência: Paulo Sérgio da Silva Santos Av. Dr. Altino Arantes, 648 ap Vila Clementino CEP: São Paulo SP Tel.: (11) paulosss@apcd.org.br pacientes acometidos por DECH apresentam manifestações bucais que podem ser muito debilitantes e interferir nos resultados da terapêutica médica, levando a complicações sistêmicas, comprometendo o prognóstico, e aumentando o tempo de internação hospitalar do paciente e os custos do tratamento 4. Dessa forma, a proposta deste trabalho é mostrar a importância do cirurgião-dentista na equipe que assiste o paciente transplantado de medula óssea e portador de DECH, por meio de breve revisão literária e relato de dois casos clínicos. DECH é uma complicação que ocorre pela ativação de células T em resposta a moléculas do complexo de genes de histocompatibilidade principal (MHC) alogênico subseqüente a um transplante de medula óssea (TMO) histocompatível 2. As células T doadas reconhecem os antígenos do hospedeiro como estranhas. Isso resulta de uma fase aferente da estimulação dos linfócitos T (apresentação de antígenos, ativação e proliferação) e de uma fase referente da resposta das células T e células efetoras secundárias (secreção de citocinas, células T citotóxicas e macrófagos). Embora a DECH possa ser prevenida pela remoção dos linfócitos T da medula do doador, essa manobra acarreta o risco de falência do enxerto e recidiva da doença original, não sendo, por essa razão, muito utilizada 2. Historicamente, a DECH tem sido dividida em forma aguda (DECHa) e forma crônica (DECHc). A aguda é a que ocorre nos primeiros 100 dias após o transplante e a crônica após esse período 1,2,10. Existem vários fatores relacionados com a incidência e severidade da DECH. Os fatores essenciais para a ocorrência da forma aguda da DECH são: células T do doador imunologicamente competentes; histo-incompatibilidade entre hospedeiro e doador; 506

2 e inabilidade do hospedeiro para rejeitar os linfócitos T do doador. Dentro desses fatores, a incidência de DECH sofre influência de outras variantes, como o grau de disparidade genética, em que as células T são capazes de diferenciar o próprio do não próprio através de seus receptores, os quais reconhecem os peptídeos produzidos pelo complexo MHC. No ser humano, o MHC é denominado sistema dos antígenos de leucócitos humano (HLA). Há ainda antígenos de histocompatibilidade menores (MHA ou non-mhc), que são codificados por todo o genoma e representam diferenças alotípicas mais fracas em moléculas com várias funções. A incidência e severidade de DECH têm correlação direta com as disparidades no sistema HLA 2. Mesmo com intensa profilaxia imunossupressora, 10 a 50% dos enxertos HLA-idênticos, ideais para o transplante de medula óssea entre doador e hospedeiro, complicam-se clinicamente por uma significativa DECH, resultando diretamente em morte de 5 a 15% dos pacientes transplantados 2,7. Nos transplantados HLA-não idênticos, a incidência de DECH é maior ainda e aumenta conforme o grau de disparidade entre o hospedeiro e o doador. Existem aproximadamente 50 antígenos menores que são transmitidos pela genitora como os epidérmicos, os antígenos masculinos específicos e os virais. Os antígenos virais, como os presentes em pacientes infectados por citomegalovirus (CMV) ou herpes, podem aumentar o risco da incidência de DECH em pacientes com TMO 2. Outra variável é a idade do hospedeiro. A incidência de DECH é maior em pacientes mais idosos, devido a fatores imunológicos como o aumento de antígenos sensibilizados e a involução do timo. A seleção do tipo de droga utilizada como profilaxia imunossupressora interfere diretamente no grau de incidência de DECH. Embora exista variação nos protocolos de profilaxia, a droga mais utilizada atualmente é o metotrexate. Fatores como realização de transplante em ambiente estéril, principalmente em anemia aplásica, e transplante de doador neutro ou sorologicamente negativo para vírus do herpes simples são aspectos associados a baixas incidências de DECH. As manifestações clínicas da DECH podem ocorrer na mucosa oral, na pele, no fígado, no trato gastrointestinal e no sistema linfóide. A mucosa oral pode ser o primeiro sítio de manifestação da doença, sugerindo a pesquisa e o diagnóstico nos outros órgãos. Clinicamente, a DECH de mucosa oral pode ser subdividida em leve, moderada ou severa. Na mucosa bucal, ocorrem alterações semelhantes a líquen plano como leucoedema, estrias brancas, ulcerações dolorosas, além de ardência bucal, xerostomia, mucocele e microstomia. Nos lábios, a DECH caracteriza-se por manchas maculopapulares e nos casos mais severos, lesões bolhosas devido à necrose da epiderme (Quadro 1). A gradação em leve, moderada e severa é baseada em parâmetros clínicos, estabelecidos por Burt em A análise histológica é realizada como auxiliar para a classificação e para o diagnóstico final da DECH. Leucoedema QUADRO 1 Manifestações bucais da DECH. Leve Moderada Severa Estrias brancas Ardência bucal Xerostomia Manchas maculopapulares Microstomia Ulcerações dolorosas Mucoceles Lesões bolhosas Na cavidade oral, a classificação histológica, segundo Horn 6 (1995), estabelece 4 graus: grau I caracterizada por mucosa com vacuolização das células basais, moderado infiltrado linfocitário, moderada exocitose epitelial e por glândulas salivares com moderado infiltrado intersticial; grau II caracterizada por mucosa com vacuolização basal, células epiteliais disceratóticas, necrose de ceratinócitos com satelitose, moderado a intenso infiltrado linfocitário na submucosa e moderada exocitose epitelial, por glândulas salivares com moderada destruição acinar, dilatação ductal, metaplasia escamosa, acúmulo de muco, fibrose moderada, proliferação de células ductais e infiltrado linfocitário periductal; grau III caracterizada por mucosa com clivagem focal entre epitélio e conjuntivo, células epiteliais disceratóticas e exocitose linfocitária e por glândulas salivares com marcado infiltrado linfocitário intersticial com destruição difusa de ductos e ácinos; e grau IV ca- 507

3 racterizada por mucosa com separação entre epitélio e conjuntivo, por glândulas salivares com completa perda dos ácinos, ductos marcadamente dilatados e fibrose intersticial com ou sem infiltrado 6. Mesmo nos casos de pacientes transplantados que não exibem lesões aparentes de DECH, alguns protocolos incluem, no dia +100, biópsias de controle de mucosa bucal, pele e medula óssea. As manifestações da DECH de mucosa oral podem ou não estar associadas às manifestações das outras regiões como dermatite (rash), hepatite e gastroenterite (diarréia e dores abdominais). Porém, muitas vezes, podem ser o primeiro sinal do acometimento generalizado da doença. Portanto, a avaliação freqüente e atenta da boca é de importância diagnóstica e prognóstica. Aforma crônica da DECH é o principal determinante na qualidade de vida após o transplante. Pacientes com doença limitada (pele e/ou fígado) têm prognóstico favorável e não necessitam de terapia. Já aqueles que apresentam vários órgãos acometidos (inclusive glândulas salivares menores e mucosa oral) têm histórico menos favorável 5,9. Nesse contexto, o papel do cirurgião-dentista é muito importante para garantir o sucesso do TMO, pois a melhoria da saúde bucal diminui os riscos de infecções secundárias decorrentes das lesões da DECH. RELATO DOS CASOS CLÍNICOS Caso 1 Paciente do sexo feminino, 20 anos de idade, com diagnóstico de Leucemia Mielóide Crônica, submeteuse a TMO alogeneico e desenvolveu DECH crônico extenso de mucosa oral, pele e fígado. O diagnóstico clínico de DECH crônico de mucosa oral foi feito pelo cirurgião-dentista após 198 dias do TMO, baseado nos seguintes achados: hipercromia facial, edema e hipercromia labial, liquenificação de mucosas labial e jugal, presença de ulcerações elevadas com halo eritematoso e fundo fibrinoso, doloridas ao toque e sem sinais de sangramento, com maior intensidade em áreas de trauma (Figura 1 e 2). A paciente apresentou queixa de disfagia e disfasia. Frente a esses sinais, foi realizada biópsia incisional de mucosa labial e glândula salivar menor para confirmação de DECH. Os cortes histológicos revelaram mucosa revestida por epitélio pavimentoso estratificado com Figura 1 - Lesões de DECHc em mucosas jugais. Figura 2 - Lesões de DECHc em mucosas jugais. discreta exocitose linfocitária. No tecido conjuntivo subjacente observou-se um infiltrado inflamatório mononuclear, edema, discreta proliferação vascular, com mínima agressão à glândula salivar. Tais características tornaram o quadro compatível com DECH grau I 6. O tratamento das alterações bucais foi realizado com corticóide tópico, dexametasona elixir, na forma de bochechos, cinco vezes ao dia. Em períodos de agudização das lesões, foi associado o uso de solução de gluconato de clorhexidine a 0,12% duas vezes ao dia. Foram removidos os bordos cortantes dentários e realizadas remoções de dentes com grande destruição coronária. O tratamento sistêmico instituído para DECH de fígado, pele e mucosa oral consistiu de um protocolo alternado de ciclosporina e corticóide, sendo posteriormente adicionado Micofenolato Mofetil (MMF). Após 10 meses de tratamento local e sistêmico, percebeu-se melhora significativa das lesões bucais, com persistência de uma úlcera em mucosa jugal, assintomática, sendo suspenso o uso do corticóide tópico. Após o período de 12 meses do uso do protocolo alternado, houve 508

