REVISTA SABER ACADÊMICO N 22 / ISSN PAULO, V. B. 2016

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1 78 REVISTA SABER ACADÊMICO N 22 / ISSN PAULO, V. B Artigo original ASPECTOS RELEVANTES ACERCA DAS DIVERSAS MODALIDADES DE DOAÇÃO, COM ÊNFASE NA DOAÇÃO COM CLAUSULA DE REVERSÃO PAULO, V. B 1 Nome completo: Vitor Barros Paulo Artigo Submetido: 10 de setembro de 2016 Aceito em: 2 de outubro de 2016 RESUMO O presente trabalho procura esclarecer sobre as modalidades de doação na linha de entendimento da doação como forma contratual, seus pressupostos, requisitos e capacidade para configurar um dos polos da relação jurídica. Enfatizando na modalidade de doação com cláusula de reversão, onde surge a discussão sobre a responsabilidade pelo patrimônio do doador, que fica com o donatário. Assim sendo, tem o dever de cuidar e zelar pelo bem que poderá usufruir ao seu favor, desejo pelo qual o doador faz livremente de espontânea vontade, o qual só terá plena propriedade do bem com o falecimento do doador, não favorecendo terceiros por parte do donatário. Palavra-chave: Doação. Reversão. Bem. ABSTRACT This paper seeks to clarify the donation procedures in the understanding donation line as contractual form, its assumptions, requirements and ability to set up one of the poles of the legal relationship. Emphasizing the donation form with reversal clause, where there is the 1 Bacharel em Direito pela FAPEPE (2017). paulobarrosvitor@gmail.com.

2 79 discussion about the responsibility of the heritage of the donor, which is with the donee, therefore has the duty to care for, watch over the well and that you can enjoy your favor, desire for what the donor is free of will, which will only have full ownership of the property with the donor's death, not favoring third parties by the donee. Keyword: Donation. Reversal. as well. 1. INTRODUÇÃO O presente trabalho traz à discussão sobre as diversas modalidades do contrato de doação, onde trataremos de quatorze espécies distintas do contrato de doação, seu conceito e entendimento como forma de contrato. Levando em consideração estas importantes modalidades, será dado uma ênfase maior na modalidade de Doação com Cláusula de Reversão, por meio de doutrinas, leis, jurisprudências, súmulas e opiniões de importantes e notáveis juristas. Especificamente na modalidade de Doação com Cláusula de Reversão como determina o artigo 547 do Código Civil, que o bem com o falecimento do donatário retornará a integrar o patrimônio do doador no estado em que se encontrar, não prevalecendo cláusula de reversão contra terceiro. Proteger para que o patrimônio não seja dilapidado, perca seu valor, deteriorando-se, tendo em vista que o donatário para se beneficiar abuse da propriedade do bem com o intuito de prejudicar o doador e que não desvirtue a finalidade da modalidade que não atinge a terceiros por parte do donatário. Esclarecer e trazer ao conhecimento desmistificando sobre o posicionamento de temas determinantes para a aplicação da modalidade. Abordar cada modalidade e tentar diferenciar e explicar a diferença de cada com base em artigos, leis e doutrinas para o fácil entendimento e aplicação no dia a dia sobre referidos temas. Mostrar a possibilidade de se utilizar a modalidade de Doação com Cláusula de Reversão, já aproveitando o tema esclarecendo as demais, tendo em vista que poucos conhecem tal modalidade e que pode ser muito útil para determinadas situações da vida comum. 2. DOAÇÃO

3 80 Entendendo como o exercício pleno do direito de propriedade, pode o proprietário, denominado doador, doar seu bem a outrem, denominado donatário, assim exercendo o grau máximo de seu direito. A doação é entendida como forma contratual, tendo em vista que o donatário deve aceitá-la. No que toque ao animus donandi, ou seja, a vontade de doar, o único interessado é o doador para beneficiar o donatário e diferencia-se do contrato de compra e venda onde há interesse de ambas as partes a realização do negócio. 2.1 Conceito O Código Civil Lei nº , de 10 de janeiro de 2002 conceitua doação em seu artigo 538 da seguinte maneira: considera-se doação o contrato em que uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu patrimônio bens ou vantagens para o de outra. Sobre o conceito de doação, muito incisiva, no caso em estudo, é a dicção do Código Civil de Portugal, em que se pode Observar, nitidamente, o mencionado animus donadi, típico do contrato de doação: Art Doação é o contrato pelo qual uma pessoa, por espírito de liberalidade e à custa do seu patrimônio, dispõe gratuitamente de uma coisa ou de um direito ou assume uma obrigação, em beneficio o outro contraente. 2.Não há doação na renúncia a direita e no repúdio de herança ou legado, nem tão pouco nos donativos conformes aos usos sociais (grifo nosso). (GAGLIANO, 2010, p ). Descreve a doação como uma vontade pessoal que se faz em benefício de outra pessoa, por livre e espontânea vontade, assumindo para si a obrigação. Não é comum o Código Civil apresentar definições e conceitos, pois a função de um legal é estatuir normas e comandos, deixando aquela tarefa para doutrina. A explicação alvitrada é que o novel legislador, assim como o de 1916, quis tomar posição diante da controvérsia reinante sobre a natureza contratual da doação, negada por muitos. Os Códigos que se filiam ao sistema francês, por exemplo, como o italiano de 1942, colocam-na ao lado do testamento, considerando-a modo particular de adquirir a propriedade. O Código Civil brasileiro, todavia, a exemplo do alemão e do suíço, preferiu colocá-la, mais adequadamente, entre as várias espécies de contrato, enfatizando, no aludido art. 538, que se considera doação o contrato[...] (GONÇALVES, 2009, p.225). O mesmo autor narra a divergência da natureza da doação por países diferentes que tratam a doação, como exemplo do sistema francês, seguido pela Itália, onde entendem que a doação está ao lado do testamento; sendo assim um modo particular de adquirir propriedade. Já para o brasileiro, a exemplo do alemão e suíço como uma espécie de contrato.

