Caracterização espacial dos Indicadores de Segregação Residencial na conurbação São José dos Campos-Jacareí (SP) *

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1 Caracterização espacial dos Indicadores de Segregação Residencial na conurbação São José dos Campos-Jacareí (SP) * Carla de Almeida Roig Palavras-chave: segregação socioeconômica; indicadores de segregação espaciais; renda; estrutura urbana; 1. Introdução Este estudo utiliza-se de métodos de cálculo para os índices de segregação espacial propostos por Feitosa (2005, 2007) então aplicados para os municípios conurbados de São José dos Campos e Jacareí para o ano de 2000 no trabalho de Rosemback et al. (2010). Na busca por avaliar e compreender a dinâmica de crescimento e realocação populacional no espaço intraurbano nos últimos 10 anos, atualizamos os dados de renda dos chefes de família da região pelo último Censo-2010 do IBGE (2012) e utilizamos na aplicação nos índices. A aplicação destes dados na geração dos índices representam o fenômeno da segregação urbana pela expressão do afastamento ou isolamento sociológico e/ou geográfico entre diferentes grupos populacionais em um ambiente urbano, que historicamente sempre deixou prejuízos maiores para os grupos populacionais menos privilegiados. A hipótese principal é a de que tenha ocorrido uma maior segregação residencial (não só dos mais pobres) concentrada nas franjas da cidade nos últimos 10 anos inclusive em determinados eixos, pois o modelo atual de desenvolvimento urbano levaria a um processo continuado de ocupação e ordenamento espacial da cidade que colabora para este quadro. A proxy da renda no relacionamento entre os grupos reflete a capacidade de entrar no mercado imobiliário residencial, e à partir de suas combinações criam-se as chances de encontro, isolamento e exposição entre grupos pela flexibilização de eixos diferenciados de macro-segregação dentro de um mesmo modelo de desenvolvimento. 2. Área de Estudo A urbanização na região de São José dos Campos e Jacareí no Vale do Paraíba Paulista ocorreu em escala intensa à partir da década de 1950, com expressivo crescimento!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! * Trabalho apresentado na disciplina 310 População, Espaço e Ambiente, Outubro/2012 como requisito do curso de Pós-Graduação em Ciência do Sistema Terrestre do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais; ministrada pelos professores: Dra. Silvana Amaral & Dr. Antônio Miguel Vieira Monteiro. Aluna do Curso de Pós-graduação em Ciência do Sistema Terrestre!! 1

2 demográfico nas décadas seguintes e a consolidação da economia industrial ao longo da Rodovia Presidente Dutra (BR-116). Figura 1: Localização de São José dos Campos e Jacareí no Estado de SP. Uma das consequências mais importantes deste período desenvolvimentista foi a formação de uma classe operária proveniente da migração não-qualificada em busca de trabalho na região sudeste, o que acarretou na periferização e proliferação de loteamentos clandestinos nas décadas seguintes com o declínio da indústria e crise econômica pela promoção da abertura comercial. O padrão Centro-Periferia passou a dominar na cidade até que uma nova fase de construção de condomínios exclusivamente voltados para as classes médias e altas começa a surgir nestes locais mais afastados do centro, culminando nas últimas décadas com um novo padrão de segregação, agora em processo de consolidação. São!José! dos! Campos! Jacareí! Figura 2: Mapa dos setores urbanos com a porcentagem de chefes de família com rendimento de até 2 salários mínimos. Fonte: IBGE (2012). Na Figura 2 é possível verificar a alta porcentagem de chefes de família com menos de 2 salários mínimos espalhados por toda a área urbana dos municípios em questão, com exceção de alguns pontos mais centrais como mostra o mapa abaixo (Figura 3), onde se localizam, em sua maioria, os chefes com mais de 10 salários mínimos.! 2!