4 desaparecimento total das manifestações de DECH em mucosa oral e estabilização do estado geral de saúde da paciente. Caso 2 Paciente do sexo feminino, 28 anos, diagnóstico de Leucemia Linfóide Aguda, submeteu-se a TMO alogeneico, desenvolveu DECH crônico extenso de mucosa oral, pele, fígado e mucosa vaginal. O cirurgião-dentista diagnosticou DECH de mucosa oral após 191 dias do TMO. Foram observadas as seguintes alterações: hipercromia facial, liquenificação de mucosas jugais, dor e edema em lábios e gengivas, presença de cistos de retenção de muco em palato mole, disfagia e disfasia, ulcerações de mucosas jugais com lesões elevadas de borda eritematosa e fundo fibrinoso, xerostomia, granulação de dorso lingual (Figuras 3 e 4). O DECH foi classificado clinicamente como DECH moderado 2. Foi realizada biópsia incisional de lábio e glândula salivar menor. O exame histológico da mucosa oral revelou presença de glândula salivar menor e tecidos moles com discreto infiltrado predominantemente plasmocitário perivascular, sendo compatível com DECH 6. O tratamento tópico das lesões bucais foi realizado com corticóide (Dexametasona elixir 5 vezes ao dia) com posterior troca para beclometasona com melhor resposta das lesões, associado ao gluconato de clorhexidine a 0,12% duas vezes ao dia. Após 10 meses de tratamento, percebeu-se melhora importante das lesões bucais, com persistência de lesões em mucosas jugais; a conduta foi mantida por mais 3 meses. Após 13 meses de acompanhamento, a paciente apresentou períodos de surto das lesões em mucosa oral com menor intensidade de sintomas, tamanho e quantidade de lesões, que foram tratadas com os mesmos medicamentos tópicos anteriormente utilizados. Devido ao comprometimento hepático edermatológico, o tratamento sistêmico instituído foi composto de protocolo alternado de ciclosporina e corticóide, com posterior associação de MMF. Houve melhora importante dos sinais de DECH em pele e melhora do estado geral de saúde da paciente após 18 meses de terapêutica. DISCUSSÃO Figura 3 - Áreas hiper e hipocromáticas em lábios. Figura 4 - Múltiplas úlceras em mucosa jugal. Embora a DECH seja um sinal de sucesso do enxerto, sua progressão e seu agravamento podem ser prejudiciais ao paciente. Devido a imunossupressão a que os pacientes de TMO são submetidos, cuidados de suporte devem ser utilizados para atenuar ou prevenir a DECH. Antibioticoprofilaxia, injeção intravenosa de imunoglobulinas (se o paciente estiver hipogamaglobulinêmico) e suporte nutricional são alguns deles. Toma importância significativa o cuidado com a higiene oral na prevenção das ulcerações da mucosa oral e cáries que possam se tornar focos de infecção e alterar o curso da DECH 2,4,5. Tratamentos odontológicos eletivos devem ser postergados e procedimentos emergenciais que induzam bacteremia devem ser acompanhados de terapia antibiótica. Geralmente o cirurgião-dentista é o primeiro profissional da equipe a diagnosticar a DECH. O diagnóstico laboratorial por meio de biópsia de mucosa oral e glândula salivar menor é realizado de acordo com o protocolo de cada equipe médica e de acordo com o período pós-tmo, sendo freqüentes as avaliações nos dias +28, +100, +180 e/ou quando 509

5 há sinais clínicos da doença. A conduta terapêutica, local ou sistêmica, vai depender do grau e da extensão do acometimento dos órgãos do paciente. O tratamento sistêmico segue normalmente, protocolo alternado (ciclosporina-corticóide), e o tópico caracteriza-se pela indicação de corticóide, bactericidas e antiinflamatórios durante a persistência dos sinais e sintomas. O acompanhamento odontoestomatológico deve ser rigoroso e freqüente, com controle das cáries, doença periodontal e qualidade da higiene bucal rigorosa, além de avaliação freqüente da evolução das lesões de mucosa oral. Por ser uma complicação freqüente do transplante de medula óssea, os protocolos de atendimento dos pacientes transplantados incluem a realização de biópsias no período de 100 dias após o transplante, para detectar precocemente a DECH. Porém, se o aspecto histológico encontrado for normal, isso não significa que o paciente está livre do risco de desenvolver a DECH. Nesse caso, o diagnóstico da DECH é feito com parâmetros clínicos de alterações de mucosa oral, principalmente. Nos casos relatados, devido às alterações clínicas observadas, foram realizadas biópsias dos tecidos afetados nos dias +198 e +191 respectivamente. As biópsias são importantes, pois por meio da graduação histológica (Horn, 1995), associada com a análise clínica, determinamos a escolha entre uma terapêutica local e/ou sistêmica. As alterações em mucosa oralpodem ou não ocorrer simultaneamente com as manifestações de pele e outros órgãos e se expressam geralmente por meio de xerostomia, placas liquenóides e ulcerações dolorosas 4,5,8,10. Os sítios bucais mais afetados são fórnix, mucosa jugal, palato mole, borda de língua e assoalho de boca 4. Em presença de biofilme e cálculo dental, as úlceras podem infectar, aumentando os efeitos deletérios para o organismo do paciente. Os lábios podem edemaciar e apresentar alterações de pigmentação. O diagnóstico diferencial das lesões de mucosa oral de DECH envolve principalmente o líquen plano 3,8. Se o cirurgião-dentista não diagnosticar e não tratar a DECH, pode haver evolução para um quadro de infecção generalizada, responsável por altos índices de morbidade e mortalidade do paciente 5. Ao contrário de outros transplantes, o uso de imunossupressão em TMO, para prevenir possível rejeição, é temporário e usualmente abandonado após seis meses da realização do transplante. Geralmente se inicia a profilaxia da DECH no mesmo momento clínico da infusão da medula. A droga imunossupressora mais utilizada é a ciclosporina A (CSA) 5, associada ao metotrexato e à prednisona. Nessas associações, estudos randomizados relatam apenas 9% de incidência de DECHa graus ll-lv. O início ideal do uso de prednisona é sete dias após o transplante, sendo que após esse prazo não se nota diminuição no grau de DECHa, e após 15 dias temse aumento da incidência da doença nos graus ll-lv 2. A melhor prevenção do quadro crônico é uma efetiva prevenção ao quadro agudo 5.Somente 15-20% dos pacientes que não apresentaram DECHa a desenvolvem cronicamente, contra % dos que apresentam a fase aguda. Por vezes, o tratamento da DECH é somente sistêmico, quando há o acometimento de outros órgãos e as alterações bucais são discretas e assintomáticas. Os critérios para se iniciar o tratamento da DECH usualmente são instituídos a partir dos graus ll a lv 6, principalmente se a mudança de estágios da doença for rápida e progressiva. São usados corticosteróides, sendo que a terapia pode ser de baixas doses (1 a 2 mg/kg/dia) e gradativa redução até a melhora, ou com altas doses (1 g/m²) por três dias consecutivos seguidas de reduções e término após 20 a 30 dias 2. Essa terapia aumenta a taxa de resposta do organismo frente à doença, mas não garante a sobrevivência que gira em torno de 50 a 80% dos casos. Quando a DECH se limita à mucosa oral, não se realiza tratamento sistêmico, apenas cuidados locais e sintomáticos além da manutenção do paciente em observação. Esses cuidados incluem saliva artificial, antimicrobianos, corticóides e antiinflamatórios, além de controle rigoroso do biofilme dental. No estágio extensivo, em que mais de três órgãos são acometidos (por exemplo: mucosa, pele e fígado), é adotado um protocolo alternado de ciclosporina (12 mg/kg/dia) e prednisona (1 mg/kg/dia), com diminuição gradativa conforme a resposta do paciente. Também se tem usado a talidomida e irradiação com psoralem e luz ultravioleta (PUVA), mas seus efeitos são limitados e menos eficazes, carecendo de mais estudos para otimizar seus usos 2,5,9. Passado o período de imunossupressão (dia +100), os tratamentos eletivos podem ser realizados com maior segurança, mas não com menos critério. A avaliação laboratorial recente do hemograma e a 510