4 81 Lenza (2014, p.95) Inspira-se no propósito de fazer uma liberalidade, pois o doador transfere do seu patrimônio bens ou vantagens para o donatário, sem exigir remuneração. Neste ponto enfatiza a transferência sem que haja um benefício, em outras palavras, sem querer nada em troca pelo gesto de doar. Art O doador pode fixar prazo ao donatário, para declarar se aceita ou não a liberalidade. Desde que o donatário, ciente do prazo, não faça, dentro dele, a declaração, enterder-se-á que aceitou, se a doação não for sujeita a encargo (VADE MECUM, 2015, p.187). Resumidamente esse artigo diz que podendo o doador fixar prazo para manifestação, estando ciente, o donatário que não estiver sujeito a nenhum tipo de encargo, não se manifestando através da declaração, entende-se que aceitou. Explica Tartuce (2011, p.332), com a disposição mencionada pelo código de que pode fixar prazo para que o donatário declare se aceita ou não a doação, pode perceber que a aceitação não é essencial ao ato. Já o silêncio do doador traz com sigo iuris tantum presunção relativa à aceitação. A doutrina tradicional se posicionou quanto que a aceitação não pode ser presumida sem que haja a ciência do donatário, afirma que ninguém está obrigado a aceitar certo bem se não quiser, concluindo que a aceitação pode ser expressa ou presumida, mesmo não sendo elemento essencial não irá se presumir absolutamente essa aceitação se o donatário não for cientificado. Diniz (2007, p.231) [...]Sendo a Doação um contrato, requer para a sua formação o consentimento das partes; assim, de um lado, ter-se-á o animus donandi, isto é, a vontade do doador de beneficiar o donatário, e, de outro, aceitação do donatário, que é a sua manifestação de vontade consentimento na liberalidade do doador. Prossegue Diniz (2007, p.231) salienta que, por ser contrato benéfico, não precisará ter a capacidade de fato em se tratando de doação pura e simples, sendo necessário o consentimento de seu representante legal, dessa forma também para o nascituro, por aqueles que cuidam de seus interesses, pai, mãe, curador. Para o natimorto, expulso morto do útero materno, caducará. Já para o nascituro, cujo nascimento é dado como certo, será titular de direito sobre condição suspensiva. Se tiver um minuto de vida os seus direitos se transmitirão aos seus sucessores. familiar. Ao absolutamente incapaz é dispensada a aceitação expressa, recaindo sobre o poder A doação pura feita para o incapaz, não impede que o representante legal demonstre em juízo a desvantagem para o incapaz da liberalidade.

5 82 Na doação com encargo, sua aceitação será expressa por meio de representante legal. No caso de que se tratar de doação de pai para filho menor, deverá ser nomeado um curador especial, para que este aceite um nome do menor. [...] o ato de doar é manifestação de apoio ao próximo; é preocupação com o semelhante. Entre o benfeitor e o beneficiário, quase sempre há um nexo de parentesco ou de amizade (NADER, 2009, p.223). No trecho acima o autor explica que a doação está quase sempre ligada a um sentimento familiar, apoio ao próximo. A doação guarda uma afinidade com a compra e venda, tendo em vista que tanto na compra e venda quanto na doação se transfere o domínio de uma coisa. Ambos são contratos translativos de domínio. O que distingue a doação da compra e venda é que na compra e venda a transferência de domínio se faz mediante contraprestação, enquanto na doação esta transferência de domínio é gratuita. Daí decorre o fato de a compra e venda ser um contrato oneroso, enquanto a doação é o mais perfeito exemplo de contrato gratuito (PINTO, 2016, p.421). Comparando a doação com o contrato de compra e venda a diferença está na transferência do bem a título gratuito. 2.2 Natureza Jurídica É quando se tenta enquadra a doação a um tipo jurídico, um determinado ato de classificação jurídica para enquadramento as normas vigentes. Para o autor Pinto (2016, p.421) a doação pode ter sua natureza jurídica derivada de oito formas: A) Contrato unilateral onde só gera efeito para uma das partes; B) Bilateral quando aquele que recebe o bem e fica com um ônus, por exemplo, doação modal; C) Unilateral imperfeito sustenta que o encargo não é tido como obrigação, mas requisito para aperfeiçoamento do bem; D) Contrato gratuito não afeta os bens do donatário; E) Oneroso em caso onde o donatário fica com um encargo, como por exemplo, doação modal; F) Contrato consensual/formal pela vontade das partes, seguindo a tradição; G) Contrato real/formal em caso de doação de bens de pequeno valor, aperfeiçoando-se a tradição; H) Contrato comutativo onde ambos conhecem as prestações.

