Apocalipse, capítulo 11 1

Transcrição

1 Apocalipse, capítulo Foi-me dada uma cana semelhante a uma vara; e foi-me dito: Levanta-te, mede o santuário de Deus, e o altar, e os que nele adoram. 2 Mas deixa o átrio que está fora do santuário, e não o meças; porque foi dado aos gentios; e eles pisarão a cidade santa por quarenta e dois meses. O apóstolo João é chamado a medir o santuário de Deus, assim como acontece no livro de Ezequiel, capítulos A medida do templo indica a posse que Deus tem do seu povo e a proteção que lhe concede. Nesses versículos, a referência é principalmente aos santos do período final da vida da igreja sobre a terra, mas secundariamente refere-se à igreja de todas as eras. Nos últimos tempos, a proteção de Deus recairá sobre seu povo de modo especial, embora não necessariamente seja física, pois o martírio é anunciado em diversos trechos do livro. A proteção garantida por Deus é espiritual, de modo que seu povo seja capaz de atravessar a tribulação e dela sair vitorioso. Essa proteção impedirá o povo de se contaminar com influências idólatras e o capacitará a responder lealmente por sua fé. Na ordem de Deus, o pátio externo não deveria ser medido, pois é o átrio dos gentios, os quais se oporão ao povo de Deus por 42 meses. Por tempo determinado, o povo de Deus será perseguido, passará por sofrimentos terríveis, mas a mão protetora de Deus não lhes faltará. Deus permanecerá, como sempre, no controle de todas as coisas. Satanás pode vencer o povo de Deus por um tempo e somente no sentido físico, mas a vitória espiritual é assegurada aos escolhidos. Essas duas realidade diferentes (proteção de Deus e martírio) remetem à doçura e ao amargor sentidos por João ao comer o rolo (Ap 10). 1 Este estudo não é autoral. Consiste, em sua quase totalidade, na compilação de ideias dos autores citados nas referências, ao final do capítulo.

2 3 E concederei às minhas duas testemunhas que, vestidas de saco, profetizem por mil duzentos e sessenta dias. Deus dará poder e autoridade às duas testemunhas, que profetizarão e farão sinais. A escolha de duas testemunhas pode ser referência a Dt 17.6, em que dois é o número exigido para que o testemunho seja aceito. Essas testemunhas falarão da culpa do mundo diante de Deus e profetizarão por dias, que é o mesmo que 42 meses ou 3 anos e meio, período estabelecido por Deus para o sofrimento final. As testemunhas entregam a mensagem de Deus vestidas de saco, sinal de lamento pelo pecado das nações e pelo juízo que resultará dele. Elas não temerão a besta e pregarão destemidamente, chamando todos ao arrependimento. 4 Estas são as duas oliveiras e os dois candeeiros que estão diante do Senhor da terra. As oliveiras lembram o óleo que se extrai delas usado na unção, e os candelabros são a imagem usada por Jesus para ilustrar sua igreja, como vemos no capítulo 1º de Apocalipse. Aqui, na oliveira e no candeeiro, temos simbolizadas duas funções da igreja: reinado e sacerdócio. 5 E, se alguém lhes quiser fazer mal, das suas bocas sairá fogo e devorará os seus inimigos; pois se alguém lhes quiser fazer mal, importa que assim seja morto. Durante o ministério das duas testemunhas, ninguém poderá resistirlhes, pois lhes será dado poder de consumir seus inimigos. À semelhança de Elias, terão poder de fazer vir fogo consumidor sobre seus inimigos, sinal de juízo de Deus e condenação pelo pecado. As duas testemunhas, pois, tornamse executoras dos juízos divinos, os quais são resposta de Deus às imprecações dos mártires.

