Resenha - A Condiçao Urbana

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1 Resenha GOMES, Paulo César da Costa. A condição urbana: ensaios de geopolítica da cidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, Por Joisa Maria Barroso Soares Arquiteta-Urbanista, Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente (PRODEMA/UFC) e Doutoranda no IPPUR/UFRJ

2 A presente obra demonstra claramente os objetivos do Autor: permear temáticas e campos disciplinares diversos utilizando duas matrizes sócio-espaciais, o NOMOESPAÇO e GENOESPAÇO. Logo a princípio estas matrizes são explicadas e exemplificadas através da dinâmica da cidade, principalmente na descrição das disputas territoriais nela existente. Fenômenos urbanos como o futebol e os arrastões são interpretados, mas não antes de serem refletidas as noções de TERRITÓRIO, POLÍTICA e CIDADE. GOMES busca valorizar as zonas de sombreamento existentes na superposição e na interseção destas três noções (p.11). Daí a expressão condição urbana, relativa na Antiguidade Clássica a um elemento determinante em aglomerações possuidoras de elementos representativos de uma organização tipicamente urbana como o fori, os templos e o desenho urbanístico. Sobre o conceito de TERRITÓRIO adverte que nada será definitivo, mas que a princípio está noção encerra uma parcela de terreno utilizada como forma de expressão e exercício do controle sobre outrem (p.12). Esse controle segundo GOMES cria tensões, disputas por melhores localizações neste espaço territorializado, qualificado por quem o quer utilizar como materialização de poder. Estas lutas dão origem a POLÍTICA, a geopolítica urbana, a qual dita as regras de convivência dentro daquilo que denominamos CIDADE. Esta como somatório de formas, objetos e dinâmicas sócio-comportamentais apresenta-se como pano de fundo a CONDIÇÃO URBANA. Em sua introdução o Autor além de enfocar estas conceituações elabora uma breve avaliação dos estudos franceses sobre a cidade e o urbano. Classificando-os às vezes como meras descrições morfológicas, outras vezes como análises baseadas no processo de urbanização, onde a cidade é apenas um elemento no processo; e identifica uma tendência contrária a esta, que busca apreender a organização interna das cidades promovendo análises por vezes classificatórias e funcionalistas. Os atuais avanços da Geografia também são colocados por GOMES. Avanços, pois a Geografia não vem se prendendo apenas a morfologia quando na observação do meio urbano; avalia também os conteúdos desta morfologia. E afirma a cidade é uma forma necessária a um certo gênero de associação humana, e suas mudanças morfológicas são condição para que esta associação se transforme (p.19). É através da verificação destas transformações, confrontadas com a disposição locacional dos objetos, que a análise geográfica deve se basear. A partir destas constatações o Autor aprofunda o discurso sobre a relação dialética entre TERRITÓRIO e POLÍTICA, tão presente ns diversas concepções de cidade. Uma relação permanente, frente a todas as demais transformações que ocorrem na cidade, variações de: forma, práticas sociais, valores etc. E lança o desafio, a pergunta propulsora de todo o restante de sua obra, terá a Geografia condições de demonstrar que as práticas e representações do poder têm uma incontornável dimensão espacial e que as formas de controle social e do direito se situam em uma posição de dependência direta em relação às disposições territoriais? (p.21). 2