6 coagulograma são indispensáveis, bem como a avaliação médica da condição clínica do paciente e a antibioticoprofilaxia na necessidade de procedimentos invasivos. O cirurgião-dentista deve acompanhar o paciente em todas as fases do transplante, desde a indicação para o TMO e na seqüência por todo o período póstransplante. A orientação de prevenção e controle do biofilme, o diagnóstico de infecções oportunistas bucais e a manutenção da saúde bucal são de grande importância para o sucesso de toda a complexa terapêutica do TMO. ABSTRACT Graf t-versus-host-disease in patients submit ted to bone marrow transplantation case report Graft-Versus-Host-Disease (GVHD), is the main cause of morbidity in patients who have received bone marrow transplants. The authors present two cases of chronic GVHD anddescribe the management of oral complications. The present study suggests that, for the reduction of morbidity, pre-transplantation dental evaluation and the treatment of all sources of potential infection should become the standard care for these patients. DESCRIPTORS Bone marrow transplantation. Graft vs Host Disease. Oral manifestations. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Armitage JO. Bone Marrow Transplantation. N Engl J Med 1994;330(12): Burt R, Deeg J, Lothan S.T, Santos G. Bone Marrow Transplantation, Seattle, RG Landes Company; cap. 11, p Eggleston TI, Ziccardi VB, Lumerman H. Graft-versus-hostdisease. Case report and discussion. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod 1998;86(6): Eisen D, Essel J, Vroun ER. Oral cavity complications of bone marrow transplantation. Semin Cutan Med Surg 1997; 16(4): França CM, et al. Case Report Severe oral manifestations of chronic graft-vs.-host disease. J Am Dent Assoc 2001;132(8): Horn TD, et al. The significance of oral mucosal and salivary gland pathology after allogeneic bone marrow transplantation. Arch Dermatol 1995;131(8): Lu Y, et al. Prevention of lethal acute graft-versus-host-disease in mice by oral administration of T helper 1 inhibitor, TAK Blood 2001;97(4): Nakamura S, Hiroki A, Shinohara M, et al. Oralinvolvement in chronic graft-versus-host disease after allogeneic bone marrow transplantation. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral radiol Endod 1996;82(5): Nicolatou-galitis O, et al. The Oral manifestations of chronic graft-versus-host-disease (cgvhd) in paediatric allogeneic bone marrow transplant recipients. J Oral Pathol Med 2001; 30(3): Schubert MM, et al. Clinical Assesment Scale for the Rating of Oral Mucosal Changes Associated With Bone Marrow Transplantation. Cancer 1992;69(10): Recebido em 30/08/02 Aceito em 05/08/04 511

TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA

TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA JOSÉ ULYSSES AMIGO FILHO fevereiro de de 2012 Dr.Donall Thomas Dr.Ricardo Pasquini Transplante de medula óssea TIPOS DE TRANSPLANTE SINGÊNICOS ALOGÊNICOS - aparentados haploidênticos

Leia mais

Transplante de Células Tronco Hematopoéticas

Transplante de Células Tronco Hematopoéticas Transplante de Células Tronco Hematopoéticas Fábio Rodrigues Kerbauy Andreza Alice Feitosa Ribeiro Introdução Transplante de células tronco hematopoéticas (TCTH) é uma modalidade de tratamento baseado

Leia mais

DOS TECIDOS BUCAIS. Periodontopatias. Pulpopatias. Periapicopatias TIPOS: -INCIPIENTE -CRÔNICA -HIPERPLÁSICA. Causada pelo biofilme bacteriano

DOS TECIDOS BUCAIS. Periodontopatias. Pulpopatias. Periapicopatias TIPOS: -INCIPIENTE -CRÔNICA -HIPERPLÁSICA. Causada pelo biofilme bacteriano LESÕES INFLAMATÓRIAS DOS TECIDOS BUCAIS PERIODONTOPATIAS PERIODONTOPATIAS DOENÇAS DO PERIODONTO Periodontopatias Pulpopatias Periapicopatias Inflamação limitada aos tecidos moles que circundam os dentes(tec.peridentais).

Leia mais

Biologia. Transplantes e Doenças Autoimunes. Professor Enrico Blota.

Biologia. Transplantes e Doenças Autoimunes. Professor Enrico Blota. Biologia Transplantes e Doenças Autoimunes Professor Enrico Blota www.acasadoconcurseiro.com.br Biologia HEREDITARIEDADE E DIVERSIDADE DA VIDA- TRANSPLANTES, IMUNIDADE E DOENÇAS AUTOIMUNES Os transplantes

Leia mais

Lesões e Condições Pré-neoplásicas da Cavidade Oral

Lesões e Condições Pré-neoplásicas da Cavidade Oral Disciplina: Semiologia Lesões e Condições Pré-neoplásicas da Cavidade Oral PARTE Parte 12 http://lucinei.wikispaces.com Prof.Dr. Lucinei Roberto de Oliveira 2012 2012 LESÕES E CONDIÇÕES CANCERIZÁVEIS DA

Leia mais

CLASSIFICAÇÃO E EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS PERIODONTAIS

CLASSIFICAÇÃO E EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS PERIODONTAIS INAPÓS - Faculdade de Odontologia e Pós Graduação DISCIPLINA DE PERIODONTIA CLASSIFICAÇÃO E EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS PERIODONTAIS Parte II Prof.Dr. Lucinei Roberto de Oliveira http://lucinei.wikispaces.com

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO LESÕES CANCERIZÁVEIS DA BOCA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO LESÕES CANCERIZÁVEIS DA BOCA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO LESÕES CANCERIZÁVEIS DA BOCA Ubiranei Oliveira Silva INTRODUÇÃO Conceitos de Lesão e Condição Cancerizável Lesão cancerizável (pré-câncer, prémalignidade)

Leia mais

Farmácia Clínica em Oncologia: Como eu faço no TCTH?