6 83 É interessante observar a maneira que se dá a doação por naturezas jurídica diversas, assim ajuda, tornado fácil entender a doção como forma contratual. 2.3 Pressupostos e Requisitos A principal característica refere-se a unilateralidade, que impõe obrigação apenas para o doador. Há também a doação com encargo, como por exemplo: A doa uma casa para B, só que B fica com a incumbência de todo mês levar uma cesta básica para a tia de A até que ela complete 60 anos, B não esta levando as cestas para ficar com a casa, a casa já esta sobre a posse de B. Ele não está obrigado, mais a faz em seu favor. Podendo ser feita através de um instrumento particular ou escritura pública Artigo 541 do código civil. 2.4 Capacidade Como vimos anteriormente, por se tratar de um contrato, a doação no que toque a capacidade como exercício pleno de direito, basta que seja dono, proprietário do bem para que possa doar. Existem algumas exceções que entenderemos a seguir Capacidade ativa A parte ativa (doador) para doar deve gozar de capacidade plena. Não poderão doar os incapazes, ainda com autorização judicial; sob pena de que esta doação não trará nenhum benefício ao menor Capacidade passiva Qualquer pessoa dotada de personalidade pode receber doação, seja pessoa física ou jurídica. 3 MODALIDADES 3.1 Doação Pura É aquela que é feita sem condição, termo ou encargo. Decorre simplesmente da vontade/generosidade do doador que no seu pleno exercício de direito resolve dar a alguém um bem cujo é proprietário através do seu pleno exercício da capacidade, não impondo nada ao recebedor. Doação pura ou simples. A doutrina registra diversas espécies de doação. A mais comum é a pura ou simples. (vera et absoluta), que não impõe qualquer encargo ao donatário, não visa a compensar serviços prestados, nem subordina os efeitos do contrato a algum acontecimento futuro e incerto. Resulta do único propósito de beneficiar o donatário. É uma doação que pode ser mencionada sem qualquer adjetivo (NADER, 2009, p.230). Com o único intuito de beneficiar quem está recebendo a doação.

7 84 A doação pura, que consiste em mero benefício e na qual o devedor é movido pelo exclusivo espírito de liberalidade, a esta se equipara a doação feita em contemplação do merecimento do donatário, pois, nesta, embora a causa da liberalidade não se esconda, a referencia ao imóvel do negocio é apenas a manifestação de um sentimento individual, que nenhum alcance tem sobre a natureza do ato. Exemplo se encontra na doação feita a alguém por seus feitos no campo da ciência, ou por sua vida inspirada na virtude etc (RODRIGUES, 2004, p ). Comparando doação pura com doação em contemplação do merecimento do donatário, pensa no motivo pelo qual o doador a faz, sendo que em ambas o doador não está obrigado, mais como mencionou de acordo com seu motivo, faz pelo exclusivo espírito de liberalidade pela vontade própria. Para o doutrinador Pinto (2016, p.422) a doação pura, também chamada por ele de simples, não está ligada a qualquer tipo de elemento acidental (condição, termo ou encargo), condições estas que venham a interferir na forma de aceitação. Deixaria de ser pura pelo fato de que o donatário teria um ônus a cumprir para o recebimento do bem doado, descaracterizando está modalidade pelo nome dita pura/simples. 3.2 Doação Condicional Nesta modalidade é estipulado uma condição para que haja a realização da doção, a um evento futuro e incerto, prevendo a possibilidade do não cumprimento da condição estipulada pelo doador. Gagliano (2010, p.151) [...] é estipulada uma condição (evento futuro e incerto) ao negócio, e, no segundo, é estabelecido um termo (evento futuro e incerto) que delimita um prazo, findo o qual o donatário passa a exercer o domínio sobre a coisa alienada. Neste tipo de doação é possível citar como exemplo: darei um carro a meu filho se ele passar no vestibular. Trata-se de evento futuro e incerto. Doação condicional. Dá-se a modalidade quando a transferência do objeto, de um patrimônio para outro, subordina-se a um acontecimento futuro e incerto. A condição tanto pode ser suspensiva como resolutiva. Tratando-se de condição simplesmente potestativa ou de fato subordinadamente (NADER, 2009, p.231). A transferência do bem está posta a um acontecimento futuro e incerto, sem saber quando e se poderá acontecer, tornando suspensa a transferência do bem doado até o acontecimento que se concretizará somente quando no futuro se realizar a condição. BRASIL. Tribunal de Justiça do Estado do Paraná - Apelação Cível : AC PR Julgamento dia 09/02/2011, publicação DJ 573. APELAÇÃO CÍVEL. REVOGAÇÃO DE DOAÇÃO COM ENCARGO.

8 85 ASSITÊNCIA LITISCONSORCIAL. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO. ADMINISSIBILIDADE. PRESCRIÇÃO VINTENÁRIA PELO NÃO CUMPRIMENTO DO ENCARGO. CONSTRUÇÃO DE ESCOLA. FUNDAMENTO DIVORCIADO DAS ALEGAÇÕES DA INICIAL. SENTENÇA "EXTRA PETITA". ART. 128 E 460/CPC. SENTENÇA ANULADA. RECURSO PROVIDO. Na jurisprudência acima o donatário não manteve em pleno funcionamento o grupo escolar que se comprometeu a construir no imóvel doado, como condição a doação, reconhecendo assim a perca da pretensão, por ter decorrido o prazo de vinte (20) anos a partir do termo legal para a edificação das obras. Quando não é esse o ponto do questionamento do autor, deixando de considerar se em algum tempo chegou ou não a ser construída e mantida em funcionando a escola, porque, a partir daí é que se iniciaria o prazo de prescrição. 3.3 Doação Modal, com Encargo ou Onerosa Este tipo de doação é marcada com um ônus exemplo: A doa seu carro a B, se B pagar X quantia a fulano de tal. Art O donatário é obrigado a cumprir os encargos da doação, caso forem a beneficio do doador, de terceiro, ou de interesse geral. Parágrafo único. Se desta última espécie for o encargo, o Ministério Público poderá exigir sua execução, depois da morte do doador, se este não tiver feito (VADE MECUM, 2015, p.188). Fica o donatário obrigado a cumprir como encargo, o ônus imposto pelo doador, podendo o Ministério Público exigir que o donatário cumpra com a obrigação, nos casos em que forem de interesse geral. É preciso salientar, sempre, que o encargo não é uma contraprestação sendo proporcionalmente muito menos extenso do que o beneficio recebido. Isso porque, se o encargo for muito pesado, pode descaracterizar a doação, transformando a, por exemplo, e uma compra e venda disfarçada. Descumprindo o encargo, o seu beneficiário poderá exigir a sua execução judicial, sendo que se o beneficiário for a coletividade, está o Ministério Publico legitimado a exigir tal execução. Ressalte-se que, como veremos, além dessa conseqüência (execução coercitiva), se houver descumprimento do encargo, poderá o doador até mesmo revogar a doação. (GAGLIANO, 2010, p.152) Deixa claro que o encargo é menor do que o benefício recebido, podendo em caso contrário, descaracterizar a doação. Caso ocorra o descumprimento do encargo caberá ação judicial para revogar a doação. Não perde o caráter de liberalidade o que exceder o valor do encargo imposto. Assim, se o bem doado vale R$ ,00 e o encargo exige o dispêndio de R$ ,00, haverá