3 O nomoespaço e o genoespaço Antes de iniciar sua fala sobre NOMOESPAÇO e GENOESPAÇO, o Autor retoma outra importante discussão, aquela que trata do papel do geógrafo na elaboração de análises urbanas e sua pretensão de demonstrar como o espaço influência à organização social e é por ela influenciado. GOMES empreende argumentações e hipóteses para o não alcance de respostas absolutas a esta questão e propõe dois modelos que segundo ele servem para reproduzir uma certa marca sobre um objeto submetido à sua ação (p.29). Para ele estas duas matrizes são formas de vencer as barreiras de comunicação com outras ciências sociais que talvez não se sintam envolvidas pelas temáticas geográficas contemporâneas ou que ainda não despertaram para a importância da análise espacial na busca pela compreensão da problemática urbana atual. Para o êxito de sua proposta vê como fundamental que estes modelos sejam vistos como fundamentais e excludentes de relação entre um grupo de pessoas e o território onde vivem (p.30). Sobre o NOMOESPAÇO, Gomes atesta a necessidade de indivíduos com uma diversidade muito grande de interesses, expectativas, propostas e práticas sociais. A partir da associação desses indivíduos e sua gama de vivências deve-se objetivar o equilíbrio. E aí entra a necessidade de bases formais que estabelecerão uma ordem, caminho para o alcance deste. A base formal se reflete como um conjunto de normas, regras, simplesmente denominadas de LEI. Para o Autor esta se exprime pela forma como as coisas estão organizadas e distribuídas no território segundo uma carência formal que é lógica e deve atender a preceitos estabelecidos pela idéia geral, e um tanto quanto vaga, de equilíbrio entre o bem comum e as liberdades individuais (p.32). Ele reflete a LEI com o seu viés espacial segregador através de um resgate histórico da gênese do termo. Resgata também outros importantes conceitos como o de CIDADANIA, além de avaliar o que significa a ação de transgressão da LEI. No NOMOESPAÇO a existência e o real entendimento do seja a LEI pelos indivíduos é fundamental. Nesse modelo a idéia é de pacto social, um contrato que normatize e formalize as práticas sociais, criando novas formas espaciais. Para se alcançar um melhor entendimento do que seja NOMOESPAÇO Gomes propõe um breve retorno ao passado Neste retorno temos uma visita ao que foi a cidade grega fundadora a sociedade ocidental, baseada em novos vínculos, os de participação. Nesta sociedade o homem é visto como cidadão dos direitos e deveres e que agora o que distingue o espaço é seu caráter público ou privado. O homem tem sua cidadania definida por instituições e isso passa a se refletir na própria morfologia da cidade. Essa nova morfologia que buscava tanto a isonomia quanto à hierarquia cria a idéia de um direito urbano. Este é visto como um meio legitimo que o Estado encontra para regular o desenvolvimento do espaço urbano abrigo de uma sociedade agora política. O percurso histórico também nos leva a Roma Antiga, a qual se distingue da polis grega por possuir um maior grau de inclusão de espaços e principalmente de 3

4 pessoas em sua unidade jurídico-política. Em Roma conceder o título de cidadão era um ato bem menos complexo que na Grécia Antiga. Com relação ao NOMOESPAÇO, Gomes também a analisa as Cidades- Estado renascentistas, salientando que neste momento histórico ocorreu uma reformulação da idéia de poder além de outra grande transformação do espaço físico. Nesta transformação segundo Lefébvre o espaço é dotado de um valor funcional ou instrumental (p.51) e sua organização funda-se sobre os valores da simetria, da proporção e da geometria, sendo a posse do poder pelos monarcas representada pela monumentalidade. Com o Estado Moderno surgem as teorias de contrato social baseadas na idéia de cooperação mútua, de solidariedade, onde o monarca tem seu poder limitado devendo seguir as vontades de seu povo. Ocorre também a separação do público e do privado. Sendo o primeiro utilizado como garantia de poder e igualdade dos indivíduos. O Autor chama-nos atenção para o fato de que nessa relação contratualista a organização espacial é fundadora dos lugares onde podem ou não ocorre certas práticas sociais, ou seja o espaço delimita os comportamentos, classifica as ações sociais, ordena a dinâmica social e hierarquiza práticas e instituições (p.54). Para a comprovação dessa tese ele percorre diversos caminhos na evolução da cidade de Paris e suas operações urbanas no reinado de Henrique IV. Concluí que no espaço urbano da sociedade de práxis contratualista existiu uma forte tendência a concepção geométrica e funcionalista, criando um espaço normativo que, a exemplo do que aconteceu na cidade grega, dita práticas sociais, classificadas de acordo com a divisão feita. Tudo isso como garantia da isonomia, da igualdade. Gomes também identifica críticos a matriz do espaço normativo. Dentre eles L. Wirth que atesta a ausência de consensos dentro deste modelo, o qual produz uma sociedade segmentada, onde porções são segregadas, afastadas e a isonomia comprometida pela existência de limites, fronteiras, territórios, ocasionando a desorganização. M. Focault coloca a presença de uma vigilância de um discurso normativo controlando os comportamentos e para O. Spengler o discurso normativo atual é o da cultura ocidental a qual produz a cidade mundial, onde predomina a técnica. Apesar de algum êxito desse modelo ter sido alcançado no século das Luzes, XVIII, Gomes conclui que o percurso deste é longo, sendo o NOMOESPAÇO bastante associado a uma sociedade onde impera principalmente o individualismo. Quando se trata de GENOESPAÇO o Autor coloca o contrário, que o coletivo se sobrepõe ao individual e a construção de uma identidade se faz dentro do coletivo por contraste com o outro (p.60). A diferença é à base desta identidade. O GENOESPAÇO é delimitado por fronteiras muito instáveis e sua dimensão territorial depende da extensão de aspectos identitários do grupo, como 4