Farmácia Clínica em Oncologia: Como eu faço no TCTH? Farmácia Clínica em Oncologia: Como eu faço no TCTH? Farm. Carlos Henrique Moreira da Cunha Farmacêutico do Desenvolvimento no HSL Tutor do Programa de Residência Multiprofissional no Cuidado ao Paciente

Leia mais

EDUCAÇÃO EM SAÚDE: ORIENTAÇÕES NO CUIDADO DA CAVIDADE BUCAL NO TMO DA CRIANÇA. Com foco na mãe multiplicadora

EDUCAÇÃO EM SAÚDE: ORIENTAÇÕES NO CUIDADO DA CAVIDADE BUCAL NO TMO DA CRIANÇA. Com foco na mãe multiplicadora 2ª edição EDUCAÇÃO EM SAÚDE: ORIENTAÇÕES NO CUIDADO DA CAVIDADE BUCAL NO TMO DA CRIANÇA. Com foco na mãe multiplicadora Ministradora : Valkiria D Aiuto de Mattos ATENDIMENTO ODONTOPEDIATRIA FLUXO - TMO

Leia mais

Inclusão do Cirurgião Dentista na Equipe Multiprofissional no Tratamento de Pacientes de Álcool e Drogas

Inclusão do Cirurgião Dentista na Equipe Multiprofissional no Tratamento de Pacientes de Álcool e Drogas Inclusão do Cirurgião Dentista na Equipe Multiprofissional no Tratamento de Pacientes de Álcool e Drogas Dr. Luiz Carlos de Souza Drª Elisabete Rodrigues Soares Câncer Bucal Alta Incidência na População

Leia mais

Indicador: Incidência de mucosite em Unidades de Internação e em pacientes Ambulatoriais

Indicador: Incidência de mucosite em Unidades de Internação e em pacientes Ambulatoriais Indicador: Incidência de mucosite em Unidades de Internação e em pacientes Ambulatoriais Definição: Relação entre o número de pacientes que desenvolveram mucosites e o número total de pacientes em tratamento

Leia mais

Novas Perspectivas da Equipe Multiprofissional para o Transplante Haploidêntico

Novas Perspectivas da Equipe Multiprofissional para o Transplante Haploidêntico Novas Perspectivas da Equipe Multiprofissional para o Transplante Haploidêntico Desafios do gerenciamento do cuidado no TCTH Haploidêntico Enfª Msc Maria Fernanda V. Esteves Coordenadora Enfermagem Hospital

Leia mais

Líquen plano reticular e erosivo:

Líquen plano reticular e erosivo: Universidade Estadual do Oeste do Paraná Unioeste/ Cascavel PR Centro de Ciências Biológicas e da Saúde CCBS Curso de Odontologia Líquen plano reticular e erosivo: Definição: É uma doença mucocutânea crônica,

Leia mais

Anatomia patológica da rejeição de transplantes

Anatomia patológica da rejeição de transplantes Anatomia patológica da rejeição de transplantes Transplantes de Órgãos e Tecidos Aspectos inflamatórios e imunológicos da rejeição Daniel Adonai Machado Caldeira Orientador: Prof. Nivaldo Hartung Toppa

Leia mais

EFEITOS COLATERAIS BUCAIS DA RADIOTERAPIA NAS REGIÕES DE CABEÇA E PESCOÇO E A ATUAÇÃO DO CIRURGIÃO-DENTISTA: REVISÃO DE LITERATURA

EFEITOS COLATERAIS BUCAIS DA RADIOTERAPIA NAS REGIÕES DE CABEÇA E PESCOÇO E A ATUAÇÃO DO CIRURGIÃO-DENTISTA: REVISÃO DE LITERATURA EFEITOS COLATERAIS BUCAIS DA RADIOTERAPIA NAS REGIÕES DE CABEÇA E PESCOÇO E A ATUAÇÃO DO CIRURGIÃO-DENTISTA: REVISÃO DE LITERATURA Ana Caroline Cavalcante do Nascimento¹; Nathally Nadia Moura de Lima¹;

Leia mais

Patologia das Glândulas Salivares

Patologia das Glândulas Salivares Patologia das Glândulas Salivares Patologia das Glândulas Salivares Glândulas salivares Maiores: parótida, submandibular e sublingual. São bilaterais. Menores: são distribuídas por toda cavidade oral,

Leia mais

Universidade Federal do Ceará Módulo em Cirurgia de Cabeça e Pescoço. Tumores das Glândulas Salivares. Ubiranei Oliveira Silva

Universidade Federal do Ceará Módulo em Cirurgia de Cabeça e Pescoço. Tumores das Glândulas Salivares. Ubiranei Oliveira Silva Universidade Federal do Ceará Módulo em Cirurgia de Cabeça e Pescoço Tumores das Glândulas Salivares Ubiranei Oliveira Silva 1. INTRODUÇÃO Glândulas salivares maiores / menores Embriologicamente: Tubuloacinares

Leia mais

Doenças gengivais induzidas por placa

Doenças gengivais induzidas por placa Doenças gengivais induzidas por placa Classificação (AAP 1999) Doenças Gengivais Induzidas por placa Não induzidas por placa MODIFICADA Associada só a placa Fatores sistêmicos Medicação Má nutrição Classificação

Leia mais

- Descrito na década de 70, mas com aumento constante na incidência desde os anos 90

- Descrito na década de 70, mas com aumento constante na incidência desde os anos 90 INTRODUÇÃO - Descrito na década de 70, mas com aumento constante na incidência desde os anos 90 - Caracterizada pela infiltração de eosinófilos na mucosa esofágica - Pode ser isolada ou como manifestação

Leia mais

INSTRUÇÕES DA PROVA DISCURSIVA

INSTRUÇÕES DA PROVA DISCURSIVA RESIDÊNCIA SAÚDE 0 - UERJ NUTRIÇÃO CLÍNICA (0) - PROVA DISCURSIVA INSTRUÇÕES DA PROVA DISCURSIVA Você recebeu o seguinte material: Um CADERNO DE QUESTÕES constituído de três questões. ) Somente após o

Leia mais

INTRODUÇÃO LESÃO RENAL AGUDA

INTRODUÇÃO LESÃO RENAL AGUDA INTRODUÇÃO Pacientes em tratamento imunossupressor com inibidores de calcineurina estão sob risco elevado de desenvolvimento de lesão, tanto aguda quanto crônica. A manifestação da injuria renal pode se

Leia mais

Doença do enxerto contra o hospedeiro crônica. Abordagem da Ginecológica Lenira Maria Queiroz Mauad Hospital Amaral Carvalho

Doença do enxerto contra o hospedeiro crônica. Abordagem da Ginecológica Lenira Maria Queiroz Mauad Hospital Amaral Carvalho Doença do enxerto contra o hospedeiro crônica Abordagem da Ginecológica Lenira Maria Queiroz Mauad Hospital Amaral Carvalho DECH crônica Principal causa de mortalidade não relacionada à recidiva, em pacientes

Leia mais

Potente ação anti-leucêmica do blinatumomabe. alternativos

Potente ação anti-leucêmica do blinatumomabe. alternativos Potente ação anti-leucêmica do blinatumomabe associado à infusão de leucócitos do doador para tratar recidiva de leucemia linfóide aguda de linhagem B pediátrica após transplante alogênico de células-tronco

Leia mais

SELEÇÃO DE MÉDICOS RESIDENTES PARA 2017 ÁREA DE ATUAÇÃO COM PRÉ-REQUISITO GABARITO

SELEÇÃO DE MÉDICOS RESIDENTES PARA 2017 ÁREA DE ATUAÇÃO COM PRÉ-REQUISITO GABARITO SELEÇÃO DE MÉDICOS RESIDENTES PARA 2017 ÁREA DE ATUAÇÃO COM PRÉ-REQUISITO PROGRAMA:. PRÉ-REQUISITO: Hematologia e Hemoterapia. GABARITO QUESTÃO A B C D 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Comissão de Residência Médica

Leia mais

Resposta imune adquirida do tipo celular

Resposta imune adquirida do tipo celular Universidade Federal do Pampa Campus Itaqui Curso de Nutrição Imunologia Resposta imune adquirida do tipo celular Profa. Dra. Silvana Boeira Imunidade adquirida Imunidade adaptativa = específica = adquirida