3 ! São!José! dos! Campos! Jacareí! Figura 3: Mapa da porcentagem de chefes de família com rendimento superior à 10 salários mínimos. Fonte: IBGE (2012). A figura 3 mostra uma tendência já apontada por Feitosa (2005) de ocupação da zona oeste de São José por condomínios fechados para as classes média e alta, o que na verdade é também uma tendência em todas as cidades latino americanas. O antigo padrão Centro- Periferia permanece com a manutenção das classes mais altas, porém novas configurações urbanas se apresentam quando são relacionadas as diferentes escalas da segregação, o que será visível ao longo deste trabalho. A segregação espacial socioeconômica está associada às manifestações espaciais da desigualdade caracterizadas pelas mais diversas soluções habitacionais como: favelas e habitações autoconstruídas em condições precárias, conjuntos habitacionais, edifícios em condomínios de médio padrão, bairros de classe média, edifícios luxuosos e condomínios murados com casas de alto padrão. A separação evidente entre o local de moradia de famílias pertencentes à grupos sociais distintos em espaços bem delimitados da cidade é a chamada de segregação residencial. Medir este fenômeno de segregação socioeconômica é especialmente importante em países da América Latina, onde os impactos negativos nas cidade e na vida dos seus cidadãos no deslocamento para o trabalho, comércio e lazer é condicionado pela disputa desigual em torno da apropriação das melhores condições físicas do território e de infraestrutura urbana. Esta disputa vai se complexificando mais a cada dia, vide que entre 1999 e 2009 o PIB do Brasil cresceu a uma taxa anual de 3,27% equiparando-se ao PIB do Reino Unido em Segundo o Censo do IBEG, São José dos Campo passou de habitantes (2000) para habitantes (2010), acarretando em uma taxa geométrica de crescimento de 1,69% para a década. Jacareí passou de (2000) para habitantes (2010). Tem-se uma conurbação formada por pessoas nestes dois municípios, ou seja, perto do 1 milhão! 3

4 de pessoas concentradas; se considerados os 39 municípios da Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte (criada em Janeiro de 2012) são pouco mais de 2 milhões ( habitantes, IBGE 2009). 3. Materiais e Métodos Foram utilizadas as malhas urbanas censitárias dos municípios de São José dos Campos e Jacareí em formato shape de 2010 adquiridas no site do IBGE (2012), e foram destas retirados todos os setores não residenciais através de consulta espacial principalmente àqueles setores cujo Nome do Bairro define áreas de destinação industrial sem chefes de família (dados de renda igual à zero), e também os setores distantes como São Francisco Xavier, por possuírem pouca ou nenhuma relação de vizinhança com os demais para este caso de utilização do estimador kernel. Como em Rosemback et al.(2010), também foi considerada a premissa de que os setores classificados como em situação não urbanizada (figura 5b) áreas legalmente definidas como urbanas mas de caráter predominantemente rural fossem mantidos, desde que contendo informações dos chefes de família com ou sem renda diferentes de zero, pois abrigam boa parte dos loteamentos clandestinos. Os setores rurais foram totalmente eliminados desta análise. A principal variável renda dos chefes de família foi extraída do censo demográfico de 2000 (IBGE, 2012). Na construção dos grupos populacionais esta variável foi dividida em três categorias: de até 2 salários mínimos, de 2 à 10 salários mínimos e maior do que 10 salários mínimos. Neste estudo, cada unidade de área corresponde à uma localidade. As características populacionais de cada localidade representada pelo núcleo ou centroide geométrico da unidade de área são expressadas pela Intensidade Populacional Local (IPL). A IPL de uma localidade foi calculada utilizando-se de um estimador kernel, que é uma função que pode estimar a intensidade de um atributo em diferentes pontos da área de estudo. O estimador kernel é colocado sobre o centroide de uma unidade de área j e calcula uma média ponderada dos dados populacionais. Os pesos são dados pela escolha da função de decaimento da distância e um parâmetro de largura de banda (figura 4). O ideal para que se possa explorar as diferentes escalas de segregação, é que se utilize de mais de uma largura de banda, e neste estudo foram utilizadas as larguras 300m, 1000m e 3000m. j":$ Centróide$da$unidade$ de$área$j$ bw":$ Largura$de$banda$do$ estimador$kernel$ $ $ Figura 4: Estimador Kernel Gaussiano. Fonte: TerraView ! 4