9 86 uma doação de R$ ,00 e uma alienação a título oneroso de R$ ,00 (LENZA, 2014, p ). Havendo uma doação, na qual para sua realização necessite de um pagamento, como o caso acima, ele diz que houve uma doação e alienação que corresponde a uma compra e venda. No caso de encargo ilícito ou impossível, Lenza (2014) traz o seguinte exemplo: Se a doação de um imóvel é feita para que o donatário nele mantenha casa de prostituição (atividade ilícita), sendo esse o motivo determinante ou a finalidade específica da liberalidade, será invalidado todo o negócio jurídico. Assim está previsto no artigo 137 do Código Civil. Considera-se não escrito o encargo ilícito ou impossível, salvo se constituir o motivo determinante da liberalidade, caso em que se invalida o negócio jurídico (VADE MECUM, 2015, p.164). Não é permitido doação para que se pratique com o bem algum tipo de conduta não permitida em lei, caso ocorra poderá tornar o negocio jurídico inválido. Está pode se dirigir ao próprio doador, a terceiro e a coletividade. Ressalta-se, conforme já mencionado na parte geral, que o encargo é elemento acidental ao negócio jurídico, criando para o bem um a finalidade; assim, o seu efeito é limitar uma liberalidade (PINTO, 2016, p ). O doutrinador acima destaca o diferencial nesta modalidade que é o ônus, que poderá recair sobre o próprio doador, como condição imposta pelo donatário para a aceitação do bem, Exemplo: José aceita a doação do carro, deis de que João faça uma revisão detalhada no mesmo. Recaindo sobre um terceiro, exemplo: José doa moto para João, mas seu funcionário terá que levar o leite por uma semana a sua avó. Quando esta doação for de interesse geral vale salientar que o Ministério Público poderá intervir. BRASIL. Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais - AC MG. Julgamento 19/052015, Publicação 27/05/2015. DIREITO ADMINISTRATIVO. APELAÇÃO CÍVEL. REVOGAÇÃO DE DOAÇÃO E REVERSÃO DO IMÓVEL. MUNICÍPIO DE POUSO ALEGRE. CONTRATO DE PERMISSÃO DE USO DE LOTES NO BAIRRO SÃO JOSÉ. AUTORIZAÇÃO DE DOAÇÃO PURA E SIMPLES COM ENCARGO. INSTALAÇÃO DE MICROEMPRESA. INADIMPLEMENTO DA OBRIGAÇÃO CONTRATUAL PELA PERMISSIONÁRIA EM RELAÇÃO A APENAS UM DOS LOTES CEDIDOS. DESVIO DE FINALIDADE EM RELAÇÃO AO LOTE 21 NÃO-COMPROVADO. PROCEDÊNCIA PARCIAL DO PEDIDO.

10 87 No caso acima, trata-se de uma modalidade típica e comum utilizada por entidades públicas, com a finalidade de estimular o crescimento e desenvolvimento, a prefeitura Pouso Alegre autorizou a aquisição de lotes por doação pura e simples, porém, desde que o imóvel permanecesse com a destinação prevista inicialmente. Instalação de microempresa. O beneficiado não logrou demonstrar a inexecução do encargo pactuado dentro dos prazos estipulados, na medida em que a microempresa efetivamente funcionou no local. Por seu turno, o Lote 07 encontra-se vazio, portanto, quanto a essa área especificamente, a beneficiária caminhou contra o interesse público que motivou a liberalidade, autorizando a reversão e restituição do referido lote. 3.5 Doação com Cláusulas de Reversão Nesta modalidade de doação se prevê o retorno do bem ao doador, caso o donatário venha a falecer antes dele. Art O doador pode estipular que os bens doados voltem ao seu patrimônio, se sobreviver ao donatário. Parágrafo único. Não prevalece cláusula de reversão em favor de terceiro (VADE MECUM, 2015, p.188). A morte é admitida pela lei como causa de reversão, nada obstando, porém, que se estipule, de outra forma, a doação a termo, no sentido do bem doado poder reverter ao patrimônio do doador, antes mesmo da morte do donatário. Nesse sentido, observa VENOSA: pergunta-se também se essa clausula pode ser aposta estipulando reversão antes da morte. A resposta é afirmativa, cuida-se de aplicar o principio geral que admite os negócios a termo. Neste ponto, tudo fica no âmbito da autonomia da vontade das partes contraentes. (GAGLIANO, 2010, p ) Diante do exposto, pode-se observar que seria possível que o bem ora doado, volte a integrar o patrimônio do doador, antes que ocorra a morte do donatário, bastando que o doador em consentimento com o donatário coloque esta cláusula, estando ausente termo ou condição do contrato. Especulou sobre a possibilidade de renúncia da reversão, onde o doador poderá dispensar sendo assim um direito potestativo, disponível a sua posição. Outro instigante problema diz respeito à possibilidade de o bem ser revertido a terceiro. O Código anterior era omisso a esse respeito, o que levava a parte da doutrina a admitir essa hipótese, caracterizando uma espécie de fideicomisso inter vivos, que operaria a transmissibilidade do domínio de um bem doado a um terceiro, sem que tivesse havido a morte do doador. Sua aceitação sempre foi polêmica, antes da edição do novo Código Civil, que culminou por proibi-lo, consoante se depreende do parágrafo único do artigo sob comento: não prevalece clausula de reversão em favor de terceiro. Talvez a razão de tal proibição resida não apenas na natureza testamentária do fideicomisso, mas, especialmente, na necessidade de se preservar o bem

