2014: ANO INTERNACIONAL DA. AGRICULTURA FAMILIAR Reassentamentos e produção alimentar: o caso de Cateme, Moatize

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1 2014: Ano internacional da 2014: ANO INTERNACIONAL DA AGRICULTURA FAMILIAR (ONU-FAO) AGRICULTURA FAMILIAR Reassentamentos e produção alimentar: o caso de Cateme, Moatize (Resultados preliminares) António Jone Fevereiro de 2014

2 I. INTRODUÇÃO/CONTEXTUALIZAÇÃO Publicações nos medias (disfunção dos reassentamentos na estrutura produtiva). Actualmente, cerca de pessoas reassentadas no total do país. Nos próximos anos este número vai crescer a pessoas. Inexistência de legislação específica. Uso de diretrizes operacionais do IFC/BM Aproximadamente 50% dos reassentados só na Província de Tete.

3 Definindo Reassentamento A deslocação ou transferência da população afectada pela implantação de empreendimentos económicos, de um ponto do território nacional para outro, acompanhada da restauração ou criação de condições iguais ou acima do padrão de vida anterior! Neste trabalho de Cateme, os reassentados são aqueles que se deslocaram de outras zonas para Cateme. Os não reassentados são os residentes em Cateme antes do reassentamento

4 Os reassentamentos resultam em: Realocação ou perda de abrigo Perda de recursos ou acesso a recursos Perda de fonte de renda ou meios de subsistência

5 II. OBJECTIVOS Geral: Estudar o efeito dos reassentamentos populacionais nos sistemas de produção agrícola e na produção alimentar. Específicos: Área agrícola e qualidade Insumos (sementes, fertilizantes, pesticidas) Rendimentos agronómicos

6 III. METODOLOGIA

7 Realizados 65 inquéritos numa população de 718 famílias, conforme os cálculos da amostra com 95% de grau de confiança e 5% de margem de erro, parâmetros usados na investigação científica. Usado o método de amostragem aleatόria estratificada Administradas entrevistas estruturadas (reassentados e não reassentados).

8 Comparação de grupos. Antes e depois. Trabalho e resultados referem-se apenas à campanha agrícola 2011/2012. Tratamento estatístico em SPSS 20

9 IV. RESULTADOS

10 A agricultura é principal fonte de sustento das famílias sobretudo as reassentadas! 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 100% 90% Agricultura 17% Corte/apanha de lenha 24% Produção de carvão 3% Fabrico e venda de bebidas caseiras 28% 28% Compra e venda de produtos alimentares Trabalho remunerado Reassentados Não reassentados Fonte: Dados do Inquérito A população reassentada tem como fonte de rendimento apenas a prática da agricultura (milho) enquanto que as não reassentadas possuíam várias fontes de rendimento. Pode sugerir-se que em situação de transição e de risco de segurança alimentar, os reassentados procuraram assegurar a principal alimento

11 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 100% Menor % de famílias produzem culturas alimentares 93% 47% 66% 44% 48% 28% 9% 13% 10% 22% Milho Feijao Amendoim Batata-doce Horticola Mapira 24% Reassentado Nao reassentado Fonte: Dados do Inquérito Famílias dos reassentados produzem milho e hortícolas. Não reassentados possuem um sistema de produção diversificado: Verificou-se uma alteração dos sistemas de produção.

12 Reassentados cultivaram menor area! 1,40 1,20 1,00 0,80 0,60 0,40 0,20 0,00 1,28 0,72 0,32 0,16 0,18 0,16 0,12 0,13 0,06 0,05 0,03 0,09 Milho Feijões Amendoim Batata-doce Horticolas Mapira Reassentados Não reassentados Fonte: Dados do Inquérito Famílias reassentadas possuem em geral, menores áreas que os não reassentados

13 Reassentados possuem menor área (em ha) disponível para agricultura! 3,0 2,8 2,5 2,0 1,5 1,3 1,0 0,5 0,0 Antes do reassentamento Depois do reassentamento Fonte: Dados do Inquérito Reassentados possuem menos áreas, comparativamente com as áreas que possuíam nos locais de origem

14 Cerca de 87% dos reassentados afirmaram cultivar em solos pouco férteis a muito poucos férteis 3% 42% 10% 87% 45% Fonte: Dados do Inquérito Muito fertil Fertil Pouco fertil Muito pouco fertil Existem 3% dos reassentados e 10% que consideram terem recebido áreas muito férteis e férteis. A maioria afirma terem recebido áreas de menor fertilidade, comparativamente às que possuíam antes do reassentamento. É natural que haja alguns reassentados satisfeitos, mas não a maioria.