Leia mais

RESUMO SEPSE PARA SOCESP INTRODUÇÃO

RESUMO SEPSE PARA SOCESP INTRODUÇÃO RESUMO SEPSE PARA SOCESP 2014 1.INTRODUÇÃO Caracterizada pela presença de infecção associada a manifestações sistêmicas, a sepse é uma resposta inflamatória sistêmica à infecção, sendo causa freqüente

Leia mais

PERFIL DO PACIENTE ATENDIDO NO PROJETO DE EXTENSÃO:

PERFIL DO PACIENTE ATENDIDO NO PROJETO DE EXTENSÃO: PERFIL DO PACIENTE ATENDIDO NO PROJETO DE EXTENSÃO: ERO - ENDODÔNTIA E REABILITAÇÃO ORAL: RECONSTRUÇÃO DE PROJETO DE VIDA DO PACIENTE COM NEOPLASIA DE CABEÇA E PESCOÇO *Aluno bolsista; ** Aluno Voluntário;

Leia mais

Tópicos de Imunologia Celular e Molecular (Parte 2)

Tópicos de Imunologia Celular e Molecular (Parte 2) IMUNOLOGIA BÁSICA Tópicos de Imunologia Celular e Molecular (Parte 2) Prof. M. Sc. Paulo Galdino Os três outros tipos de hipersensibilidade ( II, III e IV) têm em comum uma reação exagerada do sistema

Leia mais

SAÚDE BUCAL. Cuidados Problemas Tratamento Dicas

SAÚDE BUCAL. Cuidados Problemas Tratamento Dicas SAÚDE BUCAL Cuidados Problemas Tratamento Dicas A saúde começa pela boca A saúde literalmente começa pela boca. Seja pelo alimento que comemos ou pela forma que cuidamos da higiene bucal. A falta de atenção

Leia mais

Doença Residual Mínima (DRM) e Transplante de Células Tronco Hematopoéticas (TCTH)

Doença Residual Mínima (DRM) e Transplante de Células Tronco Hematopoéticas (TCTH) Doença Residual Mínima (DRM) e Transplante de Células Tronco Hematopoéticas (TCTH) How and why minimal residual disease studies are necessary in leukemia (LeukemiaNet, Marie C. Bene, haematologica, 2009):

Leia mais

LASERTERAPIA E TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA ALOGÊNICO: EFEITOS SOBRE A MANUTENÇÃO DA INTEGRIDADE DA MUCOSA ORAL. Mariane Couto Estácio Orsi

LASERTERAPIA E TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA ALOGÊNICO: EFEITOS SOBRE A MANUTENÇÃO DA INTEGRIDADE DA MUCOSA ORAL. Mariane Couto Estácio Orsi INSTITUTO DE PESQUISAS ENERGÉTICAS E NUCLEARES FACULDADE DE ODONTOLOGIA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO LASERTERAPIA E TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA ALOGÊNICO: EFEITOS SOBRE A MANUTENÇÃO DA INTEGRIDADE DA MUCOSA

Leia mais

Saúde Bucal e Demência Prevenção e Tratamento

Saúde Bucal e Demência Prevenção e Tratamento Saúde Bucal e Demência Prevenção e Tratamento Curso de capacitação O envelhecimento e as Demências Prof. Marcos Fernando B. Santiago Medicina Enfermagem Cuidadores e outros profissionais Fisioterapia Assistência

Leia mais

ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO AO PACIENTE ONCOLÓGICO

ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO AO PACIENTE ONCOLÓGICO ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO AO PACIENTE ONCOLÓGICO Arielly Sander da Silva Araújo (1); Severino Matheus Pedrosa Santos Clemente (1); Mariana de Souza Gomes (2); Isaac Wilson Pereira de Almeida (3); Manuel

Leia mais

Dentista Laserterapia

Dentista Laserterapia Caderno de Questões Prova Objetiva Dentista Laserterapia SRH Superintendência de Recursos Humanos DESEN Departamento de Seleção e Desenvolvimento de Pessoal 01 Em 1989, Karu revisou, em seus estudos,

Leia mais

Diagnóstico histopatológico da doença do enxerto contra hospedeiro crônica da mucosa oral conforme Consenso do National Institutes of Health

Diagnóstico histopatológico da doença do enxerto contra hospedeiro crônica da mucosa oral conforme Consenso do National Institutes of Health ARTIGO ORIGINAL Diagnóstico histopatológico da doença do enxerto contra hospedeiro crônica da mucosa oral conforme Consenso do National Institutes of Health Histopathologic diagnosis of chronic graft-versus-host

Leia mais

Aplasia de Medula Óssea. Doença esquecida

Aplasia de Medula Óssea. Doença esquecida Aplasia de Medula Óssea. Doença esquecida Professor : José Luis Aparicio. Consultor Ministra da Saúde. Algoritmo Estudo no paciente com pancitopenia Pancitopenia 1. Antecedentes: Quimioterapia; Radioterapia;

Leia mais

UNIPAC. Universidade Presidente Antônio Carlos. Faculdade de Medicina de Juiz de Fora PATOLOGIA GERAL. Prof. Dr. Pietro Mainenti

UNIPAC. Universidade Presidente Antônio Carlos. Faculdade de Medicina de Juiz de Fora PATOLOGIA GERAL. Prof. Dr. Pietro Mainenti UNIPAC Universidade Presidente Antônio Carlos Faculdade de Medicina de Juiz de Fora PATOLOGIA GERAL Prof. Dr. Pietro Mainenti Disciplina: Patologia Geral I II V conceitos básicos alterações celulares e

Leia mais

GABINETE DO MINISTRO PORTARIA Nº 1.317, DE 30 DE NOVEMBRO DE 2000

GABINETE DO MINISTRO PORTARIA Nº 1.317, DE 30 DE NOVEMBRO DE 2000 GABINETE DO MINISTRO PORTARIA Nº 1.317, DE 30 DE NOVEMBRO DE 2000 O Ministro de Estado da Saúde no uso de suas atribuições legais, Considerando a Lei nº 9.434, de 04 de fevereiro de 1997, que dispõe sobre

Leia mais

Profª. Thais de A. Almeida

Profª. Thais de A. Almeida Profª. Thais de A. Almeida Acometimento inflamatório crônico do TGI Mulheres > homens Pacientes jovens (20-30 anos) Doença de Crohn Retocolite Ulcerativa Causa idiopática: Fatores genéticos; Resposta imunológica

Leia mais

INDICAÇÕES PARA USO CLÍNICO DE HEMOCOMPONENTES. Concentrado de Hemácias (CH)

INDICAÇÕES PARA USO CLÍNICO DE HEMOCOMPONENTES. Concentrado de Hemácias (CH) Concentrado de Hemácias (CH) A transfusão de concentrados de hemácias está indicada para aumentar rapidamente a capacidade de transporte de oxigênio em pacientes com diminuição da massa de hemoglobina.

Leia mais

Centros de Transplantes do Brasil: Complexo Hospitalar de Niterói - RJ O que Fazemos de Melhor? Plano Terapêutico

Centros de Transplantes do Brasil: Complexo Hospitalar de Niterói - RJ O que Fazemos de Melhor? Plano Terapêutico Centros de Transplantes do Brasil: Complexo Hospitalar de Niterói - RJ O que Fazemos de Melhor? Plano Terapêutico Marcia Rejane Valentim Coordenadora da Unidade Ms em Enfermagem Assistencial Especialista

Leia mais

TRANSPLANTE RENAL. Quem pode fazer transplante renal?