11 88 em poder de uma das partes, incentivando-a a imprimir destinação econômica ao mesmo, sem risco de, ao final, ter de se sujeitar a uma segunda transferência, em beneficio de terceira pessoa. Resguarda-se, outrossim, com tal restrição, a segurança nas relações jurídicas (GAGLIANO, 2010, p ). Fica fácil notar que o Código Civil tenta proteger a segurança jurídica diante de uma transferência a terceiro onde com o falecimento do donatário, anterior ao doador, estando este bem nas mãos de um terceiro que pode vir a desvalorizar o bem ou até mesmo dar destinação distinta impossibilitando que o bem retorne ao doador na reversão dificultando a real intenção a este tipo de doação. Art O doador pode estipular que os bens doados voltem ao seu patrimônio, se sobreviver ao donatário. Parágrafo único. Não prevalece cláusula de reversão em favor de terceiro (VADE MECUM, 2015, p.188). Não fosse essa cláusula, que configura condição resolutiva expressa, os referidos bens passariam aos herdeiros do último. Revela o propósito do doador de beneficiar somente o donatário e não os herdeiros deste, sendo, portanto, intuito personae. A cláusula de reversão só terá eficácia se o doador sobreviver ao donatário. Se morrer antes deste, deixa de correr a condição e os bens doados incorporam-se definitivamente ao patrimônio do beneficiário, transmitindo-se, por sua morte, aos seus próprios herdeiros. Uma vez que a condição é resolutiva, e não suspensiva, o donatário goza de direito atual e pode exercer, desde o momento da doação, o direito por ela estabelecido, podendo inclusive dispor da coisa, vendendo-a, doando-a ou dando-a em pagamento (GONÇALVES, 2009, p.272). Outro ponto acima mencionado e foco principal também desta modalidade, é quando o doador opta por fazer doação com cláusula reversão. Presumidamente, sua intenção é que o bem doado, não volte aos seus legítimos herdeiros com o seu falecimento, os bens se incorporam ao patrimônio do donatário. Somente, caso o donatário venha falecer antes do doador que não gozará plenamente, amplamente da propriedade do bem. Pinto (2016, p.423) é modalidade vinculada a evento futuro e incerto (condição resolutiva expressa), ou seja, de o donatário falecer. Aqui o bem será revertido ao doador, caso o donatário morra antes. Vislumbras-se a propriedade resolúvel do donatário. Pode o donatário vender o bem? Não existe qualquer restrição legal, mas a pessoa que o adquirir deverá se submeter à resolução do domínio. Nesta modalidade está submetida a um evento futuro e incerto, onde o donatário possa falecer antes do que o doador, voltando assim os bens a integrar seu patrimônio. Outro ponto interessante abordado, ocorre quando o donatário vende o bem ora doado, caso em que o comprador ficará submetido as mesmas condições estabelecidas pelo doador.

12 Doação Universal Para que se assegure o mínimo para a subsistência da pessoa humana, esta modalidade não permite que o doador disponha de todo o seu patrimônio, podendo se falar no princípio da dignidade da pessoa humana presente na Constituição Federal. Art. 1º. A Repúbica Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito de Direito e tem como fundamentos: [...] III - a dignidade da pessoa humana; [...] (VADE MECUM, 2015, p.5). Art É nula a doação de todos os bens sem reserva de parte, ou renda suficiente para a subsistência do doador (VADE MECUM, 2015, p.188). BRASIL. Tribunal de Justiça de Minas Gerais. AC MG. EMENTA: RECURSO DE APELAÇÃO - AÇÃO DE NULIDADE - INVENTÁRIO - HERDEIRO PRETERIDO - IMÓVEL ADJUDICADO - CESSÃO DE DIREITOS HEREDITÁRIOS - DOAÇÃO UNIVERSAL - LEGÍTIMA - NULIDADE RECONHECIDA - RECURSO A QUE SE DÁ PROVIMENTO. - É nula a sentença homologatória de adjudicação prolatada nos autos do inventário em que se deu a preterição de herdeiro. - A cessão a título gratuito pela inventariante da integralidade dos direitos hereditários constitui autêntica doação, pelo que há de ser observada a parte disponível. Inteligência do art. 549, do Código Civil. - Recurso a que se dá provimento. Neste acórdão é possível visualizar o impedimento, requerido por um herdeiro, qual foi aceito mediante uma doação que afetou a legítima parte do doador, assim reconhecida no pedido configurando doação universal ilegítima. Tartuce (2011, p.349) A leitura correta do art. 548 do CC traz a conclusão de que é até possível que a pessoa doe todo o seu patrimônio, desde que faça uma reserva de usufruto, de rendas ou alimentos a seu favor, visando á sua manutenção e a sua sobrevivência de forma digna. Em casos tais, para esclarecer qual é o piso mínimo, recomenda-se analise casuística. Explica que de acordo com a interpretação do artigo, é possível uma doação de todo patrimônio, desde que faça uma reserva de usufruto em seu favor, para garantir sua subsistência de forma digna. 3.5 Doação com Cláusulas Restritivas Restringem o poder do donatário ao bem, estás cláusulas tem caráter protetivo, inviabilizando a transferência do bem. São cláusulas restritivas:

13 90 Inalienabilidade - condição que o bem não pode ser vendido. Essa cláusula pode ser por um período determinado ou vitalício, não podendo ultrapassar a vida do donatário, mas com a morte do donatário extingue-se essa cláusula. Doação com cláusula de inalienabilidade vitalícia. O contrato de doação pode conter uma cláusula que impeça o donatário de alienar a coisa recebida. Tal cláusula possui caráter vitalício, mas se extingue com a morte do donatário. O objeto doado se transmite, portanto, aos herdeiros do donatário, sem o gravame. Na sistemática do instituto não há qualquer norma a respeito. O Código Civil revogado, pelo Art , referia-se expressamente às doações com cláusulas de inalienabilidade, mas o atual não reproduziu a disposição. Seria válida a sua inserção, hoje, contratos de doação? Entendo que sim, pois a limitação de poder não contraria normas de ordem pública (NADER, 2009, p.232). Impenhorabilidade - o bem ora recebido de doção não possa servir para quitar dívida, ser objeto de penhora. Incomunicabilidade quando se tem a intenção que o bem possa ser exclusivamente e unicamente ao donatário, evitando que se comunique ao patrimônio do conjuge. Só poderá ser inserida no contrato de doação se presente a justa causa. Cláusulas são inseridas com a finalidade de proteger o patrimônio tanto do donatário, quanto do doador. 3.6 Doações Especiais, em Forma de Subvenção Periódica, Casamento Futuro e Prole Eventual Contrato onde suas prestações são pagas pelo doador periodicamente, em um prazo livre estipulado pelo doador, podendo este colocar o seu capital na posse do donatário, podendo este receber os rendimentos do mesmo bem, e com sua morte veda a possibilidade de que herdeiros do donatário, ou seus sucessores queiram beneficiar-se dos frutos deste bem, esta modalidade está prevista no artigo 545 do Código Civil. Art A doação em forma de subvenção periódica ao beneficiado extingue-se morrendo o doador, salvo se este outra coisa dispuser, mas não poderá ultrapassar a vida do donatário (VADE MECUM, 2015, p.188). Na Forma de Subvenção Periódica o doador, ao invés de entregar um bem ao donatário entrega parcela de bens, ou seja, o doador não entrega o bem de uma só vez, entrega em parcelas periodicamente. Como exemplo é possível que se estipule a entrega a um possível e futuro casamento, filhos. 3.7 Doação entre Cônjuges

14 91 Este tipo de doação deve se observar a princípio o tipo de regime sob o qual foi realizado o casamento, levando em consideração que o regime escolhido é de suma importância quanto ao que tange os bens envolvidos no casamento, para não se desvirtuar. Os que casados sob o regime de comunhão universal, por exemplo, não terá sentido prático a doação, visto que os bens adquiridos anteriores e posteriores a data do casamento já se comunicam. No regime da separação total, os bens já são particulares de cada um dos cônjuges, já existe um impedimento legal. Só se admite se este for por separação convencional de bens. Já no regime da comunhão parcial de bens, só poderão ser doado os bens particulares de cada cônjuge. Extinto pelo ordenamento vigente, o regime dotal, nele o objeto do dote não pode ser objeto de doação. Vale salientar que em caso de doação entre os cônjuges de acordo com as possibilidades como vimos acima, não dispensa o recolhimento do ITCM (Imposto sobre Transição Causa Mortis e Doação), pra firmar o entendimento: BRASIL. Tribunal de Justiça-DF - Apelacao Civel do Juizado Especial ACJ DF (TJ-DF)Data de publicação: 07/08/2014 Ementa: DIREITO CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. TRANSFERÊNCIA ENTRE CÔNJUGE NA CONSTÂNCIA DA SOCIEDADE CONJUGAL. REGIME DE COMUNHÃO PARCIAL DE BENS. FATO GERADOR INEXISTENTE. ITCD. NÃO INCIDÊNCIA. 1 - Acórdão elaborado de conformidade com o disposto nos arts. 46 da Lei 9.099/1995, 12, inciso XI, 98 e 99 do Regimento Interno das Turmas Recursais. Recurso próprio, regular e tempestivo. 2 - Doação entre cônjuges. A doação entre cônjuges de bens referentes ao patrimônio comum, não configura hipótese de transferência patrimonial efetiva, de modo que não configura a hipótese de incidência tributária do Imposto sobre Transmissão Causa Mortis ou Doação de Bens e Direitos - ITCD. 3 - Recurso conhecido e não provido. Sem custas processuais, na forma do Decreto 500/69. Honorários, no valor de 10% (dez por cento), pelo recorrido. De acordo com a apelação feita por um dos cônjuges, na constância do casamento, onde resolvem doar um determinado bem ao outro, e desejam receber a isenção do tributo de maneira essa que o recurso não foi aceito. Afirmando os desembargadores do tribunal de Justiça do Distrito Federal, que mesmo na transmissão de bens entre os cônjuges existe sim a possibilidade de incidência tributária, ocorrendo o fato gerador para o recolhimento do ITCMD (Imposto de Transmissão Causa Mortes e Doação).