3 6 Elas têm poder para fechar o céu, para que não chova durante os dias da sua profecia; e têm poder sobre as águas para convertê-las em sangue, e para ferir a terra com toda sorte de pragas, quantas vezes quiserem. Novamente, à semelhança de Elias, as duas testemunhas recebem poder para fechar os céus e, semelhantemente a Moisés, poder para transformar as águas em sangue. A transformação das águas em sangue ocorre na 1ª praga egípcia, na 2ª trombeta e na 3ª taça. Esses fatos mostram a harmonia existente na linguagem bíblica que anuncia o juízo divino de maneiras já vistas no Antigo Testamento. Toda oposição além da que Deus permite é debalde e se frustra. Nada acontece fora do controle de Deus sempre e, em especial, nos últimos dias. 7 E, quando acabarem o seu testemunho, a besta que sobe do abismo lhes fará guerra e as vencerá e matará. Somente quando a missão das duas testemunhas chegar ao fim, Deus permitirá que as forças do mal triunfem sobre elas e, ainda assim, somente por um tempo. A missão das testemunhas é manter firme a mensagem de Deus, mesmo em meio a terrível perseguição. Esse último ato de afronta de Satanás logo terá resposta da parte de Deus com a vitória final do Cordeiro. Na verdade, não existe uma guerra final, pois o diabo foi derrotado na cruz e seus dias estão contados. As ações malignas que marcam o final dos tempos refletem o conhecimento satânico de que seu encarceramento se aproxima. O martírio, em Apocalipse, é praticamente um privilégio. Os santos, que participam da salvação e do reino divino são também chamados a participar das aflições messiânicas. 8 E jazerão os seus corpos na praça da grande cidade, que espiritualmente se chama Sodoma e Egito, onde também o seu Senhor foi crucificado.

4 Vencidas temporariamente as testemunhas, seus corpos permanecerão insepultos, ofensa terrível no mundo antigo e ainda hoje. Esse ato reflete o tamanho da animosidade de que são objeto as testemunhas, mesmo depois de martirizadas. A cidade em cuja praça ficarão expostos os corpos das duas testemunhas recebe os nomes espirituais de Sodoma e Egito. A primeira, símbolo de depravação moral e rebelião contra Deus; a segunda, representação de opressão e escravidão. Talvez uma mistura de Jerusalém e Roma, a grande cidade simbólica, capital do império romano ímpio governado pelo Anticristo ou referência a todas as cidades que se opõem a Deus. O texto diz ainda que essa cidade é a mesma em que o Senhor Jesus foi crucificado. Israel é relacionado a Sodoma em Is 1.9,10 e em Ez Para alguns, referência a Jerusalém; para outros, referência a todos os lugares em que Deus é rejeitado. A grande cidade matou Jesus e agora mata suas testemunhas. 9 Homens de vários povos, e tribos e línguas, e nações verão os seus corpos por três dias e meio, e não permitirão que sejam sepultados. Descrentes de vários povos, tribos, línguas e nações virão a ver o corpo das testemunhas e impedirão seu sepultamento. 10 E os que habitam sobre a terra se regozijarão sobre eles, e se alegrarão; e mandarão presentes uns aos outros, porquanto estes dois profetas atormentaram os que habitam sobre a terra. Haverá grande alegria pela morte das duas testemunhas, ao ponto de as pessoas trocarem presentes, pois se sentiam atormentadas pela mensagem que proferiam. O termo usado aqui para alegria fala de um sentimento muito intenso. Os ímpios se alegram pela vitória terrena, mas os salvos, pela eterna.