5 A IPL é uma média geograficamente ponderada que leva em consideração a distância entre diferentes grupos populacionais, ou seja, grupos localizados em determinadas unidades de área mais próximas interagem mais que aqueles grupos em unidades mais distantes. À partir da estimativa da IPL de todas as localidades da área de estudo (Figura 5c), foram realizadas aplicações dos Índice Espacial de Dissimilaridade Generalizado medida de como a composição da população de cada localidade difere, em média, da composição populacional da cidade como um todo; do Índice Espacial de Exposição que mede o contato potencial entre os grupos populacionais m e n; e do Índice Espacial de Isolamento que mede o contato potencial entre pessoas que pertencem ao mesmo grupo populacional. (a)! (b)! (c)! 1983, 1986; Morril, 1991; Wong, 1993, 1998, 1999, 2003a; Reardon e O Sullivan, 2004). Estes índices utilizam informações geográficas de forma explícita em suas formulações, gerando resultados distintos quando a localização dos grupos de população é alterada. Figura 5: Limite dos Municípios de São José dos Campos e Jacareí contendo: a) área urbana e rural; b) situação segundo o Censo IBGE; c) área de estudo e setores urbanos não e Tendo como urbana base esta concepção espacial de mensuração da segregação, Reardon considerados nesta análise. Fonte: IBGE, O Sullivan (2004), a partir de alguns questionamentos sobre o trabalho de Massey e Conforme a Figura 6, a dimensão espacial do Índice de Dissimilaridade Generalizado será a (1988), postularam apenas duas dimensões conceituais dos primárias para a de Denton dispersão/agrupamento, que refere-se ao equilíbrio da distribuição distintos grupos populacionais espaço residencial Os demais índices capturam a dimensão segregação no residencial: dispersão da (oucidade. agrupamento) e exposição (ou isolamento), espacial de exposição/isolamento, que diz respeito à capacidade de encontro entre grupos. conforme o apresentado na FIGURA 2.2.! FIGURA Dimensões da segregação residencial. Figura 6: Dimensões da Segregação Residencial. FONTE: Adaptado Fonte: de Reardon O Sullivan (2004, p. 42). Feitosa,e A dimensão dispersão/agrupamento refere-se ao quão equilibradamente distribuídos! encontram-se os diferentes grupos no espaço 5! residencial (Reardon e O Sullivan, 2004). A dimensão exposição/isolamento, por sua vez, diz respeito à capacidade de encontro

6 Dados dois grupos populacionais, o índice espacial de exposição do grupo m ao grupo n mede a proporção média do grupo n na localidade de cada membro do grupo m, ou seja, expressa o contato potencial entre dois grupos populacionais e varia entre 0 e 1 mínima e máxima exposição respectivamente. Por uma questão de comparabilidade entre as regiões, os setores rurais não foram considerados neste estudo, contudo outros estudos futuros devem procurar considerar a abordagem destes setores em suas análises, pois estas informações podem ser úteis para a análise mais aprofundada das características e relações de vizinhança das dimensões espaciais da segregação residencial. 4. Resultados e Discussão Inicialmente, os mapas dos índices de dissimilaridade local para o ano de 2010 considerando funções gaussianas com largura de banda igual a 300m (figura 7) apresentam uma tendência à valores mais altos em alguns pontos pouco dissimilares no mapa de 2000 (Rosemback et al., 2010), principalmente com o forte aparecimento de valores mais altos na região à leste do centro e extremo leste de São José dos Campos, e em Jacareí nas regiões leste do centro próximo à divisa com São José e à oeste próximo à Rodovia Dutra. (a)!! Indice!Global!~0.27! (b)! Figura 7: Índice de Dissimilaridade Local_bw300 em (a) 2010 e (b) 2000 A região norte também demonstrou um incremento do grau de segregação, já apontado por Feitosa em 2005, presente em Rosemback et al. para 2000, porém mais visível em 2010, na largura de banda 300m.! 6