TRANSPLANTE RENAL. Quem pode fazer transplante renal? TRANSPLANTE RENAL O transplante é a substituição dos rins doentes por um rim saudável de um doador. É o método mais efetivo e de menor custo para a reabilitação de um paciente com insuficiência renal crônica

Leia mais

DESORDENS POTENCIALMENTE MALIGNAS

DESORDENS POTENCIALMENTE MALIGNAS GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA! Disciplina: Patologia Bucal 4º e 5º períodos DESORDENS POTENCIALMENTE MALIGNAS http://lucinei.wikispaces.com Prof.Dr. Lucinei Roberto de Oliveira 2013 DESORDENS POTENCIALMENTE

Leia mais

Resposta imune adquirida

Resposta imune adquirida Resposta imune adquirida Resposta imune adquirida Também denominada: - Resposta imune tardia - Resposta imune adaptativa É caracterizada por ocorrer em períodos mais tardios após o contato com um agente

Leia mais

PREVENÇÃO E TRATAMENTO DA MUCOSITE ORAL EM PACIENTES ONCOLÓGICOS ATRAVÉS DE ATIVIDADES DE HIGIENE BUCAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA

PREVENÇÃO E TRATAMENTO DA MUCOSITE ORAL EM PACIENTES ONCOLÓGICOS ATRAVÉS DE ATIVIDADES DE HIGIENE BUCAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA Relato de Experiência Prevenção e tratamento da mucosite PREVENÇÃO E TRATAMENTO DA MUCOSITE ORAL EM PACIENTES ONCOLÓGICOS ATRAVÉS DE ATIVIDADES DE HIGIENE BUCAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA Taís Araujo de Lima¹;

Leia mais

Atendimento ginecológico de mulheres submetidas a transplante de células tronco hematopoéticas

Atendimento ginecológico de mulheres submetidas a transplante de células tronco hematopoéticas Atendimento ginecológico de mulheres submetidas a transplante de células tronco hematopoéticas INTRODUÇÃO O transplante de células tronco hematopoéticas (TCTH) é indicado para tratamento de doenças hematológicas

Leia mais

COMPLEXO PRINCIPAL DE HISTOCOMPATIBILIDADE - MHC. Profa Valeska Portela Lima

COMPLEXO PRINCIPAL DE HISTOCOMPATIBILIDADE - MHC. Profa Valeska Portela Lima COMPLEXO PRINCIPAL DE HISTOCOMPATIBILIDADE - MHC Profa Valeska Portela Lima Introdução Todas as espécies possuem um conjunto de genes denominado MHC, cujos produtos são de importância para o reconhecimento

Leia mais

ODONTOLOGIA PREVENTIVA. Saúde Bucal. Periodontite. Sua saúde começa pela boca!

ODONTOLOGIA PREVENTIVA. Saúde Bucal. Periodontite. Sua saúde começa pela boca! ODONTOLOGIA PREVENTIVA Saúde Bucal Periodontite. Sua saúde começa pela boca! O que é doença periodontal ou periodontite? ESMALTE DENTINA GENGIVAS POLPA PERIODONTITE OSSO ALVEOLAR CEMENTO NERVOS E VASOS

Leia mais

Anemia Infecciosa das Galinhas

Anemia Infecciosa das Galinhas Anemia Infecciosa das Galinhas Leonardo Bozzi Miglino Programa de Pós-graduação - UFPR Mestrado Ciências Veterinárias 2010 Histórico: Isolado e descrito no Japão (1979), chamado de agente da anemia das

Leia mais

ROMPENDO BARREIRAS NO TRATAMENTO DE GVHD COM RUXOLITINIBE

ROMPENDO BARREIRAS NO TRATAMENTO DE GVHD COM RUXOLITINIBE ROMPENDO BARREIRAS NO TRATAMENTO DE GVHD COM RUXOLITINIBE Aliana Meneses Ferreira CRM 158591 SP Hospital Sírio Libanês Hospital das Clínicas - Faculdade de Medicina da USP Conflitos de Interesse De acordo

Leia mais

D.P.O.C. Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica

D.P.O.C. Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica D.P.O.C. Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica Prof. João Luiz V Ribeiro Introdução Bronquite Crônica e Enfisema Pulmonar Coexistência Mesma síndrome funcional Hábito do tabagismo como principal fator etiopatogênico

Leia mais

PORFIRIA CUTÂNEA TARDA NO PACIENTE INFECTADO PELO VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA

PORFIRIA CUTÂNEA TARDA NO PACIENTE INFECTADO PELO VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA PORFIRIA CUTÂNEA TARDA NO PACIENTE INFECTADO PELO VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA FUNDAÇÃO TÉCNICO-EDUCACIONAL SOUZA MARQUES / FUNDAÇÃO PELE SAUDÁVEL na Carolina Conde Almeida, Daniella de Nascimento

Leia mais

Noções de Imunogenética. Prof. Dr. Bruno Lazzari de Lima

Noções de Imunogenética. Prof. Dr. Bruno Lazzari de Lima Noções de Imunogenética Prof. Dr. Bruno Lazzari de Lima Imunogenética Trata dos aspectos genéticos dos antígenos, anticorpos e suas interações. Quatro áreas importantes. Os grupos sanguíneos. Os transplantes.

Leia mais

Glomerulonefrites Secundárias

Glomerulonefrites Secundárias Doenças sistêmicas nfecto-parasitárias Nefropatia da gravidez Medicamentosa doenças reumáticas, gota, mieloma, amiloidose, neoplasias SDA hepatite viral shistossomose Doenças Reumáticas Lupus eritematoso

Leia mais

GABARITO PROVA TEÓRICA QUESTÕES DISSERTATIVAS

GABARITO PROVA TEÓRICA QUESTÕES DISSERTATIVAS CONCURSO PARA TÍTULO DE ESPECIALISTA EM PATOLOGIA Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo SÃO PAULO/SP Departamento de Patologia, 1º andar, sala 1154 20 e 21 de MAIO DE 2016 GABARITO PROVA TEÓRICA

Leia mais

Sistema Imunológico. 1) Introdução. É o sistema responsável pela defesa do organismo contra a ação de agente patogênicos (que causam doenças).

Sistema Imunológico. 1) Introdução. É o sistema responsável pela defesa do organismo contra a ação de agente patogênicos (que causam doenças). 1) Introdução É o sistema responsável pela defesa do organismo contra a ação de agente patogênicos (que causam doenças). 2) Componentes Células de defesa (Leucócitos ou glóbulos brancos) Órgãos linfáticos

Leia mais

ESPECÍFICO DE ENFERMAGEM PROF. CARLOS ALBERTO

ESPECÍFICO DE ENFERMAGEM PROF. CARLOS ALBERTO ESPECÍFICO DE ENFERMAGEM PROF. CARLOS ALBERTO CONCURSO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ESPECÍFICO DE ENFERMAGEM TEMA 11 PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÃO DESENVOLVIMENTO DE VACINAS O que faz uma vacina? Estimula

Leia mais

Sala 02 TEMA LIVRE Odontologia Social e Preventiva e Saúde Coletiva

Sala 02 TEMA LIVRE Odontologia Social e Preventiva e Saúde Coletiva Sala 01 Estomatologia, patologia e radiologia 08:00 15492 CONTAGEM DE AGNORS EM CÉLULAS EPITELIAIS DA MUCOSA ORAL DE USUÁRIOS DE CANNABIS SATIVA 08:30 15558 INCIDÊNCIA DAS PRINCIPAIS MANIFESTAÇÕES BUCAIS

Leia mais

O sistema imune é composto por células e substâncias solúveis.

O sistema imune é composto por células e substâncias solúveis. Definição: estudo do sistema imune (SI) e dos mecanismos que os seres humanos e outros animais usam para defender seus corpos da invasão de microorganimos Eficiente no combate a microorganismos invasores.