5 11 E depois daqueles três dias e meio o espírito de vida, vindo de Deus, entrou neles, e puseram-se sobre seus pés, e caiu grande temor sobre os que os viram. Como dito anteriormente, o tempo de ação do mal é limitado por Deus. Ao fim dos três dias e meio de festa e celebração pela morte das duas testemunhas, Deus as ressuscitará e recairá sobre o povo que antes se alegrava sobremaneira grande temor. Podemos ver aqui uma possível alusão à ressurreição de Cristo ao terceiro dia, embora as testemunhas tenham ficado insepultas três dias e meio. O sacrifício de Cristo é único, mas aqui também vemos a ação de Deus por meio de seu Espírito agindo sobre a morte. Esse temor que assolou os moradores da terra pode não ser reverência a Deus e ao seu poder, apenas surpresa e desapontamento, mas alguns teólogos defendem que, nos versos seguintes, há indicação de possível conversão de algumas pessoas. 12 E ouviram uma grande voz do céu, que lhes dizia: Subi para cá. E subiram ao céu em uma nuvem; e os seus inimigos os viram. Semelhantemente a João, quando ouve do céu uma voz que o chama a subir ao céu a fim de que saiba as coisas que irão acontecer, conforme vemos no capítulo 4 de Apocalipse, as duas testemunhas são chamadas ao céu e sobem em uma nuvem. Os inimigos, os mesmos que festejaram sobre seus cadáveres, agora as veem subir ao céu. Os inimigos constatam, no episódio das duas testemunhas, como Deus inverte a breve vitória deles e vinga suas testemunhas. Essa ressurreição é, também, prenúncio do arrebatamento da igreja, quando Cristo virá se encontrar com seu povo. Deus vindica suas testemunhas ao devolver-lhes a vida e, na frente dos seus inimigos, fazer ascender aquelas que tão violentamente foram rejeitadas por incomodar as pessoas com a mensagem do evangelho.

6 13 E naquela hora houve um grande terremoto, e caiu a décima parte da cidade, e no terremoto foram mortos sete mil homens; e os demais ficaram atemorizados, e deram glória ao Deus do céu. Terremotos ocorrem três vezes no livro de Apocalipse (6.12; e 16.18) e também aparecem em teofanias tempestuosas (8.5; 11.19). Aqui, a décima parte da cidade cai por causa de um terremoto e sete mil pessoas morrem (esse número equivale a 1/10 da população de Israel à época de João). O temor toma conta dos que sobreviveram, os quais dão glória ao Deus do céu, sinal, para alguns estudiosos, de conversão. No Antigo Testamento, a expressão dar glória a Deus é usada como chamamento à conversão (Is 7.19; 42.12; 1 Sm 6.5; Jr 13.16). O temor ou terror que as pessoas sentem pode levá-las ao juízo ou ao arrependimento de acordo com a resposta que oferecem ao chamado divino ao arrependimento presente nos selos, nas trombetas e nas taças. O juízo faz parte da última oferta divina de arrependimento às nações. Por outro lado, as pessoas podem temer e reconhecer o poder de Deus e não se converter, como aconteceu com Nabucodonosor a princípio. Permanece a pergunta: elas realmente se convertem ou são forçadas a admitir, como um inimigo derrotado, o poder de Deus? Oxalá realmente se convertam ao presenciar o poder de Deus! 14 É passado o segundo ai; eis que cedo vem o terceiro. O terceiro ai é anunciado, pois o segundo já se cumpriu. Em vez de juízo, vemos uma grande celebração celestial pela vinda do reino de Deus. Em razão disso, alguns estudiosos entendem que o terceiro ai ocorre no interlúdio presente nos capítulos 12 e 13 ou das sete taças do capítulo 16, ou, ainda, nos eventos dos capítulos A interpretação mais provável é que seja mesmo o último ai essa celebração, pois estamos diante do momento em que se manifestará a ira de Deus, que julgará, recompensará e destruirá.