7 Índice!Global:!~0.215! Índice!Global:!~0.122! (a)! bw_300! (b)! Figura 8: Índices de Dissimilaridade Local para o ano de 2010 (a) largura de banda:1000m; (b) largura de banda: 3000m; comparados com a largura de banda (bw) 300m, onde o índice Global foi de ~ De qualquer forma, um Índice de Dissimilaridade entre 0 e 0,3 indica uma segregação suave, segundo Massey & Denton (1987) apud Feitosa (2007); contudo o índice Global vem crescendo. Para a exposição dos grupos populacionais de menor ao de maior renda, nota-se que a concentração de setores com Índice de Exposição Local alto nas zonas centrais em 2000, se manteve em 2010 de forma um pouco mais espalhada, avançando do centro de São José em direção à Jacareí principalmente quando considerada a largura de banda 300m. Para larguras de bandas maiores, os setores que isoladamente apresentam maior segregação passam à configurar regiões de macro-segregação.!! 7!

8 (a)! Índice!Global:!~0.033! (b)! bw (Rosemback, et al. 2010) bw Figura 9: Comparação entre os Índices de Exposição do Grupo de Menor ao de Maior Renda (largura de banda 300m) para (a) ano 2010; (b) ano 2000 em Rosemback et al., Nas larguras de banda 1000m e 3000m, este espalhamento localiza-se em direção ao norte e leste do centro de São José e deixa de existir com tanta força na região central de Jacareí (veja a figura 10/mapa (d)). (c)! Índice!Global:!~0.041! Índice!Global:!~0.055! (d)! bw 1000 bw 3000 Figura 10: Índices de Exposição do Grupo de Menor ao de Maior Renda para o ano de 2010 (c) largura de banda: 1000m; (d) largura de banda: 3000m.! 8

9 Este fenômeno ocorre para estas escalas de análise onde a macro-segregação é mais visível; entretanto, o alto grau de exposição nestas regiões apontadas pode ser muito mais significativo por serem setores de grandes dimensões que abarcam bairros muito diferentes quando a ocupação é mais esparsa. Este problema pode ser sanado com uma análise baseada em Superfícies de Densidade Populacional (FEITOSA, 2005). Os valores do Índice de Exposição Global do grupo de menor ao de maior renda foram muito baixos, o que sugere a macro segregação e a presença mais generalizada da menor renda por toda a cidade. Ao contrário, os valores do Índice Global para a Exposição da alta renda ao grupo de menor renda (tabela1) em todas as larguras de banda, foram bem mais altos já que a exposição destes aos demais será mais óbvia por seu número reduzido e portanto, uma interação bem mais provável. Tabela1: Comparação entre os Índices de Exposição do Grupo de Maior ao de Menor Renda/2010 Índice Global: ~ Índice Global: ~ Índice Global: ~ bw 300m bw 1000m bw 3000m Casos como o bairro Urbanova (atualmente dividido de Urbanova I ao Urbanova VII), que iniciou-se em 1989 na zona oeste, ilustram a formação de um eixo de ocupação dos chefes de família com renda superior à 10 salários mínimos, que vem se consolidando na última década. Feitosa, 2005 verificou esta tendência pelas classes mais ricas na década de 1990, assim como Rosemback et al. constatou em 2000, juntamente com o eixo sudoeste, em direção ao centro de Jacareí. Este último talvez justifique uma escolha futura melhorada dos setores de fronteira do lado de Jacareí, ainda que denominados rurais como é o caso do vazio no mapa 5-b bem no centro no encontro dos dois municípios onde se destacam altos índices na fronteira de São José dos Campos, vide os resultados apresentados nos mapas de Dissimilaridade (bw 300m) e Exposição (bw 1000m e 3000m). O caso do isolamento dos grupos de menor ao de maior renda (Figuras 11 e 12), por sua vez, apresenta um salto bem mais distinto entre os Índices Globais e Locais de 2000 e Para a largura de banda de 300m o Índice Global de Isolamento passou de 0,33 para 0,58, e manteve-se próximo à esta média para as larguras de banda maiores. É importante registrar que este trabalho não considerou equiparar os diferentes intervalos de valores mínimos e máximos entre as duas legendas de 2000 e 2010, o que poderia de fato inviabilizar uma correlação direta dos resultados, pois estes indices tendem a exibir valores mais elevados com o aumento do número de unidades de area computadas. Em virtude dos efeitos do MAUP, a comparação entre indices computados para unidades de áreas com geometrias distintas não é aconselhável (Feitosa, 2007).! O isolamento da menor renda em 2010 se destaca muito mais na zona leste da área de estudo, na fronteira com Caçapava e na fronteira entre os dois municípios do que em relação à 2000.! 9