5 o idioma, as práticas culturais, a religião etc. Baseia-se fortemente nos tradicionalismos e na maioria das vezes o grupo se sente ameaçado por elementos externos, sendo que se utilizam de lendas, mitos e de todo um aparato ideológico para a manutenção do território. Daí a forte presença de signos e nesse ponto Gomes é bastante claro e objetivo quando diz que o GENOESPAÇO... é não só fortemente marcado como também preenchido de signos exclusivos, ou seja, signos que demarcam a presença ou controle daquele território pelo grupo ou comunidade (p.64). Através de novos exemplos o Autor demonstra a diferenciação entre os produtos gerados pelas relações do homem com as duas matrizes. Exemplos como o da tribo Bororó descrita em estudo de Lévi-Strauss, onde as diferenças sociais refletem-se na organização espacial da aldeia. É um caso típico de GENOESPAÇO, no qual a identidade social é perfeitamente igual à identidade territorial (p.67). Daqui por diante Gomes de forma sábia recorre novamente à história e trilha os caminhos anteriormente percorridos quando em sua explicação sobre o NOMOESPAÇO; trabalha o exemplo da polis grega do Período Micênico onde as distinções sociais se refletiam na organização espacial palaciana e fora desta a regra era a máxima concentração espacial da cidade murada e labiríntica. A união das pessoas era definida pela leitura de uma origem e destinos comuns (p.68). A partir de um apanhado geral da organização espacial a cidade na antiguidade, o Autor chega a delimitação de 03 períodos da Idade Média na qual a sociedade não contratualista imperou: Os primeiros assentamento humanos entre os séculos III e VIII; O século XI, marcado pela invasão do rural sobre o urbano. A nova centralidade é a torre da cidade e o mercado em detrimento da Igreja como no o era no período anterior; Do século XII até a Renascença. Um período repleto de crises, constituindo-se no melhor exemplo de GENOESPAÇO. Neste período a fragmentação social e do espaço pode ser sentida também na quase ausência de um direito territorial (p.75). Gomes continua em sua análise da cidade medieval e coloca que o GENOESPAÇO não evolui do NOMOESPAÇO. Eles tiveram evoluções diferentes correspondendo a duas formas de ser-no-espaço e ser-do-espaço. Finalizados os esclarecimentos sobre estas matrizes espaciais Gomes trata dos modelos políticos: Estado, Nação e Estado Moderno; agora é possível um maior entendimento destes fenômenos, além de uma visualização por ângulos distintos, o que valoriza a análise espacial, principalmente a geográfica. São muitos os elementos a partir daí trabalhados pelo Autor: cidadania, nacionalismo, patriotismo, etc. Sendo a cidadania muito mais relacionada ao NOMOESPAÇO, assim como nacionalidade está para o GENOESPAÇO. A análise dos regimes políticos estado e nação embasam esta constatação do Autor, o qual acrescenta que o papel do estado é criar mecanismos para o exercício da real cidadania. Já a nação é fundada na narrativa que demonstra e reforça a idéia de 5