15 Doação Entre Companheiros e Concubinos Para entender essa modalidade é necessário diferenciar união estável de concubinato, presente no nosso código civil artigo É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família (VADE MECUM, 2015, p.269). Neste artigo reconhece união estável e define como: 1 - A relação com finalidade de constituir família. 2- Continua, sem interrupções. 3 - Duradoura, que perdure por toda a vida. [...] acreditamos que o legislador não acertou em denominar simplesmente a união entre pessoas impedidas pelo casamento como concubinato, posto que, no artigo º estabeleceu que os separados de fato e os separados judicialmente podem constituir união estável. Portanto, mesmo impedidos podem constituir união estável. Podemos verificar do acima disposto, que o Código Civil faz nítida diferença entre concubinato e união estável, salientando a importância da lealdade e da monogamia. Percebemos, assim, que a nova legislação não aceitou o concubinato adulterino ou incestuoso como entidade familiar, por outro lado, definiu a situação jurídica dessas relações extramatrimoniais consideradas como concubinato, como sociedade de fato, aplicando-se as regras do direito das obrigações. Portanto, o concubinato de hoje não pode ser considerado como entidade familiar e só poderá receber as regras do direito das obrigações [...] O conceito de união estável e concubinato nos tribunais nacionais. Ana Elizabeth Lapa Wanderley Cavalcanti. O grande problema na doação entre estás duas modalidades está na relação entre companheiros inserida no âmbito do direito de família e concubinos inserida no direito obrigacional, o código civil proibe a doação entre concubinos, especialmente a hipótese de quebra do dever de fidelidade por subsistência de outra relação amorosa, ao lado do casamento e não entre companheiros partes em uma união estável. Tartuce (2011, p ) narra que este artigo merece críticas e comentários, pois apresenta uma serie de problemas: Primeiro seria quanto ao alcance somente as pessoas casadas, não se aplicando as solteiras, separadas ou divorciadas, que podem dispor livremente de seus bens aos companheiros, não sendo doação que prejudique a terceiros (inoficiosa) ou passível de declaração de nulidade ou anulação por outra razão.

16 93 Segundo, é que a Lei /2005 extinguiu o tipo penal adultério. Expressões adultero e cúmplice condenadas pela entidade máxima do Direito de Família do Pais, o Instituto brasileiro de Direito de Família. Terceiro, conflita o artigo 550 do Código Civil com o artigo 1.642, V Qualquer que seja o regime de bens, tanto o marido quanto a mulher podem livremente: [...] V reivindicar os bens comuns, móveis ou imóveis, doados ou transferidos pelo outro cônjuge ao concubino, desde que provado que os bens não foram adquiridos pelo esforço comum destes, se o casal estiver separado de fato mais de cinco anos Vade Mecum (2015, p.264). Observa-se que o primeiro menciona anulação a doação entre cúmplice enquanto o terceiro prevê uma possibilidade de ação reivindicatória a ser proposta pelo outro cônjuge. Além disso, prevê um prazo de 5 anos para reivindicação dos bens estando o casal separado de fato, conflitando com o artigo 1.723, caput, do Código Civil, que dispensa o prazo É reconhecida a entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família (VADE MECUM, 2015, p.269). Na verdade, o art. 550 do CC, que é polêmico, perecendo-nos a sua redação um verdadeiro descuido do legislador, um grave cochilo. A sua aplicação somente será possível se o doador não viver em união estável com o donatário, havendo uma doação a concubino, de bem comum, na vigência do casamento (TARTUCE, 2011, p.350). Supremo Tribunal Federal. Súmula n.380. Comprovada a existência da sociedade de fato entre os concubinos, é cabível a sua dissolução judicial, com a partilha do patrimônio adquirido pelo esforço comum. Apelação do Tribunal de Justiça-SP nº , Voto nº Ação anulatória. Alegação de simulação em escritura pública de compra e venda de imóvel entabulada entre o pai dos autores, agora falecido, e a ré, companheira deste. Confissão de que houve simulação. Ocorrência de simulação relativa, devendo, a teor do que dispõe o art. 167 do Código Civil, subsistir o negócio que se dissimulou (doação), apenas na parte que não excedeu à legítima. Necessidade, ademais, de se investigar o valor dos bens deixados pelo falecido e, também, a alegação de incapacidade do doador. Sentença anulada para regular instrução. Recurso parcialmente provido para esse fim. Nota-se no acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, cuja sentença anulada para regular a instrução, obtendo o recurso parcialmente provido, reconhecendo que houve uma simulação de compra e venda de imóvel entre o pai dos autores que entraram com apelação, e a concubina, anulando o ato em si.