Leia mais

Nevo/nevus pigmentado (Nevo/nevus melanocítico):

Nevo/nevus pigmentado (Nevo/nevus melanocítico): Universidade Estadual do Oeste do Paraná UNIOESTE/ Cascavel-PR Centro de Ciências Biológicas e da Saúde CCBS Curso de Odontologia Nevo/nevus pigmentado (Nevo/nevus melanocítico): Definição: É um termo

Leia mais

!"#$%&'()%*+*!,'"%-%./0

!#$%&'()%*+*!,'%-%./0 Processos Patológicos Gerais Biomedicina!"#$%&'()%*+*!,'"%-%./0 Lucas Brandão O QUE É A IMUNOLOGIA? O QUE É A IMUNOLOGIA? Estudo do Imuno latim immunis (Senado romano) O que é a Imunologia? Definição:

Leia mais

QUESTÕES PROVA DISCURSIVA TEMA 2018

QUESTÕES PROVA DISCURSIVA TEMA 2018 QUESTÕES PROVA DISCURSIVA TEMA 2018 1) Paciente de 40 anos submetida à adenomastectomia bilateral com reconstrução imediata. Três semanas após procedimento queixa-se de dor abaixo da mama esquerda. Baseado

Leia mais

Processos Inflamatórios Agudo e Crônico

Processos Inflamatórios Agudo e Crônico Processos Inflamatórios Agudo e Crônico PhD Letícia Coutinho Lopes Moura Tópicos da aula Inflamação Resposta inflamatória aguda Resposta inflamatória crônica Resposta inflamatória inespecífica Resposta

Leia mais

1) Qual translocação é característica da Leucemia mielóide crônica? a) t(14;18) b) t(9,21) c) t(9;22) d) t(22,9) e) t(7;22)

1) Qual translocação é característica da Leucemia mielóide crônica? a) t(14;18) b) t(9,21) c) t(9;22) d) t(22,9) e) t(7;22) Questões Hematologia P2 Turma B 1) Qual translocação é característica da Leucemia mielóide crônica? a) t(14;18) b) t(9,21) c) t(9;22) d) t(22,9) e) t(7;22) 2) Paciente, sexo masculino, 68 anos, encaminhando

Leia mais

PULPOPATIAS 30/08/2011

PULPOPATIAS 30/08/2011 Funções da polpa PULPOPATIAS Produtora Nutrição Sensorial Protetora Biologicamente, é a dentina que forma a maior parte do dente e mantém íntima relação com a polpa dental, da qual depende para sua formação

Leia mais

Página 1 de 5 GABARITO - PRÁTICA QUESTÃO 1 ITEM A

Página 1 de 5 GABARITO - PRÁTICA QUESTÃO 1 ITEM A GABARITO - PRÁTICA QUESTÃO 1 Lactente vem evoluindo bem, com sinais e sintomas comuns dessa faixa etária Ganho de peso limítrofe. Cólicas e hábito intestinal compatível com aleitamento misto. Pediatra

Leia mais

USG do aparelho urinário: hidroureteronefrose bilateral, bexiga repleta com volume estimado de 350 ml com paredes espessadas e trabeculadas.

USG do aparelho urinário: hidroureteronefrose bilateral, bexiga repleta com volume estimado de 350 ml com paredes espessadas e trabeculadas. 01 Concurso Menino de sete anos de idade chega ao ambulatório de pediatria para investigação de baixa estatura. Na história patológica pregressa, a mãe referiu vários episódios de infecções urinárias tratadas

Leia mais

Mucosite oral: perfil dos pacientes pediátricos do Hospital das Clínicas da UFMG

Mucosite oral: perfil dos pacientes pediátricos do Hospital das Clínicas da UFMG Mucosite oral: perfil dos pacientes pediátricos do Hospital das Clínicas da UFMG Projeto de extensão Odontologia Hospitalar Coordenador(a): prof.dr. Denise Travassos Bolsista: Raíssa Costa Área temática:

Leia mais

ODONTOLOGIA PREVENTIVA. Saúde Bucal. Odontogeriatria. Para você que já completou 60 anos.

ODONTOLOGIA PREVENTIVA. Saúde Bucal. Odontogeriatria. Para você que já completou 60 anos. ODONTOLOGIA PREVENTIVA Saúde Bucal Odontogeriatria. Para você que já completou 60 anos. Se você já completou 60 anos, como está a saúde de sua boca? A boca é a porta de entrada do seu organismo. A integridade

Leia mais

Imagem da Semana: Fotografia

Imagem da Semana: Fotografia Imagem da Semana: Fotografia Figura 1: Lesão cutânea em membro inferior Figura 2: Lesão cutânea em região frontal Enunciado Criança, sexo masculino, 3 anos e 6 meses, portador de leucemia linfoide aguda,

Leia mais

Imunologia. Diferenciar as células e os mecanismos efetores do Sistema imune adquirido do sistema imune inato. AULA 02: Sistema imune adquirido

Imunologia. Diferenciar as células e os mecanismos efetores do Sistema imune adquirido do sistema imune inato. AULA 02: Sistema imune adquirido Imunologia AULA 02: Sistema imune adquirido Professor Luiz Felipe Leomil Coelho Departamento de Ciências Biológicas E-mail: coelho@unifal-mg.edu.br OBJETIVO Diferenciar as células e os mecanismos efetores

Leia mais

Bases celulares, histológicas e anatômicas da resposta imune. Pós-doutoranda Viviane Mariguela

Bases celulares, histológicas e anatômicas da resposta imune. Pós-doutoranda Viviane Mariguela Bases celulares, histológicas e anatômicas da resposta imune Pós-doutoranda Viviane Mariguela As células do sistema imune (SI) inato e adaptativo estão presentes como: - células circulantes no sangue e

Leia mais

Receptores de Antígeno no Sistema Imune Adaptativo

Receptores de Antígeno no Sistema Imune Adaptativo Receptores de Antígeno no Sistema Imune Adaptativo Captura e apresentação dos Ag microbianos ativação dos linfócitos: ocorre após ligação do Ag a receptores: Linfócito B: Ac ligados à membrana Linfócito

Leia mais

DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS

DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS Saber se proteger ou identificar quando o corpo apresenta sinais de anormalidade pode evitar a transmissão ou complicação das doenças. O procedimento mais indicado para

Leia mais

b) caso este paciente venha a ser submetido a uma biópsia renal, descreva como deve ser o aspecto encontrado na patologia.

b) caso este paciente venha a ser submetido a uma biópsia renal, descreva como deve ser o aspecto encontrado na patologia. 01 Um menino de quatro anos de idade é trazido ao pronto-socorro com edema, dor abdominal e dificuldades respiratórias. Não havia história significativa de doenças desde o nascimento. Nas últimas duas

Leia mais

Prof. M.e Welington Pereira Jr. Endodontista / Periodontista Mestre em Reabilitação Oral CRO-DF 5507

Prof. M.e Welington Pereira Jr. Endodontista / Periodontista Mestre em Reabilitação Oral CRO-DF 5507 Prof. M.e Welington Pereira Jr. Endodontista / Periodontista Mestre em Reabilitação Oral CRO-DF 5507 ODONTOLOGIA Realizamos na Odontologia, muitos procedimentos invasivos em uma das áreas mais inervadas

Leia mais

IMUNIZAÇÃO NOS PACIENTES PÓS TRANSPLANTE DE CÉLULAS TRONCO HEMATOPOÉTICAS (TCTH)

IMUNIZAÇÃO NOS PACIENTES PÓS TRANSPLANTE DE CÉLULAS TRONCO HEMATOPOÉTICAS (TCTH) IMUNIZAÇÃO NOS PACIENTES PÓS TRANSPLANTE DE CÉLULAS TRONCO HEMATOPOÉTICAS (TCTH) Enfª Marilda Brasil Coordenadora do CRIESMS/HMRM/ RJ 1ª Secretária da SBIm /Regional RJ Disponível em: http://www.minutobiomedicina.com.br/postagens/2014/12/31;

Leia mais

TECIDOS LINFÓIDES PRIMÁRIOS ONTOGENIA DE LINFÓCITOS

TECIDOS LINFÓIDES PRIMÁRIOS ONTOGENIA DE LINFÓCITOS TECIDOS LINFÓIDES PRIMÁRIOS ONTOGENIA DE LINFÓCITOS Organização anatômica do sistema imune De onde vêm e para onde vão as células do sistema imune Como é a organização dos tecidos/órgãos linfóides Tecidos

Leia mais

FEBRE AMARELA O QUE É FEBRE AMARELA?