7 Mais uma vez estamos no escaton, o que comprova a natureza cíclica dos selos, trombetas e taças. Apocalipse 10.7 fala que o mistério de Deus se cumpriria ao soar da 7ª trombeta. Isso é celebrado nos hinos que aparecem neste capítulo. A concretização da obra de Deus, no entanto, só a veremos no capítulo E tocou o sétimo anjo a sua trombeta, e houve no céu grandes vozes, que diziam: O reino do mundo passou a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos. Quando se espera mais uma manifestação de juízo, o que vemos é um coral celestial e a declaração de vitória de Deus, tal qual fomos surpreendidos entre o 6º e o 7º selo, quando veio silêncio em vez de juízo. O anjo toca a 7ª trombeta e grandes vozes (termo que aparece 19 vezes no livro, sendo que 2 vezes se refere a vozes em grupo: adoração e clamor dos mártires, no capítulo 6) única vez em que o termo é usado no plural anunciam o estabelecimento do reino de Deus e do seu Cristo. Esse hino refere-se a algo que ocorrerá quando Cristo voltar. Novamente há um deslocamento de cenário, pois a cena acontece no céu. O hino celebra o fim da trágica situação terrena de pecado levada ao limite tolerado por Deus e sua substituição pelo reino perfeito do Messias. O reino não é mais do mundo, pois, para sempre, será de nosso Senhor e do seu Cristo, nova ênfase à unidade entre Jesus e Deus, pois o reino pertence a ambos igualmente. O reino celestial substitui o terreno como verdadeira realidade. Nos evangelhos, Jesus disse que seu reino não era desse mundo. Acabou-se a dicotomia; só o reino de Deus é realidade agora. Esta é uma ênfase em Apocalipse, a verdadeira realidade é celestial, não terrena: Deus tem o controle de tudo; tudo tem seu tempo certo; Deus, e não o diabo, comanda a história da humanidade. O bem sempre esteve à frente do mal; tudo passa, mas Deus é eterno. O reino temporal do pecado e a transitoriedade da vida neste mundo pecaminoso serão substituídos por uma divindade eterna, um reino eterno e

8 uma vida eterna de que gozarão os filhos de Deus. O resultado do sofrimento do povo de Deus será vindicado na ressurreição dos mortos e na glorificação de todos. Aqui essa promessa é definitivamente cumprida. 16 E os vinte e quatro anciãos, que estão assentados em seus tronos diante de Deus, prostraram-se sobre seus rostos e adoraram a Deus, Os 24 anciãos, que não apareciam desde os capítulos 4 e 5, surgem novamente, curvando-se sobre seus rostos e adorando a Deus. São eles e os 4 seres viventes que comumente conduzem a adoração celestial (4.10,11; ,14; 7.11; 19.4). São eles anjos regentes assentados em seus tronos. Prostram-se em reconhecimento ao fato de Deus e Cristo serem os únicos dignos de ser adorados. Em 4.10,11, Deus é exaltado como criador. Neste hino, Deus é celebrado como aquele que pôs fim ao mundo pecaminoso e estabeleceu seu reino santo e eterno. 17 dizendo: Graças te damos, Senhor Deus Todo-Poderoso, que és, e que eras, porque tens tomado o teu grande poder, e começaste a reinar. Os 24 anciãos louvam a Deus por ele ter concluído seu plano de salvação ao pôr termo ao mundo pecaminoso e introduzir a eternidade. O termo Senhor Deus Todo-Poderoso é o principal título de Deus no Apocalipse (aparece 9 vezes). Novamente a eternidade de Deus é enfatizada: que és, e que eras (e que há de vir em algumas traduções). Deus é soberano sobre a história: foi no passado, é hoje e, no futuro, tudo ocorrerá como ele determinou, embora possa parecer que o mal esteja no controle. O hino anuncia que Deus subjuga toda oposição e estabelece o reino eterno: derrota as forças do mal, julga e estabelece seu reino eterno, o que veremos definitivamente posto nos capítulos 18 a 22 de Apocalipse.