6 destino comum de um povo, sua especificidade histórica, sua particularidade cultural e sua singularidade evolutiva em função das condições naturais do território nacional (p.87). Quando trata dos modelos sociológicos, Gomes reflete sobre as noções de humanidade, civilização e retoma o conceito de nação. Faz uma incursão sobre dois tipos de sistemas apresentados pelo sociólogo alemão F. Tönies (final do século XIX). Os dois sistemas são organizações sócio-espaciais baseadas em dois tipos de vontades humanas: a vontade orgânica (Wensewille), construída a partir de laços afetivos que criam um contexto personalizado, orgânico, uma organização social comunitária a Gemeinschaft. A outra vontade é a vontade refletida (Kurwille) caracterizada pela separação de ações, interesses e julgamentos, criando assim um espaço baseado em relações formais, regidas pelos laços do direito, um espaço político, frio a Gesellschaft. Gomes ainda nesta primeira parte de sua obra apresenta os limites metodológicos dos modelos de NOMOESPAÇO e GENOESPAÇO. E começa por esclarecer as críticas aos modelos de Tönnies elaboradas por Gurvitc, Boudon e Parsons que em suma colocam estes modelos como análises quase que simplistas dos agrupamentos sociais. Weber dissolve um pouco estas críticas refutando que o Gemeinschaf e o Gesellschaf não devem ser vistos como expressões fenomênicas puras, mas sim como construções logicamente possíveis. Neste ponto percebe-se que Gomes busca a justificativa dos modelos de NOMOESPAÇO e GENOESPAÇO através dos modelos de Tönnies e afirma que estes não são formas, estados antiéticos do espaço, mas sim meios baseados em diferentes momentos contextos que auxiliam a compreensão dos processos sócioespaciais. A aplicação dos modelos Na segunda parte da publicação o Autor coloca as aplicações práticas das matrizes através de um debate geográfico sobre a cidadania moderna, no qual trabalha muito bem a noção de TERRITÓRIO, colocando-o como parte constituinte de uma ordem social e que propicia a existência e prática da cidadania. Com relação ao olhar geográfico neste debate Gomes reflete novamente sobre a origem do termo CIDADANIA por diversos autores, que na maioria das vezes separam a cidadania moderna daquela surgida na Grécia Antiga. Ele refaz o caminho já percorrido dando destaque principalmente aos momentos de crise e revolução para demonstrar a evolução do conceito de cidadania sem separações, mas como que construindo um pensamento geográfico coeso a cerca do que foi e é a cidadania e sobre o espaço público palco desta. Concluí que os princípios fundamentais que orientam a construção desse espaço são extraídos de uma concepção de espacialidade que repousa sobre a lei, geral, uniforme e democrática. Onde um não pode existir sem o outro e o espaço público sem uma dimensão física. Sendo assim Gomes afirma como óbvia sua 6

7 tentativa de demonstrar a importância da forma e do conteúdo para a concepção do espaço, analisado sobre constante diálogo entre esses dois elementos. O autor trata também do declínio do espaço público a partir das reduções da cidadania enquanto prática social cotidiana das cidades. Retoma a princípio os conceitos de espaço público e geográfico através do comentário de obras de Habermas e Milton Santos e que subsidiam a seguinte afirmação o espaço não é simples reflexo da sociedade (p.172) e acrescenta ele não explica totalmente a forma como a sociedade se inter-relaciona. E é isso que deve ser considerado na construção de uma análise geográfica sobre o tema espaço público. È longo e rico o discurso de Gomes sobre a forma como o espaço vem sendo transformado pelos diversos signos da vida social moderna e sua forte prática de privatização. Neste discurso retoma a questão do TERRITÓRIO ao analisar a progressão das identidades territoriais que vem produzindo espaços onde prevalece o coletivo. O que não acontece no mosaico de unidades independentes justapostas que é a metrópole pós-moderna e acrescenta que a noção de um espaço identitário, entretanto, é a negação do ideal de mistura e de respeito à diferença no qual se baseia o espaço público (p.182). Outros dois caminhos são seguidos pelo Autor para demonstrar o recuo da cidadania, são aqueles que tratam da auto-segregação das classes média e alta que procuram cada vez mais a segurança de moradias e equipamentos isolados e do crescimento das ilhas da fantasia onde o padrão monetário é que determina o acesso. Não passando de uma cada vez maior e mais institucionalizada privatização do espaço público. Notamos também nesta parte do livro que Gomes não se preocupa apenas com a conceituação e justificativa dos modelos de GENOESPAÇO e NOMOESPAÇO. Ele completa sua obra com uma série de exemplos de escalas de utilização desses modelos. E através dos arrastões do Rio de Janeiro e de Paris reforça a idéias de que cada local detém características, elementos cuja dinâmica é de compreensão diversa. Compreensão alcançada através de comparações e reconstituições das problemáticas de cada local. Gomes oportunamente discorre sobre a territorialidade nas praias do Rio de Janeiro como uma forma de demonstrar que a cidade é formada por espaços de comunicação e mistura e que no espaços públicos estas práticas se dão obrigatoriamente entre os diferentes. Sendo assim lugar de conflitos e negociações os quais definem as ocupações, as localizações dentro do urbano que em contrapartida definem relações políticas, formais para as classes sociais. Destaca-se aqui a análise geopolítica do Autor sobre o futebol e sua dimensão estética. No geral ele reforça a problemática das disputas territoriais do tecido intra-urbano brasileiro e mundial. Gomes coloca o futebol como elemento fundamental nos jogos de identidade e na construção de referências territoriais, conseguindo romper com a organização social hierarquizada atual. Pois a base estética e o status do futebol se articulam segundo a posição de superioridade ou inferioridade de cada time e não pelo poder financeiro ou político. 7