15 As familias reassentadas usaram mais semente melhorada! 100% 90% 80% 70% 84% 66% 93% 84% 100% 100% 100% 79% 86% 67% 60% 50% 40% 30% Reassentado Não reassentado 20% 10% 0% Melhorada Melhorada Melhorada Melhorada Melhorada Milho Feijao Amendoim Batata-doce Horticolas Fonte: Dados do Inquérito

16 Menos de 5% dos AF usaram fertilizantes! 5,0% 4,5% 4,0% 3,5% 3,0% 2,5% 2,0% 1,5% 1,0% 0,5% 0,0% 4,3% 3,4% 3,4% 3,2% 3,1% 3,1% Milho Feijões Amendoim Reassentado Não reassentado Fonte: Dados do Inquérito Reassentados utilizam menos fertilizantes. A média de utilização (menos de 5%) em Cateme é semelhante à média nacional.

17 Apenas famílias reassentadas aplicaram pesticidas! 10% 9% 8% 7% 6% 5% 4% 3% 2% 1% 0% 6% 6% 6% Milho Feijões Amendoim Reassentado Não reassentado Fonte: Dados do Inquérito

18 Cerca de 81% dos reassentados sofreu conflito de terras com as comunidades locais! 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 6,2% Antes do reassentamento 81,3% Pós reassentamento Sofre (u) conflito de terras Fonte: Dados do Inquérito

19 Diferenças na produção (kgs) de culturas alimentares entre os grupos 1400,0 1200,0 1234,8 1000,0 878,3 800,0 600,0 400,0 200,0 228,1 191,4 186,0 193,2 0,0 Milho Fejões Amendoim Fonte: Dados do Inquérito Reassentado Não reassentado Resultados total de produção em Cateme, entre reassentados e não reassentados. Os reassentados produzem menos milho e amendoim e mais feijões.

20 O nível de produção alimentar total foi negativamente afectado com o reassentamento Antes do reassentamento 878 Pós reassentamento Quantidade produzida de milho Fonte: Dados do Inquérito

21 V. CONCLUSÃO

22 O reassentamento de Cateme provocou alterações nos sistemas de produção (redução área utilizada na produção de culturas alimentares, cultivo em solos de inferior fertilidade). Os reassentados usam mais sementes melhoradas do que não reassentados. A utilização desta semente não é acompanhada com o uso de fertilizantes, assim como de pesticidas.

23 Existem diferenças nos rendimentos agronómicos de milho, feijões e amendoim entre os reassentados e não reassentados e a produção actual das famílias reassentadas comparada com a produção antes do deslocamento, são estatisticamente diferentes, com possíveis implicações na auto-suficiência alimentar das mesmas.

24 VI. RECOMENDAÇÕES

25 Deve-se garantir a todas as famílias reposição integral da terra (2ha prometidos) e de qualidade (fértil e não rochosa) com proximidade possível a fontes de água. Deve-se ainda continuar a implementar actividades de apoio no desmatamento, preparação da terra, nivelamento e estabilização dos solo, distribuição de sementes, fertilizantes e pesticidas.

26 É importante identificar áreas com menos pressão pelos recursos, de forma a evitar eminentes conflitos de terra e de outros recursos florestais (bambus, estacas, cordas, madeira, entre outros) essenciais para a prática de outras actividades de rendimento.

27 Recomenda-se que o debate tenha em consideração o período em que a investigação foi realizada e apenas se responde por esse período. A investigação analisa o conjunto da população de Cateme, de forma estratificada, e não os benefícios ou prejuízos de pessoas individuais. Para conhecer a evolução de Cateme, que segundo a Vale é positiva, esperamos que em 2015 possamos realizar um trabalho semelhante para efeitos de constituição de um painel que demonstrará a evolução real, tal como a abertura demonstrada no debate realizado em Maputo em 27 de Fevereiro de 2014.

28 OBRIGADO!

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