9 18 Iraram-se, na verdade, as nações; então veio a tua ira, e o tempo de serem julgados os mortos, e o tempo de dares recompensa aos teus servos, os profetas, e aos santos, e aos que temem o teu nome, a pequenos e a grandes, e o tempo de destruíres os que destroem a terra. Como no Salmo 2, as nações se enfureceram contra o Senhor e o seu Ungido (Sl 2.1), mas Deus, em sua ira, põe termo à sua ação. Chega o tempo determinado para julgar os mortos, galardoar os profetas e os santos (grandes e pequenos) e para destruir os que destroem a terra. O juízo das nações no Antigo Testamento é também tema fundamental no Novo Testamento e, especificamente, em Apocalipse é tema central (Am ; Jl ; Sf ; 3.8; Mt ; ; Jo 5.22,30; 9.39; 12.31; At 10.42; 17.31; Rm 1.32; 1 Pe 4.5; Ap ). O tema da recompensa é também amplamente abordado nas Escrituras: Gn 15.1,2; 30.18; Pv 11.21; Is 40.10; 62.11; Mt 5.11,12; ; 1 Co ; Ap 2.23; 14.13; 18.6; 20.12,13; Além dessas passagens, as recompensas são citadas em cada uma das sete cartas à igrejas e a vindicação dos mártires é prometida em Deus retribuirá a grandes e pequenos que creem em seu nome, pois não faz acepção de pessoas. 19 Abriu-se o santuário de Deus que está no céu, e no seu santuário foi vista a arca do seu pacto; e houve relâmpagos, vozes e trovões, e terremoto e grande saraivada. Nos versos 1 e 2 do capítulo 11, o santuário é medido, aqui, no verso 19, ele é aberto, paralelo com 4.1, em que uma porta foi aberta no céu para que João conhecesse o que estava por vir. É aberto o lugar santíssimo onde Deus habita. A Arca da Aliança e a tempestade são símbolos da teofania no AT. Deus está presente em misericórdia (arca) e em juízo (tempestade), para dar fim à presente era e introduzir a eternidade. A tampa da arca recebia o nome de assento de misericórdia ou lugar de expiação, em clara referência ao desejo divino de

10 perdoar os pecadores que dele se aproximem. Nosso Deus é Deus de misericórdia, não se compraz na destruição dos ímpios, todavia sua justiça requer a devida paga pelos pecados. Aos que rejeitarem o sacrifício salvífico de Cristo na cruz está destinação a perdição, mas até o cumprimento de todas as coisas a oportunidade para o arrependimento continua franqueada. É dada a cada um a possibilidade da escolha à qual seguem-se as consequências.... Perguntas para fixação do conteúdo 1) A medição do templo tem que significado? 2) Quem podem ser as duas testemunhas e qual será seu papel no mundo? 3) Que episódios ligados às duas testemunhas deixam claro o completo controle que Deus exerce sobre os acontecimentos? 4) A 7ª trombeta traz uma celebração a Deus. Que acontecimento central é aí festejado? Questões para reflexão 1) Testemunhar o evangelho pode não ser fácil em algumas circunstâncias. Devemos sempre estar preparados e aceitar a adversidade, pois nossa função é pregar, cabendo ao Espírito Santo terminar a obra de convencimento. 2) Nossa fé deve ser paulatinamente fortalecida pela comunhão com Deus, para que, se necessário, estejamos aptos a morrer por Cristo, assim como por ele obtivemos vida. 3) Os momentos maus por que passamos nos deixam perplexos e, às vezes, desanimados, mas o fato de a Palavra de Deus deixar absolutamente claro que ele tem o controle de todas as coisas e que tudo acontece em tempo certo e que em tempo igualmente perfeito têm

11 seu fim deve encher nosso coração de segurança e esperança de que Deus está conosco e não nos abandonará jamais. Que lições você tirou do capítulo 11 de Apocalipse? REFERÊNCIAS DUCK, Daymond R. Guia fácil para entender Apocalipse. Rio de Janeiro: Thomas Nelson, MIRANDA, Neemias Carvalho. Apocalipse comentário versículo por versículo. Curitiba/PR: A. D. Santos Editora, OSBORNE, Grant R. Apocalipse. São Paulo: Vida Nova, 2014.