FEBRE AMARELA O QUE É FEBRE AMARELA? FEBRE AMARELA Combatida por Oswaldo Cruz no início do século 20 e erradicada dos grandes centros urbanos desde 1942, a Febre Amarela voltou a assustar os brasileiros nos últimos tempos, com a proliferação

Leia mais

PLANO DE APRENDIZAGEM. CH Teórica: 40h CH Prática: CH Total: 40h Créditos: 02 Pré-requisito(s): Período: IV Ano:

PLANO DE APRENDIZAGEM. CH Teórica: 40h CH Prática: CH Total: 40h Créditos: 02 Pré-requisito(s): Período: IV Ano: PLANO DE APRENDIZAGEM 1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Curso: Bacharelado em Enfermagem Disciplina: IMUNOLOGIA Código: - Professor: Vanessa Simões Sandes Walois E-mail: vanessa.sandes@fasete.edu.br CH Teórica:

Leia mais

Farmacologia dos Antiinflamatórios Esteroidais (GLICOCORTICÓIDES)

Farmacologia dos Antiinflamatórios Esteroidais (GLICOCORTICÓIDES) Farmacologia dos Antiinflamatórios Esteroidais (GLICOCORTICÓIDES) Profª Drª Flávia Cristina Goulart Universidade Estadual Paulista CAMPUS DE MARÍLIA Faculdade de Filosofia e Ciências UNESP Mecanismo de

Leia mais

Total Body Irradiation (TBI): indicações e protocolos

Total Body Irradiation (TBI): indicações e protocolos Foz de Iguaçu, 2015 Total Body Irradiation (TBI): indicações e protocolos Carlos Vita Abreu Hiroshima, 6 de agosto de 1945: "Uma técnica ablativa Transplante de Medula Óssea: Cito/mielo-reduzir ou eliminar

Leia mais

Marque a opção do tipo de trabalho que está inscrevendo: (X) Resumo ( ) Relato de Caso

Marque a opção do tipo de trabalho que está inscrevendo: (X) Resumo ( ) Relato de Caso Marque a opção do tipo de trabalho que está inscrevendo: (X) Resumo ( ) Relato de Caso AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DOS PACIENTES ONCOLÓGICOS COM MUCOSITE ORAL QUE FAZEM USO DE LASERTERAPIA AUTOR PRINCIPAL:

Leia mais

Universidade Estadual de Campinas Faculdade de Odontologia de Piracicaba Departamento de Diagnóstico Oral - Disciplina de Microbiologia e Imunologia -

Universidade Estadual de Campinas Faculdade de Odontologia de Piracicaba Departamento de Diagnóstico Oral - Disciplina de Microbiologia e Imunologia - Universidade Estadual de Campinas Faculdade de Odontologia de Piracicaba Departamento de Diagnóstico Oral - Disciplina de Microbiologia e Imunologia - Roteiro da Aula 6 de Imunologia: RCT e MHC - Resposta

Leia mais

Imunidade adaptativa celular

Imunidade adaptativa celular Universidade de São Paulo Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto Pós-graduação em Imunologia Básica e Aplicada Disciplina RIM 5757 Integração Imunologia Básica-Clínica Imunidade adaptativa celular Cássia

Leia mais

EXAMES LABORATORIAIS: IMUNOLOGIA

EXAMES LABORATORIAIS: IMUNOLOGIA EXAMES LABORATORIAIS: IMUNOLOGIA Aula 2 CONCEITOS GERAIS Imunidade: conjunto de processos fisiológicos que permite ao organismo reconhecer corpos estranhos e responder contra os mesmos. Sistema imune:

Leia mais

Tratamentos do Câncer. Prof. Enf.º Diógenes Trevizan

Tratamentos do Câncer. Prof. Enf.º Diógenes Trevizan Tratamentos do Câncer Prof. Enf.º Diógenes Trevizan As opções de tratamento oferecidas para os pacientes com câncer devem basear-se em metas realistas e alcançáveis para cada tipo de câncer específico.

Leia mais

PLANO DE CURSO. 1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Curso: Bacharelado em Enfermagem Disciplina: Imunologia Básica

PLANO DE CURSO. 1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Curso: Bacharelado em Enfermagem Disciplina: Imunologia Básica PLANO DE CURSO 1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Curso: Bacharelado em Enfermagem Disciplina: Imunologia Básica Professor: Vanessa Simões Sandes email: vanessa@saludlaboratorio.com.br Código: Carga Horária: 40h

Leia mais

Patogenia Viral II. Rafael B. Varella Prof. Virologia UFF

Patogenia Viral II. Rafael B. Varella Prof. Virologia UFF Patogenia Viral II Rafael B. Varella Prof. Virologia UFF Patogenia: interação de fatores do vírus e do hospedeiro, com consequente produção de doença Patogenia das viroses Processo de desenvolvimento de

Leia mais

Programa de Residência Médica TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA-R3. Comissão de Residência Médica COREME

Programa de Residência Médica TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA-R3. Comissão de Residência Médica COREME Programa de Residência Médica TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA-R3 Comissão de Residência Médica COREME A.C.CAMARGO CANCER CENTER O sonho do Prof. Dr. Antônio Prudente de oferecer assistência integrada a pacientes

Leia mais

Bases celulares, histológicas e anatômicas da resposta imune. Pós-doutoranda Viviane Mariguela

Bases celulares, histológicas e anatômicas da resposta imune. Pós-doutoranda Viviane Mariguela Bases celulares, histológicas e anatômicas da resposta imune Pós-doutoranda Viviane Mariguela As células do SI inato e adaptativo estão presentes como: - células circulantes no sangue e na linfa; - aglomerados

Leia mais

DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA HEPATITE AUTO- IMUNE

DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA HEPATITE AUTO- IMUNE Hospital do Servidor Público Municipal DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA HEPATITE AUTO- IMUNE ERIKA BORGES FORTES São Paulo 2011 ERIKA BORGES FORTES DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA HEPATITE AUTO- IMUNE Trabalho

Leia mais

Imunidade adaptativa (adquirida / específica):

Imunidade adaptativa (adquirida / específica): Prof. Thais Almeida Imunidade inata (natural / nativa): defesa de primeira linha impede infecção do hospedeiro podendo eliminar o patógeno Imunidade adaptativa (adquirida / específica): após contato inicial

Leia mais

12 PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS ALERGISTA. Com relação à corticoterapia sistêmica na dermatite atópica grave, assinale a resposta CORRETA:

12 PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS ALERGISTA. Com relação à corticoterapia sistêmica na dermatite atópica grave, assinale a resposta CORRETA: 12 PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS ALERGISTA QUESTÃO 21 Com relação à corticoterapia sistêmica na dermatite atópica grave, assinale a resposta CORRETA: a) não há estudos sistematizados que avaliem a

Leia mais

UFRJ - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO IMPPG - INSTITUTO DE MICROBIOLOGIA PAULO DE GÓES CURSO - ODONTOLOGIA

UFRJ - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO IMPPG - INSTITUTO DE MICROBIOLOGIA PAULO DE GÓES CURSO - ODONTOLOGIA IMPPG - CURSO - ODONTOLOGIA PROFESSOR RESPONSÁVEL Ana Paula Vieira Colombo CARGA HORÁRIA 180h PERÍODO DE REALIZAÇÃO CÓDIGO DISCIPLINA TEÓRICA LABORATÓRIOS DE PRÁTICA IMW238 Microbiologia e Imunologia O

Leia mais

Imagem da Semana: Fotografia

Imagem da Semana: Fotografia Imagem da Semana: Fotografia Figura 1: Fotografia da região extensora do cotovelo. Figura : Fotografia da região dorsal do tronco. Enunciado Paciente do sexo masculino, 55 anos, relata surgimento de lesões

Leia mais