17 Da Revogação da Doação Observando a doação como forma contratual, pode-se dizer que sua revogação é uma forma de rompimento unilateral por uma das partes, conforme a seguir algumas formas tipificadas pelo código: Art A doação pode ser revogada por ingratidão do donatário, ou por inexecução do encargo (VADE MECUM, 2015, p.188). Art Podem ser revogadas por ingratidão as doações... Vale salientar que de acordo com a I Jornada de Direito Civil, foi publicado o enunciado nº 33, que diz que o rol do artigo anterior deixa de ser taxativo. 4. CONCLUSÃO O presente trabalho abordou diversas modalidades de doação previstas no Código Civil Brasileiro, com ênfase na modalidade de doação com cláusula de reversão, entendendo que doação é forma contratual de acordo com o rol elencado em que se encontra no Código Civil Brasileiro, trazendo conceitos importantes à compreensão do tema, pressupostos, requisitos e capacidade, para serem partes de um dos polos da relação jurídica. Abordando um tema especifico que pode solucionar problemas de ordem sucessória. Quando o doador não tem sucessores e deseja doar seus bens a uma determinada pessoa, ficando ela sobre a propriedade do bem podendo usufruir livremente, permitindo assim que o bem volte a integrar o patrimônio do doador como se encontre, caso aconteça a morte do donatário antes do doador. Contrato este de caráter protetivo que o faz em espontânea vontade, gozando do seu direito de dispor enquanto vivo. REFERÊNCIAS BRASIL. Tribunal de Justiça do Estado do Paraná - Apelação Cível : AC PR Julgamento dia 09/02/2011, publicação DJ 573. APELAÇÃO CÍVEL. REVOGAÇÃO DE DOAÇÃO COM ENCARGO. ASSITÊNCIA LITISCONSORCIAL. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO. ADMINISSIBILIDADE. PRESCRIÇÃO VINTENÁRIA PELO NÃO CUMPRIMENTO DO ENCARGO. CONSTRUÇÃO DE ESCOLA. FUNDAMENTO DIVORCIADO DAS ALEGAÇÕES DA INICIAL. SENTENÇA "EXTRA PETITA". ART. 128 E 460/CPC. SENTENÇA ANULADA. RECURSO PROVIDO. Disponível em: < pr >. Acesso em: 18 out

18 95 BRASIL. Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais - AC MG. Julgamento 19/052015, Publicação 27/05/2015. DIREITO ADMINISTRATIVO. APELAÇÃO CÍVEL. REVOGAÇÃO DE DOAÇÃO E REVERSÃO DO IMÓVEL. MUNICÍPIO DE POUSO ALEGRE. CONTRATO DE PERMISSÃO DE USO DE LOTES NO BAIRRO SÃO JOSÉ. AUTORIZAÇÃO DE DOAÇÃO PURA E SIMPLES COM ENCARGO. INSTALAÇÃO DE MICROEMPRESA. INADIMPLEMENTO DA OBRIGAÇÃO CONTRATUAL PELA PERMISSIONÁRIA EM RELAÇÃO A APENAS UM DOS LOTES CEDIDOS. DESVIO DE FINALIDADE EM RELAÇÃO AO LOTE 21 NÃO-COMPROVADO. PROCEDÊNCIA PARCIAL DO PEDIDO. Disponível em: < sp >. Acesso em 18 out BRASIL. Tribunal de Justiça de Minas Gerais. AC MG EMENTA: RECURSO DE APELAÇÃO - AÇÃO DE NULIDADE - INVENTÁRIO - HERDEIRO PRETERIDO - IMÓVEL ADJUDICADO - CESSÃO DE DIREITOS HEREDITÁRIOS - DOAÇÃO UNIVERSAL - LEGÍTIMA - NULIDADE RECONHECIDA - RECURSO A QUE SE DÁ PROVIMENTO. Disponível em: < mg.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/ /apelacao-civel-ac mg/inteiro-teor >. Acesso em: 25 ago BRASIL. Apelação Cível do Juizado Especial ACJ EMENTA DIREITO CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. TRANSFERÊNCIA ENTRE CÔNJUGE NA CONSTÂNCIA DA SOCIEDADE CONJUGAL. REGIME DE COMUNHÃO PARCIAL DE BENS. FATO GERADOR INEXISTENTE. ITCD. NÃO INCIDÊNCIA. Disponível em: < Acesso em: 27 ago BRASIL.Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Apelação nº Voto nº EMENTA: Ação anulatória. Alegação de simulação em escritura pública de compra e venda de imóvel entabulada entre o pai dos autores, agora falecido, e a ré, companheira deste. Confissão de que houve simulação. Ocorrência de simulação relativa, devendo, a teor do que dispõe o art. 167 do Código Civil, subsistir o negócio que se dissimulou (doação), apenas na parte que não excedeu à legítima. Necessidade, ademais, de se investigar o valor dos bens deixados pelo falecido e, também, a alegação de incapacidade do doador. Sentença anulada para regular instrução. Recurso parcialmente provido para esse fim. Disponível em: < Mm>. Acesso em 27 ago DINIZ, Maria Helena, Curso de Direito Civil Brasileiro, 3. Teoria das Obrigações Contratuais e Extracontratuais, 23.ed., São Paulo, Saraiva, 2007.

19 96 GAGLIANO, Pablo Stolze, Novo Curso de Direito Civil, 3.ed. Vol.IV, São Paulo, Saraiva, GONÇALVES, Carlos Roberto, Direito Civil Brasileiro, 6.ed. Vol.III, São Paulo, Saraiva, LENZA, Pedro, Direito Civil 2, Contratos em Espécies e Direito das Coisas - Esquematizado 4.ed. São Paulo, Saraiva, NADER, Paulo, Curso de Direito Civil, Contratos, 3, 4. ed. Vol.3, Rio de Janeiro, Forense, O conceito de união estável e concubinato nos tribunais nacionais. Ana Elizabeth Lapa Wanderley Cavalcanti Disponível em: < 5910> Acesso em: 18 de out PINTO, Cristiano Vieira Sobral, Direito Civil Sistematizado, 7.ed. Juspodivm, RODRIGUES, Silvio, Direito Civil, Dos Contratos e Das Declarações Unilaterais da Vontade, 30.ed.Vol.3, São Paulo, Saraiva, TARTUCE, Flávio, Direito Civil, Teoria Geral dos Contratos e Contratos em Espécie 3, 6.ed. São Paulo,Editora Método, VADE MECUM, 19.ed., São Paulo, Saraiva, VENOSA, Sílvio de Salvo, Direito Civil, 11.ed., Vol.3, São Paulo,Editora Atlas S.A, 2011.

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