8 Importante também foi à metáfora da cidade com o futebol, pois na cidade a prática do futebol transborda, principalmente no que tange a questão das disputas territoriais, onde no dia de jogo a cidade é o palco destas, cada torcida tentando dominar e representar o time numa porção maior do espaço urbano. Outra contribuição ao entendimento dos modelos de GENOESPAÇO e NOMOESPAÇO através do paradoxo da democracia acontece quando Gomes relata a realidade de cisão que caracteriza a sociedade canadense dividida em anglófonos e francófonos. A partir do resgate histórico do Canadá desde de seu período de colonização francesa, passando pela retomada do domínio inglês até a Revolução Tranqüila na década de 60, Gomes contextualiza a passagem da Modernidade para a Pós-Modernidade. Sendo que a Modernidade, principalmente para os francófonos de Quebec, correspondeu a um período onde a consciência de que uma sociedade distinta necessita, para possuir autonomia legal de um território bem-definido e bem-delimitado (p.259) se consolidou. O que significou para esta população o despertar para luta, para a disputa e delimitação de seu território. Acontece que está população já alcançou a pós-modernidade onde nem todos os moradores de Quebec são francónfos e a população de imigrantes é considerável, o que contribuí para a reformulação do contrato social criador do Estado Moderno. Neste o espaço fruto deste novo contrato deve ser a garantia da possibilidade de convivência com o diverso (p.263), e as normas devem tornar-se mais flexíveis no sentido e promover o multiculturalismo, onde as diversas experiências culturais dividem com harmonia um espaço comum. Mas Gomes também coloca o Estado Moderno como homogeneizador e centralizador frente a todo mosaico de partes que são as cidades pós-modernas e como a província de Quebec é atualmente. Ela quer sua autonomia política e territorial, mas assim como muitas outras se encontra no meio de um debate maior que é aquele que trata das relações entre cultura e território, e entre regionalismo e nacionalismo. A partir dessa discussão o Autor identifica três paradoxos sobre a relação política e território e que podem ser úteis na promoção de novos debates. São eles: A democracia de Quebec é forjada pela manifestação de uma maioria. Algo questionável mediante todas as dificuldades em se mensurar as maiorias e definir o real conceito de democracia; A necessidade que uma cultura tem de se apropriar do Estado como um meio de proteção de seus direitos; A confusão entre espaço coletivo e espaço público no processo democrático de Quebec. Esses paradoxos também podem ser visualizados em outros lugares do mundo. Comum também é necessidade latente de uma população se homogeneizar apesar de caracteriza-se pela diferenciação cultural. Uma Quebec povoada tanto por francófonos, anglófonos, orientais e latinos. 8

9 Considerações finais Foram muitos os caminhos trilhados nessa obra do NOMOESPAÇO e do GENOESPAÇO. Paulo César da Costa Gomes a meu ver alcança todos os seus objetivos e coloca estes modelos quase como questionamentos, formas viáveis de analisar a dinâmica sócio-espacial das cidades brasileiras. Poderíamos dizer que foi grande o número de conceitos e retrospectivas históricas retomados pelo Autor, caracterizando certos momentos da obra como repetitivos. Mas tudo foi necessário, nada se resumiu à mera repetição. Ao contrário, é óbvia a presença de uma pesquisa extensa e detalhada sobre os dois instrumentos analíticos citados inicialmente. Houveram momentos de propositada superficialidade sobre alguns temas e talvez tenha sido necessária, pois se não a leitura e assimilação dos conteúdos transcorreriam de forma por demais laboriosa e cansativa. Sobre estes temas não era necessária uma abordagem mais profunda, eles deveriam funcionar apenas como instrumentos ao melhor entendimento da obra. Acredito na contribuição de Gomes à formação de uma análise real da cidade, do espaço intra-urbano (como diria Villaça). Principalmente da evolução deste espaço sobre a perspectiva das matrizes do GENOESPAÇO e NOMOESPAÇO. Seus exemplos de aplicação prática destes modelos através dos arrastões do Rio e de Paris, do futebol e da situação de cisão do Canadá, foram responsáveis pelos melhores momentos de toda a publicação. O leitor acorda para uma dinâmica que apesar de rotineira para muitos, passa despercebida a maior parte do tempo. Neste momento é clara as contribuições do Autor ao pensamento geográfico. Questionando, incitando novos debates sobre o desenvolvimento das análises geográficas sobre o espaço urbano em suas diferentes escalas. Referência Bibliográfica GOMES, Paulo César da Costa. A condição urbana: ensaios de geopolítica da cidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil,

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