10 (a)! Índice!Global:!~0.582! (b)! bw bw (Rosemback, et al. 2010) Figura 11: Comparação entre os Índices de Isolamento dos Grupos de Menor Renda (largura de banda 300m) para (a) ano 2010; (b) ano 2000 em Rosemback et al., Os valores extremos para 2000 não chegaram a se revelar tanto. Observa-se também que o cluster formado à oeste de Jacareí se consolida e se dirige para o limite com Santa Isabel. Destaca-se a tendência de maior isolamento e portanto segregação da baixa renda em direção aos limites administrativos municipais vizinhos em ambos os municípios de São José e Jacareí, ou seja, a tendência de intensificação do fenômeno da conurbação seguindo o modelo atual. (c)! Índice!Global:!~0.558! Índice!Global:!~0.523! (d)! bw 1000 bw 3000 Figura 12: Índices de Exposição do Grupo de Menor ao de Maior Renda para o ano de 2010 (c) largura de banda: 1000m; (d) largura de banda: 3000m.! 10

11 5. Considerações Finais Assim como nas demais décadas de referência, os indicadores mostram aqui como está um aspecto da estrutura socioeconômica do ambiente urbano à partir do modelo de desenvolvimento adotado para as últimas décadas. Este modelo manipulado, entre outros, pela especulação imobiliária implicou em construir um espaço urbano conurbado porém muito mais segregado do que em 2000, onde a questão da terra urbana foi fundamental neste processo de ocupação e ordenamento espacial. Os Índices de Dissimilaridade e Exposição confirmaram o alto grau de segregação entre famílias de grupos populacionais diferentes percebido nas décadas anteriores, e indicaram o aumento desta tendência na última década de análise. Apesar do fenômeno apresentado de macro-segregação processo de auto-segregação das classes média e alta seguindo uma determinada direção de expansão territorial à partir do centro da cidade é preciso atentar para a simultaneidade dos processos de espalhamento dos condomínios fechados e favelas que estabelecem distâncias menores entre os diferentes grupos sociais. Apesar das limitações e inconsistências esperadas devido ao tipo de dado, à forma e tamanho dos setores, aos efeitos de borda ou até mesmo à própria construção das métricas (Feitosa, 2005), este trabalho procurou demonstrar como a utilização de ferramentas espaciais de medição dos fenômenos e condições do espaço urbano podem e devem ser mais e melhor exploradas. A necessidade de quantificações locais dos arranjos populacionais no espaço corrobora para as forças que induzem o crescimento das cidades, alertando para os problemas que podem ser evitados e indicando o caminho mais conveniente para a execução de políticas públicas. Os resultados de análises realizadas sobre dados agregados são suscetíveis à interferências do tipo MAUP, associadas à definição das fronteiras das unidades de área nas quais os dados são agregados. Neste trabalho não foi possível assumir a abordagem do mesmo problema através de dados contínuos (superfícies de densidade populacional) que se mostrou muito mais eficaz na representação dos índices de segregação no trabalho realizado por Feitosa, Com a desagregação dos dados dos setores censitários, as áreas não ocupadas podem ser descontadas e as intensas disparidades tipológicas internas podem ser redistribuídas com o auxílio de informações auxiliares como contagem de edificações sobre ortofotos, dados específicos sobre favelas e aglomerados subnormais, por exemplo, visitas ao campo e processamento de imagens de satélite. Para a mapa da Pobreza e Desigualdade Municípios Brasileiros 2003 (IBGE, 2012) a incidência da pobreza em São José dos Campos e Jacareí apresentou-se relativamente baixa em relação ao país sendo igual à 13,25% e 16,08%, respectivamente. O Brasil naquele ano apresentava mais da metade da população vivendo na pobreza absoluta (32,6% dos municípios), e estas pessoas moram nas cidades. O crescimento urbano latino americano criou grande centros conurbados caracterizando novas estruturas urbanas transmunicipais. A caoticidade destes macro-espaços depende de! 11

12 uma ação política muito mais integrada e persistente, através da qual permissividade ou punição severa sejam resultado das práticas de planejamento e não da especulação, e onde se possa colaborar com a construção de espaços menos segregados, de vantagens e desvantagens para os diferentes grupos populacionais. 6. Referências Bibliográficas ANSELIN, L. Local Indicators of Spatial Association - LISA. Geographical Analysts, v. 27, n.2, p , FEITOSA, Flávia F. Índices Espaciais Para Mensurar a Segregação Residencial: o Caso de São José dos Campos/SP 1991 E Mestrado em Sensoriamento Remoto/INPE - Orientadores: Gilberto Câmara & Antônio Miguel Vieira Monteiro. São José dos Campos, FEITOSA, F. F.; CÂMARA, G.; MONTEIRO, A. M. V.; KOSCHITZKI, T.; SILVA, M.P. S. Global and Local spatial índices of urban segregation. International Journal of Geographical Information Science, v.21, n.3-4, p , 2007(a). FEITOSA, F. F. ; MONTEIRO, A. M. V. ; CÂMARA, G. De Conceitos a Medidas Territoriais: A Construção de Índices Espaciais de Segregação Urbana. In: Almeida, C.; Câmara, G.; Monteiro, A.M.V. (Org.). Geoinformação em Urbanismo: Cidade Real vs. Cidade Virtual. São Paulo: Oficina de Textos, p , 2007(b). INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Censo Disponível em: < Acesso em: ago/2012. ROLNIK, Raquel; KLINK, Jeroen. Crescimento econômico e desenvolvimento urbano: por que nossas cidades continuam tão precárias? Novos Estudos CEBRAP n o 89 São Paulo, mar ROSEMBACK, R.; MONTEIRO, A. M. V.; NOVAES JUNIOR., R. A.; FEITOSA, F. F.; RAMOS, F. R. Ampliando o olhar: metodologia para estudo comparativo dos padrões de segregação socioespacial nas regiões de conurbação de São José dos Campos e Jacareí, no Vale do Paraíba e Ubatuba, Caraguatatuba e São Sebastião, no Litoral Norte de SP. XVII Encontro Nacional de Estudos Populacionais ABEP. Caxambu (MG) setembro TerraView São José dos Campos, SP: INPE, Disponível em: Acesso em: jul/2012. TerraSegreg. São José dos Campos, SP: INPE, Disponível em: Acesso em: jul/2012.! 12

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